O documento discute a quimioembolização, um procedimento minimamente invasivo usado para tratar tumores hepáticos avançados. Ele descreve o processo de quimioembolização, incluindo preparação do paciente, realização do procedimento com cateterismo e injeção de drogas, e possíveis complicações e resultados, que incluem necrose do tumor e aumento da sobrevida.
2. Docente:
Carlos Danilo Cardoso
Discente:
Adriana de Deus Almeida
Alisson Rumão
Lidiane Alves
Nóelia Silva
Uiliam F. Santos
3. Introdução:
A radiologia intervencionista envolve o estudo de pequenas estruturas,
no caso de pequenos vasos através de procedimentos radiológicos que
intervém em um processo de patologias, fornecendo uma resposta
terapêutica. Os procedimentos intervencionista envolvem estudos de
longa duração, com a obtenção de muitas imagens radiográficas e
consequentemente elevam a quantidade de radiação X recebida pelo
paciente e equipe clínica (CARNEVALLE, 2006).
4. Objetivo:
Abordar a embolização, dando ênfase na quimioembolização
discorrendo o seu procedimento; indicações e contraindicações gerais;
objetivos; cuidados pré e pós-procedimentos; mostrar possíveis
complicações e resultado do tratamento.
5. EMBOLIZAÇÃO
Procedimento minimamente invasivo que
bloqueia o fluxo sanguíneo para os vasos e
artérias com a presença de placa de ateromas,
também utilizado para prevenir e deter
hemorragias, desvitalizar uma estrutura, tumor
ou órgão, reduzindo o fluxo para uma mal
formação artério venosa (SANTOS, 2010).
Fonte: GOOGLE, 2014
6. PRINCIPAIS TIPOS DE QUIMIOEMBOLIZAÇÃO
Embolização de friboide uterino: procedimento usado para tratar fribomas
sintomáticos.
Embolização da artéria uterina: pode ser embolizada para interromper
sangramento pós- parto, que ameaça a vida evitando a histerectomia.
Embolização com coilindovascular intracraniano: alternativa aos pacientes
com aneurisma cerebral que são inoperáveis ou com alto risco cirúrgico.
Embolização arterial: conhecida também como embolização transarterial,
utilizado para obstrução da artéria (CARNEVALLE, 2006).
9. CONTRA- INDICAÇÕES
A principal contra-indicação para a utilização do agente embolizante é o que o
beneficio que se espera desta ação não supere o risco das possíveis complicações
que se produzem (CARNEVALLE,2006).
Obstrução biliar, mesmo com a bilirrubina sérica normal, a presença de ductos
biliares intra-hepático dilatados coloca o paciente sob alto risco de infarto do
segmento hepático obstruído.
Incapacidade de posicionar seletivamente a ponta de cateter, para evitar
embolização inadvertida do intestino, pele ou outras estruturas vulneráveis,
coloca o paciente sob risco de sérios danos.
Pode se realizar um bloqueio com molas do vaso não envolvido para permitir que
a quimioembolização seja realizada com segurança.
10. O FÍGADO
Maior glândula do corpo, pesando cerca de
1.500g. localizado abaixo do diafragma
nos quadrantes direto e esquerdo
superiores, sendo sua maior porção no lado
direito.
O fígado exerce diversas atividades
metabólicas além de secretar a bile.
A vesícula biliar armazena a bile, e quando
o alimento chega ao duodeno a vesícula
biliar envia a bile concentrada através dos
ductos císticos e colédoco para o duodeno.
(MOORE et al, 2001).
Fonte: UNIFESP, 2014
11. QUIMIOEMBOLIZAÇÃO
Uma combinação da embolização com a
quimioterapia, onde consegue-se uma maior
concentração da droga no tumor e uma
concentração menor no corpo reduzindo os
efeitos colaterais da quimioterapia.
Nesse procedimento são ejetados pequenas
partículas para bloquear o que alimenta o
tumor, permitindo que a droga fique
concentrada por um tempo maior causando a
morte do tumor por isquemia; dai o nome de
quimioembolização ( ELKINS, 2014).
Fonte: GOOGLE, 2014
12. QUIMIOEMBOLIZAÇÃO
A quimioembolização hepática é realizada com fluoroscopia, em uma sala de
hemodinâmica, com cateterismo seletivo da artéria hepática, com injeção de
drogas citotóxicas misturadas com óleo etiodado seguido de embolização com
diversos tipos de partículas.
Dessa forma as drogas atingem concentrações intratumorais maiores com maior
tempo de contato das drogas com tumor, uma vez que o Lipiodol, junto com a
droga citotóxica e transportada para dentro do tumor, podendo permanecer por
semanas em contato com o tumor (KANDARPA, 2008).
13. OBJETIVO DA QUIMIOEMBOLIZAÇÃO
Diminuir o fluxo sanguíneo para o tumor, causando sua necrose.
A injeção de drogas quimioterápicas diretamente nos vasos que irrigam
o tumor, aumentam a concentração local, diminuindo os efeitos
colaterais.
Maior tempo de ação dessas drogas localmente.
Maior penetração das drogas no tumor.
14.
15. INDICAÇÕES
Pacientes com doenças no fígado extra-hepático minimante ou grave que podem
causar morte ou risco de morte, podem fazer o tratamento.
Tumores que sigam estes parâmetros, são seguidos de metástase de câncer
colateral hepático e outros tipos de tumores oriundos desta região do fígado
(KRISHNA et al, 2008).
.
16. CONTRA-INDICAÇÕES
Tem como contra indicações á angiografia:
Reação anafilactóide severa do meio de contraste radiográfico.
Coagulopatia incorrigível,
Insuficiência renal grave,
Doença vascular periférica severa obstruindo o acesso arterial
Contra indicações à administração de quimioterapia:
Trombocitopenia ou leucopenia graves,
Insuficiência renal ou cardíaca (KATA, 2014)
17. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
Diagnóstico através de biopsia
Exames de imagem (RM e TC) do abdome e pelve.
Exclusão de outras patologias, através de raiosx, tórax e TC dos ossos. .
Testes laboratoriais como CBC (Hemograma Completo), PT (Tempo de
protombina) ,PTT (Tempo de Tromboplastina),creatinina (Função dos rins),
função hepática e marcadores tumorais.
18. INSTRUÇÕES E PREPARO DO PACIENTE
Instruções do paciente:
- O paciente deverá ser avisado das reações adversas do tratamento paliativo,
90%dos pacientes sofrem síndrome pós-embolização, caracterizada por dor,
febre, náusea e vômitos, que podem durar algumas horas ou vários dias a
depender do paciente.
Preparo do paciente:
- Jejum na noite anterior do procedimento / Admissão do paciente na manhã do
procedimento / Inserção do cateter Foley (tubo de drenagem delgado e flexível
que serve para drenar a urina) / Hidratação com soro e medidas profiláticas
com antibióticos por via endovenosa.
19. PROCEDIMENTO
Este procedimento é realizado com anestesia local na região inguinal (virilha)
associado a uma sedação leve em uma sala de hemodinâmica (cateterismo),
acompanhado por uma anestesista e monitorização continua.
É realizado um pequeno corte de aproximadamente 3mm na virilha, seguido
de punção da artéria femural comum, com passagem de um introdutor
(dispositivo colocado na artéria, através doqual são passados os cateteres)
20. PROCEDIMENTO:
Cateteres: muitas quimioembolizações podem ser feitas com um cateter Cobra de
4 ou 5F com revestimento hidrofílico. Este tipo de cateter não deve ser inserido
em uma vaso que tenha menos que duas vezes o diâmetro do cateter, pois isso
pode causar estase iatrogênica.
Em seguida são cateterizadas as artérias para realizar um estudo da anatomia
vascular do fígado; com este estudo, localizamos as artérias que nutrem o (os)
tumor (es) ou não, a potência dos vasos (artérias hepáticas e veias porta).
21. PROCEDIMENTO
Uma vez que posicionado o cateter e o microcatéter nos ramos desejados, será
injetado uma solução de drogas quimioterápica, seguindo de embolização
(bloqueio da circulação) com pequenas partículas.
O paciente recebe lidocaína intra-arterial (bolus de 30mg antes de
procedimento e intermitentemente durante a injeção da emulsão
quimioterapêutica até um total de 200mg) e fentanyl e morfina IV para aliviar a
dor durante a embolização.
Ao final do procedimento, os cateteres e o introdutores são retirados, seguindo
de um curativo compressivo.
22.
23. CONTROLE PÓS PROCEDIMENTO
O paciente recebe alta recebe alta assim que a ingestão oral é normalizada e não
são mais necessários narcóticos parenterais para o controle da dor; cerca de
metade dos pacientes recebe alta em 1 dia. A taxa média de interação é de 3 dias.
A administração de antibióticos via oral deve continuar por mais de 5 dias, bem
como os antitérmico e narcóticos orais(pacientes devem ser advertidos sobre a
possibilidade de constipação), conforme a necessidade.
Exames laboratoriais deveram ser repetidos a cada 3 semanas, durante a 4
semana o paciente retornará para um segundo procedimento direcionado ao outro
logo hepático.
24. COMPLICAÇÕS E RESULTADOS
Entre as principais complicações estão hematomas no local de punção que
desaparece de 2 à 3 semanas, abcesso no local em que ocorreu necrose do
tumor, em alguns é necessário a drenagem na maioria da vezes podendo ser
tratado com antibióticos. A necrose hepática ocorre em 1% dos casos, levando a
insuficiência hepática ou óbito devido à falta de fluxo sanguíneo ou total a falta
do fluxo sanguíneo do tumor ou do fígado sem tumor, colicistite cirúrgica e
embolização inadvertida dos intestinos (KRISHA et al, 2008).
Esperamos que o tumor diminua de tamanho ou estabilize, facilitando a cirurgia
para a retira-lo aumentando a sobre vida do paciente de 2 à 3 vezes com o
tratamento da quimioembolização (KRISHA et al, 2008).
25. CONCLUSÃO
Após pesquisa em artigo, livros e sites, concluímos que a quimioembolização é
um dos métodos mais indicados para pessoas acometidas por tumor hepático em
estado avançado, onde não ha possibilidade de cirurgia. Além de ser minimamente
invasivo, sua recuperação é rápida, dando a possibilidade do paciente receber alta
no mesmo dia ou no dia seguinte, os fármacos utilizados neste procedimento são
menos agressivos que a quimioterapia convencional, melhorando assim a
qualidade de vida e aumentando a sobrevida deste paciente,, até chegar a
oportunidade de transplante.
26. QUESTIONÁRIO
1. Quais os principais tipos de embolização?
2. Quais os objetivos da Quimioembolização?
3. Quais são resultados esperados com o tratamento da
Quimioembolização?
27. REFERÊNCIAS
BONTRAGER, Kenneth. L. Tratado de posicionamento radiográfico e anatomia associada Kenneth. L. Bontrager. 4 ed - Rio de
Janeiro: Elsier, 2005
CARNEVALLE, Francisco César. Radiologia intervencionista e cirurgia endovascular. Rio de Janeiro RJ: Revinter Ltda. 2006.
GOOGLE, Imagens: Disponível em: <htpp;//www.google.com.br> Acesso em 07 de nov.2014
SANTOS, Alexandre Alves dos. Aperfeiçoamento em hemodinâmica para técnicos e tecnólogos em radiologia/Alexandre Alves dos Santos. --
Salto, SP: Editora Schoba, 2010.
KANDARPA, Krishna. Manual de procedementos em radioologia intervencionista. São Paulo: Novo Conceito Editora, 2008
KATA, Rajaven:Disponível em: <htpp;//www.rejavenkata.com.br/rajavenkata/cancerhepatico2.html. > Acesso em 08 de nov.2014.
MOORE, Keitb L. DALLEY, Arttur F. Anatomia Orientada para a Clínica. 4ªed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2001.
UNIFESP. Disponível em: <http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab2004/1ano/figado/anato.htm>. Acesso em: 10. Nov. 2014.
INCA. Disponível em: <http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=330>. Acesso em: 10. Nov. 2014.