O documento discute planejamento pedagógico inclusivo considerando: 1) a importância de conhecer os estudantes para planejar atividades que considerem suas potencialidades e desafios; 2) a necessidade de avaliação contínua para acompanhar o progresso dos alunos e revisar estratégias; e 3) a adoção do desenho universal para a aprendizagem, que permite múltiplas formas de apresentação dos conteúdos.
1. Mary Grace Pereira Andrioli
maryg@ifsp.edu.br
Napne
Planejamento pedagógico em uma
perspectiva inclusiva
2. Eu sou o gato,
vou acusar você,
julgar você e
comer você...
Lewis Carol
3. Uma coisa é clara: as escolas e
o sistema educacional não
funcionam de modo isolado. O
que acontece nas escolas é um
reflexo da sociedade em que
elas funcionam. Os valores, as
crenças e as prioridades da
sociedade permearão a vida e
o trabalho nas escolas e não
pararão nos seus portões.
(MITTLER, 2003, p. 24)
6. Classificar:
decidir quem são
os melhores
alunos
(classificatória)?
Identificar as
características da
deficiência?
Identificar quem
está fora do
padrão?
Encaminhar para
a SRM?
Planejar
atividades
“diferentes” dos
demais?
Atribuir nota?
Descobrir a “idade”
intelectual?
Saber se ele vai
“passar” de ano?
Atender ao “aluno
de inclusão?
7. Classificar:
decidir quem são
os melhores
alunos
Identificar as
características da
deficiência?
Identificar quem
está fora do
padrão?
Encaminhar para
a SEM?
Planejar
atividades
“diferentes” dos
demais?
Atribuir nota?
Descobrir a
“idade”intelectual
?
Saber se ele vai
“passar” de ano?
Atender ao “aluno
de inclusão?
(ANACHE; RESENDE, 2016)
9. + Público-alvo da Educação Especial
(PNEE-EI/2008)
• Alunos com deficiência
• Transtornos globais de
desenvolvimento
• Altas
habilidades/superdotação
InclusãoIntegraçãoSegregaçãoNegligência
10. +
Aluno com deficiência: que tem
impedimentos de natureza física,
intelectual ou sensorial, os quais, em
interação com diversas barreiras,
podem obstruir sua participação plena
e efetiva na sociedade com as demais
pessoas.
11. + O Atendimento Pedagógico
Especializado
• Identifica, elabora e organiza recursos
pedagógicos e de acessibilidade que eliminem
as barreiras para a plena participação dos
alunos, considerando as suas necessidades
específicas.
• Atividades do AEE diferenciam-se daquelas
realizadas na sala de aula comum, não sendo
substitutivas à escolarização.
• O AEE complementa e/ou suplementa a
formação dos alunos com vistas à autonomia
e independência na escola e fora dela.
(PNEE-EI – 2008)
13. • Microgênese
• Zona de desenvolvimento
real e proximal
• A relevância do papel do
professor e das relações
sociais
• Caminhos indiretos de
desenvolvimento são
possibilitados pela cultura
quando o caminho direto
está impedido.
VIGOTSKI 1896-1934
Abordagem Histórico-cultural
17. Não temos como afirmar que foram
esgotadas todas as possibilidades
de aprendizagem dos alunos com
deficiência intelectual, uma vez
que nem sempre temos em mãos os
instrumentos adequados para sua
plena participação escolar.
(RAADI, p. 43)
18. Considerações:
(1)a obrigatoriedade da escola em realizar as
adequações necessárias para a aprendizagem dos
alunos com deficiência intelectual, durante todo o
percurso do ensino fundamental, inclusive
considerando a funcionalidade do currículo;
(2) a preocupação em evitar a defasagem idade/série,
permitindo ao aluno o acesso aos anos finais do ensino
fundamental;
(3) a necessidade de a escola realizar adequadamente
os registros individuais, através de Planos Curriculares
específicos e de Relatórios Descritivos da trajetória do
aluno e, ainda
(4) registro das avaliações pedagógicas e as
complementares expedidas por profissionais de
diferentes áreas.
19. Registro da avaliação curricular
O professor deverá anotar a condição do aluno
em cada uma das expectativas, utilizando-se
para isto do seguinte código:
RS – realiza satisfatoriamente
RP – realiza parcialmente
CA – realiza com ajuda
NAG – conteúdo não apresentado ao grupo
NAA – conteúdo não apresentado ao aluno
NR – não realiza
23. Desafios–Plano
deEnsino
Individualizado
(PLETSCH;GLAT,2013)
Especificidades do processo educacional de
cada estudante e não padrão de
homogeneidade predominante
Mudanças no interior das escolas e
transformações das práticas
Problemas sociais vivenciados pela
maioria da população brasileira
Formação docente, estrutura/recursos,
práticas avaliativas homogeneizadoras
Programas padronizados não atendem as
necessidades educacionais de todos
Foco no déficit resulta em baixas
expectativas
24. PlanodeEnsino
Individualizado
(PEI)
(PLETSCH;GLAT,2013)
“Práticas customizadas a partir das
especificidades de cada aluno”(p.
20)
Planejamento individualizado,
periodicamente avaliado e revisado
Considera o aluno em seu nível
atual de habilidades, conhecimento
e desenvolvimento, idade
cronológica, nível de escolarização
já alcançado e objetivos
educacionais desejados a curto,
médio e longo prazos.
Considera expectativas familiares e
do próprio sujeito
25. PlanodeEnsino
Individualizado
(PEI)
(PLETSCH;GLAT,2013)
Não deve minimizar ou empobrecer
os conteúdos e objetivos
A avaliação deve fornecer elementos
para constituição do PEI e
identificar barreiras que impedem o
processo educativo
Proposta: portfolio: instrumento que
organiza os registros das atividades
por um período determinado.
26. +
Planejamento e PEI
Realizar um diagnóstico,
buscando identificar desafios e
potencialidades dos alunos.
Organizar um portfólio com o percurso
acadêmico dos alunos e estratégias
utilizadas, destacando as que
apresentam mais sucesso ao longo do
processo.
Definir critérios e formatos de
avaliação a partir de objetivos e
planejar atividades que contribuam
para que os alunos consigam atingi-los.
Estabelecer parcerias com professores do
atendimento pedagógico especializado e vice-
versa, para conhecer novas possibilidades de
trabalho e estratégias pedagógicas.
29. Art. 3º
II - desenho universal: concepção de
produtos, ambientes, programas e
serviços a serem usados por todas as
pessoas, sem necessidade de
adaptação ou de projeto específico,
incluindo os recursos de tecnologia
assistiva;
Desenho Universal
Design
Universa
l
TA
30.
31. Desenho Universal para a aprendizagem
MESMO PROJETO PEDAGÓGICO
múltiplas formas
de
APRESENTAÇÃO AÇÃO E
EXPRESSÃO
ENVOLVIMENTO
32.
33.
34.
35.
36.
37. REFERÊNCIAS
ANACHE, ALEXANDRA AYACH; RESENDE,
DANNIELLY ARAÚJO ROSADO. Caracterização da
avaliação da aprendizagem nas salas de recursos
multifuncionais para alunos com deficiência
intelectual. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , v. 21, n.
66, p. 569-591, Set. 2016
ANDRIOLI, Mary Grace. Fundamentos e Estágio da
Educação Especial e Inclusiva. São Paulo: Pearson,
2014.
GLAT, Rosana; PLETSCH, Marcia Denise. Inclusão
escolar de alunos com necessidades educacionais
especiais. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011, 162p.
VIGOTSKI, L. S A defectologia e o estudo do
desenvolvimento e da educação da criança anormal.
Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 37, n. 4, p. 861-870,
dez. 2011. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/ep/v37n4/a12v37n4.pdf>.
Acesso em: 20 maio 2019.
ZERBATO, Ana PAULA. MENDES, Enicéia G.
Desenho universal para a aprendizagem como
estratégia de inclusão escolar. Educação Unisinos.
2018. Disponível em:
http://revistas.unisinos.br/index.php/educacao/article/vi
ew/edu.2018.222.04. Acesso em 10 out. 2018.