2. "
Êxodo
Introdução
•Título
1. Os hebreus deram-lhe o nome de “We’elleh”
devido à sua primeira frase, “São estes os
nomes”.
2. Os tradutores da Septuaginta chamaram-no de
“Êxodo” (Saída) devido ao fato de seu tema
central das ações redentoras de Deus para o seu
povo.
3. "
Autoria
Como em Gênesis, a autoria de Moisés é
confirmada pela estreita conexão e unidade com os
livros restantes do Pentateuco. Neste livro,
entretanto, Moisés coloca-se como centro de todas
as ações (17.14; 24.4; 25.9; 36.1).
4. "
Cenário Histórico
• DATA DA ESCRITA – 1440 a.C., APROXIDAMENTE.
Se Moisés escreveu Gênesis nesta data, deve tê-lo
feito durante a primeira parte da sua peregrinação
com o povo judeu pelo deserto de Cades-Barnéia.
• DATA DO ÊXODO – 1445 A.C., APROXIDAMENTE.
1. I Reis 6.1 coloca o êxodo 480 anos antes de
Salomão começar a construir o templo, o que
está fixado em 967 a.C.
2. Juízes 11.26 coloca a conquista da Transjordânia
300 antes da época de Jefté (que viveu ao redor
de 1100 a.C.).
5. "
4. Atos 13.17-20 dá o período aproximadamente do
êxodo a Samuel como sendo de 450 anos.
Samuel morreu por volta de 1020 a.C.
5. O nome “Ramissés” deriva do deus-sol “Ra”, e é
provável que tenha sido usado muito antes do
nascimento desse Faraó popular e forte.
6. "
A VIDA DE MOISÉS – TRÊS
PERÍODOS DE QUARENTA ANOS.
1. Os primeiros quarenta anos de
sua vida Moisés passou no lar
dos seus pais e no palácio do
Faraó. Nascido em Gósen mais
ou menos em 1525 a.C., foi o
segundo filho de Anrão e
Joquebede, da tribo de Levi. No
lar paterno Moisés recebeu a
sua formação religiosa, e na
corte do faraó adquiriu
conhecimento intelectual e
político, além de treinamento
militar.
7. "
2. Os segundos quarenta anos passaram exilado em
Midiã, fugindo do Faraó, meditando e
trabalhando como pastor. Casou-se com Zípora,
filha de Jetro, o sacerdote, e nasceram-lhe dois
filhos Gérson e Eliezer (Êxodo 18.34).
3. Os últimos quarenta anos de sua vida ele os
viveu no Egito e no deserto, na condição de
primeiro líder de Israel. Serviu ao senhor como
profeta, sacerdote e rei, muito antes de esses
cargos serem estabelecidos entre os judeus.
Ensinou a todos como profeta; como um
sacerdote intercedeu por eles quando caíram na
idolatria e, como líder, retirou-os da servidão e
os organizou como povo da aliança de Deus.
8. "
O Egito antigo consistia em
GEOGRAFIA DO EGITO duas partes: Baixo Egito,
com a larga região do
delta, e o Alto Egito, com
sua estreita faixa de terra
(mais ou menos 19 km de
largura) ao longo do rio
Nilo, numa extensão de
966 km ao sul.
9. "
O Egito dependia
inteiramente do Nilo. Este
recebia água de diversos rios
e lagos do interior da África.
Em setembro, o Nilo
transbordava, irrigando e
fertilizando o vale com os
ricos depósitos de águas
aluviais, o que tornava o país
o “celeiro” do Oriente
Médio. Sua posição isolada
também contribuiu para a
tranqüilidade e o progresso
pacífico da nação em muitos
períodos da história.
10.
11.
12.
13.
14. "
POLÍTICA DO EGITO
Dividido
administrativamente em duas
regiões, Norte e Sul, sua capital
teve de ser mudada várias vezes,
funcionado ora em Tebas (Nô-
Amon), no Alto Egito, ao Sul, ora
em Mênfis (Nofe ou Ramissés) ou
Avaris, no Delta do Baixo Egito. O
nome bíblico para o país dos
Faraós é “Mizraim”, que significa
“dois Egitos”.
15. "
FARAÓS
1. AMOSIS I (1580-1558) não somente continuou a
opressão sobre os judeus, como aumentou
devido à formação estrangeira de Israel e seu
crescimento demográfico ameaçador.
2. TUTMÉS (1539-1514) ordenou a matança dos
meninos na época em que Moisés nasceu.
16. "
3. A Rainha HATSHEPSUT (1504-1450), filha de
TUTMÉS I e esposa de TUTMÉS II (1520-1504)
usurpou o trono depois da morte deste, e foi
provavelmente a filha de Faraó que adotou
Moisés em 1525.
4. Foi de TUTMÉS III (1504-1450) que Moisés
fugiu para o deserto de Midiã (apesar de
Hatsheptsu, na época dessa fuga ainda estar
viva).
17. "
5. AMENOFIS II (1450-1426) foi o faraó com
quem Moisés se confrontou e a quem Deus mandou
as pragas. O Faraó seguinte (TUTMÉS IV) não era
herdeiro natural, mas um filho nascido tarde, o que
sugere que o primogênito tenha morrido.
18. CENÁRIO RELIGIOSO DO EGITO
"
Os egípcios eram muito
religiosos, adorando uma
infinidade de divindades.
Tinham deuses locais e
nacionais, além de
acreditarem em diversas
manifestações da
natureza.
Eis exemplos de seus
deuses principais:
Ra e Amom-Ra = deuses
do sol.
Osíris = deus do Nilo
(senhor da fertilidade e
da vida).
Hórus, também um deus
do sol, representado por
um falcão.
19. "
•Os egípcios acreditavam que em cada ser ou
objeto da natureza habitava um espírito que
tinha escolhido aquela forma para se expressar.
Essa idéia levou-os à adoração de animais como
o gato, o touro, a vaca e o crocodilo.
•Todas as religiões praticadas no Egito defendiam
a crença na vida após a morte. Tal crença levou
os egípcios a se preocupar, como nenhum outro,
com os preparativos para o sepultamento.
29. "
A RELIGIÃO DE ISRAEL NO EGITO
• José exerceu grande influência espiritual sobre
Israel até 1804 a.C., data da sua morte. Liderou
espiritualmente aquele povo durante 51 anos. O
isolamento em Gósen também contribuiu para
proteger os israelitas da idolatria do Egito.
• Houve uma época em que os descendentes de Jacó
aderiram aos deuses egípcios, e a corrupção tomou
conta de quase todos eles (Ezequiel 20.6-10). Talvez
isso explique a causa de Israel ter sido tão oprimido
no Egito.
30. "
TEMA: REDENÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE ISRAEL
COMO POVO DA ALIANÇA.
•É um livro de libertação, de redenção, e o caminho,
o meio sempre apontado aqui é o sangue. Neste
êxodo, libertação virá sempre através do Sangue. É
seu tema e anúncio profético da obra de Jesus.
VERSO-CHAVE
Êx. 3.10 – “Vem agora e eu te enviarei a Faraó para
que tires meu povo, os filhos de Israel, do Egito”.
31. "
OBJETIVO DO LIVRO
O principal objetivo é descrever como Deus livrou
Israel da servidão e da idolatria do Egito,
conduzindo-o a um lugar de destaque na condição
de povo exclusivo seu, num relacionamento de
aliança teocrática. Três grandes acontecimentos
definem o objetivo didático do livro:
1. A saída do Egito
2. A entrega da Lei
3. A construção do Tabernáculo.
32. "
Esboço do Livro
Redenção e Organização de Israel como Povo da Aliança
A. A SAÍDA – ÊNFASE DO PODER DE DEUS............................................ (1-18)
1. Aflição de Israel no Egito...................................................................... 1-11
2. Livramento de Israel........................................................................... 12-15
3. Jornada de Israel até o monte Sinai................................................... 16-18
B. A LEI – ÊNFASE DOS PRINCÍPIOS DE DEUS...................................... (19-24)
1. A Aliança proposta pelo Senhor.............................................................. 19
2. Mandamentos Espirituais e Morais........................................................ 20
3. Ordenanças Civis e Sociais................................................................. 21-23
4. Aliança aceita por Israel........................................................................... 24
C. O TABERNÁCULO – ÊNFASE DA PRESENÇA DE DEUS........................ (25-40)
1. O plano de Deus para o Tabernáculo.................................................... 25-31
2. Punição de Deus para a idolatria do povo............................................ 32-34
3. Presença de Deus no término do Tabernáculo..................................... 35-40
33. Contribuições singulares de Êxodo
1. Origem da nação de Israel.
Descreve o seu princípio em terra estranha sob pesada e
cruel servidão, o livramento divino e a pronta
organização do povo com um conjunto de leis
espirituais, sociais e civis para o governo da
comunidade.
2. Primeiros milagres da Bíblia.
Com exceção dos julgamentos
sobrenaturais de Gênesis, as
pragas do Egito são a primeira
demonstração de milagres ou
sinais sobrenaturais
executados por homens. Foi
esse um modo singular de
Deus se manifestar ao mundo
e ao seu povo.
34. 3. Instituição da Páscoa.
"
Apesar das muitas festas e
comemorações de Israel, nenhuma
era tão importante quanta aquela
que abria o ano religioso (em
meados do primeiro mês), a
Páscoa. Tinha ela três finalidades:
1. Comemorar a salvação e o resgate
físico dos primogênitos pela morte
do cordeiro;
2. Lembrar a cada pessoa a
necessidade de se alcançar
redenção espiritual do pecado pelo
sacrifício de um cordeiro
substituto, indicando desse modo a
provisão futura prometida por
Deus na aliança Abraâmica.
3. Ensina-nos o significado da morte
de Cristo, que desempenhou
aquele tipo como o "Cordeiro de
Deus" (João 1.29). O cordeiro da
páscoa foi o maior tipo da
redenção no Antigo Testamento.
35. 4. Construção do Tabernáculo
"
Israel permaneceu no monte Sinai
até o final do primeiro ano,
ocupado com a construção do
Tabernáculo designado por Deus.
Do mesmo modo como a Lei
retratava a santidade de Deus e a
separação do homem por causa da
desobediência, o Tabernáculo
retratava a graça de Deus, ao
prover um lugar de encontro e
comunhão pelo sacrifício de
sangue.
Tipicamente, o Tabernáculo retrata
Cristo como a única maneira de o
homem se aproximar de Deus. As
diferentes peças de mobília
descrevem, numa forma visual, os
muitos propósitos cumpridos na
vida e morte de Jesus, a fim de
capacitar as pessoas a se
aproximarem dele e terem
comunhão com ele (Hb. 9.1-14).
41. "
O Senhor Revela-se em Êxodo
1. O “Eu Sou” da sarça ardente .....(3) – Um Deus que mantém aliança
2. As pragas ............................................(8-12) – Um Deus de punição
3. A Páscoa ..............................................(12) – Um Deus de redenção
4. A travessia do ...........................................(14) – Um Deus de poder
5. A jornada até o Sinai (fome, sede e guerra) ....................(16-17) –
Um Deus de provisão
6. A Lei..............................................(19-24) – Um Deus de santidade
7. Tabernáculo, Sacerdotes, Ofertas .(25-30) – Um Deus de comunhão
8. A punição devido ao bezerro de ouro ..(32) – Um Deus de disciplina
9. A renovação da Aliança .............................(33) – Um Deus de Graça
10. A vinda da Glória.......................................(40) – Um Deus de glória
42. "
CRISTOLOGIA EM ÊXODO
1. Arão, o sumo sacerdote, tipificou Cristo em muitos
aspectos do sacerdócio (Hb. 5,7)
2. O cordeiro da páscoa foi, no Antigo testamento, um
notável tipo de Cristo como o Cordeiro de Deus, que
derramou o seu sangue para a Salvação Jo.
1.29; I Cor. 5.7
3. Cristo declarou que o maná era o seu tipo,
dádiva gratuita dos céus a ser recebida pelo
povo para sustento e vida espiritual (Jo. 6.32,33 58)
4. O Tabernáculo e os móveis tipificavam com nitidez a obra
de Cristo, a única que proporcionou ao homem uma
aproximação de Deus.