O documento discute como a escola ensina cidadania de forma implícita através do "currículo oculto", mas não pode resolver sozinha os problemas da sociedade. É necessário que os professores desenvolvam novas competências para educar os estudantes por meio de debates e questionamentos.
2. RESENHA
Fhilippe Perrenoud em Escola e Cidadania inicia o capítulo um; Aprendizagem da
cidadania... das boas intenções ao currículo oculto com uma pergunta. O que se pode fazer
para implantar a aprendizagem da cidadania nos ensino fundamental e médio? Antes de
sobrecarregar o programa de educação inicial e continuada de professores? Ele faz essa e
várias outras perguntas tais como: o que é cidadania? Onde e como se aprende cidadania?
Que atitude, saberes e valores e competências é exigido dos professores para trabalhar o tema
cidadania? Essas e outras perguntas questionam a finalidade da escola, e o papel dos
professores na educação para a cidadania . Perrenoud cita Le Robert para responder essas
questões. “Cidadania é a qualidade de cidadão”; porém nos tempos modernos “ser cidadão é
ser uma pessoa cívica”. Com o advento da Revolução Francesa no entanto, todo homem e
mulher ao alcançar a maioridade civil passa ser um cidadão.
Onde se aprende cidadania? A escola é um dos lugares onde tem uma grande
importância na formação da cidadania, porém a escola não é a salvadora da sociedade, pois
mesmo que ela dedicasse a maior parte do seu currículo no estudo da cidadania, existe o
currículo oculto que está presente no cotidiano sob forma de aprendizagem não planejada. Ele é
resultado das relações interperssoais desenvolvidas na escola, da hierarquização entre
administradores, direção professores e alunos e da forma como os alunos são levados a se
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3. relacionarem com o conhecimento. Esse currículo oculto perpassa os portões do
colégio; os alunos ao saírem das instituições de ensino veem televisão, leem jornais, têm
acesso a internet, etc, afinal as pessoas tem liberdade e livre arbítrio para especular, poluir,
comercializar armas e drogas, mentir, entre outras coisas . Afinal vivemos em uma sociedade que
busca a justiça, mas cheia de desigualdades sociais.
De acordo com Perrenoud como podemos acreditar que somos todos irmãos quando há
tantas desigualdades, discriminações, arbitrariedades, terrorismos, intolerâncias religiosas,
exploração de crianças e idosos. Ele ainda enfatiza que os países essencialmente democráticos
são minoritários no mundo, o que se ver na maioria é guerra civil, genocídios, catástrofes , um
verdadeiro retrato apocalíptico. O que a escola pode fazer? Se existisse uma fórmula que fosse
boa tanto para a educação como para a sociedade o melhor seria medir o grau de cidadania dos
professores pois para educar verdadeiramente para a cidadania é necessário a apropriação
ativa dos saberes e da razão; a apropriação de ferramentas das ciências sociais e a prática da
democracia e da responsabilidade.
Deve-se apropria dos saberes e da razão crítica antes de aprender princípios cívicos
ou detalhes da organização do estado, é necessário, aprender um texto de uma lei e decodificá-
lo, saber preencher formulários, fichas cadastrais, entender o debate dos candidatos a eleição,
entender sobre genética ou previdência social antes de tudo. Quando se produz fracassos na
escola não está educando para a cidadania, mas para a exclusão; pois os saberes que ajudam a
ser cidadãos são na maioria de ordem científica.
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4. Apenas os saberes não bastam, nem saber usar palavras bonitas, é preciso
participação tanto de alunos, dos pais e da comunidade escolar. A escola ideal é aquela que
possibilita o pleno exercício do oficio do aluno como figura principal, a escola não pode formar por
adestramento persistente, ela deve ensinar a aprender fazendo. O papel da escola é estabelecer
ambientes favoráveis ao desenvolvimento racional aliado com o saber. A escola ideal é aquela
em que os saberes devem ser trabalhados a partir de debates, para identificar divergências e
convergências. Esses debates devem ser trabalhados desde o ensino fundamental, pois assim,
teríamos um ensino crítico de acordo com a idade dos alunos.
A educação para a cidadania deve estar inserida no cerne das disciplinas e ser
assumida pelos educadores. A sociedade é parte do problema e não pode transferir suas
responsabilidades para o sistema educacional. São necessário professores que sejam pessoas
confiáveis, mediadoras interculturais, coordenadora de uma comunidade educativa.
A escola deve privilegia a figura do professor como: organizador de uma pedagogia
construtivista, criador de situações de aprendizagem. Chega-se a conclusão que não há como
delegar a aprendizagem da cidadania apenas a especialistas em ciências sociais ou em
educação cívica, a educação cidadã opera-se no debate que é fundamental em sala de aula, no
campo da didática das disciplinas. Isso exige dos professores novas competências, uma nova
identidade profissional. Há muitas escolas que só se preocupam em prepara os alunos para
entrar na faculdade, elas erram por se focarem apenas nesse objetivo. Portanto as escolas
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5. devem ser espaços educativos de construção de personalidades humanas
autônomas, nos quais os alunos aprendam a ser pessoas de bem. Nesse ambientes, os alunos
são ensinados a valorizar e respeitar as diferenças, pela convivência com os que estão ao seu
redor, pelo exemplo dos professores, pela maneira de se ensinar em sala de aula e pelo clima
das relações estabelecidas em toda a comunidade escolar.
O texto retirado do livro Escola e Cidadania capítulo um é ótimo o autor trata o
assunto de modo cético com relação as esperanças mágicas propostas pelas instituição que
não está acima do bem e do mal e que não pode, por si só, livrar-nos de nossas contradições e
divergências. O capítulo um apresenta as condições e contradições, para que a escola possa
desempenhar bem o seu papel de trabalhar a cidadania, fazendo vários questionamentos. Por
tanto, deve-se trabalhar uma educação, que possibilite o desenvolvimento, nos alunos, de
competências para a cidadania, princípios fundamentais requeridos para o funcionamento correto
e harmônico de uma sociedade, tais como justiça, tolerância, responsabilidade social,
honestidade, pontualidade, cumprimento do dever e da fraternidade, não esquecendo do
currículo oculto, pois no cotidiano escolar, os alunos desenvolvem saberes que não constam nos
planejamentos e muitos saberes não são desejados pelos professores e são aprendidos através
das rotinas.
Para Perrenoud existem três currículo que concorrem no cotidiano escolar, são eles: o
currículo formal; o currículo real desenvolvido pelo professor em sala de aula; o currículo oculto,
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6. onde figura as aprendizagem regulares produzidas pela escola e que não consta do
planejamento.
Mas afinal o aluno aprende cidadania na escola? Muitos alunos saem da escola sem
meios para desempenhar a plena cidadania, não sabem emitir opiniões, preferem se omitir em
questões como política, economia, violência, etc. . A escola assim como a sociedade diz uma
coisa e faz outra, pretende uma formação de alto nível para o alunado, mas nem sempre está
preparada para isso, ao invés de educar apenas instrui. A Aprendizagem da cidadania, das boas
intenções ao currículo oculto, procurar esclarecer o conceito de cidadania, por meio de várias
perguntas e respostas. Fica claro que a escola não pode ensinar cidadania com base em uma
formula, mesmo porque na escola existe a segregação, as diferenças sociais, a competição.
A educação para a cidadania tem que ser função de todas as disciplinas do currículo
comum; deve-se trabalhar com os alunos questionamento e debate em sala de aula, em resumo
no capítulo 1 desenvolver a educação para a cidadania vai modificar a maneira de pensar e agir
dos alunos. Alunos pensantes, que sabem se colocar diante de um questionamento, exercendo
plenamente seu direito e deveres. Conclui-se portanto, que a escola sozinha não fará a
mudança, não resolverá a questão da cidadania.
Perrenoud, Philippe Escola e Cidadania: o Papel da Escola na Formação para a
Democracia
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