O documento discute a suspensão da concessão das autoestradas e estradas do Ribatejo, que era uma promessa eleitoral do PS. O grupo municipal do PSD questiona porque a promessa foi abandonada sem explicação e pede uma resposta do ministro. Além disso, critica a gestão socialista por preferir projetos como o Aquapólis em vez de investir em projetos que beneficiariam a economia local como uma ponte sobre o Tejo em Tramagal.
Lista ordenada de candidatos a Assembleia de Freguesia Bemposta
Ponte tramagal 26 abril 2013
1. GRUPO MUNICIPAL
Assembleia Municipal de Abrantes
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Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal
Exma. Senhora e Senhores Membros da Mesa
Exmas. Senhoras e Senhores Deputados Municipais e Presidentes de Junta
Exma. Senhora Presidente da Câmara Municipal
Exma. Senhora e Senhores Vereadores
Comunicação social e público presente
Na Assembleia Municipal de 22 de Fevereiro de 2010, o Grupo Municipal do PSD fez a
seguinte intervenção, em relação à Concessão do Ribatejo, que passamos a citar:
“Nos Passos do Concelho, nº66, edição especial, para não referir os restantes órgãos de
comunicação social, podemos ler “ O futuro troço do Itinerário Complementar nº9 (IC9), que
fará a ligação entre a A23, o Concelho de Ponte de Sôr e o norte Alentejano, num percurso de
33 km vai ter perfil de autoestrada, com 4 faixas de rodagem, entre a auto-estrada da Beira -
Interior e a estrada Nacional 118, até à localidade de Tramagal, fazendo a ligação à zona
industrial da vila.
O governo já garantiu a intenção de acelerar o processo de lançamento e concessão para a
construção deste troço, reforçando assim o carácter de prioridade regional do IC9, que
contempla uma nova ponte rodoviária sobre o Tejo, na zona do Tramagal”.
Sabemos que a Sra. Presidente é sensível a esta matéria. No entanto, não podemos deixar de
questionar e esperamos uma explicação à população no sentido de percebermos, por que
razão, o que era considerado um dos aspetos fundamentais da campanha do PS no nosso
Distrito – a concessão das autoestradas e estradas do Ribatejo – foi abandonado sem
qualquer explicação.
2. GRUPO MUNICIPAL
Assembleia Municipal de Abrantes
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Estamos certamente no local indicado para obtermos tal resposta, pois temos o prazer de
estar na presença do ilustre ministro dos Assuntos Parlamentares e Presidente da Mesa
desta Assembleia.
É com grande apreensão que recebemos a notícia da suspensão deste itinerário no que
respeita ao troço Abrantes – Ponte de Sôr e que inclui a travessia do Tejo na zona de
Tramagal, que tem vindo a ser reivindicada por populações e instituições há largos anos.
Apesar das promessas, efetuadas pelo próprio primeiro-ministro, a verdade é que estamos
perante mais um adiamento sem qualquer horizonte em termos de datas, dado que o próprio
ministro das Obras Públicas já declarou que esta suspensão e outras sê-lo-iam por tempo
indeterminado.
Esta via, a concretizar-se, seria uma mais-valia para o território concelhio e, para além de
valorizar os investimentos já existentes ou em curso, seria também e, sobretudo, mais um
fator positivo para a decisão de implementar novos investimentos no concelho.
Esta questão coloca com maior acuidade a requalificação da EN2, no troço como já foi
referido pelos nossos vereadores em reunião de câmara (Arrifana - Rossio) e que atravessa a
cidade de Abrantes, já que parece ser, a curto prazo, a única via direita de entrada e saída da
cidade a sul.
Continuamos a pensar que é efetivamente necessário efetuar cortes de despesas a nível
nacional, mas naquilo que se conclua ser supérfluo e faraónico.
Obras que revistam investimentos de proximidade e que contribuam para que determinadas
regiões possam usufruir de fatores acrescidos de competitividade, como pensamos ser esta,
deveriam ser prosseguidas, pois a sua análise custo/benefício é, sem dúvida, bastante
positiva no médio prazo. “
Recordar-se-á a Senhora Presidente, quem respondeu a estas questões?
Pela intervenção que ontem, dia 25 de Abril proferiu, pensamos que não se recorda!
3. GRUPO MUNICIPAL
Assembleia Municipal de Abrantes
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Pois, vamos recordá-la:
Foi o Sr. Dr. Jorge Lacão. Que saiu do lugar de presidente da Mesa e se dirigiu a esta
Assembleia, pedindo desculpa pela não concretização do que foi uma bandeira e uma
promessa eleitoral do PS nas autárquicas 2009.
É inadmissível e intolerável, que agora em 2013, em pleno dia de Abril, em que o apelo aos
valores e à verdade são incontornáveis, de forma populista e demagógica, sabendo
perfeitamente ao estado a que a má gestão do PS no governo conduziu o País, vem insinuar
que é culpa deste governo a não concretização deste investimento!
Perguntamos Senhora presidente, quanto foi o investimento no açude e no Aquapólis?
Quanto custou? Não era suficiente para ter concretizado os anseios da população de
Tramagal? Investimento, esse, vital para a consolidação de todo o tecido económico daquele
território? Porque não fizeram um açude/ponte em Tramagal?
Aqui está um exemplo (mau exemplo) de como a gestão socialista prefere o show-off, o oco
e a megalomania, em detrimento da ajuda e estímulo à economia local.
Qual é o retorno, quais as mais-valias provocadas pela construção do açude no Rio Tejo?
Quantos turistas atraiu? Quantas empresas, relacionadas com o turismo fixou? E quantas
empresas esse mesmo montante poderia ter estimulado na Freguesia do Tramagal, se esse
investimento tivesse sido canalizado para a construção de uma nova travessia?
Esta ponte é devida ao Tramagal há décadas e, reforçaria a centralidade de Abrantes! Toda a
margem Sul sairia a ganhar…
Manuela Ruivo
26 de Abril de 2013