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O NORDESTE É SEMITA
A população branca do
Nordeste brasileiro é
descende em sua maioria
de cristãos-novos de
origem judaico-sefaradi,
forçados ao batismo
católico antes, durante e
depois do reinado de
Isabel e Fernando.
HISTÓRIA DOS SEPHARDIM - MARRANOS JUDEUS
Quando as Legiões romanas invadiram a terra de Israel, a maioria da população Judia foi
enviada ao exilo por todo o Império romano. Muitos foram enviados para a península Ibéria.
A área tornou-se conhecida como SEPHARD, palavra hebraica que significa "longe".
Os JUDEUS na ESPANHA e em PORTUGAL tornaram-se os SEPHARDIM ou SEPHARDI, e tudo
associado com os SEPHARDIM incluindo nomes, costumes, genealogia e ritos religiosos, veio
a ser conhecido como o ritual SEPHARDIC.
Muitos dos SEPHARDIM da Espanha partiram depois de se converterem porque a
vida como um "novo cristão" ou Marrano não foi como prometido. Leis de "Sangue
Limpo" foram estabelecidas para negar o "novo cristão" os mesmos direitos civis
que o "cristão velho".
A população convertida que permaneceu sobre a influência espanhola ou controle
português não podia reverter abertamente ao judaísmo por temor dos castigos que
eram infligidos pela inquisição.
Muitos Ibérios hoje praticam costumes Judeus sem saberem a sua fonte.
A nação Judia na Ibéria, era de aproximadamente 750.000 no ano 1492.
Todos os Judeus foram banidos da Espanha por decreto real de Ferdinando e Isabel,
em 31 de março de 1492, data do Édito de Expulsão.
Os judeus de Portugal, foram banidos por decreto real em 05 de dezembro de 1496.
Promessas de alívio, proteção contra os decretos de exílio, restauração dos direitos
civis foram feitas aos judeus que permanecessem e convertessem ao catolicismo.
Estes conversos foram chamados CONVERSOS ou MARRANOS (conversos ou porcos
em espanhol) e ANUSIM (forçados em hebraico). Alguns dentro da população Judia
converteram só de nome, outros converteram por escolha.
JUDEUS MARRANOS
A palavra “marrano”, representava os
judeus portugueses que foram
convertidos à força para a religião cristã
no final do século XV, em Portugal.
Atualmente, o termo também é usado
para definir os descendentes desses
judeus, muitos dos quais se esqueceram
de suas origens.
“Cristão-novo” é outro termo em que o
judeu convertido ao cristianismo é
conhecido. É um fato desconhecido que
muitos indivíduos oriundos da Península
Ibérica e Brasileiros de famílias
Portuguesas têm nas suas origens
genealógicas ascendência judaica.
A CHEGADA NO BRASIL. (Nordeste, a Nova Canaã)
Quando da instalação do Tribunal do Santo Ofício em Portugal (1536), o Brasil ainda
era um sonho fabuloso. Descoberto em 22 de abril de 1500, desde o início da nossa
História podemos encontrar a figura do cristão-novo. No navio de Cabral foi constatada
documentalmente a presença de Gaspar da Gama, ex-judeu, ex-mulçumano e cristianizado
à força.
Dois anos depois da descoberta já havia um cristão-novo, Fernando de Noronha,
arrendando o comércio do pau-brasil e dando início à colonização e povoamento
português no litoral do Nordeste brasileiro.
Todos os estudos históricos, etnográficos e ântropo-sociológicos confirmam a vinda de um
grande contingente de cristãos-novos desde a descoberta do Brasil até a conquista do
Nordeste pelos holandeses (1630),
Em 1534, dois anos após o estabelecimento da Inquisição em Portugal, o rei D. João III
dividiu o Brasil em capitanias hereditárias, que deveriam arcar com as despesas de
colonização e defesa do território.
Aí entra o cristão novo com o triplo papel: o de financiador dessas empreitadas, pois a
pequena nobreza portuguesa não possuía o devido capital para tocar a empreitada e tinha
que recorrer aos bons préstimos (e empréstimos) judaico-marranos; o papel de introdutor
da cultura da cana de açúcar no Brasil; e ainda o papel de desbravador, porque não foram
poucos os cristãos-novos que preferiram emigrar para o Brasil e ficar longe da Coroa e da
Inquisição, a permanecer na metrópole.
Durante o período holandês (1630-1654), idade do ouro do judaísmo nordestino-
íbero-americano, aprofundaram-se as raízes e as influências judaicas no Nordeste do
Brasil. Estreitamente ligados ao judaísmo mundial, seja através dos negócios que os
ligavam às principais praças e portos da Europa, seja através da literatura de responsa, de
caráter religioso, que os mantinham em contato com os grandes centros espirituais do
judaísmo, os judeus de Pernambuco integram um dos mais importantes e emocionantes
capítulos da história do judaísmo de todos os tempos, porque construíram a primeira
sinagoga das Américas, porque tiveram o primeiro rabino Isaac Aboab da Fonseca em
terras pernambucanas.
Nesse três aspectos o judaísmo sefaradim-nordestino foi o pioneiro nas três Américas.
Com a derrota dos holandeses (1654), os cristãos-novos portugueses que viviam em
Pernambuco e que tinham aceito o domínio holandês, renegado o catolicismo e
convertido publicamente ao judaísmo, tiveram que abandonar o país junto com os judeus
holandeses e com os calvinistas flamengos.
Quem ficou por aqui teve que esconder mais ainda seu sangue semita, pois além de ser
uma “raça herege” era também, desde então, uma raça que havia colaborado com o
invasor holandês.
A preocupação de esconder a cota judaica do sangue de cada um dos descendentes de
cristãos-novos provocou o hábito da “fraude genealógica”.
EVIDÊNCIAS JUDAICAS NA
CULTURA NORDESTINA A dimensão religiosa - é a mais importante
para o nordestino, é a da fé, da religiosidade, da
sua concepção mística do mundo. Mais do que a
mística, messiânica. Exatamente como o povo
judaico, que, aliás, é o único povo a permanecer
adepto de um “messianismo”.
A expressão desse messianismo se dá através
de movimentos milenaristas, messiânicos e/ou
sebastianistas. Assim foram os fenômenos de
Santa da Pedra do Rodeador (Bonito,
Pernambucano, 1817/19), do sebastianismo
alucinado dos sacrifícios humanos do falso-rei de
Pedra Bonita (Belmonte, Pernambuco, 1836/38) e
do movimento de Antônio Conselheiro.
De 1892 até 1934 o Nordeste assiste ao
crescimento político de outro líder religioso:
padre Cícero Romão Batista que, com sua
liderança carismática, provocou uma explosão de
misticismo no Nordeste, dando ensejo ao
recrudescimento dos beatos que vagavam pelos
sertões anunciando apocalipses iminentes.
Nos costumes - No interior do Nordeste ainda
se retém o hábito de usar mantilhas negras,
pessoas idosas colocam sobre a cabeça
documentos que acabam de receber e o hábito
de abater galinha seccionando-lhe o pescoço e
vertendo o sangue no solo e, antes disso,
testando o fio da faca na própria unha.
O “culto superlativo da honra” é um dos mais
expressivos símbolos da cultura nordestina,
onde - segundo o ditado popular - a honra só se
lava com sangue.
Poligamia - No direito consuetudinário
nordestino, é lícito ao homem ter mais de uma
família, pois isso simboliza posses, prestígio e
poder.
Nomandismo - Do mesmo modo que existe um
esteriótipo do judeu errante, existe também a
figura do nordestino nômade. É chamado de
pau-de-arara, de retirante, porque é o clássico
imigrante da nação brasileira.
SUPERTIÇÕES
> cobrir os espelhos de casa quando
alguém morre,
> chamar as carpideiras para chorar
os defuntos,
> derramar a água dos potes onde
alguém falecer,
> varrer a casa da frente para trás,
depois que o defunto é levado para
ocemitério,
>enterrar os mortos envoltos em
pano de linho branco (mortalha) -
do qual o enterro em redes é um
sucedâneo –
No Nordeste há, ainda, uma crença
generalizada de que as famílias que possuem
sobrenomes de origem animal ou vegetal
descendem dos judeus cristianizados à força.
Corrobora essa crença, o fato de ser muito
comum no Nordeste, os pais batizarem os
filhos com nomes retirados do Antigo
Testamento. Além disso, um círculo vicioso de
casamentos endogâmicos fez com que muitos
troncos sefaradins se tenham preservado
etnicamente no Nordeste do Brasil.
NOMES E SOBRENOMES
CONSIDERAÇÕES
A persistência de um criptojudaísmo ainda
hoje, tanto em Portugal quanto na Espanha e
no Brasil, é algo evidente.
No caso brasileiro, no Nordeste, os laços são
muito antigos: “Os motivos israelitas,
fundamentais, circulando na cultura popular
brasileira, datam do século XVI. Quando o
brasileiro nascia”.
O Nordeste representou para os judeus
portugueses, fugitivos da Inquisição, tanto a
Galut - o exílo, quanto a Gueulá - a
libertação, a redenção, a salvação.
No imaginário judaico internacional há um
espaço para o Nordeste brasileiro. É um
espaço pequeno, mas muito simbólico,
prenhe de significado e importância para a
história desse povo sofrido e perseguido.
No imaginário popular nordestino, o universo
mítico judaico é muito forte. Isso é expresso
na música sertaneja, na visão de mundo
(cosmovisão, Weltanschaung) redentorista-
milenarista e também nas manifestações
folclóricas e culturais (carnaval, ciranda,
juramentos), e no bacharelismo.

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O Nordeste brasileiro: berço do judaísmo sefardita nas Américas

  • 1.
  • 2. O NORDESTE É SEMITA A população branca do Nordeste brasileiro é descende em sua maioria de cristãos-novos de origem judaico-sefaradi, forçados ao batismo católico antes, durante e depois do reinado de Isabel e Fernando.
  • 3. HISTÓRIA DOS SEPHARDIM - MARRANOS JUDEUS Quando as Legiões romanas invadiram a terra de Israel, a maioria da população Judia foi enviada ao exilo por todo o Império romano. Muitos foram enviados para a península Ibéria. A área tornou-se conhecida como SEPHARD, palavra hebraica que significa "longe". Os JUDEUS na ESPANHA e em PORTUGAL tornaram-se os SEPHARDIM ou SEPHARDI, e tudo associado com os SEPHARDIM incluindo nomes, costumes, genealogia e ritos religiosos, veio a ser conhecido como o ritual SEPHARDIC. Muitos dos SEPHARDIM da Espanha partiram depois de se converterem porque a vida como um "novo cristão" ou Marrano não foi como prometido. Leis de "Sangue Limpo" foram estabelecidas para negar o "novo cristão" os mesmos direitos civis que o "cristão velho". A população convertida que permaneceu sobre a influência espanhola ou controle português não podia reverter abertamente ao judaísmo por temor dos castigos que eram infligidos pela inquisição. Muitos Ibérios hoje praticam costumes Judeus sem saberem a sua fonte.
  • 4. A nação Judia na Ibéria, era de aproximadamente 750.000 no ano 1492. Todos os Judeus foram banidos da Espanha por decreto real de Ferdinando e Isabel, em 31 de março de 1492, data do Édito de Expulsão. Os judeus de Portugal, foram banidos por decreto real em 05 de dezembro de 1496. Promessas de alívio, proteção contra os decretos de exílio, restauração dos direitos civis foram feitas aos judeus que permanecessem e convertessem ao catolicismo. Estes conversos foram chamados CONVERSOS ou MARRANOS (conversos ou porcos em espanhol) e ANUSIM (forçados em hebraico). Alguns dentro da população Judia converteram só de nome, outros converteram por escolha.
  • 5. JUDEUS MARRANOS A palavra “marrano”, representava os judeus portugueses que foram convertidos à força para a religião cristã no final do século XV, em Portugal. Atualmente, o termo também é usado para definir os descendentes desses judeus, muitos dos quais se esqueceram de suas origens. “Cristão-novo” é outro termo em que o judeu convertido ao cristianismo é conhecido. É um fato desconhecido que muitos indivíduos oriundos da Península Ibérica e Brasileiros de famílias Portuguesas têm nas suas origens genealógicas ascendência judaica.
  • 6. A CHEGADA NO BRASIL. (Nordeste, a Nova Canaã) Quando da instalação do Tribunal do Santo Ofício em Portugal (1536), o Brasil ainda era um sonho fabuloso. Descoberto em 22 de abril de 1500, desde o início da nossa História podemos encontrar a figura do cristão-novo. No navio de Cabral foi constatada documentalmente a presença de Gaspar da Gama, ex-judeu, ex-mulçumano e cristianizado à força. Dois anos depois da descoberta já havia um cristão-novo, Fernando de Noronha, arrendando o comércio do pau-brasil e dando início à colonização e povoamento português no litoral do Nordeste brasileiro. Todos os estudos históricos, etnográficos e ântropo-sociológicos confirmam a vinda de um grande contingente de cristãos-novos desde a descoberta do Brasil até a conquista do Nordeste pelos holandeses (1630), Em 1534, dois anos após o estabelecimento da Inquisição em Portugal, o rei D. João III dividiu o Brasil em capitanias hereditárias, que deveriam arcar com as despesas de colonização e defesa do território. Aí entra o cristão novo com o triplo papel: o de financiador dessas empreitadas, pois a pequena nobreza portuguesa não possuía o devido capital para tocar a empreitada e tinha que recorrer aos bons préstimos (e empréstimos) judaico-marranos; o papel de introdutor da cultura da cana de açúcar no Brasil; e ainda o papel de desbravador, porque não foram poucos os cristãos-novos que preferiram emigrar para o Brasil e ficar longe da Coroa e da Inquisição, a permanecer na metrópole.
  • 7. Durante o período holandês (1630-1654), idade do ouro do judaísmo nordestino- íbero-americano, aprofundaram-se as raízes e as influências judaicas no Nordeste do Brasil. Estreitamente ligados ao judaísmo mundial, seja através dos negócios que os ligavam às principais praças e portos da Europa, seja através da literatura de responsa, de caráter religioso, que os mantinham em contato com os grandes centros espirituais do judaísmo, os judeus de Pernambuco integram um dos mais importantes e emocionantes capítulos da história do judaísmo de todos os tempos, porque construíram a primeira sinagoga das Américas, porque tiveram o primeiro rabino Isaac Aboab da Fonseca em terras pernambucanas. Nesse três aspectos o judaísmo sefaradim-nordestino foi o pioneiro nas três Américas. Com a derrota dos holandeses (1654), os cristãos-novos portugueses que viviam em Pernambuco e que tinham aceito o domínio holandês, renegado o catolicismo e convertido publicamente ao judaísmo, tiveram que abandonar o país junto com os judeus holandeses e com os calvinistas flamengos. Quem ficou por aqui teve que esconder mais ainda seu sangue semita, pois além de ser uma “raça herege” era também, desde então, uma raça que havia colaborado com o invasor holandês. A preocupação de esconder a cota judaica do sangue de cada um dos descendentes de cristãos-novos provocou o hábito da “fraude genealógica”.
  • 8. EVIDÊNCIAS JUDAICAS NA CULTURA NORDESTINA A dimensão religiosa - é a mais importante para o nordestino, é a da fé, da religiosidade, da sua concepção mística do mundo. Mais do que a mística, messiânica. Exatamente como o povo judaico, que, aliás, é o único povo a permanecer adepto de um “messianismo”. A expressão desse messianismo se dá através de movimentos milenaristas, messiânicos e/ou sebastianistas. Assim foram os fenômenos de Santa da Pedra do Rodeador (Bonito, Pernambucano, 1817/19), do sebastianismo alucinado dos sacrifícios humanos do falso-rei de Pedra Bonita (Belmonte, Pernambuco, 1836/38) e do movimento de Antônio Conselheiro. De 1892 até 1934 o Nordeste assiste ao crescimento político de outro líder religioso: padre Cícero Romão Batista que, com sua liderança carismática, provocou uma explosão de misticismo no Nordeste, dando ensejo ao recrudescimento dos beatos que vagavam pelos sertões anunciando apocalipses iminentes.
  • 9. Nos costumes - No interior do Nordeste ainda se retém o hábito de usar mantilhas negras, pessoas idosas colocam sobre a cabeça documentos que acabam de receber e o hábito de abater galinha seccionando-lhe o pescoço e vertendo o sangue no solo e, antes disso, testando o fio da faca na própria unha. O “culto superlativo da honra” é um dos mais expressivos símbolos da cultura nordestina, onde - segundo o ditado popular - a honra só se lava com sangue. Poligamia - No direito consuetudinário nordestino, é lícito ao homem ter mais de uma família, pois isso simboliza posses, prestígio e poder. Nomandismo - Do mesmo modo que existe um esteriótipo do judeu errante, existe também a figura do nordestino nômade. É chamado de pau-de-arara, de retirante, porque é o clássico imigrante da nação brasileira.
  • 10. SUPERTIÇÕES > cobrir os espelhos de casa quando alguém morre, > chamar as carpideiras para chorar os defuntos, > derramar a água dos potes onde alguém falecer, > varrer a casa da frente para trás, depois que o defunto é levado para ocemitério, >enterrar os mortos envoltos em pano de linho branco (mortalha) - do qual o enterro em redes é um sucedâneo –
  • 11. No Nordeste há, ainda, uma crença generalizada de que as famílias que possuem sobrenomes de origem animal ou vegetal descendem dos judeus cristianizados à força. Corrobora essa crença, o fato de ser muito comum no Nordeste, os pais batizarem os filhos com nomes retirados do Antigo Testamento. Além disso, um círculo vicioso de casamentos endogâmicos fez com que muitos troncos sefaradins se tenham preservado etnicamente no Nordeste do Brasil. NOMES E SOBRENOMES
  • 12. CONSIDERAÇÕES A persistência de um criptojudaísmo ainda hoje, tanto em Portugal quanto na Espanha e no Brasil, é algo evidente. No caso brasileiro, no Nordeste, os laços são muito antigos: “Os motivos israelitas, fundamentais, circulando na cultura popular brasileira, datam do século XVI. Quando o brasileiro nascia”. O Nordeste representou para os judeus portugueses, fugitivos da Inquisição, tanto a Galut - o exílo, quanto a Gueulá - a libertação, a redenção, a salvação. No imaginário judaico internacional há um espaço para o Nordeste brasileiro. É um espaço pequeno, mas muito simbólico, prenhe de significado e importância para a história desse povo sofrido e perseguido. No imaginário popular nordestino, o universo mítico judaico é muito forte. Isso é expresso na música sertaneja, na visão de mundo (cosmovisão, Weltanschaung) redentorista- milenarista e também nas manifestações folclóricas e culturais (carnaval, ciranda, juramentos), e no bacharelismo.