SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 20
Downloaden Sie, um offline zu lesen
Avaliação da Visão
Funcional
em Baixa Visão
Autores: Carla Costa, Manuel Oliveira e Emília Mouga.

1
Função Visual e Visão Funcional
Funções visuais: dão
funcionamento do olho;

informação

sobre

o

Visão funcional: dá informação sobre a forma
como o indivíduo executa as suas actividades
visuais no dia-a-dia (Colenbrander, 2003).

2
Visão Funcional
■ Conceito visão funcional não se limita à
descrição do órgão - capacidades do indivíduo.
■ Avalia o seu desempenho na realização de
tarefas - é uma propriedade do indivíduo que se
reflecte na execução das actividades da vida
diária (Colenbrander, 2003).

3
Visão Funcional
A maioria dos objectos presentes no ambiente:
Apresentam pouco contraste;
Possuem iluminação variável;
Raramente surgem num fundo vazio;
Mesmo que haja concentração numa tarefa, como a
leitura, encontram-se presentes muitas variáveis: a
iluminação, a qualidade da impressão, a dificuldade
do texto, etc (Colenbrander, 2005).
4
Função visual e Visão Funcional
Funções Visuais
Acuidade Visual
Campo Visual
Sensibilidade ao Contraste
Sensibilidade à Luminância
Visão Cromática
Controlo Óculo-motor
Adaptação ao Escuro

Visão Funcional
Leitura
Escrita
Orientação
Deslocação
Reconhecimento de pessoas e
objectos
Tarefas do quotidiano: cozinhar;
trabalhos manuais…

Lueck, A. (2004). Funcional Vision – A Practitioner´s Guide to
Evaluation and Intervention. AFB Press. New York.

5
Avaliação da visão funcional
Acuidade visual funcional
para diferentes distâncias, sob condições
luminosas e contraste diferentes;
As escalas de acuidade visual de
ETDRS foram desenvolvidas pelo
National Institute of Health
(Ferris et al, 1982) para o estudo do
tratamento precoce da retinopatia
diabética.

Fonte: http://www.metrovision.fr/
6
Campo visual funcional dinâmico e
estático
Localização da pessoa no
circundantes (Corn, 1996);

seu

quotidiano

e

objectos

Recolha de informação sobre a percepção da informação nas
várias zonas do campo visual (Corn, 1996);
O campo visual periférico é importante em actividades como a
deslocação e a condução - segurança dos indivíduos(Lueck,
2004).
O campo visual central interfere principalmente com a visão
dos pormenores, na leitura ou na identificação de uma cara,
sendo de extrema importância na execução das tarefas da vida
diária (Lueck, 2004).
7
Campo visual funcional dinâmico e
estático
A diminuição da capacidade de leitura tem
influência na qualidade de vida pois grande parte da
informação adquirida educacional, profissional e
socialmente tem suportes escritos (Papageorgiou et
al, 2007).

8
Campo visual
Procedimento

Mapa

Aplicações
clínicas

Índice de
incapacidade

Até 65º de
excentricidade
, estímulo III

Testa aptidão
para conduzir
em casos de
Baixa Visão

Estímulo V

Teste para
simples Baixa
Visão

Aptidões –
Baixa Visão

Fonte: http://www.metrovision.fr/
9
Campo visual atencional
A condução requer a recolha rápida de uma grande
quantidade de informação visual.
O campo visual atencional determina as alterações da
atenção visual. É útil para determinar a forma o individuo
actua no desempenho de tarefas (ex. locomoção).
As alterações atencionais têm sido habitualmente
correlacionadas com acidentes de carro (BALL & all,
1988, BALL & al, 1993, GABAUDE, 2003, MOESSINGER,
2002).
A aplicação em indivíduos com deficiência sensorial visual
pode permitir determinar a aptidão do individuo para
compensar a sua deficiência nas tarefas da vida diária.
10
Campo visual atencional
Tarefa Simples
Hemianopsia

Fonte: http://www.metrovision.fr/

11
Campo visual atencional
Tarefa de atenção dividida
Hemianopsia

Fonte: http://www.metrovision.fr/

12
Campo visual atencional
Tarefa de atenção selectiva
Hemianopsia

Fonte: http://www.metrovision.fr/

13
Sensibilidade ao contraste
Uma baixa sensibilidade ao
contraste aponta para
dificuldades nas actividades
da vida diária;
Os défices na sensibilidade
ao contraste, no equilíbrio e
na mobilidade afectam
tarefas como subir, descer
escadas e identificação de
objectos
(Lueck, 2004 e Lord, 2006).

Fonte: http://www.metrovision.fr/

Baixas
frequências
espaciais

Altas
frequências
espaciais

14
Sensibilidade ao contraste
Discriminação cromática e do contraste;

Alta miopia

Fonte: http://www.metrovision.fr/

15
Avaliação da visão funcional
Aptidões oculares motoras (fixação, localização,
scanning, tracing, e leitura de materiais
impressos);
Estudo do tipo de iluminação e técnicas para
eliminar o deslumbramento, diminuindo o tempo
de adaptação;

16
Deslumbramento (glare)
Na mobilidade e orientação da pessoa com deficiência de
visão é muito importante:
Deslumbramento;
Mudança nas condições de iluminação;
Mudanças no terreno;
Colisão com objectos e pessoas;
Aptidão para manter a orientação.

CORN, A., Koening, A. (1996). Foudations of Low Vision: Clinical and Functional Perspectives. New York: Editors Press.

17
Deslumbramento (glare)

Fonte: http://www.metrovision.fr/

18
Novas perspectivas…

Ressonância Magnética Funcional

19
Avaliação da Visão Funcional
em Baixa Visão
FIM
Carla Costa
ESTeSL – IPL
carla.costa@estesl.ipl.pt

Obrigada pela atenção
20

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Slide Autismo
Slide   AutismoSlide   Autismo
Slide AutismoUNIME
 
PSICOMOTRICIDADE E SEUS DISTÚRBIOS
PSICOMOTRICIDADE E SEUS DISTÚRBIOSPSICOMOTRICIDADE E SEUS DISTÚRBIOS
PSICOMOTRICIDADE E SEUS DISTÚRBIOSLatife Frota
 
Manual de orientação de triagem de acuidade visual
Manual de orientação de triagem de acuidade visualManual de orientação de triagem de acuidade visual
Manual de orientação de triagem de acuidade visualJosé Ripardo
 
Inclusao de pessoas com deficiência
Inclusao de pessoas com deficiênciaInclusao de pessoas com deficiência
Inclusao de pessoas com deficiênciaUniversidade Unisinos
 
Diagnóstico Psicopedagógico
Diagnóstico PsicopedagógicoDiagnóstico Psicopedagógico
Diagnóstico PsicopedagógicoRochelle Arruda
 
Estruturação temporal- Psicomotricidade
Estruturação temporal- PsicomotricidadeEstruturação temporal- Psicomotricidade
Estruturação temporal- PsicomotricidadePaula Naranjo
 
IntroduçãO Psicomotricidade Unesp
IntroduçãO Psicomotricidade UnespIntroduçãO Psicomotricidade Unesp
IntroduçãO Psicomotricidade Unespmariosouzza
 
Deficiência Visual e Educação.
Deficiência Visual e Educação.Deficiência Visual e Educação.
Deficiência Visual e Educação.unidadebetinho
 
228 psicomotricidade e autismo trabalhando o corpo através da estimulação sen...
228 psicomotricidade e autismo trabalhando o corpo através da estimulação sen...228 psicomotricidade e autismo trabalhando o corpo através da estimulação sen...
228 psicomotricidade e autismo trabalhando o corpo através da estimulação sen...SimoneHelenDrumond
 
Percepção visual imagens
Percepção visual   imagensPercepção visual   imagens
Percepção visual imagenssilvinha331
 
Braile - Como tratar deficientes visuais corretamente
Braile - Como tratar deficientes visuais corretamenteBraile - Como tratar deficientes visuais corretamente
Braile - Como tratar deficientes visuais corretamenteMaryanne Monteiro
 
Def visual baixa visão e cegueira
Def visual baixa visão e cegueiraDef visual baixa visão e cegueira
Def visual baixa visão e cegueiraGunter Martin Wust
 
VER, NÃO VER E APRENDER
VER, NÃO VER E APRENDERVER, NÃO VER E APRENDER
VER, NÃO VER E APRENDERedmarap
 
Relatorio de estágio final.de estagio Supervisionado Kamilla Martins Rodrigues
Relatorio de estágio final.de estagio Supervisionado Kamilla Martins RodriguesRelatorio de estágio final.de estagio Supervisionado Kamilla Martins Rodrigues
Relatorio de estágio final.de estagio Supervisionado Kamilla Martins RodriguesKamilla Rodrigues
 

Was ist angesagt? (20)

Autismo
AutismoAutismo
Autismo
 
Slide Autismo
Slide   AutismoSlide   Autismo
Slide Autismo
 
PSICOMOTRICIDADE E SEUS DISTÚRBIOS
PSICOMOTRICIDADE E SEUS DISTÚRBIOSPSICOMOTRICIDADE E SEUS DISTÚRBIOS
PSICOMOTRICIDADE E SEUS DISTÚRBIOS
 
Manual de orientação de triagem de acuidade visual
Manual de orientação de triagem de acuidade visualManual de orientação de triagem de acuidade visual
Manual de orientação de triagem de acuidade visual
 
Inclusao de pessoas com deficiência
Inclusao de pessoas com deficiênciaInclusao de pessoas com deficiência
Inclusao de pessoas com deficiência
 
Deficiência visual power point
Deficiência visual power  pointDeficiência visual power  point
Deficiência visual power point
 
Diagnóstico Psicopedagógico
Diagnóstico PsicopedagógicoDiagnóstico Psicopedagógico
Diagnóstico Psicopedagógico
 
Estruturação temporal- Psicomotricidade
Estruturação temporal- PsicomotricidadeEstruturação temporal- Psicomotricidade
Estruturação temporal- Psicomotricidade
 
IntroduçãO Psicomotricidade Unesp
IntroduçãO Psicomotricidade UnespIntroduçãO Psicomotricidade Unesp
IntroduçãO Psicomotricidade Unesp
 
Deficiência Visual e Educação.
Deficiência Visual e Educação.Deficiência Visual e Educação.
Deficiência Visual e Educação.
 
228 psicomotricidade e autismo trabalhando o corpo através da estimulação sen...
228 psicomotricidade e autismo trabalhando o corpo através da estimulação sen...228 psicomotricidade e autismo trabalhando o corpo através da estimulação sen...
228 psicomotricidade e autismo trabalhando o corpo através da estimulação sen...
 
Deficiência Visual
Deficiência VisualDeficiência Visual
Deficiência Visual
 
Percepção visual imagens
Percepção visual   imagensPercepção visual   imagens
Percepção visual imagens
 
A Psicologia da Aprendizagem
A Psicologia da AprendizagemA Psicologia da Aprendizagem
A Psicologia da Aprendizagem
 
Braile - Como tratar deficientes visuais corretamente
Braile - Como tratar deficientes visuais corretamenteBraile - Como tratar deficientes visuais corretamente
Braile - Como tratar deficientes visuais corretamente
 
Projeto de intervenção
Projeto de intervençãoProjeto de intervenção
Projeto de intervenção
 
Def visual baixa visão e cegueira
Def visual baixa visão e cegueiraDef visual baixa visão e cegueira
Def visual baixa visão e cegueira
 
Gestao tempo
Gestao tempoGestao tempo
Gestao tempo
 
VER, NÃO VER E APRENDER
VER, NÃO VER E APRENDERVER, NÃO VER E APRENDER
VER, NÃO VER E APRENDER
 
Relatorio de estágio final.de estagio Supervisionado Kamilla Martins Rodrigues
Relatorio de estágio final.de estagio Supervisionado Kamilla Martins RodriguesRelatorio de estágio final.de estagio Supervisionado Kamilla Martins Rodrigues
Relatorio de estágio final.de estagio Supervisionado Kamilla Martins Rodrigues
 

Andere mochten auch

Compreender baixa visao
Compreender baixa visaoCompreender baixa visao
Compreender baixa visaolaruzinha
 
Avaliação funcional
Avaliação funcionalAvaliação funcional
Avaliação funcionalHugo Almeida
 
Alunos Com VisãO Subnormal
Alunos Com VisãO SubnormalAlunos Com VisãO Subnormal
Alunos Com VisãO Subnormal2009lourdes
 
Escala optométrica de snellen
Escala optométrica de snellenEscala optométrica de snellen
Escala optométrica de snellenJosé Ripardo
 
Alunos cegos
Alunos cegosAlunos cegos
Alunos cegoslaruzinha
 
Visão por Processos
Visão por ProcessosVisão por Processos
Visão por ProcessosQ2 Management
 
Estratégias de comunicação para pessoas que não falam.
Estratégias de comunicação para pessoas que não falam.Estratégias de comunicação para pessoas que não falam.
Estratégias de comunicação para pessoas que não falam.Isa ...
 
Curriculo Educacao Especial
Curriculo Educacao EspecialCurriculo Educacao Especial
Curriculo Educacao EspecialCarlos Junior
 
Cartilha com orientações ao instrutor de libras
Cartilha com orientações ao instrutor de librasCartilha com orientações ao instrutor de libras
Cartilha com orientações ao instrutor de librasIsa ...
 
Apostila de matemática_adaptada séries iniciais
Apostila de matemática_adaptada séries iniciaisApostila de matemática_adaptada séries iniciais
Apostila de matemática_adaptada séries iniciaisIsa ...
 
Avaliação cinesiológica funcional
Avaliação cinesiológica funcionalAvaliação cinesiológica funcional
Avaliação cinesiológica funcionalFabio Mazzola
 

Andere mochten auch (20)

Compreender baixa visao
Compreender baixa visaoCompreender baixa visao
Compreender baixa visao
 
Avaliação funcional
Avaliação funcionalAvaliação funcional
Avaliação funcional
 
Cores para Deficientes de Baixa Visão
Cores para Deficientes de Baixa VisãoCores para Deficientes de Baixa Visão
Cores para Deficientes de Baixa Visão
 
Refração
RefraçãoRefração
Refração
 
Refração
 Refração Refração
Refração
 
Refração_rbd
Refração_rbdRefração_rbd
Refração_rbd
 
Visaosubnormal
VisaosubnormalVisaosubnormal
Visaosubnormal
 
Alunos Com VisãO Subnormal
Alunos Com VisãO SubnormalAlunos Com VisãO Subnormal
Alunos Com VisãO Subnormal
 
Óptica e refração
Óptica e refraçãoÓptica e refração
Óptica e refração
 
Escala optométrica de snellen
Escala optométrica de snellenEscala optométrica de snellen
Escala optométrica de snellen
 
Alunos cegos
Alunos cegosAlunos cegos
Alunos cegos
 
Deficiência visual
Deficiência visualDeficiência visual
Deficiência visual
 
Deficiência Visual
Deficiência VisualDeficiência Visual
Deficiência Visual
 
Visão por Processos
Visão por ProcessosVisão por Processos
Visão por Processos
 
Jose_Clemente_Avaliacao_funcional
Jose_Clemente_Avaliacao_funcionalJose_Clemente_Avaliacao_funcional
Jose_Clemente_Avaliacao_funcional
 
Estratégias de comunicação para pessoas que não falam.
Estratégias de comunicação para pessoas que não falam.Estratégias de comunicação para pessoas que não falam.
Estratégias de comunicação para pessoas que não falam.
 
Curriculo Educacao Especial
Curriculo Educacao EspecialCurriculo Educacao Especial
Curriculo Educacao Especial
 
Cartilha com orientações ao instrutor de libras
Cartilha com orientações ao instrutor de librasCartilha com orientações ao instrutor de libras
Cartilha com orientações ao instrutor de libras
 
Apostila de matemática_adaptada séries iniciais
Apostila de matemática_adaptada séries iniciaisApostila de matemática_adaptada séries iniciais
Apostila de matemática_adaptada séries iniciais
 
Avaliação cinesiológica funcional
Avaliação cinesiológica funcionalAvaliação cinesiológica funcional
Avaliação cinesiológica funcional
 

Ähnlich wie Avaliação Visão Funcional Baixa Visão

Curso gelne 2012
Curso gelne 2012Curso gelne 2012
Curso gelne 2012leitaomm
 
Visão monocular ocupacional: revisão de literatura
Visão monocular ocupacional: revisão de literaturaVisão monocular ocupacional: revisão de literatura
Visão monocular ocupacional: revisão de literaturaSergio de Carvalho
 
2 avaliacaomultidimensionaldoidoso
2 avaliacaomultidimensionaldoidoso2 avaliacaomultidimensionaldoidoso
2 avaliacaomultidimensionaldoidosoSandra Martins
 
Ecrans de visualização
Ecrans de visualizaçãoEcrans de visualização
Ecrans de visualizaçãomar_fil
 
Sensibilização de pessoas
Sensibilização de pessoasSensibilização de pessoas
Sensibilização de pessoasAilton Barcelos
 
CAPACIDADE FUNCIONAL parte 2.pptx
CAPACIDADE FUNCIONAL parte 2.pptxCAPACIDADE FUNCIONAL parte 2.pptx
CAPACIDADE FUNCIONAL parte 2.pptxRicardoJaco1
 

Ähnlich wie Avaliação Visão Funcional Baixa Visão (6)

Curso gelne 2012
Curso gelne 2012Curso gelne 2012
Curso gelne 2012
 
Visão monocular ocupacional: revisão de literatura
Visão monocular ocupacional: revisão de literaturaVisão monocular ocupacional: revisão de literatura
Visão monocular ocupacional: revisão de literatura
 
2 avaliacaomultidimensionaldoidoso
2 avaliacaomultidimensionaldoidoso2 avaliacaomultidimensionaldoidoso
2 avaliacaomultidimensionaldoidoso
 
Ecrans de visualização
Ecrans de visualizaçãoEcrans de visualização
Ecrans de visualização
 
Sensibilização de pessoas
Sensibilização de pessoasSensibilização de pessoas
Sensibilização de pessoas
 
CAPACIDADE FUNCIONAL parte 2.pptx
CAPACIDADE FUNCIONAL parte 2.pptxCAPACIDADE FUNCIONAL parte 2.pptx
CAPACIDADE FUNCIONAL parte 2.pptx
 

Avaliação Visão Funcional Baixa Visão

  • 1. Avaliação da Visão Funcional em Baixa Visão Autores: Carla Costa, Manuel Oliveira e Emília Mouga. 1
  • 2. Função Visual e Visão Funcional Funções visuais: dão funcionamento do olho; informação sobre o Visão funcional: dá informação sobre a forma como o indivíduo executa as suas actividades visuais no dia-a-dia (Colenbrander, 2003). 2
  • 3. Visão Funcional ■ Conceito visão funcional não se limita à descrição do órgão - capacidades do indivíduo. ■ Avalia o seu desempenho na realização de tarefas - é uma propriedade do indivíduo que se reflecte na execução das actividades da vida diária (Colenbrander, 2003). 3
  • 4. Visão Funcional A maioria dos objectos presentes no ambiente: Apresentam pouco contraste; Possuem iluminação variável; Raramente surgem num fundo vazio; Mesmo que haja concentração numa tarefa, como a leitura, encontram-se presentes muitas variáveis: a iluminação, a qualidade da impressão, a dificuldade do texto, etc (Colenbrander, 2005). 4
  • 5. Função visual e Visão Funcional Funções Visuais Acuidade Visual Campo Visual Sensibilidade ao Contraste Sensibilidade à Luminância Visão Cromática Controlo Óculo-motor Adaptação ao Escuro Visão Funcional Leitura Escrita Orientação Deslocação Reconhecimento de pessoas e objectos Tarefas do quotidiano: cozinhar; trabalhos manuais… Lueck, A. (2004). Funcional Vision – A Practitioner´s Guide to Evaluation and Intervention. AFB Press. New York. 5
  • 6. Avaliação da visão funcional Acuidade visual funcional para diferentes distâncias, sob condições luminosas e contraste diferentes; As escalas de acuidade visual de ETDRS foram desenvolvidas pelo National Institute of Health (Ferris et al, 1982) para o estudo do tratamento precoce da retinopatia diabética. Fonte: http://www.metrovision.fr/ 6
  • 7. Campo visual funcional dinâmico e estático Localização da pessoa no circundantes (Corn, 1996); seu quotidiano e objectos Recolha de informação sobre a percepção da informação nas várias zonas do campo visual (Corn, 1996); O campo visual periférico é importante em actividades como a deslocação e a condução - segurança dos indivíduos(Lueck, 2004). O campo visual central interfere principalmente com a visão dos pormenores, na leitura ou na identificação de uma cara, sendo de extrema importância na execução das tarefas da vida diária (Lueck, 2004). 7
  • 8. Campo visual funcional dinâmico e estático A diminuição da capacidade de leitura tem influência na qualidade de vida pois grande parte da informação adquirida educacional, profissional e socialmente tem suportes escritos (Papageorgiou et al, 2007). 8
  • 9. Campo visual Procedimento Mapa Aplicações clínicas Índice de incapacidade Até 65º de excentricidade , estímulo III Testa aptidão para conduzir em casos de Baixa Visão Estímulo V Teste para simples Baixa Visão Aptidões – Baixa Visão Fonte: http://www.metrovision.fr/ 9
  • 10. Campo visual atencional A condução requer a recolha rápida de uma grande quantidade de informação visual. O campo visual atencional determina as alterações da atenção visual. É útil para determinar a forma o individuo actua no desempenho de tarefas (ex. locomoção). As alterações atencionais têm sido habitualmente correlacionadas com acidentes de carro (BALL & all, 1988, BALL & al, 1993, GABAUDE, 2003, MOESSINGER, 2002). A aplicação em indivíduos com deficiência sensorial visual pode permitir determinar a aptidão do individuo para compensar a sua deficiência nas tarefas da vida diária. 10
  • 11. Campo visual atencional Tarefa Simples Hemianopsia Fonte: http://www.metrovision.fr/ 11
  • 12. Campo visual atencional Tarefa de atenção dividida Hemianopsia Fonte: http://www.metrovision.fr/ 12
  • 13. Campo visual atencional Tarefa de atenção selectiva Hemianopsia Fonte: http://www.metrovision.fr/ 13
  • 14. Sensibilidade ao contraste Uma baixa sensibilidade ao contraste aponta para dificuldades nas actividades da vida diária; Os défices na sensibilidade ao contraste, no equilíbrio e na mobilidade afectam tarefas como subir, descer escadas e identificação de objectos (Lueck, 2004 e Lord, 2006). Fonte: http://www.metrovision.fr/ Baixas frequências espaciais Altas frequências espaciais 14
  • 15. Sensibilidade ao contraste Discriminação cromática e do contraste; Alta miopia Fonte: http://www.metrovision.fr/ 15
  • 16. Avaliação da visão funcional Aptidões oculares motoras (fixação, localização, scanning, tracing, e leitura de materiais impressos); Estudo do tipo de iluminação e técnicas para eliminar o deslumbramento, diminuindo o tempo de adaptação; 16
  • 17. Deslumbramento (glare) Na mobilidade e orientação da pessoa com deficiência de visão é muito importante: Deslumbramento; Mudança nas condições de iluminação; Mudanças no terreno; Colisão com objectos e pessoas; Aptidão para manter a orientação. CORN, A., Koening, A. (1996). Foudations of Low Vision: Clinical and Functional Perspectives. New York: Editors Press. 17
  • 20. Avaliação da Visão Funcional em Baixa Visão FIM Carla Costa ESTeSL – IPL carla.costa@estesl.ipl.pt Obrigada pela atenção 20