Este boletim trimestral das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Diocese de São José dos Campos contém: 1) Uma mensagem do assessor diocesano sobre o encontro anual de celebração e motivação para os projetos do próximo ano; 2) Sugestões de cantos para as comunidades; 3) Uma sugestão de leitura sobre a Teologia da Libertação; 4) Informações sobre o boletim.
Setor 22 missões. Missões - Paróquia Coração de Jesus - Diocese de SJC
Jornal das CEBs - diocese de São José dos Campos - SP
1. Lá vem o Trem das CEBs...
FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO PARA ANIMADORES
Diocese de São José dos Campos - SP - Informativo das CEBs - Ano IX - Outubro/Novembro/Dezembro de 2013 - Nº 88
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• Rumo ao 13º
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• Missionariedade
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• Cantos da Comunidade
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• Palavra do Assessor
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Um Santo Natal a todos!
Ano Novo na Luz do Senhor!
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• PJ e CEBs
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2. :: Palavra do Assessor
Encontro Celebrativo – 2012/Natal do Senhor
Olá, queridos amigos e amigas
das Comunidades Eclesiais de Base.
Estamos chegando ao final de mais
um ano, e é sempre bom nos reunirmos
para celebrar nossas conquistas, para
nos alegrarmos com nossa família Cebs.
E como já realizamos todos os anos sempre no último domingo de novembro teremos o nosso Encontro Celebrativo no
próximo dia 24 das 08h da manhã às 16h,
na Chácara Lopes, no Bairro Rio Comprido.
Este encontro é uma oportunidade para fortalecer os vínculos desta
família – Cebs, e também uma motivação para os projetos propostos para
o próximo ano. É oportunidade de
rever muitas pessoas e de conhecer
outras, aumentando nosso parentesco e fortalecendo nossa Identidade.
O Encontro Celebrativo é movido
pelo entusiasmo e pela partilha, colunas que sustentam todos os animadores
e animadoras da Cebs. Por isso, queremos neste Encontro de 2013, celebrar
com nossas famílias, um dia muito especial, um dia de Encontro e Encanto.
Encontro que desponta para o
diálogo, para uma relação saudável e de vida comungada e partilhada, vivida e celebrada em Família.
Encanto que nos motiva cada
dia mais, a seguir fiel à missão confiada por Jesus a cada um de nós
– Ser Testemunha da Boa Nova.
Também já estamos próximos do
Natal. Não é mais um Natal que vamos
celebrar, mas sim, o Natal do Senhor, o
Natal de Jesus. O Menino pelo qual devemos nos apaixonar todos os dias e acompanhá-lo apresentando-O ao mundo.
O Natal nos traz a certeza de que
Deus quer está plenamente conosco.
Ele quer nos conduzir e quer que tenhamos atitudes semelhantes às suas. Que
amemos sem medida e que cultivemos
o Amor como manifestação direta dos
sentimentos divinos, pela humanidade.
Deus quer nascer todos os dias no
coração da humanidade. Por isso, se
revela como amor, e como Amor, ama
sua criação, ama tanto, que neste Natal,
quer fazer do nosso coração, a sua casa.
Amigos, convido todos a olharmos
para o Menino Deus, a abrir os olhos
do coração e sentir com ele o coração
da humanidade. Para todos os cristãos
vale muito a figura do Menino Jesus que
está sobre as palhinhas sendo aquecido pelo bafo do boi e do jumento.
Deixemos que o Menino cresça em nossa casa, em nossa família,
em nosso trabalho; que Ele nos ensi-
ne cada dia, a sermos cristãos e discípulos, apaixonados pelo Reino.
Um abraço e minha bênção a
todo o povo de Deus que faz parte
das Comunidades Eclesiais de Base.
Pe. Fabiano Kleber
Cavalcante do Amaral
Assessor Diocesano das CEBs
Ler com Sabor
Ao inaugurar uma nova seção do nosso In-formativo, com o desafio de propor
leituras, filmes, dicas de eventos culturais
e similares, para que façamos juntos uma
leitura do mundo e das coisas que acontecem ao nosso redor, não apenas em
busca do saber, mas também em busca
do sabor das coisas que nos alimentam,
sustentam e dão prazer, inúmeras foram
as possibilidades que se apresentaram.
No entanto, escolhi uma dentre elas
que pode nos ajudar a não só olhar para
trás sobre a nossa história enquanto Igreja que caminha, mas, acima de tudo, também nos ajudar a perceber as inúmeras
lutas que ainda precisamos travar e os
novos caminhos a serem desbravados
sem medo, com coragem e em favor daquela evangélica opção preferencial pelos pobres que, em muitas igrejas, púlpitos e sermões, fora deixada de lado, seja
pelo compromisso exigente que tal opção acarrete, seja por uma interpretação
equivocada de parcela significativa da
comunidade eclesial que a considera fora
de moda ou ultrapassada, privilegiando-se ultimamente uma vivência eclesial
mais individualista que comunitária.
Sendo assim, passo a apresentar
como sugestão de leitura a tese de
doutorado de Alfredo César da Veiga,
defendida em 2009 no Programa de
Pós-Graduação em História Social do De-
partamento de História da Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas da
Universidade de São Paulo, cujo título é:
“Teologia da Libertação: Nascimento, expansão, recuo e sobrevivência da imagem
do excluído dos anos 1970 à época atual”,
que sem dúvida, vem melhor apresentada através das palavras do próprio autor
no Resumo que transcrevemos a seguir:
“Destaca a reconstituição histórica e
estética do processo da arte político-religiosa no Brasil de 1970 aos dias atuais.
O período marca o nascimento, expansão, recuo e sobrevivência da Teologia da Libertação, e junto com o
discurso que brota dessa reflexão, nasceu uma produção iconográfica própria e que escapa daqueles modelos
consagrados pela teologia tradicional.
O negro, o índio, o retirante nordestino, a mulher marginalizada, emprestam seus rostos à Virgem Maria
e a Jesus Cristo, a fim de reafirmar o
nascimento de um homem novo que
surge dos escombros da colonização
e da dependência política e econômica que marcaram a América Latina.
As figuras, os desenhos, os cartazes, as expressões corporais, se transformaram em documentos que essa
teologia produziu ao longo das décadas e que aqui serão abordados.
De fato, o que nos interessa de per-
to, não é privilegiar questões de estilo,
mas compreender, através de dados iconográficos, a latência de uma teologia
exuberante e eficaz em sua intenção de
se tornar a voz do pobre e marginalizado.
A hipótese da pesquisa se constitui no
problema referente ao processo de sacralização de iconografias, personagens profanos sob a égide da Teologia da Libertação no decorrer desse período no Brasil.
A originalidade está em mostrar como
esse ideário tomou forma através de representações pictóricas que facilitavam a
sua compreensão e aceitação por parte
do povo, especialmente o morador da periferia das grandes cidades ou do campo.
Nesses lugares, graças a essa estratégia, conjugada a outras, como canções,
danças e novos rituais, a Teologia da Libertação teve grande aceitação e força,
semeando, através das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), a proposta da
criação de uma nova sociedade, baseada
em relações mais justas e fraternas, superando a exploração e a opressão dos poderosos a serviço do sistema capitalista.
No entanto, a partir do final dos anos
1980, o rosto do sagrado estampado no
rosto do pobre começa a esmaecer, sinal
de um retorno conservador na Igreja.
Apesar disso, esse rosto resiste e atravessa os tempos revelando a sobrevivência de um ni-
cho mais que sagrado no profano.”
Por fim, a consulta ao documento pode ser feita no site da Biblioteca Digital da USP, que disponibiliza o
arquivo em PDF logo abaixo do aviso que estabelece as condições de
uso, no seguinte endereço eletrônico:
http://www.teses.usp.br/
teses/disponiveis/8/8138/
tde-03022010-121123/pt-br.php.
Jairo Augusto dos Santos (Guto).
ex pedien te
Formação e Informação
para Animadores
Publicação trimestral das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Diocese de
São José dos Campos. Diretor: Pe. Djalma
Lopes de Siqueira - Administrador Diocesano – Diretor Técnico: Pe. Fabiano Kleber
Cavalcante do Amaral. Jornalista responsável: Ana Lúcia Zombardi - Mtb 28.496.
Realização da Equipe de Formação/
Assessores das CEBs
Revisão Redacional: Diácono José Aparecido de Oliveira (Cido) - Diagramação: Fabrício Gustavo Flausino - Impressão: Katú
Editora Gráfica. CNPJ: 556.333.347/000100 - Tiragem: 4.000 exemplares.
“As matérias assinadas e opiniões expressas
são de responsabilidade de seus autores”.
Sugestões, críticas, artigos,
envie para:
tremdascebs.sjc@gmail.com
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3. Cantos da Comunidade Cantos que embalam nossa mística
Continuação: Canto dos Mártires da Terra (Zé Vicente)
Venham todos, cantemos um canto que
nasce na terra
canto novo de paz e esperança em tempo de guerra
neste instante há inocentes tombando
nas mãos de tiranos
tomar terra, ter lucros matando são esses seus planos.
EIS O TEMPO DE GRAÇAS/ EIS O DIA
DA LIBERTAÇÃO
DE CABEÇA ERGUIDAS/ DE BRAÇOS
UNIDOS IRMÃOS
HAVEREMOS DE VER QUAQUER DIA
CHEGANDO A VITÓRIA
O POVO NAS RUAS FAZENDO A HISTÓRIA
CRIANÇAS SORRINDO EM TODA NAÇÃO.
Lavradores, Raimundo, José, Margarida, Nativo,
Assumir sua luta e seu sonho por nós
é preciso
haveremos de honrar todo aquele que
caiu lutando
contra os muros e cercas da morte jamais recuando.
Ó Senhor Deus da vida, escuta este nosso cantar
Pois contigo o povo oprimido há de sempre contar
Para além da injuria e da morte conduze
nossa gente
Que teu reino triunfe na terra deste continente
Mais uma música do cantor das Comunidades, Zé Vicente.
É o Canto dos Mártires da Terra. Profetas de nossa gente.
É o Sangue dos Mártires no Sangue de
Jesus.
Verdadeiro Testemunho de luta pela
Vida.
O tempo presente clama por Profetas.
Pessoas que nos ajudam a enxergar
melhor as contradições da vida, da sociedade, da Igreja.
Perceber as contradições e superá-las, construindo a Terra Sem Males, Prometida desde nossos Pais, na certeza de
sua chegada.
Não é um caminho fácil, necessita de
gente com coragem, comprometida com
a Vida Plena para todos, que aponte os
sinais da mudança, que ouse em sua radicalidade do exemplo, que viva a vida
do povo, que cure os doentes e anuncie
a Boa Notícia aos pobres.
A Vida dos Mártires nos garantem
isso: que cada um de nós, impulsionados
pelo mesmo Espírito, saibamos ser profetas nos tempos de hoje, custe o que
custar.
Mauro Kano
“Profissão de Fé nas CEBs”
M: Eu creio nas CEBs, porque creio na
igreja como comunidade de fé, de esperança e amor.
H: Eu creio nas CEBs, porque creio na
eficácia da oração de Jesus. “Que eles sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu
em ti” (Jo17,21).
M: Eu creio nas CEBs, porque creio ser
possível uma comunidade cristã, onde
todos sejam “um só coração e uma só
alma” (At.4,32).
H: Eu creio nas CEBs, porque creio em
comunidade que vivem em profunda comunhão, não de simples reunião, mas de
verdadeira união, fruto de sincero amor.
M: Eu creio nas CEBs, porque creio
nas comunidades cheias de ardor missionário, capazes de levar a Boa Notícia de
Deus aos corações, as paróquias, as dioceses, as Igrejas do mundo inteiro.
H: Eu creio nas CEBs, porque creio nas
comunidades geradoras de fé, de vida e
de união, com suas celebrações festivas
e com seu testemunho de vivência cristã.
M: Eu creio nas CEBs, onde a Palavra
de Deus é ouvida, partilhada e confrontada com o dia a dia, nesta simbiose divina
de fé e vida.
H: Eu creio nas CEBs, celebrando a Eucaristia e o Culto a Deus, e celebrando a
DICA DE
LEITURA
partilha dos dons e serviços, só por amor.
M: Eu creio nas CEBs, estes pequenos
grupos de pessoas e de famílias, onde as
relações de profunda comunhão e fraternidade levam a uma intima convivência
pela fé em Jesus Cristo.
H: Eu creio nas CEBs, reunindo-se nas
Igrejas, nas capelas, nas casas, nas salas e
salões, e até debaixo das árvores, aprendendo a amar, a servir, a sonhar...
M: Eu creio nas CEBs, formadas pela
base da Igreja, que são os Leigos, vivendo
nas situações concretas da vida do povo,
construindo o Reino de Deus para um
mundo melhor.
H: Eu creio nas CEBs, como célula vivas da Igreja, não só nas regiões rurais,
mas também nas grandes cidades, onde
sejam talvez uma das únicas formas de
evangelização urbana moderna.
M: Eu creio nas CEBs, como germe de
produção humana e de desenvolvimento
Eclesial, político e social, como fruto da
fé, como gesto de esperança, como testemunho de amor.
H: Eu creio nas CEBs, como sementeira de futuros lideres políticos e sociais
que façam de sua fé a raiz, de sua esperança a força, e de seu amor o segredo
para a promoção do bem comum.
M: Eu creio nas CEBs, por um principio de fé: o Evangelho que pode levar-nos
a superar os instrumentos e as estruturas
de morte.
H: Eu creio nas CEBs, pelos muitos
frutos de renovação, de união, de solidariedade e de justiça que já nos tem dado
em tantos lugares e durante tanto tempo.
M: Eu creio nas CEBs, abençoadas
pela Igreja, aprovadas pelo Papa, admiradas por bispos e sacerdotes, e apoiadas
por cristãos sérios, que levam a sério o
grito de Jesus peal união e pelo amor
bem vivido e muito sofrido.
H: Eu creio nas CEBs, que farão nossas comunidades eclesiais mais evangelizadoras, como redes de comunidades,
unidas entre si e formando um belo conjunto de vida paroquial.
M: Eu creio nas CEBs, onde os corações se abrem e os braços estendem para
acolher, confortar, e socorrer a tantos irmãos e irmãs marginalizados e excluídos,
os pobrezinhos, os preferidos de Jesus.
H: Eu creio nas CEBs, porque creio
em muitos irmãos e irmãs, em muitos
sacerdotes e religiosos, em muitos bispos
e nos santo padre, o Papa, que também
acreditam nelas por este mundo a fora.
M: Eu creio nas CEBs, miniaturas da
Igreja, onde convivem e sofrem e lutam,
e se amam, e se ajudam, e se animam irmãos e irmãs nossos, com suas pastorais
ativas, com seus movimentos participativos, com suas alegrias e angustias, mas
sempre com seu sonho infindável de serem felizes.
H: Eu creio nas CEBs, porque creio na
Santíssima Trindade, a comunidade perfeita: em Deus, que é Pai de todos; em
Jesus Cristo, que é esperança de todos; e
no Espirito Santo, que é fonte de amor,
de justiça e paz!...
M: Irmãos e irmãs, pensando na felicidade de tantos, pensando no bem da
Igreja na glória de Deus, é que faço, do
fundo do coração, está Profissão de Fé:
Eu creio nas Comunidades Eclesiais de
Base!
Amém!
* “Profissão de fé nas CEBs” autoria de Dom José Belvino do
Nascimento – bispo emérito da
Diocese de Divinópolis - MG.
Fonte: Livreto “Reflexão em
comunidade”, que a coordenação
diocesana das CEBs de Divinópolis
nos enviou pelo correio.
Adaptado para homens e mulheres
Para aprofundamento - Sugerimos para leitura e estudo:
CEBs
“Gente simples, fazendo coisas
pequenas, em lugares pouco importantes, consegue mudanças
extraordinárias.”
Documento 92 - CNBB
*MENSAGEM AO POVO DE DEUS
SOBRE AS COMUNIDADES
ECLESIAIS DE BASE
*COMUNIDADES ECLESIAIS DE
BASE NA IGREJA DO BRASIL
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4. Missionariedade e papel do leigo e da leiga na
Igreja e no mundo à luz dos 50 anos do Concílio Vaticano II
A Igreja de Jesus Cristo, se não é para
ser construída nas nuvens mas na carne
e nos ossos da humanidade e, particularmente, no suor e nas lágrimas do mundo
pobre, deverá buscar e encontrar a significação profundamente válida, embora
anônima, da grande ministerialidade libertadora que, a seu modo, está exercendo hoje na libertação dos pobres da terra.
A Comunidade Eclesial de Base é a
Igreja que reencontra no Batismo em
Cristo e na Confirmação em seu Espírito a raiz essencial de sua consagração e
missão. Por isso, a Comunidade de Base
é Igreja que se percebe como essencial e
totalmente ministerial, devido aos dons
de graça para o ministério (carismas) com
os quais o Senhor enriquece a comunidade. Daí por que os cristãos das CEBs têm
e exercem uma ministerialidade que lhes
é própria.
Nas Comunidades Eclesiais de Base,
de sua eclesialidade flui sua ministerialidade, e uma ministerialidade que, por ser
“de base”, constrói uma nova eclesialidade ou nova forma de ser a única Igreja de
Jesus Cristo.
As práticas ministeriais da “base” são
eclesiais porque também a “base” é a
Igreja. Porque também na “base” está o
carisma da verdade e da interpretação,
da prática viva da tradição, do estabelecimento da verdade e de sua formulação;
e a grande riqueza de carismas e ministérios para evangelizar, ensinar, educar,
celebrar, testemunhar, proclamar com a
palavra e com a ação pessoal e política
tendo em vista a fé e a justiça, a convivência e a dignidade dos pobres de Jesus
Cristo. Não enquanto o Reino termine
aí, mas enquanto o Reino é construído a
partir daí.
A partir dos impulsos dados pelos documentos Apostolicam Actuositatem e
Lumen Gentium, ambos do Concílio Ecumênico Vaticano II, Christifideles Laici do
Papa João Paulo II, dos documentos da
Conferência Episcopal Latino-Americana
(Medellín, Puebla, Santo Domingo e Aparecida), como também da Conferência
dos Bispos do Brasil (Missão e ministérios
dos cristãos leigos e leigas), a teologia do
laicato deu um grande passo na recuperação de seu lugar dentro da ciência teológica.
De fato “a noção povo de Deus exprime a profunda unidade, a comum dignidade, e a fundamental habilitação de todos os membros da Igreja à participação
na vida da Igreja e à corresponsabilidade
na missão [...] além de toda e qualquer
diferenciação carismática e ministerial”
(CNBB, Est. 77, n. 65). Todo aquele que
é inserido na vida de Cristo e em sua comunidade discipular participa da identidade crística e dos elementos fontais da
comunidade por ele constituída: profeta,
rei e sacerdote (cf. LG 10; 1Pd 2,9-10),
em vista de uma missão comum: “ide
pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho”
(Mt 28,19). A realidade laical é a primeira expressão dessa existência profética-real-sacerdotal, que se manifesta epifanicamente como filialidade (batismo),
liberdade (Confirmação) e a fraternidade
(Eucaristia). O seguimento a Cristo segundo essas notas fontais (núcleo da vida laical) é o que conduz ao desenvolvimento
da vocação humana originária que é ser a
imagem de Deus.
É evidente que, o marco conciliar recoloca a compreensão da identidade e
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da missão do leigo na Igreja e no mundo em novas bases teológicas antes de
estabelecer definições funcionais de um
segmento, no âmbito do corpo eclesial. O
leigo emerge como uma condição básica
do ser cristão: povo de Deus que em comunhão com o Espírito do Ressuscitado
caminha nesse mundo rumo à pátria definitiva e que tem como missão contribuir
com a construção do Reino de Deus no
mundo. O leigo é portador dessa condição eclesial fundamental a partir da qual
se pensa em diferentes funções no corpo
eclesial, incluindo, evidentemente, a função do próprio laicato.
A compreensão do leigo demarcada
pelo Vaticano II expressa um novo dinamismo eclesial que tem como epicentro
o Reino de Deus a serviço do qual exerce
a Igreja sua missão no mundo e entende
a si mesma. Na questão dos cristãos-leigos, este concílio foi o que mais se debruçou sobre a sua compreensão eclesial,
destacando o seu modo de ser e de fazer
Igreja. O protagonismo do leigo na Igreja, como expressou o Sínodo de 1987, é
fruto de um processo histórico-eclesial
que tem como marco fundamental o
Concílio Vaticano II com suas revisões
Pois, o leigo é um agente eclesial
central na ação da Igreja no mundo. A
atuação dos cristãos no mundo foi sendo compreendida cada vez mais como
uma missão inerente à condição cristã,
decorrência mesmo da fé e que envolveu o magistério com suas declarações
e decisões, a organização dos leigos em
âmbito mundial e nas Igrejas locais, bem
como a iniciativa de muitos leigos que
se lançaram abnegadamente na luta por
melhores condições sociais para os seus
semelhantes. Pode-se dizer que a Igreja
do século XX exerceu sua missão, tendo
como contributo essencial a atuação do
laicato, que contribuiu para que a mesma Igreja repensasse a si mesma em sua
relação com o mundo, agora não mais
como uma sociedade separada, mas sim
inserida na realidade temporal e destinada a encarnar-se nessa mesma realidade
como sinal de salvação.
Por isso, o leigo não constitui tão somente um segmento passivo, espécie de
consumidor dos bens salvíficos dispensados pela Igreja por meio de seus membros ordenados dentro do corpo eclesial,
mas sim como portador de uma dignidade fundamental que constitui a própria
eclesiológicas. O fato de o concílio repensar e recolocar a missão e identidade da
Igreja impulsionou o apostolado leigo até
então organizado e ativo e possibilitou o
surgimento de novas formas de ação do
laicato fora e dentro da Igreja. Muitas
formas de serviços receberam incentivos
por parte dos pastores em suas Igrejas
particulares, sendo reconhecidos e organizados como ministérios em sintonia
com os ministérios ordenados. Também
numerosas foram as formas associativas
que emergiram com seus carismas e objetivos, configurando uma diversidade de
grupos e movimentos nas esferas nacionais e internacionais.
A Igreja do Concílio Vaticano II pode
ser entendida como uma Igreja de leigos
e com os leigos e, em boa medida, para
os leigos, sabendo do diálogo que visa estabelecer com todos os seres humanos,
cristãos e não-cristãos, crentes e não-crentes. A rica distinção entre as esferas
da Igreja, do Reino e do mundo fornece
os lugares e as dimensões que situam,
desafiam e dinamizam a identidade e a
missão do leigo. E como acolhida ao dom
do Espírito que cada fiel recebe na Igreja, o leigo lança-se a serviço do Reino no
mundo.
Igreja como comunhão de fiéis unidos
a Jesus Cristo pela força do Espírito. Do
ponto de vista eclesiológico ao leigo não
falta nada; ao contrário, recebe tudo enquanto batizado e membro da comunhão
dos filhos de Deus. Nesse sentido, o leigo
é plenamente Igreja e dentro dela exerce
sua missão própria enquanto membro do
corpo místico de Cristo. O leigo situa-se,
portanto, em um movimento que recoloca a identidade e missão da Igreja no
mundo:
- Do poder no mundo para o serviço
ao mundo = o leigo tem tarefa fundamental nessa missão;
- Do clero para o conjunto do povo
de Deus = o leigo é portador da condição
fundamental do povo de Deus e do sacerdócio universal;
- Da unidade hierárquica perfeita à
pluralidade de funções = o leigo tem missão específica no conjunto dos demais
serviços exercidos na Igreja;
- De uma visão eclesiocêntrica a uma
visão reinocêntrica = o leigo é agente que
leva o Reino de Deus ao mundo;
- De uma Igreja fechada em si mesma
a uma Igreja em diálogo com a cultura e
com as outras religiões = o leigo se mostra como interlocutor do diálogo;
- De uma visão filosófica e teológica
clássica para o diálogo com as ciências
modernas = o leigo posiciona-se como
interlocutor privilegiado como sujeito de
ciência;
- De uma Igreja triunfalista para uma
Igreja dos pobres = o leigo é protagonista
dessa opção indissociavelmente espiritual e política.
Chamado por Deus, unido em Jesus
Cristo e ungido pelo Espírito o Povo de
Deus tem como lei o amor, como lugar
o mundo, como meta o Reino de Deus e
como missão primordial ser sinal e instrumento de salvação no mundo (Cf. LG, n.
9). Em síntese, o Povo de Deus possui as
seguintes dimensões: sobrenatural (origem nas missões das Pessoas da Santíssima Trindade), histórica (fiéis que formam
a “união social visível” que é a Igreja peregrina no mundo rumo ao céu), cultual
(povo sacerdotal que se oferece a Deus
na oração, no culto e na caridade), diaconia (serviço comum dos diversos carismas na comunidade eclesial e serviço da
caridade, construção do Reino de Deus
na história), missionária (testemunho de
fé perante os povos e anúncio de Jesus
Cristo), sapiencial (certeza da verdade da
fé por parte do conjunto dos fiéis) e escatológica (Igreja que caminha nesse mundo rumo a comunhão perfeita com Deus).
Enfim, o Concílio, através de seu documento sobre os leigos (Apostolicam
Actuositatem), explicita duas temáticas
importantes: uma pneumatologia da
condição e da atuação do laicato (O Espírito que distribui dons e suscita a ação
diversa no mesmo corpo eclesial na busca de transformação do mundo em Reino
de Deus, donde se completam a autonomia do dom recebido e a unidade da
Igreja), uma espiritualidade do leigo (os
dons do Espírito que sustentam a ação
do leigo donde se destacam os dons da
fé, esperança e caridade e as habilidades
diversas traduzidas em organizações que
permitem a ação no mundo).
O sujeito leigo ainda é uma tarefa de
construção dentro da Igreja, tarefa desafiadora de contra-cultura no mundo atual, missão de todos na Igreja e dom do Espírito para os seguidores de Jesus Cristo.
Fontes e referências:
- Compêndio do Vaticano II.
Petrópolis: Vozes, 1969;
- Libânio, J. Batista.
Concílio Vaticano II.
Em busca de uma
primeira compreensão.
São Paulo: Loyola, 2005;
- João Décio Passos, Leigos:
Fundamentação Teológica a Prtir do
Vaticano II; Texto em arquivo PDF,
baixado da Internet, site:
www.cnbb.org.br/site/publicações/documentos, às 20h13, 23 de outubro de
2013.
- Os Ministérios na Igreja dos
Pobres, Alberto Parra, SJ,
Coleção Teologia e Libertação,
Petrópolis, Vozes, 1991;
As Janelas do Vaticano II.
A Igreja em diálogo com o mundo.
Almeida – Manzini – Maçaneiro,
Editora Santuário, 2013,
páginas 446-447.
Nivaldo Aparecido Silva
Membro da Equipe Diocesana de
Assessores das CEBs
5. Carta do Encontro de Delegados e Delegadas do Estado de
São Paulo para o 13º Intereclesial das CEBs
“Deus nos dá a graça de começar, nos dá a graça de continuar.
A graça das graças é não desanimar nunca” (Dom Helder Câmara).
Nos dias 21 e 22 de setembro de
2013, delegados e delegadas do Regional Sul 1 da CNBB, rumo ao 13º Intereclesial de CEBs, em número de quatrocentos e nove, nos encontramos em
Pirajuí, cidade do Rio do Peixe Dourado,
na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, da Paróquia São Sebastião, Diocese de Lins, da Sub Região de Botucatu.
Carinhosamente nos acolheu o Bispo de Lins Dom Irineu Danelon, a ele,
nosso muito obrigado, igualmente agradecemos a presença em tempo integral
do nosso Bispo Referencial e da diocese
de Registro Dom José Luiz Bertanha. A
todos e todas, nossa gratidão pelo carinho com que fomos acolhidos e acolhidas, nossa eterna gratidão a todos
que tornaram possível este encontro.
Contamos com as assessorias dos
Padres Nelito Dornelas e Benedito Ferraro, estudamos e refletimos o tema:
CEBs: Justiça e Profecia no Campo e
na Cidade e a Identidade das CEBs.
Nas orações, fizemos memória de
todos os intereclesiais realizados neste
chão de romeiros e romeiras de todos
os cantos e recantos deste imenso país.
As Comunidades Eclesiais de Base
devem ser sinais de esperança em meio
às dificuldades encontradas no cotidiano da vida; ser como água revigorante, que dá força e vigor ao sofrido,
alegre e esperançoso Povo de Deus.
Liz Marques e Edmundo Monteiro,
nossos representantes na Ampliada Nacional, nos apresentaram as realidades
e características de Juazeiro do Norte,
cidade do Padre Cícero. Assim conhecemos um pouco mais da cidade e do
modo de como seremos acolhidos e
acolhidas na Centenária Igreja de Crato.
Padre Ferraro refletiu conosco sobre a Identidade das CEBs. Vimos o
rosto das CEBs, nosso modo de ser e
o que é preciso para ser uma CEBs.
Quando falamos de CEBs falamos de fé
e vida; CEBs não é pastoral nem movimento. CEBs são Igreja. O nosso compromisso social é a luta pela justiça.
Padre Nelito nos assessorou sobre
o tema Justiça e Profecia no Campo e
na Cidade. Trouxe-nos a reflexão sobre
a necessidade de respirarmos o ar puro
da Palavra de Deus para conseguimos
lutar contra as injustiças do mundo.
Nos “ranchos” e “chapéus” aprofundamos os temas: CEBs e Espiritualidade
Romeira; CEBs no Campo e na Cidade;
CEBs e o Protagonismo da Juventude;
CEBs a Serviço da Vida; CEBs e a Pratica
da Justiça; CEBs e a sua Vocação Profética e CEBs e o Compromisso Missionário.
Ao anoitecer do sábado assistimos
ao documentário “Nos Caminhos de Juazeiro” e assim conhecemos ainda mais
a religiosidade popular que move a Fé
do Povo Romeiro, dos campos e cidades de nosso rico semiárido brasileiro
e toda região Nordeste de nosso Brasil.
As Dores de Nossa Senhora e as
alegrias dos sub-regionais do estado de São Paulo foram nossas orações do findar do primeiro dia.
Iniciamos o nosso domingo com
a Celebração Eucarística, Memorial
da Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus e a Memória da Caminhada das Comunidades de nosso Regional Sul1. Moções e reflexões nos
motivaram a assumir o compromisso
com as diversas realidades que vivemos.
Vivenciamos este momento agraciado na vida da Igreja, com o início do
Apostolado do Papa Francisco, no
qual refletimos sobre a necessidade
de tornar-nos Comunidade de Comunidades, para que juntos e com
a ajuda do Espírito Santo que tudo
renova, possamos fazer que nossas
comunidades sejam atuantes, ecológicas, resistentes e comprometidas na construção do Reino de Deus.
Às comunidades deste imenso Estado de São Paulo nossa saudação.
Que a Senhora Aparecida ajude-nos a
reacender a Paixão pelo Reino no Seguimento a Jesus e a sermos Portadores da Paz, da Alegria e da Esperança.
Que estejamos em comunhão e em
oração com os romeiros e romeiras
rumo ao 13º Intereclesial das Comunidades Eclesiais e Base do Brasil e do
mundo, que será realizado de 7 a 11
de janeiro de 2014, aos pés da Serra do Araripe um dos poucos locais
de área verde do Cariri no semiárido
nordestino. Na Santíssima Trindade, a
melhor comunidade, vos abraçamos.
Delegados e
Delegadas das CEBs do
Estado de São Paulo.
Setembro de 2013,
Mês da Bíblia, Ano da Fé.
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6. :: Encontro dos Delegados (as) para o Intereclesial da CEBs
Juventude na Luta pela Justiça a serviço da Vida
Foi nos dias 20, 21 e 22 de setembro que fomos animados e cheios de
Esperança juntamente com pessoas tão
queridas naquele trem da CEBs rumo
as terras quentes e carinhosas de Pirajuí, cheia de aprendizado, reencontros e
encontros preparando o caminho para
o 13º Intereclesial da CEBs em Juazeiro do Norte, terra do Padinho Cicero
e Padre Ibiapina, e de um povo que
apesar de sofrido traz no peito a esperança das Lutas e da causa do Reino.
Apesar da longa viagem, fomos celebrando nossa vida e lutas, é lindo ver
a Pastoral da Juventude e a CEBs juntas,
partilhando e vivendo o Reino em comunidade, e assim foi as longas horas de
Viajem, foram rodeadas de Cantorias e
Conversas! Chegando em Pirajui, reencontramos vários jovens que também se
faziam presente neste Intereclesial e que
junto com vários companheiros e companheiras deste extenso Regional Sul 1 fazia
presente os gritos e a vida a caminho deste tão esperado encontro em Juazeiro.
De forma muito especial destacamos
a história deste solo tão rico que é a Diocese de Crato, terra que irá nos acolher e
refletir através de seu povo, de sua história, regados de Espiritualidade, de uma
mística que nos liberta. Para a Pastoral de
Juventude o contato mais próximo com
a CEBs é sempre um momento de fortalecer a caminhada, de saber que não
estamos sozinhos e de fato que somos “
o mesmo Corpo, mesma alma e que tes-
temunhamos o mesmo compromisso”.
A Juventude espera e sonha com
esse momento, que que este 13º Intereclesial da CEBs possa discernir nossas
vidas para o verdadeiro sentido de Comunidade em tempos que a individualidade está totalmente dentro da vida da
Juventude, para que assim a Juventude
possa ser protagonista de uma realidade
mais justa e solidaria, levando a bandeira
da paz em todos os espaços e que juntos possamos construir um novo mundo.
Nestes dias refletimos sobre qual é a
missão da CEBs, sua identidade nos reconhecendo cada vez mais, e comungando
do mesmo espirito que nos move e do alicerce que nos sustenta, afinal ser comunidade é ser igreja, e afirmamos como pre-
ferencia pela CEBs como um espaço de
ser igreja no meio do povo, firmando nossa comunhão, é a PJ e a CEBs lutando pela
vida e pela justiça a caminho do Reino!
Agradecemos as CEBs da Diocese de
São José dos Campos que nos acolheu e
fez destes momentos cheios de ótimas
recordações, ao povo da cidade de Pirajui pela hospitalidade e pelo amor que
nos recebeu, e nunca nos esqueçamos:
- Pastoral da Juventude e CEBs
caminhando juntos a Civilização do Amor!
Danilo (Coração Eucarístico de Jesus),
Robson ( Nossa senhora de Guadalupe),
Dayane (Santa Cecília) e Lucas (Coração
Eucarístico de Jesus)
Assembleia Diocesana da Pastoral da Juventude
Foi nos dias 27, 28 e 29 de setembro que jovens coordenadores da Pastoral da Juventude da Diocese de São
José dos Campos se reuniram em Paraibuna para reavaliar suas ações no ano
de 2013 e planejar as metas para 2014.
Nesta Assembleia Avaliativa e Formativa o anúncio do Evangelho aos pobres
teve seu foco a exemplo de Jesus quando
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manda falar a João que preso estava, e
detinha dúvidas sobre o Messias no Evangelho de Mateus (11,4-5). Ou ainda em
Lucas 4,18, que Jesus assenta na sinagoga
para ler e encontra um trecho que diz: “O
Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; enviou-me para anunciar
a Boa Nova aos pobres, e sarar os contritos de coração”. E enquanto lia, as pes-
soas ficavam de olhos fixados no Senhor.
Isso nos fez remeter que assim como
Ele nós também temos o dever de levar
o Evangelho a todos que necessitam da
palavra de Deus e não têm como acessá-la. Deus se faz presente em todos e pela
ação do seu Espírito realiza suas obras.
Recordamos também a importância
de cuidar dos nossos grupos e o quan-
to são importantes para a construção
do Reino, mas também lembramo-nos
dos jovens que estão nas ruas e sofrem
com a discriminação, a falta de recursos, e demais causas que retiram estes
da construção de um futuro melhor.
Nosso Papa Francisco já dizia “nada melhor para evangelizar um jovem, do que outro jovem”.
7. :: Formação Diocesana das CEBs
15 de setembro de 2013
Enviados pelo Espírito Santo nos reunimos, 275 pessoas, no dia 15 de setembro das 8:00 às 16hs, na Comunidade
Galo Branco para Formação Diocesana
de CEBs, com o tema: Justiça e Profecia a
serviço da vida. Iluminados pela Espiritualidade Maia, saudamos o Deus de todos
os povos e pedimos para nos abençoar e
nos conduzir neste dia de formação.
O assessor Mauro Kano nos levou a refletir sobre a Igreja que somos e que
queremos ser: Igreja nas comunidades
a partir da base, uma Igreja voltada para
os pobres; como ser profeta hoje diante
do sistema capitalista que vivemos. “ O
fato de nos reunirmos nas casas é para
fazermos o trabalho de base, gastando
tempo naquela casa, sentindo a necessidade daquela família; nos reunimos nas
casas para resolver os problemas de nos-
sa vida, para ser a Igreja, para se ter vida
em plenitude.”
Após o delicioso almoço, preparado com
muito carinho e amor pela equipe de cozinha, fizemos nossa Caminhada Profética: invocamos os Mártires da caminhada
para que se façam presentes em nosso
dia a dia, em nossas lutas para construir
o Reino de Deus nos encorajando e nos
impulsionando.
Na mesa da Eucaristia selamos o compro-
misso de sermos Igreja viva de Jesus Cristo no seio das comunidades, no meio do
povo pobre ouvindo o seu clamor.
Retornamos para nossas comunidades
mais fortalecidos e convictos de que é
pela causa de Jesus Cristo que estamos
nessa caminhada e a assumimos até as
últimas consequências.
Rosa Maria Silva
Comissão Diocesana das CEBs
Grito dos Excluídos
Este é o nosso País, essa é a nossa
bandeira, é por amor a esta Pátria Brasil
que a gente segue em fileira...
Aconteceu na Paróquia Coração Eucarístico de Jesus com a participação da
Fátima e Rosa da Paróquia São Vicente o grito
dos excluídos, que se
encerrou com a Santa
Missa.
A participação foi de
um número reduzido de
participantes. Mesmo
com o convite para toda
comunidade e o incentivo do Pe Vicente o número de participantes
ficou aquém do esperado. Mas não nos sentimos incomodados, pois
sabemos que para denunciar as injustiças
são poucos os que se comprometem.
O grito dos excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo,
é um espaço de animação e profecia.
Com a participação de pastorais so-
ciais e movimentos, denunciamos o modelo político e econômico que ao mesmo
tempo concentra riqueza e renda condenando milhões de pessoas à exclusão
social; tornar público nas ruas e praças o
rosto desfigurado dos excluídos, vítimas
das drogas, do desemprego, da miséria
e da fome; propor caminhos alternativos
ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social.
Não devemos ter medo de chamar
atenção da sociedade para as condições
de crescente exclusão social.
Põe a semente na terra, não será em
vão; não te preocupe a colheita, planta
para o irmão.
Silvia Macedo
Paróquia Coração Eucarístico de Jesus
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8. :: Aconteceu
Encontro de Avaliação 2013 e Planejamento 2014 - 05 de Outubro de 2013
No Centro de Espiritualidade Dom Oscar Romero - Capela Mártir Jesus
Aniversário de
a Alice
100 Anos de Don
s
Eucarístico de Jesu
Paroquia Coração
CEBs DIOCESE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP
Lançamento da Agenda Latino Americana 2014
CO NV I TE
XXV ENCONTRO CELEBRATIVO DAS CEBs
CONVITES ANTECIPADOS
COM ANIMADORES E ANIMADORAS DAS CEBs
“Todos os que abraçaram a fé eram
unidos e colocavam em comum
todas as coisas” (Atos 2,44).
Dia 07 de
Dezembro de
2013 às 19h
Dia 24 de
Novembro
de 2013
Horário: das 8h às 16h
Local: Rua Acre 343 – Chácara Lopes
Bairro Rio Comprido - Jacareí – SP.
Com direito a uma cartela de bingo para concorrer a:
UM COLAR DE PÉROLAS
CONTRIBUIÇÃO R$ 5,00
Crianças até dez anos não pagam
Solicitado levar:
1. carne e refrigerante para partilhar quantidade que a família/
participante, irá consumir
2. kit refeição: caneca, prato e talheres
3. roupa de banho – PISCINA A PARTIR DAS 13h.
8
LOCAL: Igreja Matriz São José Operário
Rua Mabito Shoji, 800 - Cidade Salvador - Jacareí – São Paulo