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Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção




         Praça Roosevelt
Dos anos 40 à Construção:
   O Processo de Mudança
             de um Local
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção



     Introdução


     O espaço da atual Praça Roosevelt teve sua
configuração   a   partir   dos   anos   40,   com   a
desapropriação de um terreno atrás da Igreja
(inaugurada em 1935).
     O espaço vazio formado foi asfaltado e, a
partir dos anos 40 foi usado como estacionamento
para 800 carros durante a semana, e abrigava
uma grande feira (a maior da cidade) nos fins de
semana, além de ser palco para comícios e
manifestações políticas.
     Nos fins de 60 inicia-se a construção da via
Leste-Oeste,   que     modifica     radicalmente     a
configuração do centro, afetando profundamente
o espaço da praça, gerando uma discussão sobre
o que fazer com o espaço remanescente.
     E então surge o projeto da atual Praça
Roosevelt.
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção



     Histórico                                              Juntamente com essa desvalorização, ocorre
                                                      um    processo        de     investimento       em      áreas
     A discussão que hoje gira em torno da praça      periféricas,   ou     sub-centros      de     bairros   mais
envolve questões mais abrangentes, como a             distantes. Bancos e indústrias que antes se
degradação de setores urbanos e o processo de         encontravam      no     centro    partem       para     áreas
gentrificação sofrido por grande parte dos bairros    consideradas mais promissoras, contribuindo para
centrais a partir das décadas de 50 e 60. Esses       a deterioração (abandono).
bairros são considerados Zonas de Transição,
onde atividades se misturam, como habitação,                Em um artigo de Regina Meyer sobre o
comércio e indústria (foram zonas de expansão do      centro, ela afirma que essa destruição de espaços
centro). Com isso lugares que anteriormente eram      centrais tem uma relação direta e dinâmica com o
somente residenciais acabam sendo usados por          crescimento da mancha urbana. O crescimento
atividades   comerciais    e    até    industriais,   acentuado      da          metrópole        provoca      uma
desvalorizando-os.                                    descentralização,      uma       dispersão      de      forma
     Essa desvalorização atrai uma população de       tentacular em direção aos “novos centros”, ou
baixa renda. Devido à precariedade das estruturas     centros de bairros.
a rotatividade dessas pessoas é muito alta, o que           A partir daí, faz-se necessário uma conexão
não permite a formação de organizações que            centro-bairro, e é nesse momento que se encaixa
pressionem o poder público por melhorias.             o Plano de Avenidas de Prestes Maia. A criação do
                                                      “perímetro de irradiação”, o “sistema Y” e as dez
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avenidas “radiais” configuravam uma estruturação        construções,        claramente     concorrendo       com
eficiente para o Centro e a área circundante, que       atrativos das novas avenidas.
ao mesmo tempo, atendia à expansão centrípeta                  Toda essa intervenção pode ser encaixada
da metrópole. Assim, seguindo esse projeto, se          no padrão das New-Towns americanas, onde se
consolidaram ao longo dos anos 50 as avenidas           buscava máxima eficiência, com prioridades à vias
Ipiranga e São Luís, os viadutos Jacareí e Maria        expressas de tráfego intenso e com os serviços
Paula, a Praça João Mendes, a avenida Rangel            “encaixados” em vazios ou em espaços criados
Pestana, a rua da Figueira, o viaduto Mercúrio, e a     sobre essas vias. É uma nova forma de ocupação
avenida Senador Queiroz, que formam as radiais          do solo, com tendência de aumento de densidade
que partem do perímetro central.                        e custo em áreas de maior acessibilidade.
     Em    1965   o   então   prefeito   Faria   Lima            O colapso do sistema viário acontece aí,
executa mais duas obras de grande impacto no            quando essa estruturação viária torna-se a única
centro: a Radial Leste e o complexo viário do           opção oferecida pelo poder público para essa nova
Parque D. Pedro II.                                     escala    de   veículos   que    então   circulava   pela
                                                        cidade.
     Percebe-se aí o grande investimento feito                 Segundo Frúgolli Junior, durante as décadas
nas áreas centrais durante as décadas de 40 a 70,       de 50 e 60 a prefeitura destinou verbas e se
onde não somente o poder público agiu, mas              preocupou com o centro, mas essas atitudes não
também investimentos privados, com grandes              foram suficientes para evitar o problema causado
                                                        pela   falta   de   manutenção     dos   equipamentos
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urbanos e diminuição da qualidade ambiental                      projetos      de      renovação,           remodelação     e
causada pelas grandes vias.                                      aperfeiçoamento de algumas praças e parques. O
        A    grande    mobilidade         exigida        pelas   grande fluxo de pessoas que passa por ali
atividades da metrópole aliada a essa distribuição               diariamente, em parte pela chegada do metrô, em
radioconcêntrica do sistema viário fez com que as                parte pelo grande número de ônibus que chegam
obras na região central a partir de 1960 fossem                  em praças quase as transformando em terminais.
voltadas para a solução desse problema de
acessibilidade.                                                          É nesse contexto que se insere o projeto da
        Essas   modificações       incidiram   de    forma       atual    Praça     Roosevelt.    O    típico   exemplo    de
decisiva na estruturação física e funcional do                   tentativa     de     reaproveitamento          do     espaço
Centro, deixando marcas profundas.                               modificado,        prejudicado       por    um      idealismo
        Segundo    Meyer,    a     construção       da     via   rodoviarista, que em busca de soluções para a
expressa Leste-Oeste, o Elevado Costa e Silva, e                 cidade, acaba gerando mais problemas, e exigindo
a inauguração da Praça Roosevelt foram os                        atitudes reparadoras cada vez mais amplas.
grandes primeiros ataques aos espaços do centro,
tendo       como   justificativa     as    questões        de            A praça Roosevelt que antes se configurava
circulação.                                                      num grande espaço asfaltado foi transformada em
                                                                 um edifício, visando atender as necessidades de
        A partir da década de 70 surge a tentativa               equipamentos urbanos e serviços da população
de revitalização do centro pela prefeitura, com                  que residia ou usava o centro. A construção
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção



obstrui o que antes eram vistas, a praça perde
permeabilidade,           visibilidade.     Torna-se        uma
barreira.
      A      Roosevelt      é   um    exemplo       claro    da
influência     das       New-towns        nos   projetos     de
arquitetos     e     urbanistas      brasileiros    onde     os
serviços para a população (pensados no projeto
da   praça),       são     articulados     em      função    da
configuração da estrutura viária local. Retrata o
pensamento da época, o modernismo, o uso do
concreto, as atitudes paisagísticas americanas.
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção



          A Questão Rodoviarista                                                  consequentemente a construção do Elevado Costa
                                                                                  e Silva, o famoso Minhocão.
          “A      Metrópole             na      década       de     60,     já
congestionada, traz à cena a defesa das vias                                             As décadas de 60 e 70 foram fortemente
expressas, que rasgam a cidade e permitem                                         marcadas         pela     presença            marcante        dos
melhor circulação e acesso. Através da negação                                    automóveis,      e   pelo      aumento        significativo   da
de um modelo urbano que convergia e adensava o                                    população paulistana e do número de carros que
centro, informam-se as novas bases para o                                         circulavam na cidade.
planejamento da cidade”.1                                                                A partir do golpe de 64 o planejamento
                                                                                  urbano foi levado muito a sério, e encarado como
          Como dito anteriormente, a configuração do                              uma      forma       de       demonstrar        progresso      e
espaço da Praça Roosevelt é dada a partir de ruas                                 crescimento.      Assim,       obras     de    grande     porte
e avenidas que foram sendo abertas e alargadas                                    utilizando as últimas técnicas da construção civil
ao longo dos anos para suprir a necessidade de                                    eram comuns.
acessibilidade             e     deslocamento               da    população              “Muito    provavelmente,          a     relação   direta
paulistana na primeira metade do século XX.                                       estabelecida entre planejamento e autoritarismo
          Um       dos      mais        importantes          feitos   nesse       ocorre   porque      a    figura    do   planejamento         foi
sentido foi a abertura da linha Leste-Oeste, e                                    enfaticamente utilizada pelo Estado após o golpe

1 MARTINS, Luciana Bongiovani. Elevado Costa e Silva, Processo de Mudança de um
                                                                                  militar de 1964. Embora exista essa possibilidade
Lugar. Dissertação de Mestrado. FAU-USP, São Paulo, 1997.                         de    articulação,      não    se   pode      incorrer   nessa
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção



redução: ele foi, sim, instrumento desse regime,                                                        “Os arquitetos norte-americanos têm uma
mas não exclusivo deste”.2                                                                   inflexível teoria a respeito de pistas elevadas.
                                                                                             Acham que um elevado representa sempre a
           Aliada a essa forma de pensamento, o                                              morte da via que está por baixo e a conseqüente
Elevado “exprime a ideologia de que obras viárias                                            desvalorização imobiliária da área que corta. Se
são a solução para os grandes problemas da                                                   essa teoria é válida em todos os casos é difícil
cidade”.3                                                                                    afirmar-se. Mas, no caso da Avenida São João,
           O    Minhocão            se      insere        nesse         contexto,            tem exatidão matemática”. (O Estado de São
encaixando-se               num          Plano       maior         -     o     Plano         Paulo, 10/07/74).4
Urbanístico Básico (PUB) – e empregando técnicas
como o concreto armado.
           Foi construído para solucionar o problema
de tráfego na Avenida São João, mas não levou
em      conta        muitas críticas                da      época,           que     já
consideravam               a     possível          desvalorização               e        a
degradação do espaço do entorno, baseadas em
fatos ocorridos na exterior, onde vias elevadas de
mesmo porte estavam sendo demolidas.

2 Retirado de: MARTINS, Luciana Bongiovani. Elevado Costa e Silva, Processo de Mudança
de um Lugar. Dissertação de Mestrado. FAU-USP, São Paulo, 1997.
3                                                                                            4
    Idem                                                                                         Idem
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      A Praça                                          um todo. Para a proposta de um modelo, estes
                                                       dois aspectos devem ser tratados conjuntamente.
      O projeto da Praça Roosevelt foi elaborado            A   idéia   era   incorporar   à   proposta   de
pelo escritório do engenheiro J.C. de Figueiredo       revitalização da praça um quarteirão adjacente
Ferraz em conjunto com os arquitetos Roberto           (local do Dispensário de Tuberculose do Estado),
Coelho    Cardozo,    na   época    professor    de    no qual existiria um centro cultural voltado para
paisagismo da FAU-USP; Antonio Antunes Netto;          música, um auditório e um centro educacional,
Marcos de Souza Dias, arquiteto recém formado          interligado com o playground da praça.
pela FAU-USP; Luciano Fiaschi, estagiário.                  O projeto contava com 65.250 m2, quatro
      Foi orientada por um programa extenso e          pavimentos mais a via expressa.
funcionalmente complexo, que correspondia às                Os cinco “campos de demanda” eram: áreas
necessidades da área central, levantadas pela          de praças públicas, áreas para serviços de
administração de Faria Lima no ano de 1967. Em         abastecimento, áreas para estacionamento, áreas
68 após discussões e debates com envolvimento          de atendimento público, recreação e educação,
do IAB, ficou definido o programa final.               áreas de sistema viário sob o conjunto.
      O projeto visava atender as necessidades do           Delimitaram-se áreas para uma feira
tipo “entre” e “dentro”, ou seja, possuir atividades   coberta, um supermercado, um estacionamento,
atraentes tanto para a população que reside            uma agência de correios, um playground, lojas,
próximo ao local quanto para a metrópole como          uma lanchonete, um ambulatório, uma área para
                                                       jogos, sanitários.Frente ao programa de
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção



necessidades apresentado pelos estudos da
prefeitura, foi elaborado o seguinte esquema de
equipamentos:

                   PROGRAMAÇÃO GERAL            PROGRAMAÇÃO DA PRAÇA ROOSEVELT
                                                A. Ligação Leste-Oeste; B. Linha 5; C. Linha 4 e D.      5
                   Circulação de passagem;
 Metropolitan




                                                Pista descendente
                   Circulação de acesso e       Ruas laterais (Augusta, M. Prado, Olinda e avenida
                   equipamentos correlatos      Consolação); 29. Primeiro Estacionamento; 30.
 Nível




                   (estacionamento, terminais   Segundo Estacionamento; 31. Rampas e
                   de transporte, etc).         Estacionamento da Igreja
 o:




                   Equipamentos Sociais;        47 a 53. Playground; 54. Área externa

                   Atendimento Serviços
                                                36. Agência de Correios e 38. Agência Telefones
                   públicos e pessoais;
     Nível Local




                   Comércio de bens de
                                                15. Feira coberta e 16 a 28. Supermercado
                   compra e conveniência;
                                       1 a 14. Praças e equipamentos; 42 a 44.
                   Recreação/ Lazer/ Cultura
                                       Lanchonete e 60.Igreja existente
Espaços e equipamentos auxiliares ao eventual sistema especializado de atividades ou
função polarizadora (agiriam tanto em nível local quanto metropolitano) – Sua descrição
na Praça Roosevelt é feita a seguir.




                                                                5
                                                                    DIAS, Marcos de Souza.   Espaços Urbanos de uso
                                                                múltiplo. Subsídios para programação e implantação.
                                                                Tese de doutorado pela FAU USP, dezembro de 1972.
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção



       “Espaços       e    equipamentos      auxiliares     ao    remanejado (durante o processo de projeto) para
eventual sistema especializado de atividades ou                   um       supermercado                 de          menor           porte
função polarizadora que agiriam tanto no nível                    (manufaturados e embalados) e uma feira modelo
metropolitano quanto no local foram pensados no                   (hortifrutigranjeiros).
caso    da    Praça       Roosevelt    originalmente       pelo          “Posteriormente,             a        prefeitura          decidiu
“mercado aberto” com a dupla finalidade de                        estimular    o       turismo     no      local.        Desta     forma,
abastecer a zona e de promover a intensa                          novamente não houve interesse por parte da
atividade urbana proporcionada por estas funções,                 Secretaria       de       Turismo       (a     partir       de    então
criando-se um processo dinâmico de interesse                      responsável pela administração do conjunto) em
colocado além da função comercial (a exemplo do                   implantar a feira modelo. A “função polarizadora”
que ocorre no mercado modelo de Salvador,                         passaria     então         a    ser        desempenhada             por
Bahia, famoso por sua atmosfera informal e                        atividades denominadas “turísticas” (exposições,
comunicativa)”.6                                                  festivais,   etc.),       que   seriam          absorvidas        pelos
       Este mercado substituiria a feira semanal de               usuários do grande número de hotéis da região.
abastecimento existente na área anteriormente.                    No entanto, o supermercado já se encontrava
Porém,       por   decisão     da     Prefeitura,   este    foi   instalado,       e    em       plena       atividade.          Haveria,
                                                                  portanto, uma sobreposição de funções”.7
6
    DIAS, Marcos de Souza.      Espaços Urbanos de uso
                                                                  7
                                                                      BARRETO, Ana Paula. O estudo de um caso: Praça
múltiplo. Subsídios para programação e implantação.
                                                                  Roosevelt    -       da   concepção          inicial    à   apreensão
Tese de doutorado pela FAU USP, dezembro de 1972.
                                                                  posterior. Trabalho Final de Graduação FAU-USP
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção



    BIBLIOGRAFIA:                                      •   VILLAÇA, Flávio. Uso do Solo Urbano. São
                                                           Paulo,   Fundação   Prefeito   Faria   Lima   –
•   DIAS, Marcos de Souza. Praça Roosevelt                 Centro    de   Estudos    e    Pesquisas      de
    (histórico    e   memorial),    in      Revista        Administração Municipal, 1978.
    Engenharia Municipal, no. 43, pp.21-31,            • BARRETO, Ana Paula. O estudo de um
    nov./dez 1969. p.1.                                    caso: Praça Roosevelt - da concepção
•   DIAS, Marcos de Souza. Praça Roosevelt,                inicial à apreensão posterior. Trabalho
    São Paulo, in Revista Acrópole, no. 380,               Final de Graduação FAU-USP
    pp.11-21, dezembro de 1970.                        • Apresentação de slides da EMURB
•   DIAS, Marcos de Souza. Espaços Urbanos             • Artigo Regina Meyer
    de   uso     múltiplo.      Subsídios     para     • MARTINS, Luciana Bongiovani. Elevado
    programação e implantação.           Tese de           Costa e Silva, Processo de Mudança de
    doutorado pela FAU USP, dezembro de
                                                           um Lugar. Dissertação de Mestrado. FAU-
    1972.
                                                           USP, São Paulo, 1997.
•   FRÚGOLI, Heitor.      Centralidade em São
                                                       • MARIANA,         Wilson    Roberto.       Áreas
    Paulo.         Trajetórias,    conflitos     e
                                                           Transformadas e o Espaço Público na
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                                                           Cidade de São Paulo. Dissertação de
    Edusp, 2000.
                                                           Mestrado. FAU_USP, São Paulo, 1989.
•   TOLEDO, Benedito L. de. Prestes Maia e
    as Origens do Urbanismo Moderno.
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção



                              IMAGENS




Perspectiva da proposta inicial
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção



Vista Aérea - 1945
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção



Praça nos anos 60
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção



Rua da Consolação




Alargamento - 1967               Atualmente
Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção

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Roosevelt 40 anos

  • 1. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção Praça Roosevelt Dos anos 40 à Construção: O Processo de Mudança de um Local
  • 2. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção Introdução O espaço da atual Praça Roosevelt teve sua configuração a partir dos anos 40, com a desapropriação de um terreno atrás da Igreja (inaugurada em 1935). O espaço vazio formado foi asfaltado e, a partir dos anos 40 foi usado como estacionamento para 800 carros durante a semana, e abrigava uma grande feira (a maior da cidade) nos fins de semana, além de ser palco para comícios e manifestações políticas. Nos fins de 60 inicia-se a construção da via Leste-Oeste, que modifica radicalmente a configuração do centro, afetando profundamente o espaço da praça, gerando uma discussão sobre o que fazer com o espaço remanescente. E então surge o projeto da atual Praça Roosevelt.
  • 3. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção Histórico Juntamente com essa desvalorização, ocorre um processo de investimento em áreas A discussão que hoje gira em torno da praça periféricas, ou sub-centros de bairros mais envolve questões mais abrangentes, como a distantes. Bancos e indústrias que antes se degradação de setores urbanos e o processo de encontravam no centro partem para áreas gentrificação sofrido por grande parte dos bairros consideradas mais promissoras, contribuindo para centrais a partir das décadas de 50 e 60. Esses a deterioração (abandono). bairros são considerados Zonas de Transição, onde atividades se misturam, como habitação, Em um artigo de Regina Meyer sobre o comércio e indústria (foram zonas de expansão do centro, ela afirma que essa destruição de espaços centro). Com isso lugares que anteriormente eram centrais tem uma relação direta e dinâmica com o somente residenciais acabam sendo usados por crescimento da mancha urbana. O crescimento atividades comerciais e até industriais, acentuado da metrópole provoca uma desvalorizando-os. descentralização, uma dispersão de forma Essa desvalorização atrai uma população de tentacular em direção aos “novos centros”, ou baixa renda. Devido à precariedade das estruturas centros de bairros. a rotatividade dessas pessoas é muito alta, o que A partir daí, faz-se necessário uma conexão não permite a formação de organizações que centro-bairro, e é nesse momento que se encaixa pressionem o poder público por melhorias. o Plano de Avenidas de Prestes Maia. A criação do “perímetro de irradiação”, o “sistema Y” e as dez
  • 4. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção avenidas “radiais” configuravam uma estruturação construções, claramente concorrendo com eficiente para o Centro e a área circundante, que atrativos das novas avenidas. ao mesmo tempo, atendia à expansão centrípeta Toda essa intervenção pode ser encaixada da metrópole. Assim, seguindo esse projeto, se no padrão das New-Towns americanas, onde se consolidaram ao longo dos anos 50 as avenidas buscava máxima eficiência, com prioridades à vias Ipiranga e São Luís, os viadutos Jacareí e Maria expressas de tráfego intenso e com os serviços Paula, a Praça João Mendes, a avenida Rangel “encaixados” em vazios ou em espaços criados Pestana, a rua da Figueira, o viaduto Mercúrio, e a sobre essas vias. É uma nova forma de ocupação avenida Senador Queiroz, que formam as radiais do solo, com tendência de aumento de densidade que partem do perímetro central. e custo em áreas de maior acessibilidade. Em 1965 o então prefeito Faria Lima O colapso do sistema viário acontece aí, executa mais duas obras de grande impacto no quando essa estruturação viária torna-se a única centro: a Radial Leste e o complexo viário do opção oferecida pelo poder público para essa nova Parque D. Pedro II. escala de veículos que então circulava pela cidade. Percebe-se aí o grande investimento feito Segundo Frúgolli Junior, durante as décadas nas áreas centrais durante as décadas de 40 a 70, de 50 e 60 a prefeitura destinou verbas e se onde não somente o poder público agiu, mas preocupou com o centro, mas essas atitudes não também investimentos privados, com grandes foram suficientes para evitar o problema causado pela falta de manutenção dos equipamentos
  • 5. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção urbanos e diminuição da qualidade ambiental projetos de renovação, remodelação e causada pelas grandes vias. aperfeiçoamento de algumas praças e parques. O A grande mobilidade exigida pelas grande fluxo de pessoas que passa por ali atividades da metrópole aliada a essa distribuição diariamente, em parte pela chegada do metrô, em radioconcêntrica do sistema viário fez com que as parte pelo grande número de ônibus que chegam obras na região central a partir de 1960 fossem em praças quase as transformando em terminais. voltadas para a solução desse problema de acessibilidade. É nesse contexto que se insere o projeto da Essas modificações incidiram de forma atual Praça Roosevelt. O típico exemplo de decisiva na estruturação física e funcional do tentativa de reaproveitamento do espaço Centro, deixando marcas profundas. modificado, prejudicado por um idealismo Segundo Meyer, a construção da via rodoviarista, que em busca de soluções para a expressa Leste-Oeste, o Elevado Costa e Silva, e cidade, acaba gerando mais problemas, e exigindo a inauguração da Praça Roosevelt foram os atitudes reparadoras cada vez mais amplas. grandes primeiros ataques aos espaços do centro, tendo como justificativa as questões de A praça Roosevelt que antes se configurava circulação. num grande espaço asfaltado foi transformada em um edifício, visando atender as necessidades de A partir da década de 70 surge a tentativa equipamentos urbanos e serviços da população de revitalização do centro pela prefeitura, com que residia ou usava o centro. A construção
  • 6. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção obstrui o que antes eram vistas, a praça perde permeabilidade, visibilidade. Torna-se uma barreira. A Roosevelt é um exemplo claro da influência das New-towns nos projetos de arquitetos e urbanistas brasileiros onde os serviços para a população (pensados no projeto da praça), são articulados em função da configuração da estrutura viária local. Retrata o pensamento da época, o modernismo, o uso do concreto, as atitudes paisagísticas americanas.
  • 7. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção A Questão Rodoviarista consequentemente a construção do Elevado Costa e Silva, o famoso Minhocão. “A Metrópole na década de 60, já congestionada, traz à cena a defesa das vias As décadas de 60 e 70 foram fortemente expressas, que rasgam a cidade e permitem marcadas pela presença marcante dos melhor circulação e acesso. Através da negação automóveis, e pelo aumento significativo da de um modelo urbano que convergia e adensava o população paulistana e do número de carros que centro, informam-se as novas bases para o circulavam na cidade. planejamento da cidade”.1 A partir do golpe de 64 o planejamento urbano foi levado muito a sério, e encarado como Como dito anteriormente, a configuração do uma forma de demonstrar progresso e espaço da Praça Roosevelt é dada a partir de ruas crescimento. Assim, obras de grande porte e avenidas que foram sendo abertas e alargadas utilizando as últimas técnicas da construção civil ao longo dos anos para suprir a necessidade de eram comuns. acessibilidade e deslocamento da população “Muito provavelmente, a relação direta paulistana na primeira metade do século XX. estabelecida entre planejamento e autoritarismo Um dos mais importantes feitos nesse ocorre porque a figura do planejamento foi sentido foi a abertura da linha Leste-Oeste, e enfaticamente utilizada pelo Estado após o golpe 1 MARTINS, Luciana Bongiovani. Elevado Costa e Silva, Processo de Mudança de um militar de 1964. Embora exista essa possibilidade Lugar. Dissertação de Mestrado. FAU-USP, São Paulo, 1997. de articulação, não se pode incorrer nessa
  • 8. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção redução: ele foi, sim, instrumento desse regime, “Os arquitetos norte-americanos têm uma mas não exclusivo deste”.2 inflexível teoria a respeito de pistas elevadas. Acham que um elevado representa sempre a Aliada a essa forma de pensamento, o morte da via que está por baixo e a conseqüente Elevado “exprime a ideologia de que obras viárias desvalorização imobiliária da área que corta. Se são a solução para os grandes problemas da essa teoria é válida em todos os casos é difícil cidade”.3 afirmar-se. Mas, no caso da Avenida São João, O Minhocão se insere nesse contexto, tem exatidão matemática”. (O Estado de São encaixando-se num Plano maior - o Plano Paulo, 10/07/74).4 Urbanístico Básico (PUB) – e empregando técnicas como o concreto armado. Foi construído para solucionar o problema de tráfego na Avenida São João, mas não levou em conta muitas críticas da época, que já consideravam a possível desvalorização e a degradação do espaço do entorno, baseadas em fatos ocorridos na exterior, onde vias elevadas de mesmo porte estavam sendo demolidas. 2 Retirado de: MARTINS, Luciana Bongiovani. Elevado Costa e Silva, Processo de Mudança de um Lugar. Dissertação de Mestrado. FAU-USP, São Paulo, 1997. 3 4 Idem Idem
  • 9. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção A Praça um todo. Para a proposta de um modelo, estes dois aspectos devem ser tratados conjuntamente. O projeto da Praça Roosevelt foi elaborado A idéia era incorporar à proposta de pelo escritório do engenheiro J.C. de Figueiredo revitalização da praça um quarteirão adjacente Ferraz em conjunto com os arquitetos Roberto (local do Dispensário de Tuberculose do Estado), Coelho Cardozo, na época professor de no qual existiria um centro cultural voltado para paisagismo da FAU-USP; Antonio Antunes Netto; música, um auditório e um centro educacional, Marcos de Souza Dias, arquiteto recém formado interligado com o playground da praça. pela FAU-USP; Luciano Fiaschi, estagiário. O projeto contava com 65.250 m2, quatro Foi orientada por um programa extenso e pavimentos mais a via expressa. funcionalmente complexo, que correspondia às Os cinco “campos de demanda” eram: áreas necessidades da área central, levantadas pela de praças públicas, áreas para serviços de administração de Faria Lima no ano de 1967. Em abastecimento, áreas para estacionamento, áreas 68 após discussões e debates com envolvimento de atendimento público, recreação e educação, do IAB, ficou definido o programa final. áreas de sistema viário sob o conjunto. O projeto visava atender as necessidades do Delimitaram-se áreas para uma feira tipo “entre” e “dentro”, ou seja, possuir atividades coberta, um supermercado, um estacionamento, atraentes tanto para a população que reside uma agência de correios, um playground, lojas, próximo ao local quanto para a metrópole como uma lanchonete, um ambulatório, uma área para jogos, sanitários.Frente ao programa de
  • 10. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção necessidades apresentado pelos estudos da prefeitura, foi elaborado o seguinte esquema de equipamentos: PROGRAMAÇÃO GERAL PROGRAMAÇÃO DA PRAÇA ROOSEVELT A. Ligação Leste-Oeste; B. Linha 5; C. Linha 4 e D. 5 Circulação de passagem; Metropolitan Pista descendente Circulação de acesso e Ruas laterais (Augusta, M. Prado, Olinda e avenida equipamentos correlatos Consolação); 29. Primeiro Estacionamento; 30. Nível (estacionamento, terminais Segundo Estacionamento; 31. Rampas e de transporte, etc). Estacionamento da Igreja o: Equipamentos Sociais; 47 a 53. Playground; 54. Área externa Atendimento Serviços 36. Agência de Correios e 38. Agência Telefones públicos e pessoais; Nível Local Comércio de bens de 15. Feira coberta e 16 a 28. Supermercado compra e conveniência; 1 a 14. Praças e equipamentos; 42 a 44. Recreação/ Lazer/ Cultura Lanchonete e 60.Igreja existente Espaços e equipamentos auxiliares ao eventual sistema especializado de atividades ou função polarizadora (agiriam tanto em nível local quanto metropolitano) – Sua descrição na Praça Roosevelt é feita a seguir. 5 DIAS, Marcos de Souza. Espaços Urbanos de uso múltiplo. Subsídios para programação e implantação. Tese de doutorado pela FAU USP, dezembro de 1972.
  • 11. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção “Espaços e equipamentos auxiliares ao remanejado (durante o processo de projeto) para eventual sistema especializado de atividades ou um supermercado de menor porte função polarizadora que agiriam tanto no nível (manufaturados e embalados) e uma feira modelo metropolitano quanto no local foram pensados no (hortifrutigranjeiros). caso da Praça Roosevelt originalmente pelo “Posteriormente, a prefeitura decidiu “mercado aberto” com a dupla finalidade de estimular o turismo no local. Desta forma, abastecer a zona e de promover a intensa novamente não houve interesse por parte da atividade urbana proporcionada por estas funções, Secretaria de Turismo (a partir de então criando-se um processo dinâmico de interesse responsável pela administração do conjunto) em colocado além da função comercial (a exemplo do implantar a feira modelo. A “função polarizadora” que ocorre no mercado modelo de Salvador, passaria então a ser desempenhada por Bahia, famoso por sua atmosfera informal e atividades denominadas “turísticas” (exposições, comunicativa)”.6 festivais, etc.), que seriam absorvidas pelos Este mercado substituiria a feira semanal de usuários do grande número de hotéis da região. abastecimento existente na área anteriormente. No entanto, o supermercado já se encontrava Porém, por decisão da Prefeitura, este foi instalado, e em plena atividade. Haveria, portanto, uma sobreposição de funções”.7 6 DIAS, Marcos de Souza. Espaços Urbanos de uso 7 BARRETO, Ana Paula. O estudo de um caso: Praça múltiplo. Subsídios para programação e implantação. Roosevelt - da concepção inicial à apreensão Tese de doutorado pela FAU USP, dezembro de 1972. posterior. Trabalho Final de Graduação FAU-USP
  • 12. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção BIBLIOGRAFIA: • VILLAÇA, Flávio. Uso do Solo Urbano. São Paulo, Fundação Prefeito Faria Lima – • DIAS, Marcos de Souza. Praça Roosevelt Centro de Estudos e Pesquisas de (histórico e memorial), in Revista Administração Municipal, 1978. Engenharia Municipal, no. 43, pp.21-31, • BARRETO, Ana Paula. O estudo de um nov./dez 1969. p.1. caso: Praça Roosevelt - da concepção • DIAS, Marcos de Souza. Praça Roosevelt, inicial à apreensão posterior. Trabalho São Paulo, in Revista Acrópole, no. 380, Final de Graduação FAU-USP pp.11-21, dezembro de 1970. • Apresentação de slides da EMURB • DIAS, Marcos de Souza. Espaços Urbanos • Artigo Regina Meyer de uso múltiplo. Subsídios para • MARTINS, Luciana Bongiovani. Elevado programação e implantação. Tese de Costa e Silva, Processo de Mudança de doutorado pela FAU USP, dezembro de um Lugar. Dissertação de Mestrado. FAU- 1972. USP, São Paulo, 1997. • FRÚGOLI, Heitor. Centralidade em São • MARIANA, Wilson Roberto. Áreas Paulo. Trajetórias, conflitos e Transformadas e o Espaço Público na negociações na metrópole. São Paulo: Cidade de São Paulo. Dissertação de Edusp, 2000. Mestrado. FAU_USP, São Paulo, 1989. • TOLEDO, Benedito L. de. Prestes Maia e as Origens do Urbanismo Moderno.
  • 13. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção IMAGENS Perspectiva da proposta inicial
  • 14. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção Vista Aérea - 1945
  • 15. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção Praça nos anos 60
  • 16. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção Rua da Consolação Alargamento - 1967 Atualmente
  • 17. Praça Roosevelt – Dos anos 40 à Construção