2. TEXTO
revisional de literatura brasileira
São
os
filhos
do
deserto
Onde
a
terra
esposa
a
luz.
Onde
voa
em
campo
aberto
A
tribo
dos
homens
nus…
São
os
guerreiros
ousados,
Que
com
os
>gres
mosqueados
Combatem
na
solidão…
Homens
simples,
fortes,
bravos…
Hoje
míseros
escravos
Sem
ar,
sem
luz,
sem
razão.
ALVES,
Castro.
Navio
negreiro.
São
Paulo:
Ediouro,
2001.
Fragmento.
3. QUESTÃO 01
revisional de literatura
(Professor
Márcio
Moraes)
Assinale
a
alterna>va
INCORRETA
com
relação
ao
sen>do
expresso
pelos
versos
transcritos.
a)
Há
uma
visão
an>té>ca
nos
versos,
em
que
se
colocam
em
oposição
duas
terras
distantes.
b)
O
tempo
do
ontem
e
do
hoje
aparecem,
respec>vamente,
com
a
ideia
de
liberdade
e
escravidão.
c)
A
imagem
do
índio,
implícita
no
quarto
verso,
comprova
a
ineficácia
da
escravidão
indígena,
por
isso
a
necessidade
de
recorrer
aos
negros
africanos.
d)
O
úl>mo
verso
traz
a
imagem
desumanizada
do
negro
no
contexto
escravocrata.
4. SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de literatura
Não
há
referência
alguma
aos
índios
no
fragmento
transcrito.
Marque-‐se
a
alterna>va
“c”.
5. QUESTÃO 02
revisional de literatura
(Professor
Márcio
Moraes)
Todas
as
caracterís>cas
abaixo
se
aplicam
a
Castro
Alves,
EXCETO:
a)
U>lização
de
recursos
es>lí>cos
sonoros
em
seus
versos.
b)
Poesia
voltada
para
a
problemá>ca
social.
c)
Recorrência
a
apóstrofes,
as
quais
chamam
a
atenção
do
leitor.
d)
Defesa
da
segregação
racial
em
prol
dos
negros.
6. SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de literatura
Não
há
defesa
da
segregação
racial,
mas
sim
da
igualdade
entre
os
povos
na
poesia
de
Castro
Alves.
7. TEXTO
revisional de literatura brasileira
Era
um
sonho
dantesco...
o
tombadilho
Que
das
luzernas
avermelha
o
brilho.
Em
sangue
a
se
banhar.
Tinir
de
ferros...
estalar
de
açoite...
Legiões
de
homens
negros
como
a
noite,
Horrendos
a
dançar...
Negras
mulheres,
suspendendo
às
tetas
Magras
crianças,
cujas
bocas
pretas
Rega
o
sangue
das
mães:
Outras
moças,
mas
nuas
e
espantadas,
No
turbilhão
de
espectros
arrastadas,
Em
ânsia
e
mágoa
vãs!
ALVES,
Castro.
Navio
negreiro.
São
Paulo:
Ediouro,
2001.
Fragmento.
8. QUESTÃO 03
revisional de literatura
(Professor
Márcio
Moraes)
Tendo
como
base
a
leitura
das
estrofes
acima,
marque
o
comentário
INCORRETO.
a)
O
uso
de
re>cências
contribui
para
gerar
o
sen>mento
de
espanto
e
de
horror
diante
de
tão
infame
quadro.
b)
Na
primeira
estrofe,
há
um
exemplo
de
hipérbole,
que
visa
a
intensificar
o
mardrio
dos
negros.
c)
A
referência
intertextual
à
Divina
comédia
traz
uma
analogia
ao
inferno
descrito
na
obra
do
italiano.
d)
Para
entreter
os
marinheiros,
os
negros
>nham
o
hábito
de
dançar
após
serem
cas>gados
com
açoites.
10. TEXTO
revisional de literatura brasileira
Senhor
Deus
dos
desgraçados!
Dizei-‐me
vós,
Senhor
Deus!
Se
é
loucura...
se
é
verdade
Tanto
horror
perante
os
céus?!
Ó
mar,
por
que
não
apagas
Co'a
esponja
de
tuas
vagas
De
teu
manto
este
borrão?...
Astros!
noites!
tempestades!
Rolai
das
imensidades!
Varrei
os
mares,
tufão!
ALVES,
Castro.
Navio
negreiro.
São
Paulo:
Ediouro,
2001.
Fragmento.
11. QUESTÃO 04
revisional de literatura
(Professor
Mário
Moraes)
Assinale
o
comentario
INCORRETO
acerca
do
fragmento
lido
anteriormente.
a)
Esta
estrofe
inicia
e
termina
a
quinta
parte
do
poema.
b)
Deus
não
ouve
o
clamor
dos
escravos,
pois
são
seres
desgraçados
pelo
sinal
do
pecado.
c)
A
escravidão
é
a
mancha
que
maculou
o
mar,
cujo
azul
espelha
o
céu.
d)
O
eu
lírico
evoca
elementos
naturais
de
força,
como
tempestades,
tufões
e
o
próprio
mar,
no
desejo
de
ver
ex>nta
a
prá>ca
do
tráfico
de
escravos.
13. QUESTÃO 05
revisional de literatura
(Profesor
Márcio
Moraes)
Todas
as
afirmações
estão
corretas
acerca
do
poema
“Navio
negreiro”,
de
Castro
Alves,
EXCETO
a)
O
poema
também
explicita
a
voz
de
um
poeta
que
se
coloca
como
sujeito
de
seu
tempo
e
lança
mão
dos
ideais
de
liberdade
contra
o
corvo
da
escravidão
que
manchava
toda
a
peisagem
das
terras
americanas.
b)
A
linguagem
do
poema
expressa
a
grandiosidade
e
o
drama
de
um
“eu”
que
se
sente
indignado
com
os
sofrimentos
e
com
o
horror.
c)
As
terras
africanas
figuram
como
espaço
da
“liberdade”,
enquanto
que
o
Brasil
figura
como
o
lugar
do
ca>veiro,
por
isso
o
eu
lírico
externa
a
rebeldia
do
escravo
numa
luta
sanguinária
pela
sua
liberdade
e
pela
sua
dignidade
em
terra
estrangeira.
d)
Os
contrastes
entre
céu
e
mar
são
explorados
quando
os
homens
são
representados
como
livres
no
passado,
e
agora
escravos
no
porão
do
navio
que
os
conduz
para
um
des>no
certo:
a
escravidão
e
a
morte.
14. SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de literatura
Não
há
referências
à
luta
dos
escravos
por
sua
liberdade.
Marque-‐se
a
letra
“c”.
15. TEXTO
revisional de literatura
Existe
um
povo
que
a
bandeira
empresta
P'ra
cobrir
tanta
infâmia
e
cobardia!...
E
deixa-‐a
transformar-‐se
nessa
festa
Em
manto
impuro
de
bacante
fria!...
Meu
Deus!
meu
Deus!
mas
que
bandeira
é
esta,
Que
impudente
na
gávea
tripudia?
Silêncio.
Musa...
chora,
e
chora
tanto
Que
o
pavilhão
se
lave
no
teu
pranto!...
Auriverde
pendão
de
minha
terra,
Que
a
brisa
do
Brasil
beija
e
balança,
Estandarte
que
a
luz
do
sol
encerra
E
as
promessas
divinas
da
esperança...
Tu
que,
da
liberdade
após
a
guerra,
Foste
hasteado
dos
heróis
na
lança
Antes
te
houvessem
roto
na
batalha,
Que
servires
a
um
povo
de
mortalha!...
Fatalidade
atroz
que
a
mente
esmaga!
Ex>ngue
nesta
hora
o
brigue
imundo
O
trilho
que
Colombo
abriu
nas
vagas,
Como
um
íris
no
pélago
profundo!
Mas
é
infâmia
demais!
...
Da
etérea
plaga
Levantai-‐vos,
heróis
do
Novo
Mundo!
Andrada!
arranca
esse
pendão
dos
ares!
Colombo!
fecha
a
porta
dos
teus
mares!
ALVES,
Castro.
Navio
negreiro.
São
Paulo:
Ediouro,
2001.
Fragmento.
16. QUESTÃO 06
revisional de literatura
A
leitura
do
momento
histórico,
polí>co
e
social
é
um
dos
pontos
altos
de
“Navio
negreiro”.
Indique,
dentre
os
períodos
indicados
abaixo,
o
que
não
aparece
referido
no
fragmento
transcrito.
a)
A
Era
dos
Descobrimentos.
b)
A
Independência
do
Brasil.
c)
A
Guerra
do
Paraguai.
d)
A
Confederação
do
Equador.
17. SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de literatura
Não
há
menção,
no
fragmento
citado,
à
Confederação
do
Equador.
Marque-‐se
a
letra
“d”.
A
referência
à
Guerra
do
Paraguai
aparece
na
segunda
estrofe
[Tu
que
da
liberdade
após
a
guerra].
Os
dois
úl>mos
versos
da
terceira
estrofe,
ao
invocarem
Colombo
e
Andrada,
acabam
por
configurar
diante
do
leitor
as
referências
à
Era
dos
Descobrimentos
e
à
Independência
do
Brasil.
18. TEXTO
revisional de literatura
São
os
filhos
do
deserto
Onde
a
terra
esposa
a
luz.
Onde
voa
em
campo
aberto
A
tribo
dos
homens
nus...
São
os
guerreiros
ousados,
Que
com
os
>gres
mosqueados
Combatem
na
solidão...
Homens
simples,
fortes,
bravos
...
Hoje
míseros
escravos
Sem
ar,
sem
luz,
sem
razão…
ALVES,
Castro.
Navio
negreiro.
Fragmento.
Disponível
em:
hmp://manoelneves.com.
19. QUESTÃO 07
revisional de literatura
Assinale
a
alterna>va
correta
com
relação
ao
sen>do
expresso
pelos
versos
transcritos.
a)
Descreve
a
vida
dos
escravos
nas
fazendas.
b)
Saúda
a
liberdade
decorrente
da
abolição
da
escravatura.
c)
Salienta
a
integração
dos
negros
com
os
índios.
d)
Compara
o
negro
livre,
na
África,
com
o
negro
escravizado
no
Brasil.
e)
Propõe
que
os
homens
se
tornem
escravos
por
quererem
fugir
do
deserto.
20. SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de literatura
O
único
comentário
per>nente
em
relação
ao
fragmento
do
poema
é
o
transcrito
na
letra
“d”.
21. TEXTO
revisional de literatura
Era
um
sonho
dantesco...
o
tombadilho
Que
das
luzernas
avermelha
o
brilho.
Em
sangue
a
se
banhar.
Tinir
de
ferros...
estalar
de
açoite...
Legiões
de
homens
negros
como
a
noite,
Horrendos
a
dançar...
ALVES,
Castro.
Navio
negreiro.
Fragmento.
Disponível
em:
hmp://manoelneves.com.
22. QUESTÃO 08
revisional de literatura
(UFV)
Aponte
a
alterna>va
que
NÃO
se
aplica
ao
texto:
a)
O
sonho
dantesco
a
que
se
refere
o
poeta
compõe-‐se
de
figuras
humanas,
os
escravos.
b)
Sonho
dantesco
remete
às
cenas
horríveis
do
“Inferno”,
descritas
na
Divina
comédia,
de
Dante
Alighieri.
c)
O
sonho
dantesco
expressa
a
indignação
do
eu-‐lírico
diante
do
desajuste
opressor/oprimido
da
sociedade
brasileira
do
século
XIX.
d)
A
expressão
sonho
dantesco
conota
a
recusa
em
admi>r
que
o
que
se
via
era
real.
e)
O
sonho
dantesco
é
o
resultado
da
inadaptação
do
poeta
ao
mundo,
devido
a
seus
conflitos
exclusivamente
interiores.
23. SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de literatura
A
expressão
em
análise
nesta
questão
intertextualiza
com
a
Divina
comédia,
de
Dante,
e
visa
a
expressar
a
indignação
e
o
asco
que
o
sujeito
poé>co
sente
pela
cena
apresentada
–
o
translado
dos
africanos
[escravizados]
para
as
terras
americanas.
No
poema
“Navio
negreiro”,
do
qual
se
extraiu
o
trecho
citado
anteriormente,
a
expressão
poé>ca
se
volta
para
o
mundo
exterior
e
não
para
a
interioridade,
apesar
de
que,
para
falar
do
sofrimento
dos
negros,
o
locutor
construa
um
discurso
altamente
subje>vo
e
emocional.
Marque-‐se,
pois,
a
alterna>va
“e”.