O documento discute esquemas mentais disfuncionais desenvolvidos na infância que afetam o comportamento adulto, como surgem devido a necessidades emocionais não atendidas e como podem ser enfrentados por meio da terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a identificar e questionar distorções cognitivas associadas aos esquemas.
3. Às vezes sinto uma coisa tão ruim... Seus esquemas são ativados por eventos semelhantes às experiências traumáticas da infância. Ex: Uma pessoa com esquema de abuso pede demissão ao ser chamado atenção pelo chefe.
4. Mas eu tive uma infância tão boa... Nem todos esquemas tem um trauma em sua origem. Uma criança que tenha sido superprotegida pode desenvolver um esquema de incompetência / dependência.
5. Mas... A maioria dos esquemas é causada por experiências nocivas, repetidas regularmente, durante a infância e adolescência. Ex: A criança que se sente responsável pelo bem estar dos pais, desenvolve um esquema de auto-sacrificio.
6. Porque repetimos comportamentos destrutivos? O ser humano tem uma necessidade instintiva de COERÊNCIA. As pessoas se sentem atraídas pelo que é familiar.
7. Tem gente que é tão neurótica... Quanto mais grave o esquema, maior é o número de situações que pode ativá-lo. Ex: Críticas extremas na infância Ativa o esquema de defectividade no contato com toda e qualquer pessoa em sua vida adulta.
8. Tem gente que é tão neurótica... Os esquemas fazem com que as pessoas distorçam as informações. Ex: Privação emocional. “As pessoas nem notam quando entro em uma festa, sou invisível”
9. Origens dos esquemas Necessidades emocionais não satisfeitas: 1- Vínculos seguros (cuidado, aceitação). 2- Autonomia (competência, identidade). 3- Liberdade de expressão (emoções válidas). 4- Limites realistas e auto-controle.
10. Origens dos esquemas Os pais ensinam o filho a andar de bicicleta, e a cada vez que ele cai os pais falam: “Ai meu Deus assim não vai dar”. A criança chora. Conclusão da criança: “Ninguém no mundo se importa com os meus sentimentos”. Esquema: Abandono
11. Origens dos esquemas Cena de um supermercado. A filha derruba ... Conclusão: “Sou uma desastrada e incapaz” Esquema: Incompetência.
12. Então os pais determinam tudo? NÃO As crianças internalizam seletivamente conforme o temperamento de cada uma. Ex: Uma criança com temperamento distímico não se identifica com o pai otimista.
13. Quais são os esquemas? 5 Domínios divididos em 19 esquemas
14. 1-DESCONEXÃO E REJEIÇÃO Expectativa de que as necessidades de segurança, estabilidade, carinho, empatia, aceitação e respeito não serão atendidas. A família é desligada, rejeitadora, refreadora, solitária, explosiva, imprevisível ou abusiva.
15. DESCONEXÃO E REJEIÇÃO Esquemas: - Defectividade e vergonha “Ninguém que conheça o meu verdadeiro eu ficará comigo”. - Isolamento social e alienação “Eu não me encaixo”. - Indesejabilidade social “Sou chato e desinteressante em situações sociais”.
16. DESCONEXÃO E REJEIÇÃO Esquemas: - Abandono e instabilidade “Apego-me às pessoas, tenho medo que me deixem”. - Desconfiança e abuso “Sinto que as pessoas vão se aproveitar de mim”. - Privação emocional “Nunca tive uma pessoa forte para me dar conselhos ”.
17. 2-AUTONOMIA E DESEMPENHO PREJUDICADO Não se percebe capaz de sobreviver separado e independente. A família é emaranhada, abala a confiança da criança em si mesma, é super-protetora ou não consegue reforçar a criança para ter desempenho competente fora da família.
18. AUTONOMIA E DESEMPENHO PREJUDICADO Esquemas: - Dependência e incompetência “Não me sinto capaz de lidar com a minha própria vida”. - Vulnerabilidade a danos e doenças “Tenho sempre a sensação de que algo ruim está para acontecer”.
19. AUTONOMIA E DESEMPENHO PREJUDICADO Esquemas: - Emaranhamento, sef sub-desenvolvido “Não tenho uma identidade separada do meu pai (s) ou parceiro”. - Fracasso ”Não sou tão talentoso como a maioria das pessoas são”.
20. 3-LIMITES PREJUDICADOS Deficiência em seus limites, em respeitar os direitos dos outros, cooperar com eles, comprometer-se ou estabelecer e cumprir metas pessoais. A família é permissiva, falta de direção. A criança não foi disciplinada a tolerar níveis normais de desconforto ou não recebeu supervisão ou orientação adequados.
21. LIMITES PREJUDICADOS Esquemas: - Merecimento e grandiosidade “Odeio ser constrangido ou impedido de fazer o que eu quero”. - Auto-controle e auto-disciplina insuficiente “Não consigo sacrificar a gratificação imediata para atingir uma meta de longo prazo”.
22. 4-ORIENTAÇÃO PARA O OUTRO Foco excessivo nos desejos, sentimentos dos outros à custa das próprias necessidades, a fim de obter amor e aprovação ou evitar retaliação. A família é baseada na aceitação condicional. A criança precisa suprimir aspectos importantes de si mesma a fim de obter atenção e aprovação. As necessidades e os desejos dos pais – ou aceitação social – são mais valorizados do que as necessidades da criança.
23. ORIENTAÇÃO PARA O OUTRO Esquemas: - Subjugação “Não tenho escolha tenho que ceder aos desejos dos outros”. - Auto sacrifício “Sou aquele que sempre acaba tomando conta das pessoas”. - Busca de aprovação e reconhecimento “Sei que fiz um bom trabalho quando meu chefe me elogia”.
24. 5-SUPERVIGILANCIA E INIBIÇÃO Supressão dos sentimentos e escolhas pessoais . Regras e expectativas rígidas sobre desempenho, à custa da felicidade. A família é severa, exigente e punitiva. Desempenho, dever, perfeccionismo, esconder emoções e evitar erros predominam. Pessimismo e preocupação de que as coisas não vão dar certo se a pessoa não for vigilante e cuidadosa.
25. SUPERVIGILANCIA E INIBIÇÃO Esquemas: - Negativismo, pessimismo “Quando algo dá errado, sempre verifico minha cota de responsabilidade “. - Inibição emocional “Acho difícil de ser caloroso e espontâneo”.
26. SUPERVIGILANCIA E INIBIÇÃO Esquemas: - Padrões inflexíveis e critica exagerada “Devo ser o melhor em tudo que faço, não aceito ser o segundo”. - Caráter punitivo “Não me perdôo por não realizar corretamente minhas tarefas”.
27. Três formas de lidar com os esquemas Resignação Evitação Hipercompensação
37. Tem jeito? Uma vez que tenhamos cognição, teremos opção. “Metacognitivo” Todos os pensamentos e experiências de vida são relevantes para o esquema: 1- Perpetuam 2- Curam
38. Como? Técnicas terapêuticas: Emotivas: Ajuda a pessoa a experimentar e expressar aspectos emocionais de seus problemas Interpessoais: Esclarecem as relações do indivíduo de forma que o esquema possa ser exposto. Cognitivas: As distorções cognitivas automáticas são questionadas. Comportamentais: Auxiliam a pessoa a mudar padrões de comportamento
39. Resultado da Terapia: Aumenta o controle consciente sobre os esquemas enfraquece as memórias, emoções, cognições e comportamentos associados.