O documento resume:
1) A vida e ensinamentos de Zoroastro, fundador do Mazdeísmo na Pérsia antiga
2) As origens comuns do Mazdeísmo e do monoteísmo, assim como dos costumes dos povos arianos
3) Que os ancestrais dos persas e hindus já cultuavam o deus Mithra antes de se separarem
1. JB NEWS
Informativo Nr. 154
Editoria: Ir Jerônimo Borges
(Loja Templários da Nova Era - GLSC)
Florianópolis (SC) 28 de janeiro de 2011
2. A qualidade de Irmão é sempre mais perfeita,
e o preço muito mais justo.
3. Índice desta sexta-feira:
1. Almanaque
2. Sobre Zoroastro e o Mazdeísmo (Ir. Mohamad G. Barani)
3. Maçons que receberam o prêmio Nobel da Paz (repasse: Ir. Wanderley C.
do Nascimento)
4. O Cobridor (Ir. Fábio Sérgio do Amaral)
5. Destaques JB
4. 1521 – Início da Dieta de Worms.
1808 – Abertura dos portos brasileiros às nações amigas.
1811 – Primeiro movimento de independência no Uruguai, encabeçado por José Artigas.
1823 – Fundação do Condado de Fulton.
1856 – É criado o Banco da Espanha.
1857 – Criação da freguesia, hoje município, de Passo Fundo.
1859 – Incorporação da cidade de Olympia.
1871 – Fim da Guerra Franco-Prussiana.
1887 – Colocação da primeira pedra da Torre Eiffel, símbolo de Paris, projetada por
Gustave Eiffel. Inaugurada em 1889 como a máxima atração da Exposição Universal, a
Torre era então a construção mais alta do mundo, com 300 metros de altura.
1914 – Incorporação da cidade de Beverly Hills (Califórnia).
1908 – É instaurado um movimento revolucionário em Portugal, abafado três dias depois.
1932 – As forças japonesas começam a ocupação de Shanghai.
1933 – Criação do nome Paquistão pelo nacionalista muçulmano e estudante de
Cambridge Choudhary Rahmat Ali (v. História do Paquistão).
1935 – A Islândia torna-se o primeiro país do mundo a legalizar o aborto
1942 – O governo brasileiro, presidido por Getúlio Vargas, rompe relações com a
Alemanha e com a Itália.
1943 – Getúlio Vargas e Franklin Delano Roosevelt participam da Conferência de Natal,
onde ocorrem as primeiras tratativas que resultarão na criação da Força Expedicionária
Brasileira.
1943 – Segunda Guerra Mundial: a Alemanha recruta todos os homens de 16 a 65 anos.
1944 – Fundação da cidade de Apucarana (Paraná, Brasil).
1944 - Era libertado em Leningrado (S. Petersburgo) sendo fortlecido o regime de Josef
Stalin. *
1944 – Eram rompidas as relaç~poes diplomáticas pelo Brasil com a Alemanha e a Itália.
*
1951 – Técnicos norte-americanos realizam um teste nuclear no deserto de Nevada.
1954 – Fundação da Confederação Nacional do Transporte – CNT do Brasil.
1960 – A Birmânia assina um tratado de paz com a China.
1970 – Fundação da Universidade Estadual de Londrina.
1979 – Ingressa na Real Academia Espanhola a escritora Carmen Conde, primeira mulher
a fazer parte da Instituição.
1983 – A França instala novos mísseis intercontinentais na região dos Alpes da Alta
Provença.
1984 – Reincorporação do Egito à Liga Árabe, solicitada pelo rei Hussein da Jordânia.
5. 1986 – A espaçonave Challenger explode 73 segundos após ter sido lançada. O acidente
mata seis astronautas e a professora Christa McAuliffe, primeira civil a participar de um
programa espacial.
1994 – Mechislav Grib é eleito presidente da Bielorrúsia.
2003 – Política de Israel: Ariel Sharon é reeleito primeiro-ministro de Israel.
2005 – A Procter & Gamble compra a Gillette em acordo estimado em US$ 57 bilhões,
uma das maiores transações comerciais já realizadas.
Culturais
1956 – Elvis Presley aparece na televisão pela primeira vez no show Os Irmãos Dorsey,
onde cantou as músicas "Blue Suede Shoes" e "Heartbreak Hotel".
1981 – A carioca Ana Maria Botafogo torna-se, aos 23 anos, a primeira bailarina do
Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
1985 – A coalizão de músicos USA for Africa, liderada por Harry Belafonte, Kenny
Rogers, Michael Jackson e Lionel Richie, grava a canção "We are the world", para
arrecadar fundos destinados às vitimas da fome na África.
1997 – Clive Davis recebe uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.
Nascimentos
1457 – Rei Henrique VII de Inglaterra (m. 1509).
1540 – Ludolph van Ceulen, matemático alemão (m. 1610).
1600 – Papa Clemente IX (m. 1667).
1800 – António Feliciano de Castilho, escritor português (m. 1875).
1822 – Alexander Mackenzie, segundo primeiro-ministro do Canadá (m. 1892).
1841 – Henry Stanley, explorador galês (m. 1904).
1853 – Jose Martí, escritor cubano e mártir da Independência de Cuba em relação à
Espanha (m. 1895).
1865 – Kaarlo Juho Ståhlberg, 1° presidente da Finlândia (m. 1952).
1886 – José Linhares, 23º presidente do Brasil no período de 29 de outubro de 1945 a 31
de janeiro de 1946 (m. 1957).
1892 – Ernst Lubitsch, cineasta alemão, naturalizado estadunidense (m. 1947).
1899 – August Annist, escritor e folclorista estoniano (m. 1972).
1906 – Emídio Santana, militante anarco-sindicalista português.
1912 – Jackson Pollock, pintor estadunidense (m. 1956).
1918 – Castro Gonzaga, ator brasileiro (m. 2007).
1922 – Robert W. Holley, bioquímico estadunidense (m. 1993).
1935 – David Lodge, escritor inglês.
1936 – Alan Alda, ator estadunidense.
1938 – Raul Gil, apresentador de televisão e cantor brasileiro.
1940 – Carlos Slim, empresário mexicano.
1945 – Robert Wyatt, músico inglês.
1947 – Fernando Carvalho Rodrigues, físico português.
1948
o Mikhail Baryshnikov, bailarino russo.
6. o Charles Taylor, político liberiano.
1950 – Hamad bin Isa Al Khalifa, rei do Bahrein.
1954
o Bruno Metsu, treinador francês de futebol.
o Philippe Bergeroo, ex-futebolista francês.
1955 – Nicolas Sarkozy, político francês.
1958
o Maitê Proença, atriz brasileira.
o Edevaldo de Freitas, ex-futebolista brasileiro.
1959 – Frank Darabont, diretor de cinema francês.
1962 – Philippe Vercruysse, ex-futebolista francês.
1963 – António Filipe, político português.
1964 – Rui Nova, locutor de rádio e cantor português.
1965 – Marcello Antony, ator brasileiro.
1968 – Sarah McLachlan, cantora canadense.
1969 – Fernando Cornejo, ex-futebolista chileno (m. 2009).
1973 – Cynthia Benini, jornalista brasileira.
1975
o Susana Feitor, marchadora portuguesa.
o Junior Spivey, jogador de baseball norte-americano.
1977
o Marcelo Lipatin Lopez, futebolista uruguaio.
o Nádia Almada, transexual portuguesa.
o Takuma Sato, piloto japonês de corridas.
o Audrius Ksanavičius, futebolista lituano.
o Joey Fatone cantor estadunidense (ex-integrante do grupo 'N Sync)
1978
o Jamie Carragher, futebolista inglês.
o Papa Bouba Diop, futebolista senegalês.
o Gianluigi Buffon, futebolista italiano.
o França, futebolista brasileiro.
o Jasmin Handanovič, futebolista esloveno.
o Monica Roccaforte, atriz pornográfica húngara.
1979
o Samantha Schmütz, atriz e humorista brasileira.
o Melvin Brown, futebolista mexicano.
o Branislav Krunić, futebolista bósnio.
1980
o Nick Carter, cantor estadunidense.
o Yasuhito Endō, futebolista japonês.
o Siem De Jong, futebolista holandês.
1981
o Elijah Wood, ator estadunidense, que ganhou projeção com o personagem Frodo
do filme O Senhor dos Anéis.
o Ezequias, futebolista brasileiro.
7. o Marko Babić, futebolista croata.
o Patrick Mtiliga, futebolista dinamarquês.
o Maykel Galindo, futebolista cubano.
1982
o Sébastien Puygrenier, futebolsta francês.
o Tamandani Nsaliwa, futebolista canadense.
1983
o Sandy Leah Lima, cantora brasileira.
o Richard Pacquette, futebolista dominiquense.
1984
o Andre Iguodala, jogador de basquete estadunidense.
o Issam Jemâa, futebolista tunisiano.
o Vinícius Reche, futebolista brasileiro.
1985
o Lisbeth Trickett, nadadora australiana.
o Arnold Mvuemba, futebolista francês.
1986 – Miguel Torres, futebolista espanhol.
1987 – Mikhail Kerzhakov, futebolista russo.
Mortes
814 – Carlos Magno, Rei de França (n. 742).
1119 – Papa Gelásio II.
1547 – Rei Henrique VIII de Inglaterra, fundador da Igreja Anglicana (n. 1491).
1621 – Papa Paulo V, (n. 1552).
1688 – Ferdinand Verbiest, astrónomo, cientista, jesúita e missionário flamengo (n.
1623).
1865 – Felice Romani, poeta, libretista e profesor de literatura e mitologia italiano (n.
1778).
1891 – Nikolaus Otto, engenheiro alemão inventor do motor de combustão interna
nomeadamente do ciclo de Otto (n. 1832).
1898 – Roberto Ivens, militar português (n. 1850).
1916 – Ramiro Barcellos, político brasileiro (n. 1851).
1924 – Teófilo Braga, político, escritor e ensaísta português (n. 1843).
1939 – William Butler Yeats, poeta irlandês (n. 1865).
1963 – John Farrow, diretor de cinema australiano que fez carreira nos Estados Unidos
(n. 1904)
1972 – Dino Buzzati, escritor e jornalista italiano (n. 1906).
1996
o Jerome Siegel, artista estadunidense (n. 1914).
o Joseph A. Brodsky, escritor russo de nacionalidade norte-americana, Prêmio
Nobel de 1987.
1997 – Antônio Callado, jornalista e escritor brasileiro membro da ABL (n. 1917).
1998
o Shotaro Ishinomori, mangaká e criador do gênero Kamen Rider (n. 1938).
o Salvador Arena, empresário, fundador da Termomecanica.
8. 2001 – Luna Caballero, cantora argentina.
2002 – Astrid Lindgren, escritora sueca de livros infantis. Píppi Meialonga, ou Pipi das
Meias Altas (em Portugal), é a sua personagem mais famosa (n. 1907).
2003 – Cícero Dias, pintor brasileiro (n. 1907).
2005 – Daniel Branca, autor argentino de Banda Desenhada/Quadrinhos (n. 1951).
Feriados e eventos cíclicos
Aniversário da cidade de Apucarana- Paraná – Brasil.
Dia do Comércio Exterior – Brasil.
Dia de São Tomás de Aquino – Santo da Igreja Católica.
Dia do Portuário.
Aniversário da cidade de Castanhal, PA (Pará), Brasil.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
Fatos Históricos de Santa Catarina
1832 Morre, em Moçambique, na África, o coronel Paulo José Miguel de
Brito, autor da “Memória Histórica da Capitania de Santa Catarina”,
escrita em 1816 e publicada em 1828. Foi a primeira História escrita de
Santa Catarina a ser impressa.
1855 Nasce, no Rio de Janeiro, José Lustosa da Cunha Paranaguá. Foi
presidente da Província de Santa Catarina de setembro de 1884 a julho
de 1885.
1945 Morre, em Brusque, o cônsul Carlos Renaux, pioneiro da indústria
têxtil de Santa Catarina.
1959 Instalado, nesta data, os municípios de Armazém e de Lebon Régis.
Calendário Maçônico do Dia:
1853 Nasce José Julián Martí () poeta e estadista, morto em 1895 na
luta pela independência de Cuba.
1981 Fundada a Loja “Estrela de Camburí” nr. 2093 (GOB/ES) de Vitória.
* Colaboração do Ir Ruben Luz da Costa
9. Zaroastro
“SOBRE ZOROASTRO E O MAZDEÍSMO”
Pequeno ensaio sobre as origens do Mazdeísmo e do monoteísmo, bem
como da vida de Zoroastro e os costumes ancestrais dos Arianos
por Mohamad Ghaleb Birani,
1.
Em uma época que para nós é desconhecida – em que os ancestrais dos
persas e dos hindus ainda estavam unidos – estes arianos já eram devotos do deus
Mithra; Tanto os hinos avésticos quanto os védicos já lhe prestavam culto e, mesmo
com todas as diferenças posteriores, preservaram ainda seus traços mais marcantes, o
que não deixa qualquer dúvida acerca das origens comuns destes povos. Ambas as
religiões viam a esta entidade como um deus da Luz, protetor da Verdade que,
invocado juntamente com o Céu, era também o último bastião contra as forças das
Trevas. Se para os ários que foram se estabelecendo nas montanhas de Zagros (no
atual Irã) este deus era chamado de Ahura, para os hindus era chamado de Varuna e,
para os gregos tardios, Urano.
Como Mitra fosse o deus da Luz e da Verdade, foi natural sua conversão
em um princípio ético que determinou toda a formação e a vida de um povo; Era,
10. portanto, o norte espiritual de todo um povo afeito a conquistas e embates contra
outros povos, podendo ser traduzido mais objetivamente como a quintessência dos
valores mais tradicionais destes povos arianos; Vemos isto, posteriormente, no epíteto
que define até hoje os persas do Período Clássico dos Aquemênidas e dos Grandes
Reis: a obrigação de todo persa era “montar a cavalo, atirar com o arco e falar a
verdade” (Heródoto, História, I,CXXXVI). Pouco
sabemos, em verdade, sobre a origem e os motivos
das migrações destes povos que se espalharam em
um determinado momento de sua História – seja
por uma grande fome, seja pela simples vontade de
se aventurar em terras distantes – e que,
posteriormente, formaram o braço indo-ariano
(persas, hindus) e os indo-europeus (berço das
grandes civilizações ocidentais tais como a Grega e
a Romana); Mesmo nos Hinos Védicos o que resta
de Mitra pode ser
considerado apenas um fragmento, parcialmente
extinto que, mesmo assim testemunha a grandeza
do culto por estes povos em sua Pré-História. A
importância do culto à Luz, a guisa de curiosidade, é inclusive bastante forte no
budismo. É certo que sua memória foi conservada no Avesta – o livro sagrado dos
Persas – de forma muito mais marcante que na literatura sagrada sânscrita. Mas,
mesmo assim, podemos identificá-lo com bastante segurança ainda hoje no panteão de
deuses arianos, anteriores à teologia dos hindus.
Importa saber, entretanto,que as tribos do Irã, muito antes da grandeza recém-
adquirida na época dos Grandes Reis iniciada por Ciro, o Grande, jamais deixou
de cultuar a este Deus da Luz até sua conversão total ao Islamismo e, mesmo após
esta conversão, o culto resistiu; O interesse é evidente para os que se dedicam ao
estudo do cabedal simbólico da Maçonaria, bem como pelo simples fato de ter sido a
primeira grande religião monoteísta testemunhada pela Humanidade que influenciou
todas as demais; Em um segundo momento, tais conceitos nos são por demais
interessantes pela idéia e cultura da Virtude (Arete) que surgiu a partir disto, ordenando
a construção de um grande império baseado apenas no conceito de valor, verdade e
honra. Esta idéia de virtude – que foi desenvolvida mais aprofundadamente no meu
trabalho sobre Homero e a Arete dos Gregos – é o traço mais característico destes
povos de origem ária e ainda hoje, objeto de investigação por grande número de
eruditos em todo o mundo.
O mitraísmo, puro e simples destas tribos ancestrais, sofreu uma grande reforma
quando do surgimento de Zarathustra Espítama (ou Zoroastro para os gregos que
sempre foram incapazes de compreender qualquer idioma que não fosse o seu); Antes
deste grande reformador, os ancestrais dos persas e dos hindus tinham uma
religião bem próxima ao paganismo, com seu culto a entidades mais tardes
consideradas como demônios que, por sua vez, representavam as forças da Natureza,
da forma como mais ou menos se encontrou representada em várias culturas
ocidentais posteriores.
Zoroastro, que não tolerava a existência deste caos religioso tão próprio do paganismo,
Torre usada pelos seguidores
de Zoroastro para depositar os
cadáveres
11. por sua vez, foi o responsável por introduzir os até então inéditos conceitos de
monoteísmo e dualismo (a Luz contra as Trevas, o Bem contra o Mal, a Verdade
contra a Mentira, etc.), sendo que o campo de batalha desta eterna luta seria o próprio
espírito do homem. Outra grande reforma foi ter Zoroastro contestado e relegado à
condição de demônios todos os outros deuses do panteão ariano, promovendo a Mitra
à condição de deus maior, a quem lhe atribuiu o nome de Ahura-Mazda, ou o Senhor
da Sabedoria (o Sábio Senhor ou ainda o Espírito Sábio); Se, antes Mitra era apenas
mais um dos deuses – que representava o Sol – assim como os outros deuses do
firmamento, depois da reforma teológica promovida por este grande sábio, passa a ser
o deus máximo, o criador de tudo, fonte de todas as forças naturais a quem o homem
deve render culto para não sucumbir ante as forças do mal.
Apesar dos gregos antigos terem considerado Zoroastro como personagem histórico –
alguns clássicos chegaram a lhe conferir sua existência há mais de 5.500 anos antes
de sua própria civilização -, assim como os Babilônicos, cujo registro escrito aponta
para sua existência em algum período entre os anos 2.000 e 1.000 a.C., pouco se sabe
sobre sua vida que não o fato de ter vivido por muito tempo; No entanto, os eruditos
modernos atribuem sua existência entre os Séculos V e VI a.C., sendo hoje bastante
aceita a teoria de que Zoroastro foi contemporâneo dos Grandes Reis da dinastia
Aquemênida: o primeiro nobre a se converter à nova fé teria sido o príncipe Histaspes,
um dois sete grandes nobres persas da tribo de Pasárgada, pai do que veio a ser
conhecido como o Grande Rei Dario I.
A lenda, mais ou menos parecida nas várias fontes que nos chegaram até hoje, nos
conta que o profeta ariano teve uma concepção divina: um anjo se transformou
em seiva de haoma (soma, para os hindus) – que era uma planta com a qual se fazia a
bebida sagrada – e assim passou para o corpo de um sacerdote ariano; Um raio de luz
fecundou então uma jovem de linhagem nobre e este sacerdote se casou com ela e,
assim foi concebido Zarathustra, do clã dos Espítamas. No dia de seu nascimento,
segundo a lenda, a criança sorriu e os espíritos malignos que o circundavam fugiram
de terror e espanto, eis que uma nova era de verdade e virtude havia sido anunciada.
Conta-se que ao atingir a idade adulta o profeta preferiu o isolamento e, nesta jornada
em busca da iluminação no deserto, foi por várias vezes tentado pelo Espírito do Mal a
seguir o caminho das Trevas, mantendo incólume sua fé ao Sábio Senhor, mesmo
tendo passado por um período de descrença e revolta pelas desgraças que
testemunhava. Entretanto, em sua peregrinação, eis que surge o próprio Ahura-Mazda
e lhe entrega o livro sagrado, o Avesta, o livro do conhecimento e sabedoria que
lhe confiado a transmitir aos homens. Assim como Jesus Cristo, no início de suas
pregações, foi ridicularizado pelos seus contemporâneos que não reconheciam a
validade desta nova religião e se mantiveram cultuando a animais e ao sol como se
fossem estes os próprios deuses1, resistentes a sua tão revolucionária e inédita
doutrina.
As divindades desta religião, como vimos acima, antes da reforma de Zoroastro eram
muito próximas às divindades Hindus: Mithra, era o deus do Sol (assim como Apolo,
para os gregos); Anaíta, deusa da fertilidade e da terra (Vênus ou Afrodite), assim
como tantos outros deuses do panteão ariano que nos parecem tão próximas dos
gregos e romanos. Ou seja, estas entidades (deuses) serviam apenas para
personificar tudo o que era sublime na natureza que, com a reforma mazdeísta, foram
12. rebaixados à condição de Devas, ou seja, demônios. Em sua monumental História da
Pérsia, P. M. Sykes, nos adverte que mesmo no sânscrito antigo, da época dos Vedas,
o nome Asura (Ahura, no Avesta) já tinha como significação, “O Senhor” e os Devas
(Daevas, no Avesta) queria dizer, entidades celestiais; Mais tarde, esta palavra ariana
se transformou na palavra para denominar simplesmente Deus, como podemos ver nas
línguas derivadas, theos, para os gregos, deus, para os latinos, etc.; Apenas como
curiosidade, ainda sob a luz dos ensinamentos deste grande iranista, temos que, no
período védico, estas duas classes de entidades (Ahuras e Devas) eram vistas como
estando em eterno conflito entre si e na veneração dos homens; Na Índia,
posteriormente e ao contrário do que ocorreu na Pérsia, os Devas eram as entidades
1 Yasna, Cap. 30-5,6 e 7.“5. Of these twain Spirits he that followed the Lie chose doing the worst things;
the holiest Spirit chose Right, he that clothes him with the massy heavens as a garment. So likewise they that are
fain to please Ahura Mazda by dutiful actions. 6. Between these twain the Daevas also chose not aright, for
infatuation came upon them as they took counsel together, so that they chose the Worst Thought. Then they rushed
together to Violence, that they might enfeeble the world of men. 7. And to him (i.e. mankind) came Dominion, and
Good Mind, and Right and Piety gave continued life to their bodies and indestructibility, so that by thy retributions
through (molten) metal he may gain the prize over the others.” (apud ww.avesta.org)
ascendentes e os Ahuras as descendentes, não se sabendo apontar, quando,
precisamente, tal inversão tomou forma.
É interessante notar como toda esta mitologia tem objetivos pedagógicos e éticos ao
mesmo tempo; Para os Arianos primitivos, os Ahuras eram uma forma de guia moral
para a boa conduta, a ordem e a verdade (Asha), ao passo que os Devas, demônios,
representavam o lado negro da natureza humana (Druj), como a desordem, a
mentira e a maldade. Nesta religião primitiva - da mesma forma como passou a ser no
Zoroastrismo ou Mazdeísmo de forma mais refinada -, homens e seus deuses são
apenas parte de um grande esquema cósmico e a Sabedoria, mais tarde representada
pelo seu Senhor e deus supremo, Ahura-Mazda, estaria em agir conforme esta ordem
cósmica, buscando a virtude que era a base do universo, o ponto de equilíbrio entre
estas forças conflitantes e a suprema redenção da Humanidade. O objetivo, pois, desta
crença nada mais era que a ciclópica tarefa de inserir o mundo dos homens na
majestade soberana da virtude, ou Arta (Arete, para os gregos), para estes povos indo-
iranianos.
De qualquer sorte, o deus Mitra, entidade máxima do paganismo anterior à reforma, era
o deus dos sacrifícios e protetor dos guerreiros, talvez um dos traços mais marcantes
da época em que os arianos ainda viviam em tribos que guerreavam entre si, onde ser
virtuoso – valoroso, útil, enérgico, verdadeiro e confiável – era a qualidade máxima de
um povo que vivia da guerra e para a guerra, ante a sua natureza absolutamente
nômade em seus primórdios; Não era nada mais que a primitiva representação da
eterna luta do dia contra a noite, da mesma forma que vários outros deuses protegiam
determinados povos das forças da natureza. O mazdeísmo – ou seja, o sistema
teológico zoroastriano -, na sua luta contra o caos de superstições que tais crenças
geraram no homem antigo, diminuiu, e muito, sua importância, pois é fenômeno de um
povo que, após longas migrações em busca de um paraíso na terra, finalmente se
acomoda, porém não esquece seu passado remoto: a partir da reforma, Ahura-Mazda
passa a ocupar o ponto culminante da hierarquia celestial e, portanto, nenhum outro
deva poderia ser considerado seu par. Entretanto, como é cediço, as antigas
divindades não podem nunca ser substituídas e, estas divindades - assim como o
próprio Mitra - passam a ser considerados Amshaspads que nada mais eram que
13. divindades menores que auxiliavam ao Sábio Senhor a controlar o universo. Outras
forças da Natureza ou arquétipos que possuíam representações foram rebaixadas à
condição de gênios, ou Yazatas, criadas por Ahura-Mazda.
Nos “Mistérios de Mitra” de Franz Curmont temos que estes gênios menores foram
associados a algumas “das abstrações divinizadas que os persas aprenderam a
adorar. Como protetor dos guerreiros, recebeu como companheira Verethraghna, ou
Vitória. Como defensor da Verdade, foi associado ao pio Sraosha, ou Obediência à Lei
Divina; com Rashnu, Justiça; e Arshtat, Retidão. Como gênio tutelar da prosperidade,
ele é invocado com Ashi-Vañuhi, Riquezas; e, com Parendi, Abundância.” (p.15) Como
mais tarde veremos na História dos Romanos, foi esta modalidade iraniana que foi
desenvolvida mais tarde – a doutrina da redenção dos homens por meio de Mitra, que
ganhou força no Ocidente e concorreu com a fé primitiva cristã nos primórdios de
nossa Era.
Na teologia de Zarathustra, importante ressaltar, Mitra passa a ser um gênio ou veículo
da luz celestial, podendo ser, inclusive, confundido com a idéia do Logos: Ele aparece
antes do nascer do Sol nos topos rochosos das montanhas e durante o dia, ele cruza o
firmamento em sua carruagem puxada por quatro cavalos brancos e, quando a noite
cai, ele ainda ilumina a superfície da terra – “sempre desperto e vigilante” – e ele não é
o Sol, nem a Lua, nem as estrelas, mas com seus cem ouvidos e cem olhos, Mitra é
onipresente. Mais uma vez, Curmont aponta que “por uma transição natural”, ele, Mitra,
“tornou-se para a Ética, o deus da verdade e integridade; aquele que era invocado em
juramentos solenes, que garantia o cumprimento dos contratos, que punia os perjuros.
A luz que dissipa a escuridão e restaura a felicidade e a vida na terra; o calor que a
acompanha e fecunda a natureza”. (p. 14). A Mitra foi atribuído apenas um lugar
conveniente na hierarquia divina, eis que sua existência não pode ser facilmente
impugnada por Zoroastro, ante à resistência do costume e da ortodoxia.
Várias vezes vemos seu nome invocado junto com Ahura-Mazda, eis que, conforme
outro notável iranista, Jean-Jacques Mourreau, os dois deuses formam um par, pois a
Luz do Céu e o próprio Céu são inseparáveis por natureza e, além disso, acreditava-se
que o próprio Ahura-Mazda o criou, assim como fez com todas as outras coisas. Como
vislumbramos nas escrituras zendes, Ahura-Mazda o criou para manter e vigiar o
mundo todo.
O Mazdeísmo teve um grande impulso através de um nobre persa chamado Histaspes
que, ao ouvi-lo, prometeu espalhar sua nova fé entre seu povo e é precisamente neste
momento que surge a grande religião dos persas. Zoroastro teve uma vida longa e
muito não se pode dizer de sua vida que não esteja envolvida em lendas e misticismo
religioso; Os gregos contemporâneos o tomaram como verdadeiro personagem
histórico que teria existido há mais de 5.000 ou 6.000 anos antes do nascimento de
Platão; Pelos registros babilônicos, sua existência foi dada em algum período entre
2.000 e 2.100 a.C. Entretanto, historiadores modernos atribuem sua existência entre os
séculos V e VI a.C. sendo hoje bastante aceito que o aquele primeiro nobre que se
converteu à nova fé era pai do Grande Rei Dario I que a adotou como a religião oficial
dos reis Aquemênidas, ou seja, o período dos grandes reis da Pérsia.
2.
Zoroastro foi o profeta do povo iraniano e sua doutrina, mais tarde espalhada pelo
Império Persa (talvez servindo como instrumento político ou de unificação adotado
14. pelos reis Aquemênidas), mesmo com todas as reformas aplicadas por si, não deixou
de ser essencialmente ariana. Os arianos, como apontam grande parte dos eruditos
que se dedicam ao estudo de questões irânicas, não praticavam o proselistimo. Sua
religião, desde sempre, foi unicamente sua e não procurava impô-la a quem quer que
fosse. Antes de Dario I, temos o Grande Rei Ciro, fundador da dinastia dos
Aquemênidas e principal unificador das tribos persas que, durante o período de sua
vida, desceram das montanhas para formar um império como jamais conhecido até
então, rivalizado apenas pelos romanos posteriores.
Esta ética ariana, mais tarde desenvolvida por Zoroastro, encontra alicerce na vida de
Ciro, o Grande; Antes, no entanto, é preciso esclarecer que a atitude de respeito em
relação as outras crenças não era produto da indiferença ou mesmo do ceticismo,
como nos alerta Will Durant e o próprio Heródoto, quando atestou, em sua História, que
“os Persas assimilam facilmente os costumes estrangeiros” (p.132, I,CXXXV). Era uma
atitude de natureza absolutamente indo-européia – no caso, indoiraniana – como mais
tarde veremos na posterior civilização latina, onde por muito tempo se puderam
oferecer orações em um altar dedicado aos deuses desconhecidos de outros povos,
até mesmo para que lhe fossem concedidos augúrios favoráveis aos seus objetivos. O
magistral Fustel de Coulanges pontificava, de mais a mais, que “Devemos reconhecer
que os antigos, com exceção de algumas raras intelectualidades da elite, jamais
representaram Deus como um ser único, núvio. Cada um dos seus inumeráveis deuses
tinha o seu pequeno domínio; um, em uma família; outro, em uma tribo; aqueloutro, em
uma cidade; estava ali um mundo bastando-se à providência de cada um deles. Quanto
ao Deus do gênero humano, se alguns filósofos puderam adivinhá-lo, os mistérios de
Elêusis puderam fazê-lo entrever aos mais inteligentes de seus iniciados; o vulgo
nunca acreditou nele. Durante muito tempo o homem não compreendeu o ser divino
senão como uma força que pessoalmente o protegia, a cada homem, ou a cada grupo
de homens, quis possuir deuses próprios. Ainda hoje, entre os descendentes dos
gregos, encontramos rudes camponeses orando com fervor aos seus santos, mas é
duvidoso que se tem alguma concepção de Deus; cada grego quer ter, entre os santos,
um protetor particular, uma providência especial. Em Nápoles, cada bairro tem sua
madona; o lazzarone ajoelha diante da Madona de sua rua e insulta a da rua vizinha;
não é caso raro encontrarem-se dois facchini discutindo ou brigando a facadas pelos
méritos de suas respectivas madonas. Isto hoje constitui exceção e só a encontramos
entre alguns povos e em determinadas classes. Entre os antigos, porém, mantinha-se
por regra.” (p. 120)
A atitude do Grande Rei Ciro, portanto, para com os povos dominados - principalmente,
os de origens semitas como os Assírios, Babilônios e os judeus que eram cativos
destes últimos - é guiada pelo próprio ethos dos arianos; Era este rei praticante da
religião e dos preceitos que mais tarde foram organizados e sistematizados por
Zoroastro, promovendo sacrifícios a Ahura-Mazda, mesmo que ainda não tenho
sido transformado no deus único da doutrina do profeta. Porém, com tal
comportamento, que Ciro, o Rei dos Reis, não está muito afastado do ideal da filosofia
mazdeísta e de seu grande e revolucionário profeta.
Salvando a vida dos vencidos, como nos adverte Jean-Jacques Mourreau, Ciro
apresenta elevados valores humanos e de nobreza; Esta disposição de caráter é
demonstrada também para com outros vencidos, tais como o riquíssimo rei da Lídia,
15. Creso, antes considerado o homem mais
agraciado pela fortuna no mundo Antigo e
tantos outros importantes reis que
sucumbiram ao Império Persa que recém se
consolidava. Usei este exemplo – mesmo
que inevitável ante à beleza da História
deste
grande homem – apenas para provar o quão
sólido era o alicerce em que se baseou o
mazdeísmo e a doutrina de Zoroastro
Espítama, mais tarde adotada como religião
oficial por este grande Império. Ciro, além
disto, serviu para representar o ideal mítico do homem que, com o poder e a nobreza
conferidos pelas suas conquistas, mantinha a
consciência que tal poder lhe exigia ainda mais responsabilidades e obrigações. É o
ideal mítico, portanto, do homem que, escolhido para guiar seu povo, responde à altura
de seus anseios, mesmo que a tolerância religiosa seja apenas e ulteriormente, um
aspecto político. Lega, para seu povo e para as futuras gerações, o exemplo da Arete,
ou da Virtude, tão festejada inclusive entre os gregos da época de Xenofonte, seus
mais encarniçados inimigos.
Não posso me furtar ainda ao comentário de que Ciro foi a aurora de um novo tempo,
como gostaria de dizer Tito Lívio, pois, rompeu de forma radical com os tempos antigos
que invariavelmente foram marcados pela crueldade, massacres e por todas as
monstruosidades da guerra e do terror que ela produz nos homens. Suas conquistas –
devemos dar este crédito aos historiadores antigos – tinham a finalidade de pacificar e
não de destruir seus vizinhos; Não é, pois, o Grande Rei um esmagador de almas e
sim, um arauto de uma era de paz e de prosperidade (mesmo que sob a condição
do pagamento de tributos e submissão ao seu Império), possibilitando a seus
conquistados o direito de viver pelos seus próprios costumes, leis e crenças, sem
qualquer interferência.
Como vislumbramos, seu sucessor, Dario I, adotou a religião de Zoroastro como a
religião oficial do Império Persa, sendo que Ahura-Mazda e sua doutrina recebida por
Zarathustra, era uma ordem cósmica, política e social através das escrituras sagradas
(Mathra-Spenta). Temos esta premissa representada em várias inscrições antigas, tais
como esta: “Oh, Homem! Que não seja desagradável para ti a ordem que é de Ahura-
Mazda: não deixe o caminho justo! Não te rebeles!”. Sabemos, ainda, que a religião
para os antigos era algo como uma instituição estatal, eis que o homem antigo não
conhecia liberdade individual – sua vida pertencia ao Estado, ipso facto; Voltando,
desta forma, à questão metafísica, temos que Zoroastro interpretou Ahura-Mazda como
tendo Sete Qualidades ou Aspectos: Luz, Bons Pensamentos, Direito, Domínio,
Piedade, Bem Estar e Imortalidade, bem diferente da antiguidade remota dos arianos,
quando estes atribuíam tais características ou arquétipos a entidades (demônios)
isoladas, ou os Amesha Spenta (os Seres Imortais). Acrescidas a estas qualidades –
que o povo recusou a seguir segundo os preceitos do monoteísmo e sim, da mesma
forma politeísta a que estavam habituados a seguir – foram reconhecidos anjos
da guarda (favrashi) que a teologia persa fazia crer que cada seguidor, seja homem,
16. mulher ou criança, possuía. Os Devas, demônios das Trevas e da Mentira, assim como
os Ahuras (liderados por Ahura-Mazda ou Ormuzd) possuíam também o seu líder e
este era denominado, Angra-Manyu ou Ahriman, que nada mais era que um protótipo
de Satã; Tudo indica que os judeus absorveram Satã dos persas, mais tarde legando
tal conceito ao Cristianismo. Pela doutrina mazdeísta, ao demais, Ahriman, Príncipe
das Trevas, Senhor do Caos e da Mentira, era também o criador das serpentes,
vermes, formigas, aranhas, inverno, escuridão, crime, pecado e tantas outras pragas
conhecidas pelo homem e que, na doutrina original, foram os causadores da fuga dos
progenitores do paraíso dos arianos2 (Ayriana-Vaejo).
O Profeta acreditava que esses males eram espíritos malignos e espúrios
que se manifestavam nas superstições populares, não passando da materialização de
forças abstratas que impediam o progresso da Humanidade. Apesar da introdução
deste protótipo de Satã, a doutrina de Zoroastro continuou sendo monoteísta, da
mesma forma que a Cristã, com seus anjos e demônios, influenciando o puritanismo
hebreu tanto como a filosofia grega; Ahura-Mazda, desta forma, era a soma de todas
estas forças que conduziam à Verdade e a Virtude e o sua nêmese, Angra-Manyu, por
sua vez, à Mentira e Corrupção. Mesmo com este antagonismo de forças do Bem e do
Mal, devemos entender a religião de Zoroastro como essencialmente monoteísta, já
que não é tão diferente, em sua essência, das religiões modernas.
3. Zoroastro, estabelecendo sua doutrina através do drama de uma luta eterna entre o
Bem e o Mal na consciência de cada homem, criou, em verdade, um poderoso
instrumento moral; A alma do homem – representada como um campo de
batalha em que marcham forças contrárias – transforma cada homem em um guerreiro
que em cada atitude promove avanços para as legiões tanto de Ahura-Mazda como
Angra-Manyu. Ao final dos tempos, cada um destes guerreiros será julgado por suas
atitudes, omissões e maus pensamentos e assim, sua alma poderá seguir ao Espírito
da Sabedoria no caminho do Paraíso ou o Espírito do Caos ao inferno, de onde jamais
poderá retornar. Cada homem, nos ensinamentos do Profeta ariano não era um
simples peão em um jogo qualquer e, sim, personalidades que possuíam livre arbítrio,
já que Ahura-Mazda também lhes concedeu inteligência para escolher o seu próprio
caminho.
Suas obrigações, ao demais, eram simples: fazer do inimigo, um amigo; fazer do
ignorante, um sábio e, converter o pecador em homem virtuoso, tudo através do
exemplo.
2 Avesta, Vendidad, Fargard 1-5, “Thereupon came Angra Mainyu, who is all death, and he counter-created plunder
and sin.” (apud www.avesta.org)
O pior pecado para os mazdeístas, assim como no Código de Moisés, era a descrença,
pois se tratava de uma religião da Sabedoria e tal como, não tolerava o culto a ídolos,
nem sacrifícios humanos ou de animais. O Sol vigilante, representado nesta religião
como a materialização de todos os valores da Virtude – e como a maior representação
neste plano do poder de Ahura-Mazda (ou Mithra) - deveria ser cultuado do meio-dia à
meia-noite e o homem, que seguiu a Verdade e foi piedoso durante sua vida, não
deverá temer a morte, eis que o objetivo de toda a doutrina de Zoroastro era preparar a
todos para o seu julgamento final. Assim, como nas religiões modernas, além do Céu e
o Inferno, as almas também que não seguiram totalmente o caminho da Verdade
contavam com o Purgatório para se purificar, caso suas más ações concorressem com
seus pecados. Para a doutrina tradicional mazdeísta, o nascimento de seu Profeta
17. previa o início de uma nova Era – a última Era antes do Juízo Final – que duraria 3.000
anos; Ao seu final, todas as almas seriam julgadas e se Ahura-Mazda saísse vitorioso
desta guerra, as almas que lhe foram fiéis seguiriam para um Paraíso onde não existe
escuridão, miséria e dor, sendo Angra-Manyu totalmente destruído para dar início a
uma nova Era de Paz e Felicidade para a Humanidade.
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O objetivo deste pequeno ensaio era demonstrar a validade do
mazdeísmo como religião universal e, principalmente, demonstrar sua influência sobre
as principais religiões que se seguiram, tamanha é a semelhança dos conceitos de
suas doutrinais teológicas, principalmente, no que diz respeito à escatologia,
demonologia e dogmas. Em um segundo momento, é possível concluir que mesmo
com a reforma promovida pelo Profeta ariano é impossível afastar crenças antigas –
tais como o paganismo ou o culto às forças da Natureza – por estarem profundamente
enraizadas no ideário humano desde os tempos mais remotos; Tais crenças e seus
fragmentos ainda hoje se encontram nas religiões modernas como o Cristianismo e o
Islamismo, em suas várias modalidades: ainda hoje vemos na hierarquia celestial
estabelecida por estas religiões as figuras de anjos, demônios e uma série de outras
entidades celestiais mesmo que submissas à idéia de um Deus único, onipresente e
todo poderoso. Nos interessa ainda, na qualidade de iniciados, a figura do Deus da Luz
e a própria Luz, pois mesmo com todas as modificações perpetradas por Zoroastro e
seus seguidores (Magos) foi impossível afastar a figura de um intermediário entre
homens e deuses – ou seja, de uma entidade protetora e bem mais próxima da
humanidade, talvez à sua forma e semelhança -, bem como a associação da Sabedoria
como originária da Luz e por si distribuída através do que se conveio a denominar
como Logos.
Vimos que houve uma tentativa de se destronar a Mithra em favor de um deus superior
e único - Ahura-Mazda - foi quase impossível: quando muito estas duas figuras, antes
distintas, passaram a ser uma só na idéia de um Senhor ou Espírito da Sabedoria,
Bondade e Virtude. É evidente que a história do mazdeísmo é muito mais rica e
complexa do que a aqui apresentada e que existiram várias modalidades, tais como as
que chegaram ao Ocidente, quando era ainda a religião dos guerreiros de Roma.
Porém, o objetivo era apresentar as origens de uma religião associada ainda aos
arianos – em especial, àquele ramo dos indo-iranianos que iriam mais tarde formar os
hindus védicos, medos e persas e que gerariam ainda outras crenças como o
hinduísmo e a religião dos Magos que mais tarde quase se confunde com uma das
divisões do Islamismo – e não traçar um histórico completo. Ainda hoje existem fiéis no
Irã moderno que seguem a doutrina zoroastriana, assim como toda a sua liturgia e
teologia, mesmo que bastante alterada pelo decurso dos séculos e com a imensa
maioria de fiéis islâmicos que ali encontramos. Quanto ao mais, o estudo passa a ser
um belíssimo exercício comparativo e meditativo sobre os elementos simbólicos da
própria Maçonaria, eis que, sem dúvidas, temos muitas influências da doutrina
zoroastriana em nossos rituais, práticas e objetivos. Muito se fala sobre Zoroastro em
palestras e trabalhos e é por isto que decidi lançar um pouco de luz sobre as origens
deste sistema de crença que ainda nos tempos de hoje se nos afigura tão profundo e
atual.
Florianópolis/SC, 05-06 de agosto de 2010.
18. Bibliografia:
Heródoto. “História”, Editora Ediouro, São Paulo: 2001.
Curmont, Franz. “Os Mistérios de Mitra”, Editora Madras, São Paulo: 2004.
Durant, Will. “Our Oriental Heritage”, Simon and Schuster, Nova Iorque: 1954.
Coulanges, Fustel de. “A Cidade Antiga”, Editora Hemus, São Paulo: 1975.
Sykes, P. M. “A History of Persia”, Vol. I., Macmillan and Co., Londres: 1915.
Asheri, David. “O Estado Persa”, Editora Perspectiva, São Paulo: 2006.
Vários. “Sacred Books of the East”, Vol. XLVII, Oxford/Clarendon Press: 1897.
Na Internet:
http://www.avesta.org
http://www.farsinet.com/iranbibl/index.html
http://www.iranica.com - Encyclopaedia Iranica Online, Columbia University
MAÇONS QUE RECEBERAM O PRÊMIO NOBEL DA PAZ
O repasse veio do Ir. Wanderley C. do Nascimento
O presente trabalho não tem outra finalidade senão a de entregar aos Irmãos uma compilação e
ordenamento de dados sobre celebridades maçônicas, para um melhor e maior cabedal de
conhecimento do que é a Franco-maçonaria no que diz respeito ao aperfeiçoamento pessoal.
Julio Juan Bautista Vicente Bordet, 1870- 1961
Medico e Bacteriologista Belga, titular do Prêmio Nobel de Medicina em 1919 por seu trabalho sobre
19. imunidade, os soros e o descobrimento do micróbio “de la tos ferina y el de la difteria”. Foi iniciado em 01
de novembro de 1908 na Loja “Os amigos Filantropos” de Bruxelas.
Leon Burgeois, 1815 – 1925
Político Francês, delegado nas conferências de Paz em Haya (1899-1907) contribuiu na organização da
Sociedades das Nações e presidiu a primeira seção em 1920. Foi laureado com o prêmio Nobel da Paz
em 1920. É reconhecido como maçom segundo uma publicação da Grande Loja do Chile de maio-junho
de 1975.
Aristide Briand, 1862-1932
Político francês, ardente defensor das idéias democráticas e pacifista. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz
em 1926 juntamente com o Irmão Gustav Stresseman. Por diferenças políticas não foi iniciado na loja “le
trait d’unión” de caráter conservador, “sin embargo” foi iniciado finalmente em 1895 na loja “le chavalier
du travail” que pertencia a uma obediência de duvidosa regularidade, em todos os casos conheceu a Luz
Maçônica.
Giosue Carducci, 1835 – 1907
Poeta, escritor italiano com idéias republicanas, grande crítico da monarquia e do papado, foi
parlamentarista, recebeu o prêmio Nobel de literatura em 1906. Foi iniciado em 1862 na Loja Felisinia
(agora 846) de Bologna, posteriormente se uniu a Loja de Propaganda de Roma. Hoje há 4 Lojas que
levam seu nome em sua homenagem, as Nrs. 103 e 853 de Bologna; a Nr. 686 de Florença e a Nr. 820
de Follinica.
Salvatore Cuasimodo, 1901 – 1968
Poeta e literato italiano. Foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1959. Sabe-se que foi
maçom através do livro “la Masoneria” do autor espanhol José ª Ferrer Benimeli.
Sir Wiston Leonard Spencer Churchill, 1874-1965
Político, militar e publicista inglês, um dos grandes estadistas deste século, famoso pela defesa da
Inglaterra na Segunda Guerra Mundial, lhe foi concedido o Prêmio Nobel de Literatura em 1953. Foi
iniciado na Loja Studholmes Nr. 1591 de Londres, contrariamente ao que havia sido suposto, ele
recebeu os três graus em sua Loja Mãe. Foi iniciado em 24 de maio de 1901.
Elio Ducommon, 1833-1907
Publicista e filantropo suisso, organizador da Oficina Internacional da Paz em 1891. Por sua obra
pacifista lhe foi concedido o Prêmio Nobel da Paz em 1902 compartido com Alberto Gobat. Tendo em
vista não se o nome de sua Loja Mãe, serviu como Grão Mestre da Grande Loja Alpina e foi membro da
antiga e famosa Loja “Modestia y Libertad” de Zurick.
20. Jean Henry Dunant, 1828-1910
Filantropo e escritor suisso, foi o pilar da fundação da Cruz Vermelha Internacional. Em 1901 pelos seus
méritos lhe foi concedido juntamente com Frederico Passy, o Prêmio Nobel da Paz. Escritores e
autoridades maçônicas tais como Lennhoff e John Mirt afirmam que o mesmo foi Maçom mais não
sabem precisar o nome de sua Loja.
José Echegaray Y Eyzaguirre, 1847-1927
Ilustre poeta, dramaturgo, economista, matemático, e político espanhol, foi ministro, membro da
Academia de Lingua e Ciências Exatas, em 1904 obteve o Prêmio Nobel de Literatura em companhia do
poeta Mistral. Foi Maçom de acordo com a “História do Supremo Conselho 33″, “Masoneria Española”
publicada no exílio, no México.
Enrico Fermi, 1901-1954
Matemático e cientista italiano, autor de trabalhos de investigação sobre elementos radioativos e, nesta
qualidade é considerado um dos criadores da Energia Atômica. Em 1938 lhe foi concedido o Prêmio
Nobel de Física. O autor especialista em História Maçônica José Ferrer Benimeli de Zaragoza assegura
em sua obra “La Masoneria” que Enrico fora maçom.
Alexander Fleming, 1881-1955
Químico inglês, seus estudos e experiências com os vegetais e, em especial com o hongo “penicillium”
permitiu descobrir a penicilina, antibiótico que revolucionou a medicina e salvou muitas vidas durante a
Segunda Guerra Mundial. Em 1945 juntamente com Florey y Chain, lhe foi outorgado o Prêmio Nobel de
Medicina. Iniciado na Loja “Maria” 2682 se uniu a Loja Misericórdia 3286, tendo ocupado todos os cargos
de uma Loja, e chegou ao Grau 30º.
Alfred Herman Fried, 1864-1921
Doutor editor e jornalista, pacifista austríaco. Em 1911 recebeu o Prêmio Nobel da Paz. R. V.Denslow
disse em sua obra “Masoneria en el hemisferio Este”que pertenceu a antiga e respeitável Loja “Sócrates”
onde foi um dos mais antigos e fiéis membros.
Frank Billings Kellog, 1856-1937
Político americano, secretário de Estado do Presidente Colidge. Criou o pacto que leva seu nome em
que se declara aos fora da lei, assinado por 15 países em 1928. Por isso lhe foi outorgado o Prêmio
Nobel da Paz em 1929. Foi iniciado na Loja Rochester nº 21 de Rochester Minnesota em 1880.
Rudyard Kipling, 1865-1936
Escritor e poeta inglês, em quase toda a sua obra literária está presente a Maçonaria, como: “Loja Mãe”,
“O Homem que seria rei”, “O livro das terras virgens”, “If (Ser)” . Foi lhe outorgado o Prêmio Nobel em
1907. Sendo muito jovem foi iniciado na Loja “Esperança e Perseverança nr. 782″ de Lahore – Índia.
21. Enrique Lafontaine, 1854-1943
Político e jurisconsulto belga, teve participação ativa em questões de Arbítrio Internacional. Representou
seu país na Assembléia das Ligas das Nações 1920 – 1921 pelo que foi agraciado com o Prêmio Nobel
da Paz em 1913. É considerado Maçom na Revista Maçonica da Grande Loja do Chile de maio-junho de
1975.
George Cattlett Marshall, 1880-1959
Político e militar norte-americano, serviu em três guerras pelo seu país, na primeira guerra mundial em
importantes missões, na Segunda foi um grande estrategista no Pacífico e na guerra da Coréia foi
Ministro autor do Plano Marshall que ajudou a reconstrução da Europa. Foi iniciado Maçom “A Vista”
pelo Grão Mestre da Grande Loja do Distrito de Columbia, sistema em que se dá os três graus
simbólicos de uma forma mais rápida (no malhete), sendo um ato excepcionalmente concedido na
Maçonaria. Prêmio Nobel da Paz em 1953.
Albert Abraham Michelson, 1852-1931
Físico norte – americano de origem alemã, grande estudioso dos fenômenos luminosos e dos
movimentos interferenciais da luz, demonstrou a constante da velocidade da luz de Einstein. Recebeu o
Prêmio Nobel de Física em 1907. Sendo “Guardiamarina” foi iniciado na Loja Washington 21 de New
York em 1875.
Gabriela Mistral (Lucila Godoy Alcayaga), 1889-1957
Professora, Poetisa, nascida em Elqui -Chile, grande valor das letras Americanas e Mundiais, foi
premiada em inúmeras oportunidades pela sua prosa. Teve cargos diplomáticos. Foi agraciada com o
Prêmio Nobel de Literatura em 1945. A poetiza Irmã Nina Donoso Correa da Grande Loja Mixta do Chile
dos disse em seu trabalho “Evocando Poetas Maçons” de 1986, que Gabriela Mistral foi iniciada na Loja
Destellos de la Serena – Chile.
Carl von Ossietsky, 1889-1938
Escritor Alemão, pacifista, prisioneiro por espionagem em 1931 e reivindicado posteriormente em forma
pública em 1932. Ao assumir o poder os Nazistas o encarceraram novamente e foi enviado a um campo
de concentração e morreu em 1938. Em 1936 recebeu com louros o Prêmio Nobel da Paz, porém não o
recebeu pois não houve autorização dos nazistas. Foi iniciado em 1919 na Loja Menschentum Nr 3207
da Grande Loja do Sol Nascente.
Wilheim Ostwald, 1852-1932
Professor, Físico-Químico e Pensador Alemão, nascido em Riga, especialista em trabalhos de
Eletrólises, foi o criador da síntese dos Nitratos que trouxeram a decadência das “Saliteras Chilenas”.
Em 1909 recebeu o Prêmio Nobel de Química. Foi iniciado na Loja Zu Den Drei em 1911 pelo Grão
Mestre da Loja do Sol Nascente da Alemanha.
22. Izhak Rabin, 1922-1966
Político, militar israelense, Diplomático, foi fundador junto a outros do Estado de Israel. Ministro de Golda
Meier e Presidente de seu país, trabalhou na Paz no Oriente Médio e recebeu o Prêmio Nobel da Paz
em 1984, basicamente pela sua intervenção na paz com o Egito. Em 1968 ao assumir o cargo de
Embaixador em Washongton foi iniciado Maçom por “Comunicação” pelo Grão Mestre de Israel, Shalom
Kassan, recebendo os três graus simbólicos em uma única cerimônia.
Santiago Ramon Y Cajal, 1852-1934
Historiador Espanhol de Fama Universal, entre seus muitos descobrimentos figuram as leis que regem a
morfologia e as conecções das células nervosas na substância “gris” e logo em todos os órgãos. Em
1906 recebeu o Prêmio Nobel de Medicina. Segundo o autor espanhol e presidente do Centro de
Estudos Históricos da Maçonaria, José Ferrer Benimeli, afirma em seu livro “A Maçonaria” ser o mesmo
maçom.
Charies Robert Richet, 1850-1935
Filósofo Francês, uma das maiores figuras da medicina moderna, autor de numerosos estudos, dentro
deles a imunologia, tendo feito grandes descobrimentos que permitiu um grande avanço na cura da
epilepsia. Foi galardoado com o Prêmio Nobel de Medicina em 1913. Foi iniciado na Loja Cosmos de
Paris em 1876.
Theodore Roosevelt, 1858-1919, Político e Presidente dos Estados Unidos 1901-1909, sua atitude de
homem popular foi devido as suas intervenções saneando a política interior, controlando os Trust
financeiros, reconheceu a Independência do Panamá. Em 1906 foi agraciado com o Prêmio Nobel da
Paz. Foi membro da Loja Matinecock Nr 306, Bahia Oyster de New York.
Thomas Mann, 1899 – 1955
Teve grande repercussão em 1975 na República Federal da Alemanha, as celebrações literárias pela
passagem do primeiro centenário de nascimento de Thomas Mann, no dia 06 de junho. Em honra ao
célebre escritor alemão, filho dileto da Maçonaria, agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura de 1929,
foram dedicadas numerosas solenidades e publicações. Já em 1974, um livro sobre Thomas Mann,
atingiu a lista de “Best Sellers”, do país: as reminiscências da esposa de noventa anos do grande literato,
falecido em agosto de 1955 em Kilchberg, na Suíça. Embora pouca gente saiba, sua mãe, Julia da Silva
Bruhns, era brasileira natural de Angra dos Reis, tendo contraído núpcias com o comerciante e senador
Johns Heinrich Mann. Evocando as palavras de Gorthe, é o próprio Thomas Mann que escreve:
“Indagando pela origem das inclinações herdadas, devo contatar que tenho de meu pai a maneira séria
de encarar a vida, mas de minha mãe a natureza alegre e no mais amplo conceito artístico – sensitivo, o
prazer de fabular”.
23. Juntamente com as cidades de Munique – onde Thomas Mann viveu de 1893 a 1933, antes de ser
perseguido pelos nazistas como “autor subversivo” – e depois de regressar aos EEUU, de 1952 até a
sua morte – foi realizado uma Semana Thomas Mann de 01 a 08 de junho de 1975.
Elihu Root, 1845-1937
Político Norte-americano, secretário do Presidente Mac-kinley, membro do Tribunal de Haya, foi um dos
fundadores de Tribunal do Mundo (o del Arbitraje). Em 1912 recebeu o Prêmio Nobel da Paz quando de
visita a T. Roosevelt em Bahia Oyster, sendo membro da Loja Matinecoock Nr 306 como presidente
vitalício.
Hernan Staudinger, 1881-1965
Destacado Professor de Química Alemão desempenhou suas atividades no Colégio Técnico Federal da
Suissa, que lhe considera um dos fundadores da moderna indústria de plástico. Em 1953 recebeu o
Prêmio Nobel de Química. Pese p fato de ser alemão, foi membro da Loja Suiza Modestia Cum Libertate.
Gustav Stresseman, 1878-1929
Político Alemão, foi Ministro entre 1923 e 1929, junto com Bismark é considerado como um dos políticos
mais brilhantes de sua época. Em 1926 foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz junto com Brian, outro
Maçom, por sua obra em prol da Paz. Em 1929 se uniu a Grande Loja Frederick Nr 618 em Berlim e fou
um Honorário, Grande Oficial da Loja “Los Tres Globos”.
24. Ir.'. FÁBIO SÉRGIO DO AMARAL
ARLS Theobaldo Varoli Filho
Or.'. São Paulo - SP.
Introdução
O tema Cobridor se revelou bastante desafiador, uma vez que pouco há escrito sobre o
tema, tanto nos livros, como em artigos e sites da Internet.
Entretanto, mostra-se uma função de extrema importância no desenvolvimento dos
trabalhos em Loja.
Para fins deste estudo, dividiremos a análise do significado e atribuições do Cobridor,
resumidamente, em dois planos:
1. Atribuições legais e aspectos práticos; e
2. Simbolismo do cargo.
Atribuições Legais e Aspectos Práticos
25. O Regulamento Geral da Federação – Grande Oriente do Brasil, estabelece as atribuições
legais dos Cobridores Interno e Externo, a saber:
“Do Cobridor Interno"
Art. 107 - Compete ao Cobridor Interno:
I - guardar a entrada do Templo, zelando pela plena segurança dos trabalhos da Loja;
II - não consentir a entrada ou saída de Obreiros sem a devida autorização;
III - verificar se os Obreiros que desejarem entrar no Templo, após o início dos trabalhos,
estão trajados regularmente e encaminhá-los consoante determina o respectivo Ritual.
Do Cobridor Externo
Art. 108 - Ao Cobridor Externo compete:
I - fazer observar o mais rigoroso silêncio nas cercanias do Templo;
II - não permitir que sejam ouvidos, externamente, por quem quer que seja, os trabalhos
realizados em Loja;
III - certificar-se quanto à regularidade de visitantes.”
Em outras palavras, o Cobridor é o “guardião” do Templo, que zela pela sua incolumidade,
pelo sigilo dos trabalhos, pela segurança na entrada do Templo, pela identificação das
pessoas que a ele se dirigem, pela fiscalização da indumentária dos obreiros, reportando-
se sempre ao Ir.: 1º Vig.:, o qual transmite as informações ao V.: M.:.
Vale lembrar que durante as sessões, quando não houver Cobridor Externo, o cobridor
interno fará suas vezes. Isso é o que se depreende da análise do Ritual do 1º Grau do
REAA, o qual, após o Ir.: 1º Vig.: determinar ao Ir.: Cobr.: verificar se o Templo está
coberto, assim determina:
“se houver Cobr.: Ext.:, o Cobr.: Int.: dará as pancadas do Grau (com o cabo da espada)
na porta pelo lado de dentro e o Cobr.: Ext.:, após fazer a verificação, dará as pancadas
do Grau na porta pelo lado de fora. Se houver somente Cobr.: Int.:, o mesmo sairá do
Templo, fará a verificação, baterá na porta pelo lado de dentro e dirá:
- Ir.: 1º Vig.:, o Templo está coberto.”
Outro ponto importante a destacar quanto às normas de comportamento ritualístico e
litúrgico foi destacado pelo Ir.: Sidney Riesco Marculino, em alentado trabalho publicado
na revista Colunas Voz do Dia, ano XIII, nº 64 de 2003, p. 8 e 9, que assim ensina:
...Independentemente do grau em que a Loja estiver trabalhando, o Obr.: que chegar
atrasado a Ses.: deverá dar somente três pancadas na porta (bateria do Grau de Apr.:) e
não as baterias de outros Graus. Compete ao Cobr.: verificar quem bate, certificando-se
26. de que o Obr.: do Quadro ou visitante, tem Grau simbólico suficiente para assistir a Ses.:.
Se no momento em que o Obr.: bater à porta do Templo, não for possível franquear-lhe o
ingresso, o Cobr.: dará as mesmas três pancadas do Grau, na parte interna da porta. Isso
significa que o retardatário deverá aguardar o momento propício para entrar.”
Em nosso modesto entendimento, dependendo do assunto que estiver sendo tratado,
dependendo do momento em que se encontre a ritualística da sessão, e dependendo
também de quem esteja fazendo uso da palavra, como por exemplo, o V.: M.:, seria
inadequado o Cobr.: levantar-se somente para responder às pancadas na porta do
Templo, sem abrí-la, uma vez que atrapalharia o curso dos trabalhos e poderia
eventualmente tumultuar desnecessariamente a Sessão, pois é certo que o Ir.: que bateu
à porta do Templo deverá aguardar resposta, demore quanto tempo demorar, e o Cobr.:,
já gozando de certa experiência, deverá saber o momento oportuno para anunciar a
batida à porta e fazer entrar o Ir.: que chegou intempestivamente. Essa a única ressalva
ao importante ensinamento prático do Ir.: Sidney.
Simbolismo do Cargo
O Cobr.: é um dos Oficiais que compõem a Estrela Hexagonal, composta por um triângulo
de ápice superior e outro de ápice inferior, ambos eqüiláteros e sobrepostos, também
presente no painel do grau de Companheiro Maçom, a qual serve para simbolizar os
dirigentes de uma Loja maçônica composta, de acordo com as suas atribuições, ligadas à
espiritualidade, ou à materialidade.
Assim, no triângulo de ápice superior, o ângulo superior é representando pelo Venerável
Mestre, enquanto os outros dois são representados pelos Vigilantes, já que essas três
Dignidades (ou três Luzes da Oficina) são responsáveis pela orientação espiritual dos
obreiros, formando o Triângulo da Espiritualidade (tomada, aí, como o conjunto das
qualidades espirituais do homem: mentais, ou intelectuais).
Já no triângulo de ápice inferior, o ângulo inferior é representado pelo Cobridor, ou
Telhador, enquanto os dois outros ângulos são representados, respectivamente, pelo
Orador e pelo Secretário, pois, competindo-lhe a orientação material da Loja (o Orador,
selando pelo cumprimento das leis, o Secretário, como responsável pelas atas e
expediente da Loja, e o Cobridor, zelando pela segurança do templo), eles formam o
Triângulo da Materialidade.
Por essa peculiar representação de Dignidades e de um Oficial da Loja, a Estrela
Hexagonal gerou a mais correta maneira de circulação, nos ritos que os possuem, do
Tronco de Beneficência e do Saco de Propostas e Informações, quando o oficial circulante
atende, inicialmente, ao Venerável Mestre e aos Vigilantes, formando o triângulo da
espiritualidade, e, depois, ao Orador, ao Secretário e ao Cobridor, formando o triângulo da
materialidade e completando a estrela, para, finalmente, atender às demais autoridades
do Or.:, aos Mestres da Coluna do 2º Vigilante, aos Mestres da Coluna do 1º Vigilante, aos
Companheiros e aos Aprendizes, nessa ordem. A circulação, feita dessa forma, satisfaz ao
simbolismo dos cargos e respeita a hierarquia do quadro de obreiros.
Nota
27. A palavra Cobridor pode também ser encontrada na literatura maçônica como sinônimo de
manual ou rito. Exemplo: Manual Maçônico ou Cobridor do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Bibliografia
Regulamento Geral do Grande Oriente do Brasil.
Ritual do 1º Grau do REAA.
Revista Colunas Voz do Dia, Ano XIII – 1982/2003 – nº 64.
CASTELLANI, José. "Origens Históricas e Místicas do Templo Maçônico". São Paulo, Editora Gazeta Maçônica - 1991.
CASTELLANI, José .“Consultório Maçônico”, vol VII. São Paulo, Editora A Trolha – 2000.
O Morro do Alemão, palco do recente noticiário internacional, passa a
contar agora com sérvios bancários. Os programas de inclusão financeira e
microcrédito do governo federal têm aberto as portas dos serviços
bancários para a população de baixa renda. Sinal disso é a instalação de
agências do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal (CEF) na
comunidade do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. A unidade do BB
foi inaugurada na última terça-feira (25), e a da CEF já opera no local desde
o final de dezembro.
Como o relacionamento de pessoas com animais influencia nos
casamentos.... Marido em acordo na ação de divorcio está pagando pensão
especial para que a mulher cuide de seu cão de estimação enquanto este
viver. A ação consensual correu em uma das varas especializadas no Rio
de Janeiro.
28. O tempo passa, o tempo voa... Em 3 de fevereiro de 2006 a Loja Especial
Fraternidade do Mercosul nr. 70 (que trabalha só no recesso Maçônico e
atuava no Templo Obreiros da Paz em Canasvieiras) apresentava a
palestra do Ir Vladimir Dias que falou sobre “O Esquadro e o Compasso
sobre o Livro da Lei”. Veja dois registros abaixo:
29. O Ir. Vladimir é o primeiro da esquerda para a direita.
Boletim Informativo semanal da “ARLS Alferes Tiradentes” nr 20:
Período: 24 a 30/01/2011
30. Sessão
Recesso maçônico
Volta aos trabalhos: 25 de fevereiro de 2011.
•24 - Arnaldo B. da Silveira Conceição - filho do Ir.·. Eleutério Nicolau da
Conceição.
•27 - Helena Filomena Souza - esposa do Ir.·. Ary de Souza.
•28 - Ir.·. Luiz Cláudio Pires.
"Toda dificuldade tem um raio de esperança e lhe prepara para algo melhor
em sua vida".
Ao nascer asseguramos uma data especial para festejar todos os anos o
nosso aniversário. E neste dia, muitas pessoas lembrar-se-ão da data e
desejarão muitas felicidades. Queremos dizer que é bom saber de sua
existência, de poder estar a seu lado e dizer: Feliz Aniversário. Queremos que
o GADU coloque em sua vida bênçãos, saúde, paz e alegria. O restante você
conseguirá. PARABÉNS!
Estamos esperando o nascimento do sobrinho
Augusto do casal Ir.·. Sidnei Manoel
Rodrigues e cunhada Denize Velho Lemos.
Está previsto para o dia 24 de março de 2011.
É o primeiro filho e a alegria é imensa do
casal.
Do Nobel da Paz de 1952, Albert Schweizer:
"Quando homem aprender a respeitar até o
menor ser da criação, seja animal ou vegetal,
ninguém precisará ensiná-lo a amar seu
semelhante".
31. O Ir.·. José Sérgio dos Santos comunicando
que seu filho, João Henrique Dias dos Santos,
foi aprovado no vestibular da Universidade
Federal de Santa Catarina - UFSC para o
curso de Administração. Urra!
O Ven.·. Mestre, Ir.·. Luiz Antonio Vieira
Goulart, em seu recanto de praia, está, a todo
vapor, elaborando as atividades da Loja desse
primeiro semestre. Breve estará dando
conhecimento a todos os Irmãos.
"Tudo está fluindo. O homem está em permanente reconstrução; por isto é livre: liberdade é o
direito de transformar-se".
Lauro de Oliveira Lima (pedagogo)
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32. Criado e mantido por: Juarez de Oliveira Castro
Templo da Loja “Cosmopolita” Cruzeiro – SP