Trabalho realizado para o curso de Pós-graduação em Novas Tecnologias em Educação Matemática da Universidade Federal Fluminense. Ciberculturas e teorias pedagógicas.
3. 3
“Não haverá mudanças efetivas enquanto a elite intelectual
do campo científico da educação e os educadores
profissionais não se derem conta de algo muito simples:
escola existe para formar sujeitos preparados para
sobreviver nesta sociedadee, para isso, precisam da ciência,
da cultura, da arte, precisam saber coisas, saber resolver
dilemas, ter autonomia e responsabilidade, saber dos seus
direitos e deveres, construir sua dignidade humana, ter uma
auto-imagem positiva, desenvolver capacidades cognitivas
para apropriar-se criticamente dos benefícios da ciência e da
tecnologia em favor do seu trabalho, da sua vida cotidiana,
do seu crescimento pessoal.” (Libâneo, 2005)
4. 4
Em tempos de intensa atividade
intelectual compartilhada promovida
pela mobilidade urbana e as
relações do homem frente aos
espaços virtuais e a tecnologia
torna-se necessário e urgente aos
participantes da cultura escolar
repensar a educação.
6. 6
A cibercultura é a cultura
contemporânea estruturada
pelo uso das tecnologias
digitais em rede nas esferas
do ciberespaço e das
cidades.
7. 7
Compreendemos tais esferas como espaçostempos cotidianos
de ensinoaprendizagem, que preferimos nomear de redes
educativas ou espaços multirreferenciais de aprendizagem.
Redes educativas são espaçostempos que se instituem em
múltiplos contextos, nos quais vamos tecendo o conhecimento
(Alves, 2010).
8. 8
Os espaços multirreferenciais
de aprendizagem são aqueles
que contemplam e articulam
diversos espaços, tempos,
linguagens, tecnologias para
além dos espaços legitimados
pela tradição da ciência moderna.
Aprendemos com a diversidade
e a pluralidades de referências.
Essas referências são compreendidas
como “estruturantes”, e não meros
adereços (Macedo, 2011).
10. 10
Com características neomarxistas,
acentua os fatores sociais e culturais
na construção do conhecimento,
lidando com temas como cultura,
ideologia, currículo oculto, linguagem,
poder, multiculturalismo
(Moreira & Silva, 1994).
11. 11
Tem origem explícita na Sociologia Critica inglesa e
norte-americana. A teoria curricular crítica questiona
como são construídos os saberes escolares, propõe
analisar o saber particular de cada agrupamento de
alunos, porque esse saber expressa certas maneiras de
agir, de sentir, falar e ver o mundo.
12. 12
Na visão da Sociologia Crítica não há uma cultura
unitária, homogênea; a cultura é um terreno conflitante
onde enfrentam-se diferentes concepções de vida social
e onde emergem a diversidade cultural e a diferença.
13. 13
O currículo, nesse sentido, tem a ver
menos com a seleção e organização de conteúdos e
mais com as experiências socioculturais que fazem
da escola um terreno de luta e de contestação
para se criar e produzir cultura.
14. 14
Quando se pensa um currículo, é preciso
começar captando as “significações” que os sujeitos
fazem de si mesmos e dos outros através da experiência
compartilhada de vivências, abrindo espaço para o
currículo multicultural, currículo em rede, etc.
15. 15
Na esfera dos sistemas de ensino, leva a
políticas de integração de minorias sociais, étnicas e
culturais ao processo de escolarização, opondo-se à
definição de currículos nacionais.
16. 16
Como as
tecnologias
podem ser
usadas na
educação
segundo a
teoria curricular
crítica?
17. 17
Todos os aspectos
abordados pela
teoria crítica do
currículo dialogam
com o ciberespaço.
Identidade, cultura,
poder, linguagem,
ideologia, etc.
18. 18
As redes sociais, por
exemplo, é um espaço
dentro da cibercultura
onde constitui-se
uma interface em
que operam todas
essas características.
Encontramos sujeitos,
grupos e empresas, com
identidades diferentes,
multiculturais, que
dialogam com diferentes
linguagem e diferentes
discursos.
19. 19
Quando o professor se
apropria do universo da
tecnologia, está reduzindo
a barreira que se encontra
entre a escola e o aluno,
pois ele se insere no
universo do ciberespaço
e media as relações entre
o jovem e o conhecimento
que está disponível.
20. 20
Para isso, é necessário
a formação consistente
do professor para não
só operar e ensinar os
alunos a também operar
as tecnologias mas um
agir pedagógico com
intencionalidade e boa
formação intelectual
para a mediação do
aprendizado.
21. 21
Referências Bibliográficas
LÍBÂNEO. J. C. As teorias pedagógicas modernas
designadas pelo debate contemporâneo da educação.
In: Educação na era do conhecimento em rede e
transdisciplinaridade. São Paulo: Alínea, 2005.
SANTOS, E. A cibercultura e a educação em tempos
de mobilidade e redes sociais: conversando com os
cotidianos. Práticas Pedagógicas, Linguagem e Mídias:
desafios à Pós-graduação em educacão em suas múltiplas
dimensões. Rio de Janeiro: ANPED Nacional, 2011.