O documento discute os elementos e estrutura da argumentação formal e informal. A argumentação formal deve ter uma clara proposição, análise da proposição, e formulação de argumentos usando fatos, exemplos, dados estatísticos e testemunhos. A argumentação informal também usa esses elementos, mas de forma menos estruturada, como em conversas diárias.
2. Desenvolvimento (constituído por duas
partes):
Primeira parte: retomada da ideia
central enunciada na introdução, por
meio de aspectos discriminados, como
por exemplos, aspectos físicos,
econômicos, políticos, morais etc.
Dissertação - DesenvolvimentoDissertação - Desenvolvimento
3. Segunda parte: fundamentação da
primeira parte, por meio de razões,
provas, exemplos ou pormenores, ou
seja, os fatos.
DissertaçãoDissertação
4. A argumentação visa sobretudo a convencer,
persuadir ou influenciar o leitor ou ouvinte. Procura-se
principalmente formar a opinião do leitor ou ouvinte,
tentando convencê-lo de que a razão está conosco, de que
nós é que estamos de posse da verdade.
Proposição:
Deve tentar convencer mediante a apresentação de
razões.
Evidência de provas à luz de raciocínio coerente e
consistente.
ArgumentaçãoArgumentação
5. Condições da Argumentação
A argumentação deve basear-se nos
princípios da lógica. Entretanto, nos debates,
nas polêmicas, nas discussões que se travam a
todo o instante, na simples conservação, na
escola, nas reuniões familiares ou agrupamentos
de qualquer ordem, a argumentação se desvirtua,
degenerando em “bate-boca” estéril ou falacioso.
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6. Condições da Argumentação
O insulto, a ironia, o sarcasmo, por mais
brilhantes que sejam, por mais que irritem ou
perturbem o oponente, jamais constituem
argumentos, antes revelam a falta deles.
Tampouco valem como argumentos os
preconceitos, as superstições ou
generalizações apressadas que se baseiam
naquilo que a lógica chama de juízos de simples
inspeção.
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7. Consistência dos Argumentos
A argumentação esteia-se em dois
elementos principais:
A consistência do raciocínio
A evidência de provas
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8. Evidência: é a certeza manifesta, a certeza a que se chega
pelo raciocínio (evidência da razão) ou pela apresentação
dos fatos (evidência de fato), independentemente de toda
teoria.
São cinco os tipos mais comuns de evidência:
Os fatos propriamente ditos.
Os exemplos.
As ilustrações.
Os dados estatísticos (tabelas, números, gráficos, etc.)
O testemunho.
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9. Fatos:
Constituem o elemento mais importante da argumentação em
particular assim como da dissertação ou explanação de ideias em
geral.
Só os fatos provam, só eles convencem. Mas nem todos os fatos são
irrefutáveis; seu valor de prova é relativo, sujeitos como estão à evolução da
ciência, da técnica e dos próprios conceitos ou preconceitos de vida: O que
era verdade ontem pode não o ser hoje.
Os fatos mais evidentes ou notórios são os que mais provam.
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10. Exemplos: são fatos típicos ou representativos de determinada
situação.
Ilustrações: quando o exemplo se alonga em narrativa detalhada
e entremeada de descrições, tem-se a ilustração.
Há duas espécies de ilustração: a hipotética e a real.
A primeira, como o nome diz, é invenção, é hipótese: narra o
que poderia acontecer ou provavelmente acontecerá em
determinadas circunstâncias.
A ilustração real descreve ou narra em detalhes um fato
verdadeiro. Mais eficaz, mais persuasiva do que a hipotética, ela
vale por si mesma como prova.
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11. Dados estatísticos:
Dados estatísticos são também fatos, mas fatos
específicos.
Têm grande valor de convicção, constituindo quase
sempre prova ou evidência incontestável. Entretanto, é
preciso ter cautela na sua apresentação ou
manipulação, já que sua validade é também muito
relativa: Com os mesmos dados estatísticos tanto se
pode provar como refutar a mesma tese.
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12. Testemunho:
O testemunho é ou pode ser o fato trazido à
colação por intermédio de terceiros.
Se autorizado ou fidedigno, seu valor de prova é
inegável. Entretanto, sua eficácia é também relativa.
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13. O que é a argumentação? É uma declaração
seguida de prova (fatos, razões, evidência).
Presente no nosso cotidiano: Toda vez que
conversamos queremos, de certa forma,
convencer o nosso pequeno público.
Risco: Nesse tipo de argumentação muitas
vezes nos baseamos em indícios e não em fatos.
Exemplo: Quando alguém nos paga uma dívida
podemos deduzir que essa pessoa recebeu o
seu salário do mês, porém isso não é
necessariamente verdade, a razão do
pagamento da divida pode ter sido outra. Ex: O
antigo devedor pode ter ganhado na loteria.
Argumentação InformalArgumentação Informal
14. Estrutura: Quando usamos uma ideia
abstrata, a argumentação assume uma
estrutura mais complexa.
Exemplo:
“O castigo físico é a melhor maneira de se
educar uma criança”.
(Nesse caso podemos tanto validar a
declaração quanto contestá-la.)
Argumentação InformalArgumentação Informal
15. Para contestar dividiremos em quatro estágios:
1º estágio: Proposição (Declaração, tese, opinião)
2º estágio: Concordância Parcial
3º estágio: Contestação (é o “miolo” desse tipo de
argumentação)
4º estágio: Conclusão (Portanto; por consequência; de
forma que)
Argumentação InformalArgumentação Informal
16. Ou seja...
Essa é a estrutura típica da
argumentação informal, escrita ou
falada. Ela pode ocorrer por
contestação, com ou sem concordância
parcial, quando se deseja negar a tese
de uma outra pessoa.
Argumentação InformalArgumentação Informal
17. Comece a refutar o argumento que pareça ser o
mais forte;
Procure atacar os pontos mais fracos da
argumentação contrária;
“Redução às últimas consequências”: levar os
argumentos contrários ao máximo de sua
extensão;
Veja se o opositor apresentou uma evidência
adequada ao argumento empregado;
Refutando ArgumentosRefutando Argumentos
18. Escolha/cite uma autoridade no assunto que tenha
dito exatamente o contrário que seu opositor;
Aceite os fatos, mas demonstre que foram mal-
empregados;
Ataque a fonte na qual se basearam os
argumentos de seu opositor;
Cite exemplos semelhantes, mas que provem o
contrário do que seu opositor afirma;
Refutando ArgumentosRefutando Argumentos
19. Demonstre que a fala/sentença de seu
opositor foi deturpada;
Analise cuidadosamente os argumentos
contrários, tentando revelar as falsidades
que contêm.
Refutando ArgumentosRefutando Argumentos
20. A argumentação formal é pouco diferente, em sua essência, da informal.
Proposição:
Deve ser clara, definida quanto aquilo que se afirma ou nega.
Deve-se argumentar a favor ou contra uma ideia a respeito da
qual nem todos estão de acordo, já que a argumentação implica
divergência de opinião. Fatos não se discutem.
Deve ser preferencialmente afirmativa e específica para que
todos possam posicionar-se contra ou a favor. Ex.: a religião. É um
tema muito vago, portanto acaba por não permitir que seja tomada
uma posição, apenas proporciona uma explanação.
Argumentação FormalArgumentação Formal
21. Análise da proposição:
Não costuma ser feita na análise
informal.
Antes que a proposição seja
discutida, deve-se definir o seu
sentido e o significado de alguns
termos contidos nela.
Argumentação FormalArgumentação Formal
22. Análise da proposição:
Ex.: A paz mundial só se tornaria possível se
houvesse respeito entre as nações e suas
respectivas culturas.
Talvez fosse necessário conceituar as
palavras “paz”, “respeito” e “culturas”.
Além disso, o autor deve esclarecer o que ele
tem a intenção de provar.
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23. Formulação dos argumentos:
É a fase em que o autor deve procurar provas
convincentes para justificar seu ponto de vista.
Para isso, ele deve se utilizar de fatos concretos e
autênticos como gráficos, exemplos, estatísticas,
estudos, comparações, etc.
A ordem em que as provas são apresentadas é muito
importante, de modo que costuma-se, na maioria das
vezes, apresentá-las em ordem crescente, ou seja, da
menos convincente àquela que seja capaz de mais
impressionar o leitor.
Argumentação FormalArgumentação Formal
24. Formulação dos argumentos:
Além disso, é importante manter um suspense
antes de chegar às conclusões, até um ponto
em que elas acabem por se impor.
É importante que o autor dê ênfase nos pontos
principais, e antecipe possíveis repostas para
objeções do leitor.
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25. Conclusão
A conclusão será obtida naturalmente a
partir de comprovações apresentadas. De
um modo mais geral, consiste em tornar
explícita a essência da proposição.
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