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Universidade Federal da Paraíba
        Centro de Ciências Humanas Letras e Artes
          Departamento de Comunicação Social




   RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO


               PROJETO DE PESQUISA:


CONCEPÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA BIBLIOTECA DIGITAL
          PAULO FREIRE (PIBIC/CNPq/UFPB)




      MAURÍCIO LINHARES DE ARAGÃO JUNIOR
                  Matrícula: 10013148
               Bolsista PIBIC/CNPq/UFPB




                  JOÃO PESSOA - PB
                     AGOSTO/2004
Universidade Federal da Paraíba
        Centro de Ciências Humanas Letras e Artes
          Departamento de Comunicação Social




   RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO



               PROJETO DE PESQUISA:


CONCEPÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA BIBLIOTECA DIGITAL
          PAULO FREIRE (PIBIC/CNPq/UFPB)




      MAURÍCIO LINHARES DE ARAGÃO JUNIOR
                  Matrícula: 10213480
               Bolsista PIBIC/CNPq/UFPB




    PROFª. DRª. EDNA GUSMÃO DE GÓES BRENNAND
                   (ORIENTADORA)




                  JOÃO PESSOA - PB
                     AGOSTO/2004
CONCEPÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO
     DA BIBLIOTECA DIGITAL PAULO FREIRE




    _________________________________________
    MAURÍCIO LINHARES DE ARAGÃO JUNIOR
          (BOLSISTA PIBIC / CNPq / UFPB)




___________________________________________________
  PROFª DRª EDNA GUSMÃO DE GÓES BRENNAND
                 (ORIENTADORA)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES
  DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL




                    Relatório final das atividades do
                    Projeto “Concepção e Implementação
                    da Biblioteca Digital Paulo Freire”
                    apresentado no Programa
                    Institucional de Bolsas de Iniciação
                    Científica (PIBIC/CNPq/UFPB),
                    correspondente ao período de Agosto/
                    2003 a Agosto/2004.

                    Orientadora: Profª. Drª Edna
                    Gusmão de Góes Brennand.




             JOÃO PESSOA – PB

               AGOSTO/2004
Sumário

DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL.......................................................................4
4.3 Produção acadêmica e encontros:....................................................................................33
O bolsista em questão não participou de encontros nem publicou artigos por ter iniciado a
participação no projeto depois dos eventos nos quais os outros bolsistas do projeto
apresentaram seus trabalhos. Entretanto ele já conta com um artigo pronto para
publicação e está a procura de oportunidades para apresentar o trabalho da biblioteca. ...33
1. Introdução



A Biblioteca Digital Paulo Freire (BDPF) está se tornando um referencial para implementação

do sistema de bibliotecas digitais, devido, além do esforço das pessoas que nela trabalham, a

interdisciplinaridade deste grupo. Surgida inicialmente em 2000, como um projeto de

iniciação a pesquisa apresentado pela professora Edna Gusmão de Góes Brennand, a

biblioteca chega a seu quarto ano de existência com a maturidade e segurança adquirida

nestes anos de esforço e pesquisa, sempre em busca da melhora e facilidade para que o

material possa ser acessado e utilizado, independente do lugar, sistema operacional utilizado e

poder econômico.



Seu papel como difusora do conhecimento gerado por Paulo Freire e das pessoas

influenciadas por este conhecimento tem como um de seus objetivos um dos mais importantes

ideais de Freire, que era o de levar as pessoas a fazer uma leitura crítica do que lêem, não

apenas decorando palavras e conceitos, segundo ele1:



                    “A leitura crítica implica, para mim, basicamente, que o leitor se assume

                    como sujeito inteligente e desvelador do texto. Nesse sentido, o leitor crítico

                    é aquele que até certo ponto “reescreve” o que lê, "recria” o assunto da

                    leitura em função dos seus próprios critérios. Já o leitor não-crítico

                    funciona como uma espécie de instrumento do autor, um repetidor paciente

                    e dócil do que 1ê. Não há nesse caso uma real apreensão do significado do

                    texto, mas uma espécie de justaposição, de colagem, de aderência. Assim,

                    pode-se ter um texto crítico com uma leitura ingênua e um texto ingênuo

1
 Pedagogia: Diálogo e conflito / Moacir Gadotti, Paulo Freire e Sérgio Guimarães. 4 Ed. – São Paulo: Cortez,
1995
com uma leitura crítica, que reescreve e supera a ingenuidade do texto.

                  Essa superação só é possível pela leitura crítica, que, como já disse em

                  outros momentos, é aquela que fundamentalmente sabe situar num contexto

                  o que está sendo lido. Uma boa educação crítica                       estabelece

                  permanentemente esse movimento dinâmico entre a palavra e o mundo e

                  vice-versa.”



É este tipo de leitor que a Biblioteca Digital deseja formar com a disponibilização dos textos e

das idéias de uma personalidade como Paulo Freire, para que todos tenham a oportunidade de

entrar em contato com seu conhecimento e suas idéias. A formação de uma consciência

político-pedagógica, que ele tanto pregou em sua vida, nas pessoas que tem acesso a o

material da Biblioteca, é uma de nossas vontades e uma das principais motivações do nosso

trabalho, pois é esta consciência que vai nos dar força e conhecimento para lutar por um

amanhã melhor, como ele fez até os últimos momentos de sua vida.



Somando-se a isto, nosso principal objetivo é “disponibilizar pressupostos filosóficos,

sociológicos e pedagógicos do pensamento freireano, para suportar ações educativas

coletivas facilitadoras da inclusão dos sujeitos educacionais na sociedade da informação”2.




2
 BRENANND, Edna G.Góes et al. Concepção e Implementação da Biblioteca Digital Paulo Freire, João
Pessoa, 2000.
2. Fundamentação teórica

2.1 Paulo Freire e sua obra



Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife, Pernambuco,

uma das regiões mais pobres do país, onde logo cedo pôde experimentar as dificuldades de

sobrevivência das classes populares. Trabalhou inicialmente no SESI (Serviço Social da

Indústria) e no Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife. Ele foi quase tudo o

que deve ser como educador, de professor de escola a criador de idéias e métodos.



Sua filosofia educacional expressou-se primeiramente na tese de concurso escrita para a

universidade de Belas Artes em Recife, Pernambuco. Seu desenvolvimento continuou quando

foi titulado professor de História e Filosofia da Educação, além dos primeiros envolvimentos

com alfabetizações, como a que aconteceu em Angicos, Rio Grande do Norte, em 1963.



Seu método de alfabetização que tinha como características além de ensinar o alfabetizando a

ler e escrever, ensiná-lo a desenvolver uma consciência crítica do mundo ao seu redor. Este

método tinha por objetivo libertar o oprimido de seu estado de inocência, fato que fez de

Paulo um dos primeiros brasileiros a serem exilados após o golpe militar de 1964, sob o crime

de “subverter a ordem instituída” com este tipo de ensino.



Exilado, ele seguiu para o Chile, onde encontrou um momento social favorável para a

aplicação de seu método de alfabetização de adultos, com os camponeses incluídos do

programa de reforma agrária chileno. Paulo passou 5 anos desenvolvendo este trabalho no

Chile e suas experiências tornaram-se o livro “Pedagogia do Oprimido”, uma das mais

importantes obras de sua carreira.
Após esta experiência ele torna-se professor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos,

participando ativamente de diversas novas experiências em educação tanto em áreas urbanas

quanto no campo. Foi Consultor Especial do Departamento de Educação do Conselho

Mundial das Igrejas, em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional junto a

vários governos do Terceiro Mundo, principalmente na África. Em 1980, depois de 16 anos

de exílio, retornou ao Brasil para "reaprender" seu país. Lecionou na Universidade Estadual

de Campinas (UNICAMP) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em

1989, tornou-se Secretário de Educação no Município de São Paulo, maior cidade do Brasil.

Durante seu mandato, fez um grande esforço na implementação de movimentos de

alfabetização, de revisão curricular e empenhou-se na recuperação salarial dos professores.



Por seus trabalhos na área educacional, recebeu, entre outros, os seguintes prêmios: "Prêmio

Rei Balduíno para o Desenvolvimento" (Bélgica, 1980); "Prêmio UNESCO da Educação para

a Paz" (1986) e "Prêmio Andres Bello" da Organização dos Estados Americanos, como

Educador do Continentes (1992). No dia 10 de abril de 1997, lançou seu último livro,

intitulado "Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa". Paulo Freire

faleceu no dia 2 de maio de 1997 em São Paulo, vítima de um infarto agudo do miocárdio.



2.2 O método freireano



Segundo Moacir Gadotti o "Método Paulo Freire" consiste de três momentos dialética e

interdisciplinarmente entrelaçados:
“a) a investigação temática pela qual aluno e professor buscam, no universo

       vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua

       biografia;

       b) a tematização pela qual eles codificam e decodificam esses temas; ambos buscam o

       seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido; e

       c) a problematização na qual eles buscam superar uma primeira visão mágica por

       uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido.”



Dada essa interdisciplinaridade, a obra de Paulo Freire pode ser vista tomando-o seja como

cientista, seja como educador. Contudo, essas duas dimensões supõem uma outra: Paulo

Freire não as separa da política. Paulo Freire deve ser considerado também como político.

Esta é a dimensão mais importante da sua obra. Ele não pensa a realidade como um sociólogo

que procura apenas entendê-la. Ele busca, nas ciências (sociais e naturais), elementos para,

compreendendo mais cientificamente a realidade e poder intervir de forma mais eficaz nela.

Por isso ele pensa a educação ao mesmo tempo como ato político, como ato de conhecimento

e como ato criador.



Todo o seu pensamento tem uma ligação direta com o mundo ao seu redor. Seu

comprometimento maior foi sempre com a realidade a ser transformada. Para ele, a pedagogia

deveria ter outra face, onde os educadores estivessem sempre aprendendo com os alunos e

onde não houvesse uma pessoa completamente educada ou definitivamente formada. A

educação não é apenas uma transmissão de conteúdos entre professor e aluno, mas sim um

diálogo entre estas partes, onde todos estivessem em um círculo de constante aprendizado.
A liberdade também é um tema recorrente na metodologia e no pensamento de Freire. A

educação, na sua concepção, é um passaporte para a liberdade, para uma vida melhor, longe

dos grilhões da opressão. Eu seus textos, Freire sempre deixou claro que o sistema opressor

não é uma característica apenas dos países subdesenvolvidos, é uma característica do sistema

econômico capitalista em geral, mesmo que se apresente em um menor grau a opressão

continua exercendo seu poder. A educação visa à libertação, à transformação radical da

realidade, para melhorá-la, para torná-la mais humana, para permitir que os homens e as

mulheres sejam reconhecidos como sujeitos da sua história e não como objetos.



As palavras conscientização e diálogo também fazem um papel importante no

desenvolvimento do método. A conscientização não é apenas perceber a realidade ao seu

redor, mas vislumbrá-la a distancia, pois seu objetivo é ultrapassar o pensamento crítico e

partir para uma ação transformadora da realidade. Segundo Freire "ninguém educa ninguém.

Ninguém se educa sozinho. Os homens se educam juntos, na transformação do mundo", e

essa educação em conjunto é conseguida com o diálogo entre os envolvidos no processo da

educação. O conhecimento de todos os envolvidos é levado em consideração, mas o dever do

professor não é confundido com o do aluno porque ele tem que estar apto a transcender o

conhecimento do aluno, de forma que possa trabalhar como um guia para o conhecimento que

ainda esta por se formar na mente de seus educandos.



Diferentemente dos métodos positivistas que o precederam, o método de Paulo Freire baseia-

se principalmente na vivência prática que desenvolvida durante os trabalhos que realizou,

principalmente nos vários projetos de educação de adultos, nos quais ele trabalhou até mesmo

como um orientador a distância, como foi o caso das cartas contidas no livro “Cartas a Guiné-

Bissau”. Em sua obra, teoria, método e prática formam um todo, guiado pelo princípio da
relação entre o conhecimento e o conhecedor, constituindo portanto uma teoria do

conhecimento e uma antropologia nas quais o saber tem um papel emancipador.



A teoria de Freire sempre se contrapôs ao método educacional burguês, que é visto como um

método bancário, onde o aluno é simplesmente um depósito de informação, ele não age

criticamente sobre o que está sendo ouvido nem participa ativamente da recepção desse

conhecimento, ele apenas deposita o que está sendo ouvido em sua mente. Segundo Moacir

Gadotti:



    “Na concepção bancária (burguesa), o educador é o que sabe e os educandos, os que

   não sabem; o educador é o que pensa e os educandos, os pensados; o educador é o que

   diz a palavra e os educandos, os que escutam docilmente; o educador é o que opta e

   prescreve sua opção e os educandos, os que seguem a prescrição; o educador escolhe o

   conteúdo programático e os educandos jamais são ouvidos nessa escolha e se acomodam

   a ela; o educador identifica a autoridade funcional, que lhe compete, com a autoridade

   do saber, que se antagoniza com a liberdade dos educandos, pois os educandos devem se

   adaptar às determinações do educador; e, finalmente, o educador é o sujeito do processo,

   enquanto os educandos são meros objetos.



Para Freire o fim maior da educação deve ser sempre o de libertar os oprimidos, de levar a

eles o conhecimento que a sociedade burguesa capitalista tanto deseja esconder. Pois é apenas

com este conhecimento, desenvolvido a partir do diálogo e da consciência, que as pessoas

podem lutar por sua liberdade, frente a máquina opressora do capitalismo e de sua nova face,

o imperialismo.
2.3 As bibliotecas



Uma biblioteca é definida, de modo geral, como sendo um local de armazenamento de

documentos escritos. Como a sua existência de documentos ecrtitos remonta as primeiras

civilizações orientais, ainda antes da imprensa ter sido criada na Europa, estes documentos

escritos poderiam estar em diversas formas, desde pedaços de argila contendo escrita

cuneiforme, papiros, pergaminhos de fibra celulósica (precursora do nosso atual papel), vasos

adornados da China antiga, os livros copiados pelos monges cristãos e os livros impressos.

As primeiras bibliotecas foram os locais onde este material foi sistematizado, onde foram

criados os primeiros catálogos bibliográficos.



Podemos elencar algumas características comuns a todos os tipos de bibliotecas:

    Arquivo de conhecimento;

    Preservação e manutenção da cultura;

    Disseminação do conhecimento;

    Recuperação da informação;

    Educação;

    Interação social;



Estas características se repetem, em maior ou menor grau, nos diversos tipos de bibliotecas,

pois elas formam um pilar comum sobre a manutenção e distribuição do conhecimento, a

razão de ser das bibliotecas. Com o avanço das tecnologias de comunicação as bibliotecas

tradicionais também sofreram mudanças. A informatização de seus sistemas foi a primeira

parte da revolução.
O uso de computadores e bancos de dados especializados para o armazenamento de catálogos

de documentos de diferentes tipos aumentou significativamente a velocidade de acesso a

informação contida nas bibliotecas, pois não é mais necessário procurar por montes

intermináveis de fichas. Apenas um acesso ao banco de dados pode mostrar os resultados

esperados e direcionar o usuário da biblioteca diretamente para o seu interesse.



Meios digitais são assim chamados porque eles armazenam as informações em forma de

dígitos. Os nossos sistemas computacionais armazenam todos os tipos de informação na

forma de seqüências de números “um” e “zero”. Tudo que está presente nos discos rígidos ou

Compact Discs (CDs) é formado por seqüências destes dois números, como por exemplo o

número dois, que em binário (seqüências de uns e zeros) é demonstrado por 10. O sistema

digital se diferencia dos sistemas analógicos, como as fitas cassete, pela facilidade com a qual

a informação pode ser acessada e pela qualidade e fidelidade que a informação transposta

pode alcançar.



Após a transposição dos índices para o formato digital foi a vez do acervo ser levado para o

mundo da informação digital. Esta transposição só foi possível graças a busca da informática

de fazer com que os computadores pudessem reunir e processar cada vez mais informações,

de uma forma organizada e segura. O aumento da capacidade de armazenamento dos

computadores e a facilidade dos meios de transposição da informação impressa em digital

tornaram possível a criação das bibliotecas digitais.



Deste conceito de transposição do material físico para um formato digital surgiram três

variações:
 Biblioteca digital: é aquela onde os materiais são armazenados apenas em meios

   digitais, não existindo nenhum outro tipo de material em seu acervo. Este acervo pode

   ser localizado e visualizado tanto dentro da própria biblioteca quanto por redes

   internas ou a Internet, de forma que uma consulta possa ser feita por um outro

   computador que esteja na mesma rede que a biblioteca esteja.

 Biblioteca virtual: ela se diferencia da biblioteca simplesmente digital porque sua

   apresentação para o usuário final não é apenas formada por formulários de busca ou

   tabelas de índices, mas sim por uma representação em realidade virtual do conteúdo

   oferecido pela biblioteca. A maioria das bibliotecas virtuais são temáticas, abordando

   assuntos específicos e tendem a existirem apenas em redes fechadas de alta

   velocidade, devido os altos custos de criação e a gigantesca movimentação de

   informações necessárias para a demonstração de ambientes em três dimensões nos

   computadores, que também demandam uma extrema capacidade de processamento da

   máquina do usuário final, que normalmente não foi construída no intuito de funcionar

   processando informações tão complexas.

 Biblioteca híbrida: se define como sendo uma biblioteca digital que também contém

   material em formas de armazenamento não digital, como livros, fitas de áudio ou de

   vídeo. Este tipo de biblioteca que alia sistemas antigos com novos normalmente é

   composto por antigas bibliotecas tradicionais que estão se transformando em

   bibliotecas digitais. Este tipo de biblioteca é extremamente importante porque seu

   conteúdo não fica restrito apenas aqueles que tem acesso a o universo digital, já que a

   inclusão digital ainda não é uma realidade palpável para a maioria da população tanto

   do Brasil como de diversos países subdesenvolvidos.
2.4 Como surgiu a internet?



A rede mundial de computadores que conhecemos hoje surgiu da reunião de vários esforços,

as vezes separados, as vezes unidos, e o mais importante deles foi a ARPAnet, um projeto

financiado pela Agencia de Projetos de Pesquisa Avançada dos Estados Unidos (ARPA –

Advanced Research Projects Agency), que foi a primeira rede de computadores por

comutação de pacotes (troca de mensagens) e ancestral da Internet que conhecemos hoje. Seu

projeto foi desenvolvido em 1967 e foi finalmente posto em prática em 1969, na Universidade

da Califórnia (Ucla).



De 1969 até o inicio dos anos 90 a rede mundial de computadores tinha um apelo meramente

acadêmico. Apenas Institutos de pesquisa e universidades tinha acesso a informação que

circulava na rede que viria a ser conhecida como Internet. Mas neste início de década veio a

verdadeira revolução que esta rede mundial vinha preparando, o surgimento da World Wide

Web, uma rede mundial de computadores que reuniria não apenas institutos relacionados a

educação, pesquisa e exercito, mas as empresas e pessoas de todo o mundo. Essa revolução

nasceu, em parte, no Centro Europeu para Física Nuclear (Cern – European Center for

Nuclear Physics), sob a tutela de Tim-Berners Lee, entre 1989 e 1991. Ele e seus

companheiros desenvolveram a linguagem de marcação Hyper-Text Makup Laguage

(HTML), o protocolo de comunicação de computadores Hyper-Text Transfer Protocol

(HTTP), o primeiro servidor de páginas Web e o primeiro Browser.



A partir de então a Internet começou a dar seus primeiros passos para fazer a revolução da

informação que ela está causando até hoje. Pois esteja onde você estiver, pode conseguir

informações sobre quase tudo o que desejar, bastando apenas ter um aparelho que se conecte a
internet, não necessariamente um computador, pois vídeo-games, aparelhos celulares,

televisores e ainda outros aparelhos não tão comuns (como geladeiras) também estão se

conectando a rede de mundial de computadores para trocar informações.



E é esta facilidade para se obter as informações que transforma a Internet em uma das mais

importantes criações do ser humano, mas também traz novos e gigantescos problemas por

causa da falta de controle que existe sobre o que é publicado na rede. Os maiores exemplos

disso são as redes Peer-to-Peer (P2P), onde pessoas trocam arquivos de diversos tipos, como

música, vídeos, documentos, de modo gratuito, muitas vezes infringindo as leis de

propriedade intelectual sobre aqueles arquivos ou informações que estão sendo trocadas.



2.5 Liberdade de acesso a informação



Teoricamente, a informação é um bem de todos e o direito a informação é inalienável, mas o

poder sobre a informação e o conhecimento de certa forma, está se tornando mais importante

até que o poder econômico, que sempre foi a base do sistema capitalista. A informação está se

tornando um novo meio de se gerar dividendo para as empresas, tanto no âmbito do

conhecimento científico, como na disseminação de acontecimentos. O controle sobre os meios

de comunicação é mais importante do que o poder econômico que uma empresa pode exercer,

pois a grande mídia é uma formadora de opinião e exerce um certo controle sobre a

população.



A liberdade de acesso a informação torna-se importante porque a cada momento mais e mais

da informação é escondida daqueles que não fazem parte da elite dominante. O poder das

elites está hoje na quantidade de informação que eles conseguem esconder da grande massa
de dominados, pois só o conhecimento tem o poder de libertar a consciência de um povo. A

dominação exercida hoje sobre as massas tem como sustentáculo o mascaramento da

realidade em uma ilusão de bem estar, onde as pessoas tem a impressão de que são iguais e

que podem chegar a mesma posição daqueles que estão no poder, que eles também podem

tornar-se parte da elite se houver esforço e trabalho suficiente.



Esta realidade mascarada pode ser percebida, na maioria das vezes, através das novelas,

principalmente aqui no Brasil, da mídia televisiva. Que pintam a periferia das grandes cidades

como uma área alegre, onde as pessoas vivem em paz, e onde estas mesmas pessoas podem

chegar a riqueza apenas com seu trabalho esforçado e honesto. Diferente da realidade violenta

e opressiva da periferia e até mesmo dos bairros nobres, tanto em cidades grandes com no

interior.



A informação tornou-se mais uma moeda do capitalismo, pois apenas com poder econômico

você pode ter direito a ela, quando na verdade ela deveria ser levada para todos, independente

de sua classe social ou de seu papel de oprimido na sociedade atual. Querer a liberdade de

acesso a informação é apenas querer justiça, já que todos nós temos o direito de saber, de

conhecer, e é neste conceito que inserimos a Biblioteca Digital, pois ela está lá para difundir a

informação, socializar o conhecimento, mesmo que seja apenas uma pequena parte dele. Este

é o nosso papel.



2.6 Segurança, proteção da informação e dos direitos autorais na Internet



A maior preocupação das empresas que trabalham com a Internet hoje em dia é com relação a

segurança de seus sistemas. Além dos vírus, que são um problema constante para quem acessa
a Rede, os ataques e o roubo de informações são um assunto recorrente em discussões sobre

os rumos da Internet. Programas anti-vírus e firewalls (barreiras contra acessos indevidos a

rede) são uma das maiores fontes de gastos para organizações que precisam conectar suas

redes locais a Internet.



O tráfego seguro de informações nas redes normalmente é feito a partir do uso de protocolos

de comunicação seguros como Secure Sockets Layer (SSL), que usa a criptografia de chaves

privadas e públicas para fazer uma autenticação entre o usuário (quem requisita a informação)

e o servidor (quem envia a informação). O transporte de dados é feito por meio de dados

criptografados3 através do método e das chaves selecionadas previamente entre as duas partes

da comunicação, de modo que mesmo que alguém intercepte a informação não vai ser capaz

de entende-la a menos que esteja de posse das duas chaves negociadas entre as duas partes

inicialmente relacionadas a comunicação. Todo esse relacionamento é normalmente

transparente para o usuário, o próprio sistema operacional e os programas navegadores da

Internet fazem toda essa comunicação sem afetar o modo como as informações são repassadas

para o usuário final. Na maioria das vezes o navegador avisa que está entrando em uma

conecção segura em sua barra de ferramentas, com símbolos como cadeados ou chaves.



O envio de arquivos seguro também segue a mesma teoria. O remetente e o receptor

negociam métodos e chaves criptográficas para que os arquivos só possam ser visualizados

por eles. Além da criptografia também existe um sistema de assinaturas digitais funcionando

para evitar que um arquivo seja mudado no caminho que ele segue entre o remetente e o

destinatário, tornando a entrega condicionada a validade da assinatura digital relacionada.



3
  Em uma forma que não pode ser entendia se vista de modo literal. Dados criptografados parecem com
seqüências desordenadas de números letras e símbolos, até que o método criptográfico que o criou seja utilizado
para decriptografar a informação.
Os vírus de computadores atuais refletem a importância da informação, porque eles não mais

causam falhas de funcionamento dos sistemas ou de seus periféricos, mas se utilizam para

roubar ou guardar informações sobre as pessoas que fazem o uso daquela máquina infectada.

Vermes como os key-loggers, que gravam todas as teclas digitadas em um computador e

depois enviam os arquivos para os seus criadores, vermes trojans que liberam o acesso

remoto (a distância) a máquinas infectadas para seus criadores, são todos métodos que são

utilizados tanto para obtenção de informações pessoais (números de cartão de crédito) como

para espionagem industrial.



As leis para proteção da informação que circula na Internet ainda são pouco eficazes e difíceis

de serem aplicadas, porque a própria arquitetura da Rede tem como uma de suas principais

características “a descentralização do controle, onde não haveria um controle global sobre as

várias redes interligadas”4 . Tornando assim ações de controle difíceis de serem mantidas,

graças a volatilidade e velocidade com a qual o conteúdo é adicionado e pode desaparecer

dentro da rede.



Em sua maioria, os maiores problemas jurídicos contra a disseminação de informação pela

Internet é quando o material é propriedade intelectual. Partindo da definição de

(OPPENHEIM, 1999): “A propriedade intelectual representa o fruto dos esforços e da

criatividade de um individuo”, a Internet não aliena exatamente a propriedade intelectual, mas

sim o seu caráter capitalista, seu objetivo de gerar lucro, pois até hoje ainda não foi definida

uma política de distribuição de propriedade cultural, como a música. Fato este que vem

fortalecendo cada vez mais os programas de compartilhamento de arquivos como o Kazaa e

E-Mule, que tem na disseminação de música e vídeo o maior tráfego dentro de suas redes.


4
 Kurose, James F. / Redes de computadores e a Internet: Uma nova abordagem / James F. Kurose, Keith W.
Ross. 1 Ed. – São Paulo : Addison Wesley, 2003.
Nos Estados Unidos, com a pressão das associações de donos de gravadoras de música e das

produtoras de cinema de Hollywood, as leis estão surgindo, algumas até já estão em vigor,

como as que proíbem que sites da Internet disponibilizem produção cultural sem o

consentimento de seu autor(es).



No nosso caso, de biblioteca digital, ainda não existe uma legislação específica sobre o

funcionamento e nem mesmo sobre o que define uma biblioteca digital constitucionalmente.

Algumas bibliotecas digitais, como por exemplo a Biblioteca Digital Paulo Freire, objeto

deste relatório, funcionam como grupos de transposição do material físico para formato

digital de uma biblioteca maior, que neste caso é a Biblioteca Central da Universidade Federal

da Paraíba. Além de lidar com materiais digitais que possam fazer parte do acervo da

biblioteca tradicional e de seus meios de acesso a novas fontes de informação.



2.7 Novas tecnologias da informação e o futuro da Internet



A Internet forçou a criação de novos padrões na disseminação do conhecimento de no modo

como ele deve ser tratado. Os sistemas de computação eram vistos de uma forma quase

mágica, pois apenas seus criadores e pessoas especializadas sabiam utilizar, deram lugar a

interfaces gráficas para o usuário, as chamadas GUI (Graphic User Interface), que tornam a

sua operação cada vez mais intuitiva e fazem com que se exija cada vez menos das pessoas

para que elas operem um computador de forma satisfatória.



Com essa facilidade e a socialização dos computadores (mais em alguns países do quem em

outros), os meios para a distribuição da informação estão tendo que se adequar tanto a
facilidade de uso como a velocidade de acesso. As bibliotecas devem sempre contar com um

sistema informatizado de indexação para facilitar suas buscas, as lojas estão migrando para o

comércio eletrônico, a educação a distância está se desenvolvendo a uma velocidade nunca

antes imaginada.



O futuro da Internet já está sendo apontado, ela está se dirigindo para uma convergência entre

todas as outras formas de mídia, para criar um algo novo e que mesmo que não leve os outros

meios a extinção vai diminuir cada vez mais o seu peso sobre a informação e formação de

opinião, porque uma pessoa que tenha acesso a Rede não vai precisar sair dela para ouvir uma

rádio, assistir um programa de televisão, ler o seu jornal preferido, fazer uma pesquisa para

um trabalho acadêmico, conhecer novas pessoas ou se divertir jogando alguma coisa.



Não há nada de ficção científica nisso, a tendência de que o computador se torne o centro de

entretenimento e pesquisa nos lares é real e já está acontecendo nos grandes centros, como

EUA, Europa e Japão, mas até que esta nova mídia chegue a os países mais pobres vai

demorar um pouco, e pode até mesmo nem tornar-se realidade tão cedo, se depender do

controle que as elites desejam manter sobre seus dominados.



A Internet caminha para ser a mais importante fonte de informação da humanidade (se não já

for), mas também é a que mais exclui, por seu alto custo econômico, proibitivo para a maioria

dos lares dos países subdesenvolvidos, como o Brasil.



2.8 A Biblioteca Digital Paulo Freire
O Projeto da Biblioteca Digital Paulo Freire (BDPF) (www.paulofreire.ufpb.br),

coordenado pela Profª Drª Edna Gusmão de Góes Brennand (Programa de Pós-Graduação em

Educação – PPGE/CEAD/UFPB (ebrenna2@uol.com.br) e pelo Profº Drº Ed Porto Bezerra

(Departamento de Informática – DI (ed_porto@uol.com.br), teve origem no ano 2000 em

parceria com o Centro Paulo Freire – Estudos e Pesquisas, contando, inicialmente, com o

apoio da Coordenação Institucional de Educação a Distância (CEAD) e Coordenação de

Informática – CODEINFO/PROPLAN/UFPB e posteriormente do CNPq.



A BDPF tem por objetivo principal “disponibilizar pressupostos filosóficos, sociológicos e

pedagógicos do pensamento freireano, para suportar ações educativas coletivas facilitadoras

da inclusão dos sujeitos educacionais na sociedade da informação”. E por específicos:



1. “Disponibilizar na Internet um grande volume de dados, armazenados de forma ordenada e

em ambiente centralizado, a respeito do educador Paulo Freire;

2. Ampliar o envolvimento de pesquisadores em um trabalho interinstitucional e

multidisciplinar na pesquisa e aplicação das tecnologias da informação e comunicação;

3. Fortalecer a experiência para novos empreendimentos educacionais sob o formato digital;

4. Exercitar habilidades multidisciplinares de uma equipe interinstitucional, através da

experiência na concepção e implantação de uma ferramenta, envolvendo pedagogos,

bibliotecários, historiadores, educadores, psicólogos, webdesigners, projetistas de bancos de

dados, especialistas em rede de computadores e em inteface humano computador etc;

5. Habilitar profissionais para o uso das novas tecnologias de informação (PORTO E

BRENNAND, 2002, p. 4)”.



2.9 Papel da Biblioteca Digital Paulo Freire
Uma biblioteca digital tem como seu principal diferencial de uma biblioteca “formal” o fato

de não depender de um acesso físico a seus conteúdos. Uma pessoa que necessite de um

arquivo que esteja em nosso acervo não vai precisar sair da frente de seu computador para

acessá-lo, já que ele está disponível em um formato que permite o compartilhamento daquela

mesma informação sem que a fonte ou o usuário-final sofra qualquer perda, já que o que foi

enviado é uma cópia daquele arquivo e não sua versão original.



As editoras que trabalham com fotolitos seriam uma analogia possível a o funcionamento de

uma biblioteca digital. Quando um livro vai ser prensado, ele é originalmente uma seqüência

de fotolitos (folhas de plástico, parecidas com filmes fotográficos), que vão ser “revelados”

diversas vezes, em folhas de papel, gerando várias cópias idênticas do mesmo livro (ou

fotolito). Em uma biblioteca digital o conceito é o mesmo, cada usuário que precisa de um

determinado arquivo recebe uma cópia idêntica (e não o arquivo original, que continua na

biblioteca digital), do arquivo em questão. Mas o custo para a impressão e distribuição do

livro é muito maior do que o mesmo para um arquivo digital.



A biblioteca digital faz com que os custos sejam diminuídos e que pessoas que poderiam não

ter acesso a aquela informação, por causa de seu preço, impossibilidade de entrega, ou outros

motivos afins, possa ter acesso a informação em questão.



Partindo da definição de Clara López Guzmán:



                 “As bibliotecas digitais são organizações que provêem os recursos,

                 incluindo pessoal especializado, para selecionar, estruturar, distribuir,
controlar o acesso, conservar a integridade e assegurar a persistência,

                através do tempo, de coleções de trabalhos digitais que estejam fáceis e

                economicamente disponíveis para serem usados por uma comunidade

                definida ou para um conjunto de comunidades.”



A BDPF pode ser definida como uma fonte de conhecimento de fácil acesso sobre Paulo

Freire, não apenas para uma comunidade, mas para todas as pessoas que desejarem conhecer

mais sobre este, que foi um dos mais importantes pedagogos da história, não apenas pelo

conhecimento que ele gerou, mas também por sua postura combativa, contra as desigualdades

que assolam o nosso país.
3. Materiais e métodos



3.1 Introdução



O conteúdo da BDPF é selecionado a partir, das obras pertencentes a Biblioteca Central da

Universidade Federal da Paraíba, das doações que a biblioteca recebe e de buscas feitas na

Internet ou outras fontes de documentos, que podem ser jornais, revistas, televisão ou rádio. A

seleção dos documentos é simples, e leva em conta o relacionamento que o documento em

questão tem com Paulo Freire e suas teorias.



Partindo do pressuposto de que o documento foi aceito para fazer parte do material a

Biblioteca, primeiro é definido se ele precisa de uma autorização de seu criador (para os

materiais não pertencentes ao acervo da Biblioteca Central), que deve seguir um modelo já

definido de declaração. Depois deste passo o conteúdo é separado pelo formato do qual faz

parte e para onde vai ser encaminhado dentro da biblioteca, que no momento trabalha com os

seguintes formatos: impressos, áudios, vídeos e fotos. Após esta analise segue-se a

digitalização do material.



3.2 Tipos de documentos para digitalização



A. Impressos



Os materiais impressos não-caligráficos (que sofreram editoração e foram impressos em letras

não-cursivas) são digitalizados (transformados em imagens digitais) com o uso dos scanners

Canon CanoScan N656U e Epson Expression 1640 XL. Após a digitalização o programa
Cuneiform Pro OCR 6.0 reconhece os caracteres (letras) da imagem através do método de

Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR – Optical Character Recognition). Os caracteres

em forma de texto são passados então para o Microsoft Office Word, que foi utilizado em suas

versões 2000 e 2003, onde todo o texto é diagramado para ficar o mais parecido possível com

sua fonte original. Neste processo tornou-se padrão que a folha de destino é do tamanho A4

( 21 x 29.7 cm) e a fonte padrão para corpo de texto é a Times New Roman.



Os materiais impressos caligráficos (escritos a mão ou que utilizem fontes cursivas não

reconhecíveis através do OCR) são digitalizados (transformados em imagens digitais) com o

uso dos scanners Canon CanoScan N656U e Epson Expression 1640 XL. Como não é

possível o reconhecimento automatizado dos caracteres é feita uma avaliação do material para

ver se é possível mantê-lo como imagem ou se ele deve ser digitado manualmente para que

possa seguir para o próximo passo.



O último passo da digitalização de materiais impressos é a transformação em um formato

mais genérico e que demonstre certo nível de proteção contra modificação do documento, o

qual foi escolhido o .PDF, da Adobe Systems, que apresenta a maior confiabilidade contra

modificações e pode ter um controle de cópia e impressão maior que os outros tipos de

documentos que poderiam ter sido utilizados.



B. Áudios



Os materiais de áudio em fita cassete selecionados são digitalizados através da interligação de

um aparelho reprodutor e gravador de áudio da Aiwa com a entrada de áudio RCA presente na

placa de som Creative Sound Blaster 16 bits, por um cabo P2 Estéreo. Com a conecção
funcionando é inicializada a utilização do programa Sony Sound Forge 7.0 para captura do

áudio, inicialmente no formato Wave (sem compactação) para fazer com que o som mantenha

a sua máxima qualidade.



Após a captura de todo o áudio é iniciado o tratamento do som. O plug-in5 Sony Noise

Reduction 2.0 é utilizado nesta fase da operação com o objetivo de retirar ruídos e fazer com

que o som digitalizado tenha o mínimo de interferências possível, tornando sua qualidade

maior que a do arquivo de áudio original em fita cassete. O objetivo principal deste processo é

fazer uma remasterização do áudio, fazendo com que ele fique com a melhor qualidade

possível.



Mesmo com este processo existem casos extremos onde a fita teve seu áudio deteriorado de

forma irremediável até mesmo para os métodos mais avançados de redução de ruídos e

tratamento de áudio. Nestes casos específicos, quando nem ao menos pode ser feita uma

transcrição do áudio, a fita é descartada.



Materiais de áudio que já foram digitalizados no processo anterior, ou materiais que já

chegam a biblioteca em formato digital ou em Compact Disks (CDs), são comprimidos para o

formato MP3 (ainda com o uso do Sony Sound Forge), que mesmo não sendo o que apresenta

a melhor compressão é o mais utilizado e é tomado como um padrão “de facto” dentro da

industria multimídia e computação.



C. Vídeos




5
 Plug-in: módulo ou adendo que adiciona novas funcionalidades a um programa específico ou que facilita o uso
de rotinas complexas ou seqüenciais, com o objetivo de automatizá-las.
O material em formato de vídeo em fitas VHS é digitalizado através de uma conecção de alta-

velocidade Fire Wire com um aparelho de reprodução de fitas VHS. O material é então

transformado tanto nos formatos MPG como em AVI compactado com o codec6 DIVx. Essa

transposição é feita com a ajuda do programa Adobe Premiere 6.5, que além do trabalho de

digitalização também faz a edição do material, podendo até mesmo dividi-lo em diversos

arquivos se o tamanho dele em um arquivo só for muito grande.



D. Fotos



O material em formato de fotos é digitalizado (transformado em imagens digitais) com o uso

dos scanners Canon CanoScan N656U e Epson Expression 1640 XL, com a ajuda do

programa Adobe Photoshop 7.0 que também é o programa utilizado para fazer a restauração

de imagens quando isto se mostra necessário. O formato final para este tipo de mídia é o

JPEG, padrão da industria fotográfica e também um padrão para imagens da Internet, junto

com o GIF e o PSD.



3.3 Indexação e Inserção na página



Quando o arquivo já está digitalizado é enviado para a equipe de indexação, que reúne todas

as informações disponíveis sobre aquele documento e as prepara para o preenchimento do

formulário específico para cada tipo e subtipo de arquivo presente na implementação da

BDPF. Após a definição das informações que vão constar nos diversos campos a serem

preenchidos parte para a utilização do programa de acesso ao banco de dados da BDPF, que

foi desenvolvido com o objetivo de fazer as inserções das referências dos arquivos ao banco


6
 Codec: algoritmo ou método de compressão utilizado para diminuir o tamanho final de um arquivo digital
qualquer.
de dados que vai ser utilizado pelo sistema de busca e de geração dinâmica de páginas. O

programa foi escrito na linguagem de programação Delphi, utilizando o programa de mesmo

nome em sua versão 6.0.



O sistema de banco de dados em questão é o PostGreSQL, gerenciado pelo programa DB

Tools Manager. Todo o sistema da página é montado em um servidor Apache em conjunto

com o módulo Jakarta Tomcat, que dá suporte ao sistema de páginas dinâmicas baseados na

tecnologia Java, utilizando o Java Server Pages (JSP) como meio de acesso ao banco de

dados.



A tecnologia JSP foi escolhida porque ela é uma forma de se desenvolver páginas Web

dinânicas separando o design gráfico do acesso ao banco de dados, oferecendo uma liberdade

maior ao programador que está desenvolvendo o site. Para a geração do código JSP são

utilizados as plataformas de desenvolvimento Java, Sun NetBeans 3 e Eclipse Platform 2, em

conjunto com o Java 2 Enterprise Edition Software Development Kit, que é o ambiente de

desenvolvimento da linguagem de programação Java, criada pela Sun Microsystems.



Na definição e criação do design do site da biblioteca digital foram utilizados os programas

Macromedia Dreamweaver MX para a codificação do HTML, Macromedia Flash MX para as

animações, e os programas de computação gráfica Adobe Photoshop 7.0 e Corel Draw para a

criação e edição das imagens utilizadas na página.



3.4 Política de indexação da Biblioteca Digital Paulo Freire
A Política de Indexação da Biblioteca Digital Paulo Freire foi elaborada pelo grupo de

indexação formada pelas professoras: Elizabete Baltar, Francisca Arruda e Marynice Autran,

todas pertencentes ao Departamento de Biblioteconomia e Documentação (DBD) em seguida

pela bolsista Patrícia Morais (PIBIC/CNPq/UFPB). Aprovada a Política pela Coordenadora

da BDPF Profª Dra. Edna Gusmão de Góes Brennand, começou-se a utilizá-la na BDPF. A

falta de uma política de indexação e a inexistência de um vocabulário controlado na

Biblioteca Digital Paulo Freire, justificou a necessidade de elaborar um novo instrumento de

recuperação da informação. Esta Política tem como principal objetivo recuperar conteúdos

através da identificação de termos que resultará na elaboração de uma lista de cabeçalhos de

assunto, seguidos de uma descrição breve de seu significado, em consonância com as idéias

de Paulo Freire. Para que assim o usuário recupere a informação desejada com maior precisão

e eficiência.
4. Atividades desenvolvidas



4.1 Reuniões:



    Reunião coma a equipe de indexação, Professora Dra. Edna Brennand e os bolsistas:

       Patrícia Morais, Fabiana Franca e Mauricio Linhares. Teve como pauta definição da

       coordenação do grupo no possível afastamento da Profª Edna Brennand para fazer Pós

       doutorado e firmar parceria com o Centro Paulo Freire Recife (PE);

    Reunião com a orientadora para definição dos estudos sobre digitalização de vídeos;

    Reunião coma a orientadora para definição do no cronograma de atividades para

       pedido de renovação da bolsa;



4.2 Digitalização de materiais



    Digitalização, correção e formatação do livro “Conscientização”;

    Digitalização, correção e formatação do livro “Cartas à Guiné Bissau”;

    Digitalização, correção e formatação do livro “Pedagogia: diálogo e conflito”;

    Digitalização, correção e formatação do livro “Professora sim, Tia não. Cartas a quem

       ousa ensinar”;

    Digitalização e tratamento do arquivo de áudio “Paulo Freire fala sobre socialismo,

       autoritarismo, alfabetização, alfabetização de adultos”;

    Digitalização e tratamento do arquivo de áudio “Paulo Freire fala sobre seu método de

       ensino”;

    Digitalização e tratamento do arquivo de áudio “Paulo Freire fala sobre seu método de

       ensino (A,B,E e F)”;
4.3 Produção acadêmica e encontros:


O bolsista em questão não participou de encontros nem publicou artigos por ter iniciado a
participação no projeto depois dos eventos nos quais os outros bolsistas do projeto
apresentaram seus trabalhos. Entretanto ele já conta com um artigo pronto para publicação e
está a procura de oportunidades para apresentar o trabalho da biblioteca.



4.4 Outras atividades



    Busca na web por possíveis eventos para o envio de trabalhos;

    Reorganização dos arquivos e pastas da Biblioteca;

    Busca constante de novos conteúdos para a página da BDPF;

    Entregue as fitas cassetes digitalizadas em CD para a equipe de indexação;

    Atualização de documentos e livros;

    Capacitação para atualização do novo banco de dados;

    Instalação dos programas necessários ao funcionamento da biblioteca nos

       computadores pertencentes ao projeto;

    Manutenção, atualização e configuração dos computadores pertencentes ao projeto;

    Estudo sobre a utilização do programa Sony Sound Forge 7.0;

    Estudo sobre a utilização do Plug-in Noise Reduction do programa Sony Sound Forge

       7.0;

    Estudo sobre a utilização do programa Adobe Premiere 7.0;
5. Conclusão



A Biblioteca Digital Paulo Freire está montada sobre uma base sólida de pesquisa e

implementação de novas tecnologias. Todo o seu desenvolvimento, desde a política de

indexação quando os projetos do banco de dados, layout do site e formatos utilizados na

digitalização de documentos, foram discutidos exaustivamente, seguindo principalmente a

portabilidade. A busca por utilizar padrões “de fato”, como o formato .PDF e a programação

na plataforma Java 2, e os padrões reconhecidos internacionalmente como os formatos .JPEG

para imagens e .MPEG para vídeos demonstra toda esta preocupação com a portabilidade.



Seu objetivo como laboratório para a implementação de um sistema de bibliotecas digitais

está se tornando uma experiência de grande valor para todos os seus envolvidos, tanto aqueles

que trabalham diretamente com o projeto quando as pessoas beneficiadas com o material que

está disponível para acesso.



Mesmo utilizando a mais alta tecnologia, com tudo o que existe de mais recente em

digitalização, sistemas de bancos de dados, servidores de páginas Web e programação

orientada a objetos, o mérito do sucesso do projeto deve-se principalmente a sua equipe

interdisciplinar.



Como o próprio Paulo Freire definiu, a educação é um diálogo onde todos aprendem de todos,

ninguém sabe tudo e a construção desta biblioteca digital é uma prova de que este é realmente

o caminho. Cada um dos grupos relacionados com o desenvolvimento do projeto da biblioteca

compartilhou aquilo que mais sabia, cada pessoa participante do projeto deu a sua
contribuição para que opiniões tão heterogenias resultassem no sistema organizado e

funcional que utilizamos hoje.



Todo o sistema pode, finalmente, ser tido como um modelo para futuras incursões tanto da

UFPB quanto de qualquer outra universidade ou instituição que deseje ter uma biblioteca

digital, porque nosso objetivo também era desenvolver um sistema que pudesse ser aplicado

em outras bibliotecas, fora da nossa realidade.



Todos estes anos de esforço para chegar a este resultado mostram o quanto a pesquisa pode

ser importante e o quanto os seus resultados podem ajudar no desenvolvimento de novos

métodos de fazer a informação chegar a quem realmente precisa dela. Ainda parafraseando

Freire, o conhecimento parte da observação do mundo, da consciência da realidade e esta

consciência se dá através da educação, do diálogo, da troca de conhecimentos. E é desta troca

de conhecimentos que surge a liberdade, o saber verdadeiro, não o saber bancário, onde as

pessoas apenas armazenam a informação, mas o saber libertário, onde o conhecimento liberta

até mesmo as almas presas pela opressão.



Nosso trabalho agora, depois que tudo já está construído, é ensinar as pessoas como construir

um sistema parecido que se adeque as suas características e melhorar ainda mais o modelo

que criamos, pois sempre existem mais coisas para serem aprendidas e sempre vai haver um

caminho para que as coisas sejam melhoradas.



O desenvolvimento vai continuar seguindo o seu curso natural, junto com o avanço das

tecnologias da informação e comunicação e onde Tudo deve ser tratado como uma soma de
experiências, onde estaremos sempre aprendendo, sempre reconstruindo nossas idéias junto

com as idéias de outras pessoas que tenham o nosso mesmo objetivo, libertar.



Minha experiência na Biblioteca Digital Paulo Freire foi de grande importância não apenas

pelo conhecimento adquirido sobre o pedagogo Paulo Freire, mas também pelo modo de

trabalho desenvolvido no projeto. Não existe uma competição pra ver quem vai ser mais que o

outro, as pessoas não lutam umas contra as outras, todos trabalham juntos, discutem juntos e

resolvem os problemas juntos.



A oportunidade de trabalhar neste projeto também me trouxe novos conhecimentos na área de

digitalização de materiais, principalmente no que diz respeito a áudio, pois foi na duração do

projeto que aprendi a utilizar um dos programas mais utilizados para edição de áudio no

mundo, o Sony Sound Forge. Um conhecimento de alta valia para mim, principalmente

porque ele é muito utilizado no meu futuro meio de trabalho, o jornalismo, na edição de

programas e na preparação de falas gravadas previamente.



Os conhecimentos de utilização de bancos de dados e acesso a servidores web também foram

mais um ponto importante da minha participação deste projeto, pois pude entender o

funcionamento e a utilização de sistemas de bancos de dados e o desenvolvimento de páginas

web dinâmicas.



Mas por último, e o mais importante de todos, está o conhecimento adquirido sobre Freire.

Sua obra, sua metodologia, sua ideologia, são fatos que vão estar marcados na minha vivência

pelo resto de minha vida, principalmente por sua orientação socialista e dialética, onde eu

encontro uma influência em comum para nós, Karl Marx. A luta entre classes tem se mostrado
como o maior motor da história e os teóricos que fingem não enxergar este fato nos estudos

da sociedade, especialmente nas áreas de economia e educação, passam ao largo da realidade.



Hoje, depois deste contato com sua obra, tenho mais fé na possibilidade de mudança. Tenho

esperança de que ainda existem modos de nos livramos dos grilhões do capitalismo

imperialista, e dentro destes modos está a educação libertária que Freire tanto pregou. Ler

Paulo Freire é se libertar das amarras dos teóricos virtuais, que imaginavam uma realidade

que nunca existiu, criando métodos falhos que mesmo assim continuam a ser repetidos até os

nossos dias, como a alfabetização da “decoreba”.



Entrar em contato com a obra de Freire me reavivou um antigo desejo, um desejo que há

muito estava esquecido porque para muitos parecia ser loucura, ser professor. Ouvir ele nas

fitas digitalizadas, ler suas palavras nos livros nos quais trabalhei, trouxeram-me outra vez a

vontade de seguir a vida acadêmica, seguindo o seu exemplo. Um acadêmico politizado, que

saiba mostrar a realidade para seus companheiros de diálogo, pois a aula é de todos, não só do

professor.
6. Referências Bibliográficas



BEZERRA, E. P.; BRENNAND, E. G. de G. A Biblioteca Digital Paulo Freire. In: XXI
CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE COMPUTAÇÃO, 2001, Fortaleza.
Anais... Fortaleza: Sociedade Brasileira de Computação, 2001.



BEZERRA, E. P.; BRENNAND, Edna; FALCÃO JR, ª de F. A Biblioteca Digital como
Suporte à Educação Mediada por Tecnologias da Informação e Comunicação. In:
WORKSHOP BRASILEIRO DE INFORMÁTICA, 2002, Florianópolis. Worshop...
Florianópolis, 2002.



BEZERRA, E. P.; BRENNAND, E. G. de G. Implementação do Pólo de produção e de
Capacitação em Conteúdos Digitais Multimídia no Estado da Paraíba. In: SIMPOSIO
LATINOAMERICANO Y DEL CARIBE: LA EDUCACIÓN, LA CIENCIA Y LA
CULTURA EN LA SOCIEDAD DE LA INFORMACIÓN, 2002, Cuba. Anais... Cuba:
Simposio Latinoamericano y del Caribe, 2002.




BEZERRA, Ed Porto e BRENNAND, Edna G. Góes. Projeto Implementação do Pólo
Produtor de Capacitação em Conteúdos Digitais Multimídia no Estado da Paraíba. João
Pessoa, 2002. (Projeto de Iniciação à Pesquisa)


BEZERRA, E. P.; BRENNAND, E. G. de G. The Paulo Freire’s Digital Library Project.
In: 1ST INTERNACIONAL WORKSHOP ON NEW DEVELOPMNENTS IN DIGITAL
LIBRARIES, 2001, Portugal. Proceedings…Portugal: 1st Internacional Workshop on New
Developments in Digital Libraries, 2001.



BIBLIOTECA Digital Paulo Freire. João Pessoa, Universidade Federal da Paraíba, 2003.
Apresenta mídias inéditas sobre a vida e obra de Paulo Freire. Disponível em:
<http://www.paulofreire.ufpb.br>. Acesso em 26 fev. 2004.


BRENNAND, E. G. de G. Ciberespaço e educação: navegando na construção da inteligência
coletiva. Revista Informação & Sociedade, João Pessoa: 2000.
BRENANND, Edna G.Góes et al. Concepção e Implementação da Biblioteca Digital Paulo
Freire, João Pessoa, 2000. (Projeto de Iniciação à Pesquisa)


BRENNAND, Edna Gusmão de Góes,VASCOCELOS, Giuliana Cavalcanti(Org). Admirável
mundo virtual. João Pessoa: Laboratório de Desenvolvimento de Material Institucional/
Coordenação Institucional de Ensino à Distancia/ Universidade Federal da Paraíba, 2002. 1 -
CD ROM.


Biblioteca digital. Revista Ciência da informação.Brasília: IBCT,2001.v.30, n.3.



BALDACCI, Maria Bruna. La biblioteca del 2000: dal punto di vista delle biblioteche.
Bolletino AIB, v. 33, Dez, 1993. n. 4, p. 423-436.


CASTELLS, M. A sociedade em rede. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999, v.1.


CUNHA, Murilo B. da. Challenges in the construction of a digital library. Ciência da
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LESK, Michael. Pracical digital libraries: books, bytes and bucks. San Francisco: Morgan
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LÉVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da Informática.
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KUROSE, James F. Redes de Computadores e a Internet: Uma nova abordagem / James F.
Kurose, Keith W. Ross; 1 ed. – São Paulo : Addison Wesley, 2003.



GADOTTI, Moacir. Pedagogia: Diálogo e conflito / Moacir Gadotti, Paulo Freire e Sérgio

Guimarães. 4 Ed. – São Paulo: Cortez, 1995



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FREIRE, Paulo. Professora sim, Tia não: Carta a quem ousa ensinar. Paulo Freire. São Paulo:

Editora Olho d’água, 1997.

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Relatório Final - Biblioteca Digital Paulo Freire

  • 1. Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Humanas Letras e Artes Departamento de Comunicação Social RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO PROJETO DE PESQUISA: CONCEPÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA BIBLIOTECA DIGITAL PAULO FREIRE (PIBIC/CNPq/UFPB) MAURÍCIO LINHARES DE ARAGÃO JUNIOR Matrícula: 10013148 Bolsista PIBIC/CNPq/UFPB JOÃO PESSOA - PB AGOSTO/2004
  • 2. Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Humanas Letras e Artes Departamento de Comunicação Social RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO PROJETO DE PESQUISA: CONCEPÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA BIBLIOTECA DIGITAL PAULO FREIRE (PIBIC/CNPq/UFPB) MAURÍCIO LINHARES DE ARAGÃO JUNIOR Matrícula: 10213480 Bolsista PIBIC/CNPq/UFPB PROFª. DRª. EDNA GUSMÃO DE GÓES BRENNAND (ORIENTADORA) JOÃO PESSOA - PB AGOSTO/2004
  • 3. CONCEPÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA BIBLIOTECA DIGITAL PAULO FREIRE _________________________________________ MAURÍCIO LINHARES DE ARAGÃO JUNIOR (BOLSISTA PIBIC / CNPq / UFPB) ___________________________________________________ PROFª DRª EDNA GUSMÃO DE GÓES BRENNAND (ORIENTADORA)
  • 4. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Relatório final das atividades do Projeto “Concepção e Implementação da Biblioteca Digital Paulo Freire” apresentado no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq/UFPB), correspondente ao período de Agosto/ 2003 a Agosto/2004. Orientadora: Profª. Drª Edna Gusmão de Góes Brennand. JOÃO PESSOA – PB AGOSTO/2004
  • 5. Sumário DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL.......................................................................4 4.3 Produção acadêmica e encontros:....................................................................................33 O bolsista em questão não participou de encontros nem publicou artigos por ter iniciado a participação no projeto depois dos eventos nos quais os outros bolsistas do projeto apresentaram seus trabalhos. Entretanto ele já conta com um artigo pronto para publicação e está a procura de oportunidades para apresentar o trabalho da biblioteca. ...33
  • 6. 1. Introdução A Biblioteca Digital Paulo Freire (BDPF) está se tornando um referencial para implementação do sistema de bibliotecas digitais, devido, além do esforço das pessoas que nela trabalham, a interdisciplinaridade deste grupo. Surgida inicialmente em 2000, como um projeto de iniciação a pesquisa apresentado pela professora Edna Gusmão de Góes Brennand, a biblioteca chega a seu quarto ano de existência com a maturidade e segurança adquirida nestes anos de esforço e pesquisa, sempre em busca da melhora e facilidade para que o material possa ser acessado e utilizado, independente do lugar, sistema operacional utilizado e poder econômico. Seu papel como difusora do conhecimento gerado por Paulo Freire e das pessoas influenciadas por este conhecimento tem como um de seus objetivos um dos mais importantes ideais de Freire, que era o de levar as pessoas a fazer uma leitura crítica do que lêem, não apenas decorando palavras e conceitos, segundo ele1: “A leitura crítica implica, para mim, basicamente, que o leitor se assume como sujeito inteligente e desvelador do texto. Nesse sentido, o leitor crítico é aquele que até certo ponto “reescreve” o que lê, "recria” o assunto da leitura em função dos seus próprios critérios. Já o leitor não-crítico funciona como uma espécie de instrumento do autor, um repetidor paciente e dócil do que 1ê. Não há nesse caso uma real apreensão do significado do texto, mas uma espécie de justaposição, de colagem, de aderência. Assim, pode-se ter um texto crítico com uma leitura ingênua e um texto ingênuo 1 Pedagogia: Diálogo e conflito / Moacir Gadotti, Paulo Freire e Sérgio Guimarães. 4 Ed. – São Paulo: Cortez, 1995
  • 7. com uma leitura crítica, que reescreve e supera a ingenuidade do texto. Essa superação só é possível pela leitura crítica, que, como já disse em outros momentos, é aquela que fundamentalmente sabe situar num contexto o que está sendo lido. Uma boa educação crítica estabelece permanentemente esse movimento dinâmico entre a palavra e o mundo e vice-versa.” É este tipo de leitor que a Biblioteca Digital deseja formar com a disponibilização dos textos e das idéias de uma personalidade como Paulo Freire, para que todos tenham a oportunidade de entrar em contato com seu conhecimento e suas idéias. A formação de uma consciência político-pedagógica, que ele tanto pregou em sua vida, nas pessoas que tem acesso a o material da Biblioteca, é uma de nossas vontades e uma das principais motivações do nosso trabalho, pois é esta consciência que vai nos dar força e conhecimento para lutar por um amanhã melhor, como ele fez até os últimos momentos de sua vida. Somando-se a isto, nosso principal objetivo é “disponibilizar pressupostos filosóficos, sociológicos e pedagógicos do pensamento freireano, para suportar ações educativas coletivas facilitadoras da inclusão dos sujeitos educacionais na sociedade da informação”2. 2 BRENANND, Edna G.Góes et al. Concepção e Implementação da Biblioteca Digital Paulo Freire, João Pessoa, 2000.
  • 8. 2. Fundamentação teórica 2.1 Paulo Freire e sua obra Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife, Pernambuco, uma das regiões mais pobres do país, onde logo cedo pôde experimentar as dificuldades de sobrevivência das classes populares. Trabalhou inicialmente no SESI (Serviço Social da Indústria) e no Serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife. Ele foi quase tudo o que deve ser como educador, de professor de escola a criador de idéias e métodos. Sua filosofia educacional expressou-se primeiramente na tese de concurso escrita para a universidade de Belas Artes em Recife, Pernambuco. Seu desenvolvimento continuou quando foi titulado professor de História e Filosofia da Educação, além dos primeiros envolvimentos com alfabetizações, como a que aconteceu em Angicos, Rio Grande do Norte, em 1963. Seu método de alfabetização que tinha como características além de ensinar o alfabetizando a ler e escrever, ensiná-lo a desenvolver uma consciência crítica do mundo ao seu redor. Este método tinha por objetivo libertar o oprimido de seu estado de inocência, fato que fez de Paulo um dos primeiros brasileiros a serem exilados após o golpe militar de 1964, sob o crime de “subverter a ordem instituída” com este tipo de ensino. Exilado, ele seguiu para o Chile, onde encontrou um momento social favorável para a aplicação de seu método de alfabetização de adultos, com os camponeses incluídos do programa de reforma agrária chileno. Paulo passou 5 anos desenvolvendo este trabalho no Chile e suas experiências tornaram-se o livro “Pedagogia do Oprimido”, uma das mais importantes obras de sua carreira.
  • 9. Após esta experiência ele torna-se professor da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, participando ativamente de diversas novas experiências em educação tanto em áreas urbanas quanto no campo. Foi Consultor Especial do Departamento de Educação do Conselho Mundial das Igrejas, em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional junto a vários governos do Terceiro Mundo, principalmente na África. Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil para "reaprender" seu país. Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, tornou-se Secretário de Educação no Município de São Paulo, maior cidade do Brasil. Durante seu mandato, fez um grande esforço na implementação de movimentos de alfabetização, de revisão curricular e empenhou-se na recuperação salarial dos professores. Por seus trabalhos na área educacional, recebeu, entre outros, os seguintes prêmios: "Prêmio Rei Balduíno para o Desenvolvimento" (Bélgica, 1980); "Prêmio UNESCO da Educação para a Paz" (1986) e "Prêmio Andres Bello" da Organização dos Estados Americanos, como Educador do Continentes (1992). No dia 10 de abril de 1997, lançou seu último livro, intitulado "Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa". Paulo Freire faleceu no dia 2 de maio de 1997 em São Paulo, vítima de um infarto agudo do miocárdio. 2.2 O método freireano Segundo Moacir Gadotti o "Método Paulo Freire" consiste de três momentos dialética e interdisciplinarmente entrelaçados:
  • 10. “a) a investigação temática pela qual aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia; b) a tematização pela qual eles codificam e decodificam esses temas; ambos buscam o seu significado social, tomando assim consciência do mundo vivido; e c) a problematização na qual eles buscam superar uma primeira visão mágica por uma visão crítica, partindo para a transformação do contexto vivido.” Dada essa interdisciplinaridade, a obra de Paulo Freire pode ser vista tomando-o seja como cientista, seja como educador. Contudo, essas duas dimensões supõem uma outra: Paulo Freire não as separa da política. Paulo Freire deve ser considerado também como político. Esta é a dimensão mais importante da sua obra. Ele não pensa a realidade como um sociólogo que procura apenas entendê-la. Ele busca, nas ciências (sociais e naturais), elementos para, compreendendo mais cientificamente a realidade e poder intervir de forma mais eficaz nela. Por isso ele pensa a educação ao mesmo tempo como ato político, como ato de conhecimento e como ato criador. Todo o seu pensamento tem uma ligação direta com o mundo ao seu redor. Seu comprometimento maior foi sempre com a realidade a ser transformada. Para ele, a pedagogia deveria ter outra face, onde os educadores estivessem sempre aprendendo com os alunos e onde não houvesse uma pessoa completamente educada ou definitivamente formada. A educação não é apenas uma transmissão de conteúdos entre professor e aluno, mas sim um diálogo entre estas partes, onde todos estivessem em um círculo de constante aprendizado.
  • 11. A liberdade também é um tema recorrente na metodologia e no pensamento de Freire. A educação, na sua concepção, é um passaporte para a liberdade, para uma vida melhor, longe dos grilhões da opressão. Eu seus textos, Freire sempre deixou claro que o sistema opressor não é uma característica apenas dos países subdesenvolvidos, é uma característica do sistema econômico capitalista em geral, mesmo que se apresente em um menor grau a opressão continua exercendo seu poder. A educação visa à libertação, à transformação radical da realidade, para melhorá-la, para torná-la mais humana, para permitir que os homens e as mulheres sejam reconhecidos como sujeitos da sua história e não como objetos. As palavras conscientização e diálogo também fazem um papel importante no desenvolvimento do método. A conscientização não é apenas perceber a realidade ao seu redor, mas vislumbrá-la a distancia, pois seu objetivo é ultrapassar o pensamento crítico e partir para uma ação transformadora da realidade. Segundo Freire "ninguém educa ninguém. Ninguém se educa sozinho. Os homens se educam juntos, na transformação do mundo", e essa educação em conjunto é conseguida com o diálogo entre os envolvidos no processo da educação. O conhecimento de todos os envolvidos é levado em consideração, mas o dever do professor não é confundido com o do aluno porque ele tem que estar apto a transcender o conhecimento do aluno, de forma que possa trabalhar como um guia para o conhecimento que ainda esta por se formar na mente de seus educandos. Diferentemente dos métodos positivistas que o precederam, o método de Paulo Freire baseia- se principalmente na vivência prática que desenvolvida durante os trabalhos que realizou, principalmente nos vários projetos de educação de adultos, nos quais ele trabalhou até mesmo como um orientador a distância, como foi o caso das cartas contidas no livro “Cartas a Guiné- Bissau”. Em sua obra, teoria, método e prática formam um todo, guiado pelo princípio da
  • 12. relação entre o conhecimento e o conhecedor, constituindo portanto uma teoria do conhecimento e uma antropologia nas quais o saber tem um papel emancipador. A teoria de Freire sempre se contrapôs ao método educacional burguês, que é visto como um método bancário, onde o aluno é simplesmente um depósito de informação, ele não age criticamente sobre o que está sendo ouvido nem participa ativamente da recepção desse conhecimento, ele apenas deposita o que está sendo ouvido em sua mente. Segundo Moacir Gadotti: “Na concepção bancária (burguesa), o educador é o que sabe e os educandos, os que não sabem; o educador é o que pensa e os educandos, os pensados; o educador é o que diz a palavra e os educandos, os que escutam docilmente; o educador é o que opta e prescreve sua opção e os educandos, os que seguem a prescrição; o educador escolhe o conteúdo programático e os educandos jamais são ouvidos nessa escolha e se acomodam a ela; o educador identifica a autoridade funcional, que lhe compete, com a autoridade do saber, que se antagoniza com a liberdade dos educandos, pois os educandos devem se adaptar às determinações do educador; e, finalmente, o educador é o sujeito do processo, enquanto os educandos são meros objetos. Para Freire o fim maior da educação deve ser sempre o de libertar os oprimidos, de levar a eles o conhecimento que a sociedade burguesa capitalista tanto deseja esconder. Pois é apenas com este conhecimento, desenvolvido a partir do diálogo e da consciência, que as pessoas podem lutar por sua liberdade, frente a máquina opressora do capitalismo e de sua nova face, o imperialismo.
  • 13. 2.3 As bibliotecas Uma biblioteca é definida, de modo geral, como sendo um local de armazenamento de documentos escritos. Como a sua existência de documentos ecrtitos remonta as primeiras civilizações orientais, ainda antes da imprensa ter sido criada na Europa, estes documentos escritos poderiam estar em diversas formas, desde pedaços de argila contendo escrita cuneiforme, papiros, pergaminhos de fibra celulósica (precursora do nosso atual papel), vasos adornados da China antiga, os livros copiados pelos monges cristãos e os livros impressos. As primeiras bibliotecas foram os locais onde este material foi sistematizado, onde foram criados os primeiros catálogos bibliográficos. Podemos elencar algumas características comuns a todos os tipos de bibliotecas:  Arquivo de conhecimento;  Preservação e manutenção da cultura;  Disseminação do conhecimento;  Recuperação da informação;  Educação;  Interação social; Estas características se repetem, em maior ou menor grau, nos diversos tipos de bibliotecas, pois elas formam um pilar comum sobre a manutenção e distribuição do conhecimento, a razão de ser das bibliotecas. Com o avanço das tecnologias de comunicação as bibliotecas tradicionais também sofreram mudanças. A informatização de seus sistemas foi a primeira parte da revolução.
  • 14. O uso de computadores e bancos de dados especializados para o armazenamento de catálogos de documentos de diferentes tipos aumentou significativamente a velocidade de acesso a informação contida nas bibliotecas, pois não é mais necessário procurar por montes intermináveis de fichas. Apenas um acesso ao banco de dados pode mostrar os resultados esperados e direcionar o usuário da biblioteca diretamente para o seu interesse. Meios digitais são assim chamados porque eles armazenam as informações em forma de dígitos. Os nossos sistemas computacionais armazenam todos os tipos de informação na forma de seqüências de números “um” e “zero”. Tudo que está presente nos discos rígidos ou Compact Discs (CDs) é formado por seqüências destes dois números, como por exemplo o número dois, que em binário (seqüências de uns e zeros) é demonstrado por 10. O sistema digital se diferencia dos sistemas analógicos, como as fitas cassete, pela facilidade com a qual a informação pode ser acessada e pela qualidade e fidelidade que a informação transposta pode alcançar. Após a transposição dos índices para o formato digital foi a vez do acervo ser levado para o mundo da informação digital. Esta transposição só foi possível graças a busca da informática de fazer com que os computadores pudessem reunir e processar cada vez mais informações, de uma forma organizada e segura. O aumento da capacidade de armazenamento dos computadores e a facilidade dos meios de transposição da informação impressa em digital tornaram possível a criação das bibliotecas digitais. Deste conceito de transposição do material físico para um formato digital surgiram três variações:
  • 15.  Biblioteca digital: é aquela onde os materiais são armazenados apenas em meios digitais, não existindo nenhum outro tipo de material em seu acervo. Este acervo pode ser localizado e visualizado tanto dentro da própria biblioteca quanto por redes internas ou a Internet, de forma que uma consulta possa ser feita por um outro computador que esteja na mesma rede que a biblioteca esteja.  Biblioteca virtual: ela se diferencia da biblioteca simplesmente digital porque sua apresentação para o usuário final não é apenas formada por formulários de busca ou tabelas de índices, mas sim por uma representação em realidade virtual do conteúdo oferecido pela biblioteca. A maioria das bibliotecas virtuais são temáticas, abordando assuntos específicos e tendem a existirem apenas em redes fechadas de alta velocidade, devido os altos custos de criação e a gigantesca movimentação de informações necessárias para a demonstração de ambientes em três dimensões nos computadores, que também demandam uma extrema capacidade de processamento da máquina do usuário final, que normalmente não foi construída no intuito de funcionar processando informações tão complexas.  Biblioteca híbrida: se define como sendo uma biblioteca digital que também contém material em formas de armazenamento não digital, como livros, fitas de áudio ou de vídeo. Este tipo de biblioteca que alia sistemas antigos com novos normalmente é composto por antigas bibliotecas tradicionais que estão se transformando em bibliotecas digitais. Este tipo de biblioteca é extremamente importante porque seu conteúdo não fica restrito apenas aqueles que tem acesso a o universo digital, já que a inclusão digital ainda não é uma realidade palpável para a maioria da população tanto do Brasil como de diversos países subdesenvolvidos.
  • 16. 2.4 Como surgiu a internet? A rede mundial de computadores que conhecemos hoje surgiu da reunião de vários esforços, as vezes separados, as vezes unidos, e o mais importante deles foi a ARPAnet, um projeto financiado pela Agencia de Projetos de Pesquisa Avançada dos Estados Unidos (ARPA – Advanced Research Projects Agency), que foi a primeira rede de computadores por comutação de pacotes (troca de mensagens) e ancestral da Internet que conhecemos hoje. Seu projeto foi desenvolvido em 1967 e foi finalmente posto em prática em 1969, na Universidade da Califórnia (Ucla). De 1969 até o inicio dos anos 90 a rede mundial de computadores tinha um apelo meramente acadêmico. Apenas Institutos de pesquisa e universidades tinha acesso a informação que circulava na rede que viria a ser conhecida como Internet. Mas neste início de década veio a verdadeira revolução que esta rede mundial vinha preparando, o surgimento da World Wide Web, uma rede mundial de computadores que reuniria não apenas institutos relacionados a educação, pesquisa e exercito, mas as empresas e pessoas de todo o mundo. Essa revolução nasceu, em parte, no Centro Europeu para Física Nuclear (Cern – European Center for Nuclear Physics), sob a tutela de Tim-Berners Lee, entre 1989 e 1991. Ele e seus companheiros desenvolveram a linguagem de marcação Hyper-Text Makup Laguage (HTML), o protocolo de comunicação de computadores Hyper-Text Transfer Protocol (HTTP), o primeiro servidor de páginas Web e o primeiro Browser. A partir de então a Internet começou a dar seus primeiros passos para fazer a revolução da informação que ela está causando até hoje. Pois esteja onde você estiver, pode conseguir informações sobre quase tudo o que desejar, bastando apenas ter um aparelho que se conecte a
  • 17. internet, não necessariamente um computador, pois vídeo-games, aparelhos celulares, televisores e ainda outros aparelhos não tão comuns (como geladeiras) também estão se conectando a rede de mundial de computadores para trocar informações. E é esta facilidade para se obter as informações que transforma a Internet em uma das mais importantes criações do ser humano, mas também traz novos e gigantescos problemas por causa da falta de controle que existe sobre o que é publicado na rede. Os maiores exemplos disso são as redes Peer-to-Peer (P2P), onde pessoas trocam arquivos de diversos tipos, como música, vídeos, documentos, de modo gratuito, muitas vezes infringindo as leis de propriedade intelectual sobre aqueles arquivos ou informações que estão sendo trocadas. 2.5 Liberdade de acesso a informação Teoricamente, a informação é um bem de todos e o direito a informação é inalienável, mas o poder sobre a informação e o conhecimento de certa forma, está se tornando mais importante até que o poder econômico, que sempre foi a base do sistema capitalista. A informação está se tornando um novo meio de se gerar dividendo para as empresas, tanto no âmbito do conhecimento científico, como na disseminação de acontecimentos. O controle sobre os meios de comunicação é mais importante do que o poder econômico que uma empresa pode exercer, pois a grande mídia é uma formadora de opinião e exerce um certo controle sobre a população. A liberdade de acesso a informação torna-se importante porque a cada momento mais e mais da informação é escondida daqueles que não fazem parte da elite dominante. O poder das elites está hoje na quantidade de informação que eles conseguem esconder da grande massa
  • 18. de dominados, pois só o conhecimento tem o poder de libertar a consciência de um povo. A dominação exercida hoje sobre as massas tem como sustentáculo o mascaramento da realidade em uma ilusão de bem estar, onde as pessoas tem a impressão de que são iguais e que podem chegar a mesma posição daqueles que estão no poder, que eles também podem tornar-se parte da elite se houver esforço e trabalho suficiente. Esta realidade mascarada pode ser percebida, na maioria das vezes, através das novelas, principalmente aqui no Brasil, da mídia televisiva. Que pintam a periferia das grandes cidades como uma área alegre, onde as pessoas vivem em paz, e onde estas mesmas pessoas podem chegar a riqueza apenas com seu trabalho esforçado e honesto. Diferente da realidade violenta e opressiva da periferia e até mesmo dos bairros nobres, tanto em cidades grandes com no interior. A informação tornou-se mais uma moeda do capitalismo, pois apenas com poder econômico você pode ter direito a ela, quando na verdade ela deveria ser levada para todos, independente de sua classe social ou de seu papel de oprimido na sociedade atual. Querer a liberdade de acesso a informação é apenas querer justiça, já que todos nós temos o direito de saber, de conhecer, e é neste conceito que inserimos a Biblioteca Digital, pois ela está lá para difundir a informação, socializar o conhecimento, mesmo que seja apenas uma pequena parte dele. Este é o nosso papel. 2.6 Segurança, proteção da informação e dos direitos autorais na Internet A maior preocupação das empresas que trabalham com a Internet hoje em dia é com relação a segurança de seus sistemas. Além dos vírus, que são um problema constante para quem acessa
  • 19. a Rede, os ataques e o roubo de informações são um assunto recorrente em discussões sobre os rumos da Internet. Programas anti-vírus e firewalls (barreiras contra acessos indevidos a rede) são uma das maiores fontes de gastos para organizações que precisam conectar suas redes locais a Internet. O tráfego seguro de informações nas redes normalmente é feito a partir do uso de protocolos de comunicação seguros como Secure Sockets Layer (SSL), que usa a criptografia de chaves privadas e públicas para fazer uma autenticação entre o usuário (quem requisita a informação) e o servidor (quem envia a informação). O transporte de dados é feito por meio de dados criptografados3 através do método e das chaves selecionadas previamente entre as duas partes da comunicação, de modo que mesmo que alguém intercepte a informação não vai ser capaz de entende-la a menos que esteja de posse das duas chaves negociadas entre as duas partes inicialmente relacionadas a comunicação. Todo esse relacionamento é normalmente transparente para o usuário, o próprio sistema operacional e os programas navegadores da Internet fazem toda essa comunicação sem afetar o modo como as informações são repassadas para o usuário final. Na maioria das vezes o navegador avisa que está entrando em uma conecção segura em sua barra de ferramentas, com símbolos como cadeados ou chaves. O envio de arquivos seguro também segue a mesma teoria. O remetente e o receptor negociam métodos e chaves criptográficas para que os arquivos só possam ser visualizados por eles. Além da criptografia também existe um sistema de assinaturas digitais funcionando para evitar que um arquivo seja mudado no caminho que ele segue entre o remetente e o destinatário, tornando a entrega condicionada a validade da assinatura digital relacionada. 3 Em uma forma que não pode ser entendia se vista de modo literal. Dados criptografados parecem com seqüências desordenadas de números letras e símbolos, até que o método criptográfico que o criou seja utilizado para decriptografar a informação.
  • 20. Os vírus de computadores atuais refletem a importância da informação, porque eles não mais causam falhas de funcionamento dos sistemas ou de seus periféricos, mas se utilizam para roubar ou guardar informações sobre as pessoas que fazem o uso daquela máquina infectada. Vermes como os key-loggers, que gravam todas as teclas digitadas em um computador e depois enviam os arquivos para os seus criadores, vermes trojans que liberam o acesso remoto (a distância) a máquinas infectadas para seus criadores, são todos métodos que são utilizados tanto para obtenção de informações pessoais (números de cartão de crédito) como para espionagem industrial. As leis para proteção da informação que circula na Internet ainda são pouco eficazes e difíceis de serem aplicadas, porque a própria arquitetura da Rede tem como uma de suas principais características “a descentralização do controle, onde não haveria um controle global sobre as várias redes interligadas”4 . Tornando assim ações de controle difíceis de serem mantidas, graças a volatilidade e velocidade com a qual o conteúdo é adicionado e pode desaparecer dentro da rede. Em sua maioria, os maiores problemas jurídicos contra a disseminação de informação pela Internet é quando o material é propriedade intelectual. Partindo da definição de (OPPENHEIM, 1999): “A propriedade intelectual representa o fruto dos esforços e da criatividade de um individuo”, a Internet não aliena exatamente a propriedade intelectual, mas sim o seu caráter capitalista, seu objetivo de gerar lucro, pois até hoje ainda não foi definida uma política de distribuição de propriedade cultural, como a música. Fato este que vem fortalecendo cada vez mais os programas de compartilhamento de arquivos como o Kazaa e E-Mule, que tem na disseminação de música e vídeo o maior tráfego dentro de suas redes. 4 Kurose, James F. / Redes de computadores e a Internet: Uma nova abordagem / James F. Kurose, Keith W. Ross. 1 Ed. – São Paulo : Addison Wesley, 2003.
  • 21. Nos Estados Unidos, com a pressão das associações de donos de gravadoras de música e das produtoras de cinema de Hollywood, as leis estão surgindo, algumas até já estão em vigor, como as que proíbem que sites da Internet disponibilizem produção cultural sem o consentimento de seu autor(es). No nosso caso, de biblioteca digital, ainda não existe uma legislação específica sobre o funcionamento e nem mesmo sobre o que define uma biblioteca digital constitucionalmente. Algumas bibliotecas digitais, como por exemplo a Biblioteca Digital Paulo Freire, objeto deste relatório, funcionam como grupos de transposição do material físico para formato digital de uma biblioteca maior, que neste caso é a Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba. Além de lidar com materiais digitais que possam fazer parte do acervo da biblioteca tradicional e de seus meios de acesso a novas fontes de informação. 2.7 Novas tecnologias da informação e o futuro da Internet A Internet forçou a criação de novos padrões na disseminação do conhecimento de no modo como ele deve ser tratado. Os sistemas de computação eram vistos de uma forma quase mágica, pois apenas seus criadores e pessoas especializadas sabiam utilizar, deram lugar a interfaces gráficas para o usuário, as chamadas GUI (Graphic User Interface), que tornam a sua operação cada vez mais intuitiva e fazem com que se exija cada vez menos das pessoas para que elas operem um computador de forma satisfatória. Com essa facilidade e a socialização dos computadores (mais em alguns países do quem em outros), os meios para a distribuição da informação estão tendo que se adequar tanto a
  • 22. facilidade de uso como a velocidade de acesso. As bibliotecas devem sempre contar com um sistema informatizado de indexação para facilitar suas buscas, as lojas estão migrando para o comércio eletrônico, a educação a distância está se desenvolvendo a uma velocidade nunca antes imaginada. O futuro da Internet já está sendo apontado, ela está se dirigindo para uma convergência entre todas as outras formas de mídia, para criar um algo novo e que mesmo que não leve os outros meios a extinção vai diminuir cada vez mais o seu peso sobre a informação e formação de opinião, porque uma pessoa que tenha acesso a Rede não vai precisar sair dela para ouvir uma rádio, assistir um programa de televisão, ler o seu jornal preferido, fazer uma pesquisa para um trabalho acadêmico, conhecer novas pessoas ou se divertir jogando alguma coisa. Não há nada de ficção científica nisso, a tendência de que o computador se torne o centro de entretenimento e pesquisa nos lares é real e já está acontecendo nos grandes centros, como EUA, Europa e Japão, mas até que esta nova mídia chegue a os países mais pobres vai demorar um pouco, e pode até mesmo nem tornar-se realidade tão cedo, se depender do controle que as elites desejam manter sobre seus dominados. A Internet caminha para ser a mais importante fonte de informação da humanidade (se não já for), mas também é a que mais exclui, por seu alto custo econômico, proibitivo para a maioria dos lares dos países subdesenvolvidos, como o Brasil. 2.8 A Biblioteca Digital Paulo Freire
  • 23. O Projeto da Biblioteca Digital Paulo Freire (BDPF) (www.paulofreire.ufpb.br), coordenado pela Profª Drª Edna Gusmão de Góes Brennand (Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE/CEAD/UFPB (ebrenna2@uol.com.br) e pelo Profº Drº Ed Porto Bezerra (Departamento de Informática – DI (ed_porto@uol.com.br), teve origem no ano 2000 em parceria com o Centro Paulo Freire – Estudos e Pesquisas, contando, inicialmente, com o apoio da Coordenação Institucional de Educação a Distância (CEAD) e Coordenação de Informática – CODEINFO/PROPLAN/UFPB e posteriormente do CNPq. A BDPF tem por objetivo principal “disponibilizar pressupostos filosóficos, sociológicos e pedagógicos do pensamento freireano, para suportar ações educativas coletivas facilitadoras da inclusão dos sujeitos educacionais na sociedade da informação”. E por específicos: 1. “Disponibilizar na Internet um grande volume de dados, armazenados de forma ordenada e em ambiente centralizado, a respeito do educador Paulo Freire; 2. Ampliar o envolvimento de pesquisadores em um trabalho interinstitucional e multidisciplinar na pesquisa e aplicação das tecnologias da informação e comunicação; 3. Fortalecer a experiência para novos empreendimentos educacionais sob o formato digital; 4. Exercitar habilidades multidisciplinares de uma equipe interinstitucional, através da experiência na concepção e implantação de uma ferramenta, envolvendo pedagogos, bibliotecários, historiadores, educadores, psicólogos, webdesigners, projetistas de bancos de dados, especialistas em rede de computadores e em inteface humano computador etc; 5. Habilitar profissionais para o uso das novas tecnologias de informação (PORTO E BRENNAND, 2002, p. 4)”. 2.9 Papel da Biblioteca Digital Paulo Freire
  • 24. Uma biblioteca digital tem como seu principal diferencial de uma biblioteca “formal” o fato de não depender de um acesso físico a seus conteúdos. Uma pessoa que necessite de um arquivo que esteja em nosso acervo não vai precisar sair da frente de seu computador para acessá-lo, já que ele está disponível em um formato que permite o compartilhamento daquela mesma informação sem que a fonte ou o usuário-final sofra qualquer perda, já que o que foi enviado é uma cópia daquele arquivo e não sua versão original. As editoras que trabalham com fotolitos seriam uma analogia possível a o funcionamento de uma biblioteca digital. Quando um livro vai ser prensado, ele é originalmente uma seqüência de fotolitos (folhas de plástico, parecidas com filmes fotográficos), que vão ser “revelados” diversas vezes, em folhas de papel, gerando várias cópias idênticas do mesmo livro (ou fotolito). Em uma biblioteca digital o conceito é o mesmo, cada usuário que precisa de um determinado arquivo recebe uma cópia idêntica (e não o arquivo original, que continua na biblioteca digital), do arquivo em questão. Mas o custo para a impressão e distribuição do livro é muito maior do que o mesmo para um arquivo digital. A biblioteca digital faz com que os custos sejam diminuídos e que pessoas que poderiam não ter acesso a aquela informação, por causa de seu preço, impossibilidade de entrega, ou outros motivos afins, possa ter acesso a informação em questão. Partindo da definição de Clara López Guzmán: “As bibliotecas digitais são organizações que provêem os recursos, incluindo pessoal especializado, para selecionar, estruturar, distribuir,
  • 25. controlar o acesso, conservar a integridade e assegurar a persistência, através do tempo, de coleções de trabalhos digitais que estejam fáceis e economicamente disponíveis para serem usados por uma comunidade definida ou para um conjunto de comunidades.” A BDPF pode ser definida como uma fonte de conhecimento de fácil acesso sobre Paulo Freire, não apenas para uma comunidade, mas para todas as pessoas que desejarem conhecer mais sobre este, que foi um dos mais importantes pedagogos da história, não apenas pelo conhecimento que ele gerou, mas também por sua postura combativa, contra as desigualdades que assolam o nosso país.
  • 26. 3. Materiais e métodos 3.1 Introdução O conteúdo da BDPF é selecionado a partir, das obras pertencentes a Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba, das doações que a biblioteca recebe e de buscas feitas na Internet ou outras fontes de documentos, que podem ser jornais, revistas, televisão ou rádio. A seleção dos documentos é simples, e leva em conta o relacionamento que o documento em questão tem com Paulo Freire e suas teorias. Partindo do pressuposto de que o documento foi aceito para fazer parte do material a Biblioteca, primeiro é definido se ele precisa de uma autorização de seu criador (para os materiais não pertencentes ao acervo da Biblioteca Central), que deve seguir um modelo já definido de declaração. Depois deste passo o conteúdo é separado pelo formato do qual faz parte e para onde vai ser encaminhado dentro da biblioteca, que no momento trabalha com os seguintes formatos: impressos, áudios, vídeos e fotos. Após esta analise segue-se a digitalização do material. 3.2 Tipos de documentos para digitalização A. Impressos Os materiais impressos não-caligráficos (que sofreram editoração e foram impressos em letras não-cursivas) são digitalizados (transformados em imagens digitais) com o uso dos scanners Canon CanoScan N656U e Epson Expression 1640 XL. Após a digitalização o programa
  • 27. Cuneiform Pro OCR 6.0 reconhece os caracteres (letras) da imagem através do método de Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR – Optical Character Recognition). Os caracteres em forma de texto são passados então para o Microsoft Office Word, que foi utilizado em suas versões 2000 e 2003, onde todo o texto é diagramado para ficar o mais parecido possível com sua fonte original. Neste processo tornou-se padrão que a folha de destino é do tamanho A4 ( 21 x 29.7 cm) e a fonte padrão para corpo de texto é a Times New Roman. Os materiais impressos caligráficos (escritos a mão ou que utilizem fontes cursivas não reconhecíveis através do OCR) são digitalizados (transformados em imagens digitais) com o uso dos scanners Canon CanoScan N656U e Epson Expression 1640 XL. Como não é possível o reconhecimento automatizado dos caracteres é feita uma avaliação do material para ver se é possível mantê-lo como imagem ou se ele deve ser digitado manualmente para que possa seguir para o próximo passo. O último passo da digitalização de materiais impressos é a transformação em um formato mais genérico e que demonstre certo nível de proteção contra modificação do documento, o qual foi escolhido o .PDF, da Adobe Systems, que apresenta a maior confiabilidade contra modificações e pode ter um controle de cópia e impressão maior que os outros tipos de documentos que poderiam ter sido utilizados. B. Áudios Os materiais de áudio em fita cassete selecionados são digitalizados através da interligação de um aparelho reprodutor e gravador de áudio da Aiwa com a entrada de áudio RCA presente na placa de som Creative Sound Blaster 16 bits, por um cabo P2 Estéreo. Com a conecção
  • 28. funcionando é inicializada a utilização do programa Sony Sound Forge 7.0 para captura do áudio, inicialmente no formato Wave (sem compactação) para fazer com que o som mantenha a sua máxima qualidade. Após a captura de todo o áudio é iniciado o tratamento do som. O plug-in5 Sony Noise Reduction 2.0 é utilizado nesta fase da operação com o objetivo de retirar ruídos e fazer com que o som digitalizado tenha o mínimo de interferências possível, tornando sua qualidade maior que a do arquivo de áudio original em fita cassete. O objetivo principal deste processo é fazer uma remasterização do áudio, fazendo com que ele fique com a melhor qualidade possível. Mesmo com este processo existem casos extremos onde a fita teve seu áudio deteriorado de forma irremediável até mesmo para os métodos mais avançados de redução de ruídos e tratamento de áudio. Nestes casos específicos, quando nem ao menos pode ser feita uma transcrição do áudio, a fita é descartada. Materiais de áudio que já foram digitalizados no processo anterior, ou materiais que já chegam a biblioteca em formato digital ou em Compact Disks (CDs), são comprimidos para o formato MP3 (ainda com o uso do Sony Sound Forge), que mesmo não sendo o que apresenta a melhor compressão é o mais utilizado e é tomado como um padrão “de facto” dentro da industria multimídia e computação. C. Vídeos 5 Plug-in: módulo ou adendo que adiciona novas funcionalidades a um programa específico ou que facilita o uso de rotinas complexas ou seqüenciais, com o objetivo de automatizá-las.
  • 29. O material em formato de vídeo em fitas VHS é digitalizado através de uma conecção de alta- velocidade Fire Wire com um aparelho de reprodução de fitas VHS. O material é então transformado tanto nos formatos MPG como em AVI compactado com o codec6 DIVx. Essa transposição é feita com a ajuda do programa Adobe Premiere 6.5, que além do trabalho de digitalização também faz a edição do material, podendo até mesmo dividi-lo em diversos arquivos se o tamanho dele em um arquivo só for muito grande. D. Fotos O material em formato de fotos é digitalizado (transformado em imagens digitais) com o uso dos scanners Canon CanoScan N656U e Epson Expression 1640 XL, com a ajuda do programa Adobe Photoshop 7.0 que também é o programa utilizado para fazer a restauração de imagens quando isto se mostra necessário. O formato final para este tipo de mídia é o JPEG, padrão da industria fotográfica e também um padrão para imagens da Internet, junto com o GIF e o PSD. 3.3 Indexação e Inserção na página Quando o arquivo já está digitalizado é enviado para a equipe de indexação, que reúne todas as informações disponíveis sobre aquele documento e as prepara para o preenchimento do formulário específico para cada tipo e subtipo de arquivo presente na implementação da BDPF. Após a definição das informações que vão constar nos diversos campos a serem preenchidos parte para a utilização do programa de acesso ao banco de dados da BDPF, que foi desenvolvido com o objetivo de fazer as inserções das referências dos arquivos ao banco 6 Codec: algoritmo ou método de compressão utilizado para diminuir o tamanho final de um arquivo digital qualquer.
  • 30. de dados que vai ser utilizado pelo sistema de busca e de geração dinâmica de páginas. O programa foi escrito na linguagem de programação Delphi, utilizando o programa de mesmo nome em sua versão 6.0. O sistema de banco de dados em questão é o PostGreSQL, gerenciado pelo programa DB Tools Manager. Todo o sistema da página é montado em um servidor Apache em conjunto com o módulo Jakarta Tomcat, que dá suporte ao sistema de páginas dinâmicas baseados na tecnologia Java, utilizando o Java Server Pages (JSP) como meio de acesso ao banco de dados. A tecnologia JSP foi escolhida porque ela é uma forma de se desenvolver páginas Web dinânicas separando o design gráfico do acesso ao banco de dados, oferecendo uma liberdade maior ao programador que está desenvolvendo o site. Para a geração do código JSP são utilizados as plataformas de desenvolvimento Java, Sun NetBeans 3 e Eclipse Platform 2, em conjunto com o Java 2 Enterprise Edition Software Development Kit, que é o ambiente de desenvolvimento da linguagem de programação Java, criada pela Sun Microsystems. Na definição e criação do design do site da biblioteca digital foram utilizados os programas Macromedia Dreamweaver MX para a codificação do HTML, Macromedia Flash MX para as animações, e os programas de computação gráfica Adobe Photoshop 7.0 e Corel Draw para a criação e edição das imagens utilizadas na página. 3.4 Política de indexação da Biblioteca Digital Paulo Freire
  • 31. A Política de Indexação da Biblioteca Digital Paulo Freire foi elaborada pelo grupo de indexação formada pelas professoras: Elizabete Baltar, Francisca Arruda e Marynice Autran, todas pertencentes ao Departamento de Biblioteconomia e Documentação (DBD) em seguida pela bolsista Patrícia Morais (PIBIC/CNPq/UFPB). Aprovada a Política pela Coordenadora da BDPF Profª Dra. Edna Gusmão de Góes Brennand, começou-se a utilizá-la na BDPF. A falta de uma política de indexação e a inexistência de um vocabulário controlado na Biblioteca Digital Paulo Freire, justificou a necessidade de elaborar um novo instrumento de recuperação da informação. Esta Política tem como principal objetivo recuperar conteúdos através da identificação de termos que resultará na elaboração de uma lista de cabeçalhos de assunto, seguidos de uma descrição breve de seu significado, em consonância com as idéias de Paulo Freire. Para que assim o usuário recupere a informação desejada com maior precisão e eficiência.
  • 32. 4. Atividades desenvolvidas 4.1 Reuniões:  Reunião coma a equipe de indexação, Professora Dra. Edna Brennand e os bolsistas: Patrícia Morais, Fabiana Franca e Mauricio Linhares. Teve como pauta definição da coordenação do grupo no possível afastamento da Profª Edna Brennand para fazer Pós doutorado e firmar parceria com o Centro Paulo Freire Recife (PE);  Reunião com a orientadora para definição dos estudos sobre digitalização de vídeos;  Reunião coma a orientadora para definição do no cronograma de atividades para pedido de renovação da bolsa; 4.2 Digitalização de materiais  Digitalização, correção e formatação do livro “Conscientização”;  Digitalização, correção e formatação do livro “Cartas à Guiné Bissau”;  Digitalização, correção e formatação do livro “Pedagogia: diálogo e conflito”;  Digitalização, correção e formatação do livro “Professora sim, Tia não. Cartas a quem ousa ensinar”;  Digitalização e tratamento do arquivo de áudio “Paulo Freire fala sobre socialismo, autoritarismo, alfabetização, alfabetização de adultos”;  Digitalização e tratamento do arquivo de áudio “Paulo Freire fala sobre seu método de ensino”;  Digitalização e tratamento do arquivo de áudio “Paulo Freire fala sobre seu método de ensino (A,B,E e F)”;
  • 33. 4.3 Produção acadêmica e encontros: O bolsista em questão não participou de encontros nem publicou artigos por ter iniciado a participação no projeto depois dos eventos nos quais os outros bolsistas do projeto apresentaram seus trabalhos. Entretanto ele já conta com um artigo pronto para publicação e está a procura de oportunidades para apresentar o trabalho da biblioteca. 4.4 Outras atividades  Busca na web por possíveis eventos para o envio de trabalhos;  Reorganização dos arquivos e pastas da Biblioteca;  Busca constante de novos conteúdos para a página da BDPF;  Entregue as fitas cassetes digitalizadas em CD para a equipe de indexação;  Atualização de documentos e livros;  Capacitação para atualização do novo banco de dados;  Instalação dos programas necessários ao funcionamento da biblioteca nos computadores pertencentes ao projeto;  Manutenção, atualização e configuração dos computadores pertencentes ao projeto;  Estudo sobre a utilização do programa Sony Sound Forge 7.0;  Estudo sobre a utilização do Plug-in Noise Reduction do programa Sony Sound Forge 7.0;  Estudo sobre a utilização do programa Adobe Premiere 7.0;
  • 34. 5. Conclusão A Biblioteca Digital Paulo Freire está montada sobre uma base sólida de pesquisa e implementação de novas tecnologias. Todo o seu desenvolvimento, desde a política de indexação quando os projetos do banco de dados, layout do site e formatos utilizados na digitalização de documentos, foram discutidos exaustivamente, seguindo principalmente a portabilidade. A busca por utilizar padrões “de fato”, como o formato .PDF e a programação na plataforma Java 2, e os padrões reconhecidos internacionalmente como os formatos .JPEG para imagens e .MPEG para vídeos demonstra toda esta preocupação com a portabilidade. Seu objetivo como laboratório para a implementação de um sistema de bibliotecas digitais está se tornando uma experiência de grande valor para todos os seus envolvidos, tanto aqueles que trabalham diretamente com o projeto quando as pessoas beneficiadas com o material que está disponível para acesso. Mesmo utilizando a mais alta tecnologia, com tudo o que existe de mais recente em digitalização, sistemas de bancos de dados, servidores de páginas Web e programação orientada a objetos, o mérito do sucesso do projeto deve-se principalmente a sua equipe interdisciplinar. Como o próprio Paulo Freire definiu, a educação é um diálogo onde todos aprendem de todos, ninguém sabe tudo e a construção desta biblioteca digital é uma prova de que este é realmente o caminho. Cada um dos grupos relacionados com o desenvolvimento do projeto da biblioteca compartilhou aquilo que mais sabia, cada pessoa participante do projeto deu a sua
  • 35. contribuição para que opiniões tão heterogenias resultassem no sistema organizado e funcional que utilizamos hoje. Todo o sistema pode, finalmente, ser tido como um modelo para futuras incursões tanto da UFPB quanto de qualquer outra universidade ou instituição que deseje ter uma biblioteca digital, porque nosso objetivo também era desenvolver um sistema que pudesse ser aplicado em outras bibliotecas, fora da nossa realidade. Todos estes anos de esforço para chegar a este resultado mostram o quanto a pesquisa pode ser importante e o quanto os seus resultados podem ajudar no desenvolvimento de novos métodos de fazer a informação chegar a quem realmente precisa dela. Ainda parafraseando Freire, o conhecimento parte da observação do mundo, da consciência da realidade e esta consciência se dá através da educação, do diálogo, da troca de conhecimentos. E é desta troca de conhecimentos que surge a liberdade, o saber verdadeiro, não o saber bancário, onde as pessoas apenas armazenam a informação, mas o saber libertário, onde o conhecimento liberta até mesmo as almas presas pela opressão. Nosso trabalho agora, depois que tudo já está construído, é ensinar as pessoas como construir um sistema parecido que se adeque as suas características e melhorar ainda mais o modelo que criamos, pois sempre existem mais coisas para serem aprendidas e sempre vai haver um caminho para que as coisas sejam melhoradas. O desenvolvimento vai continuar seguindo o seu curso natural, junto com o avanço das tecnologias da informação e comunicação e onde Tudo deve ser tratado como uma soma de
  • 36. experiências, onde estaremos sempre aprendendo, sempre reconstruindo nossas idéias junto com as idéias de outras pessoas que tenham o nosso mesmo objetivo, libertar. Minha experiência na Biblioteca Digital Paulo Freire foi de grande importância não apenas pelo conhecimento adquirido sobre o pedagogo Paulo Freire, mas também pelo modo de trabalho desenvolvido no projeto. Não existe uma competição pra ver quem vai ser mais que o outro, as pessoas não lutam umas contra as outras, todos trabalham juntos, discutem juntos e resolvem os problemas juntos. A oportunidade de trabalhar neste projeto também me trouxe novos conhecimentos na área de digitalização de materiais, principalmente no que diz respeito a áudio, pois foi na duração do projeto que aprendi a utilizar um dos programas mais utilizados para edição de áudio no mundo, o Sony Sound Forge. Um conhecimento de alta valia para mim, principalmente porque ele é muito utilizado no meu futuro meio de trabalho, o jornalismo, na edição de programas e na preparação de falas gravadas previamente. Os conhecimentos de utilização de bancos de dados e acesso a servidores web também foram mais um ponto importante da minha participação deste projeto, pois pude entender o funcionamento e a utilização de sistemas de bancos de dados e o desenvolvimento de páginas web dinâmicas. Mas por último, e o mais importante de todos, está o conhecimento adquirido sobre Freire. Sua obra, sua metodologia, sua ideologia, são fatos que vão estar marcados na minha vivência pelo resto de minha vida, principalmente por sua orientação socialista e dialética, onde eu encontro uma influência em comum para nós, Karl Marx. A luta entre classes tem se mostrado
  • 37. como o maior motor da história e os teóricos que fingem não enxergar este fato nos estudos da sociedade, especialmente nas áreas de economia e educação, passam ao largo da realidade. Hoje, depois deste contato com sua obra, tenho mais fé na possibilidade de mudança. Tenho esperança de que ainda existem modos de nos livramos dos grilhões do capitalismo imperialista, e dentro destes modos está a educação libertária que Freire tanto pregou. Ler Paulo Freire é se libertar das amarras dos teóricos virtuais, que imaginavam uma realidade que nunca existiu, criando métodos falhos que mesmo assim continuam a ser repetidos até os nossos dias, como a alfabetização da “decoreba”. Entrar em contato com a obra de Freire me reavivou um antigo desejo, um desejo que há muito estava esquecido porque para muitos parecia ser loucura, ser professor. Ouvir ele nas fitas digitalizadas, ler suas palavras nos livros nos quais trabalhei, trouxeram-me outra vez a vontade de seguir a vida acadêmica, seguindo o seu exemplo. Um acadêmico politizado, que saiba mostrar a realidade para seus companheiros de diálogo, pois a aula é de todos, não só do professor.
  • 38. 6. Referências Bibliográficas BEZERRA, E. P.; BRENNAND, E. G. de G. A Biblioteca Digital Paulo Freire. In: XXI CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE COMPUTAÇÃO, 2001, Fortaleza. Anais... Fortaleza: Sociedade Brasileira de Computação, 2001. BEZERRA, E. P.; BRENNAND, Edna; FALCÃO JR, ª de F. A Biblioteca Digital como Suporte à Educação Mediada por Tecnologias da Informação e Comunicação. In: WORKSHOP BRASILEIRO DE INFORMÁTICA, 2002, Florianópolis. Worshop... Florianópolis, 2002. BEZERRA, E. P.; BRENNAND, E. G. de G. Implementação do Pólo de produção e de Capacitação em Conteúdos Digitais Multimídia no Estado da Paraíba. In: SIMPOSIO LATINOAMERICANO Y DEL CARIBE: LA EDUCACIÓN, LA CIENCIA Y LA CULTURA EN LA SOCIEDAD DE LA INFORMACIÓN, 2002, Cuba. Anais... Cuba: Simposio Latinoamericano y del Caribe, 2002. BEZERRA, Ed Porto e BRENNAND, Edna G. Góes. Projeto Implementação do Pólo Produtor de Capacitação em Conteúdos Digitais Multimídia no Estado da Paraíba. João Pessoa, 2002. (Projeto de Iniciação à Pesquisa) BEZERRA, E. P.; BRENNAND, E. G. de G. The Paulo Freire’s Digital Library Project. In: 1ST INTERNACIONAL WORKSHOP ON NEW DEVELOPMNENTS IN DIGITAL LIBRARIES, 2001, Portugal. Proceedings…Portugal: 1st Internacional Workshop on New Developments in Digital Libraries, 2001. BIBLIOTECA Digital Paulo Freire. João Pessoa, Universidade Federal da Paraíba, 2003. Apresenta mídias inéditas sobre a vida e obra de Paulo Freire. Disponível em: <http://www.paulofreire.ufpb.br>. Acesso em 26 fev. 2004. BRENNAND, E. G. de G. Ciberespaço e educação: navegando na construção da inteligência coletiva. Revista Informação & Sociedade, João Pessoa: 2000.
  • 39. BRENANND, Edna G.Góes et al. Concepção e Implementação da Biblioteca Digital Paulo Freire, João Pessoa, 2000. (Projeto de Iniciação à Pesquisa) BRENNAND, Edna Gusmão de Góes,VASCOCELOS, Giuliana Cavalcanti(Org). Admirável mundo virtual. João Pessoa: Laboratório de Desenvolvimento de Material Institucional/ Coordenação Institucional de Ensino à Distancia/ Universidade Federal da Paraíba, 2002. 1 - CD ROM. Biblioteca digital. Revista Ciência da informação.Brasília: IBCT,2001.v.30, n.3. BALDACCI, Maria Bruna. La biblioteca del 2000: dal punto di vista delle biblioteche. Bolletino AIB, v. 33, Dez, 1993. n. 4, p. 423-436. CASTELLS, M. A sociedade em rede. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999, v.1. CUNHA, Murilo B. da. Challenges in the construction of a digital library. Ciência da Informação, edição 17, 1999. ______. Desafios na construção de uma biblioteca digital. Ci. Informação v. 28, n.3, 257-268, set/dez, 1999. ______. Construindo o futuro: a biblioteca universitária brasileira em 2010. Ci, Inf. v. 29, n. 1, p. 71-89, jan/abr. 2000. URL: http://ultra.pucrs.br/biblioteca/modelo.htm. FAULKNER-BROWN, Harry. Design de grandes edifícios para biblioteca. In: A informação: tendências para o novo milênio. Brasília: Ibict, 1999. LASTRES, Helena M. M. and ALBAGLI, Sarita (organizadoras). Informação e globalização na era do conhecimento. Editora Campus, 1999 (in Portuguese). LESK, Michael. Pracical digital libraries: books, bytes and bucks. San Francisco: Morgan Kaufman, 1997.
  • 40. LÉVY, Pierre. As tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da Informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996. LYMAN, P. What is a digital library? Technology, intellectual; property and the American Academy of Arts and Science, v. 125, n.4, Fall 1996, p. 1-33. GADOTTI et al. Paulo Freire: uma Biobibliografia. São Paulo: Cortez, 1999. Programa Sociedade da Informação no Brasil - SOCINFO: http://www.socinfo.org.br Scientific Electronic Library Online - SCIELO: www.scielo.br DEITEL, H. M. Java, como programar / H. M. Deitel, e P. J. Deitel. 4 ed. – Porto Alegre: Bookman, 2003. KUROSE, James F. Redes de Computadores e a Internet: Uma nova abordagem / James F. Kurose, Keith W. Ross; 1 ed. – São Paulo : Addison Wesley, 2003. GADOTTI, Moacir. Pedagogia: Diálogo e conflito / Moacir Gadotti, Paulo Freire e Sérgio Guimarães. 4 Ed. – São Paulo: Cortez, 1995 FREIRE, Paulo. Cartas à guiné-Bissau: registros de uma experiência em Processo. 2ª ed., Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978. FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire / Paulo Freire;. – São Paulo: Cortez & Moraes, 1979. FREIRE, Paulo. Professora sim, Tia não: Carta a quem ousa ensinar. Paulo Freire. São Paulo: Editora Olho d’água, 1997.