1) O Conselho Deliberativo do Náutico afastou o superintendente do Centro de Treinamento por 5 meses sem justificativa válida.
2) O superintendente prestou contas regularmente e não descumpriu o estatuto do clube.
3) A Diretoria do Náutico vai avaliar rigorosamente a decisão do Conselho para garantir a defesa do superintendente.
2. A respeito da nota divulgada, na última sexta-feira, por oito membros do Conselho
Deliberativo do Náutico justificando a decisão de afastar por cinco meses o
superintendente do Centro do Treinamento Daniel Hazin, a Diretoria do CNC informa que
há equívocos e inverdades nos itens listados. Prezando pela transparência, a Direção
Alvirrubra sente-se na obrigação de esclarecer que:
(imagens antigas do CT)
NOTA DE ESCLARECIMENTO
PARA A IMPRENSA
Na nota, os oito membros do Conselho informam que todo o processo contra
Daniel Hazin se iniciou em 11 de abril, quando conselheiros visitaram o CT e o
encontraram “em estado lastimável”. Acontece que as fotos foram tiradas dias após a
realização da Taça Nordeste de Beisebol, em que houve grande desgaste do campo em
virtude das partidas, como é natural. Na sequência, o campo foi plenamente recuperado
– dado que não consta no relatório da comissão instituída pelo Conselho Deliberativo.
Abaixo, algumas fotos recentes do CT comprovam que o local está conservado, mesmo
diante das chuvas que prejudicam sua manutenção e mesmo com o corte no repasse de
recursos (80%) por parte do Conselho desde abril passado.
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4. (imagem atual do CT)
Alegam que “o gestor não prestava contas a este conselho desde setembro de
2014 até o mês das visitas (11 e 14 de abril)”. Daniel Hazin informa que a prestação de
contas ocorreu pessoalmente, em reuniões do Conselho e comprováveis nas atas, até
dezembro de 2014. Como ocorreram reuniões em que a prestação de contas do CT foram
pautadas, mas adiadas por decisão do Conselho em virtude de outras pautas, o
superintendente do Centro de Treinamento passou a enviar os documentos impressos e
protocolados. Em 2015 houve as prestações de contas bimestrais em fevereiro
(pessoalmente) em abril (dia 16) e em julho – as duas últimas impressas e protocoladas
no CD. O balanço anual 2014 foi entregue ao presidente do CD em 13 de abril.
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Diretoria do Náutico
5.
6.
7. Argumentam que houve “demora na apresentação da previsão orçamentária até o
final do ano”, solicitada no dia 18 de maio como condição para liberação de verbas. A
previsão completa, com serviços e obras que precisariam ser realizados e estimativa de
custos, bem como previsão das receitas, foi entregue no dia 10 de junho.
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Alegam que houve “não cumprimento com o estatuto do clube”. A Direção do
Náutico desconhece qualquer artigo que tenha sido descumprido por Daniel Hazin, que
está sendo acusado por negligência (acusação refutada pelo Executivo). Até o momento,
a Direção do Náutico não foi comunicada sobre qual artigo do estatuto teria sido
descumprido.
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Dizem que faltou “apresentação da documentação específica ao Conselho Fiscal”.
Como já dito, todas as prestações de conta foram feitas regularmente.
5Na nota afirmam que “decorrido quatro meses da primeira visita, nada havia sido
feito para a recuperação do referido Centro de Treinamento exceto, o campo 1 com verba
liberada por este Conselho Deliberativo”. É preciso lembrar que o CD cortou 80% do
repasse de verbas para o CT e solicitou um plano de reparo e obras como condição para
liberar recursos. O plano foi apresentado. O Conselho manteve o corte das receitas e a
cobrança pela execução dos serviços elencados no plano. O recurso a mais liberado foi
somente para a manutenção do campo 1 – que foi realizada. O contrassenso é cobrar
obras e serviços para os quais os recursos não foram liberados.
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Afirmam ainda que o superintendente antecessor, atual conselheiro João Guerra,
apresentou todas as prestações de conta no período em que esteve à frente do CT. A
Diretoria do Náutico solicitou hoje o envio dos pareceres assinados pelos membros do
Conselho Fiscal de todas as prestações de contas do CT no período de 2009 a 2012. As
mesmas foram cobradas em agosto de 2013 pelo conselheiro Francisco Dacal, e até
fevereiro de 2014 ainda não haviam sido apresentadas como comprovado em
requerimento e email abaixo.
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8.
9. Consideram descabida a informação de que a decisão do Conselho da última
quinta-feira possa atrapalhar o desempenho do futebol profissional. Acontece que
quando o Conselho Deliberativo toma uma decisão sem embasamento legal, como foi a
de suspender por cinco meses o superintendente do Centro de Treinamento, cria uma
situação de insegurança jurídico-administrativa que reverbera não apenas na direção,
mas também nos funcionários do Clube. Fica o receio de que outras medidas sem
respaldo sejam adotadas a qualquer hora. Essa insegurança se reflete no trabalho de
todos, inclusive dos jogadores e da comissão técnica.
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10. Ressaltam que “vários conselheiros vêm contribuindo com premiações nos jogos
vitoriosos do Náutico”. Realmente há o esforço de vários conselheiros em ajudar
financeiramente o Clube, aos quais agradecemos. Esses conselheiros contribuintes se
juntam aos diretores do Executivo, aos torcedores e às entidades que conseguem reunir
a verba necessária para pagar aos jogadores nas vitórias do time. A todos, o nosso
sincero agradecimento.
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Falam que a decisão não teve motivação política. Questiona-se, então, qual seria a
motivação para punir tão gravemente um membro do Executivo que tantas melhorias já
fez no Centro de Treinamento e presta contas regularmente. Um superintendente que
apresentou, no início da gestão, um relatório detalhado de todos os problemas
existentes no CT e que hoje estão quase todos solucionados. Um superintendente que
não infringiu nenhum artigo do estatuto do Clube e que mesmo assim está sendo
afastado por todo o restante do período desta gestão – o que equivale a uma destituição.
Pelo exposto, a Direção do Clube Náutico Capibaribe compreende que não há razão para
punir Daniel Hazin e aguarda o recebimento de todo o processo e das informações
adicionais que estão sendo requeridas para exercer o direito de plena defesa, verificando
a eficácia e legalidade da deliberação.
Por fim, queremos esclarecer que temos respeito pela instituição do Conselho
Deliberativo do Náutico e que sempre cumprimos suas decisões adotadas em acordo com
o estatuto, e assim prosseguiremos. A punição imputada a Daniel Hazin com a aprovação
de 23 conselheiros será rigorosamente avaliada pelo Executivo seguindo todas as
previsões estatutárias.
Informamos aos torcedores sobre o ocorrido por acreditarmos que precisávamos
esclarecer o porquê de um membro da gestão ter sido afastado de suas funções pelo
Conselho Deliberativo. O rigor da pena exige explicação. A torcida tem o direito de saber,
e a Diretoria não poderia se omitir diante de um caso que entende como injusto.
Diretoria do Náutico
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