1. HISTÓRIA DA LITERATURA
Manoel Neves
FERREIRA GULLAR E O NEOCONCRETISMO

2. O NEOCONCRETISMO: 1959

3. LINHAS GERAIS DO NEOCONCRETISMO
aproxima-se o trabalho artístico do industrial;
afastamento de qualquer conotação simbólica ou lírica;
estrutura e planos relacionados;
formas seriadas e geométricas.

4. CASTRO, Amílcar de. Sem título, 1970. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 03 jan. 2016.

5. CLARK, Lygia. Bicho, 1960. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 03 jan. 2016.

6. CLARK, Lygia. Bicho. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 03 jan. 2016.

7. OITICICA, Hélio. Metaesquema 19. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 03 jan. 2016.

8. CLARK, Lygia. Caranguejo, 1960. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 03 jan. 2016.

9. OITICICA, Hélio. Metaesquema 169. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 03 jan. 2016.

10. CLARK, Lygia. Sem título. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 03 jan. 2016.

11. CASTRO, Amílcar de. Escultura no Hall das Bandeiras da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, 1988. Disponível em:
http://www.wikiart.org. Acesso em: 03 jan. 2016.

12. CASTRO, Amílcar de. Sem título, 2000. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 03 jan. 2016.

13. CLARK, Lygia. Trepante, 1965. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 03 jan. 2016.

14. OITICICA, Hélio. Magic square #5, de luxe. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 03 jan. 2016.

15. A POESIA DE FERREIRA GULLAR

16. LINHAS GERAIS
o poema é um objeto artístico [a palavra é o suporte];
engajamento: luta contra a opressão e a injustiça social;
aborda problemas sociais oriundos da guerra fria;
denúncias: lutas sociais, tecnocracia, Ditadura Civil-Militar, capitalismo.

17. COLETÂNEA

18. GULLAR, Ferreira. Mar azul. In.: Literatura comentada. São Paulo: Abril Cultural, 1988.
mar azul
mar azul marco azul
mar azul marco azul barco azul
mar azul marco azul barco azul arco azul
mar azul marco azul barco azul arco azul ar azul

19. Entre lojas de flores e de sapatos, bares,
mercados, butiques
viajo
num ônibus Estada de Ferro – Leblon
Volto do trabalho, a noite em meio,
fatigado de mentiras.
O ônibus sacoleja. Adeus, Rimbaud,
relógio de lilases, concretismo,
neoconcretismo, ficções de juventude, adeus,
que a vida
eu a compor à vista aos donos do mundo.
Ao peso dos impostos, o verso sufoca,
a poesia agora responde a inquérito policial-
militar.

20. Digo adeus à ilusão
Mas não ao mundo. Mas não à vida,
Meu reduto e meu reino.
Do salário injusto,
da punição injusta,
da humilhação, da tortura,
do terror,
retiramos algo e com ele construímos um artefato
um poema
uma bandeira.
GULLAR, Ferreira. Agosto de 1964. In.: Literatura comentada. São Paulo: Abril Cultural, 1988.

21. O branco açúcar que adoçará meu café
Nesta manhã de Ipanema
Não foi produzido por mim
Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
[...]
Em lugares distantes, onde não há hospital,
Nem escola, homens que não sabem ler e
morrem de fome aos 27 anos
Plantaram e colheram a cana
Que viraria açúcar.
Em usinas escuras, homens de vida amarga
E dura
Produziram este açúcar
Branco e puro
Com que adoço meu café esta manhã
Em Ipanema.
GULLAR, Ferreira. Açúcar. In.: Literatura comentada. São Paulo: Abril Cultural, 1988.