SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 4
Artesanato: Cerâmicas, rendas e 
outros tipos de artesanato 
brasileiro 
COMENTE 
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação 
28/09/200515h14 
· 
· 
· 
· 
Comunicar erroImprimir 
Os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.c) quando o 
homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer fibras animais 
e vegetais. No Brasil, o artesanato também surgiu neste período. 
Podemos pensar nos índios como os nossos mais antigos artesãos, já que, 
quando os portugueses descobriram o Brasil, encontraram aqui a arte da 
pintura utilizando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica - sem falar na 
arte plumária, isto é, cocares, tangas e outras peças de vestuário ou 
ornamentos feitos com plumas de aves. 
O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de 
muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela 
usos, costumes, tradições e características de cada região. 
O artesão é aquele que, através da sua criatividade e habilidade, produz peças 
de barro, palha, tecido, couro, madeira, papel ou fibras naturais, matérias 
brutas ou recicladas, visando produzir peças utilitárias ou artísticas, com ou 
sem uma finalidade comercial. Ele trabalha sozinho ou com assistentes e tanto 
pode fazer peças únicas como trabalhos em série, contando ou não com a 
ajuda de ferramentas e mecanismos rudimentares ou semi-industriais. 
São artesãos e artesãs: talhadores, gravadores, escultores, pintores, 
ceramistas, rendeiras, bordadeiras, tecelãs, aqueles que criam instrumentos 
musicais, bijuterias e peças de madeira para uso diário, cestas, gamelas, 
colchas de retalhos e brinquedos, entre outras coisas. Em muitos casos,
quando os objetos produzidos não têm um caráter utilitário, isto, é são feitos 
apenas para serem apreciados, o artesanato se confunde com a arte. 
Vamos ver brevemente alguns exemplos característicos do artesanato 
brasileiro. 
Cerâmica e bonecos de barro 
A cerâmica é uma das formas de arte popular e de artesanato mais 
desenvolvidas no Brasil. Dividida entre cerâmica utilitária e figurativa, essa arte 
feita pelos índios misturou-se depois à tradição barrista europeia, e aos 
padrões africanos, e desenvolveu-se em regiões propícias à extração de sua 
matéria-prima - o barro. Nas feiras e mercados do Nordeste, podem-se ver os 
bonecos de barro que reconstituem figuras típicas da região: cangaceiros, 
retirantes, vendedores, músicos e rendeiras. Os mais famosos são os do 
pernambucano Mestre Vitalino (1909-1963), que deixou dezenas de 
descendentes e discípulos. 
A cerâmica figurativa destaca-se também nos estados do Pará, Ceará, 
Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Santa 
Catarina. Nos demais estados, a cerâmica é mais do tipo utilitária (potes, 
panelas, vasos etc). 
Renda 
A renda, presente em roupas, lenços, toalhas e outros artigos, têm um 
importante papel econômico nas regiões Norte, Nordeste e Sul. A chamada 
renda de almofada ou de bilros é desenvolvida pelas mãos das rendeiras que 
trabalham com uma almofada, um papelão cheio de furos, linha e bilros 
(pequenas peças de madeira semelhantes a fusos). 
Trazida pelos portugueses e pelos colonos açorianos, esta técnica é um 
trabalho tradicional de vários pontos do litoral brasileiro. Os papelões são 
passados de geração a geração e alguns motivos são exclusivos de uma
família. Apesar de a renda não ser um produto originalmente brasileiro, tornou-se 
um produto local através da aculturação. 
Entalhando a madeira 
A produção de entalhes em madeira é outra manifestação da cultura material 
brasileira, utilizada pelos índios nas suas construções, armas e utensílios, 
embarcações e instrumentos musicais, máscaras e bonecos. A arte e o 
artesanato em madeira produzem objetos diversificados com motivos como a 
natureza, o universo humano e a fantasia. 
As carrancas, ou cabeças-de-proa, muito conhecidas no Rio São Francisco, 
são figuras reais ou mitológicas, com formas humanas ou de animais, 
geralmente com expressões de ira, que os navegantes costumam colocar na 
frente de suas embarcações, para afugentar os maus espíritos. Utensílios 
como cocho, pilão, gamela e móveis simples e rústicos, também são 
produzidos artesanalmente. Podemos citar ainda outras produções, tais como: 
engenhos, moendas, toneis, e carroças. Mas o maior produto artesanal em 
madeira - contando com poucas partes de metal - é com certeza o carro de 
bois. 
Cestas e trançados 
A arte de trançar fibras, deixada pelos índios, inclui esteiras, redes, balaios, 
chapéus, peneiras e outros. Quanto à decoração, os objetos de trançados 
possuem uma imensa variedade, explorada através de formas geométricas, 
espessuras diferentes, corantes e outros materiais. Os índios possuem grande 
habilidade para tecelagem, já que sua prática e conhecimento dos trançados e 
cestarias é bastante desenvolvida. No artesanato de cestas e trançados, 
destacam-se as tribos do alto Amazonas e Solimões, influenciados pelos povos 
andinos. 
Na confecção manual de tecidos, utilizam-se dois processos, o vertical e o 
horizontal. O vertical foi um processo que muito difundiu-se entre os índios 
amazônicos e mato-grossenses, utilizando o processo para produção de redes.
As combinações de fios podem produzir diferentes texturas, com efeitos de alto 
e baixo relevo. É padronizada em geral por motivos geométricos e linhas retas. 
Apenas tecelões da Bahia produzem o chamado "pano-da-costa", que 
oferecem padrões figurativos. Alguns padrões geométricos são conhecidos 
como: xadrez, pé de gato, redemoinho, tamborete, flor de aurora, olho de 
perdiz, caracol, mosquitinho e quadrinho. 
O Estado do Mato Grosso produz redes de intenso colorido através da técnica 
de "lavrado". O Maranhão, produz as mesmas redes com finos acabamentos. 
O Pará e o Amazonas apresentam em sua produção, ricas redes de tucum, 
espécie de linho do vale. Na cestaria do Norte e Nordeste, os materiais mais 
usados são: palha, cipó, tucum, taboca, buriti, carnaúba, vime e taboa. Na 
Bahia, em especial, também se usa a piaçaba. 
Artesanato indígena 
Cada grupo ou tribo indígena tem seu próprio artesanato. Em geral, a tinta 
usada pelas tribos é totalmente natural, vinda de árvores ou de frutos. Os 
adornos e a arte plumária são outro importante trabalho indígena. 
A grande maioria de tribos desenvolvem a cerâmica e a cestaria. Os cestos 
são, em sua maioria, feitos a partir de folhas de palmeiras e usados para 
guardar alimentos. Já na cerâmica, são produzidos vasos e panelas de barro 
modelado. Para a música, usada como passatempo ou em rituais sagrados, os 
índios desenvolveram flautas e chocalhos.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Was ist angesagt? (18)

História da Arte: Arte indígena brasileira
História da Arte: Arte indígena brasileiraHistória da Arte: Arte indígena brasileira
História da Arte: Arte indígena brasileira
 
Arte indígena brasileira
Arte indígena brasileiraArte indígena brasileira
Arte indígena brasileira
 
Arte Indígena Brasileira
Arte Indígena BrasileiraArte Indígena Brasileira
Arte Indígena Brasileira
 
Artes visuais indígenas
Artes visuais indígenasArtes visuais indígenas
Artes visuais indígenas
 
Atividades arte e cultura brasileira
Atividades arte e cultura brasileiraAtividades arte e cultura brasileira
Atividades arte e cultura brasileira
 
Artesanato cearense
Artesanato cearenseArtesanato cearense
Artesanato cearense
 
PROVA DE ARTE INDIGENA
PROVA DE ARTE INDIGENAPROVA DE ARTE INDIGENA
PROVA DE ARTE INDIGENA
 
Artes do Povo
Artes do PovoArtes do Povo
Artes do Povo
 
Arte indígena - índios Karajás
Arte indígena - índios KarajásArte indígena - índios Karajás
Arte indígena - índios Karajás
 
8o. ano continuação 1º arte pré-colombiana e arte pré-cabralina-34 slides-
8o. ano   continuação 1º arte pré-colombiana e arte pré-cabralina-34 slides-8o. ano   continuação 1º arte pré-colombiana e arte pré-cabralina-34 slides-
8o. ano continuação 1º arte pré-colombiana e arte pré-cabralina-34 slides-
 
Apresentação conceito artesanato ceará
Apresentação conceito artesanato cearáApresentação conceito artesanato ceará
Apresentação conceito artesanato ceará
 
Grafismo indígena
Grafismo indígenaGrafismo indígena
Grafismo indígena
 
Carnaval
CarnavalCarnaval
Carnaval
 
Licocós - etnia Karajá
Licocós - etnia KarajáLicocós - etnia Karajá
Licocós - etnia Karajá
 
Book - Passos de mandacaru
Book - Passos de mandacaruBook - Passos de mandacaru
Book - Passos de mandacaru
 
Arte africana
Arte africanaArte africana
Arte africana
 
AULA_8_Um sistema para o artesanato.pdf
AULA_8_Um sistema para o artesanato.pdfAULA_8_Um sistema para o artesanato.pdf
AULA_8_Um sistema para o artesanato.pdf
 
Mascaras africanas
Mascaras africanasMascaras africanas
Mascaras africanas
 

Andere mochten auch

Artesanato
ArtesanatoArtesanato
ArtesanatoG. Gomes
 
Do artesanato à manufatura e à indústria moderna
Do artesanato à manufatura e à indústria modernaDo artesanato à manufatura e à indústria moderna
Do artesanato à manufatura e à indústria modernaflaviocosac
 
7. apresentação cras hipica e sul scfv idoso artesanato
7. apresentação cras hipica e sul scfv idoso artesanato7. apresentação cras hipica e sul scfv idoso artesanato
7. apresentação cras hipica e sul scfv idoso artesanatoNandaTome
 
Aula 02 artesanato, manufatura e indústria
Aula 02   artesanato, manufatura e indústriaAula 02   artesanato, manufatura e indústria
Aula 02 artesanato, manufatura e indústriaDaniel Alves
 

Andere mochten auch (11)

Vovozinha de fuxico x
Vovozinha  de fuxico xVovozinha  de fuxico x
Vovozinha de fuxico x
 
Boneco de neve de fuxico
Boneco de neve de fuxicoBoneco de neve de fuxico
Boneco de neve de fuxico
 
Artesanato
ArtesanatoArtesanato
Artesanato
 
Scfv para idosos
Scfv para idososScfv para idosos
Scfv para idosos
 
O artesanato
O artesanatoO artesanato
O artesanato
 
Artesanato
Artesanato Artesanato
Artesanato
 
Do artesanato à manufatura e à indústria moderna
Do artesanato à manufatura e à indústria modernaDo artesanato à manufatura e à indústria moderna
Do artesanato à manufatura e à indústria moderna
 
7. apresentação cras hipica e sul scfv idoso artesanato
7. apresentação cras hipica e sul scfv idoso artesanato7. apresentação cras hipica e sul scfv idoso artesanato
7. apresentação cras hipica e sul scfv idoso artesanato
 
Arte e artesanato
Arte e artesanatoArte e artesanato
Arte e artesanato
 
Aula 02 artesanato, manufatura e indústria
Aula 02   artesanato, manufatura e indústriaAula 02   artesanato, manufatura e indústria
Aula 02 artesanato, manufatura e indústria
 
Projeto de artes
Projeto de artesProjeto de artes
Projeto de artes
 

Ähnlich wie Artesanato brasileiro: cerâmicas, rendas e outros tipos

POWER POINT - Brasil: Artesanato Região Norte
POWER POINT - Brasil: Artesanato Região  NortePOWER POINT - Brasil: Artesanato Região  Norte
POWER POINT - Brasil: Artesanato Região Norteguest61a86db
 
A influência indígena no artesanato brasileiro gabi
A influência indígena no artesanato brasileiro   gabiA influência indígena no artesanato brasileiro   gabi
A influência indígena no artesanato brasileiro gabiDalila Salles Do Amaral
 
Power Point - Brasil: ARTESANATOS
Power Point - Brasil: ARTESANATOSPower Point - Brasil: ARTESANATOS
Power Point - Brasil: ARTESANATOSguest61a86db
 
Arte indígena na chegada dos portugueses
Arte indígena na chegada dos portuguesesArte indígena na chegada dos portugueses
Arte indígena na chegada dos portuguesesClaudio Bastos
 
Arte e Patrimônio de Mato Grosso
Arte e Patrimônio de Mato GrossoArte e Patrimônio de Mato Grosso
Arte e Patrimônio de Mato GrossoHisrelBlog
 
APOSTILA DO DIA DO INDIO ok (1).pdf
APOSTILA DO DIA DO INDIO ok (1).pdfAPOSTILA DO DIA DO INDIO ok (1).pdf
APOSTILA DO DIA DO INDIO ok (1).pdfelianepompilio2
 
trabalho de artes (julia).docx
trabalho de artes (julia).docxtrabalho de artes (julia).docx
trabalho de artes (julia).docxJussaraSousa12
 
ARTE AFRICANA AFROBRASILEIRA E SEUS ASPECTOS
ARTE AFRICANA AFROBRASILEIRA E SEUS ASPECTOSARTE AFRICANA AFROBRASILEIRA E SEUS ASPECTOS
ARTE AFRICANA AFROBRASILEIRA E SEUS ASPECTOSHenriqueLuciano2
 
As culturas africanas e indígenas slide
As culturas africanas e indígenas slideAs culturas africanas e indígenas slide
As culturas africanas e indígenas slideMaria Clara Magalhães
 
Artesanato da amazônia
Artesanato da  amazôniaArtesanato da  amazônia
Artesanato da amazôniaCarol Almeida
 
Os Ceramistas Brasileiros
Os Ceramistas BrasileirosOs Ceramistas Brasileiros
Os Ceramistas Brasileirosmartinsramon
 
A Arte Indígena Brasileira - Atividade 1.2 - Arte - 6º Anos===.doc
A Arte Indígena Brasileira - Atividade 1.2 - Arte - 6º Anos===.docA Arte Indígena Brasileira - Atividade 1.2 - Arte - 6º Anos===.doc
A Arte Indígena Brasileira - Atividade 1.2 - Arte - 6º Anos===.dochenriquecorreia39
 

Ähnlich wie Artesanato brasileiro: cerâmicas, rendas e outros tipos (20)

POWER POINT - Brasil: Artesanato Região Norte
POWER POINT - Brasil: Artesanato Região  NortePOWER POINT - Brasil: Artesanato Região  Norte
POWER POINT - Brasil: Artesanato Região Norte
 
A influência indígena no artesanato brasileiro gabi
A influência indígena no artesanato brasileiro   gabiA influência indígena no artesanato brasileiro   gabi
A influência indígena no artesanato brasileiro gabi
 
Power Point - Brasil: ARTESANATOS
Power Point - Brasil: ARTESANATOSPower Point - Brasil: ARTESANATOS
Power Point - Brasil: ARTESANATOS
 
Arte pré-cabralina
Arte pré-cabralinaArte pré-cabralina
Arte pré-cabralina
 
Arte indígena na chegada dos portugueses
Arte indígena na chegada dos portuguesesArte indígena na chegada dos portugueses
Arte indígena na chegada dos portugueses
 
Arte e Patrimônio de Mato Grosso
Arte e Patrimônio de Mato GrossoArte e Patrimônio de Mato Grosso
Arte e Patrimônio de Mato Grosso
 
APOSTILA DO DIA DO INDIO ok (1).pdf
APOSTILA DO DIA DO INDIO ok (1).pdfAPOSTILA DO DIA DO INDIO ok (1).pdf
APOSTILA DO DIA DO INDIO ok (1).pdf
 
Arte Marajoara e Tapajônica.pptx
Arte Marajoara e Tapajônica.pptxArte Marajoara e Tapajônica.pptx
Arte Marajoara e Tapajônica.pptx
 
Arte indígena
Arte indígenaArte indígena
Arte indígena
 
Periodo pre cabraliano
Periodo pre cabralianoPeriodo pre cabraliano
Periodo pre cabraliano
 
Powr Point N° 5
Powr Point N° 5Powr Point N° 5
Powr Point N° 5
 
trabalho de artes (julia).docx
trabalho de artes (julia).docxtrabalho de artes (julia).docx
trabalho de artes (julia).docx
 
ARTE AFRICANA AFROBRASILEIRA E SEUS ASPECTOS
ARTE AFRICANA AFROBRASILEIRA E SEUS ASPECTOSARTE AFRICANA AFROBRASILEIRA E SEUS ASPECTOS
ARTE AFRICANA AFROBRASILEIRA E SEUS ASPECTOS
 
Arte Africana
Arte Africana Arte Africana
Arte Africana
 
Arte_6Ano_Slide_Aula35.pptx
Arte_6Ano_Slide_Aula35.pptxArte_6Ano_Slide_Aula35.pptx
Arte_6Ano_Slide_Aula35.pptx
 
As culturas africanas e indígenas slide
As culturas africanas e indígenas slideAs culturas africanas e indígenas slide
As culturas africanas e indígenas slide
 
Artesanato da amazônia
Artesanato da  amazôniaArtesanato da  amazônia
Artesanato da amazônia
 
Carnaval
CarnavalCarnaval
Carnaval
 
Os Ceramistas Brasileiros
Os Ceramistas BrasileirosOs Ceramistas Brasileiros
Os Ceramistas Brasileiros
 
A Arte Indígena Brasileira - Atividade 1.2 - Arte - 6º Anos===.doc
A Arte Indígena Brasileira - Atividade 1.2 - Arte - 6º Anos===.docA Arte Indígena Brasileira - Atividade 1.2 - Arte - 6º Anos===.doc
A Arte Indígena Brasileira - Atividade 1.2 - Arte - 6º Anos===.doc
 

Kürzlich hochgeladen

Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfArthurRomanof1
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdfProva uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
Prova uniasselvi tecnologias da Informação.pdf
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 

Artesanato brasileiro: cerâmicas, rendas e outros tipos

  • 1. Artesanato: Cerâmicas, rendas e outros tipos de artesanato brasileiro COMENTE Da Página 3 Pedagogia & Comunicação 28/09/200515h14 · · · · Comunicar erroImprimir Os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.c) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer fibras animais e vegetais. No Brasil, o artesanato também surgiu neste período. Podemos pensar nos índios como os nossos mais antigos artesãos, já que, quando os portugueses descobriram o Brasil, encontraram aqui a arte da pintura utilizando pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica - sem falar na arte plumária, isto é, cocares, tangas e outras peças de vestuário ou ornamentos feitos com plumas de aves. O artesanato brasileiro é um dos mais ricos do mundo e garante o sustento de muitas famílias e comunidades. O artesanato faz parte do folclore e revela usos, costumes, tradições e características de cada região. O artesão é aquele que, através da sua criatividade e habilidade, produz peças de barro, palha, tecido, couro, madeira, papel ou fibras naturais, matérias brutas ou recicladas, visando produzir peças utilitárias ou artísticas, com ou sem uma finalidade comercial. Ele trabalha sozinho ou com assistentes e tanto pode fazer peças únicas como trabalhos em série, contando ou não com a ajuda de ferramentas e mecanismos rudimentares ou semi-industriais. São artesãos e artesãs: talhadores, gravadores, escultores, pintores, ceramistas, rendeiras, bordadeiras, tecelãs, aqueles que criam instrumentos musicais, bijuterias e peças de madeira para uso diário, cestas, gamelas, colchas de retalhos e brinquedos, entre outras coisas. Em muitos casos,
  • 2. quando os objetos produzidos não têm um caráter utilitário, isto, é são feitos apenas para serem apreciados, o artesanato se confunde com a arte. Vamos ver brevemente alguns exemplos característicos do artesanato brasileiro. Cerâmica e bonecos de barro A cerâmica é uma das formas de arte popular e de artesanato mais desenvolvidas no Brasil. Dividida entre cerâmica utilitária e figurativa, essa arte feita pelos índios misturou-se depois à tradição barrista europeia, e aos padrões africanos, e desenvolveu-se em regiões propícias à extração de sua matéria-prima - o barro. Nas feiras e mercados do Nordeste, podem-se ver os bonecos de barro que reconstituem figuras típicas da região: cangaceiros, retirantes, vendedores, músicos e rendeiras. Os mais famosos são os do pernambucano Mestre Vitalino (1909-1963), que deixou dezenas de descendentes e discípulos. A cerâmica figurativa destaca-se também nos estados do Pará, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Santa Catarina. Nos demais estados, a cerâmica é mais do tipo utilitária (potes, panelas, vasos etc). Renda A renda, presente em roupas, lenços, toalhas e outros artigos, têm um importante papel econômico nas regiões Norte, Nordeste e Sul. A chamada renda de almofada ou de bilros é desenvolvida pelas mãos das rendeiras que trabalham com uma almofada, um papelão cheio de furos, linha e bilros (pequenas peças de madeira semelhantes a fusos). Trazida pelos portugueses e pelos colonos açorianos, esta técnica é um trabalho tradicional de vários pontos do litoral brasileiro. Os papelões são passados de geração a geração e alguns motivos são exclusivos de uma
  • 3. família. Apesar de a renda não ser um produto originalmente brasileiro, tornou-se um produto local através da aculturação. Entalhando a madeira A produção de entalhes em madeira é outra manifestação da cultura material brasileira, utilizada pelos índios nas suas construções, armas e utensílios, embarcações e instrumentos musicais, máscaras e bonecos. A arte e o artesanato em madeira produzem objetos diversificados com motivos como a natureza, o universo humano e a fantasia. As carrancas, ou cabeças-de-proa, muito conhecidas no Rio São Francisco, são figuras reais ou mitológicas, com formas humanas ou de animais, geralmente com expressões de ira, que os navegantes costumam colocar na frente de suas embarcações, para afugentar os maus espíritos. Utensílios como cocho, pilão, gamela e móveis simples e rústicos, também são produzidos artesanalmente. Podemos citar ainda outras produções, tais como: engenhos, moendas, toneis, e carroças. Mas o maior produto artesanal em madeira - contando com poucas partes de metal - é com certeza o carro de bois. Cestas e trançados A arte de trançar fibras, deixada pelos índios, inclui esteiras, redes, balaios, chapéus, peneiras e outros. Quanto à decoração, os objetos de trançados possuem uma imensa variedade, explorada através de formas geométricas, espessuras diferentes, corantes e outros materiais. Os índios possuem grande habilidade para tecelagem, já que sua prática e conhecimento dos trançados e cestarias é bastante desenvolvida. No artesanato de cestas e trançados, destacam-se as tribos do alto Amazonas e Solimões, influenciados pelos povos andinos. Na confecção manual de tecidos, utilizam-se dois processos, o vertical e o horizontal. O vertical foi um processo que muito difundiu-se entre os índios amazônicos e mato-grossenses, utilizando o processo para produção de redes.
  • 4. As combinações de fios podem produzir diferentes texturas, com efeitos de alto e baixo relevo. É padronizada em geral por motivos geométricos e linhas retas. Apenas tecelões da Bahia produzem o chamado "pano-da-costa", que oferecem padrões figurativos. Alguns padrões geométricos são conhecidos como: xadrez, pé de gato, redemoinho, tamborete, flor de aurora, olho de perdiz, caracol, mosquitinho e quadrinho. O Estado do Mato Grosso produz redes de intenso colorido através da técnica de "lavrado". O Maranhão, produz as mesmas redes com finos acabamentos. O Pará e o Amazonas apresentam em sua produção, ricas redes de tucum, espécie de linho do vale. Na cestaria do Norte e Nordeste, os materiais mais usados são: palha, cipó, tucum, taboca, buriti, carnaúba, vime e taboa. Na Bahia, em especial, também se usa a piaçaba. Artesanato indígena Cada grupo ou tribo indígena tem seu próprio artesanato. Em geral, a tinta usada pelas tribos é totalmente natural, vinda de árvores ou de frutos. Os adornos e a arte plumária são outro importante trabalho indígena. A grande maioria de tribos desenvolvem a cerâmica e a cestaria. Os cestos são, em sua maioria, feitos a partir de folhas de palmeiras e usados para guardar alimentos. Já na cerâmica, são produzidos vasos e panelas de barro modelado. Para a música, usada como passatempo ou em rituais sagrados, os índios desenvolveram flautas e chocalhos.