2. Educação sociedade e trabalho
• UNIDADE 1 – Construção da lente sociológica 17
• UNIDADE 2 – Duas tendências teóricas no
estudo da sociedade: elementos e características
do Funcionalismo e do Materialismo Dialético 29
• UNIDADE 3 – Educação na perspectiva
conservadora: o registro conservador de Émile
Durkheim e a influência do pensamento liberal
de John Dewey e da teoria do Capital Humano
39
3. • UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica:
educação como reprodutora da estrutura de
classes ou como espaço de transformação
social 55
• UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista,
reformas do Estado e o mundo do trabalho
71
4. Introdução :Contexto Histórico
• Revolução tecnológica :aceleração
informática, robótica, experimentações
genéticas, das telecomunicações
Consequências:
• Novas definições espaço tempo e visão
filosófica de mundo
• Forma de apropriação desta riqueza
gerada:Mesmo Padrão da Rev. Industrial
de 1879
5. Revolução tecnológica :Consequências
• Substituição da mão de obra : agricultura,
prestação de serviços e outros/trab humano
descartável.
• Aumento das desigualdades sociais:milhões
sem emprego ,com fome, sem moradia,sem
educação, sem saúde versus alguns usufruem
benefícios da modernidade. O Brasil é um
bom exemplo dessas contradições.
6. Duas questões centrais
• Como a educação pode ajudar na construção
de uma sociedade justa, onde as soluções
para os problemas sociais do nosso país sejam
encontradas de forma coletiva e visando ao
atendimento de todos?
• Qual o seu papel, funcionário de escola, nesse
processo de encontrar alternativas para a
construção de uma vida mais digna para todos
os membros da nossa gigantesca nação?
7. UNIDADE 1 – Construção da lente
sociológica
• Objetivo desta unidade é que você
compreenda as relações entre a organização
da sociedade, o mundo do trabalho e a
educação.
• Contexto:1801: razão em contraposição à
explicação mística da realidade. Surgem dois
grandes campos de investigação : naturais e
ciências sociais
8. UNIDADE 1 – Construção da lente
sociológica
• No século XIX ascensão da burguesia como
classe dirigente
• A classe operária vê as condições de vida e
trabalho piorar com o crescimento da
industrialização e ascensão burguesa
• È preciso entender este contexto histórico :
revoluções Industrial e Francesa
9. Breve histórico das revoluções
Industrial e Francesa
• Até o século XVI, a produção de bens para
consumo se dava de forma artesanal:
• O artesão era proprietário dos instrumentos
de trabalho, como o martelo, a forma, os
pregos, etc. E dono do produto final
• Substituição do trabalho artesanal pelo
manufaturado.Controle burguês da
produção e produto final
10. Revolução Industrial
• Final sec. XVIII intensificam -se as condições de
exploração burguesa .Três mudanças centrais
ocorrem:
Na cidade:
• Relações de trabalho:Jornada de trabalho até
dezesseis horas diárias:homens ,mulheres e
crianças . O salário não cobria a
subsistência.Péssimas condições de trabalho
acidentes: mutilações e mortes .Ausência
direitos sociais: Férias, descanso semanal
remunerado, licença-maternidade, licença saúde.
11. Revolução Industrial
No campo :A introdução de relações capitalistas
de produção no campo:
• As máquinas também foram introduzidas na
agricultura, juntamente com produtos
químicos industrializados.Agricultura volta-se
para às necessidades do mercado ,visando
abastecer a população urbana que cresce
rapidamente.
• Êxodo rural
12. Revolução Industrial
No estilo de vida
• Na cidade:o trabalhador passou a ter apenas
sua força de trabalho para vender ao
capitalista
• jornadas de trabalhos desumanas disciplina
rígida no interior da fábrica, onde era ocorria
até castigos corporais.Inclusive em mulheres
e crianças
13. PENSE NISSO!
• No capitalismo os meios produção são
privados, a riqueza gerada pelo trabalho
humano é apropriada pela burguesia.
• Os operários recebem somente o necessário
para continuarem comendo, vestindo, morando,
ou seja, o básico para sobreviverem, gerarem
filhos, reproduzindo, assim, a força de trabalho
• O lucro capitalista é a taxa mais-valia que é
extraída do trabalho não pago ao operário.
14. A Revolução Francesa 1 789:A classe que detém o
poder econômico geralmente exerce o poder político.
Clero
• Alto clero (bispos, abades e cônicos)
• Baixo clero (sacerdotes pobres)
Nobreza
• Nobreza cortesã (moradores do Palácio de Versalhes)
• Nobreza provincial (grupo empobrecido que vivia no interior)
• Nobreza de Toga (burgueses ricos que compravam títulos de nobreza e
cargos políticos e administrativos)
Povo
• Camponeses
• Grande burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes)
• Média burguesia (profissionais liberais)
• Pequena burguesia (artesãos e comerciantes)
• Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados).
Tinham este nome porque não usavam os calções curtos com meias típicas
da nobreza.
15. A Revolução Francesa 1 789:classe que detém o poder
econômico geralmente exerce o poder político.
• Endividado, o governo planejava criar novos impostos
que seriam pagos pelo terceiro Estado. A outra solução
seria obrigar o clero e a nobreza a pagar tributos, uma
vez que eram isentos
• Em junho de 1789, revoltados, os representantes do
terceiro Estado proclamaram a Assembleia Nacional
Constituinte, pois desejavam elaborar uma nova
constituição francesa.
• Amparados pelas palavras de ordem “liberdade,
igualdade e fraternidade”, a população derrubou a
prisão da Bastilha, símbolo do poder real, em 14 de
julho.
16. A classe que detém o poder econômico
geralmente exerce o poder político.
• Luís XVI reconhece a legitimidade da
Assembleia Nacional Constituinte. Esta, em
agosto de 1789, liberta os camponeses do
controle senhorial e acaba com os privilégios
da nobreza e do clero. Era o fim do regime
feudal. No mês de agosto é proclamada a
Declaração dos Direitos Humanos e do
Cidadão, que consagra uma série de
princípios liberais.
17. O surgimento da Sociologia
• Os valores liberais, como a democracia, a
liberdade, o direito à propriedade, o
individualismo e a igualdade passaram a ser
cultivados
• A esperada melhoria das condições de vida e
trabalho das classes populares não aconteceu.
Pelo contrário, a expulsão do campo, os baixos
salários, o desemprego, as longas jornadas de
trabalho, as péssimas condições de moradia
piorou a qualidade de vida dessa classe.
18. O surgimento da Sociologia
É nesse ambiente de lutas pela direção da
sociedade entre a burguesia e o proletariado
que cresceu o interesse pelo estudo da vida
social. Então, surgiram dois grupos opostos de
intelectuais.
• adeptos dos ideais da nova classe dominante,
a burguesia, dirigiram seus estudos para
preservar a nova ordem, reorganizar a
sociedade e manter o controle social.
19. O surgimento da Sociologia
• OS pensadores socialistas, alinhados com a
classe operária, buscavam, por meio da
Sociologia e de outras ciências humanas,
entender o funcionamento da sociedade
capitalista para superá-la e, conforme seus
ideais, conduzir a humanidade para uma
sociedade justa, livre da exploração do
homem pelo homem
20. UNIDADE 2 – Duas tendências
teóricas no estudo da sociedade
Duas tendências teóricas no estudo da
sociedade :Funcionalismo e Materialismo
Dialético
• O Funcionalismo: Émile Durkheim (1858 -
1917)
• OS fatores causadores das crises sociais: os
aspectos morais e não os econômicos.
21. O Funcionalismo: Émile Durkheim (1858 -1917)
• Durkheim buscou investigar os problemas
sociais da mesma maneira que se
pesquisavam os fenômenos da natureza.
Comparava a sociedade a um organismo
composto de várias partes (órgãos) integradas
que funcionam em harmonia.
22. • Se todos estivessem unidos, bem integrados,
em harmonia e equilíbrio, a sociedade como
um todo funcionaria bem. Caso contrário,
ocorreriam perturbações que levariam às
crises e às disfunções sociais. Era a doença
social.
23. E qual seria o papel da Sociologia, para
Durkheim, em toda essa história?
• Para ele, “a sociologia tinha por finalidade não
só explicar a sociedade como encontrar
remédios para a vida social” (COSTA, 1987, p.
53).
• Durkheim define o objeto de investigação
sociológica como fato social
24. Fato social
• Fato social é toda “coisa” capaz de exercer
algum tipo de coerção sobre o indivíduo,
sendo esta “coisa” independente e exterior ao
indivíduo e estabelecida em toda a sociedade
• Exemplo: as regras jurídicas, morais, dogmas
religiosos, sistemas financeiros, maneiras de
agir, costumes, etc
25. Funcionalismo
• Assim, um fato social seria normal quando se
apresentasse de forma generalizada pela
sociedade. Acontecendo para a maioria dos
indivíduos, representando a vontade geral, o
fato social contribuía para a saúde do
organismo social.
26. Fato social
• Características do fato social
• Coercitividade – característica relacionada com o
poder, ou a força, com a qual os padrões culturais de
uma sociedade se impõem aos indivíduos que a
integram, obrigando esses indivíduos a cumpri-los.
Exterioridade – relaciona-se ao fato de esses padrões
culturais serem exteriores ao indivíduo e
independentes de sua consciência.
Generalidade – os fatos sociais são coletivos, ou seja,
eles não existem para um único indivíduo, mas para
todo um grupo, ou sociedade.
27. Fato social:o que seria uma sociedade
sadia?
• Uma sociedade na qual a vida social fosse
harmônica, em que reinasse o consenso, ou seja,
onde a maioria pensasse e agisse de forma
semelhante, levada pelos fatos sociais que são
impostos por meio da educação e por outras
formas de coerção social. Uma sociedade em que
os indivíduos fossem impotentes para mudar o
que estava posto, ou seja, uma sociedade estável,
pronta, toda organizada, que não permitisse
grandes mudanças.
28. O Materialismo Dialético
• Karl Marx (1818- 1883) e Friedrich Engels
(1820-1895).
• Método materialista histórico dialético
29. O significado da palavra materialismo
• O materialismo afirma que tudo o que forma
o mundo, que está a nossa volta, é material.
Assim, a explicação da realidade, dos
fenômenos, dos mistérios do mundo, antes
resolvidos pelas religiões, deve ter como
referência a matéria.
30. O significado da palavra dialética
• A dialética vê a realidade material composta
não por ajustes de harmonia, mas por
contradições. Elas se expressam em conflitos
que levam a permanentes transformações.
Ou seja, pela visão materialista dialética,
nada no mundo está acabado
31. Princípios do Materialismo Dialético que
explicam os fenômenos naturais e sociais
Princípio da Totalidade :
• Tudo se relaciona dentro de um conjunto, os
componentes estão ligados entre si
influenciando-se uns aos outros.
Princípio da Mudança Qualitativa :
• Como as mudanças não ocorrem num mesmo
ritmo, pequenas mudanças quantitativas levam a
uma mudança qualitativa que gera grandes
transformações.
32. Princípios do Materialismo Dialético que
explicam os fenômenos naturais e sociais
Princípio Contradição Universal
• Mudanças ocorrem porque as forças contrárias
ao mesmo tempo em que se unem se opõem.
Princípio Movimento
• Nada está pronto, tudo se transforma
constantemente. E os conflitos, as contradições é
que movem essas mudanças.
33. UNIDADE 3 – Educação na perspectiva
conservadora:
• Émile Durkheim:Funcionalismo
• John Dewey :Escola Nova
• Teoria do Capital Humano: Theodore Schultz
34. Émile Durkheim:Funcionalismo
relação entre a educação e a sociedade
• Educação é Fato Social
• Coercitiva:é imposto às pessoas,independente de
sua vontade por serem incapazes de reagir diante
da ação educativa.
• A coercitiva da educação é fundamental para
socializar os indivíduos.Prepara-os para viver
em sociedade
• Constituir esse ser social em cada um de nós –
tal é o fim da educação (DURKHEIM, 1975, p.
43).
35. Duas condições para que haja
educação
• A primeira é existência de uma geração de
pessoas adultas e uma outra de jovens.
• A segunda condição é que a ação educativa
seja exercida pela geração mais velha sobre a
jovem. A geração mais velha já está
socializada e cabe a ela repassar os códigos de
convivência social à geração mais jovem.
• A educação deve ter uma base comum e
diversificada
36. Educação base comum.
• O que significa isso?
• Apesar das diferenças de classes sociais, todas as
crianças devem receber idéias e práticas, que são
valores do seu povo, da sua nação
• Entretanto, num dado momento da vida, a
educação deveria ser diferenciada. Isso porque os
jovens devem ser preparados, a partir desse
momento, para assumir os seus papéis na
sociedade (conforme a divisão social do trabalho
e a especialização), dentro da classe social a qual
pertencem
37. • Segundo Durkheim, há homens que devem
ser preparados para refletir, para pensar,
para serem os dirigentes do país, seja nas
empresas, seja no governo. Enquanto outros
devem ser educados para a ação, para a
execução do trabalho manual e a obediência.
38. Pensamento liberal
• Antes de estudarmos as particularidades da
Escola Nova e da teoria do Capital Humano,
consideramos muito importante que você
entenda que essas duas abordagens são
baseadas nos princípios do liberalismo. Por
essa razão, vamos descrever esses princípios
básicos, os valores máximos que sustentam o
pensamento liberal.
39. Princípios básicos do liberalismo:
• Individualismo : talentos próprios e
aptidões.
• liberdade : para obter sucesso e conquistar
melhor posição na sociedade em função de
seus talentos propriedade privada
• Democracia: direito de todos à participação
no governo por meio de representantes
eleitos
.
40. Princípios básicos do liberalismo:
• Igualdade : não significa igualdade de
condições materiais, mas igualdade perante
a lei.
• Propriedade privada: deixa de ser um
privilégio da nobreza feudal para ser a
condição de progresso individual e de
desenvolvimento econômico
41. Princípios liberais e educação
• A educação seria um instrumento para o
desenvolvimento máximo das potencialidades
e aptidões de cada indivíduo. A igualdade
jurídica seria assegurada a todos, impedindo
os privilégios de nascimento ou de credo.
Livres, iguais constitucionalmente, todos os
indivíduos poderiam desenvolver seus
talentos e competir entre si.
42. John Dewey:Escola Nova
Papel da Escola:
• Preparar o novo homem para as exigências
da sociedade moderna.
• Caberia a sociedade garantir uma nova escola
pautada em valores democráticos
43. John Dewey:Escola Nova
• l Relação aluno/professor – o aluno é o
centro do processo . Como a escolha dos
conteúdos gira em torno dos interesses do
aluno
• Conteúdo – conteúdo que é objeto de
aprendizagem precisa ser compreendido, não
decorado.
44. Teoria do Capital Humano:
Theodore Schultz
• Os indivíduos que têm acesso à escolarização
formal tornam-se mais capacitados para o
trabalho e, em decorrência disso, tornam-se
mais produtivos porque adquiriram, por meio
da educação, conhecimento intelectual e
habilidades
45. Teoria do Capital Humano:
Theodore Schultz
• Mas será que o investimento na educação das
pessoas consegue provocar toda essa harmonia,
satisfazendo tanto a patrões como a empregados
e à nação? Ou a taxa de retorno do que foi
investido na qualificação de pessoal resulta na
taxa de mais-valia, que aumenta o lucro do
empresário capitalista? Com o trabalhador
qualificado, produzindo mais riqueza, o maior
beneficiado não seria o patrão que se apropria
da maior parte dessa riqueza?
46. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva
crítica
• Educação como reprodutora da estrutura de
classes : Aparelho ideológico do Estado
• Educação como espaço de transformação
social: escola como espaço da contra-
ideologia
47. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva
crítica
• Louis Althusser (1918 - 1990): A escola como
aparelho ideológico do Estado
• No capitalismo a produção de riqueza é gerada
coletivamente mas a apropriação desta riqueza
é dada a burguesia na apropriação do LUCRO
• Os trabalhadores recebem o necessário para
comer, vestir, morar, ou seja, o básico para
sobreviverem, gerarem filhos, reproduzindo,
assim, a força de trabalho.
48. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva
crítica
O resultado dessa história você já conhece:
• miséria,fome, de-semprego, violência, favelas,
menores abandonados
Mas você poderia perguntar: se os trabalhadores
são maioria, por que eles se submetem à
exploração e à dominação da minoria burguesa?
Por que eles não se revoltam contra essa
situação?
Porque as forças repressivas do Estado atuam
continuamente
49. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva
crítica
• Mas a utilização da força não assegura a
dominação burguesa. A sociedade estaria em
caos , caso a Polícia e o Exército fossem
convocados todo dia para manter a ordem .
• As forças repressivas do Estado são chamadas
em casos extremos, quando a força do
convencimento falha. Daí a importância da
dominação ideológica da burguesia.
50. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva
crítica
• Mas o que é ideologia?
• Ideologia é uma falsa crença
• Uma falsa consciência das relações de
domínio entre as classes.
• A ideologia “esconde” os mecanismos de
exploração do trabalhador na obtenção
lucro.
51. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva
crítica
• Exemplo: A ideologia diz que quem trabalha
obtém sucesso, “sobe na vida”. Mas a maioria
das pessoas trabalha e “não sai do lugar”.
• A ideologia esconde que o motivo da riqueza
do burguês não é o trabalho, mas a
exploração do trabalho dos operários.
52. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva
crítica
Mas o que é ideologia?
• Além de falsear a realidade, a ideologia serve
para justificar a realidade
• Além de falsear a realidade, a ideologia serve
para justificar a realidade.
• Exemplo: o princípio da igualdade: iguais
juridicamente. Mas não podem ser iguais
materialmente, uma vez que o sucesso material é
consequência dos talentos e das aptidões de cada
um.
53. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva
crítica
A quem cabe o papel de divulgação da
ideologia?
• AIE: Aparelhos Ideológicos do Estado
- Escolar; Familiar; Político, que abarca os
diferentes partidos políticos; o Sindical;
Informação, representado pelas emissoras de
televisão, rádios, jornais e outros meios de
comunicação; o Cultural; o Jurídico, com suas
leis e suas cadeias.
54. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva
crítica
• A IR: Aparelhos Ideológicos Repressivos:Policia e
forças armadas
A escola tem um papel central entre os aparelhos
ideológicos.
• 1.Os indivíduos passam boa parte de suas vidas
na escola.
• 2.È a escola que especializa as pessoas e as
diferencia para as futuras atribuições no processo
de produção
• 3.A escola também está encoberta com o véu
ideológico da neutralidade
55. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva
crítica:escola como espaço da contra-ideologia
• Antonio Gramsci (1891-1937)
• relação entre a infra-estrutura e a
superestrutura:metáfora do edifício
• sua base é a estrutura econômica que lhe dá
sustentação
• Estado e a consciência social são seus andares
superiores
56. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva
crítica:escola como espaço da contra-ideologia
Gramsci percebe duas formas de dominação
burguesa:
• Dominação repressiva: Exército, Polícia,
tribunais
• Dominação ideológica: Ocorre nos diversos
espaços da sociedade civil,principalmente, a
escola
57. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva crítica:escola
como espaço da contra-ideologia
• a classe trabalhadora deve utilizar espaços da
sociedade civil para transmitir a sua
concepção de mundo
Qual o papel social da educação?
• a escola constitui-se um dos principais
espaços para a burguesia transmitir sua
ideologia
58. UNIDADE 4 – Educação na perspectiva
crítica:escola como espaço da contra-ideologia
A escola :um local de construção da contra-
hegemonia operária e de transformação da
sociedade existente.
1. Ambiente de resistência da classe
trabalhadora contra a dominação burguesa
2. Formação do intelectual orgânico, um
conceito-chave em Gramsci.
59. Gramsci diferencia os intelectuais
tradicionais dos intelectuais orgânicos.
• Intelectuais tradicionais: estão comprometidos
com a tradição e a cultura dominantes.
• Intelectuais orgânicos: papel de criar, de
fomentar a consciência de classe na qual estão
ligados diretamente– burguesia ou proletariado –
formando uma visão de mundo homogênea – a
ideologia –influenciando os demais grupos sociais
aliados, na luta pela conservação ou pela
transformação da sociedade.
60. Gramsci :bloco histórico
• Quando as principais classes em luta –
burguesia e proletariado – conseguem agregar
junto a si outros segmentos sociais que se
unificam por meio da ideologia e do trabalho
de convencimento realizado pelos intelectuais
orgânicos, forma-se o que Gramsci chama de
bloco histórico.
61. UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista,
reformas do Estado e o mundo do trabalho
• 1.Relações de trabalho na produção de bens
em sociedades anteriores à burguesa.
• 2. Formas de administração capitalista.
• 3.Aplicação da doutrina
neolibera:Reestruturação no mundo do
trabalho reformas no Estado.
• 4.Reflexo dessas transformações na escola e o
papel e o compromisso social dos
trabalhadores da educação nesse processo.
62. UNIDADE 5 –1.Relações de trabalho na produção de
bens em sociedades anteriores à burguesa
• 5.1 O mundo do trabalho
• O que diferencia o homem dos outros
animais é o trabalho,pois, num determinado
momento de sua história , passa a produzir os
bens necessários à sua existência
• Porém, bens produzidos pelo trabalho
humano não são usufruídos igualmente pela
maioria da população
63. UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista,
reformas do Estado e o mundo do trabalho
• A produção de bens sempre se deu dessa
forma, tendo como base a propriedade
privada e a exploração do trabalho
assalariado? Não, as relações sociais de
produção capitalistas, que dominam a
economia há alguns séculos, foram
antecedidas por outras formas de geração de
riquezas no decorrer da história humana.
64. UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista,
reformas do Estado e o mundo do trabalho
Modos de Produção
• O modo de produção é a maneira pela qual a
sociedade produz seus bens e serviços, como
os utiliza e os distribui. O modo de produção
de uma sociedade é formado por suas forças
produtivas e pelas relações de produção
existentes nessa sociedade.
65. UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista,
reformas do Estado e o mundo do trabalho
• Na comunidade primitiva os homens
trabalhavam em conjunto.
• Os meios de produção e os frutos do trabalho
eram propriedade coletiva.
• A propriedade era coletiva
• As relações de produção eram relações de
amizade e ajuda entre todos;
• Não existia o estado
66. UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista,
reformas do Estado e o mundo do trabalho
• Os meios de produção (terras e instrumentos
de produção) e os escravos eram propriedade
do senhor
• As relações de produção eram relações de
domínio e de sujeição
• Os senhores eram proprietários da força de
trabalho (os escravos), dos meios de produção
(terras, gado, minas, instrumentos de
produção) e do produto de trabalho.
67. UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista,
reformas do Estado e o mundo do trabalho
• O modo de produção asiático :Egito, na China, Índia e
África.
• exemplo o Egito, no tempo dos faraós, vamos notar
que a parte produtiva da sociedade era composta pelos
escravos, que era forçados, e pelos camponeses, que
também eram forçados a entregar ao Estado o que
produziam.
• Fatores que determinaram o fim do modo de produção
asiático:
• A propriedade de terra pelos nobres;
• O alto custo de manutenção dos setores improdutivos;
• A rebelião dos escravos.
68. UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista,
reformas do Estado e o mundo do trabalho
• Classes: senhores x servos.
• Relações de produção: Servil
• Propriedade da terra :Senhorio
• Obs.Com o surgimento do excedente,dos
burgos e das cidades começa a
desagregação do modo feudal.
• Já começava a aparecer às relações
capitalistas de produção
69. UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista,
reformas do Estado e o mundo do trabalho
• Relações assalariadas de produção (trabalho
assalariado).
• Propriedade privada dos meios de produção:
burguesia
• Classes sociais: a burguesia e os
trabalhadores assalariados.
70. UNIDADE 5 – Reestruturação capitalista,
reformas do Estado e o mundo do trabalho
A administração burguesa :obtenção do lucro
Frederic Taylor: Taylorismo
Concepção de mundo funcionalista : a harmonia e
o equilíbrio deveriam reger as relações sociais.
• Controle racional do tempo na produção
• Supervisão absoluta do trabalho humano
• Otimização de produção
• Evitar a ociosidade e a morosidade operária
71. Henry Ford :Fordismo
• 1.Produção em série: a padronização da
atividade humana
• 2. Linhas de montagens, cada operário realiza
uma tarefa específica
• 3. Diminuição do tempo de fabricação
• 4. Respeito à hierarquia: Modelo de
integração vertical (decisões de cima para
baixo) e centralização do poder.
• Disciplina rígida
72. Toyotismo
• O just in time:“produzir o necessário, na quantidade
necessária e no momento necessário”
• as “ilhas de produção” :Diminuição da ociosidade do
operário intensificação do ritmo de trabalho e
mobilidade dos trabalhadores conforme as
necessida-des da administração.
• círculo de controle e qualidade – CCQ – Formados
pequenos grupos de trabalhadores que se encontram
para sugerir melhorias na produção .Estes Círculos
dão a falsa im-pressão de participação decisória do
trabalhador,
73. Toyotismo
• círculo de controle e qualidade – CCQ –
Formados pequenos grupos de trabalhadores
que se encontram para sugerir melhorias na
produção .Estes Círculos dão a falsa
impressão de participação decisória do
trabalhador,
75. Crise do capitalismo
• Primeira Guerra Mundial
• quebra da Bolsa de Nova York em 1929
• Revolução Russa de 1917
Tentativa de controle da crise na criação:
• Welfare States decadência em 1970
• aumento da inflação e a diminuição da taxa de
lucro
76. Doutrina neoliberal
• Manutenção de um Estado forte para quebrar
o movimento sindical
• Estado mais rigoroso no controle dos gastos
sociais
• Estado Mínimo na intervenção econômica.
77. Pilares fundamentais da gestão
macroeconômica e social neoliberal
• Privatização de empresas públicas
• Desregulamentação das atividades
econômicas e sociais, baseada na
superioridade da “eficiência do mercado”
• Reversão de padrões de proteção social
quanto à educação, saúde, habitação, seguro-
desemprego para todos.
78. O papel e o compromisso social dos
trabalhadores da educação
Influências da administração capitalista na
escola
1. visão do caráter neutro da escola :Taylor
defendia uma administração que benefi
ciasse, ao mesmo tempo, o patrão e o
empregado .
2. verticalização das decisões
3. círculos de controle e qualidade :Gestão
democratica
79. Influências da administração capitalista na
escola
• diminuição do número de funcionários
• piora das condições de trabalho
• o achatamento salarial
• manutenção de relações autoritárias no
interior da escola
• redução do quadro de servidores estáveis e
concursados e sua substituição por
terceirizados
80. Influências da administração capitalista na
escola
• currículos numa “linha de montagem
• As modernas escolas privadas instauraram
relações capitalistas entre os proprietários e
os professores, que vendem seu trabalho por
meio do pagamento de horas-aula e de
docilidade às orientações gerenciais dos
“administradores escolares”.
81. o papel da escola e dos profissionais
de educação
• Assim, seu papel na escola será o de trabalhar
para a conservação da sociedade do jeito que
está, com poucas mudanças ou ......