SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA
INSTITUTO DE TECNOLOGIA – ITEC
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL – FEC
3º RELATÓRIO DE ENSAIOS DE ESTRUTURAS E MATERIAIS
Belém - Pará
Julho/2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA
INSTITUTO DE TECNOLOGIA – ITEC
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL – FEC
Miguel Figueiredo de Oliveira Neto – 11019006601
Rafaela Carolina Sarmento Araújo – 11019007701
Trabalho apresentado à disciplina de
ensaios de estruturas e matérias sob
a orientação Luis Veloso
Belém - Pará
Julho/2013
Sumário
1. Introdução
2. Objetivos
3. Metodologia
3.1. Materiais
3.2. Procedimentos Experimentais
3.3. Equações Utilizadas
4. Resultados
5. Conclusões
1. Introdução
Os ensaios de corpos-de-prova são de extrema importância para que se saiba a resistência do
concreto numa determinada idade, este concreto é feito a partir de um estudo de dosagem onde se
procura melhor aproveitar os materiais a fim de obter um resultado final econômico, prático e
funcional que atenda as especificações necessárias.
O ensaio de compressão é o mais indicado para avaliar essas características, principalmente
quando se trata de materiais frágeis, como ferro fundido, madeira, pedra e concreto. É também
recomendado para produtos acabados, como molas e tubos. Porém, não se costuma utilizar ensaios
de compressão para os metais.
A compressão é um esforço axial, que tende a provocar um encurtamento do corpo
submetido a este esforço. Nos ensaios de compressão, os corpos de prova são submetidos a uma
força axial para dentro, distribuída de modo uniforme em toda a seção transversal do corpo de
prova.
Os corpos-de-prova cilíndricos destinados ao ensaio de compressão simples, são moldados
conforme as prescrições da norma brasileira NBR – 5738. Esta norma estabelece que os corpos
devem ser moldados em duas camadas distribuídas uniformemente dentro das fôrmas, em seguida é
necessário o adensamento dessas camadas, para isto é utilizada uma haste de socamento, cada
camada recebe 25 golpes.
2. Objetivos
O ensaio de compressão tem como objetivo a determinação do módulo de elasticidade (E
MPa) e a resistência do concreto (σu MPa) do Corpo de Prova feito de Concreto e análise do seu
comportamento quando submetido à compressão.
-Determinar a Tensão máxima (σmáx)
-Módulo de elasticidade (E)
-Gráfico de Tensão x Deformação
-Coeficiente de Poisson (v)
3. Metodologia
Na execução do ensaio foram obedecidas as seguintes etapas:
Posicionar o corpo-de-prova sobre o prato inferior da prensa, de tal maneira que o eixo vertical do
corpo-de-prova se alinhe com o eixo vertical da máquina que contém o eixo da rótula;
O carregamento deve ser então iniciado, dando-se continuamente e sem choques durante todo o
decorrer do ensaio.
A tensão de ruptura à compressão é obtida dividindo a carga de ruptura pela área da seção transversal
do corpo-de-prova.
Durante o ensaio, faz-se leituras de (∆L transversal) e (∆L longitudinal) com valores pré definidos de
carga aplicada.
3.1. Materiais
- Máquina de Ensaio Universal (compressão e tração)
- Corpo de prova de concreto (150mm x 300 mm)
- Transdutores de Deformação (analógico)
- Prato de aço
- Borracha neoprene.
3.2. Procedimentos Experimentais
De inicio afixou-se ao corpo-de-prova o anel mecânico e os extensômetros para medir (∆L
transversal) e (∆L longitudinal) (fig 1). Logo deu-se inicio ao ensaio de compressão com quatro ciclos, no
entanto foi necessário somar mais 2000 Kgf as Tensões preestabelecidas entre 0 e 30% da carga estipulada ao
corpo-de-prova de 20 Mpa, pois os valores de tensão pequenos não estavam sendo registrados pelos
extensômetros.
(Fig. 1) Fonte: Miguel Neto (Fig. 2) Fonte: Miguel Neto
Ao final do quarto ciclo foram retirados os extensômetro afim de não danificá-los, então no ultimo
ciclo a carga foi elevada até a ruptura do corpo-de-prova. Entretanto por problemas na maquina o ensaio
prosseguiu sem o acompanhamento dos alunos e professor. No dia seguinte o valor da carga de ruptura ficou
em 55000 Kgf.
(Fig. 3) Fonte: Miguel Neto
Com os valores anotados no ensaio de compressão montou-se a seguinte tabela
Força (Kgf) ∆L Long (0.001mm) ∆L Trans (0.001 mm)
0 0 0
900 0 0
4900 6 2,5
8900 24 3
12900 45 4
16900 70 7
20900 96 11,5
900 38 7
4900 38 7
8900 41 7
12900 59 8
16900 79 10
20900 103 12,5
900 39 7
4900 39 7
8900 44 7
12900 64 8
16900 84 10
20900 104 12,5
900 41 6,5
4900 41 6,5
8900 45 6,5
12900 64 8
16900 79 10
20900 105 12
3.3. Equações Utilizadas
Durante o tratamento dos dados foram utilizadas as seguintes fórmulas:
Calculo da deformação (ε mm/mm) Eq 1:
= ∆L / Lɛ
Cálculo da área do corpo de prova, sabendo-se que o valor de d = 50 mm. Eq 2:
A = 3,14 * d² / 4
Cálculo das Tensões (σ) em MPa, sabendo-se que “F” é o valor de cada força coletada pela máquina e “A” é
a área calculada anteriormente. Eq 3:
σ = F.g / A
Cálculo do Módulo de Elasticidade (E), sabendo-se que os valores de Tensão (σ) e Deformação (ε) são
calculados a partir dos resultados obtidos na tabela 1, de acordo com a eq. 4:
E = (σb – σa) / ( b - a)ɛ ɛ
Cálculo da Tensão de Ruptura (σu)
σu = Fu*A
Coeficiente de Poisson (v)
v = - t / lɛ ɛ
4. Resultados
Tabela 2 – Dados calculados com as equações acima
Força (Kgf)
∆L Long
(0.001mm)
∆L Trans (0.001
mm) A (mm²) σ (Mpa)
εLong
(mm/mm)
εTransv
(mm/mm)
0 0 0 17662,5 0,0 0 0
900 0 0 17662,5 0,5 0 0
4900 6 2,5 17662,5 2,7 0,00004 1,66667E-05
8900 24 3 17662,5 4,9 0,00016 0,00002
12900 45 4 17662,5 7,2 0,0003 2,66667E-05
16900 70 7 17662,5 9,4 0,000466667 4,66667E-05
20900 96 11,5 17662,5 11,6 0,00064 7,66667E-05
900 38 7 17662,5 0,5 0,000253333 4,66667E-05
4900 38 7 17662,5 2,7 0,000253333 4,66667E-05
8900 41 7 17662,5 4,9 0,000273333 4,66667E-05
12900 59 8 17662,5 7,2 0,000393333 5,33333E-05
16900 79 10 17662,5 9,4 0,000526667 6,66667E-05
20900 103 12,5 17662,5 11,6 0,000686667 8,33333E-05
900 39 7 17662,5 0,5 0,00026 4,66667E-05
4900 39 7 17662,5 2,7 0,00026 4,66667E-05
8900 44 7 17662,5 4,9 0,000293333 4,66667E-05
12900 64 8 17662,5 7,2 0,000426667 5,33333E-05
16900 84 10 17662,5 9,4 0,00056 6,66667E-05
20900 104 12,5 17662,5 11,6 0,000693333 8,33333E-05
900 41 6,5 17662,5 0,5 0,000273333 4,33333E-05
4900 41 6,5 17662,5 2,7 0,000273333 4,33333E-05
8900 45 6,5 17662,5 4,9 0,0003 4,33333E-05
12900 64 8 17662,5 7,2 0,000426667 5,33333E-05
16900 79 10 17662,5 9,4 0,000526667 6,66667E-05
20900 105 12 17662,5 11,6 0,0007 0,00008
E (Mpa) Fu (Kgf) σu (Mpa) E estimado (Mpa) Poisson (v)
26035,03185 55000 30,5 26308,5 0,1271
Gráfico obtidos através dos valores anotados
Gráfico deformação transversal vr deformação longitudinal
Gráfico Tensão vs Deformação
5. Conclusões
Os resultados do ensaio mostram que a tensão de ruptura do corpo de prova de Concreto (previsto
em 20 MPa) atingiu seu limite em 30,5 Mpa (55000 Kgf), resistindo satisfatoriamente ao seu valor
estipulado. O ensaio também mostrou que o valor médio do módulo de elasticidade de E = 23035,032 MPa,
foi satisfatório em relação ao modulo de elasticidade estipulado Eest = 26308,5 Mpa. O coeficiente de
Poisson foi de v = 0,1271 e ficou dentro da média de 0 ≤ v ≤ 0,5.
Relatório ensai os

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula 3 ensaios mecânicos e end - ensaio de compressão
Aula 3   ensaios mecânicos e end - ensaio de compressãoAula 3   ensaios mecânicos e end - ensaio de compressão
Aula 3 ensaios mecânicos e end - ensaio de compressão
Alex Leal
 
Aula 4 ensaios de dureza
Aula 4   ensaios de durezaAula 4   ensaios de dureza
Aula 4 ensaios de dureza
Alex Leal
 
Aula materiais de construção aula 1 (1)
Aula materiais de construção aula 1 (1)Aula materiais de construção aula 1 (1)
Aula materiais de construção aula 1 (1)
Larissa Freire
 
Fisica 02 - Equilíbrio e elasticidade
Fisica 02  - Equilíbrio e elasticidadeFisica 02  - Equilíbrio e elasticidade
Fisica 02 - Equilíbrio e elasticidade
Walmor Godoi
 

Mais procurados (20)

CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE TEORIA DAS ESTRUTURAS
 
Apostila resistência materiais
Apostila resistência materiaisApostila resistência materiais
Apostila resistência materiais
 
Aula 02 conceitos básicos de resistência dos materiais
Aula 02   conceitos básicos de resistência dos materiaisAula 02   conceitos básicos de resistência dos materiais
Aula 02 conceitos básicos de resistência dos materiais
 
Resolução da lista de exercícios 1 complementos de rm-7
Resolução da lista de exercícios 1  complementos de rm-7Resolução da lista de exercícios 1  complementos de rm-7
Resolução da lista de exercícios 1 complementos de rm-7
 
Práticas de laboratório - Ensaios de Caracterização
Práticas de laboratório - Ensaios de CaracterizaçãoPráticas de laboratório - Ensaios de Caracterização
Práticas de laboratório - Ensaios de Caracterização
 
flambagem
flambagemflambagem
flambagem
 
Aula 3 ensaios mecânicos e end - ensaio de compressão
Aula 3   ensaios mecânicos e end - ensaio de compressãoAula 3   ensaios mecânicos e end - ensaio de compressão
Aula 3 ensaios mecânicos e end - ensaio de compressão
 
Ensaio de granulometria
Ensaio de granulometriaEnsaio de granulometria
Ensaio de granulometria
 
Resistência dos materiais - Exercícios Resolvidos
Resistência dos materiais - Exercícios ResolvidosResistência dos materiais - Exercícios Resolvidos
Resistência dos materiais - Exercícios Resolvidos
 
Aula 3 propriedades mecânicas dos materiais
Aula 3   propriedades mecânicas dos materiaisAula 3   propriedades mecânicas dos materiais
Aula 3 propriedades mecânicas dos materiais
 
Aula 4 ensaios de dureza
Aula 4   ensaios de durezaAula 4   ensaios de dureza
Aula 4 ensaios de dureza
 
Ensaio de Tração
 Ensaio de Tração  Ensaio de Tração
Ensaio de Tração
 
Relatório de tração
Relatório de traçãoRelatório de tração
Relatório de tração
 
Lista de resistência dos materiais
Lista de resistência dos materiaisLista de resistência dos materiais
Lista de resistência dos materiais
 
Aula materiais de construção aula 1 (1)
Aula materiais de construção aula 1 (1)Aula materiais de construção aula 1 (1)
Aula materiais de construção aula 1 (1)
 
Ensaio de materiais
Ensaio de materiaisEnsaio de materiais
Ensaio de materiais
 
Noções de resistências dos materiais: esforços axiais e transversais
Noções de resistências dos materiais: esforços axiais e transversaisNoções de resistências dos materiais: esforços axiais e transversais
Noções de resistências dos materiais: esforços axiais e transversais
 
Fisica 02 - Equilíbrio e elasticidade
Fisica 02  - Equilíbrio e elasticidadeFisica 02  - Equilíbrio e elasticidade
Fisica 02 - Equilíbrio e elasticidade
 
Resistência dos Materiais - Torção
Resistência dos Materiais - TorçãoResistência dos Materiais - Torção
Resistência dos Materiais - Torção
 
Relatorio de ensaio de compressao do betao
Relatorio de ensaio de compressao do betao Relatorio de ensaio de compressao do betao
Relatorio de ensaio de compressao do betao
 

Semelhante a Relatório ensai os

96884834 microsoft-word-relatorio-de-ensaio-em-tunel-de-vento-final
96884834 microsoft-word-relatorio-de-ensaio-em-tunel-de-vento-final96884834 microsoft-word-relatorio-de-ensaio-em-tunel-de-vento-final
96884834 microsoft-word-relatorio-de-ensaio-em-tunel-de-vento-final
Willian Dias da Cruz
 
Celulas de-cargas[1]
Celulas de-cargas[1]Celulas de-cargas[1]
Celulas de-cargas[1]
BrenoAkerman
 

Semelhante a Relatório ensai os (20)

96884834 microsoft-word-relatorio-de-ensaio-em-tunel-de-vento-final
96884834 microsoft-word-relatorio-de-ensaio-em-tunel-de-vento-final96884834 microsoft-word-relatorio-de-ensaio-em-tunel-de-vento-final
96884834 microsoft-word-relatorio-de-ensaio-em-tunel-de-vento-final
 
Relatorio
RelatorioRelatorio
Relatorio
 
Problemas de resistencia_dos_materiais_s
Problemas de resistencia_dos_materiais_sProblemas de resistencia_dos_materiais_s
Problemas de resistencia_dos_materiais_s
 
Problemas de resistencia_dos_materiais_s usp
Problemas de resistencia_dos_materiais_s uspProblemas de resistencia_dos_materiais_s usp
Problemas de resistencia_dos_materiais_s usp
 
Problemas de resistencia dos materiais
Problemas de resistencia dos materiaisProblemas de resistencia dos materiais
Problemas de resistencia dos materiais
 
Relatório - modelo
Relatório - modeloRelatório - modelo
Relatório - modelo
 
Relatorio microdureza
Relatorio microdurezaRelatorio microdureza
Relatorio microdureza
 
Celulas de-cargas[1]
Celulas de-cargas[1]Celulas de-cargas[1]
Celulas de-cargas[1]
 
Desempenho de fundação profunda com ponta em solo resistente na Zona Norte do...
Desempenho de fundação profunda com ponta em solo resistente na Zona Norte do...Desempenho de fundação profunda com ponta em solo resistente na Zona Norte do...
Desempenho de fundação profunda com ponta em solo resistente na Zona Norte do...
 
Metodo ipt apresentação
Metodo ipt apresentaçãoMetodo ipt apresentação
Metodo ipt apresentação
 
Análise estrutural de um chassis tubular
Análise estrutural de um chassis tubularAnálise estrutural de um chassis tubular
Análise estrutural de um chassis tubular
 
Manual No.37 - Aterro – Assentamentos ao longo do tempo (consolidação)
Manual No.37 - Aterro – Assentamentos ao longo do tempo (consolidação)Manual No.37 - Aterro – Assentamentos ao longo do tempo (consolidação)
Manual No.37 - Aterro – Assentamentos ao longo do tempo (consolidação)
 
CIT04-0128
CIT04-0128CIT04-0128
CIT04-0128
 
Física 11º ano A.L. 1.1 Queda-livre
Física 11º ano A.L. 1.1 Queda-livreFísica 11º ano A.L. 1.1 Queda-livre
Física 11º ano A.L. 1.1 Queda-livre
 
AL 1.1 queda livre- Física 11º
AL 1.1 queda livre- Física 11ºAL 1.1 queda livre- Física 11º
AL 1.1 queda livre- Física 11º
 
AL 1.1 queda livre- Física 11º
AL 1.1 queda livre- Física 11ºAL 1.1 queda livre- Física 11º
AL 1.1 queda livre- Física 11º
 
Caldeira
CaldeiraCaldeira
Caldeira
 
Manual No.36 - Verificação de uma Fundação em Microestacas
Manual No.36 - Verificação de uma Fundação em MicroestacasManual No.36 - Verificação de uma Fundação em Microestacas
Manual No.36 - Verificação de uma Fundação em Microestacas
 
Análise de Estrutura c/ e s/ Entalhe
Análise de Estrutura c/ e s/ EntalheAnálise de Estrutura c/ e s/ Entalhe
Análise de Estrutura c/ e s/ Entalhe
 
Extensometria - Strain Gauge - Apresentação
Extensometria - Strain Gauge - ApresentaçãoExtensometria - Strain Gauge - Apresentação
Extensometria - Strain Gauge - Apresentação
 

Relatório ensai os

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA INSTITUTO DE TECNOLOGIA – ITEC FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL – FEC 3º RELATÓRIO DE ENSAIOS DE ESTRUTURAS E MATERIAIS Belém - Pará Julho/2013
  • 2. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – UFPA INSTITUTO DE TECNOLOGIA – ITEC FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL – FEC Miguel Figueiredo de Oliveira Neto – 11019006601 Rafaela Carolina Sarmento Araújo – 11019007701 Trabalho apresentado à disciplina de ensaios de estruturas e matérias sob a orientação Luis Veloso Belém - Pará Julho/2013
  • 3. Sumário 1. Introdução 2. Objetivos 3. Metodologia 3.1. Materiais 3.2. Procedimentos Experimentais 3.3. Equações Utilizadas 4. Resultados 5. Conclusões
  • 4. 1. Introdução Os ensaios de corpos-de-prova são de extrema importância para que se saiba a resistência do concreto numa determinada idade, este concreto é feito a partir de um estudo de dosagem onde se procura melhor aproveitar os materiais a fim de obter um resultado final econômico, prático e funcional que atenda as especificações necessárias. O ensaio de compressão é o mais indicado para avaliar essas características, principalmente quando se trata de materiais frágeis, como ferro fundido, madeira, pedra e concreto. É também recomendado para produtos acabados, como molas e tubos. Porém, não se costuma utilizar ensaios de compressão para os metais. A compressão é um esforço axial, que tende a provocar um encurtamento do corpo submetido a este esforço. Nos ensaios de compressão, os corpos de prova são submetidos a uma força axial para dentro, distribuída de modo uniforme em toda a seção transversal do corpo de prova. Os corpos-de-prova cilíndricos destinados ao ensaio de compressão simples, são moldados conforme as prescrições da norma brasileira NBR – 5738. Esta norma estabelece que os corpos devem ser moldados em duas camadas distribuídas uniformemente dentro das fôrmas, em seguida é necessário o adensamento dessas camadas, para isto é utilizada uma haste de socamento, cada camada recebe 25 golpes. 2. Objetivos O ensaio de compressão tem como objetivo a determinação do módulo de elasticidade (E MPa) e a resistência do concreto (σu MPa) do Corpo de Prova feito de Concreto e análise do seu comportamento quando submetido à compressão. -Determinar a Tensão máxima (σmáx) -Módulo de elasticidade (E) -Gráfico de Tensão x Deformação -Coeficiente de Poisson (v)
  • 5. 3. Metodologia Na execução do ensaio foram obedecidas as seguintes etapas: Posicionar o corpo-de-prova sobre o prato inferior da prensa, de tal maneira que o eixo vertical do corpo-de-prova se alinhe com o eixo vertical da máquina que contém o eixo da rótula; O carregamento deve ser então iniciado, dando-se continuamente e sem choques durante todo o decorrer do ensaio. A tensão de ruptura à compressão é obtida dividindo a carga de ruptura pela área da seção transversal do corpo-de-prova. Durante o ensaio, faz-se leituras de (∆L transversal) e (∆L longitudinal) com valores pré definidos de carga aplicada. 3.1. Materiais - Máquina de Ensaio Universal (compressão e tração) - Corpo de prova de concreto (150mm x 300 mm) - Transdutores de Deformação (analógico) - Prato de aço - Borracha neoprene. 3.2. Procedimentos Experimentais De inicio afixou-se ao corpo-de-prova o anel mecânico e os extensômetros para medir (∆L transversal) e (∆L longitudinal) (fig 1). Logo deu-se inicio ao ensaio de compressão com quatro ciclos, no entanto foi necessário somar mais 2000 Kgf as Tensões preestabelecidas entre 0 e 30% da carga estipulada ao corpo-de-prova de 20 Mpa, pois os valores de tensão pequenos não estavam sendo registrados pelos extensômetros. (Fig. 1) Fonte: Miguel Neto (Fig. 2) Fonte: Miguel Neto
  • 6. Ao final do quarto ciclo foram retirados os extensômetro afim de não danificá-los, então no ultimo ciclo a carga foi elevada até a ruptura do corpo-de-prova. Entretanto por problemas na maquina o ensaio prosseguiu sem o acompanhamento dos alunos e professor. No dia seguinte o valor da carga de ruptura ficou em 55000 Kgf. (Fig. 3) Fonte: Miguel Neto Com os valores anotados no ensaio de compressão montou-se a seguinte tabela Força (Kgf) ∆L Long (0.001mm) ∆L Trans (0.001 mm) 0 0 0 900 0 0 4900 6 2,5 8900 24 3 12900 45 4 16900 70 7 20900 96 11,5 900 38 7 4900 38 7 8900 41 7 12900 59 8 16900 79 10 20900 103 12,5 900 39 7 4900 39 7 8900 44 7 12900 64 8 16900 84 10 20900 104 12,5 900 41 6,5 4900 41 6,5 8900 45 6,5 12900 64 8 16900 79 10 20900 105 12
  • 7. 3.3. Equações Utilizadas Durante o tratamento dos dados foram utilizadas as seguintes fórmulas: Calculo da deformação (ε mm/mm) Eq 1: = ∆L / Lɛ Cálculo da área do corpo de prova, sabendo-se que o valor de d = 50 mm. Eq 2: A = 3,14 * d² / 4 Cálculo das Tensões (σ) em MPa, sabendo-se que “F” é o valor de cada força coletada pela máquina e “A” é a área calculada anteriormente. Eq 3: σ = F.g / A Cálculo do Módulo de Elasticidade (E), sabendo-se que os valores de Tensão (σ) e Deformação (ε) são calculados a partir dos resultados obtidos na tabela 1, de acordo com a eq. 4: E = (σb – σa) / ( b - a)ɛ ɛ Cálculo da Tensão de Ruptura (σu) σu = Fu*A Coeficiente de Poisson (v) v = - t / lɛ ɛ
  • 8. 4. Resultados Tabela 2 – Dados calculados com as equações acima Força (Kgf) ∆L Long (0.001mm) ∆L Trans (0.001 mm) A (mm²) σ (Mpa) εLong (mm/mm) εTransv (mm/mm) 0 0 0 17662,5 0,0 0 0 900 0 0 17662,5 0,5 0 0 4900 6 2,5 17662,5 2,7 0,00004 1,66667E-05 8900 24 3 17662,5 4,9 0,00016 0,00002 12900 45 4 17662,5 7,2 0,0003 2,66667E-05 16900 70 7 17662,5 9,4 0,000466667 4,66667E-05 20900 96 11,5 17662,5 11,6 0,00064 7,66667E-05 900 38 7 17662,5 0,5 0,000253333 4,66667E-05 4900 38 7 17662,5 2,7 0,000253333 4,66667E-05 8900 41 7 17662,5 4,9 0,000273333 4,66667E-05 12900 59 8 17662,5 7,2 0,000393333 5,33333E-05 16900 79 10 17662,5 9,4 0,000526667 6,66667E-05 20900 103 12,5 17662,5 11,6 0,000686667 8,33333E-05 900 39 7 17662,5 0,5 0,00026 4,66667E-05 4900 39 7 17662,5 2,7 0,00026 4,66667E-05 8900 44 7 17662,5 4,9 0,000293333 4,66667E-05 12900 64 8 17662,5 7,2 0,000426667 5,33333E-05 16900 84 10 17662,5 9,4 0,00056 6,66667E-05 20900 104 12,5 17662,5 11,6 0,000693333 8,33333E-05 900 41 6,5 17662,5 0,5 0,000273333 4,33333E-05 4900 41 6,5 17662,5 2,7 0,000273333 4,33333E-05 8900 45 6,5 17662,5 4,9 0,0003 4,33333E-05 12900 64 8 17662,5 7,2 0,000426667 5,33333E-05 16900 79 10 17662,5 9,4 0,000526667 6,66667E-05 20900 105 12 17662,5 11,6 0,0007 0,00008 E (Mpa) Fu (Kgf) σu (Mpa) E estimado (Mpa) Poisson (v) 26035,03185 55000 30,5 26308,5 0,1271
  • 9. Gráfico obtidos através dos valores anotados Gráfico deformação transversal vr deformação longitudinal Gráfico Tensão vs Deformação
  • 10. 5. Conclusões Os resultados do ensaio mostram que a tensão de ruptura do corpo de prova de Concreto (previsto em 20 MPa) atingiu seu limite em 30,5 Mpa (55000 Kgf), resistindo satisfatoriamente ao seu valor estipulado. O ensaio também mostrou que o valor médio do módulo de elasticidade de E = 23035,032 MPa, foi satisfatório em relação ao modulo de elasticidade estipulado Eest = 26308,5 Mpa. O coeficiente de Poisson foi de v = 0,1271 e ficou dentro da média de 0 ≤ v ≤ 0,5.