O documento resume a poesia da primeira geração do Romantismo brasileiro, apresentando trechos de poemas de Gonçalves Dias que idealizam o índio e exaltam a natureza e a pátria brasileiras.
2. A POESIA DA PRIMEIRA GERAÇÃO
o romantismo brasileiro
Valente
na
guerra,
Quem
há,
como
eu
sou?
Quem
vibra
o
tacape
Com
mais
valen9a?
Quem
golpes
daria
Fatais,
como
eu
dou?
—
Guerreiros,
ouvi-‐me;
—
Quem
há,
como
eu
sou?
GARBUGLIO,
José
Carlos.
Melhores
poemas
de
Gonçalves
Dias.
São
Paulo:
Global,
2011.
idealização do índio
3. A POESIA DA PRIMEIRA GERAÇÃO
o romantismo brasileiro
Nosso
céu
tem
mais
estrelas,
Nossas
várzeas
têm
mais
flores,
Nossos
bosques
têm
mais
vida,
Nossa
vida
mais
amores.
GARBUGLIO,
José
Carlos.
Melhores
poemas
de
Gonçalves
Dias.
São
Paulo:
Global,
2011.
idealização da pátria
4. QUESTÃO 01
o romantismo brasileiro
O
poema
“Canção
do
exílio”,
de
Gonçalves
Dias
é
um
exemplo:
da
idealização
do
passado
histórico
brasileiro;
do
na9vismo
ufanista;
que
idealiza
a
figura
do
silvícola;
da
valorização
do
antepassado
europeu;
que
celebrava
as
glórias
passadas
da
pátria
portuguesa.
5. SOLUÇÃO COMENTADA
o romantismo brasileiro
A
temá9ca
da
“Canção
do
exílio”
[apresentação
idealizada
da
pátria],
de
Gonçalves
Dias,
insere-‐
se
dentro
do
que
se
convencionou
chamar
de
lirismo
social,
ou
poesia
engajada.
Na
verdade,
o
sujeito
poé9co
ar9cula
seu
discurso
como
uma
defesa
da
supremacia
da
terra
[natureza]
brasileira
em
comparação
com
as
demais.
Assinale-‐se,
pois,
a
alterna9va
“b”.
6. A POESIA DA PRIMEIRA GERAÇÃO
o romantismo brasileiro
Agora
sabes
que
sou
verme.
Agora,
sei
da
tua
luz.
Se
não
notei
minha
epiderme...
É,
nunca
estrela
eu
te
supus
Mas,
se
cantar
pudesse
um
verme,
Eu
cantaria
a
tua
luz!
KILKERRY,
Pedro.
Fragmento
de
“O
verme
e
a
estrela”.
Disponível
em:
hhp://manoelneves.com
idealização da amor e da mulher
8. TEXTO 01
o romantismo brasileiro
Tu
choraste
em
presença
de
morte?
Em
presença
de
estranhos
choraste?
Não
descende
o
cobarde
do
forte;
Pois
choraste
meu
filho
não
és!
DIAS,
Gonçalves.
Fragmento
de
“I-‐Juca-‐Pirama”.
Disponível
em:
hhp://www.biblio.com.br
9. TEXTO 02
o romantismo brasileiro
Não
chores,
meu
filho;
Não
chores,
que
a
vida
É
luta
renhida:
Viver
é
lutar.
A
vida
é
combate,
Que
os
fracos
abate,
Que
os
fortes,
que
os
bravos
Só
pode
exaltar
DIAS,
Gonçalves.
Fragmento
de
“Canção
do
tamoio”.
Disponível
em:
hhp://www.biblio.com.br
10. QUESTÃO 02
o romantismo brasileiro
Os
dois
textos
possuem
uma
ideia
em
comum:
a
exaltação
das
belezas
naturais
do
Brasil;
a
negação
da
paternidade;
a
fortaleza
moral
do
índio
diante
da
adversidade;
visão
idealista
e
rósea
da
existência;
constatação
da
fragilidade
espiritual
do
índio.
11. SOLUÇÃO COMENTADA
o romantismo brasileiro
Os
dois
poemas
abordam
idealizadamente
o
índio
–
tal
caracterís9ca
é
uma
das
mais
relevantes
da
poesia
de
Gonçalves
Dias
[primeira
geração]
e
do
Roman9smo
como
um
todo.
Marque-‐se,
pois,
a
alterna9va
“c”.
12. A POESIA DA SEGUNDA GERAÇÃO
o romantismo brasileiro
Já
da
morte
o
palor
me
cobre
o
rosto,
Do
leito
embalde
no
macio
encosto
Nos
lábios
meus
o
alento
desfalece,
Tento
o
sono
reter!...
Já
esmorece
Surda
agonia
o
coração
fenece,
O
corpo
exausto
que
o
repouso
esquece
E
devora
meu
ser
mortal
desgosto!
Eis
o
estado
em
que
a
mágoa
me
tem
posto!
O
adeus,
o
teu
adeus,
minha
saudade,
Dá-‐me
a
esperança
com
que
o
seu
man9ve!
Fazem
que
insano
do
viver
me
prive
Volve
ao
amante
os
olhos
por
piedade,
E
tenha
os
olhos
meus
na
escuridade
Olhos
por
quem
viveu
quem
já
não
vive!
AZEVEDO,
A.
Obra
completa.
Rio
de
Janeiro:
Nova
Aguilar,
2000.
sofrimento amoroso, melancolia, mal do século;
derrotismo, medo de amar e idealização;
ironia romântica;
byronismo.
13. QUESTÃO 03
ENEM-2009
O
núcleo
temá9co
do
soneto
citado
é
opico
da
segunda
geração
român9ca,
porém
configura
um
lirismo
que
o
projeta
para
além
desse
momento
específico.
O
fundamento
desse
lirismo
é
a
angús9a
alimentada
pela
constatação
da
irreversibilidade
da
morte.
a
melancolia
que
frustra
a
possibilidade
de
reação
diante
da
perda.
o
descontrole
das
emoções
provocado
pela
autopiedade.
o
desejo
de
morrer
como
alívio
para
a
desilusão
amorosa.
constatação
da
fragilidade
espiritual
do
índio.
14. SOLUÇÃO COMENTADA
o romantismo brasileiro
O
estado
em
que
o
sujeito
poé9co
se
encontra
se
aproxima
da
catatonia.
Sua
prostração
é
tamanha
que
parece
que
não
fará
coisa
alguma.
Isso
pode
ser
comprovado
pela
leitura
da
segunda
estrofe
–
na
qual
o
locutor
afirma
que
está
parado
no
leito.
Sendo
assim,
assinale-‐se
a
alterna9va
“b”.
15. DREAMS, DREAMS, DREAMS
o romantismo brasileiro
Quando,
à
noite,
no
leito
perfumado
Lânguida
fronte
no
sonhar
reclinas,
No
vapor
da
ilusão
por
que
te
orvalha
Dorme,
ó
anjo
de
amor!
no
teu
silêncio
Pranto
de
amor
as
pálpebras
divinas?
O
meu
peito
se
afoga
de
ternura...
E,
quando
eu
te
contemplo
adormecida
E
sinto
que
o
porvir
não
vale
um
beijo
Solto
o
cabelo
no
suave
leito,
E
o
céu
um
teu
suspiro
de
ventura!
Por
que
um
suspiro
tépido
ressona
Um
beijo
divinal
que
acende
as
veias,
E
desmaia
suavíssimo
em
teu
peito?
Que
de
encantos
os
olhos
ilumina,
Virgem
do
meu
amor,
o
beijo
a
furto
Colhido
a
medo,
como
flor
da
noite,
Que
pouso
em
tua
face
adormecida
Do
teu
lábio
na
rosa
purpurina...
Não
te
lembra
do
peito
os
meus
amores
E
um
volver
de
teus
olhos
transparentes,
E
a
febre
do
sonhar
de
minha
vida?
Um
olhar
dessa
pálpebra
sombria
Talvez
pudessem
reviver-‐me
n’alma
As
santas
ilusões
de
que
eu
vivia!
AZEVEDO,
A.
Obra
completa.
Rio
de
Janeiro:
Nova
Aguilar,
2000.
16. QUESTÃO 04
o romantismo brasileiro
Considerando
o
modo
como
o
locutor
se
refere
à
mulher
amada,
é
CORRETO
afirmar
que
ele:
Externa,
por
intermédio
de
seus
versos,
a
angús9a
diante
da
morte
iminente.
Inspirado
no
byronismo,
adota
uma
postura
de
indiferença
e
de
desidealização
da
mulher
amada.
Defende
seu
amor
e
afirma
que
ver
a
mulher
e
contemplar
sua
alma
bastam
para
que
ele
con9nue
vivo.
Idealiza
a
mulher,
externando
seu
“medo
de
amar”,
na
medida
em
que
a
apresenta
como
um
anjo
que
está
dormindo.
17. SOLUÇÃO COMENTADA
o romantismo brasileiro
A
postura
do
sujeito
poé9co
ante
a
mulher
é
de
idealização
e
distanciamento.
Assinale-‐se,
pois,
a
alterna9va
“d”.
18. A POESIA DA TERCEIRA GERAÇÃO
o romantismo brasileiro
Era
um
sonho
dantesco...
o
tombadilho
Negras
mulheres,
suspendendo
às
tetas
Que
das
luzernas
avermelha
o
brilho.
Magras
crianças,
cujas
bocas
pretas
Em
sangue
a
se
banhar.
Rega
o
sangue
das
mães:
Tinir
de
ferros...
estalar
de
açoite...
Outras
moças,
mas
nuas
e
espantadas,
Legiões
de
homens
negros
como
a
noite,
No
turbilhão
de
espectros
arrastadas,
Horrendos
a
dançar...
Em
ânsia
e
mágoa
vãs!
E
ri-‐se
a
orquestra
irônica,
estridente...
E
da
ronda
fantás9ca
a
serpente
Faz
doudas
espirais...
Se
o
velho
arqueja,
se
no
chão
resvala,
Ouvem-‐se
gritos...
o
chicote
estala.
E
voam
mais
e
mais...
ALVES,
Castro.
Fragmento
de
“Navio
negreiro”.
Disponível
em:
hhp://manoelneves.com.
engajamento social na defesa da abolição e da república
19. A POESIA DA TERCEIRA GERAÇÃO
o romantismo brasileiro
É
noite
ainda!
Brilha
na
cambraia
É
noite,
pois!
Durmamos,
Julieta!
–
Desmanchado
o
roupão,
a
espádua
nua
–
Recende
a
alcova
ao
trescalar
das
flores,
o
globo
de
teu
peito
entre
os
arminhos
Fechemos
sobre
nós
estas
cor9nas...
Como
entre
as
névoas
se
balouça
a
lua...
–
São
as
asas
do
arcanjo
dos
amores.
[...]
A
frouxa
luz
da
alabastrina
lâmpada
Lambe
voluptuosa
os
teus
contornos...
Oh!
Deixa-‐me
aquecer
teus
pés
divinos
Ao
doudo
afago
de
meus
lábios
mornos.
ALVES,
Castro.
Fragmento
de
“Boa
noite,
Maria”.
Disponível
em:
hhp://manoelneves.com.
sensualismo: a mulher é de carne e osso; e a realização amorosa, possível
21. TEXTO
o romantismo brasileiro
São
os
filhos
do
deserto
Onde
a
terra
esposa
a
luz.
Onde
voa
em
campo
aberto
A
tribo
dos
homens
nus...
São
os
guerreiros
ousados,
Que
com
os
9gres
mosqueados
Combatem
na
solidão...
Homens
simples,
fortes,
bravos...
Hoje
míseros
escravos
Sem
ar,
sem
luz,
sem
razão...
ALVES,
Castro.
Fragmento
de
“Navio
negreiro”.
Disponível
em:
hhp://manoelneves.com.
22. QUESTÃO 05
o romantismo brasileiro
Assinale
a
alterna9va
correta
com
relação
ao
sen9do
expresso
pelos
versos
transcritos.
Descreve
a
vida
dos
escravos
nas
fazendas.
Saúda
a
liberdade
decorrente
da
abolição
da
escravatura.
Salienta
a
integração
dos
negros
com
os
índios.
Compara
o
negro
livre,
na
África,
com
o
negro
escravizado
no
Brasil.
Propõe
que
os
homens
se
tornem
escravos
por
quererem
fugir
do
deserto.
23. SOLUÇÃO COMENTADA
o romantismo brasileiro
Assinale-‐se
a
alterna9va
“d”,
pois,
neste
fragmento
de
“Navio
negreiro”,
o
locutor
se
refere
ao
negro
africano
e
o
mostra
em
dois
momentos
–
livre,
na
África
e
aprisionado,
no
Brasil.
24. O ROMANCE URBANO
o romantismo brasileiro
Um
sarau
é
o
bocado
mais
delicioso
que
temos,
de
telhados
abaixo.
Em
um
sarau
todo
o
mundo
tem
que
fazer.
O
diplomata
ajusta,
com
o
copo
de
champanhe
na
mão,
os
mais
intricados
negócios;
todos
murmuram
e
não
há
quem
deixe
de
ser
murmurado.
O
velho
lembra-‐se
dos
minuetes
e
das
can9gas
do
seu
tempo,
e
o
moço
goza
todos
os
regalos
da
sua
época;
as
moças
são
no
sarau
como
as
estrelas
do
Céu;
estão
no
seu
elemento:
aqui
uma,
cantando
suave
cava9na
[...];
daí
a
pouco
vão
outras,
pelos
braços
de
seus
pares,
se
deslizando
pela
sala
e
marchando
em
seu
passeio,
[...]
ao
mesmo
tempo
que
conversam
sempre
sobre
objetos
inocentes
que
movem
olhaduras
e
risadinhas
apreciáveis.
MACEDO,
Joaquim
Manuel
de.
A
moreninha.
São
Paulo:
Á9ca,
2008.
costumes do burguês dos grandes centros;
idealização do amor e da mulher;
caráter moralista e conservador.
25. O ROMANCE INDIANISTA
o romantismo brasileiro
Afinal
volta
Mar9m
de
novo
às
terras,
que
foram
de
sua
felicidade,
e
são
agora
de
amarga
saudade.
Quando
seu
pé
sen9u
o
calor
das
brancas
areias,
em
seu
coração
derramou-‐se
um
fogo,
que
o
requeimou:
era
o
fogo
das
recordações
que
ardiam
como
a
centelha
das
cinzas.
[...]
Muitos
guerreiros
de
sua
raça
acompanharam
o
chefe
branco,
para
fundar
com
ele
a
mairi
dos
cristãos.
Veio
também
um
sacerdote
de
sua
religião,
de
negras
vestes,
para
plantar
a
cruz
na
terra
selvagem.
Po9
foi
o
primeiro
que
ajoelhou
aos
pés
do
sagrado
lanho;
não
sofria
ele
que
nada
mais
o
separasse
de
seu
irmão
branco.
Deviam
ter
ambos
um
só
deus,
como
9nham
um
só
coração.
ALENCAR,
José
de.
Iracema.
São
Paulo:
Á9ca,
2003.
idealização do índio;
o índio representa o antepassado europeu;
defesa da colonização.
26. O ROMANCE REGIONAL
o romantismo brasileiro
Transpondo
límpido
regato
e
vencida
pedregosa
ladeira
com
casinholas
de
sapé
à
direita
e
à
esquerda,
chega-‐se
à
rua
principal,
que
tem
por
mais
grandioso
edizcio
espaçosa
casa
de
sobrado,
de
construção
an9quada.
Ornamenta-‐a
uma
varanda
de
ferro
e
um
telhado
que
se
adianta
para
a
rua,
como
a
querer
abrigá-‐la
em
sua
totalidade
dos
ardores
do
sol.
É
aí
que
mora
o
Major
Mar9nho
de
Melo
Taques,
baixote,
rechonchudo,
corado.
Na
sua
loja
de
fazendas,
ao
rés-‐do-‐chão,
reúne-‐se
a
melhor
gente
da
localidade,
para
ouvi-‐lo
dissertar
sobre
polí9ca,
ou
narrar
a
guerra
dos
farrapos
no
Rio
Grande
do
Sul
e
a
vida
que
se
leva
na
corte
do
Rio
de
Janeiro,
onde
es9vera
pelos
anos
de
1838
a
1839.
TAUNAY,
Visconde
de.
Inocência.
São
Paulo:
Á9ca,
2001.
defesa da tese segundo a qual a alma do Brasil está no interior;
visa a dar a conhecer os quatro cantos do país;
retrato de um país gigantesco na paisagem e arcaico nos costumes.
27. TEXTO
o romantismo brasileiro
Pobre
Isaura!
Sempre
e
em
toda
parte
esta
cononua
importunação
de
senhores
e
de
escravos,
que
não
a
deixam
sossegar
um
só
momento!
Como
não
devia
viver
aflito
e
atribulado
aquele
coração!
Dentro
de
casa
contava
ela
quatro
inimigos,
cada
qual
mais
porfiado
em
roubar-‐lhe
a
paz
da
alma,
e
torturar-‐lhe
o
coração:
três
amantes,
Leôncio,
Belchior,
e
André,
e
uma
êmula
terrível
e
desapiedado,
Rosa.
Fácil
lhe
fora
repelir
as
importunações
e
insolências
dos
escravos
e
criados;
mas
que
seria
dela,
quando
viesse
o
senhor?!...
GUIMARÃES,
B.
A
escrava
Isaura.
São
Paulo:
Á9ca,
1995
(adaptado).
28. QUESTÃO 06
ENEM-2009
A
personagem
Isaura,
como
afirma
o
otulo
do
romance,
era
uma
escrava.
No
trecho
apresentado,
os
sofrimentos
por
que
passa
a
protagonista
assemelham-‐se
aos
das
demais
escravas
do
país,
o
que
indica
o
es9lo
realista
da
abordagem
do
tema
da
escravidão
pelo
autor
do
romance.
demonstram
que,
historicamente,
os
problemas
vividos
pelas
escravas
brasileiras,
como
Isaura,
eram
mais
de
ordem
sen9mental
do
que
zsica.
diferem
dos
que
atormentavam
as
demais
escravas
do
Brasil
do
século
XIX,
o
que
revela
o
caráter
idealista
da
abordagem
do
tema
pelo
autor
do
romance.
indicam
que,
quando
o
assunto
era
o
amor,
as
escravas
brasileiras,
de
acordo
com
a
abordagem
lírica
do
tema
pelo
autor,
eram
tratadas
como
as
demais
mulheres
da
sociedade.
revelam
a
condição
degradante
das
mulheres
escravas
no
Brasil,
que,
como
Isaura,
de
acordo
com
a
denúncia
feita
pelo
autor,
eram
importunadas
e
torturadas
fisicamente
pelos
seus
senhores.
29. SOLUÇÃO COMENTADA
o romantismo brasileiro
A
condição
vivida
por
Isaura
difere,
em
muito,
do
que
acontecia
às
escravas
brasileiras
nos
séculos
XVII,
XVIII
e
XVIII.
A
abordagem
presente
no
romance
de
Bernardo
Guimarães
é
idealizada.
Por
isso,
assinale-‐se
a
alterna9va
“c”.
30. TEXTO
o romantismo brasileiro
Ali
começa
o
sertão
chamado
bruto.
Nesses
campos,
tão
diversos
pelo
ma9z
das
cores,
o
capim
crescido
e
ressecado
pelo
ardor
do
sol
transforma-‐se
em
vicejante
tapete
de
relva,
quando
lavra
o
incêndio
que
algum
tropeiro,
por
acaso
ou
mero
desenfado,
ateia
com
uma
faúlha
do
seu
isqueiro.
Minando
à
surda
na
touceira.
queda
a
vívida
centelha.
Corra
daí
a
instantes
qualquer
aragem,
por
débil
que
seja,
e
levanta-‐se
a
língua
de
fogo
esguia
e
trêmula,
como
que
a
contemplar
medrosa
e
vacilante
os
espaços
imensos
que
se
alongam
diante
dela.
O
fogo,
de9do
em
pontos,
aqui,
ali,
a
consumir
com
mais
len9dão
algum
estorvo,
vai
aos
poucos
morrendo
até
se
ex9nguir
de
todo,
deixando
como
sinal
da
avassaladora
passagem
o
alvacento
lençol,
que
lhe
foi
seguindo
os
velozes
passos.
Por
toda
a
parte
melancolia;
de
todos
os
lados
tétricas
perspec9vas.
É
cair,
porém,
daí
a
dias
copiosa
chuva,
e
parece
que
uma
varinha
de
fada
andou
por
aqueles
sombrios
recantos
a
traçar
as
pressas
jardins
encantados
e
nunca
vistos.
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num
trabalho
ín9mo
de
espantosa
a9vidade.
Transborda
a
vida.
TAUNAY,
A.
Inocência.
São
Paulo:
Á9ca
1993
(adaptado).
31. QUESTÃO 07
ENEM-2009
O
romance
român9co
teve
fundamental
importância
na
formação
da
ideia
de
nação.
Considerando
o
trecho
acima,
é
possível
reconhecer
que
uma
das
principais
e
permanentes
contribuições
do
Roman9smo
para
construção
da
iden9dade
da
nação
é
a
possibilidade
de
apresentar
uma
dimensão
desconhecida
da
natureza
nacional,
marcada
pelo
subdesenvolvimento
e
pela
falta
de
perspec9va
de
renovação.
consciência
da
exploração
da
terra
pelos
colonizadores
e
pela
classe
dominante
local,
o
que
coibiu
a
exploração
desenfreada
das
riquezas
naturais
do
país.
construção,
em
linguagem
simples,
realista
e
documental,
sem
fantasia
ou
exaltação,
de
uma
imagem
da
terra
que
revelou
o
quanto
é
grandiosa
a
natureza
brasileira.
expansão
dos
limites
geográficos
da
terra,
que
promoveu
o
sen9mento
de
unidade
do
território
nacional
e
deu
a
conhecer
os
lugares
mais
distantes
do
Brasil
aos
brasileiros.
valorização
da
vida
urbana
e
do
progresso,
em
detrimento
do
interior
do
Brasil,
formulando
um
conceito
de
nação
centrado
nos
modelos
da
nascente
burguesia
brasileira.
32. SOLUÇÃO COMENTADA
o romantismo brasileiro
Inocência
é
um
exemplar
do
romance
regionalista
do
Roman9smo
Brasileiro,
cuja
intenção
é
a
de
mostrar
os
quatro
cantos
do
país
e
o
de
registrar
os
costumes,
a
linguagem,
a
paisagem
e
os
9pos
humanos
do
verdadeiro
Brasil,
o
do
interior.
Posto
isso,
assinale-‐se
a
alterna9va
“d”.