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Kathrin Rosenfield Estética
Aisteshis Sensação, sentimento
Estuda a relação entre a sensação e o conhecimento, a razão e a ética.
O gosto é subjetivo e convenção social ou possui racionalidade?
1762 Alexander Baumgarter
Publicou Aesthetik, separando a doutrina da beleza de outros ramos da
filosofia
1790
Crítica da Faculdade de Julgar
Emmanuel Kant
1820
Estética - Hegel
Estética como atividade autônoma
Sempre existiram formas efêmeras de experiências estéticas. Ex. sons ritmados.
O funcional e o artístico se fundem no passado.
Pirâmide e canas de irrigação Só funcionais?
Metafísica de Platão É puramente estética? Ou doutrinas normativas, sócio críticas?
Em Íon e na República Platão critica o uso da técnica para manipular os incautos. Ex.: oratória.
Platão recusa a Arte banalizada pelas formas henonistas.
Nietzsche crítica
Platão por empobrecer a
arte
Sabedoria filosófica não pode dispensar a poesia
A fenômeno estético é um dom divino, uma inspiração - sagrada
Platão propõe uma investigação científica racional.
Condena o excesso na drama, na dança e na pintura, como falsidade
A estética de Platão é uma visão crítica da arte.
Ele faz analogias entre extremos e julga o mérito: falso/verdadeiro; bom/ruim
Vê dois modelos de conduta
ética
1 – o divino e feliz (imitação rigorista)
2 – o ateu e hedonista
O Banquete (Platão) - Sacerdotisa Diotima: o belo como idéia metafísica, que o filósofo alcança indo
além das aparências. Influenciou Idade Média: o belo deriva de Deus.
Aristóteles
Em “A Poética”
Objetividade naturalista. Catarse produz equilíbrio unindo sensibilidade
e inteligência
O drama (teatro) não visa o homem, mas as ações dos homens.
Eudaimonia (felicidade) Um bem viver intrínseco, não dependente de outros ou de coisas.
O bem cósmico – sentido geral de todas as coisas.
O bem prático - visam o bem viver, a felicidade.
A coisa útil – meio para se obter um bem
O bem viver - o único bem que jamais é um meio.
A tragédia atinge o belo por
permitir o contraste e o
descobrimento, a surpresa
iluminadora que visa o bem
último.
Paradoxalmente a tragédia permite, pela comparação, a vitalidade
interior da ação.
O belo e o bem produzem
um prazer individual que não
é egoísta.
O belo e o bem nunca se confundem: uma está na forma, outro na
sensação.
Um é contemplado, outro está na ação.
A arte sempre é uma ficção Uma representação
Platão, Aristóteles e Plotino
e o neoplatonismo cristão
A Arte como uma mediadora cósmica que busca a beleza e a perfeição.
Séculos XVII e XVIII Secularização.
Burguesia, aristocracia, galerias, críticos etc trazem a arte para outro
plano.
kalokagathia A arte e o belo tem relação com o bem moral
Shafsterbury – 1713 –
Francis Hutcheson – 1746
Seguem no mesmo sentido
David Hume
questiona
Sobre o Padrão do Gosto - 1776
A imaginação A simpatia A utilidade A beleza
Diderot
1784
A arte recolhe traços verossímeis (não precisa representar a natureza).
Transpõe o real para o ficcional
Universo verossimilhante faz esquecer a mesquinhez.
No mundo ficcional somos mais generosos e equitativos que no real
Alemães – mais racionais Buscam determinar onde a estética se encontra no raciocínio.
Imagens sensíveis e conhecimento discursivo
Investiga o estatuto da experiência estética
Pragmático: arte e estética são subordinadas a faculdades racionais, “superiores”
Imaginação interagindo com o entendimento
Imaginação faz parte do racional, pois ajuda a captar o entendimento
O entendimento é a faculdade de seguir regras que existem no conhecimento, que nasce dos
conceitos. Juízo determinante. Juízo reflexionante (julgamento do belo)
Ele nos liberta da submissão mecânica às regras do entendimento, do dever e da ética.
Gosto é juízo de valor que se propõe universal, diferente do bom e do verdadeiro.
Juízo de gosto Entre o dogmatismo e o empirismo.
Hegel - Conceito do belo não produz conteúdo, mas condição subjetiva: imaginação + entendimento.
O belo comunica apenas uma condição subjetiva de conhecimento geral
Kant - A experiência do belo é um fim em si mesmo
Sem representação conceitual.
Há uma dimensão do prazer que existe por si só, sem depender de fundamentações.
É necessário o prazer, ante o Belo.
Juízo reflexito estético é radicalmente subjetivo. Afeta nossa relação com o sujeito, dando-nos prazer
Se da na imediatez do sentimento. É o único julgamento a ser plenamente a priori.
Luhman: toda emoção é uma reação de imunização contra impedimentos (físicos ou intelectuais). O
belo se relaciona com o sublime.
Kant
O juízo é a transição entre a razão teórica e a razão prática.
SUBLIME: o matemático e o natural. Colocam-nos diante da incomensurabilidade
Na faculdade de julgar está em jogo a unidade do Ser.
Friedrich Schiller,
contemporâneo de Kant
“O Ideal e a Vida”. A beleza não está no objeto, mas no momento de
encantamento.
Este conceito dá liberdade moral ao apreciador.
Século XX Acha Scheller ingênuo.
Indeterminação do juízo estético não é imprecisão
Hegel - 1831
Arte como fenômeno histórico. Analisa os efeitos palpáveis da experiência do belo.
Levam a consciência de si.
O domínio espiritual de si e do mundo é o fim da arte. – a superação da imediatez da experiência
estética.
Exclui o belo natural de sua reflexão.
O belo surge do espírito e para o espírito.
A arte trabalha com a liberdade do espírito.
A arte pertence ao trabalho do conceito
Arte simbólica, Clássica, Romântica
O fazer a arte (desenvolver a arte) é uma resposta ao que há de ilusório na representação. Ato
espritual de manejar coisas. Espírito para coisa e vice-versa.
Simbólica – religiões naturais Templo faz reunião simbólica de dois mundos.
Romântica – libera o espírito da contigencia de representar.
Clássica – arte egípicia: esfinge. Representando os dois mundos.
Grécia berço da arte-religiosa – liberada dos deuses animais. Poetas criam os deuses para a Grécia.
Hegel
Atribui a arte o estigma da abstração e da impotência. Busca formas concretas da ideia deliberdade.
Dante (Divina Comédia) Propõe a verdade do cristianismo. Mais vigorosamente que a doutrina
Para Hegel a poesia de
Goethe é reflexiva
Permite ver aspectos ocultos, mas essenciais do objeto. Ele se opõe aos
românticos.
O sistema de artes Escultura clássica une as duas dimensões humanas: o espiritual e o
físico . a música a pintura e a poesia romântica também o fazem. O
mais espiritual é a poesia.
No final, o espírito deixa a arte, para se realizar na filosofia.
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o pavor do sofrimento e da morte.
Dostoievski A beleza com feições míticas e místicas, com ambivalência entre o mal
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Gombrich Artistas não se interessam por essas definições complexas e
conceituais.
Theodor W. Adorno
Escritos Estéticos
Estudou a estética sistemática. Denunciou a perversão do tecido social
e político que se opõe a experiência estética.
Heidegger A experiência estética pode ser reveladora. Serenidade.
Práticas automatizadas da sociedade atual com ciência e tecnologia
agem contra isso.
Derrida Estudou o desdobramento sobre o entrelaçamento das operações
cognitivas e racionais, estéticas e sensoriais. Levou a consideração
interdisciplinar do tema.
Hoje A grande multiplicidade dos fenômenos torna difícil seu estudo.
Yves Michaud Arte como instrumento da mídia, para influencia e dominação. Não
mais como o belo por si.
Wassily Kandinsky
“Do Espiritual na Arte”
A abstração como espiritualização. Examina o sensível e o espiritual.
Críticos e artistas não gostam de seu pensamento hoje.
Clement Greenberg A cor (Kant já havia mencionada o pulsar da cor) pode ser por si só um
elemento independente de representação.

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  • 1. Kathrin Rosenfield Estética Aisteshis Sensação, sentimento Estuda a relação entre a sensação e o conhecimento, a razão e a ética. O gosto é subjetivo e convenção social ou possui racionalidade? 1762 Alexander Baumgarter Publicou Aesthetik, separando a doutrina da beleza de outros ramos da filosofia 1790 Crítica da Faculdade de Julgar Emmanuel Kant 1820 Estética - Hegel Estética como atividade autônoma Sempre existiram formas efêmeras de experiências estéticas. Ex. sons ritmados. O funcional e o artístico se fundem no passado. Pirâmide e canas de irrigação Só funcionais? Metafísica de Platão É puramente estética? Ou doutrinas normativas, sócio críticas? Em Íon e na República Platão critica o uso da técnica para manipular os incautos. Ex.: oratória. Platão recusa a Arte banalizada pelas formas henonistas. Nietzsche crítica Platão por empobrecer a arte Sabedoria filosófica não pode dispensar a poesia A fenômeno estético é um dom divino, uma inspiração - sagrada Platão propõe uma investigação científica racional. Condena o excesso na drama, na dança e na pintura, como falsidade A estética de Platão é uma visão crítica da arte. Ele faz analogias entre extremos e julga o mérito: falso/verdadeiro; bom/ruim Vê dois modelos de conduta ética 1 – o divino e feliz (imitação rigorista) 2 – o ateu e hedonista O Banquete (Platão) - Sacerdotisa Diotima: o belo como idéia metafísica, que o filósofo alcança indo além das aparências. Influenciou Idade Média: o belo deriva de Deus. Aristóteles Em “A Poética” Objetividade naturalista. Catarse produz equilíbrio unindo sensibilidade e inteligência O drama (teatro) não visa o homem, mas as ações dos homens. Eudaimonia (felicidade) Um bem viver intrínseco, não dependente de outros ou de coisas. O bem cósmico – sentido geral de todas as coisas. O bem prático - visam o bem viver, a felicidade. A coisa útil – meio para se obter um bem O bem viver - o único bem que jamais é um meio. A tragédia atinge o belo por permitir o contraste e o descobrimento, a surpresa iluminadora que visa o bem último. Paradoxalmente a tragédia permite, pela comparação, a vitalidade interior da ação. O belo e o bem produzem um prazer individual que não é egoísta. O belo e o bem nunca se confundem: uma está na forma, outro na sensação. Um é contemplado, outro está na ação. A arte sempre é uma ficção Uma representação Platão, Aristóteles e Plotino e o neoplatonismo cristão A Arte como uma mediadora cósmica que busca a beleza e a perfeição.
  • 2. Séculos XVII e XVIII Secularização. Burguesia, aristocracia, galerias, críticos etc trazem a arte para outro plano. kalokagathia A arte e o belo tem relação com o bem moral Shafsterbury – 1713 – Francis Hutcheson – 1746 Seguem no mesmo sentido David Hume questiona Sobre o Padrão do Gosto - 1776 A imaginação A simpatia A utilidade A beleza Diderot 1784 A arte recolhe traços verossímeis (não precisa representar a natureza). Transpõe o real para o ficcional Universo verossimilhante faz esquecer a mesquinhez. No mundo ficcional somos mais generosos e equitativos que no real Alemães – mais racionais Buscam determinar onde a estética se encontra no raciocínio. Imagens sensíveis e conhecimento discursivo Investiga o estatuto da experiência estética Pragmático: arte e estética são subordinadas a faculdades racionais, “superiores” Imaginação interagindo com o entendimento Imaginação faz parte do racional, pois ajuda a captar o entendimento O entendimento é a faculdade de seguir regras que existem no conhecimento, que nasce dos conceitos. Juízo determinante. Juízo reflexionante (julgamento do belo) Ele nos liberta da submissão mecânica às regras do entendimento, do dever e da ética. Gosto é juízo de valor que se propõe universal, diferente do bom e do verdadeiro. Juízo de gosto Entre o dogmatismo e o empirismo. Hegel - Conceito do belo não produz conteúdo, mas condição subjetiva: imaginação + entendimento. O belo comunica apenas uma condição subjetiva de conhecimento geral Kant - A experiência do belo é um fim em si mesmo Sem representação conceitual. Há uma dimensão do prazer que existe por si só, sem depender de fundamentações. É necessário o prazer, ante o Belo. Juízo reflexito estético é radicalmente subjetivo. Afeta nossa relação com o sujeito, dando-nos prazer Se da na imediatez do sentimento. É o único julgamento a ser plenamente a priori. Luhman: toda emoção é uma reação de imunização contra impedimentos (físicos ou intelectuais). O belo se relaciona com o sublime. Kant O juízo é a transição entre a razão teórica e a razão prática. SUBLIME: o matemático e o natural. Colocam-nos diante da incomensurabilidade Na faculdade de julgar está em jogo a unidade do Ser. Friedrich Schiller, contemporâneo de Kant “O Ideal e a Vida”. A beleza não está no objeto, mas no momento de encantamento. Este conceito dá liberdade moral ao apreciador. Século XX Acha Scheller ingênuo. Indeterminação do juízo estético não é imprecisão Hegel - 1831 Arte como fenômeno histórico. Analisa os efeitos palpáveis da experiência do belo. Levam a consciência de si. O domínio espiritual de si e do mundo é o fim da arte. – a superação da imediatez da experiência estética. Exclui o belo natural de sua reflexão. O belo surge do espírito e para o espírito.
  • 3. A arte trabalha com a liberdade do espírito. A arte pertence ao trabalho do conceito Arte simbólica, Clássica, Romântica O fazer a arte (desenvolver a arte) é uma resposta ao que há de ilusório na representação. Ato espritual de manejar coisas. Espírito para coisa e vice-versa. Simbólica – religiões naturais Templo faz reunião simbólica de dois mundos. Romântica – libera o espírito da contigencia de representar. Clássica – arte egípicia: esfinge. Representando os dois mundos. Grécia berço da arte-religiosa – liberada dos deuses animais. Poetas criam os deuses para a Grécia. Hegel Atribui a arte o estigma da abstração e da impotência. Busca formas concretas da ideia deliberdade. Dante (Divina Comédia) Propõe a verdade do cristianismo. Mais vigorosamente que a doutrina Para Hegel a poesia de Goethe é reflexiva Permite ver aspectos ocultos, mas essenciais do objeto. Ele se opõe aos românticos. O sistema de artes Escultura clássica une as duas dimensões humanas: o espiritual e o físico . a música a pintura e a poesia romântica também o fazem. O mais espiritual é a poesia. No final, o espírito deixa a arte, para se realizar na filosofia. Nietzsche e Holderlin Exigem que a filosofia retorne a questão estética, ao maravilhamento e o pavor do sofrimento e da morte. Dostoievski A beleza com feições míticas e místicas, com ambivalência entre o mal e o bem. Gombrich Artistas não se interessam por essas definições complexas e conceituais. Theodor W. Adorno Escritos Estéticos Estudou a estética sistemática. Denunciou a perversão do tecido social e político que se opõe a experiência estética. Heidegger A experiência estética pode ser reveladora. Serenidade. Práticas automatizadas da sociedade atual com ciência e tecnologia agem contra isso. Derrida Estudou o desdobramento sobre o entrelaçamento das operações cognitivas e racionais, estéticas e sensoriais. Levou a consideração interdisciplinar do tema. Hoje A grande multiplicidade dos fenômenos torna difícil seu estudo. Yves Michaud Arte como instrumento da mídia, para influencia e dominação. Não mais como o belo por si. Wassily Kandinsky “Do Espiritual na Arte” A abstração como espiritualização. Examina o sensível e o espiritual. Críticos e artistas não gostam de seu pensamento hoje. Clement Greenberg A cor (Kant já havia mencionada o pulsar da cor) pode ser por si só um elemento independente de representação.