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No começo do século XIX, a Alemanha se resumia a uma série de Estados
independentes que integravam a chamada Confederação Germânica. Do
ponto de vista político, essa confederação era marcadamente reconhecida
pela forte influência dos austríacos. Por outro lado, a Prússia, outra integrante
da confederação, almejava interromper a hegemonia da Áustria por meio da
unificação definitiva dos territórios alemães.
Para que isso fosse possível, o governo prussiano realizou inicialmente um
amplo acordo de cooperação econômica entre os vários Estados Germânicos.
Conhecido como Zollverein, essa política de cooperação econômica foi
marcada pelo isolamento do Império Austríaco e o gradual fortalecimento das
atividades comerciais e da indústria entre os demais governos alemães. Nesse
contexto, a Prússia reunia condições para firmar oposição contra a antiga
hegemonia austríaca.
No ano de 1861, a Prússia deu outro importante passo para a unificação
quando o kaiser Guilherme I convidou Otto Von Bismarck para compor seu
ministério. Apesar de não ter vínculos com a burguesia industrial, esse político
era favorável ao processo de unificação dos Estados alemães. Dessa forma,
Bismarck tomou medidas a fim de preparar os prussianos para uma vindoura
série de conflitos militares que facilitariam a tão desejada unificação.
A primeira dessas guerras aconteceu contra a Dinamarca, que exercia domínio
político sobre os ducados germânicos Schleswig e Holstein. Nesse conflito,
Bismarck buscou o apoio militar dos austríacos em troca de compensações
territoriais. Contudo, após vencer os dinamarqueses, o governo prussiano
recusou propositalmente a ceder parte dos territórios conquistados à Áustria.
Dessa forma, uma nova luta pela unificação seria justificada.
No ano de 1866, o moderno exército prussiano invadiu e devastou os
territórios austríacos na Guerra das Sete Semanas. Por meio desta significativa
conquista, os prussianos exerceram papel central na chamada Confederação
Germânica do Norte. Nesse momento, bastava aos alemães conquistarem os
territórios ao sul que se encontravam sob o controle do governo da França.
Entretanto, faltava uma nova justificativa para que esse confronto se
concretizasse.
Em 1870, uma revolução havia deixado vago o trono da Espanha. Nesse
contexto, a liderança do governo hispânico fora oferecida para o príncipe
Leopoldo Hohenzollen, parente do rei da Prússia. Temendo a ampliação da
influência prussiana, o rei francês Napoleão III exigiu que o governo da Prússia
descartasse a candidatura de Leopoldo. Em reposta ao pedido de Napoleão,
fora enviado um telegrama ofensivo que havia sido adulterado pelo ministro
Otto Von Bismarck.
O estratagema do ministro foi suficiente para que as populações alemãs e
francesas exigissem uma resposta militar ao episódio. Mais uma vez, contando
com inquestionável superioridade bélica, as tropas prussianas venceram os
conflitos que garantiram o controle sobre as valiosas regiões da Alsácia e
Lorena. Além disso, conforme especificado pelo Tratado de Frankfurt, os
franceses foram obrigados a assistir a oficialização do Segundo Reich no
próprio Palácio de Versalhes.
Dessa forma, a unificação alemã foi concluída e abriu caminho para que este
novo Estado pudesse ampliar seu parque industrial e fortalecer sua economia.
Nesse contexto, o governo alemão passou a se envolver nas disputas
imperialistas que marcaram a exploração de territórios afro-asiáticos. Com o
passar das décadas, o acirramento de tal disputa seria um dos cenários que
antecedem a Primeira Guerra Mundial.
FORMAÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS
A instalação das monarquias espanhola e portuguesa é usualmente compreendida
a partir das guerras que tentaram expulsar os muçulmanos da Península Ibérica.
Desde o século VIII os árabes haviam dominado boa parte do território ibérico em
função da expansão muçulmana ocorrida no final da Alta Idade Média.
Os reinos de Leão, Castela, Navarra e Aragão juntaram forças para uma longa
guerra que chegou ao fim somente no século XV. Nesse processo, os reinos
participantes desta guerra buscaram o auxílio do nobre francês Henrique de
Borgonha que, em troca, recebeu terras do chamado condado Portucalense e
casou-se com Dona Teresa, filha ilegítima do rei de Leão. Após a morte de
Henrique de Borgonha, seu filho, Afonso Henriques, lutou pela autonomia política
do condado.
A partir desse momento, a primeira dinastia monárquica se consolidou no
Condado Portucalense dando continuidade ao processo de expulsão dos
muçulmanos. As terras conquistadas eram diretamente controladas pela
autoridade do rei, que não concedia a posse hereditária dos feudos cedidos aos
membros da nobreza. Paralelamente, a classe burguesa se consolidou pela
importante posição geográfica na circulação de mercadorias entre o Mar
Mediterrâneo e o Mar do Norte.
Otto Von Bismarck: peça fundamental para que a
unificação dos estados alemães acontecesse.
Unificação Alemã sob Bismarck

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Unificação Alemã sob Bismarck

  • 1. No começo do século XIX, a Alemanha se resumia a uma série de Estados independentes que integravam a chamada Confederação Germânica. Do ponto de vista político, essa confederação era marcadamente reconhecida pela forte influência dos austríacos. Por outro lado, a Prússia, outra integrante da confederação, almejava interromper a hegemonia da Áustria por meio da unificação definitiva dos territórios alemães. Para que isso fosse possível, o governo prussiano realizou inicialmente um amplo acordo de cooperação econômica entre os vários Estados Germânicos. Conhecido como Zollverein, essa política de cooperação econômica foi marcada pelo isolamento do Império Austríaco e o gradual fortalecimento das atividades comerciais e da indústria entre os demais governos alemães. Nesse contexto, a Prússia reunia condições para firmar oposição contra a antiga hegemonia austríaca. No ano de 1861, a Prússia deu outro importante passo para a unificação quando o kaiser Guilherme I convidou Otto Von Bismarck para compor seu ministério. Apesar de não ter vínculos com a burguesia industrial, esse político era favorável ao processo de unificação dos Estados alemães. Dessa forma, Bismarck tomou medidas a fim de preparar os prussianos para uma vindoura série de conflitos militares que facilitariam a tão desejada unificação.
  • 2. A primeira dessas guerras aconteceu contra a Dinamarca, que exercia domínio político sobre os ducados germânicos Schleswig e Holstein. Nesse conflito, Bismarck buscou o apoio militar dos austríacos em troca de compensações territoriais. Contudo, após vencer os dinamarqueses, o governo prussiano recusou propositalmente a ceder parte dos territórios conquistados à Áustria. Dessa forma, uma nova luta pela unificação seria justificada. No ano de 1866, o moderno exército prussiano invadiu e devastou os territórios austríacos na Guerra das Sete Semanas. Por meio desta significativa conquista, os prussianos exerceram papel central na chamada Confederação Germânica do Norte. Nesse momento, bastava aos alemães conquistarem os territórios ao sul que se encontravam sob o controle do governo da França. Entretanto, faltava uma nova justificativa para que esse confronto se concretizasse. Em 1870, uma revolução havia deixado vago o trono da Espanha. Nesse contexto, a liderança do governo hispânico fora oferecida para o príncipe Leopoldo Hohenzollen, parente do rei da Prússia. Temendo a ampliação da influência prussiana, o rei francês Napoleão III exigiu que o governo da Prússia descartasse a candidatura de Leopoldo. Em reposta ao pedido de Napoleão, fora enviado um telegrama ofensivo que havia sido adulterado pelo ministro Otto Von Bismarck.
  • 3. O estratagema do ministro foi suficiente para que as populações alemãs e francesas exigissem uma resposta militar ao episódio. Mais uma vez, contando com inquestionável superioridade bélica, as tropas prussianas venceram os conflitos que garantiram o controle sobre as valiosas regiões da Alsácia e Lorena. Além disso, conforme especificado pelo Tratado de Frankfurt, os franceses foram obrigados a assistir a oficialização do Segundo Reich no próprio Palácio de Versalhes. Dessa forma, a unificação alemã foi concluída e abriu caminho para que este novo Estado pudesse ampliar seu parque industrial e fortalecer sua economia. Nesse contexto, o governo alemão passou a se envolver nas disputas imperialistas que marcaram a exploração de territórios afro-asiáticos. Com o passar das décadas, o acirramento de tal disputa seria um dos cenários que antecedem a Primeira Guerra Mundial.
  • 4. FORMAÇÃO DO ESTADO PORTUGUÊS A instalação das monarquias espanhola e portuguesa é usualmente compreendida a partir das guerras que tentaram expulsar os muçulmanos da Península Ibérica. Desde o século VIII os árabes haviam dominado boa parte do território ibérico em função da expansão muçulmana ocorrida no final da Alta Idade Média. Os reinos de Leão, Castela, Navarra e Aragão juntaram forças para uma longa guerra que chegou ao fim somente no século XV. Nesse processo, os reinos participantes desta guerra buscaram o auxílio do nobre francês Henrique de Borgonha que, em troca, recebeu terras do chamado condado Portucalense e casou-se com Dona Teresa, filha ilegítima do rei de Leão. Após a morte de Henrique de Borgonha, seu filho, Afonso Henriques, lutou pela autonomia política do condado. A partir desse momento, a primeira dinastia monárquica se consolidou no Condado Portucalense dando continuidade ao processo de expulsão dos muçulmanos. As terras conquistadas eram diretamente controladas pela autoridade do rei, que não concedia a posse hereditária dos feudos cedidos aos membros da nobreza. Paralelamente, a classe burguesa se consolidou pela importante posição geográfica na circulação de mercadorias entre o Mar Mediterrâneo e o Mar do Norte.
  • 5.
  • 6. Otto Von Bismarck: peça fundamental para que a unificação dos estados alemães acontecesse.