Dueto A Ti Regresso, Mar José Saramago & A Ti Regresso, Mar Eigénio De Sá.ppsx
A ti regresso, Mar, ao gosto forte
Do sal que o vento traz à minha boca,
À tua claridade, a esta sorte
Que me foi dada de esquecer a
morte
Sabendo embora como a vida é
pouca.
A ti regresso, Mar, corpo
deitado,
Ao teu poder de paz e
tempestade,
Ao teu clamor de deus
acorrentado,
De terra feminina rodeado,
Prisioneiro da própria
A ti regresso, Mar, como quem
sabe
Dessa tua lição tirar proveito.
E antes que esta vida se me acabe,
De toda a água que na terra cabe
Em vontade tornada, armado o
peito.
A ti regresso, Mar, ao gosto
forte
Do sal que o vento traz à minha
boca,
À tua claridade, a esta sorte
Que me foi dada de esquecer a
morte
Sabendo embora como a vida é
pouca.
A ti regresso, Mar, corpo
deitado,
Ao teu poder de paz e
tempestade,
Ao teu clamor de deus
De terra feminina rodeado,
Prisioneiro da própria liberdade.
A ti regresso, Mar, como quem sabe
Dessa tua lição tirar proveito.
E antes que esta vida se me acabe,
De toda a água que na terra cabe
Em vontade tornada, armado o peito.
A Ti Regresso, Mar
José Saramago
Azinhaga de Ribatejo-Distrito de Santarém
Portugal
Agora menos, que a idade manda
Mas sempre procuro recrear a alma
Olhando o Mar e o que por lá anda
Na mansidão da tarde, que me acalma
Ou se o vento é braveza, que desanda.
Agora menos do que foi outrora
Mas não resisto, Mar, a ver-te a cor;
Umas vezes torquesa promissora
Outras em verde escuro, e és temor
Mas deslumbrante nos alvores da
aurora.
A ti regresso, Mar, sempre
saudoso
Pois esquecer-te jamais poderia
Recordo as ondas que singrei
garboso
Em noites luarentas, ou de dia
Sinto-te a falta, Mar,
esplendoroso.
Agora menos, que a idade manda
Mas sempre procuro recrear a alma
Olhando o Mar e o que por lá anda
Na mansidão da tarde, que me
acalma
Ou se o vento é braveza, que
desanda.
Agora menos do que foi outrora
Mas não resisto, Mar, a ver-te a cor;
Umas vezes torquesa promissora
Outras em verde escuro, e és temor
Mas deslumbrante nos alvores da aurora.
A ti regresso, Mar, sempre saudoso
Pois esquecer-te jamais poderia
Recordo as ondas que singrei garboso
Em noites luarentas, ou de dia
Sinto-te a falta, Mar, esplendoroso.
A Ti Regresso,
Mar
Eugénio de Sá
Sintra – Portugal
03/3/2023
Eugénio de Sá
Sintra – Portugal
03/3/2023
José Saramago
Nasceu em 16-11-1922
Morreu em 18-06-2011
Formatação e Criação: Luzia Gabriele
E-mail: luziagabriele@hotmail.com
Texto: José Saramago & Eugénio de Sá
Imagens: Internet e Arquivo Pessoal
Música: Canção do Mar by Pelageya & Elmira Kalimulina
http://www.slideshare.net/luziagabriele
https://www.youtube.com/channel/UCAdCeCGHGTxtxQskj
l4zkow
Data: 04 de Março de 2023
Fortaleza-Ceará-Brasil