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ROCHAS SEDIMENTARES
ARQUIVOS HISTÓRICOS DA TERRA
              MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
O TEMPO,
          e os fósseis
2




    Que informações fornecem as rochas sobre a história
    da Terra?


    E as rochas que contêm fósseis?




                                 “O presente é a chave do passado”
O TEMPO,
          e os fósseis
3



    Fósseis são restos, marcas ou vestígios da atividade de seres
    vivos, que ficaram preservados nas rochas ou outros
    materiais naturais
Condições de fossilização
4


                         O isolamento rápido dos cadáveres
                               e restos de seres vivos
                                da erosão atmosférica
                    Os cadáveres ou restos de seres vivos têm de
                    ficar rapidamente isolados dos agentes
                    erosivos, do seu poder oxidante e microbiano
                    que rapidamente os decompõem, inclusive as
                    partes duras mineralizadas.




                    A presença de esqueleto interno ou externo
                             mineralizado resistente
                    Os organismos que possuem esqueleto interno
                    ou externo, resistente, de natureza mineral,
                    têm mais hipóteses de fossilizar do que os
                    organismos de corpo mole.
Condições de fossilização
5



                         A natureza dos sedimentos (finos)
                 Se os sedimentos que envolvem e cobrem os
                 cadáveres e restos de organismos são finos, como
                 as argilas e os siltes, a fossilização é bem sucedida.
                 Nos sedimentos grosseiros, como as areias e os
                 conglomerados, as águas de circulação destroem e
                 decompõem a matéria orgânica.




                           A geoquímica do meio (redutor)
                  O meio oxidante não facilita a fossilização, ao
                  contrário do meio redutor ou anaeróbio que
                  propícia a conservação, inclusive das partes
                  moles dos organismos
Condições de fossilização
6


                        As características do meio ambiente
                                    (superpovoados)
                   Os ambientes em que há abundância de
                   alimentos, são, em geral, superpovoados , o que
                   aumenta a probabilidade dos organismos
                   fossilizarem.
                   Quando existe um grande número de
                   predadores e necrófagos os organismos são
                   consumidos como alimento de outros seres vivos.


                                      Clima (frio)
                    Nos climas frios dá-se a preservação dos
                    organismos, uma vez que a baixa temperatura
                    inibe a acção de bactérias.
                    Nos climas tropicais quentes e húmidos a
                    decomposição dos organismos dá-se de forma
                    extremamente rápida.
Condições de fossilização
7


                             Inerentes ao ser vivo
    • Presença de partes duras (esqueleto interno ou externo),


                               Inerentes ao meio
    • Elevada velocidade de sedimentação,
    • Sedimentos finos, como as argilas e os siltes (nos sedimentos grosseiros
      as águas de circulação destroem e decompõem a matéria orgânica),
    • Meio calmo, com reduzida energia hidrodinâmica (como as águas paradas
      facilitadoras da sedimentação rápida),
    • Meio redutor ou anaeróbio (inibe a ação das bactérias),
    • Temperaturas baixas (inibem a ação das bactérias).
Processos de fossilização
8


    CONSERVAÇÃO                                        Mamute
                                                  conservado no gelo
    É o aprisionamento/ envolvimento de
    organismos em substâncias como o âmbar,
    asfalto, gelo, permanecendo aí conservados.


    Este processo inclui a mumificação, em que
    o cadáver sofre sobretudo desidratação.



                     Inseto conservado em âmbar
Processos de fossilização
9


    MINERALIZAÇÃO
    A fossilização dá-se por transformações químicas,
    pelas quais a matéria orgânica é substituída por
    matéria mineral, como a calcite, a sílica e a pirite,
    entre outros.



                                                                Trilobite




                                       Estruturas de Corais
                                            em calcite

                Amonite



                                                              Cabeça de dinossauro
Processos de fossilização
10

     MOLDAGEM
     Não se conservam quaisquer partes do organismo, mas somente um molde da
     sua estrutura interna – moldes internos, ou da sua estrutura externa – moldes
     externos, resultantes da consolidação dos sedimentos que preenchiam ou
     envolviam o ser vivo.

     Molde Interno                                Molde Externo




     O interior do organismo enche-
     se de sedimentos que                         O organismo, ao morrer, cai sobre os
     reproduzem os detalhes da sua                sedimentos, deixando impressas as suas
     estrutura interna                            características estruturais externas
Processos de fossilização
11

     IMPRESSÃO
     As impressões são moldes externos de estruturas finas (baixo relevo), como folhas
     ou penas e rastos deixados por seres vivos.
     A impressão é um caso particular de moldagem.




                                                            Impressão de folha


        Impressão da asa de inseto
Processos de fossilização
12


     MARCAS OU VESTÍGIOS DE
     ACTIVIDADES
     Conhecidas por icnofósseis – como
     pistas, pegadas, ovos, ninhos e fezes.




                                              Pegadas




     Ovos fossilizados



                                                 Coprólito - Fezes fossilizadas
A importância dos fósseis
13


     Fósseis de idade – datam as rochas onde se encontram
         Fóssil de ser vivo de uma espécie que :
           -   viveu durante um curto período de tempo geológico,
           -   apresentou grande distribuição geográfica,
           -   teve muitos representantes




                              Trilobites                              Amonites
                            Era Paleozóica                          Era Mesozóica
A importância dos fósseis
14




     Fósseis de fácies ou de ambiente – caracterizam ambientes antigos
         Fóssil de um ser vivo de uma espécie que viveu em condições ambientais muito
          restritas.




                                Coral
                        Atualmente vive apenas em
                        ambientes de águas calmas,
                        quentes e pouco profundas
A importância dos fósseis
15
A importância dos fósseis
16
Reconstituição de paleoambientes
17



      Paleoambientes
       Ambientes antigos, retratados pela presença de fósseis de fácies
       e/ou pela interpretação de sequências estratigráficas.


      As rochas sedimentares:
       • geram-se em ambientes muito próprios
       • conservam-se indicadores das condições desses ambientes.

      A fácies estratigráfica, por comparação com os ambientes atuais, permite
       conhecer e interpretar os ambientes do passado, ou paleoambientes, que dão
       origem a uma fácies semelhante.

      Esta interpretação baseia-se no Princípio do Atualismo Geológico.
Reconstituição de paleoambientes
18


      Fácies da rocha
       Conjunto de características litológicas (texturais, mineralógicas,
       químicas, estruturais...) e paleontológicas da rocha

           permite:
             compreender e interpretar o ambiente reinante na época da
              formação da rocha,
             reconstruir ambientes do passado ( Paleoambientes)


      Diferentes tipos de fácies.

             Diferentes ambientes de sedimentação.

                  Diferentes paleoambientes.
Reconstituição de paleoambientes
19
Reconstituição de paleoambientes
20
Datação das rochas
21




     Estratigrafia
     Ramo da geologia que se ocupa do estudo, descrição, correlação de
     idades e classificação das rochas sedimentares.
Datação das rochas
22



         Datação relativa (Idade relativa) – corresponde ao
          estabelecimento da idade de uma formação geológica em relação a
          outra.
         A datação relativa não permite obter um valor numérico, apenas um
          valor comparativo com outras estruturas geológicas (outras rochas
          ou fósseis).
         Diferentes princípios estratigráficos podem ser utilizados para
          fazer a datação relativa de formações geológicas (princípio da
          horizontalidade , princípio da sobreposição dos estratos e princípio
          da identidade paleontológica).


         Datação radiométrica (Idade absoluta) - corresponde ao
          estabelecimento da idade de uma formação geológica, referida em
          valores numéricos, geralmente em milhões de anos (M. a.).
Datação Relativa
                      P. da horizontalidade
23


              Princípio da horizontalidade
      A deposição de sedimentos ocorre numa posição
       horizontal




     Numa sequência estratigráfica não deformada, um estrato mais recente
     sobrepõe-se a um estrato mais antigo,

     os estratos serão tanto mais antigos quanto mais profundos se encontrarem
     e tanto mais recentes quanto mais superiormente se encontrarem na
     sequência estratigráfica.
Datação Relativa
                   P. da horizontalidade
24




        Qualquer fenómeno que altere a horizontalidade das
        camadas é sempre posterior à sedimentação
Datação Relativa
                       P. da sobreposição
25




     Princípio da sobreposição dos
                estratos
      Numa sucessão de estratos não
       deformados, um estrato é mais
       antigo do que aquele que o cobre
       e mais recente do que aquele
       que lhe serve de base.
Datação Relativa
26




      As grandes descontinuidades no registo geológico devido à ausência de
       camadas (explicadas por falta de sedimentação ou por erosão) designam-se
       discordâncias estratigráficas ou lacunas.
Datação Relativa
                        P. da identidade paleontológica
27

              Princípio da identidade paleontológica
               Dois estratos apresentam a mesma idade
                se apresentarem o mesmo fóssil de idade.




      A presença de um fóssil de idade em dois estratos diferentes, mesmo que
       se encontrem muito distanciados, permite-nos afirmar que os dois estratos
       possuem a mesma idade.
Datação Relativa
                       P. da continuidade lateral
28



     Princípio da continuidade lateral
      Um estrato tem sempre a mesma idade ao
       longo de toda a sua extensão,
       independentemente da ocorrência da
       variação horizontal (lateral) de fácies.
Datação Relativa
                       P. da continuidade lateral
29



 Princípio da continuidade lateral
      Em diferentes afloramentos, rochas
       intercaladas em camadas que se
       reconhecem como idênticas possuem a
       mesma idade.




       Se as rochas que se querem datar estão intercaladas em camadas que se
        reconhecem como idênticas, pode-se estabelecer uma correlação entre
        essas rochas intercaladas, de um afloramento para o outro.
       Deste modo, uma camada limitada por um muro (base) e por um teto (topo)
        e definida por uma certa fácies tem a mesma idade ao longo de toda a sua
        extensão lateral.
Datação Relativa
                       P. da intersecção
30



      Princípio da intersecção
        Toda a estrutura geológica que intersecta
         outra é mais recente do que ela.




      A intrusão é mais recente do que os estratos A, B, C, D e E.
      O filão é mais recente do que todas as outras formações, dado que as
       intersecta.
Datação Relativa
                       P. da inclusão
31



      Princípio da inclusão
        Fragmentos de rochas incorporadas numa
         rocha são mais antigas do que a rocha que
         os engloba.




      O estrato F é mais recente do que os outros pois inclui fragmentos de D,
       C e B.
Escala do Tempo Geológico
32

      São muitos e variados os acontecimentos que marcam a História da Terra
      Alguns acontecimentos assumiram proporções dramáticas



      Períodos de intensa e                 Impacto da Terra
      contínua atividade                    com corpos vindos do
      vulcânica                             espaço




                                           Períodos mais ou menos
     Períodos de aquecimento               prolongados de subida e
     ou arrefecimento global               descida do nível do mar
Escala do Tempo Geológico
33




                                 3 800
Escala do Tempo Geológico
34
Escala do Tempo Geológico
35




      As informações resultantes tanto de datações relativas como, mais
       tarde, de datações absolutas, permitiram aos geólogos a elaboração
       de escalas de tempo geológico.


      Estas representações esquemáticas da história da Terra,
       representam sequências de divisões do tempo geológico, sendo as
       respetivas idades registadas em milhões de anos.
Escala do Tempo Geológico
36




     Os 4,6 mil milhões de anos da Terra
     estão divididos em grandes unidade de
     tempo:
         Pré-Câmbrico
         Era Paleozóica
         Era Mesozóica
         Era Cenozóica
Escala do Tempo Geológico
37
Escala do Tempo Geológico
38




                         As divisões são tanto maiores
                         e mais inseguras quanto mais
                         recuados são os tempos
                         geológicos
Escala do Tempo Geológico
39




                          Relação entre a escala do
                          tempo geológico e as grandes
                          extinções.
Escala do Tempo Geológico
40
Escala do Tempo Geológico
41
Escala do Tempo Geológico
42
Escala do Tempo Geológico
43

      Nestas escalas, as divisões mais alargadas de tempo designam-se por
       eons.
      Nesses grandes intervalos de tempo consideram-se divisões de
       duração inferior chamadas eras, cada uma das quais se subdivide em
       períodos que, por sua vez, se dividem ainda em épocas.
      As transições entre as diferentes divisões correspondem sobretudo
       a momentos de grandes extinções ocorridas no passado e
       testemunhadas pelo registo fóssil.

      Fósseis de muitos organismos, como os dinossauros e outros grupos animais e
      vegetais, aparecem pela última vez em estratos rochosos cuja datação
      absoluta revelou a idade de 66,4M. a.,


      Estas espécies ter-se-ão extinto nesta época


      Transição entre a Era Mesozoica e a Era Cenozoica
Escala do Tempo Geológico
44



       Pré-Câmbrico
            4600 M. a. – 542M. a.


      Era mais longa.
      Origem da crusta terrestre, atmosfera primordial e primeiros mares.
      Seres aquáticos sem esqueleto.
      Escassos registos fósseis.
      As primeiras cianobactérias utilizam a fotossíntese e produzem
       oxigénio.
Escala do Tempo Geológico
45


      Era Paleozoica
          542 M. a. – 251 M. a.

      Desenvolvimento das comunidades marinhas.
      Desenvolvem-se os primeiros peixes.
      Origem dos anfíbios, insectos e répteis.
      Domínio das plantas produtoras de esporos.
      Formação do super continente Pangea.

                        Extinção em massa

                        90 % de todas as Famílias desaparecem.

                                                  Fim da Era Paleozoica
Escala do Tempo Geológico
46


       Era Mesozoica
       251 M. a. – 65 Ma.

      A idade dos dinossauros
      Dominam as plantas terrestres
      Origem das gimnospérmicas – plantas com sementes
      Origem das angiospérmicas – plantas com flor
      Origem dos mamíferos e das aves

             Impacto de um asteroide? Vulcanismo intenso?
                            Extinção em massa de dinossauros e
                            de muitos organismos marinhos

                                         Fim da Era Mesozoica
Escala do Tempo Geológico
47

        Era Cenozoica
            251 M. a. - …
      Evolução continuada e adaptações das plantas com flor, insectos,
       aves e mamíferos
      Domínio dos mamíferos
      Movimentos significativos da crusta e formação de montanhas
       (Alpes e Himalaias)
      Evolui o mais primitivo hominídeo (antepassado dos humanos) há
       aproximadamente 4,4 milhões de anos atrás.
      Os primeiros Homo sapiens surgiram há aproximadamente 100 mil
       anos atrás.

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4 rochas sedimentaresarquivoshistóricos

  • 1. ROCHAS SEDIMENTARES ARQUIVOS HISTÓRICOS DA TERRA MARGARIDA BARBOSA TEIXEIRA
  • 2. O TEMPO, e os fósseis 2 Que informações fornecem as rochas sobre a história da Terra? E as rochas que contêm fósseis? “O presente é a chave do passado”
  • 3. O TEMPO, e os fósseis 3 Fósseis são restos, marcas ou vestígios da atividade de seres vivos, que ficaram preservados nas rochas ou outros materiais naturais
  • 4. Condições de fossilização 4 O isolamento rápido dos cadáveres e restos de seres vivos da erosão atmosférica Os cadáveres ou restos de seres vivos têm de ficar rapidamente isolados dos agentes erosivos, do seu poder oxidante e microbiano que rapidamente os decompõem, inclusive as partes duras mineralizadas. A presença de esqueleto interno ou externo mineralizado resistente Os organismos que possuem esqueleto interno ou externo, resistente, de natureza mineral, têm mais hipóteses de fossilizar do que os organismos de corpo mole.
  • 5. Condições de fossilização 5 A natureza dos sedimentos (finos) Se os sedimentos que envolvem e cobrem os cadáveres e restos de organismos são finos, como as argilas e os siltes, a fossilização é bem sucedida. Nos sedimentos grosseiros, como as areias e os conglomerados, as águas de circulação destroem e decompõem a matéria orgânica. A geoquímica do meio (redutor) O meio oxidante não facilita a fossilização, ao contrário do meio redutor ou anaeróbio que propícia a conservação, inclusive das partes moles dos organismos
  • 6. Condições de fossilização 6 As características do meio ambiente (superpovoados) Os ambientes em que há abundância de alimentos, são, em geral, superpovoados , o que aumenta a probabilidade dos organismos fossilizarem. Quando existe um grande número de predadores e necrófagos os organismos são consumidos como alimento de outros seres vivos. Clima (frio) Nos climas frios dá-se a preservação dos organismos, uma vez que a baixa temperatura inibe a acção de bactérias. Nos climas tropicais quentes e húmidos a decomposição dos organismos dá-se de forma extremamente rápida.
  • 7. Condições de fossilização 7 Inerentes ao ser vivo • Presença de partes duras (esqueleto interno ou externo), Inerentes ao meio • Elevada velocidade de sedimentação, • Sedimentos finos, como as argilas e os siltes (nos sedimentos grosseiros as águas de circulação destroem e decompõem a matéria orgânica), • Meio calmo, com reduzida energia hidrodinâmica (como as águas paradas facilitadoras da sedimentação rápida), • Meio redutor ou anaeróbio (inibe a ação das bactérias), • Temperaturas baixas (inibem a ação das bactérias).
  • 8. Processos de fossilização 8 CONSERVAÇÃO Mamute conservado no gelo É o aprisionamento/ envolvimento de organismos em substâncias como o âmbar, asfalto, gelo, permanecendo aí conservados. Este processo inclui a mumificação, em que o cadáver sofre sobretudo desidratação. Inseto conservado em âmbar
  • 9. Processos de fossilização 9 MINERALIZAÇÃO A fossilização dá-se por transformações químicas, pelas quais a matéria orgânica é substituída por matéria mineral, como a calcite, a sílica e a pirite, entre outros. Trilobite Estruturas de Corais em calcite Amonite Cabeça de dinossauro
  • 10. Processos de fossilização 10 MOLDAGEM Não se conservam quaisquer partes do organismo, mas somente um molde da sua estrutura interna – moldes internos, ou da sua estrutura externa – moldes externos, resultantes da consolidação dos sedimentos que preenchiam ou envolviam o ser vivo. Molde Interno Molde Externo O interior do organismo enche- se de sedimentos que O organismo, ao morrer, cai sobre os reproduzem os detalhes da sua sedimentos, deixando impressas as suas estrutura interna características estruturais externas
  • 11. Processos de fossilização 11 IMPRESSÃO As impressões são moldes externos de estruturas finas (baixo relevo), como folhas ou penas e rastos deixados por seres vivos. A impressão é um caso particular de moldagem. Impressão de folha Impressão da asa de inseto
  • 12. Processos de fossilização 12 MARCAS OU VESTÍGIOS DE ACTIVIDADES Conhecidas por icnofósseis – como pistas, pegadas, ovos, ninhos e fezes. Pegadas Ovos fossilizados Coprólito - Fezes fossilizadas
  • 13. A importância dos fósseis 13 Fósseis de idade – datam as rochas onde se encontram  Fóssil de ser vivo de uma espécie que : - viveu durante um curto período de tempo geológico, - apresentou grande distribuição geográfica, - teve muitos representantes Trilobites Amonites Era Paleozóica Era Mesozóica
  • 14. A importância dos fósseis 14 Fósseis de fácies ou de ambiente – caracterizam ambientes antigos  Fóssil de um ser vivo de uma espécie que viveu em condições ambientais muito restritas. Coral Atualmente vive apenas em ambientes de águas calmas, quentes e pouco profundas
  • 15. A importância dos fósseis 15
  • 16. A importância dos fósseis 16
  • 17. Reconstituição de paleoambientes 17  Paleoambientes Ambientes antigos, retratados pela presença de fósseis de fácies e/ou pela interpretação de sequências estratigráficas.  As rochas sedimentares: • geram-se em ambientes muito próprios • conservam-se indicadores das condições desses ambientes.  A fácies estratigráfica, por comparação com os ambientes atuais, permite conhecer e interpretar os ambientes do passado, ou paleoambientes, que dão origem a uma fácies semelhante.  Esta interpretação baseia-se no Princípio do Atualismo Geológico.
  • 18. Reconstituição de paleoambientes 18  Fácies da rocha Conjunto de características litológicas (texturais, mineralógicas, químicas, estruturais...) e paleontológicas da rocha permite:  compreender e interpretar o ambiente reinante na época da formação da rocha,  reconstruir ambientes do passado ( Paleoambientes)  Diferentes tipos de fácies.  Diferentes ambientes de sedimentação.  Diferentes paleoambientes.
  • 21. Datação das rochas 21 Estratigrafia Ramo da geologia que se ocupa do estudo, descrição, correlação de idades e classificação das rochas sedimentares.
  • 22. Datação das rochas 22  Datação relativa (Idade relativa) – corresponde ao estabelecimento da idade de uma formação geológica em relação a outra.  A datação relativa não permite obter um valor numérico, apenas um valor comparativo com outras estruturas geológicas (outras rochas ou fósseis).  Diferentes princípios estratigráficos podem ser utilizados para fazer a datação relativa de formações geológicas (princípio da horizontalidade , princípio da sobreposição dos estratos e princípio da identidade paleontológica).  Datação radiométrica (Idade absoluta) - corresponde ao estabelecimento da idade de uma formação geológica, referida em valores numéricos, geralmente em milhões de anos (M. a.).
  • 23. Datação Relativa P. da horizontalidade 23 Princípio da horizontalidade  A deposição de sedimentos ocorre numa posição horizontal Numa sequência estratigráfica não deformada, um estrato mais recente sobrepõe-se a um estrato mais antigo, os estratos serão tanto mais antigos quanto mais profundos se encontrarem e tanto mais recentes quanto mais superiormente se encontrarem na sequência estratigráfica.
  • 24. Datação Relativa P. da horizontalidade 24 Qualquer fenómeno que altere a horizontalidade das camadas é sempre posterior à sedimentação
  • 25. Datação Relativa P. da sobreposição 25 Princípio da sobreposição dos estratos  Numa sucessão de estratos não deformados, um estrato é mais antigo do que aquele que o cobre e mais recente do que aquele que lhe serve de base.
  • 26. Datação Relativa 26  As grandes descontinuidades no registo geológico devido à ausência de camadas (explicadas por falta de sedimentação ou por erosão) designam-se discordâncias estratigráficas ou lacunas.
  • 27. Datação Relativa P. da identidade paleontológica 27 Princípio da identidade paleontológica  Dois estratos apresentam a mesma idade se apresentarem o mesmo fóssil de idade.  A presença de um fóssil de idade em dois estratos diferentes, mesmo que se encontrem muito distanciados, permite-nos afirmar que os dois estratos possuem a mesma idade.
  • 28. Datação Relativa P. da continuidade lateral 28 Princípio da continuidade lateral  Um estrato tem sempre a mesma idade ao longo de toda a sua extensão, independentemente da ocorrência da variação horizontal (lateral) de fácies.
  • 29. Datação Relativa P. da continuidade lateral 29 Princípio da continuidade lateral  Em diferentes afloramentos, rochas intercaladas em camadas que se reconhecem como idênticas possuem a mesma idade.  Se as rochas que se querem datar estão intercaladas em camadas que se reconhecem como idênticas, pode-se estabelecer uma correlação entre essas rochas intercaladas, de um afloramento para o outro.  Deste modo, uma camada limitada por um muro (base) e por um teto (topo) e definida por uma certa fácies tem a mesma idade ao longo de toda a sua extensão lateral.
  • 30. Datação Relativa P. da intersecção 30 Princípio da intersecção  Toda a estrutura geológica que intersecta outra é mais recente do que ela.  A intrusão é mais recente do que os estratos A, B, C, D e E.  O filão é mais recente do que todas as outras formações, dado que as intersecta.
  • 31. Datação Relativa P. da inclusão 31 Princípio da inclusão  Fragmentos de rochas incorporadas numa rocha são mais antigas do que a rocha que os engloba.  O estrato F é mais recente do que os outros pois inclui fragmentos de D, C e B.
  • 32. Escala do Tempo Geológico 32  São muitos e variados os acontecimentos que marcam a História da Terra  Alguns acontecimentos assumiram proporções dramáticas Períodos de intensa e Impacto da Terra contínua atividade com corpos vindos do vulcânica espaço Períodos mais ou menos Períodos de aquecimento prolongados de subida e ou arrefecimento global descida do nível do mar
  • 33. Escala do Tempo Geológico 33 3 800
  • 34. Escala do Tempo Geológico 34
  • 35. Escala do Tempo Geológico 35  As informações resultantes tanto de datações relativas como, mais tarde, de datações absolutas, permitiram aos geólogos a elaboração de escalas de tempo geológico.  Estas representações esquemáticas da história da Terra, representam sequências de divisões do tempo geológico, sendo as respetivas idades registadas em milhões de anos.
  • 36. Escala do Tempo Geológico 36 Os 4,6 mil milhões de anos da Terra estão divididos em grandes unidade de tempo:  Pré-Câmbrico  Era Paleozóica  Era Mesozóica  Era Cenozóica
  • 37. Escala do Tempo Geológico 37
  • 38. Escala do Tempo Geológico 38 As divisões são tanto maiores e mais inseguras quanto mais recuados são os tempos geológicos
  • 39. Escala do Tempo Geológico 39 Relação entre a escala do tempo geológico e as grandes extinções.
  • 40. Escala do Tempo Geológico 40
  • 41. Escala do Tempo Geológico 41
  • 42. Escala do Tempo Geológico 42
  • 43. Escala do Tempo Geológico 43  Nestas escalas, as divisões mais alargadas de tempo designam-se por eons.  Nesses grandes intervalos de tempo consideram-se divisões de duração inferior chamadas eras, cada uma das quais se subdivide em períodos que, por sua vez, se dividem ainda em épocas.  As transições entre as diferentes divisões correspondem sobretudo a momentos de grandes extinções ocorridas no passado e testemunhadas pelo registo fóssil. Fósseis de muitos organismos, como os dinossauros e outros grupos animais e vegetais, aparecem pela última vez em estratos rochosos cuja datação absoluta revelou a idade de 66,4M. a., Estas espécies ter-se-ão extinto nesta época Transição entre a Era Mesozoica e a Era Cenozoica
  • 44. Escala do Tempo Geológico 44 Pré-Câmbrico 4600 M. a. – 542M. a.  Era mais longa.  Origem da crusta terrestre, atmosfera primordial e primeiros mares.  Seres aquáticos sem esqueleto.  Escassos registos fósseis.  As primeiras cianobactérias utilizam a fotossíntese e produzem oxigénio.
  • 45. Escala do Tempo Geológico 45 Era Paleozoica 542 M. a. – 251 M. a.  Desenvolvimento das comunidades marinhas.  Desenvolvem-se os primeiros peixes.  Origem dos anfíbios, insectos e répteis.  Domínio das plantas produtoras de esporos.  Formação do super continente Pangea. Extinção em massa 90 % de todas as Famílias desaparecem. Fim da Era Paleozoica
  • 46. Escala do Tempo Geológico 46 Era Mesozoica 251 M. a. – 65 Ma.  A idade dos dinossauros  Dominam as plantas terrestres  Origem das gimnospérmicas – plantas com sementes  Origem das angiospérmicas – plantas com flor  Origem dos mamíferos e das aves Impacto de um asteroide? Vulcanismo intenso? Extinção em massa de dinossauros e de muitos organismos marinhos Fim da Era Mesozoica
  • 47. Escala do Tempo Geológico 47 Era Cenozoica 251 M. a. - …  Evolução continuada e adaptações das plantas com flor, insectos, aves e mamíferos  Domínio dos mamíferos  Movimentos significativos da crusta e formação de montanhas (Alpes e Himalaias)  Evolui o mais primitivo hominídeo (antepassado dos humanos) há aproximadamente 4,4 milhões de anos atrás.  Os primeiros Homo sapiens surgiram há aproximadamente 100 mil anos atrás.