2. A Ilha foi descoberta pelos portugueses que chegaram a Timor em 15121
.
Durante quatro séculos os portugueses utilizaram o território timorense para
fins comerciais, explorando os recursos naturais da ilha. Quando os primeiros
mercadores e missionários portugueses aportaram na ilha de Timor
encontraram populações organizadas em pequenos estados, reunidos em
duas confederações: Servião e Belos (primeiras tribos) que praticavam
religiões animistas. No 3º quartel do século XVI chegam a Timor os primeiros
frades dominicanos portugueses, através dos quais se vai desenvolvendo uma
progressiva influência religiosa, ao mesmo tempo que se vai estabelecendo a
dominação portuguesa.
Em 1859, um tratado firmado entre Portugal e Holanda fixa a fronteira entre o Timor Português (actual Timor-Leste) e o Timor Holandês
(Timor Ocidental).
1
http://ideiasoltas.no.sapo.pt/projectos/Timor_leste.htm (adaptado)
http://static.panoramio.com/photos/large/1739937.jpg
3. Em 1945 a Indonésia obteve a sua independência, passando o Timor Ocidental a fazer parte de seu território.
A Revolução de 25 de Abril de 1974, que restaurou a democracia em Portugal, consagrou o respeito pelo direito à autodeterminação das
colónias portuguesas.
Em 28 de Novembro de 1975 dá-se a Proclamação unilateral da Independência de Timor-Leste pela FRETILIN e pelo primeiro Presidente
da República, Xavier do Amaral, assumindo o cargo de Primeiro-Ministro Nicolau Lobato, que viria a ser o primeiro líder da Resistência
Armada. Com a proclamação da Independência tem também início a guerra civil.
Xanana Gusmão
http://1.bp.blogspot.com/-KMbQPf2rRkQ/T101Kva9TDI/AAAAAAAAANY/0HZwoFRbXOQ/s1600/01-proklamasi-kemerdekaan-timor-leste-1975.jpg
Fretilin na clandestinidade
4. Em 1996, JOSÉ RAMOS-HORTA e o bispo de Díli, D. XIMENES BELO receberam o
Nobel da Paz pela defesa dos direitos humanos e
da independência de Timor-Leste. Em 1998,
com a queda de Suharto, após o fim do "milagre
económico indonésio", B.J.Habibie assumiu a
presidência desse país, tendo acabado por
concordar com a realização de um referendo
onde a população votaria "sim" se quisesse a
integração na Indonésia com autonomia, e "não"
se preferisse a independência. O referendo foi realizado em 30/08/1999 e, com mais de 90% de participação no referendo e 78,5% de
votos, o Povo Timorense rejeitou a autonomia proposta pela Indonésia, escolhendo, assim, a independência formal. Apesar disso, a violência
e os confrontos continuaram. A autonomia não fora aceite pela Indonésia.
http://sydney.edu.au/images/content/news/2010/jun/ramos_horta.jpg
http://media-2.web.britannica.com/eb-media/16/21116-004-C7DC2F44.jpg
5. As imagens despertaram protestos em vários países do mundo junto às embaixadas da Indonésia, norte-americanas e britânicas, e
também junto às Nações Unidas, exigindo a rápida intervenção para cessar os assassinatos.
Em Portugal nunca se viram tantas manifestações populares de norte a sul do país desde o 25 de Abril de 1974. Pela primeira vez
também a Internet foi utilizada em massa na divulgação de campanhas pró Timor e a favor da rápida intervenção da ONU. Gradualmente, a
situação foi sendo controlada (com a forte intervenção dos “capacetes azuis”), com o progressivo desarmamento das milícias e o início da
reconstrução de moradias, escolas e das restantes infraestruturas.
Xanana Gusmão (então exilado) regressou ao país, assim como
outros Timorenses.
Foram realizadas eleições para a Assembleia Constituinte que
elaborou a actual Constituição de Timor-Leste, que passou a vigorar no
dia 20 de maio de 2002, quando foi devolvida a soberania ao país
passando este dia a ser assinalado como Dia da Restauração da
Independência.
http://www.radio-acbd.gov.tl/media/images/noticias/IMG_7362.JPG
6. Francisco BORJA DA COSTA, um poeta, uma Fundação. Quando florescer o arroz2
...
Francisco Borja da Costa, nasceu em Fatu-belak na região de Manatuto no dia 14 de Outubro de 1946.
Filho do Rei António Costa e irmão de Luís Costa.
Borja da Costa foi autor do dicionário Tétum-Português, poeta e militante indepedentista e compositor do
Hino Nacional de Timor Leste “Pátria-Pátria”.
Fez quarta classe em Soibada e, depois, seguiu para Díli. Entrou para a função pública, em 1967, a
título experimental. De 1968 a 1971 cumpriu o serviço militar obrigatório e, terminado o mesmo, regressou à
função pública, na categoria de aspirante da Repartição de Gabinete.
2
http://octocabudoreal.wordpress.com/2012/12/14/literatura-do-francisco-borja-da-costa/
http://octocabudoreal.files.wordpress.com/2012/12/borja.jpg?w=593&h=483
7. O dia 25 de Abril apanhou-o em Lisboa, a estagiar no “Diário de Notícias”, regressando à ilha, já como jornalista, para o jornal “Voz de
Timor”. Depois da fundação da Fretilin, cujo nome terá sido proposto por ele próprio, regressou a Lisboa, para um novo estágio na
“República”.
De regresso a Díli participou mais ativamente nos encontros nacionalistas e, quando se deu o 25 de Abril de 1974, entrou para o
movimento ASDT (Associação Social Democrática Timorense).
No dia 7 de Dezembro de 1975, dia da invasão da Indonésia, Borja da Costa foi assassinado à frente da sua residência em Kolan-Ibun,
na areia da praia Bairo dos Grilos junto a Lecidere.
“Um Minuto de Silêncio”
Calai
Montes
Vales e fontes
Regatos e ribeiros
Pedras dos caminhos
E ervas do chão,
Calai
Calai
8. Pássaros do ar
E ondas do mar
Ventos que sopram
Nas praias que sobram
De terras de ninguém,
Calai
Calai
Canas e bambus
Árvores e “ai-rús”
Palmeiras e capim
Na verdura sem fim
Do pequeno Timor,
Calai
Calai
Calai-vos e calemo-nos
9. POR UM MINUTO
É tempo de silêncio
No silêncio do tempo
Ao tempo de vida
Dos que perderam a vida
Pela Pátria
Pela Nação
Pelo Povo
Pela Nossa
Libertação
Calai – Um minuto de silêncio…
http://c9.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/Ba706783e/8214407_duibb.jpeg
10. LUÍS CARDOSO
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Luís Cardoso nasceu em Timor-Leste. É autor de quatro romances: Crónica de uma travessia
(1997),Olhos de coruja olhos de gato bravo (2002), A última morte do coronel Santiago (2003)
e Requiem para o navegador solitário (2007).
Timor-Leste, país marcado por sucessivas invasões e conflitos intensos, é, como diz o próprio autor, “uma
colcha de retalhos etnolinguísticos”. Além disso, há neste país forte
tradição da cultura oral. Por isso, Luís Cardoso é considerado o primeiro
autor timorense a escrever em língua portuguesa. O autor, entretanto,
rejeita o rótulo.
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http://www.saraivaconteudo.com.br/Entrevistas/Post/10304 (excerto)
FotodeTomásRangel