O documento descreve as tradições e significados por trás da Semana Santa, incluindo a entrada de Jesus em Jerusalém no Domingo de Ramos, a Ceia do Senhor na Quinta-Feira Santa com a instituição da Eucaristia, e a bênção dos Santos Óleos na Missa do Crisma.
2. Mistério Pascal
• A Semana Santa traz o ponto
central do ano litúrgico, que é a
celebração do mistério pascal:
paixão, morte e ressurreição de
Jesus Cristo.
3. História
• A partir da ressurreição de Jesus, os
cristãos celebravam semanalmente a
Páscoa pela Eucaristia dominical.
• Em seguida, passaram a celebrar a
Páscoa também uma vez por
ano, enfatizando a vigília pascal.
4. • Conforme testemunho de Tertuliano (séc. II) e
de Hipólito (séc. III), depois das leituras
celebrava-se também o batismo, e a vigília
terminava quase de manhã com a Eucaristia.
• Ao longo do séc. IV, os cristãos foram sentindo
necessidade de desdobrar a celebração da
vigília pascal, a fim de se deterem mais
demoradamente sobre cada um dos
momentos derradeiros da vida terrena de
Jesus.
5. • Introduziram, pois, o Tríduo
Pascal, que tem como primeiro
dia a sexta-feira
santa, precedida na véspera
pela celebração da última
ceia, o sábado santo e o
domingo da ressurreição.
• Em Jerusalém, os cristãos
empenhavam-se por imitar os
últimos passos da vida de
Jesus, desde sua entrada em
Jerusalém até sua ressurreição.
6. • O mistério pascal, que
encontra na Semana Santa a
sua mais alta e comovida
celebração, não é
simplesmente um momento
do ano litúrgico; é a fonte de
todas as outras celebrações
do próprio ano
litúrgico, porque todas se
referem ao mistério da nossa
redenção, isto é, o mistério
pascal. (papa Paulo VI)
7. Domingo de Ramos da paixão do
Senhor
• Muitas pessoas
estenderam seus mantos
pelo caminho; outros
puseram ramos que
haviam apanhado nos
campos. Os que iam na
frente e os que seguiam
gritavam: Hosana!
Bendito aquele que vem
em nome do Senhor (Mt
11, 7-10)
8. Celebração
• 1ª Parte: Comemoração da
Entrada de Jesus em
Jerusalém, com bênção dos
ramos e procissão.
• 2ª Parte: Celebração da
Eucaristia, com a narração da
Paixão.
9. Pontos de Reflexão
• Os dois aspectos da celebração de hoje, a
saber, a entrada de Jesus em Jerusalém e a
missa da Paixão do Senhor, dão um caráter de
antecipação figurada da Páscoa: as multidões
aclamam o Cristo vencedor em sua Paixão.
10. Seguir os passos de Jesus
• Para realizar o mistério de sua morte e
ressurreição, Cristo entrou em Jerusalém, sua
cidade. Celebrando com fé e piedade a
memória desta entrada, sigamos os passos de
nosso Salvador para que, associados pela
graça à sua cruz, participemos também de sua
ressurreição e de sua vida.
11. Quinta-Feira Santa (Missa Vespertina
na Ceia do Senhor)
• Na noite em que foi
entregue, o Senhor
Jesus tomou o pão
e, depois de dar
graças, partiu-o e disse:
Isto é o meu corpo que
é dado para vocês;
façam isto em memória
de mim. (1Cor 11, 23-
25)
12. Celebração
• 1ª Parte: Ritos Iniciais e Liturgia da
Palavra
• 2ª Parte: Lava-pés
• 3ª Parte: Liturgia eucarística
• 4ª Parte: Transladação do Santíssimo
Sacramento
13. Liturgia da Palavra
• Jesus quis celebrar a páscoa com seus
discípulos. A páscoa dos judeus fazia memória
da libertação da escravidão no Egito. Além de
ser acompanhada de salmos e orações
próprias para a ocasião.
• A celebração previa como alimento um
cordeiro, pão sem fermento, ervas amargas, e
como bebida, algumas taças de vinho.
• A novidade é que Jesus dá um novo sentido
para o pão e o vinho.
14. • A primeira leitura (Ex 12) recorda
o contexto pascal em que se
desenrolou também a ceia de
Jesus com seus discípulos. A
segunda (1Cor 11) apresenta o
mais antigo relato da instituição
da eucaristia. O Evangelho de
João nos introduz no
cenáculo, onde as palavras do
Mestre e Senhor são reforçadas
por seu exemplo e serviço.
15. Lava-pés
• É gesto de serviço, de doação amorosa ao
próximo. Só quem se dispõe a servir
generosamente aos irmãos está em condições
de participar da eucaristia.
• O celebrante repete o gesto de Jesus, que lava
os pés dos apóstolos. Esta ação simbólica
manifesta que Jesus se coloca como o servo
num ato de amor e de serviço para com os
apóstolos e recomenda que se faça o mesmo
entre os irmãos.
16. Liturgia Eucarística
• O que se põe em destaque é o memorial
da instituição da eucaristia neste
dia, reforçado pelo prefácio da eucaristia
e outras orações.
17. Transladação do Santíssimo
Sacramento
• O gesto funcional de conservar as espécies
eucarísticas para a comunhão do dia seguinte
se transforma em momento de adoração da
presença contínua do Senhor em nosso meio.
• O Santíssimo Sacramento será guardado num
tabernáculo fechado. Não se deve fazer
exposição com o ostensório.
18. Missa do Crisma
• O bispo e os sacerdotes concelebram na
catedral. Constituídos, na última ceia , “servos
do mistério”: realizam eles a unidade do seu
sacerdócio no único grande Sacerdote, Jesus
Cristo.
• Nesta missa manifesta-se o mistério do
sacerdócio de Cristo, participado pelos
ministros constituídos em cada Igreja
local, que renovam hoje seu compromisso ao
serviço do povo de Deus.
19. Santos Óleos
• O bispo, cercado pelos outros
sacerdotes, abençoa os
óleos, que serão usados nos
diversos sacramentos: o crisma
(óleo misturado com
perfumes), para significar o dom
do Espírito no batismo, na
crisma, na ordem; o óleo para os
catecúmenos e o óleo para os
enfermos, sinal da força que
liberta do mal e sustenta na
provação da doença.