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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA – SERRAVIX 
ADMINISTRAÇÃO 
ADEILSON MEDEIROS ALMEIDA 
KAIO PARRINI BARROSO 
MANOEL ALVES MARINS 
THAÍS PIONA BERMUDES 
QUALIDADE TOTAL COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA DO 
GRUPO SEI 
SERRA - ES 
2013
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA – SERRAVIX 
ADMINISTRAÇÃO 
ADEILSON ALMEIDA MEDEIROS 
KAIO BARROSO PARRINI 
MANOEL ALVES MARINS 
THAÍS PIONA BERMUDES 
QUALIDADE TOTAL COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA DO 
GRUPO SEI 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentadod ao Curso de Administração da 
Faculdade Capixaba da Serra - Serravix, 
como requisito em adquirir graduação de 
BACHARÉL EM ADMINISTRAÇÃO, 
orientado pelo professor Aldomar Júnior. 
SERRA - ES 
2013 
2
Agradecemos a Deus pela concepção da 
capacidade de executarmos tarefas como 
este trabalho. Às nossas famílias, amigos e 
a todos que contribuíram para a soma de 
conhecimentos e melhorias aplicadas neste. 
Agradecemos também em especial à 
oportunidade, instrução e incentivo do nosso 
mestre Aldomar Júnior.
“O bom-senso é a coisa mais bem repartida 
deste mundo, porque cada um de nós pensa 
ser dele tão bem provido, que mesmo 
aqueles que são mais difíceis de contentar 
com qualquer outra coisa, não costumam 
desejar mais do que o que têm.” 
René Descartes. 
4
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................06 
1.1. Justificativa..................................................................................................07 
1.2. Delimitação do Problema............................................................................07 
1.3. Definição do Problema................................................................................07 
1.4. Objetivo Geral..............................................................................................08 
1.5. Objetivo Específico......................................................................................08 
2. A ERA DA QUALIDADE......................................................................................09 
2.1. O conceito de qualidade..............................................................................10 
3. GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL.....................................................................11 
4. CONCEITOS QUE FUNDAMENTAM A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL.....13 
5. COMPETITIVIDADE E QUALIDADE..................................................................16 
6. MUDANÇAS DO AMBIENTE DAS EMPRESAS................................................17 
6.1. Restrições à mudança do ambiente............................................................19 
6.2. Atendimento às exigências do cliente ........................................................20 
6.3. A postura das organizações .......................................................................21 
6.4. Conhecer os seus clientes..........................................................................22 
6.5. A Relação Empresa e Cliente......................................................................24 
7. Gestão da Qualidade..........................................................................................29 
7.1 Sistema de Gestão Da Qualidade................................................................29 
7.2 Sistema.........................................................................................................30 
7.3 Requisitos Gerais.........................................................................................30 
7.4. Principais ferramentas e termos empregados no Sistema de Gerenciamento 
da Qualidade......................................................................................................31 
8. NORMA DE REGULAMENTAÇÃO.....................................................................33
9. BENEFÍCIOS OBTIDOS COM A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL................26 
9.1. Solução de problemas e Gestão da Qualidade Total..................................27 
10. CONCLUSÃO...................................................................................................37 
11. REFERÊNCIAS.................................................................................................39 
6
7 
1. INTRODUÇÃO 
O desenvolvimento da tecnologia provocou mudanças profundas, nos países, 
nas empresas e nas pessoas, isto nos faz acordar para novos tempos e 
atentar-se às mudanças que ocorrem com muita intensidade. Empresas que 
pareciam inabaláveis estão se reestruturando, para se tornarem mais 
competitivas. (CHIAVENATO, 1997) 
Conforme Falconi (2004, p. 01), estas mudanças são apenas parte da 
rápida evolução social, tecnológica e, sobretudo mental que a 
humanidade vem experimentando, por isso, garantir o gerenciamento 
dos processos é necessário em qualquer segmento e determinam 
aonde a empresa quer chegar. 
Devido à sua rapidez, as empresas só conseguirão manter a competitividade 
se buscarem a qualidade total, visto que, empresários têm que se 
conscientizarem que o cliente é um dos fatores mais importantes dentro de 
uma empresa, por isto, a necessidade em se preocupar com a qualidade dos 
produtos e serviços. (JURAM, 1984). 
Este estudo de caso tem como prioridade central, identificar que a implantação 
da qualidade total em serviços propicia uma melhoria na administração de 
empresas que adotaram este método científico, conforme Schonberger (1992), 
qualidade propicia a vantagem competitiva. 
A qualidade de um serviço é essencial ao perfeito funcionamento de qualquer 
empresa, neste sentido, a importância deste assunto está no fato de que 
possibilitará compreender quando se fala de um serviço de qualidade, está se 
referindo à plena satisfação do cliente, conforme Deming (1993 p.56), e o 
segredo para isso é a concentração nas necessidades e nos seus desejos 
criando um serviço que atende ou exceda as suas expectativas .
8 
1.1 Justificativa 
Analisar as mudanças que a GQT proporciona para o Grupo SEI, o motivo da 
crescente busca por uma certificação da qualidade, as ferramentas 
fundamentais para o sucesso no mercado. Apresentar os conceitos 
pertencentes à Gestão da Qualidade Total, a história, o acirramento da 
concorrência com mudanças do mercado, e por fim relatar a implantação da 
qualidade total. 
1.2. Delimitação do problema 
O trabalho delimita-se em estudar e analisar a implementação do Sistema de 
Gestão da qualidade, e a importância da qualidade em produtos e serviços. 
1.3. Definição do problema 
Como a implantação da qualidade total pode deixar uma empresa mais 
competitiva? 
1.4 Objetivo geral 
Descrever o desenvolvimento da Gestão da Qualidade, a importância, a 
implantação e utilização da Qualidade Total e o uso como uma estratégia para 
o crescimento e melhorais na administração das empresas.
9 
1.5 Objetivo específico 
Identificar os benefícios que a implantação da Qualidade total está cedendo 
para o crescimento, melhorias nos setores econômico, administrativo e 
financeiro para o Grupo SEI. Visualizar na prática através de pesquisas 
científicas as mudanças que estão ocorrendo com a empresa, confrontar com 
conteúdo específico de vários autores acerca da qualidade, e desvendar as 
vantagens competitivas sobre o acirrado mercado.
10 
2 METODOLOGIA 
Destina-se neste capítulo, uma apresentação da metodologia utilizada para a 
criação e o desenvolvimento do trabalho, explicitando qual o tipo de pesquisa, 
quais os procedimentos adotados para a coleta de dados e elaboração de 
informações a serem difundidas. 
Para Tartuce (2006) a Metodologia de pesquisa trata o método como ciência. 
Metodologia é uma palavra de origem grega, que significa methodos, 
met’hodos; traduzindo é “o caminho para chegar ao destino”, a tradução do 
sufixo Logia; é estudar, então metodologia é o estudo dos métodos. 
Segundo Roesch (2005), o capítulo da metodologia descreve como o projeto 
de pesquisa que será realizado, quais os instrumentos e ferramentas serão 
utilizados para que se consiga chegar a ciência esperada, e sim conduzia-la a 
uma pesquisa com os dados exatos do objetivo. 
2.1 Tipo de Pesquisa 
Segundo Oliveira (2002), a ciência abrange praticamente todos os campos do 
conhecimento humano, a partir de critérios metodológicos pode-se estudar as 
relações existentes entre causa e efeito de um fenômeno qualquer. Portanto, O 
fundamental objetivo da ciência é identificar a veracidade dos fatos através de 
um método que determina o conhecimento. 
De acordo com Roesch (1996), a pesquisa qualitativa é adequada para a 
avaliação formativa, quando se trata de aprimorar a efetividade de um 
programa, projeto, plano ou então quando se trata de selecionar metas de 
programa e construir uma intervenção. 
Conforme Mattar (1999), a pesquisa qualitativa exige o completo conhecimento 
do problema que será estudado, para um confronto de informações bem
11 
dirimidas à empresa pesquisada, é necessário que o pesquisador tenha um 
conhecimento profundo do problema. 
Para Richarlison (1999), existem diversos instrumentos de coleta de dados que 
podem ser utilizados para obter informações acerca de grupos sociais. E para 
Roesch (1996), o questionário é um instrumento de coleta de dados que busca 
mensurar alguma coisa. 
Os dados são coletados por fontes primárias e secundárias, as fontes primárias 
são colhidas pelo pesquisador, através de questionários e entrevistas. E já os 
dados secundários, talvez possam ser encontrados na empresa por meio de 
banco de dados e relatórios (ROESCH, 2005). 
2.3 Análise de dados da pesquisa 
O objeto de pesquisa é uma empresa no ramo de atividades no terceiro setor, o 
Grupo SEI, que atua como prestação de serviços em vigilância patrimonial, 
segurança privada, e inteligência. Com sede no bairro Colina de Laranjeiras na 
Serra, E.S. a empresa está no mercado a mais de dez anos. 
Para manter-se no mercado competitivo, a empresa busca efetuar a 
implantação da Gestão da Qualidade total, somando assim mais um item 
indispensável para atingir as expectativas de seus clientes. É nesse conceito 
que surgem as análises através de questões abertas e confrontá-las com as 
teorias. 
“Para o Grupo SEI, a Gestão da Qualidade Total proporcionou um 
processo que gerencia e administra suas atividades objetivando o 
alcance de metas estabelecidas, manutenção de seus clientes, com 
mais respeito aos parceiros, colaboradores e atendimento aos 
requisitos.” 
Para Juran (1990), o cliente é qualquer indivíduo que labuta um produto, sendo 
internos, aqueles que o desenvolvem, e os externos são os que almejam o 
produto acabado.
12 
“O Grupo SEI ainda considera para si, que uma das importâncias da 
GQT é a padronização das atividades, objetivando a melhoria 
contínua dos processos de seu sistema de gestão, com foco na 
ampliação dos clientes e buscando resultados favoráveis.” 
Sobre a Gestão da Qualidade Total, Falconi (1996) explica que sua correta 
compreensão é um pré-requisito indispensável para a fase de implantação. 
. 
“O Sistema de Gestão da Qualidade iniciou-se no Grupo SEI com o 
diagnóstico dos processos existentes, passando por uma fase de 
implementação de 01 (um) ano, finalizando a primeira etapa com a 
Auditoria Externa do Organismo Certificados e a conquista do 
Certificado ISO 9001:2008. Na fase de implementação, foi definido o 
Manual da Qualidade, Manual de Descrição de Função, os 
procedimentos específicos de cada setor, definição dos indicadores 
da qualidade, treinamentos de capacitação de pessoal, capacitação 
de auditores internos e realização de auditorias internas.” 
O “guru” da qualidade Feigenbaum (1994), pressupõe a interação de todas as 
áreas da empresa, como: Diretoria, finanças, pessoal, produção, controle, entre 
outras, e todas em torno de um objetivo comum. 
“O Grupo SEI utiliza diversas ferramentas que garantem a qualidade 
de seus serviços, como o Diagrama de Causa e Efeito por Ishikawa, 
e o 5W01H também são utilizadas.” 
Feigenbaum (1994) completa ainda que, a qualidade é a correção dos 
problemas, de sua causa ao longo de toda série de fatores, relacionadas com 
vários setores de uma empresa que exercem influências sobre a satisfação do 
usuário. 
“Na atividade fim da SEI Vigilância houve um crescimento de 100% 
(cem por cento) nos quatro últimos anos. Em 2009 existiam 23 (vinte 
e Três) empresas autorizadas a prestar serviços na atividade no 
Espírito Santo. Em Julho/2013 já existem 46 (quarenta e seis). 
Registra-se que o nº de postos de trabalham permanece o mesmo, 
qual seja: 12000 (doze mil) empregados vigilantes. 
Neste cenário, um bom Sistema de Gestão da Qualidade auxilia na 
obtenção e, principalmente, a manutenção dos clientes.”
13 
Conforme Falconi (1999), a competitividade depende da qualidade dos 
produtos oferecidos pela empresa, assim ela garante a sua sobrevivência no 
mercado. 
“Como a implantação da qualidade total, a empresa se tornou mais 
competitiva, pois a padronização e regulamentação de processos 
através de normas técnicas, tem uma finalidade de sistematizar as 
ações que serão tomadas para prevenir ou corrigir os problemas da 
empresa, assim obtemos a conformidade com os requisitos, e 
consequentemente a redução dos custos e aumentando a 
credibilidade no mercado de serviços.” 
2. A ERA DA QUALIDADE 
De acordo com Feigenbaum (1994 p.20-22), ao longo dos anos a evolução da 
qualidade passou por várias fases tais como: 
(1900) Controle da qualidade pelo operador: quem produzia um determinado 
produto que controlava a sua própria qualidade. 
(1918) Controle da qualidade pelo supervisor: onde existia um indivíduo que 
assumia a responsabilidade sobre a qualidade de um determinado trabalho, e 
executava as ações necessárias. 
(1937) Controle por inspeção: os produtos eram verificados um a um, peça, 
componentes, ferramentas, e outros se estão conforme estabelecidos para 
detectar os problemas. 
(1960) Controle estatístico: os produtos são verificados por amostragem, a 
inspeção da qualidade é feita por um departamento especializado e existe 
ênfase na localização de defeitos.
14 
(1980) Controle da qualidade total, na qual estamos vivendo, o processo 
produtivo é controlado, toda empresa é responsável e se tem ênfase na 
prevenção de defeitos e a qualidade é assegurada. 
A qualidade passa para outra etapa, segundo Ferreira (1994 p.64), “...a Visão 
Estratégica Global é um objetivo da sobrevivência da empresa em 
competitividade para atender transformações gigantescas que vem 
acontecendo no mercado mundial...” 
Engana-se quem pensa que a preocupação com a qualidade dos produtos 
oferecidos aos clientes é coisa recente. Por volta de 2150 a.C., o código de 
Hamurabi já demonstrava uma preocupação com a durabilidade e 
funcionalidade das habitações produzidas na época, de tal forma que, se um 
construtor negociasse um imóvel que não fosse sólido o suficiente para atender 
à sua finalidade e desabasse, o construtor seria prejudicado. (Oliveira, 2004). 
Decorridas aproximadamente 4 décadas no inicio da implantação da GQT, o 
Japão é visto como uma das maiores potências econômicas do mundo. 
Portanto, o chamado “milagre Japonês ” deve muito a GQT, pois foi com esse 
modelo administrativo que o Japão conseguiu reverter o quadro de várias 
dificuldades em que se encontrava, e transformou-se em um país no qual os 
produtos são altamente valorizados pela sua qualidade e avançada tecnologia. 
(GARVIN, 1992). 
Por muito tempo associou-se melhoria da qualidade ao aumento de custos dos 
produtos. Porém, quando há aumento significativo da qualidade, paralelamente 
tem-se aumento de produtividade e ganhos relativos. (FREITAS, 2005).
15 
2.1 O conceito de qualidade 
A definição de qualidade hoje possui uma extensa gama de significados; 
conforme Crosby (1986 p.31) qualidade é a conformidade do produto ás suas 
especificações. Então a qualidade é atingida quando suas especificações são 
obedecidas. 
De acordo com Juran (1992 p.9), a qualidade é a ausência de deficiências, ou 
seja, quando temos menos defeitos na produção do produto ou serviços a 
qualidade é melhor. 
Segundo Deming (1993 p.56), qualidade é tudo aquilo que vai melhorar o 
produto do ponto de vista do cliente, ele associa qualidade com a visão do 
cliente e não tem uma única característica, pois ela é renovada conforme a 
necessidade do usuário. 
Conforme Ishikawa (1993 p. 43), a qualidade é quando se desenvolve, projeta, 
produz, comercializa um produto com qualidade que é mais econômico, mais 
útil e que satisfaça sempre o cliente. 
Para Feigenbaum (1994 p.8), a qualidade é a correção dos problemas e de sua 
causa ao longo de toda série de fatores relacionadas com vários setores de 
uma empresa que exercem influências sobre a satisfação do usuário. 
Tradicionalmente associa-se qualidade a produtos finais, ou seja, a produtos 
como um carro ou uma televisão, ou até mesmo um bom jantar em um bom 
restaurante. Os especialistas do gerenciamento da qualidade com os 
processos nos quais os produtos ou serviços são materializados. Se o 
processo for bem realizado, um bom produto final sairá naturalmente. A 
qualidade reside no que se faz e não apenas no que se tem com consequência 
disso. (ROBLES JR; BONELI, 2010).
16 
Ainda Crosby (1979), define que “qualidade é estar em conformidade com os 
requisitos”, entendendo requisitos como características cuidadosamente 
analisadas e detalhadas que referem ao trabalho. Contudo, seu conceito 
depende muito do contexto em que é aplicado, pode considerar diversas 
percepções em relação a qualidade. Mas dentro de uma definição abrangente, 
qualidade pode ser aquilo que atende perfeitamente, de forma confiável, de 
forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente. 
3. GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL 
Desde o início da era industrial que as organizações vêm se preocupando com 
a qualidade do produto, e quando essa preocupação envolve vários processos 
da empresa, como os industriais e administrativos, pode-se definir que existe 
uma “TOTAL QUALITY CONTROL – TQC” ou Controle da Qualidade total. 
(PALADINI, 1990). 
Conforme Falconi (1992, p. 02), qualidade não é só a ausência de 
defeitos, e sim atender às necessidades do ser humano na sua luta 
pela sobrevivência na terra, de outro modo, é um produto ou serviço 
que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de 
forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente. 
Então, a Gestão da Qualidade Total, é uma filosofia da gestão focada no 
atendimento e satisfação dos requisitos dos diversos públicos envolvidos com a 
empresa podendo estes ser internos ou externos. 
A Gestão da Qualidade Total ( GQT ) contém elementos de várias fontes 
ocidentais: alguns dos princípios científicos de Taylor; controle estatístico do 
processo de Shewhart; conceitos sobre o comportamento humano adotados 
por Maslow e ainda todo o conhecimento ocidental da qualidade, 
principalmente os trabalhos de Deming e Juram.
17 
O Japão foi o país onde se desenvolveu a GQT, unindo a qualidade e a 
tecnologia avançada, porque seus produtos eram conhecidos no exterior como 
ruins e baratos, e, devido a preocupação com a reconstrução nacional e 
retomada do comércio após estragos da 2º Guerra Mundial. (ISHIKAWA, 1993). 
Conforme Barbosa (1995), justifica que a Gestão de Qualidade Total 
estabelece condições ideais para que todas as pessoas, de diversos níveis 
hierárquicos e as funções que exerçam nos setores, se capacitem para 
planejar e gerenciar o seu próprio trabalho. Cada indivíduo recebe treinamento 
especifico para resolver os problemas, em equipes, que dificultam e impeçam 
que a instituição atinja os objetivos e metas. E para tal sujeição, é necessário 
que todos de algum modo contribuam. 
A GQT contribui de forma importante para que seja difundida da instituição a 
ideia de que cada um é responsável pelo seu próprio trabalho,portanto, a 
qualidade do resultado final do trabalho depende de cada uma das pessoas da 
equipe, e dissemina-se a noção de buscar os culpados e sim as causas. Com o 
controle que cada um faz sobre sua atividade, alcançará a qualidade desejada. 
(BARBOSA, 1995). 
4. CONCEITOS QUE FUNDAMENTAM A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL 
A implantação da Gestão da Qualidade Total depende do entendimento de 
determinados conceitos básicos. Conforme Falconi (1996), sua correta 
compreensão é um pré-requisito indispensável para a fase de implantação, e 
apresenta os tópicos relacionados abaixo que formam o conceito do TQC. 
Orientação pelo cliente: Corresponde em trazer para dentro da 
empresa as necessidades dos clientes que se atende, e planejar os 
processos de acordo com elas. 
Qualidade em primeiro lugar: Estabelecer primeiro a satisfação das 
pessoas e no atendimento de suas necessidades, colocando o 
domínio da qualidade como objetivo central das ações gerenciais . A 
melhoria pela ação gerencia em todos os níveis dentro de uma 
empresa, através da GQT, pode parecer que não esteja diretamente 
ligada a sua atividade–fim, com maior eficiência, maior conforto, 
maior satisfação das pessoas, maior redução dos custos, maior 
cumprimento dos prazos, mais acerto na solução de problemas, maior 
redução dos custos, maior aproveitamento do tempo eliminação do
18 
retrabalho, com a conseqüente melhoria da produtividade e muitos 
outros benefícios que facilitarão em alto grau a plena realização dos 
verdadeiros fins da empresa. 
Ação orientadas por prioridades: consiste em identificar o 
problema mais crítico e solucioná-lo pela mais alta prioridade. A 
aplicação deste princípio na análise de problemas ajuda a priorizar as 
verdadeiras causas e oferece um meio seguro para atuar com o 
máximo de eficiência e acerto 
Ação orientada por fatos e dados: um dos pontos fortes da filosofia 
da Gestão da Qualidade Total está na decisão baseada em fatos e 
dados. É preciso ter sempre presente que, para gerenciar, é preciso 
medir os resultados das ações. Quem não mede não gerencia, 
porque fica impossibilitado de se o resultado da AÇÃO GERENCIAL 
está de acordo com o planejamento inicial e nenhuma ação corretiva 
pode ser tomada. Aplicando a GQT, elimina-se a faculdade de “achar” 
e passa-se a usar outros recursos mais eficazes da inteligência, como 
as faculdades de pensar, raciocinar, observar, discernir, entender, 
julgar , etc.. 
Qualidade Assegurada Pelo Controle de Processo: a qualidade só 
é alcançada quando se consegue eliminar o controle baseado 
puramente em inspeção ao final do processo. Assim tem pouco valor 
do ponto de vista da qualidade, deixar para atuar no processo de 
produção de uma empresa só ao final do ano, quando se comprovou 
que grande parte das mercadorias fabricadas seriam melhor 
produzidas quando se houvesse um controle do processo diária de 
produção. 
Controle da Dispersão: consiste em colocar como objetivo a 
alcançar a redução de grandes variações em torno da média. Quanto 
menor for a dispersão, mais estável e mais sob controle estará o 
processo. Grandes variações indicam a presença de problemas ou 
causas especiais. 
Cliente Interno: consiste em desenvolver a noção do cliente externo: 
o próximo processo é o meu cliente. Analogamente, o processo 
anterior é o meu fornecedor. 
Controle do Montante: É a de se resolver os problemas atuando no 
sentido de onde vêm as causas, ou seja atuando nos processos 
anteriores e não os processos subsequentes, para onde vão os 
efeitos, ou as conseqüências. 
Ação Preventiva: adotar ações no sentido de bloquear as causas 
fundamentais dos problemas e tomar as medidas para não deixar que 
os mesmos problemas continuem se repetindo pelas mesmas causas. 
É a aplicação sistemática do PDCA de solução de problemas, em que 
a solução efetiva passa ser adotada como um novo padrão para o 
sistema 
Respeito ao Indivíduo: é simplesmente proporcionar o tratamento 
que todo ser humano merece. Respeitar para ser respeitado. É ter o 
respeito com si mesmo e com os demais, como base fundamental de 
moral humana. Havendo respeito, há harmonia e uma ampla 
compreensão em todos os aspectos da convivência entre as pessoas. 
Não é possível construir nada definitivo ou estável sem o respeito 
entre as pessoas.
19 
Comprometimento da Alta administração: é o pré-requisito para 
iniciar o processo implantação. A garantia de que este compromisso 
existe e pode ser constatadas de diversas formas tais como: a 
direção da empresa se manifesta publicamente quanto à sua visão 
como instituição; a direção estabelece diretrizes de longo e médio 
prazo e estratégias para realizá-las; a direção evidencia, através de 
suas ações, que compreende o que significa a gestão de qualidade e 
se coloca a frente de todas as iniciativas para implantar a GQT na 
instituição pela qual é responsável. 
Já Garvin (1992), no intuito de explicar melhor decompôs seu conceito em oito 
categorias: 
· Desempenho – referente a características operacional básica 
do produto; 
· Características – são os adereços dos produtos que 
suplementam seu funcionamento básico; 
· Confiabilidade – reflete a probabilidade de mau funcionamento 
ou falha. 
· Conformidade – representa o grau em que o projeto e as 
características de um produto estão em acordo com padrão; 
· Durabilidade – é a medição útil do produto 
· Atendimento – é a rapidez, eficiência e a facilidade dos 
serviços associados; 
· Estética – aparência do produto; 
· Qualidade percebida – é a avaliação do cliente para o produto. 
5. COMPETITIVIDADE E QUALIDADE 
A busca pela qualidade não tem fim, porque os consumidores não estão 
dispostos a ter gastos adicionais com produtos defeituosos. E estes gastos não 
poderão ser agregados ao valor do produto, pois estes, também, provocam um 
aumento nos custos da produção, que consequentemente reduz a almejada 
competitividade. (CROSBY, 1990). 
Falconi, (1999 p.7), a garantia da sobrevivência da empresa é a sua 
competitividade. Estas coisas estão interligadas como: a garantia de 
sobrevivência decorre da competitividade, a competitividade decorre 
da produtividade e esta da qualidade. E o meio de aumentar a sua 
competitividade está em: saber as necessidades dos clientes, 
desenvolver novos produtos, novos processos, gerenciar sistemas 
administrativos, saber comercializar e dar assistência técnica aos 
clientes.
20 
A qualidade de um produto ou serviço pode aumentar sua competitividade no 
mercado, visto que sobre a extensão do conceito de qualidade para 
Feigenbaum (1994, p. 8), é a combinação de características de produtos e 
serviços referentes a marketing, engenharia, produção e manutenção, através 
das quais os produtos e serviços em uso corresponderão às expectativas do 
cliente. 
6. MUDANÇAS DO AMBIENTE DAS EMPRESAS 
O ambiente empresarial, conforme vários pesquisadores podem ser definidos 
como o meio que afeta dentro ou fora da organização, também podendo ser 
composto por grupos formais ou informais com interesses econômico, social e 
cultural. 
De acordo com (KOTLER, 2000 p 114). Este ambiente é dividido em 
micro e macro ambiente, O micro ambiente de marketing ou ambiente 
tarefa é representado pelos fornecedores, intermediários, 
concorrentes e o mercado da empresa, e o macro ambiente, é 
composto pelo conjunto dos ambientes demográfico, econômico, 
natural, tecnológico, político legal e sociocultural. 
Para conhecer a empresa é preciso entender o contexto em que está inserida. 
O seu ambiente externo representa um universo com variações que 
influenciam internamente conforme a sua atitude. Mas não vivem no vácuo e 
nem são auto-suficientes explica Chiavenato (1992 p. 57). 
O ambiente é definido como: “tudo aquilo que a empresa não pode 
controlar, porém que influência a sua atuação, é caracterizado por 
uma diversidade de situações e atores distintos, como meio ambiente, 
governos, concorrentes, clientes, mercado, etc..” Dito de outra forma, 
o ambiente é onde a empresa está inserida, não nos aspectos físicos, 
nas situações às quais está sujeita, representado pelo que está fora 
da empresa e que afeta sua existência. (CHIAVENATO, 2007 p.81).
21 
Alguns sistemas de crenças mantêm nas organizações modernas, certos tipos 
de racionalidade (MORGAN, 1996), e estas metodologias coíbem novas ideias 
que poderiam ajudar nas melhorias contínuas para atingir a qualidade. 
Já Ducker (1988), chega a uma conclusão sobre o perfil do modelo das 
organizações no futuro, com uma estrutura mais simples, número de níveis 
hierárquicos mais compacto, organização de trabalhado inovadora e mais 
flexível. 
É importante observar as tendências ou para onde caminha a realidade, visto 
que a empresa está inserida em um ambiente onde ocorrem mudanças, e 
interage como um sistema aberto (CHIAVENATO, 1992), então é necessário 
avaliar de que forma elas afetam as empresas e o que pode ser feito se 
adequar a essa realidade. 
De acordo com o professor De Paula (2004), podem ser observadas algumas 
mudanças significativas no ambiente em que estão inseridas as empresas, 
pode-se citar: 
· A abertura da economia brasileira, ocorrida a partir de 1990, 
proporcionou a entrada de produtos importados, que passassem a 
concorrer diretamente com as empresas brasileiras, pressionando o 
mercado nacional. 
· O crescimento dos negócios pelo aumento dos números de empresas 
e diversificação da atuação das mesmas fez com que aumentasse a 
concorrência e a competição entre elas. 
· A estabilidade econômica brasileira, analisada a partir do plano real, 
proporcionou a diminuição e o controle da inflação, eliminando a 
cultura inflacionaria e o ganho financeiro que havia nas empresas. 
· As campanhas educativas, o código de defesa ao consumidor e a 
evolução em si do mercado fizeram com que os consumidores ou 
clientes passassem a ser mais exigentes que antigamente. 
· A globalização da economia, que representa a atuação das empresas 
nos vários mercados mundiais, ofertando produtos diversos a preços 
competitivos face á escala de produção e a o livre comércio. 
· Surgiram algumas pressões sociais sobre as empresas, como as 
negociações trabalhistas, proporcionando um aumento significativo 
nos salários dos trabalhadores e também a reação das empresas em 
reduzir os postos de trabalhos para serem competitivas. 
· A forte preocupação com as questões ambientais vem exigindo das 
empresas o controle do seu impacto sobre o ambiente. 
· A influência do governo sobre empresas com uma forte carga 
tributária, em que a quantidade de impostos e taxas que uma 
empresa deve se preocupar é muito vasta.
22 
· O “custo Brasil”, compreendido como os encargos que incidem sobre 
os produtos das empresas brasileiras, relacionadas à impostos, 
infraestrutura de um país, sindicatos, de transporte e etc..; 
aumentando os preços praticados após a produção 
6.1 Restrições à mudança do ambiente 
Alguns fatos que são chamados de restrições ou influências impostas pelo 
ambiente, e não dependem do desejo ou ação das empresas, mas elas são 
propícias a essas restrições do mercado, devendo se adequar para 
continuarem sobrevivendo. (DE PAULA, 2004). 
De acordo com Moura (1992, p.59), as restrições atuam submetendo as 
empresas nas dificuldades que tendem a diminuir esse espaço, conforme 
pesquisas de mercado, pode-se citar: 
· Acirrada disputa de mercado entre empresas, provocando a queda 
dos preços finais. 
· Exigências ambientais, submetendo a empresa às pressões da 
legislação, adoção das normas ISO 14000 (gestão ambiental), entre 
outras. 
· Pressão dos consumidores seja pela crescente exigência dos 
mesmos ou devido ao Código de Defesa ao Consumidor. 
· Impostos elevados que as empresas estão sujeitas, criando 
condições desfavoráveis para competição mundial. 
· Adoção das normas ISO 9001 como exigência de algumas empresas 
e seus fornecedores. 
· Pressão trabalhista devido às reivindicações e atuação de sindicatos 
dos trabalhadores, legislação trabalhista e outros. 
Para Oliveira (1993, p. 149), algumas empresas públicas e de economia mista, 
possuem uma tradição em abordar o consumidor como se fosse um objeto, 
más já estão solicitando mudanças estruturais e criando programas para visar 
uma adaptação e preparo que tratam os clientes com mais respeito humano e 
dignidade.
23 
6.2 Atendimento às exigências do cliente 
A concorrência acirrada e a maior exigência dos consumidores são os 
principais responsáveis pela mudança na mentalidade empresarial. Neves 
(2006, p. 75) informa que devido a maior concorrência entre empresas que 
oferecem o mesmo produto, o principal fator competitivo entre eles é o 
atendimento ao cliente. 
Então é importante a presença do “corpo-a-corpo” com o consumidor, uma vez 
que ao contrário do que ocorre com produtos e mercadorias, o serviço é 
produzido e “vendido” simultaneamente. E o produto, se apresentar defeito de 
fabricação, ao passar pelo departamento de controle de qualidade ficará retido 
nele, de forma que sempre cheguem ao cliente os aprovados. Com o 
atendimento – o serviço, não é bem assim. Nesse caso, nem sempre um erro 
pode ser reparado. (KOTLER, 2000) 
FERRELL et al, (2000, p.20) Enfatizam a necessidade da perfeita 
integração das estratégias e planos de marketing com a missão e as 
metas da organização, e os planos das outras áreas funcionais. 
“Desenvolver uma estratégia de marketing é impossível sem que as 
metas e os objetivos organizacionais e de marketing estabeleçam os 
resultados específicos que devem ser atingidos por meio do plano de 
marketing”. 
Ainda existem empresas que trabalham sem objetivo claro e definido (às vezes 
nem o empresário sabe para onde deve caminhar, e qual é o negócio da sua 
empresa). Sem rumo, a empresa vai para qualquer lugar, e nem sempre para o 
melhor. Isto reflete um despreparo empresarial, que precisa ser reconhecido e 
encarado de frente. 
Hoje, Qualidade assume um caráter mais amplo (QUALIDADE TOTAL) e, 
idealizada por Feigenbaum (1994), pressupõe a interação de todas as áreas da 
empresa Diretoria, finanças, pessoal, produção, controle, etc.. em torno de um 
objetivo comum, colocar o cliente em primeiro lugar, o que significa 
possibilidade de conquistá-lo e de estar à frente da concorrência, e maior será 
a luta pela conquista do consumidor.
24 
Conforme Deming (1990, p. 37). A qualidade desejada começa com a 
intenção, que é determinada pela direção. A intenção tem que ser 
traduzida para planos, especificações, testes, numa tentativa de 
oferecer ao cliente a qualidade pretendida, tudo isso é da área de 
responsabilidade da administração. 
Portanto o momento atual exige dinamismo, agilidade e capacitação. Clama-se 
por um novo perfil gerencial: profissionais com equilibradas habilidades 
técnicas e humanas, que concebem a empresa como um todo capazes de criar 
soluções oportunas, em harmonia com o ambiente interno e externo. 
6.3 A postura das organizações 
As empresas têm uma postura passiva de produzir, estocar, fazer propaganda 
e esperar que o cliente vá comprar. Esse tipo de atuação das empresas, obtém 
sucesso em casos de pouca concorrência, aumento significativo da demanda 
ou exclusividade de mercado. suas interações causais, pois em conjunto 
apresentam tanto novas oportunidades como ameaças (KOTLER, 2000). 
Somente criar seus produtos e serviços baseados em atributos definidos pelos 
clientes não é o bastante. Quando o seu produto ou serviço for criado, o cliente 
não percebe nele algum valor, de pouca coisa valeram os esforços 
empreendidos pela empresa em produzir algo de qualidade. Fica claro, então, 
segundo (Slack 1993), que a qualidade percebida pelo cliente é a que mais 
agrega valor ao produto. 
No momento em que o cliente faz uso do produto da empresa, mas se não 
estiver de acordo com os requisitos dele, o mesmo é considerado de baixa 
qualidade, (Crosby 1986). No caso de produtos manufaturados, o mesmo pode 
ser trocado ou reparado. Porém, no caso de serviços não há como trocar ou 
repará-los. O serviço inadequado causa imagem negativa nos clientes, o que 
sem dúvida afeta a atuação da empresa.
25 
O produto ou serviço representa o resultado do processo produtivo da 
empresa, que esta utiliza de recursos para deixá-lo em condições de uso. O 
cliente é quem irá considera-lo de baixa ou alta qualidade e se atende às suas 
necessidades. (DEMING, 1993). 
6.4 Conhecer os seus clientes 
Conforme Kotler (2000), cliente assinala a uma pessoa, entidade, empresa ou 
uma organização que realiza um papel no processo de transação ou troca com 
uma empresa ou organização. Ressalta ainda que cliente possui diferentes 
papéis no processo de compra. 
Segundo Cobra (2001), os clientes são indivíduos que compram regularmente 
em uma empresa, onde possuem uma expetativa de um bom serviço, sempre 
evoluindo, com uma boa administração, e planos para manter um 
relacionamento satisfatório de ambas as partes, eliminando a insatisfação. 
As organizações precisam conhecer o seu público alvo, considerando que são 
eles que garantem o faturamento dela. Por “conhecer” entende-se saber o que 
eles esperam da empresa, do atendimento, da forma de pagamento, da 
qualidade do produto, de outras novas necessidades. Assim eles sentirão uma 
afinidade que concederá uma sensação de segurança. (KOTLER 2000). 
Completa Juran ( 1990, p.45), uma maneira eficaz de levantar quais são as 
necessidades dos clientes é comunicar se com ele; uma boa parte dessa 
comunicação ocorre com a iniciativa dos clientes; em se tratando dos clientes 
externos ocorre sobre forma de um reclamação, reivindicação (incluso nos 
processos legais). 
Conforme Chiavenato (2005, p. 209), o cliente é a peça principal dentro da 
empresa, conhecê-los, não é apenas saber nome, endereço, telefone e e-mail. 
Acontecem normalmente que as empresas conhecem seus clientes através de 
um número, um código em cadastro e a empresa tem apenas o interesse em 
que eles comprem e paguem pelos produtos ou serviços.
26 
Ainda Chiavenato (2005), para entender os seus clientes deve seguir uma 
cartilha abaixo: 
· Colocar-se no lugar do cliente – exercício freqüente que os 
colaboradores que atuam diretamente devem fazer para 
saber : se eu estivesse no lugar do cliente, estaria satisfeito? 
· Se a resposta for negativa, devem ser analisadas as causas e 
tomadas as ações corretivas. 
· Pesquisa de mercado – os clientes do mercado alvo de 
atuação da empresa são pesquisados, seja por meio de 
entrevistas ou questionários , para saber sua opinião sobre a 
empresa, seus produtos e suas necessidades. Você pode 
fazer isso envolvendo a própria equipe de colaboradores da 
empresa ou contratar uma empresa especializada no 
assunto. 
· Tratamento das reclamações dos clientes – costuma-se dizer 
que o cliente brasileiro reclama pouco, porém, quando 
reclama, não tem a devida atenção. Escuta sempre a mesma 
resposta “Desculpe Senhor, mais eu sou apenas um simples 
funcionário, e são ordens do gerente.” o problema é que na 
grande maioria das vezes o cliente está em contato com o 
simples funcionário e não com o chefe. As reclamações 
devem ser registradas, encaminhadas aos responsáveis para 
tomada corretiva e nunca esquecer de dar uma resposta ao 
cliente. 
· Testes com produtos – Nesse modo, a opinião do cliente é 
conhecida e também a sua percepção de qualidade, 
colocando o produto em teste pelo cliente. Isso é feito 
juntamente com uma pesquisa de mercado para observar a 
receptividade ao produto. 
· Canal direto de comunicação – o cliente tem um fácil acesso 
a empresa, seja via ligação telefônica gratuita, serviços de 
atendimento ao consumidor, correspondência com porte 
pago, etc.; o cliente pode se manifestar seja a respeito de 
reclamações ou elogios, que receberão a devida atenção. 
· Reuniões do grupo de clientes – alguns clientes são 
convidados para opinar sobre os produtos , a empresa , o 
atendimento , etc.; 
Pode-se dizer então que conhecer o cliente significa estudá-lo, acompanhar o 
uso dos produtos, fazer pesquisas, preparar a empresa para ouvir a voz do 
cliente. Isso deve ser feito de maneira sistêmica, isto é, a empresa deve se 
reorganizar para poder interagir com o cliente, e constantemente os clientes 
devem ser acompanhados para poder observar mudanças nos seus hábitos.
27 
6.5 A Relação Empresa e Cliente 
Fatos e informações têm mostrado que nesses últimos anos algo extraordinário 
está acontecendo na relação do empresário e consumidor: Aproximação. Já 
pode-se observar grandes empresários e executivos pessoalmente 
consultando seus clientes, com o objetivo de sondar seus desejos e 
necessidades, revertendo essas pesquisas em melhorias no atendimento 
prestado por suas empresas (CARVALHO, 1999) 
As organizações não podem limitar-se a vender seus produtos ou serviços, 
precisam pesquisar como os seus clientes os usam e como reagem a eles. Os 
produtos podem ser continuamente aperfeiçoados. É um dos segredos e um 
dos motivos do sucesso dos japoneses. Se eles vendem um automóvel, ligam 
para o consumidor uma ou duas semanas mais tarde e perguntam sobre o que 
agradou mais, se houve alguma coisa que não deu certo, se há algum jeito de 
fazê-la melhor. “pedem sugestões para as pessoas, assim como pedem 
permanentemente para os funcionários” (KOTLER, 2000). 
O ponto de partida para satisfazer os clientes é conhecer o que eles querem, 
precisam e esperam. O empresário deste século deve apostar numa postura de 
interesse pela opinião dos clientes sobre os produtos e serviços oferecidos por 
sua empresa. Por outro lado, os clientes precisam colaborar, manifestando 
constantemente sua avaliação, reclamando, sugerindo, protestando. 
(CARVALHO, 1999). 
É importante entender que, mais que um simples conceito de atender os 
requisitos e necessidades dos clientes, a qualidade com um Q maiúsculo 
representa um modo de gestão dos negócios em busca de seus objetivos, que 
focaliza o mercado envolvendo as pessoas que fazem a empresa acontecer.
28 
7. SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE 
Produzir os produtos e serviços com qualidade não é uma tarefa fácil. Será 
necessário a implantação e desenvolvimento de sistema de gestão da 
qualidade nas organizações, para que se garanta o comprometimento de todos 
com o objetivo de conquistar a excelência nos processos e produtos da 
empresa, possibilitando seu aprimoramento contínuo (FEIGENBAUM, 1994). 
A organização como sistema aberto é um conjunto de elementos 
dinamicamente relacionados que desenvolvem uma atividade para 
atingir determinado objetivo ou propósito. Todo sistema opera sobre 
matéria, energia ou informação obtidas do ambiente que se 
constituem os insumos ou entradas de recursos necessários para que 
o sistema possa operar. Chiavenato (1992, p. 48). 
7.1 Sistema 
Sistema é um conjunto de partes que interagem e se interdependem, formando 
um único todo com objetivo propósito em comum, efetuando sinergicamente 
determinada função. Ele é composto de sistemas menores denominados 
subsistemas, que estão sequencialmente dependentes uns dos outros, como 
se fossem elos de uma corrente. O desempenho de cada uma dessas partes 
define o sucesso do sistema maior e, se um deles falhar, compromete-se o 
desempenho de todos. 
De acordo com Feigenbaum (1994), Os sistemas da qualidade são um 
conjunto de elementos dinamicamente inter-relacionados, formando uma 
atividade que opera sobre entradas e, após processamento transforma-as em 
saídas, visando sempre ao objetivo de assegurar que seus produtos e diversos 
processos satisfaçam às necessidades dos usuários e às expectativas dos 
clientes externos e internos.
29 
7.2 Requisitos Gerais 
Assegurar que os serviços oferecidos estão em conformidade com os 
requisitos especificados e tem estabelecido, documentado, implementado e 
mantido o seu Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ, baseado na Norma 
ISO 9001:2008, procurando melhorar constantemente sua eficácia pelas 
atividades executadas pelo SGQ. 
. 
Disponibilizar recursos e informações necessárias para apoiar a operação e 
monitoramento dos processos. Adotar um manual que inclui instruções, 
procedimentos, critérios e métodos necessários para assegurar que a operação 
e controle dos processos sejam eficazes. 
Monitorar os processos para que quando aplicável, sejam medidos, e os 
resultados obtidos deverão ser devidamente analisados, podendo haver 
implementações para eliminação, correção e prevenção de não-conformidades 
dos produtos ou serviços não conformes. 
7.3 Principais ferramentas e termos empregados no Sistema de 
Gerenciamento da Qualidade 
Conforme Oliveira et. Al (2004), existem diversas ferramentas desenvolvidas 
para facilitar o trabalho daqueles que são responsáveis pela condução de um 
processo, de planejamento ou análise para solução de problemas, será 
explicado uma breve definição sobre eles vejamos: 
· Fluxograma – representação gráfica destinada ao Registro 
das diversas etapas que constituem um determinado 
processo, facilitando sua visualização e análise. 
· Brainstorming – também conhecida como tempestade de 
ideais destina-se à geração de ideias ou sugestões criativas 
que rompam os limites/paradigmas dos membros da equipe e 
permitam avanços significativos na busca de soluções. 
· Diagrama de Causa-Efeito – estrutura gráfica que permite a 
organização dos dados, possibilitando a identificação das 
possíveis causas de um determinado problema ou efeito. 
· Gráficos – são destinados à síntese de apresentação dos 
dados, permitindo que sejam mais facilmente interpretados. 
· Plano de Ação – é a ordenação das etapas Críticas de um 
processo de planejamento.
30 
Alguns termos são amplamente empregados no ambiente do Gerenciamento 
da Qualidade, vejamos: 
· Processo – recursos e atividades que transformam insumos e 
produtos(serviço). 
· Produto (serviço) – resultado de atividade ou processo. 
· Cliente – destinatário de um produto ou serviço. 
· Fornecedor – organização ou pessoa que fornece um produto. 
· Auditoria da qualidade - simulação realizada antes da primeira auditoria. 
· Auditoria da qualidade – exame sistemático e independente para 
determinar as atividades da qualidade e seus resultados estão de acordo 
com as disposições planejadas, se estas foram definitivamente 
implementadas e se são adequadas à consecução dos objetivos. 
· Organismo certificador – organização credenciada a emitir certificação de 
qualidade de acordo com uma determinada norma. 
8. NORMA REGULAMENTAÇÃO 
A ISO é conhecida como a International Organization for Standardization 
(Organização Internacional para Normalização) fundada em 1947, sediada em 
Genebra na Suíça. A sigla ISO é uma referência à palavra grega ISO, que 
significa igualdade. O propósito da ISO é desenvolver e promover normas e 
padrões mundiais que traduzam o consenso dos diferentes países do mundo. 
A ISO trabalha com centenas de Comitês Técnicos (TC) e milhares de 
subcomitês e grupos de trabalho. No Brasil é representada através da ABNT - 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. A ISO é um sistema normativo 
internacional de Gestão da Qualidade assegurada, cuja principal atividade é a 
de elaborar padrões para especificações e métodos de trabalho nas mais
31 
diversas áreas da sociedade. As normas ISO são revisadas a cada 05 anos. A 
primeira revisão ocorreu em Julho de1994 e a segunda em Dezembro de 2000. 
A norma NBR ISO 9002/94, em específico, trata de requisitos de sistemas da 
qualidade que podem ser utilizados para fins de garantia da qualidade externa 
em produção, instalação e serviços. Vejamos quais são estes requisitos: 
Responsabilidade da alta administração 
· Comprometimento da alta administração (Manual da Qualidade). 
· Definir responsabilidades (Manual de Descrição das Funções). 
· Fazer análises críticas do Sistema da Qualidade. 
· Elaborar e disseminar uma política da Qualidade. 
Sistema da Qualidade 
· Manual da Qualidade. 
· Estabelecer procedimentos, processos e projetos apropriados para cada 
atividade (planejamento). 
· Estabelecer procedimentos de auditoria internas da qualidade. 
Análise crítica do contrato 
· Compreender as necessidades e expectativas dos clientes. 
· Ter recursos para atender a essas necessidades. 
· Registrar e documentar os contratos fechados entre cliente e fornecedor. 
Controle do projeto (Aplicável a NBR ISO 9001). 
· Envolve todos os projetos desenvolvidos 
· Projetos devem ser planejados envolvendo: 
· Responsabilidade do projeto 
· Desenvolvimento 
· Preparação 
· Recursos envolvidos 
· Execução
32 
· Documentação 
Controle de documentos e dados 
· Todas as atividades importantes para a qualidade deverão ser 
documentadas. 
· Todos os documentos devem ser aprovados para serem emitidos. 
· Documentação alterada, revista ou modificada devem ser aprovadas e 
documentadas. 
· Eliminar documentos desatualizados. 
Aquisição 
· Avaliação e seleção de empresas – fornecedores qualificados. 
· Qualidade nos produtos adquiridos. 
· Pedidos de compra devem ser verificados. 
· Adequação das necessidades. 
Controle de produto fornecido ao cliente 
· Cliente fornece um material para se trabalhado no fornecedor. 
· Este material deverá sofrer cuidados para não ser danificado. 
· Se for danificado identificar problemas, responsabilidades, soluções e 
documentação. 
· Emitir relatório ao cliente. 
Identificação e rastreabilidade do produto 
· Identificar e rastrear o produto desde a aquisição até a instalação / 
utilização. (Registros, contratos ). 
Controle de processos 
· Recomenda-se a execução dos processos documentados. 
· Utilizar no ambiente de trabalho normas, procedimentos, instruções de 
trabalho, registros, etc. 
· Acompanhar continuamente a execução dos procedimentos.
33 
Inspeção e ensaios 
· Definição de procedimentos para verificação do atendimento dos requisitos 
especificados para produtos e serviços antes, durante e depois de 
fornecidos. (conferência, amostragem). 
Controle de equipamentos de inspeção, medição e ensaios 
Os equipamentos de inspeção, medição e ensaios devem ser controlados e 
calibrados. 
Situação de inspeção e ensaio 
· Meios adequados devem identificar a situação da inspeção e ensaios do 
produto, indicada a sua conformidade ou não, assegurando que somente 
produto aprovado conforme requerido seja explicado, utilizado ou instalado. 
Controle de produto não conforme 
· Produtos com falhas devem ser identificados e segregados. 
· A falha deve ser analisada e registrada a não conformidade. 
Ação corretiva e preventiva 
· Não-conformidades ocorridas devem ser corrigidas de imediato 
(disposição), terem suas causas identificadas e eliminadas, terem sua 
reocorrência bloqueada de com abrangência (ação corretiva). 
· Ação estabelecida com o propósito de evitar não-conformidades. 
Controle de registros da qualidade 
· Manter registros adequados aos processos desenvolvidos. 
· Devem ser arquivados de maneira adequada para evitar extravios e danos. 
· Devem ser mantidos durante tempo determinado. 
Auditorias internas da qualidade 
· Avaliação da eficácia do sistema da qualidade da empresa.
34 
· Identificar não-conformidades. 
· Verificação de execução de todos os procedimentos definidos. 
· Avaliação de ações corretivas aos problemas verificados. 
· Os resultados das auditorias internas devem ser parte integrante da análise 
crítica pela Administração. 
Treinamento 
· Identificar as necessidades de treinamento 
· Buscar a qualificação e a melhoria dos recursos humanos 
Serviços associados 
· No caso em que a prestação de serviços é uma exigência específica, deve 
haver procedimentos para sua execução, verificação e relato quanto ao 
atendimento dos requisitos especificados (pesquisa de satisfação, 
atendimento a reclamações). 
Técnicas estatísticas 
· Ferramentas para controlar e melhorar os processos, as características dos 
produtos e o sistema da qualidade. 
9. BENEFÍCIOS OBTIDOS COM A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL 
A implantação da Gestão da Qualidade Total trará benefícios tais como: 
· Conduz à percepção holística do trabalho. 
· Melhora sensivelmente o ambiente de trabalho. 
· Incentiva o trabalho em equipe e o aprendizado mútuo. 
· Reduz o retrabalho e favorece o uso racional de recursos. 
· Favorece o melhor aproveitamento de tempo. 
· Leva o estabelecimento a priorizar as metas da organização. 
· Possibilita uma completa organização no trabalho.
35 
· Introduz clareza de papéis e grande responsabilidade nos processos da 
organização. 
· Permite o amplo conhecimento dos resultados das organizações. 
· Possibilita a definição, análise e estabelecimento de contra medidas para o 
bloqueio das causas geradoras de maus resultados. 
· Cria melhor condições e facilidades para o planejamento estratégico 
compartilhado. 
· Gera possibilidade de manutenção do domínio tecnológico através da 
padronização. 
· Possibilita a identificação e solução de problemas através do PDCA de 
solução de problemas. 
· Traz a melhoria de todos os serviços prestados pela organização. 
9.1 Solução de problemas e Gestão da Qualidade Total 
Apesar da série de resultados desejáveis, que se precisa resolver, solucionar 
problema é melhorar um resultado ruim até um nível razoável. As causas do 
problema são investigadas levando-se em consideração os fatos, e a relação 
causa-e-efeito é analisado com bastante precisão. 
O gerenciamento de qualquer organização requer um método, ou seja, uma 
sequência lógica de procedimentos para que as metas propostas possam ser 
atingidas ou os problemas possam ser resolvidos. De acordo com Falconi 
(2004, p. 47), “problema é um resultado indesejável de um processo”.
36 
Na GQT o método gerencial mais utilizado é o Ciclo PDCA. É um importante 
conceito da gestão da qualidade total, idealizado por Deming (1982), o ciclo 
PDCA, têm origem nas iniciais de 4 palavras inglesas : plan (Planejar) , do 
(Fazer), control (Controlar) e action (Agir). É a forma como este método é 
conhecido e identificado em muitos países. Ele é composto de fases básicas: 
P – PLAN (Planejamento): Estudar um processo e planejar seu aprimoramento. 
D – DO (Execução): Implementar a mudança. 
C – CONTROL (Controlar): Observar os efeitos. 
D – ACTION (Ação): Estudar os resultados. 
As etapas do PDCA são dividas da seguinte forma: 
· Identificação do problema – definir claramente o problema e reconhecer sua 
importância. 
· Observação – Investigar as característica especificas do problema com um 
a visão ampla e sob vários pontos de vistas. 
· Análise – descobrir as causas fundamentais. 
· Planejamento da ação – fazer um plano de ação para bloquear as causas 
fundamentais. 
· Ação – executar o plano para bloquear as causas fundamentais. 
· Verificação – verificar se o bloqueio foi efetivado. 
· Padronização contra o reaparecimento do problema. 
· Conclusão – recapitular todo o processo de solução do problema visando o 
trabalho futuro. 
A Gestão da Qualidade Total consiste essencialmente em atender as 
necessidades das pessoas (clientes), garantir o atendimento e melhorá-lo 
continuamente com a participação de todas as pessoas da organização, cada 
qual assumindo suas responsabilidades. Para dar suporte a esse modelo 
gerencial é fundamental utilizar o Método Gerencial PDCA aplicado à solução 
de problemas.
37 
A utilização do PDCA para solução de problemas, tem lugar tanto na 
manutenção como na melhoria dos padrões. Os benefícios alcançados serão a 
solução de problemas mais rápidos, de forma cientifica, mais efetiva e 
consequentemente os membros de uma equipe, ao internalizarem essa 
metodologia científica, serão capazes de solucionar seus problemas dentro de 
sua própria área de responsabilidades. Adicionalmente, poderão realizar 
grandes melhorias em suas habilidades pessoais. 
Fundamentos da Solução de Problemas : 
· Ter vontade 
· Ter a determinação de que o problema pode ser selecionado 
· Ter modéstia e humildade 
· Ser organizado e disciplinado 
· Buscar um equilíbrio com o custo 
· Enfatizar o local de trabalho e objetos reais 
· Acumular experiências 
· Raciocinar em grupo. 
10. CONCLUSÃO 
Atualmente o gerenciamento moderno, com o emprego da qualidade como 
ferramenta de administração, visa primordialmente o atendimento das 
necessidades das pessoas. Numa empresa, este princípio resume-se em 
atender as necessidades dos clientes, de seus funcionários e de proprietários. 
A qualidade de um serviço é, sem dúvida, essencial ao perfeito funcionamento 
de qualquer empresa. Assim, quando se fala de um serviço de qualidade está 
se referindo à plena satisfação do cliente. E o segredo para isso é concentrar-
38 
se profundamente nas necessidades e nos desejos dos clientes, criando um 
serviço que atenda ou exceda suas expectativas. 
A Gestão de Qualidade Total é uma filosofia gerencial que auxiliará as 
instituições a melhorarem a qualidade de seus trabalhos, através de um 
enfoque nas suas atividades administrativas. Um sistema gerencial que 
possibilitará a introdução de mudanças substanciais. Isto significa que a GQT 
não interferirá na criatividade da empresa, pelo contrário, será um importante 
elemento de auxilio no aprimoramento em todas as suas atividades. 
A Gestão da Qualidade Total não é, nem contém uma nova proposta 
administrativa. Não se trata de algo que venha ocupar um espaço novo, mas 
substituir o modelo gerencial ainda em uso, por outro modelo mais humano, 
mais participativo e mais motivador e que virá auxiliar extraordinariamente o 
trabalho dos profissionais em suas diversas áreas. 
Ao contrário dos sistemas gerenciais, tradicionalmente adotado nas 
instituições; a Gestão da Qualidade Total estabelece condições ideais para que 
todas as pessoas, quaisquer que sejam seus níveis hierárquicos e as funções 
que exerçam nos diversos setores, se capacitem para planejar e gerenciar seu 
próprio trabalho. Cada pessoa recebe treinamento especifico para resolver, 
participando de equipes, os problemas que dificultem ou impede que as 
instituições atinjam seus objetivos e metas para cuja fixação todos de modo 
contribuíram. 
Observamos com o trabalho, que um dos pontos fortes da filosofia da Gestão 
da Qualidade Total, está na decisão baseada em fatos e dados. Para gerenciar, 
é preciso medir os resultados das ações. Quem não mede não gerencia, 
porque fica impossibilitado de verificar se o resultado da ação gerencial está de 
acordo com o planejamento inicial e nenhuma ação corretiva pode ser tomada. 
Aplicando a GQT, elimina-se a faculdade de “achar” e passar-se a usar outros 
recursos mais eficazes da inteligência, como as faculdades de pensar, 
raciocinar, observar, discernir, entender, etc..
39 
A maioria dos programas de GQT, no Brasil, está apenas no começo. Mesmo 
assim, já são comprovados inúmeros benefícios para as empresas que 
iniciaram o processo de implantação. Os resultados parciais são, por si só, 
fatores efetivos de motivação para iniciar um programa de GQT. Mas eles não 
devem ser vistos de forma isolada, pois, no fundo, o que está se querendo é 
melhorar intensivamente o produto final do sistema, que é a empresa. 
O problema do Grupo SEI, evidencia a abrangência, a importância e o 
alinhamento mercadológico, devido ser uma empresa de pequeno porte, de um 
segmento em fase de constante crescimento, preocupou-se em buscar um 
referencial de qualidade, e emprega a qualidade total além de uma ferramenta 
administrativa também estratégica para o mercado competitivo. 
11. REFERÊNCIAS 
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Japonês). Belo Horizonte: INDG TecS, 1999. 
FEIGENBAUM, A.V., Controle da Qualidade Total, Makron Books: São Paulo, 
1994. 
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econômico, financeiro e patrimonial. São Paulo: Atlas 2010.
40 
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Prentice Hall, 2000. 
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1990, p.45. 
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Qualitymark.1997. 
J. OLIVEIRA, Otávio (Organizador) e Vários Autores. Gestão da Qualidade 
Tópicos avançados. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. 
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janeiro: Editora Campos, 1993. 
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Paulo: Makron Books. 1992. 
___________________. Introdução à Teoria Geral da Administração. 5. ed. 
São Paulo: Makron Books, 1997 
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Campinas: Editora Alínea. 1999. 
COBRA, Marcos. Estratégias de marketing de serviços. SP: Cobra, 2001.
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Qualidade Total e competitividade do Grupo SEI

  • 1. FACULDADE CAPIXABA DA SERRA – SERRAVIX ADMINISTRAÇÃO ADEILSON MEDEIROS ALMEIDA KAIO PARRINI BARROSO MANOEL ALVES MARINS THAÍS PIONA BERMUDES QUALIDADE TOTAL COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA DO GRUPO SEI SERRA - ES 2013
  • 2. FACULDADE CAPIXABA DA SERRA – SERRAVIX ADMINISTRAÇÃO ADEILSON ALMEIDA MEDEIROS KAIO BARROSO PARRINI MANOEL ALVES MARINS THAÍS PIONA BERMUDES QUALIDADE TOTAL COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA DO GRUPO SEI Trabalho de Conclusão de Curso apresentadod ao Curso de Administração da Faculdade Capixaba da Serra - Serravix, como requisito em adquirir graduação de BACHARÉL EM ADMINISTRAÇÃO, orientado pelo professor Aldomar Júnior. SERRA - ES 2013 2
  • 3. Agradecemos a Deus pela concepção da capacidade de executarmos tarefas como este trabalho. Às nossas famílias, amigos e a todos que contribuíram para a soma de conhecimentos e melhorias aplicadas neste. Agradecemos também em especial à oportunidade, instrução e incentivo do nosso mestre Aldomar Júnior.
  • 4. “O bom-senso é a coisa mais bem repartida deste mundo, porque cada um de nós pensa ser dele tão bem provido, que mesmo aqueles que são mais difíceis de contentar com qualquer outra coisa, não costumam desejar mais do que o que têm.” René Descartes. 4
  • 5. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO....................................................................................................06 1.1. Justificativa..................................................................................................07 1.2. Delimitação do Problema............................................................................07 1.3. Definição do Problema................................................................................07 1.4. Objetivo Geral..............................................................................................08 1.5. Objetivo Específico......................................................................................08 2. A ERA DA QUALIDADE......................................................................................09 2.1. O conceito de qualidade..............................................................................10 3. GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL.....................................................................11 4. CONCEITOS QUE FUNDAMENTAM A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL.....13 5. COMPETITIVIDADE E QUALIDADE..................................................................16 6. MUDANÇAS DO AMBIENTE DAS EMPRESAS................................................17 6.1. Restrições à mudança do ambiente............................................................19 6.2. Atendimento às exigências do cliente ........................................................20 6.3. A postura das organizações .......................................................................21 6.4. Conhecer os seus clientes..........................................................................22 6.5. A Relação Empresa e Cliente......................................................................24 7. Gestão da Qualidade..........................................................................................29 7.1 Sistema de Gestão Da Qualidade................................................................29 7.2 Sistema.........................................................................................................30 7.3 Requisitos Gerais.........................................................................................30 7.4. Principais ferramentas e termos empregados no Sistema de Gerenciamento da Qualidade......................................................................................................31 8. NORMA DE REGULAMENTAÇÃO.....................................................................33
  • 6. 9. BENEFÍCIOS OBTIDOS COM A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL................26 9.1. Solução de problemas e Gestão da Qualidade Total..................................27 10. CONCLUSÃO...................................................................................................37 11. REFERÊNCIAS.................................................................................................39 6
  • 7. 7 1. INTRODUÇÃO O desenvolvimento da tecnologia provocou mudanças profundas, nos países, nas empresas e nas pessoas, isto nos faz acordar para novos tempos e atentar-se às mudanças que ocorrem com muita intensidade. Empresas que pareciam inabaláveis estão se reestruturando, para se tornarem mais competitivas. (CHIAVENATO, 1997) Conforme Falconi (2004, p. 01), estas mudanças são apenas parte da rápida evolução social, tecnológica e, sobretudo mental que a humanidade vem experimentando, por isso, garantir o gerenciamento dos processos é necessário em qualquer segmento e determinam aonde a empresa quer chegar. Devido à sua rapidez, as empresas só conseguirão manter a competitividade se buscarem a qualidade total, visto que, empresários têm que se conscientizarem que o cliente é um dos fatores mais importantes dentro de uma empresa, por isto, a necessidade em se preocupar com a qualidade dos produtos e serviços. (JURAM, 1984). Este estudo de caso tem como prioridade central, identificar que a implantação da qualidade total em serviços propicia uma melhoria na administração de empresas que adotaram este método científico, conforme Schonberger (1992), qualidade propicia a vantagem competitiva. A qualidade de um serviço é essencial ao perfeito funcionamento de qualquer empresa, neste sentido, a importância deste assunto está no fato de que possibilitará compreender quando se fala de um serviço de qualidade, está se referindo à plena satisfação do cliente, conforme Deming (1993 p.56), e o segredo para isso é a concentração nas necessidades e nos seus desejos criando um serviço que atende ou exceda as suas expectativas .
  • 8. 8 1.1 Justificativa Analisar as mudanças que a GQT proporciona para o Grupo SEI, o motivo da crescente busca por uma certificação da qualidade, as ferramentas fundamentais para o sucesso no mercado. Apresentar os conceitos pertencentes à Gestão da Qualidade Total, a história, o acirramento da concorrência com mudanças do mercado, e por fim relatar a implantação da qualidade total. 1.2. Delimitação do problema O trabalho delimita-se em estudar e analisar a implementação do Sistema de Gestão da qualidade, e a importância da qualidade em produtos e serviços. 1.3. Definição do problema Como a implantação da qualidade total pode deixar uma empresa mais competitiva? 1.4 Objetivo geral Descrever o desenvolvimento da Gestão da Qualidade, a importância, a implantação e utilização da Qualidade Total e o uso como uma estratégia para o crescimento e melhorais na administração das empresas.
  • 9. 9 1.5 Objetivo específico Identificar os benefícios que a implantação da Qualidade total está cedendo para o crescimento, melhorias nos setores econômico, administrativo e financeiro para o Grupo SEI. Visualizar na prática através de pesquisas científicas as mudanças que estão ocorrendo com a empresa, confrontar com conteúdo específico de vários autores acerca da qualidade, e desvendar as vantagens competitivas sobre o acirrado mercado.
  • 10. 10 2 METODOLOGIA Destina-se neste capítulo, uma apresentação da metodologia utilizada para a criação e o desenvolvimento do trabalho, explicitando qual o tipo de pesquisa, quais os procedimentos adotados para a coleta de dados e elaboração de informações a serem difundidas. Para Tartuce (2006) a Metodologia de pesquisa trata o método como ciência. Metodologia é uma palavra de origem grega, que significa methodos, met’hodos; traduzindo é “o caminho para chegar ao destino”, a tradução do sufixo Logia; é estudar, então metodologia é o estudo dos métodos. Segundo Roesch (2005), o capítulo da metodologia descreve como o projeto de pesquisa que será realizado, quais os instrumentos e ferramentas serão utilizados para que se consiga chegar a ciência esperada, e sim conduzia-la a uma pesquisa com os dados exatos do objetivo. 2.1 Tipo de Pesquisa Segundo Oliveira (2002), a ciência abrange praticamente todos os campos do conhecimento humano, a partir de critérios metodológicos pode-se estudar as relações existentes entre causa e efeito de um fenômeno qualquer. Portanto, O fundamental objetivo da ciência é identificar a veracidade dos fatos através de um método que determina o conhecimento. De acordo com Roesch (1996), a pesquisa qualitativa é adequada para a avaliação formativa, quando se trata de aprimorar a efetividade de um programa, projeto, plano ou então quando se trata de selecionar metas de programa e construir uma intervenção. Conforme Mattar (1999), a pesquisa qualitativa exige o completo conhecimento do problema que será estudado, para um confronto de informações bem
  • 11. 11 dirimidas à empresa pesquisada, é necessário que o pesquisador tenha um conhecimento profundo do problema. Para Richarlison (1999), existem diversos instrumentos de coleta de dados que podem ser utilizados para obter informações acerca de grupos sociais. E para Roesch (1996), o questionário é um instrumento de coleta de dados que busca mensurar alguma coisa. Os dados são coletados por fontes primárias e secundárias, as fontes primárias são colhidas pelo pesquisador, através de questionários e entrevistas. E já os dados secundários, talvez possam ser encontrados na empresa por meio de banco de dados e relatórios (ROESCH, 2005). 2.3 Análise de dados da pesquisa O objeto de pesquisa é uma empresa no ramo de atividades no terceiro setor, o Grupo SEI, que atua como prestação de serviços em vigilância patrimonial, segurança privada, e inteligência. Com sede no bairro Colina de Laranjeiras na Serra, E.S. a empresa está no mercado a mais de dez anos. Para manter-se no mercado competitivo, a empresa busca efetuar a implantação da Gestão da Qualidade total, somando assim mais um item indispensável para atingir as expectativas de seus clientes. É nesse conceito que surgem as análises através de questões abertas e confrontá-las com as teorias. “Para o Grupo SEI, a Gestão da Qualidade Total proporcionou um processo que gerencia e administra suas atividades objetivando o alcance de metas estabelecidas, manutenção de seus clientes, com mais respeito aos parceiros, colaboradores e atendimento aos requisitos.” Para Juran (1990), o cliente é qualquer indivíduo que labuta um produto, sendo internos, aqueles que o desenvolvem, e os externos são os que almejam o produto acabado.
  • 12. 12 “O Grupo SEI ainda considera para si, que uma das importâncias da GQT é a padronização das atividades, objetivando a melhoria contínua dos processos de seu sistema de gestão, com foco na ampliação dos clientes e buscando resultados favoráveis.” Sobre a Gestão da Qualidade Total, Falconi (1996) explica que sua correta compreensão é um pré-requisito indispensável para a fase de implantação. . “O Sistema de Gestão da Qualidade iniciou-se no Grupo SEI com o diagnóstico dos processos existentes, passando por uma fase de implementação de 01 (um) ano, finalizando a primeira etapa com a Auditoria Externa do Organismo Certificados e a conquista do Certificado ISO 9001:2008. Na fase de implementação, foi definido o Manual da Qualidade, Manual de Descrição de Função, os procedimentos específicos de cada setor, definição dos indicadores da qualidade, treinamentos de capacitação de pessoal, capacitação de auditores internos e realização de auditorias internas.” O “guru” da qualidade Feigenbaum (1994), pressupõe a interação de todas as áreas da empresa, como: Diretoria, finanças, pessoal, produção, controle, entre outras, e todas em torno de um objetivo comum. “O Grupo SEI utiliza diversas ferramentas que garantem a qualidade de seus serviços, como o Diagrama de Causa e Efeito por Ishikawa, e o 5W01H também são utilizadas.” Feigenbaum (1994) completa ainda que, a qualidade é a correção dos problemas, de sua causa ao longo de toda série de fatores, relacionadas com vários setores de uma empresa que exercem influências sobre a satisfação do usuário. “Na atividade fim da SEI Vigilância houve um crescimento de 100% (cem por cento) nos quatro últimos anos. Em 2009 existiam 23 (vinte e Três) empresas autorizadas a prestar serviços na atividade no Espírito Santo. Em Julho/2013 já existem 46 (quarenta e seis). Registra-se que o nº de postos de trabalham permanece o mesmo, qual seja: 12000 (doze mil) empregados vigilantes. Neste cenário, um bom Sistema de Gestão da Qualidade auxilia na obtenção e, principalmente, a manutenção dos clientes.”
  • 13. 13 Conforme Falconi (1999), a competitividade depende da qualidade dos produtos oferecidos pela empresa, assim ela garante a sua sobrevivência no mercado. “Como a implantação da qualidade total, a empresa se tornou mais competitiva, pois a padronização e regulamentação de processos através de normas técnicas, tem uma finalidade de sistematizar as ações que serão tomadas para prevenir ou corrigir os problemas da empresa, assim obtemos a conformidade com os requisitos, e consequentemente a redução dos custos e aumentando a credibilidade no mercado de serviços.” 2. A ERA DA QUALIDADE De acordo com Feigenbaum (1994 p.20-22), ao longo dos anos a evolução da qualidade passou por várias fases tais como: (1900) Controle da qualidade pelo operador: quem produzia um determinado produto que controlava a sua própria qualidade. (1918) Controle da qualidade pelo supervisor: onde existia um indivíduo que assumia a responsabilidade sobre a qualidade de um determinado trabalho, e executava as ações necessárias. (1937) Controle por inspeção: os produtos eram verificados um a um, peça, componentes, ferramentas, e outros se estão conforme estabelecidos para detectar os problemas. (1960) Controle estatístico: os produtos são verificados por amostragem, a inspeção da qualidade é feita por um departamento especializado e existe ênfase na localização de defeitos.
  • 14. 14 (1980) Controle da qualidade total, na qual estamos vivendo, o processo produtivo é controlado, toda empresa é responsável e se tem ênfase na prevenção de defeitos e a qualidade é assegurada. A qualidade passa para outra etapa, segundo Ferreira (1994 p.64), “...a Visão Estratégica Global é um objetivo da sobrevivência da empresa em competitividade para atender transformações gigantescas que vem acontecendo no mercado mundial...” Engana-se quem pensa que a preocupação com a qualidade dos produtos oferecidos aos clientes é coisa recente. Por volta de 2150 a.C., o código de Hamurabi já demonstrava uma preocupação com a durabilidade e funcionalidade das habitações produzidas na época, de tal forma que, se um construtor negociasse um imóvel que não fosse sólido o suficiente para atender à sua finalidade e desabasse, o construtor seria prejudicado. (Oliveira, 2004). Decorridas aproximadamente 4 décadas no inicio da implantação da GQT, o Japão é visto como uma das maiores potências econômicas do mundo. Portanto, o chamado “milagre Japonês ” deve muito a GQT, pois foi com esse modelo administrativo que o Japão conseguiu reverter o quadro de várias dificuldades em que se encontrava, e transformou-se em um país no qual os produtos são altamente valorizados pela sua qualidade e avançada tecnologia. (GARVIN, 1992). Por muito tempo associou-se melhoria da qualidade ao aumento de custos dos produtos. Porém, quando há aumento significativo da qualidade, paralelamente tem-se aumento de produtividade e ganhos relativos. (FREITAS, 2005).
  • 15. 15 2.1 O conceito de qualidade A definição de qualidade hoje possui uma extensa gama de significados; conforme Crosby (1986 p.31) qualidade é a conformidade do produto ás suas especificações. Então a qualidade é atingida quando suas especificações são obedecidas. De acordo com Juran (1992 p.9), a qualidade é a ausência de deficiências, ou seja, quando temos menos defeitos na produção do produto ou serviços a qualidade é melhor. Segundo Deming (1993 p.56), qualidade é tudo aquilo que vai melhorar o produto do ponto de vista do cliente, ele associa qualidade com a visão do cliente e não tem uma única característica, pois ela é renovada conforme a necessidade do usuário. Conforme Ishikawa (1993 p. 43), a qualidade é quando se desenvolve, projeta, produz, comercializa um produto com qualidade que é mais econômico, mais útil e que satisfaça sempre o cliente. Para Feigenbaum (1994 p.8), a qualidade é a correção dos problemas e de sua causa ao longo de toda série de fatores relacionadas com vários setores de uma empresa que exercem influências sobre a satisfação do usuário. Tradicionalmente associa-se qualidade a produtos finais, ou seja, a produtos como um carro ou uma televisão, ou até mesmo um bom jantar em um bom restaurante. Os especialistas do gerenciamento da qualidade com os processos nos quais os produtos ou serviços são materializados. Se o processo for bem realizado, um bom produto final sairá naturalmente. A qualidade reside no que se faz e não apenas no que se tem com consequência disso. (ROBLES JR; BONELI, 2010).
  • 16. 16 Ainda Crosby (1979), define que “qualidade é estar em conformidade com os requisitos”, entendendo requisitos como características cuidadosamente analisadas e detalhadas que referem ao trabalho. Contudo, seu conceito depende muito do contexto em que é aplicado, pode considerar diversas percepções em relação a qualidade. Mas dentro de uma definição abrangente, qualidade pode ser aquilo que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente. 3. GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL Desde o início da era industrial que as organizações vêm se preocupando com a qualidade do produto, e quando essa preocupação envolve vários processos da empresa, como os industriais e administrativos, pode-se definir que existe uma “TOTAL QUALITY CONTROL – TQC” ou Controle da Qualidade total. (PALADINI, 1990). Conforme Falconi (1992, p. 02), qualidade não é só a ausência de defeitos, e sim atender às necessidades do ser humano na sua luta pela sobrevivência na terra, de outro modo, é um produto ou serviço que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente. Então, a Gestão da Qualidade Total, é uma filosofia da gestão focada no atendimento e satisfação dos requisitos dos diversos públicos envolvidos com a empresa podendo estes ser internos ou externos. A Gestão da Qualidade Total ( GQT ) contém elementos de várias fontes ocidentais: alguns dos princípios científicos de Taylor; controle estatístico do processo de Shewhart; conceitos sobre o comportamento humano adotados por Maslow e ainda todo o conhecimento ocidental da qualidade, principalmente os trabalhos de Deming e Juram.
  • 17. 17 O Japão foi o país onde se desenvolveu a GQT, unindo a qualidade e a tecnologia avançada, porque seus produtos eram conhecidos no exterior como ruins e baratos, e, devido a preocupação com a reconstrução nacional e retomada do comércio após estragos da 2º Guerra Mundial. (ISHIKAWA, 1993). Conforme Barbosa (1995), justifica que a Gestão de Qualidade Total estabelece condições ideais para que todas as pessoas, de diversos níveis hierárquicos e as funções que exerçam nos setores, se capacitem para planejar e gerenciar o seu próprio trabalho. Cada indivíduo recebe treinamento especifico para resolver os problemas, em equipes, que dificultam e impeçam que a instituição atinja os objetivos e metas. E para tal sujeição, é necessário que todos de algum modo contribuam. A GQT contribui de forma importante para que seja difundida da instituição a ideia de que cada um é responsável pelo seu próprio trabalho,portanto, a qualidade do resultado final do trabalho depende de cada uma das pessoas da equipe, e dissemina-se a noção de buscar os culpados e sim as causas. Com o controle que cada um faz sobre sua atividade, alcançará a qualidade desejada. (BARBOSA, 1995). 4. CONCEITOS QUE FUNDAMENTAM A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL A implantação da Gestão da Qualidade Total depende do entendimento de determinados conceitos básicos. Conforme Falconi (1996), sua correta compreensão é um pré-requisito indispensável para a fase de implantação, e apresenta os tópicos relacionados abaixo que formam o conceito do TQC. Orientação pelo cliente: Corresponde em trazer para dentro da empresa as necessidades dos clientes que se atende, e planejar os processos de acordo com elas. Qualidade em primeiro lugar: Estabelecer primeiro a satisfação das pessoas e no atendimento de suas necessidades, colocando o domínio da qualidade como objetivo central das ações gerenciais . A melhoria pela ação gerencia em todos os níveis dentro de uma empresa, através da GQT, pode parecer que não esteja diretamente ligada a sua atividade–fim, com maior eficiência, maior conforto, maior satisfação das pessoas, maior redução dos custos, maior cumprimento dos prazos, mais acerto na solução de problemas, maior redução dos custos, maior aproveitamento do tempo eliminação do
  • 18. 18 retrabalho, com a conseqüente melhoria da produtividade e muitos outros benefícios que facilitarão em alto grau a plena realização dos verdadeiros fins da empresa. Ação orientadas por prioridades: consiste em identificar o problema mais crítico e solucioná-lo pela mais alta prioridade. A aplicação deste princípio na análise de problemas ajuda a priorizar as verdadeiras causas e oferece um meio seguro para atuar com o máximo de eficiência e acerto Ação orientada por fatos e dados: um dos pontos fortes da filosofia da Gestão da Qualidade Total está na decisão baseada em fatos e dados. É preciso ter sempre presente que, para gerenciar, é preciso medir os resultados das ações. Quem não mede não gerencia, porque fica impossibilitado de se o resultado da AÇÃO GERENCIAL está de acordo com o planejamento inicial e nenhuma ação corretiva pode ser tomada. Aplicando a GQT, elimina-se a faculdade de “achar” e passa-se a usar outros recursos mais eficazes da inteligência, como as faculdades de pensar, raciocinar, observar, discernir, entender, julgar , etc.. Qualidade Assegurada Pelo Controle de Processo: a qualidade só é alcançada quando se consegue eliminar o controle baseado puramente em inspeção ao final do processo. Assim tem pouco valor do ponto de vista da qualidade, deixar para atuar no processo de produção de uma empresa só ao final do ano, quando se comprovou que grande parte das mercadorias fabricadas seriam melhor produzidas quando se houvesse um controle do processo diária de produção. Controle da Dispersão: consiste em colocar como objetivo a alcançar a redução de grandes variações em torno da média. Quanto menor for a dispersão, mais estável e mais sob controle estará o processo. Grandes variações indicam a presença de problemas ou causas especiais. Cliente Interno: consiste em desenvolver a noção do cliente externo: o próximo processo é o meu cliente. Analogamente, o processo anterior é o meu fornecedor. Controle do Montante: É a de se resolver os problemas atuando no sentido de onde vêm as causas, ou seja atuando nos processos anteriores e não os processos subsequentes, para onde vão os efeitos, ou as conseqüências. Ação Preventiva: adotar ações no sentido de bloquear as causas fundamentais dos problemas e tomar as medidas para não deixar que os mesmos problemas continuem se repetindo pelas mesmas causas. É a aplicação sistemática do PDCA de solução de problemas, em que a solução efetiva passa ser adotada como um novo padrão para o sistema Respeito ao Indivíduo: é simplesmente proporcionar o tratamento que todo ser humano merece. Respeitar para ser respeitado. É ter o respeito com si mesmo e com os demais, como base fundamental de moral humana. Havendo respeito, há harmonia e uma ampla compreensão em todos os aspectos da convivência entre as pessoas. Não é possível construir nada definitivo ou estável sem o respeito entre as pessoas.
  • 19. 19 Comprometimento da Alta administração: é o pré-requisito para iniciar o processo implantação. A garantia de que este compromisso existe e pode ser constatadas de diversas formas tais como: a direção da empresa se manifesta publicamente quanto à sua visão como instituição; a direção estabelece diretrizes de longo e médio prazo e estratégias para realizá-las; a direção evidencia, através de suas ações, que compreende o que significa a gestão de qualidade e se coloca a frente de todas as iniciativas para implantar a GQT na instituição pela qual é responsável. Já Garvin (1992), no intuito de explicar melhor decompôs seu conceito em oito categorias: · Desempenho – referente a características operacional básica do produto; · Características – são os adereços dos produtos que suplementam seu funcionamento básico; · Confiabilidade – reflete a probabilidade de mau funcionamento ou falha. · Conformidade – representa o grau em que o projeto e as características de um produto estão em acordo com padrão; · Durabilidade – é a medição útil do produto · Atendimento – é a rapidez, eficiência e a facilidade dos serviços associados; · Estética – aparência do produto; · Qualidade percebida – é a avaliação do cliente para o produto. 5. COMPETITIVIDADE E QUALIDADE A busca pela qualidade não tem fim, porque os consumidores não estão dispostos a ter gastos adicionais com produtos defeituosos. E estes gastos não poderão ser agregados ao valor do produto, pois estes, também, provocam um aumento nos custos da produção, que consequentemente reduz a almejada competitividade. (CROSBY, 1990). Falconi, (1999 p.7), a garantia da sobrevivência da empresa é a sua competitividade. Estas coisas estão interligadas como: a garantia de sobrevivência decorre da competitividade, a competitividade decorre da produtividade e esta da qualidade. E o meio de aumentar a sua competitividade está em: saber as necessidades dos clientes, desenvolver novos produtos, novos processos, gerenciar sistemas administrativos, saber comercializar e dar assistência técnica aos clientes.
  • 20. 20 A qualidade de um produto ou serviço pode aumentar sua competitividade no mercado, visto que sobre a extensão do conceito de qualidade para Feigenbaum (1994, p. 8), é a combinação de características de produtos e serviços referentes a marketing, engenharia, produção e manutenção, através das quais os produtos e serviços em uso corresponderão às expectativas do cliente. 6. MUDANÇAS DO AMBIENTE DAS EMPRESAS O ambiente empresarial, conforme vários pesquisadores podem ser definidos como o meio que afeta dentro ou fora da organização, também podendo ser composto por grupos formais ou informais com interesses econômico, social e cultural. De acordo com (KOTLER, 2000 p 114). Este ambiente é dividido em micro e macro ambiente, O micro ambiente de marketing ou ambiente tarefa é representado pelos fornecedores, intermediários, concorrentes e o mercado da empresa, e o macro ambiente, é composto pelo conjunto dos ambientes demográfico, econômico, natural, tecnológico, político legal e sociocultural. Para conhecer a empresa é preciso entender o contexto em que está inserida. O seu ambiente externo representa um universo com variações que influenciam internamente conforme a sua atitude. Mas não vivem no vácuo e nem são auto-suficientes explica Chiavenato (1992 p. 57). O ambiente é definido como: “tudo aquilo que a empresa não pode controlar, porém que influência a sua atuação, é caracterizado por uma diversidade de situações e atores distintos, como meio ambiente, governos, concorrentes, clientes, mercado, etc..” Dito de outra forma, o ambiente é onde a empresa está inserida, não nos aspectos físicos, nas situações às quais está sujeita, representado pelo que está fora da empresa e que afeta sua existência. (CHIAVENATO, 2007 p.81).
  • 21. 21 Alguns sistemas de crenças mantêm nas organizações modernas, certos tipos de racionalidade (MORGAN, 1996), e estas metodologias coíbem novas ideias que poderiam ajudar nas melhorias contínuas para atingir a qualidade. Já Ducker (1988), chega a uma conclusão sobre o perfil do modelo das organizações no futuro, com uma estrutura mais simples, número de níveis hierárquicos mais compacto, organização de trabalhado inovadora e mais flexível. É importante observar as tendências ou para onde caminha a realidade, visto que a empresa está inserida em um ambiente onde ocorrem mudanças, e interage como um sistema aberto (CHIAVENATO, 1992), então é necessário avaliar de que forma elas afetam as empresas e o que pode ser feito se adequar a essa realidade. De acordo com o professor De Paula (2004), podem ser observadas algumas mudanças significativas no ambiente em que estão inseridas as empresas, pode-se citar: · A abertura da economia brasileira, ocorrida a partir de 1990, proporcionou a entrada de produtos importados, que passassem a concorrer diretamente com as empresas brasileiras, pressionando o mercado nacional. · O crescimento dos negócios pelo aumento dos números de empresas e diversificação da atuação das mesmas fez com que aumentasse a concorrência e a competição entre elas. · A estabilidade econômica brasileira, analisada a partir do plano real, proporcionou a diminuição e o controle da inflação, eliminando a cultura inflacionaria e o ganho financeiro que havia nas empresas. · As campanhas educativas, o código de defesa ao consumidor e a evolução em si do mercado fizeram com que os consumidores ou clientes passassem a ser mais exigentes que antigamente. · A globalização da economia, que representa a atuação das empresas nos vários mercados mundiais, ofertando produtos diversos a preços competitivos face á escala de produção e a o livre comércio. · Surgiram algumas pressões sociais sobre as empresas, como as negociações trabalhistas, proporcionando um aumento significativo nos salários dos trabalhadores e também a reação das empresas em reduzir os postos de trabalhos para serem competitivas. · A forte preocupação com as questões ambientais vem exigindo das empresas o controle do seu impacto sobre o ambiente. · A influência do governo sobre empresas com uma forte carga tributária, em que a quantidade de impostos e taxas que uma empresa deve se preocupar é muito vasta.
  • 22. 22 · O “custo Brasil”, compreendido como os encargos que incidem sobre os produtos das empresas brasileiras, relacionadas à impostos, infraestrutura de um país, sindicatos, de transporte e etc..; aumentando os preços praticados após a produção 6.1 Restrições à mudança do ambiente Alguns fatos que são chamados de restrições ou influências impostas pelo ambiente, e não dependem do desejo ou ação das empresas, mas elas são propícias a essas restrições do mercado, devendo se adequar para continuarem sobrevivendo. (DE PAULA, 2004). De acordo com Moura (1992, p.59), as restrições atuam submetendo as empresas nas dificuldades que tendem a diminuir esse espaço, conforme pesquisas de mercado, pode-se citar: · Acirrada disputa de mercado entre empresas, provocando a queda dos preços finais. · Exigências ambientais, submetendo a empresa às pressões da legislação, adoção das normas ISO 14000 (gestão ambiental), entre outras. · Pressão dos consumidores seja pela crescente exigência dos mesmos ou devido ao Código de Defesa ao Consumidor. · Impostos elevados que as empresas estão sujeitas, criando condições desfavoráveis para competição mundial. · Adoção das normas ISO 9001 como exigência de algumas empresas e seus fornecedores. · Pressão trabalhista devido às reivindicações e atuação de sindicatos dos trabalhadores, legislação trabalhista e outros. Para Oliveira (1993, p. 149), algumas empresas públicas e de economia mista, possuem uma tradição em abordar o consumidor como se fosse um objeto, más já estão solicitando mudanças estruturais e criando programas para visar uma adaptação e preparo que tratam os clientes com mais respeito humano e dignidade.
  • 23. 23 6.2 Atendimento às exigências do cliente A concorrência acirrada e a maior exigência dos consumidores são os principais responsáveis pela mudança na mentalidade empresarial. Neves (2006, p. 75) informa que devido a maior concorrência entre empresas que oferecem o mesmo produto, o principal fator competitivo entre eles é o atendimento ao cliente. Então é importante a presença do “corpo-a-corpo” com o consumidor, uma vez que ao contrário do que ocorre com produtos e mercadorias, o serviço é produzido e “vendido” simultaneamente. E o produto, se apresentar defeito de fabricação, ao passar pelo departamento de controle de qualidade ficará retido nele, de forma que sempre cheguem ao cliente os aprovados. Com o atendimento – o serviço, não é bem assim. Nesse caso, nem sempre um erro pode ser reparado. (KOTLER, 2000) FERRELL et al, (2000, p.20) Enfatizam a necessidade da perfeita integração das estratégias e planos de marketing com a missão e as metas da organização, e os planos das outras áreas funcionais. “Desenvolver uma estratégia de marketing é impossível sem que as metas e os objetivos organizacionais e de marketing estabeleçam os resultados específicos que devem ser atingidos por meio do plano de marketing”. Ainda existem empresas que trabalham sem objetivo claro e definido (às vezes nem o empresário sabe para onde deve caminhar, e qual é o negócio da sua empresa). Sem rumo, a empresa vai para qualquer lugar, e nem sempre para o melhor. Isto reflete um despreparo empresarial, que precisa ser reconhecido e encarado de frente. Hoje, Qualidade assume um caráter mais amplo (QUALIDADE TOTAL) e, idealizada por Feigenbaum (1994), pressupõe a interação de todas as áreas da empresa Diretoria, finanças, pessoal, produção, controle, etc.. em torno de um objetivo comum, colocar o cliente em primeiro lugar, o que significa possibilidade de conquistá-lo e de estar à frente da concorrência, e maior será a luta pela conquista do consumidor.
  • 24. 24 Conforme Deming (1990, p. 37). A qualidade desejada começa com a intenção, que é determinada pela direção. A intenção tem que ser traduzida para planos, especificações, testes, numa tentativa de oferecer ao cliente a qualidade pretendida, tudo isso é da área de responsabilidade da administração. Portanto o momento atual exige dinamismo, agilidade e capacitação. Clama-se por um novo perfil gerencial: profissionais com equilibradas habilidades técnicas e humanas, que concebem a empresa como um todo capazes de criar soluções oportunas, em harmonia com o ambiente interno e externo. 6.3 A postura das organizações As empresas têm uma postura passiva de produzir, estocar, fazer propaganda e esperar que o cliente vá comprar. Esse tipo de atuação das empresas, obtém sucesso em casos de pouca concorrência, aumento significativo da demanda ou exclusividade de mercado. suas interações causais, pois em conjunto apresentam tanto novas oportunidades como ameaças (KOTLER, 2000). Somente criar seus produtos e serviços baseados em atributos definidos pelos clientes não é o bastante. Quando o seu produto ou serviço for criado, o cliente não percebe nele algum valor, de pouca coisa valeram os esforços empreendidos pela empresa em produzir algo de qualidade. Fica claro, então, segundo (Slack 1993), que a qualidade percebida pelo cliente é a que mais agrega valor ao produto. No momento em que o cliente faz uso do produto da empresa, mas se não estiver de acordo com os requisitos dele, o mesmo é considerado de baixa qualidade, (Crosby 1986). No caso de produtos manufaturados, o mesmo pode ser trocado ou reparado. Porém, no caso de serviços não há como trocar ou repará-los. O serviço inadequado causa imagem negativa nos clientes, o que sem dúvida afeta a atuação da empresa.
  • 25. 25 O produto ou serviço representa o resultado do processo produtivo da empresa, que esta utiliza de recursos para deixá-lo em condições de uso. O cliente é quem irá considera-lo de baixa ou alta qualidade e se atende às suas necessidades. (DEMING, 1993). 6.4 Conhecer os seus clientes Conforme Kotler (2000), cliente assinala a uma pessoa, entidade, empresa ou uma organização que realiza um papel no processo de transação ou troca com uma empresa ou organização. Ressalta ainda que cliente possui diferentes papéis no processo de compra. Segundo Cobra (2001), os clientes são indivíduos que compram regularmente em uma empresa, onde possuem uma expetativa de um bom serviço, sempre evoluindo, com uma boa administração, e planos para manter um relacionamento satisfatório de ambas as partes, eliminando a insatisfação. As organizações precisam conhecer o seu público alvo, considerando que são eles que garantem o faturamento dela. Por “conhecer” entende-se saber o que eles esperam da empresa, do atendimento, da forma de pagamento, da qualidade do produto, de outras novas necessidades. Assim eles sentirão uma afinidade que concederá uma sensação de segurança. (KOTLER 2000). Completa Juran ( 1990, p.45), uma maneira eficaz de levantar quais são as necessidades dos clientes é comunicar se com ele; uma boa parte dessa comunicação ocorre com a iniciativa dos clientes; em se tratando dos clientes externos ocorre sobre forma de um reclamação, reivindicação (incluso nos processos legais). Conforme Chiavenato (2005, p. 209), o cliente é a peça principal dentro da empresa, conhecê-los, não é apenas saber nome, endereço, telefone e e-mail. Acontecem normalmente que as empresas conhecem seus clientes através de um número, um código em cadastro e a empresa tem apenas o interesse em que eles comprem e paguem pelos produtos ou serviços.
  • 26. 26 Ainda Chiavenato (2005), para entender os seus clientes deve seguir uma cartilha abaixo: · Colocar-se no lugar do cliente – exercício freqüente que os colaboradores que atuam diretamente devem fazer para saber : se eu estivesse no lugar do cliente, estaria satisfeito? · Se a resposta for negativa, devem ser analisadas as causas e tomadas as ações corretivas. · Pesquisa de mercado – os clientes do mercado alvo de atuação da empresa são pesquisados, seja por meio de entrevistas ou questionários , para saber sua opinião sobre a empresa, seus produtos e suas necessidades. Você pode fazer isso envolvendo a própria equipe de colaboradores da empresa ou contratar uma empresa especializada no assunto. · Tratamento das reclamações dos clientes – costuma-se dizer que o cliente brasileiro reclama pouco, porém, quando reclama, não tem a devida atenção. Escuta sempre a mesma resposta “Desculpe Senhor, mais eu sou apenas um simples funcionário, e são ordens do gerente.” o problema é que na grande maioria das vezes o cliente está em contato com o simples funcionário e não com o chefe. As reclamações devem ser registradas, encaminhadas aos responsáveis para tomada corretiva e nunca esquecer de dar uma resposta ao cliente. · Testes com produtos – Nesse modo, a opinião do cliente é conhecida e também a sua percepção de qualidade, colocando o produto em teste pelo cliente. Isso é feito juntamente com uma pesquisa de mercado para observar a receptividade ao produto. · Canal direto de comunicação – o cliente tem um fácil acesso a empresa, seja via ligação telefônica gratuita, serviços de atendimento ao consumidor, correspondência com porte pago, etc.; o cliente pode se manifestar seja a respeito de reclamações ou elogios, que receberão a devida atenção. · Reuniões do grupo de clientes – alguns clientes são convidados para opinar sobre os produtos , a empresa , o atendimento , etc.; Pode-se dizer então que conhecer o cliente significa estudá-lo, acompanhar o uso dos produtos, fazer pesquisas, preparar a empresa para ouvir a voz do cliente. Isso deve ser feito de maneira sistêmica, isto é, a empresa deve se reorganizar para poder interagir com o cliente, e constantemente os clientes devem ser acompanhados para poder observar mudanças nos seus hábitos.
  • 27. 27 6.5 A Relação Empresa e Cliente Fatos e informações têm mostrado que nesses últimos anos algo extraordinário está acontecendo na relação do empresário e consumidor: Aproximação. Já pode-se observar grandes empresários e executivos pessoalmente consultando seus clientes, com o objetivo de sondar seus desejos e necessidades, revertendo essas pesquisas em melhorias no atendimento prestado por suas empresas (CARVALHO, 1999) As organizações não podem limitar-se a vender seus produtos ou serviços, precisam pesquisar como os seus clientes os usam e como reagem a eles. Os produtos podem ser continuamente aperfeiçoados. É um dos segredos e um dos motivos do sucesso dos japoneses. Se eles vendem um automóvel, ligam para o consumidor uma ou duas semanas mais tarde e perguntam sobre o que agradou mais, se houve alguma coisa que não deu certo, se há algum jeito de fazê-la melhor. “pedem sugestões para as pessoas, assim como pedem permanentemente para os funcionários” (KOTLER, 2000). O ponto de partida para satisfazer os clientes é conhecer o que eles querem, precisam e esperam. O empresário deste século deve apostar numa postura de interesse pela opinião dos clientes sobre os produtos e serviços oferecidos por sua empresa. Por outro lado, os clientes precisam colaborar, manifestando constantemente sua avaliação, reclamando, sugerindo, protestando. (CARVALHO, 1999). É importante entender que, mais que um simples conceito de atender os requisitos e necessidades dos clientes, a qualidade com um Q maiúsculo representa um modo de gestão dos negócios em busca de seus objetivos, que focaliza o mercado envolvendo as pessoas que fazem a empresa acontecer.
  • 28. 28 7. SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Produzir os produtos e serviços com qualidade não é uma tarefa fácil. Será necessário a implantação e desenvolvimento de sistema de gestão da qualidade nas organizações, para que se garanta o comprometimento de todos com o objetivo de conquistar a excelência nos processos e produtos da empresa, possibilitando seu aprimoramento contínuo (FEIGENBAUM, 1994). A organização como sistema aberto é um conjunto de elementos dinamicamente relacionados que desenvolvem uma atividade para atingir determinado objetivo ou propósito. Todo sistema opera sobre matéria, energia ou informação obtidas do ambiente que se constituem os insumos ou entradas de recursos necessários para que o sistema possa operar. Chiavenato (1992, p. 48). 7.1 Sistema Sistema é um conjunto de partes que interagem e se interdependem, formando um único todo com objetivo propósito em comum, efetuando sinergicamente determinada função. Ele é composto de sistemas menores denominados subsistemas, que estão sequencialmente dependentes uns dos outros, como se fossem elos de uma corrente. O desempenho de cada uma dessas partes define o sucesso do sistema maior e, se um deles falhar, compromete-se o desempenho de todos. De acordo com Feigenbaum (1994), Os sistemas da qualidade são um conjunto de elementos dinamicamente inter-relacionados, formando uma atividade que opera sobre entradas e, após processamento transforma-as em saídas, visando sempre ao objetivo de assegurar que seus produtos e diversos processos satisfaçam às necessidades dos usuários e às expectativas dos clientes externos e internos.
  • 29. 29 7.2 Requisitos Gerais Assegurar que os serviços oferecidos estão em conformidade com os requisitos especificados e tem estabelecido, documentado, implementado e mantido o seu Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ, baseado na Norma ISO 9001:2008, procurando melhorar constantemente sua eficácia pelas atividades executadas pelo SGQ. . Disponibilizar recursos e informações necessárias para apoiar a operação e monitoramento dos processos. Adotar um manual que inclui instruções, procedimentos, critérios e métodos necessários para assegurar que a operação e controle dos processos sejam eficazes. Monitorar os processos para que quando aplicável, sejam medidos, e os resultados obtidos deverão ser devidamente analisados, podendo haver implementações para eliminação, correção e prevenção de não-conformidades dos produtos ou serviços não conformes. 7.3 Principais ferramentas e termos empregados no Sistema de Gerenciamento da Qualidade Conforme Oliveira et. Al (2004), existem diversas ferramentas desenvolvidas para facilitar o trabalho daqueles que são responsáveis pela condução de um processo, de planejamento ou análise para solução de problemas, será explicado uma breve definição sobre eles vejamos: · Fluxograma – representação gráfica destinada ao Registro das diversas etapas que constituem um determinado processo, facilitando sua visualização e análise. · Brainstorming – também conhecida como tempestade de ideais destina-se à geração de ideias ou sugestões criativas que rompam os limites/paradigmas dos membros da equipe e permitam avanços significativos na busca de soluções. · Diagrama de Causa-Efeito – estrutura gráfica que permite a organização dos dados, possibilitando a identificação das possíveis causas de um determinado problema ou efeito. · Gráficos – são destinados à síntese de apresentação dos dados, permitindo que sejam mais facilmente interpretados. · Plano de Ação – é a ordenação das etapas Críticas de um processo de planejamento.
  • 30. 30 Alguns termos são amplamente empregados no ambiente do Gerenciamento da Qualidade, vejamos: · Processo – recursos e atividades que transformam insumos e produtos(serviço). · Produto (serviço) – resultado de atividade ou processo. · Cliente – destinatário de um produto ou serviço. · Fornecedor – organização ou pessoa que fornece um produto. · Auditoria da qualidade - simulação realizada antes da primeira auditoria. · Auditoria da qualidade – exame sistemático e independente para determinar as atividades da qualidade e seus resultados estão de acordo com as disposições planejadas, se estas foram definitivamente implementadas e se são adequadas à consecução dos objetivos. · Organismo certificador – organização credenciada a emitir certificação de qualidade de acordo com uma determinada norma. 8. NORMA REGULAMENTAÇÃO A ISO é conhecida como a International Organization for Standardization (Organização Internacional para Normalização) fundada em 1947, sediada em Genebra na Suíça. A sigla ISO é uma referência à palavra grega ISO, que significa igualdade. O propósito da ISO é desenvolver e promover normas e padrões mundiais que traduzam o consenso dos diferentes países do mundo. A ISO trabalha com centenas de Comitês Técnicos (TC) e milhares de subcomitês e grupos de trabalho. No Brasil é representada através da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. A ISO é um sistema normativo internacional de Gestão da Qualidade assegurada, cuja principal atividade é a de elaborar padrões para especificações e métodos de trabalho nas mais
  • 31. 31 diversas áreas da sociedade. As normas ISO são revisadas a cada 05 anos. A primeira revisão ocorreu em Julho de1994 e a segunda em Dezembro de 2000. A norma NBR ISO 9002/94, em específico, trata de requisitos de sistemas da qualidade que podem ser utilizados para fins de garantia da qualidade externa em produção, instalação e serviços. Vejamos quais são estes requisitos: Responsabilidade da alta administração · Comprometimento da alta administração (Manual da Qualidade). · Definir responsabilidades (Manual de Descrição das Funções). · Fazer análises críticas do Sistema da Qualidade. · Elaborar e disseminar uma política da Qualidade. Sistema da Qualidade · Manual da Qualidade. · Estabelecer procedimentos, processos e projetos apropriados para cada atividade (planejamento). · Estabelecer procedimentos de auditoria internas da qualidade. Análise crítica do contrato · Compreender as necessidades e expectativas dos clientes. · Ter recursos para atender a essas necessidades. · Registrar e documentar os contratos fechados entre cliente e fornecedor. Controle do projeto (Aplicável a NBR ISO 9001). · Envolve todos os projetos desenvolvidos · Projetos devem ser planejados envolvendo: · Responsabilidade do projeto · Desenvolvimento · Preparação · Recursos envolvidos · Execução
  • 32. 32 · Documentação Controle de documentos e dados · Todas as atividades importantes para a qualidade deverão ser documentadas. · Todos os documentos devem ser aprovados para serem emitidos. · Documentação alterada, revista ou modificada devem ser aprovadas e documentadas. · Eliminar documentos desatualizados. Aquisição · Avaliação e seleção de empresas – fornecedores qualificados. · Qualidade nos produtos adquiridos. · Pedidos de compra devem ser verificados. · Adequação das necessidades. Controle de produto fornecido ao cliente · Cliente fornece um material para se trabalhado no fornecedor. · Este material deverá sofrer cuidados para não ser danificado. · Se for danificado identificar problemas, responsabilidades, soluções e documentação. · Emitir relatório ao cliente. Identificação e rastreabilidade do produto · Identificar e rastrear o produto desde a aquisição até a instalação / utilização. (Registros, contratos ). Controle de processos · Recomenda-se a execução dos processos documentados. · Utilizar no ambiente de trabalho normas, procedimentos, instruções de trabalho, registros, etc. · Acompanhar continuamente a execução dos procedimentos.
  • 33. 33 Inspeção e ensaios · Definição de procedimentos para verificação do atendimento dos requisitos especificados para produtos e serviços antes, durante e depois de fornecidos. (conferência, amostragem). Controle de equipamentos de inspeção, medição e ensaios Os equipamentos de inspeção, medição e ensaios devem ser controlados e calibrados. Situação de inspeção e ensaio · Meios adequados devem identificar a situação da inspeção e ensaios do produto, indicada a sua conformidade ou não, assegurando que somente produto aprovado conforme requerido seja explicado, utilizado ou instalado. Controle de produto não conforme · Produtos com falhas devem ser identificados e segregados. · A falha deve ser analisada e registrada a não conformidade. Ação corretiva e preventiva · Não-conformidades ocorridas devem ser corrigidas de imediato (disposição), terem suas causas identificadas e eliminadas, terem sua reocorrência bloqueada de com abrangência (ação corretiva). · Ação estabelecida com o propósito de evitar não-conformidades. Controle de registros da qualidade · Manter registros adequados aos processos desenvolvidos. · Devem ser arquivados de maneira adequada para evitar extravios e danos. · Devem ser mantidos durante tempo determinado. Auditorias internas da qualidade · Avaliação da eficácia do sistema da qualidade da empresa.
  • 34. 34 · Identificar não-conformidades. · Verificação de execução de todos os procedimentos definidos. · Avaliação de ações corretivas aos problemas verificados. · Os resultados das auditorias internas devem ser parte integrante da análise crítica pela Administração. Treinamento · Identificar as necessidades de treinamento · Buscar a qualificação e a melhoria dos recursos humanos Serviços associados · No caso em que a prestação de serviços é uma exigência específica, deve haver procedimentos para sua execução, verificação e relato quanto ao atendimento dos requisitos especificados (pesquisa de satisfação, atendimento a reclamações). Técnicas estatísticas · Ferramentas para controlar e melhorar os processos, as características dos produtos e o sistema da qualidade. 9. BENEFÍCIOS OBTIDOS COM A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL A implantação da Gestão da Qualidade Total trará benefícios tais como: · Conduz à percepção holística do trabalho. · Melhora sensivelmente o ambiente de trabalho. · Incentiva o trabalho em equipe e o aprendizado mútuo. · Reduz o retrabalho e favorece o uso racional de recursos. · Favorece o melhor aproveitamento de tempo. · Leva o estabelecimento a priorizar as metas da organização. · Possibilita uma completa organização no trabalho.
  • 35. 35 · Introduz clareza de papéis e grande responsabilidade nos processos da organização. · Permite o amplo conhecimento dos resultados das organizações. · Possibilita a definição, análise e estabelecimento de contra medidas para o bloqueio das causas geradoras de maus resultados. · Cria melhor condições e facilidades para o planejamento estratégico compartilhado. · Gera possibilidade de manutenção do domínio tecnológico através da padronização. · Possibilita a identificação e solução de problemas através do PDCA de solução de problemas. · Traz a melhoria de todos os serviços prestados pela organização. 9.1 Solução de problemas e Gestão da Qualidade Total Apesar da série de resultados desejáveis, que se precisa resolver, solucionar problema é melhorar um resultado ruim até um nível razoável. As causas do problema são investigadas levando-se em consideração os fatos, e a relação causa-e-efeito é analisado com bastante precisão. O gerenciamento de qualquer organização requer um método, ou seja, uma sequência lógica de procedimentos para que as metas propostas possam ser atingidas ou os problemas possam ser resolvidos. De acordo com Falconi (2004, p. 47), “problema é um resultado indesejável de um processo”.
  • 36. 36 Na GQT o método gerencial mais utilizado é o Ciclo PDCA. É um importante conceito da gestão da qualidade total, idealizado por Deming (1982), o ciclo PDCA, têm origem nas iniciais de 4 palavras inglesas : plan (Planejar) , do (Fazer), control (Controlar) e action (Agir). É a forma como este método é conhecido e identificado em muitos países. Ele é composto de fases básicas: P – PLAN (Planejamento): Estudar um processo e planejar seu aprimoramento. D – DO (Execução): Implementar a mudança. C – CONTROL (Controlar): Observar os efeitos. D – ACTION (Ação): Estudar os resultados. As etapas do PDCA são dividas da seguinte forma: · Identificação do problema – definir claramente o problema e reconhecer sua importância. · Observação – Investigar as característica especificas do problema com um a visão ampla e sob vários pontos de vistas. · Análise – descobrir as causas fundamentais. · Planejamento da ação – fazer um plano de ação para bloquear as causas fundamentais. · Ação – executar o plano para bloquear as causas fundamentais. · Verificação – verificar se o bloqueio foi efetivado. · Padronização contra o reaparecimento do problema. · Conclusão – recapitular todo o processo de solução do problema visando o trabalho futuro. A Gestão da Qualidade Total consiste essencialmente em atender as necessidades das pessoas (clientes), garantir o atendimento e melhorá-lo continuamente com a participação de todas as pessoas da organização, cada qual assumindo suas responsabilidades. Para dar suporte a esse modelo gerencial é fundamental utilizar o Método Gerencial PDCA aplicado à solução de problemas.
  • 37. 37 A utilização do PDCA para solução de problemas, tem lugar tanto na manutenção como na melhoria dos padrões. Os benefícios alcançados serão a solução de problemas mais rápidos, de forma cientifica, mais efetiva e consequentemente os membros de uma equipe, ao internalizarem essa metodologia científica, serão capazes de solucionar seus problemas dentro de sua própria área de responsabilidades. Adicionalmente, poderão realizar grandes melhorias em suas habilidades pessoais. Fundamentos da Solução de Problemas : · Ter vontade · Ter a determinação de que o problema pode ser selecionado · Ter modéstia e humildade · Ser organizado e disciplinado · Buscar um equilíbrio com o custo · Enfatizar o local de trabalho e objetos reais · Acumular experiências · Raciocinar em grupo. 10. CONCLUSÃO Atualmente o gerenciamento moderno, com o emprego da qualidade como ferramenta de administração, visa primordialmente o atendimento das necessidades das pessoas. Numa empresa, este princípio resume-se em atender as necessidades dos clientes, de seus funcionários e de proprietários. A qualidade de um serviço é, sem dúvida, essencial ao perfeito funcionamento de qualquer empresa. Assim, quando se fala de um serviço de qualidade está se referindo à plena satisfação do cliente. E o segredo para isso é concentrar-
  • 38. 38 se profundamente nas necessidades e nos desejos dos clientes, criando um serviço que atenda ou exceda suas expectativas. A Gestão de Qualidade Total é uma filosofia gerencial que auxiliará as instituições a melhorarem a qualidade de seus trabalhos, através de um enfoque nas suas atividades administrativas. Um sistema gerencial que possibilitará a introdução de mudanças substanciais. Isto significa que a GQT não interferirá na criatividade da empresa, pelo contrário, será um importante elemento de auxilio no aprimoramento em todas as suas atividades. A Gestão da Qualidade Total não é, nem contém uma nova proposta administrativa. Não se trata de algo que venha ocupar um espaço novo, mas substituir o modelo gerencial ainda em uso, por outro modelo mais humano, mais participativo e mais motivador e que virá auxiliar extraordinariamente o trabalho dos profissionais em suas diversas áreas. Ao contrário dos sistemas gerenciais, tradicionalmente adotado nas instituições; a Gestão da Qualidade Total estabelece condições ideais para que todas as pessoas, quaisquer que sejam seus níveis hierárquicos e as funções que exerçam nos diversos setores, se capacitem para planejar e gerenciar seu próprio trabalho. Cada pessoa recebe treinamento especifico para resolver, participando de equipes, os problemas que dificultem ou impede que as instituições atinjam seus objetivos e metas para cuja fixação todos de modo contribuíram. Observamos com o trabalho, que um dos pontos fortes da filosofia da Gestão da Qualidade Total, está na decisão baseada em fatos e dados. Para gerenciar, é preciso medir os resultados das ações. Quem não mede não gerencia, porque fica impossibilitado de verificar se o resultado da ação gerencial está de acordo com o planejamento inicial e nenhuma ação corretiva pode ser tomada. Aplicando a GQT, elimina-se a faculdade de “achar” e passar-se a usar outros recursos mais eficazes da inteligência, como as faculdades de pensar, raciocinar, observar, discernir, entender, etc..
  • 39. 39 A maioria dos programas de GQT, no Brasil, está apenas no começo. Mesmo assim, já são comprovados inúmeros benefícios para as empresas que iniciaram o processo de implantação. Os resultados parciais são, por si só, fatores efetivos de motivação para iniciar um programa de GQT. Mas eles não devem ser vistos de forma isolada, pois, no fundo, o que está se querendo é melhorar intensivamente o produto final do sistema, que é a empresa. O problema do Grupo SEI, evidencia a abrangência, a importância e o alinhamento mercadológico, devido ser uma empresa de pequeno porte, de um segmento em fase de constante crescimento, preocupou-se em buscar um referencial de qualidade, e emprega a qualidade total além de uma ferramenta administrativa também estratégica para o mercado competitivo. 11. REFERÊNCIAS CAMPOS, VICENTE FALCONI. TQC Controle da Qualidade Total (No estilo Japonês). Belo Horizonte: INDG TecS, 1999. FEIGENBAUM, A.V., Controle da Qualidade Total, Makron Books: São Paulo, 1994. ROBLES JR., ANTONIO. Gestão da qualidade e do meio ambiente: enfoque econômico, financeiro e patrimonial. São Paulo: Atlas 2010.
  • 40. 40 KOTLER, Philip. Administração de marketing. : a edição do novo milênio. SP: Prentice Hall, 2000. JURAN, Joseph M. Juran. Planejando para a qualidade. São Paulo: Pioneira, 1990, p.45. MOURA, Luciano Raizer. Qualidade simplesmente total. Rio de Janeiro: Qualitymark.1997. J. OLIVEIRA, Otávio (Organizador) e Vários Autores. Gestão da Qualidade Tópicos avançados. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. ISHIKAWA, Kaoru. Controle de qualidade total: à maneira japonesa. Rio de janeiro: Editora Campos, 1993. PALADINI, Edson. Controle de Qualidade: uma abordagem abrangente. São Paulo: Atlas.1990. CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. São Paulo: Makron Books. 1992. ___________________. Introdução à Teoria Geral da Administração. 5. ed. São Paulo: Makron Books, 1997 ___________________. Teoria geral da administração. Rio de Janeiro; Elsevier; 2004 CROSBY, Philip B. Qualidade Falando Sério. São Paulo: McGraw-Hill.N, 1990. CARVALHO, Pedro Carlos de. Administração mercadológica. 1 ed. Campinas: Editora Alínea. 1999. COBRA, Marcos. Estratégias de marketing de serviços. SP: Cobra, 2001.
  • 41. 41 NEVES, Adilson Romualdo. Qualidade no atendimento: a chave para o seu sucesso pessoal e empresarial. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996. RICHARDSON, Roberto J. Pesquisa Social. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1999. ROESCH, SYLVIA M. A. Projetos de Estágio e de Pesquisa em Administração. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2005. MQ-SGQ-01. Manual da Qualidade - Grupo SEI - Rev 00 - 03.01.2012.