1. PALAVRA JOVEM
N° 45 27/11/2012
RESPONSÁVEIS: Norma Holanda, Marcos Lima, Pedro Henrique,
Jefferson Alves, Tadeu Oliveira, Karolyne Lima, Carlos Marcus e
Samaria Soto.
ABERTURA: BOM DIA QUERIDOS OUVINTES, ESTÁ NO AR
MAIS UM PROGRAMA DA ESCOLA FIGUEIREDO CORREIA, O
PALAVRA JOVEM, EU SOU................................ E O TEMA DE HOJE
É: NOVEMBRO: MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA.
MAS ANTES A MENSAGEM DO DIA:
PAZ PERFEITA
Certa vez um rei teve de escolher entre duas
pinturas, qual mais representava a paz perfeita.
A primeira era um lago muito tranquilo, este
lago era um espelho perfeito onde se refletiam
algumas plácidas montanhas que o rodeavam,
sobre elas encontrava-se um céu muito azul
com nuvens brancas. Todos os que olharam
para esta pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita.
Já a segunda pintura também tinha montanhas, mas eram escabrosas e
não tinham uma só planta, o céu era escuro, tenebroso e dele saíam
faíscas de raios e trovões. Tudo isto não era pacífico. Mas, quando o rei
observou mais atentamente, reparou que atrás de uma cascata havia um
pequeno galho saindo de uma fenda na rocha. Neste galho encontrava-se
um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um
passarinho calmamente sentado no seu ninho. Paz Perfeita. O rei escolheu
essa segunda pintura e explicou:
"Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas ou sem
dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso,
permanecemos calmos e tranquilos no nosso coração. Este é o verdadeiro
significado da paz."
2. MÚSICA: Hoje estaremos homenageando o grupo de pagode raça negra
e ouviremos neste momento a música Vida Cigana que vai para todos os
alunos da Escola Figueiredo Correia e para os funcionários que não
julgam o caráter e a competência das pessoas pela cor da pele.
1º RETORNO: BOM DIA, EU SOU............................... E ESTAMOS
DE VOLTA COM O PALAVRA JOVEM E NOSSO TEMA É:
CONSCIÊNCIA NEGRA
Neste dia 20 e por todo mês de novembro
celebramos a consciência negra! E este
novembro negro é momento de pensar o
futuro, mas também de refletir sobre todo um
passado de lutas, suor e de conquistas. É
momento de preparação para as lutas de hoje
e para as que ainda virão. E é importante
estar pronto para conquistas no futuro sem esquecer as lutas do passado.
Portanto, devemos lembrar os heróis de nossa história. Uns muito
celebrados e outros nem tanto. Mas todo heróis de grande contribuição,
cada um em seu tempo e a sua maneira, para a conquista do espaço do
negro na sociedade atual.
Vamos lembrar João Cândido, o Almirante Negro, enaltecido por Aldir
Blanc e João Bosco na música "O Mestre Sala dos Mares". E como disse
o poeta, lembramos das rubras cascatas que rolavam das costas dos
negros entre cantos e chibatas. Nosso Almirante Negro que tem por
monumento as pedras pisadas dos cais. Marinheiro João Cândido, herói
da sublevação dos marujos no Rio de Janeiro de 1910, a chamada Revolta
da Chibata. Foi aí que os marinheiros se revoltaram contra os castigos
físicos e contra as péssimas condições a que eram submetidos na Marinha
de então.
Lembrar do mulato engenheiro André Rebouças, conhecido como “O
Engenheiro do Império”. Oficial militar, conselheiro do Imperador Dom
Pedro II. Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas tendo sido diretor e
professor do Instituto Politécnico. Fluente em inglês e francês. Foi o
engenheiro responsável pelo sistema de abastecimento de água do Rio de
Janeiro e pela construção das Docas da Alfândega. Um homem de notório
3. saber e muito respeitado. Foi um incansável na luta pela abolição da
escravatura, apesar de sua forte ligação com a família imperial.
Firmemente engajado na campanha abolicionista, foi um dos criadores da
Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, ao lado de ícones da luta negra
como José do Patrocínio e Joaquim Nabuco.
Lembramos também dos negros de origem islâmica (Haussá e Nagô) que
se insurgiram na Revolta dos Malês. Os escravos de Alá que em 1835
buscaram através de levante armado, libertar os negros de Salvador.
Embora tivessem seu movimento abortado pela traição e rapidamente
sufocado pela superioridade das forças militares da então Província da
Bahia, este movimento plantou a semente da liberdade no coração de
homens escravizados. O termo Malê vem do yorubá Imalê e significa
muçulmano.
Celebramos Maria Felipa: heroína negra baiana que em 1823, no
comando de um grupo de cerca de 40 mulheres armadas apenas de galhos
de cansanção, lutou contra um destacamento de soldados portugueses
pela independência da Bahia. As guerreiras invadiram um acampamento
do exercito português, atearam fogo às embarcações e promoveram
muitas baixas ao exército na luta pela liberdade.
Também não podemos nos esquecer do já citado José do Patrocínio, dos
negros que lutaram bravamente na guerra do Paraguai, dos lanceiros da
guerra das Farroupilhas, de Zumbi do Palmares, de Francisco José do
Nascimento ou Chico da Matilde (o nosso Dragão do Mar), de Prata
Preta, o estivador e capoeirista que enfrentou o governo na Revolta da
Vacina e que serve de inspiração aos autores da novela de televisão.
Tantos outros heróis...
Falo sobre esses baluartes de nossa história para que seu exemplo e seu
brilho iluminem fortemente a consciência da sociedade brasileira,
formada por tantos outros heróis do dia-a-dia. Heróis que ainda tem que
lutar contra os olhares enviesados e resistir às barreiras e às amarras de
um preconceito velado que insiste em permanecer incutido na mente do
cidadão comum. Pensamento persistente de ainda julgar o irmão pela cor
de sua pele, pela sua religião ou condição social.
4. Irmãos, João Cândido até hoje é
considerado um criminoso pelas forças
armadas e a sua família luta sem sucesso
pela sua honra, buscando sua
reintegração na Marinha de Guerra.
Outros tantos heróis negros tem sua
história ameaçada pelo descaso do
esquecimento... Temos que ocupar com
dignidade o nosso lugar na sociedade. Hoje
somos representativos no mercado emergente,
a população negra avançou em renda média,
atingimos boas colocações no mercado de
trabalho e posições de destaque nas
organizações. Mas, se não continuarmos reconhecendo nossa negritude e
esquecermos a nossa história, Rebouças será apenas o nome do famoso
túnel do Rio de Janeiro que, emblematicamente, separa a Zona Norte da
Zona Sul.
Somos milhões de brasileiros negros em plena ascensão social e não
podemos permitir que o obstáculo da discriminação racial venha
representar empecilho em nossa luta por uma sociedade justa e
igualitária, por um Brasil para todos e todas; um Brasil de todas as cores.
MÚSICA: Ouviremos a música doce paixão com raça negra que vai para
toda a comunidade iracemense e pra escola Figueiredo Correia.
2º RETORNO: BOM DIA, EU SOU ________________ E ESTAMOS
DE VOLTA COM O PALAVRA JOVEM E NOSSO TEMA DE
HOJE É: CONSCIÊNCIA NEGRA.
Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de
janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste
dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem
histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do
Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua
comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema
escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana
aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade
5. do seu povo. A criação desta data foi importante, pois serve como um
momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e
do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos
colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais,
gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos
comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais,
valorizando a cultura afro-brasileira. A abolição da escravatura, de forma
oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram
contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. Vale dizer
também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos
de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída
somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores,
bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados
hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa
história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de
origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história.
Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas
brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que
visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.
MÚSICA: Ouviremos neste momento a música é tarde demais com raça
negra que vai para toda a comunidade Figueiredo correia.
3º RETORNO: BOM DIA, EU SOU ............................... E ESTAMOS
DE VOLTA COM O PALAVRA JOVEM COM O NOSSO QUADRO
O É DE LASCAR:
É de lascar pessoas se sentirem superiores
a outras só por causa da sua cor ou raça. É
de lascar ver a discriminação e o
preconceito todos os dias em forma de
piadas, risinhos, pequenos gestos e
apelidos pejorativos. e o pior de tudo é
observar que existem aqueles que dizem
que racismo não existe. é de lascar ainda
saber que a cada dia que se passa, aumenta mais e mais o número de
6. vítimas desse “preconceito”, e estas pessoas parecem desconhecer seus
direitos e a lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 que define os crimes
resultantes de preconceito de raça ou de cor. o artigo primeiro dessa lei
afirma que serão punidos na forma desta lei, os crimes resultantes de
discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional. Algumas pessoas por acharem que são superiores a outras,
acabam tornando a vida social, a convivência entre os grupos, um
problema difícil de resolver.
4° RETORNO: BOM DIA EU SOU ____________________E
ESTAMOS DE VOLTA COM O PALAVRA JOVEM, AGORA COM
ALGUNS INFORMES PARA NOSSA COMUNIDADE. MAS
PRIMEIRO OS ANIVERSARIANTES DA SEMANA, DO DIA 25-11 Á
01-12-2012.
Francisca Rayssa Bandeira da Silva (9° Ano);
Rerisson Oliveira Pacheco (1° Ano “A”);
Valdir Gonçalves Pimenta (1° Ano “B”);
Bruno Kennes Rodrigues da Silva (1° Ano “C”);
Mayanne de Oliveira Lima (2° Ano “A”);
Francisca Rafaela Lemos de Almeida (2° Ano
“D”);
MÚSICA: Despedimo-nos anunciando a última música:
Desculpe mais eu vou chorar com raça negra que vai
para todos os ouvintes do Palavra Jovem. Até Próxima
Terça-feira.