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               FACULDADE DE INFORMÁTICA - FACIN
ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS COM ÊNFASE EM TI




              LUIZ HENRIQUE RAUBER RODRIGUES




GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS ESTRATÉGICOS: PROPOSTA DE SOLUÇÃO
 PARA SELEÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS COM USO DE GESTÃO
 ESTRATÉGICA, GERENCIAMENTO DE PROJETOS E MÉTODOS ÁGEIS




                         Porto Alegre
                            2012
LUIZ HENRIQUE RAUBER RODRIGUES




GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS ESTRATÉGICOS: PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA
SELEÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS COM USO DE GESTÃO ESTRATÉGICA,
          GERENCIAMENTO DE PROJETOS E MÉTODOS ÁGEIS




                                Monografia apresentada a Faculdade de Informática da
                                Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,
                                Campus Porto Alegre, como requisito a obtenção do
                                grau de Especialista em Gerenciamento de Projetos
                                com Ênfase em TI.




                    Prof. Orientador: Adilson Pize




                            Porto Alegre
                               2012
LUIZ HENRIQUE RAUBER RODRIGUES




GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS ESTRATÉGICOS: PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA
SELEÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS COM USO DE GESTÃO ESTRATÉGICA,
          GERENCIAMENTO DE PROJETOS E MÉTODOS ÁGEIS


                                Monografia apresentada a Faculdade de Informática da
                                Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,
                                Campus Porto Alegre, como requisito a obtenção do
                                grau de Especialista em Gerenciamento de Projetos
                                com Ênfase em TI.




      Aprovada em ______ de ____________________ de __________.




                       BANCA EXAMINADORA:



           ___________________________________________
                     Prof. Adilson Pize - PMI-RS



           ____________________________________________
               Prof. Ms. José Ignácio Jaeger Neto - PMI-RS



          _____________________________________________
                Prof. Ms. Eduardo Meira Peres - PUCRS




                             Porto Alegre
                                2012
Dedico esta monografia a todos que desafiam-se a novas ideias,
                 jogando-se a elas contendo primordialmente o
                          auxílio daquele que sempre deve lhe
                                    apoiar incondicionalmente,
                                                 você mesmo.
AGRADECIMENTOS

      Parece engraçado, mas é difícil nomear a quem agradecer, pois são tantas
pessoas que passam em nossas vidas, que deixam-nos algum aprendizado que fica
guardando em algum canto do cérebro. Por vezes, no momento em que se recebeu este
aprendizado ele não foi útil e até passou despercebido a sua importância, mas cedo ou
tarde ele pode ser proveitoso, sendo uma lástima que ao se recordar, infelizmente não
fica uma ligação do mesmo com o cartão de visitas da pessoa que lhe passou, tendo-se
assim um conhecimento órfão e um agradecimento sem destino. Tentando evitar ao
máximo esquecer nomes, tenho a preferência de usar grupos, assim menciona-se todos
os membros, inclusos aqueles que realmente impactaram a minha trajetória até o
momento.
      Sem sombra de dúvidas, o primeiro grupo a quem devo todos os agradecimentos
desde o início da vida é a família, em especial meus pais, Luiz Francisco e Sueli e a
minha irmã Ana Cristina.
      Sou grato a todos os amigos e networking gerado principalmente por:
      − Grupo de Usuários de Software Livre Tchelinux.org;
      − Aos meus colegas desta 4º turma da pós-graduação;
      − Aos amigos que acreditaram em mim e na ideia de formar o GUGP (Grupo de
           Usuários de Gerenciamento de Projetos), que propiciou-me conhecer melhor o
           professor, colega de coordenação do GUGP, amigo e orientador para esta
           monografia, Adilson Pize, sendo grato a ele pela ajuda;
      − Ao PMI-RS (Project Management Institute) e a oportunidade de poder contribuir
           junto a organização do VII e VIII Seminário de Gerenciamento de Projetos e
           apresentar esta monografia como pôster no VII Seminário de Gerenciamento de
           Projetos, assim como aos amigos lá formados, que me passaram boas
           experiências de Gerenciamento de Projetos;
      − IIBA (International Institute of Business Analysis) Porto Alegre;
      − A várias comunidades de Agile/ Métodos Ágeis;
      − A vários Grupos de Usuários da Sucesu-RS.
“Tudo no mundo dos negócios ou é um projeto ou
                está relacionado a um projeto.”
                                Paul Dinsmore

   “Para projetos diferentes, cuidados diferentes”
                                     Darcy Prado

                       “Mantenha a Simplificade”
                                    Tom Peters
RESUMO

      Apesar das circunstâncias mudarem constantemente, o “jogo de cintura” não é
uma boa tática empresarial. Citando um exemplo de Carlos Alberto Júlio, seria o mesmo
comparando empresas à pessoas, ao olhar para aquele amigo boa vida que está
gastando o dinheiro dos pais, como sendo sendo aquela empresa que não se planeja,
ambos não pensam em seu futuro. Empresas devem pensar estrategicamente e
gerenciar seus projetos, mas para as micro e pequenas, que por muitas vezes nem
planejamento estratégico têm, esta é uma árdua tarefa.
      Pensando assim, esta monografia foi escrita baseada em estudo bibliográfico de
três assuntos. O primeiro sobre Modelos, Frameworks e/ou Métodos Ágeis, em segundo
o Gerenciamento de Projetos e em terceiro sobre Gestão Estratégica, no que tange ao
alinhamento dos projetos à estratégia da empresa. Com isso, objetiva-se elucidar uma
solução para a seleção e priorização de projetos alinhados à Gestão Estratégica e a
realização aplicando-se o Gerenciamento de Projetos com técnicas Ágeis.
      Esta solução objetiva contribuir para que as micros e pequenas empresas
obtenham vantagem competitiva e melhores resultados em seus negócios.


      Palavras-chave: Gestão Estratégica. Gerenciamento de Projetos. Métodos Ágeis.
ABSTRACT

      Despite the circumstances change constantly, "a hip" is not a good business tactic,
exemplified, citing an example of Carlos Alberto Julio would be comparing the same firms
to people, look for one good friend who is toasting the life money from parents, as being
the one company that does not plan to, both, do not think about their future.
      Companies must think strategically and manage their projects, but for micro and
small, which often do not have strategic planning, this is an arduous task.
      Thinking thus, this monograph was written based on bibliographical study of three
subjects, the first on Models, Frameworks and / or Agile, in accordance with the Project
Management, Strategic Management and on the third, regarding the alignment of projects
to company's strategy. Thus, the objective is to elucidate a solution to the selection and
prioritization of projects aligned to the strategic management, and performance by
applying        project         management           techniques         with        Agile.
      This solution aims to contribute to the micro and small companies to obtain
competitive advantage and better results in their business.


      Keywords: Strategic Management. Project Management. Agile.
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Representação geral da solução proposta.........................................................22
Figura 2 - Mapa Mental da Base Teórica............................................................................23
Figura 3 - Mapa Mental da Gerência Estratégica...............................................................25
Figura 4 – Diagrama de processo para fazer Planejamento Estratégico...........................26
Figura 5 - Comparação de resultados dos relatórios Chaos..............................................32
Figura 6 - Mapa Mental da Base de Práticas.....................................................................43
Figura 7 - Matriz de Ansoff..................................................................................................46
Figura 8 - Matriz SWOT......................................................................................................47
Figura 9 - Mapa Mental do Detalhamentos dos Projetos...................................................53
Figura 10 - Diagrama de Processo do Detalhamentos dos Projetos.................................54
Figura 11 - Mapa Mental do Projeto Realizar Checklist do Estudo de Caso......................56
Figura 12 - Mapa Mental do Projeto Realizar Checklists do Estudo de Caso....................57
Figura 13 - Matriz Ansoff do Projeto Realizar Checklist do Estudo de Caso.....................58
Figura 14 - Mapa mental da Seleção e Priorização de Projetos........................................59
Figura 15 - Diagrama de processo da Seleção e Priorização de Projetos.........................61
Figura 16 - Mapa Mental da Execução de Projetos............................................................65
Figura 17 - Diagrama de Processo da Execução de Projetos............................................66
Figura 18 - Quadro Kanban................................................................................................68
Sumário

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................12
1.1 OBJETIVOS...................................................................................................................14
1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................................14
1.1.2 Objetivos Específicos..................................................................................................15
1.2 METODOLOGIAS..........................................................................................................16
1.2.1 Pesquisa Bibliográfica.................................................................................................16
1.2.2 Desenvolvimento Da Solução.....................................................................................17
1.2.3 Estudo De Caso Da Solução......................................................................................18
1.3 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA.......................................................................................18

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO................................................................................................20
2.1 GESTÃO ESTRATÉGICA..............................................................................................22
2.1.1 Planejamento Estratégico...........................................................................................23
2.1.2 Aplicação De Gestão Estratégica Na Solução..........................................................26
2.2 GERENCIAMENTO DE PROJETOS.............................................................................26
2.2.1 Benefícios...................................................................................................................27
2.2.2 Atribuições...................................................................................................................28
2.2.3 PMBOK.......................................................................................................................29
2.2.4 Aplicação De Gerenciamento De Projetos Na Solução.............................................30
2.3 MÉTODOS ÁGEIS.........................................................................................................30
2.3.1 Onda Ágil....................................................................................................................32
2.3.2 Manifesto E Metodologias...........................................................................................33
2.3.3 Princípios Dos Métodos Ágeis....................................................................................33
2.3.4 Valores Do XP (Extreme Programming).....................................................................34
2.3.4.1 Comunicação ..........................................................................................................35
2.3.4.2 Simplicidade.............................................................................................................35
2.3.4.3 Feedback.................................................................................................................35
2.3.4.4 Coragem..................................................................................................................36
2.3.5 Papéis, Cerimônias E Artefatos Do Scrum.................................................................36
2.3.5.1 Papéis Do Scrum.....................................................................................................37
2.3.5.2 Cerimônias Do Scrum..............................................................................................38
2.3.5.3 Artefatos Do Scrum..................................................................................................38
2.3.6 Métodos Ágeis Em Gerenciamento De Projetos........................................................38
2.3.7 Princípios Dos Métodos Ágeis Em Gerenciamento De Projetos................................39

3 BASE PRÁTICA DA SOLUÇÃO........................................................................................42
3.1 MAPAS MENTAIS..........................................................................................................43
3.2 MATRIZ DE ANSOFF.....................................................................................................44
3.3 MATRIZ SWOT..............................................................................................................45
3.4 PONTUAÇÃO DE PROJETOS .....................................................................................46
3.5 PROJECT BACKLOG....................................................................................................47
3.6 DIAGRAMAS DE PROCESSO .....................................................................................48
3.7 REUNIÕES CURTAS.....................................................................................................48
3.8 INTEGRAÇÃO CONTÍNUA...........................................................................................49
3.9 RITMO SUSTENTÁVEL................................................................................................49
3.10 CONTEÚDO COLETIVO.............................................................................................50
3.11 EQUIPE AUTO-ORGANIZÁVEL..................................................................................50
3.12 RETROSPECTIVA/ FEEDBACK.................................................................................51
4 DETALHAMENTOS DOS PROJETOS.............................................................................52
4.1 DEFINIR ESCOPO........................................................................................................53
4.2 ESPECIFICAR EM MAPAS MENTAIS..........................................................................54
4.3 FAZER SWOT DO PROJETO.......................................................................................55
4.4 FAZER ANSOFF DOS PRODUTOS..............................................................................56

5 SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DE PROJETOS.................................................................58
5.1 DEFINIR CRITÉRIOS....................................................................................................61
5.2 PONTUAR......................................................................................................................62
5.3 SELECIONAR E PRIORIZAR........................................................................................63

6 EXECUÇÃO DE PROJETOS...........................................................................................64
6.1 PLANEJAR EXECUÇÃO DO PROJETO.......................................................................66
6.2 PLANEJAR EXECUÇÃO DA ATIVIDADE......................................................................68
6.3 EXECUTAR ATIVIDADE................................................................................................69
6.4 FINALIZAR ATIVIDADE.................................................................................................69
6.5 FINALIZAR PROJETO...................................................................................................70

7 CONCLUSÃO...................................................................................................................71
7.1 LIMITAÇÕES ESTUDO..................................................................................................72
7.2 TRABALHOS FUTUROS...............................................................................................73

REFERÊNCIAS...................................................................................................................74

ANEXO A – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO ESTUDO DE CASO.........................78

ANEXO B – DOCUMENTOS DE INFORMAÇÕES DOS PROJETOS DO ESTUDO DE
CASO...................................................................................................................................81

ANEXO C – PLANILHA DE SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DO ESTUDO DE CASO.......117
12

1 INTRODUÇÃO
      Hoje é comum dizer que o concorrente não é mais aquela empresa a metros
da sua e sim aquela empresa, não rara vezes, desconhecida e/ou de outro país, em
virtude do mundo cada vez mais globalizado. Neste ambiente de economia
globalizada, a competição empresarial é cada vez mais acirrada, comércio é
relativamente livre de tarifas e demais restrições são quase artificiais (HITT, 2001),
ocorrendo batalhas diárias, não corporais com mortalidade de pessoas, mas sim
batalhas entre empresas atrás de lucros, ocorrendo a mortalidade daquelas que
menos conseguem lucros.
      Do ambiente de antigas batalhas, como as travadas por Sun Tzu, a 2500
anos, se pode fazer uso de suas palavras “se conhecemos o inimigo e a nós
mesmos, não precisamos temer o resultado de uma centena de combates. Se nos
conhecemos, mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota. Se não
nos conhecemos nem ao inimigo, sucumbiremos em todas as batalhas.”
      Ou seja, o empresário deve conhecer a sua empresa e a dos concorrentes,
tendo a liberdade de ainda inserir o mercado. Deve-se conhecer onde sua empresa
está inserida para assim melhor posicionar suas vantagens e pontos a melhorar, a
fim de criar e gerir as melhores estratégias de crescimento com o uso de Gestão
Estratégica. Complementando, “A estratégia nunca foi tão importante quanto no
atual ambiente de negócios.” (KAPLAN, 2000, aba livro).
      Através de estratégias, compostas por projetos, os gerentes almejam
alcançar seus objetivos, como reforçar a posição da empresa no mercado,
promover a satisfação dos clientes e atingir metas de desempenho, (THOMPSON,
2000) dentre outros objetivos.
      As estratégias, traçadas no Planejamento Estratégico da empresa, com
metas ou objetivos de curto a longo prazo, objetivam que a empresa eleve sua
vantagem competitiva, “o planejamento estratégico é essencial para a saúde de
cada empresa. Um planejamento estratégico eficaz pode representar, a longo prazo,
a diferença entre o sucesso e o fracasso.” (KERZNER, 2002, p.107)
      O sucesso e o fracasso, dependem da vantagem competitiva por várias
fontes, como ter o produto mais bem produzido do mercado, ser capaz de
proporcionar serviço superior ao cliente, obter custos mais baixos que os rivais,
estar em uma localização geográfica mais conveniente, ter uma tecnologia
patenteada, características e estilos mais atraentes para o comprador, nome de
13

marca conhecido e reputação. Basicamente poder “proporcionar um valor maior
pelo dinheiro (combinação de boa qualidade, bom serviço e preço aceitável)”
(THOMPSON, 2000, p. 153) para o cliente.
      Outra vantagem impactante é ter o menor tempo de desenvolvimento, teste e
adequações, pois “um concorrente pode lançar antecipadamente um produto similar
e com melhor competitividade. Uma modificação na legislação pode tornar o
produto obsoleto” (PRADO, 2004, p. 196),        onde nesta vantagem, o uso de
Gerenciamento de Projetos tende a impactar diretamente e de forma positiva.
      O Gerenciamento de Projetos é aliado para este desempenho de lançamento
em menor tempo, sendo que a vantagem competitiva é que quanto mais cedo for
encerrado com sucesso um projeto e lançado o seu produto, melhor tende a ser o
seu resultado em termos de inovação, market share e oportuniza iniciar antes um
processo de melhoria continua deste produto.
      Pela sua importância no cenário atual, Gerenciamento de Projetos não está
mais sendo utilizado apenas para projetos de engenharia de construção, como em
sua origem, mas sim tendo utilização nas empresas de todos os tipos, por diversas
razões. Isto é o que às está alavancando ao sucesso. As empresas utilizam
Gerenciamento de Projetos como uma estratégia gerencial abrangente e não
apenas para gerenciar projetos isolados (DINSMORE, 2010).
      Mas antes de realizar os projetos, deve-se saber selecionar os que estão
melhor alinhados à estratégia empresarial. Selecioná-los considerando apenas o
projeto de modo isolado, eleva a possibilidade de não se obter bons resultados a
longo prazo na organização, além de que “os custos e benefícios de projetos de TI,
frequentemente, são afetados por outros projetos.” (JAEGER, 2010, p. 29). A
seleção de projetos alinhados à estratégia empresarial é um dos objetivos desta
monografia. Após priorizar e executar os projetos, para alcançar o sucesso no
menor tempo possível.
      De acordo com Kerzner (2002, p.46), “Nenhuma empresa no mundo
abandonou a gestão de projetos depois de ter passado a utilizá-la. A razão para isso
é que este sistema realmente funciona!”, no caso exposto, Gestão de Projetos tem o
mesmo conceito do termo Gerenciamento de Projetos, e assim será nesta
monografia, por haver referência a vários autores que os usam de formas
equivalentes, sendo que outros autores usam estes termos para assuntos diferentes
como Dinsmore (2010), mas esta discussão não será abordada nesta monografia.
14

      Os projetos, tanto na linha estratégica como isolados, quando bem
gerenciados, tendem para que a empresa atinja suas metas. mas se esses projetos
forem mal conduzidos, a tendência é de declínio empresarial (DINSMORE, 2010).
Portanto, uma forte justificativa para aumentar a capacidade para gerenciar projetos
da organização.
      Alinhado a Gerenciamento de Projetos, nesta monografia usa-se os Métodos
Ágeis para Desenvolvimento de Software, ou somente Métodos Ágeis, oriundos de
projetos relativos à Tecnologia da Informação. Os Métodos Ágeis são “maneiras
melhores de desenvolver software” (MANIFESTO ÁGIL, 2001, site), possuindo um
conjunto de Princípios e Práticas altamente adaptáveis, para se gerar mais
resultado em menos tempo.
      E esta adaptabilidade é importante, principalmente em TI, onde os materiais
que usamos para criar o produto final são, conforme Schwaber (2004, p. 1)
“extremamente voláteis”. Do mesmo autor, salienta que os “requisitos de utilização
para um programa” como quase sempre ocorre ao desenvolvimento de software,
“os usuários ainda têm que ver o que querem” além da “interoperação de programas
de outros sinais com o programa em questão, e a interação dos organismos mais
complexos do planeta - as pessoas.” Dentre os Métodos Ágeis, há várias
metodologias, mas são utilizadas como objeto de estudo desta monografia apenas a
Scrum e a Extreme Programming (XP), sendo utilizados conceitos e práticas destas
metodologias.
      A solução deste trabalho, está exemplificada com o Estudo de Caso da
Mercovel Veículos de Santiago, Rio Grande do Sul, especialmente escolhido para
exemplificar as etapas, por se tratar de uma pequena empresa do setor automotivo,
assim potencializando a demostração da adaptabilidade da solução proposta nesta
monografia a segmentos além das empresas de Tecnologia da Informação, para a
qual foi inicialmente planejada e desenvolvida.


1.1   OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
      Com a citação de Joel Baker, “Visão sem ação é só um sonho; ação sem
visão é um passatempo; visão e ação juntas podem mudar o mundo” no filme o
Enigma dos Paradigmas, retirado de (JÚLIO, 2005, p.31), exemplifica-se o uso do
conhecimento de Gestão Estratégica como visão e Gerenciamento de Projetos
15

como ação.
       Apoiado em ambos modelos de gestões, objetiva-se apresentar ao término
desta monografia, uma solução para identificar os projetos que melhores estão
alinhados ao planejamento estratégico da empresa, e além da seleção e priorização
dos mais aptos, otimizar a execução destes projetos através do Gerenciamento de
Projetos apoiado com práticas e conceitos dos Métodos Ágeis, atuando em especial
para melhorar a comunicação da equipe.
       A solução está orientada à micro e pequenas empresas, principalmente às de
Tecnologia   da   Informação   (TI)    (BNDES,   2011;    SEPRORGS,   2011),   pois
“Normalmente as pequenas empresas tem mais facilidades para alcançar a
excelência em gestão de projetos via planejamento estratégico”, (KERZNER, 2002,
p.113) e as empresa de TI por aceitarem novas propostas com maior facilidade,
como exemplo este nascimento dos Métodos Ágeis em seu ambiente.
       Resumidamente, pretende-se apresentar uma solução simples para “fazer o
projeto certo e fazer certo o projeto”. Entenda-se por solução, neste caso, não uma
metodologia a ser seguida, mas sim um conjunto de sugestões que podem ser
usadas como processos padrões, que podem ser repensados e adaptados para
maior segurança dos envolvidos na empresa, “todas as metodologias são baseadas
no medo. Tentam criar hábitos que impedem os seus medos de se tornar realidade.”
(BECK, 2000, p. 165).
       E em prol desta adaptação a cada empresa, contribui Prado (2004, p. 187)
com “Gerentes diferentes conduzem seus trabalhos de maneira diferente. Projetos
diferentes são executados de maneira diferente. Empresas diferentes possuem
culturas diferentes.”


1.1.2 Objetivos Específicos
       Os objetivos específicos são:
         •   Revisão bibliográfica sobre Gestão Estratégica;
         •   Revisão bibliográfica sobre Gerenciamento de Projetos;
         •   Revisão bibliográfica sobre Métodos Ágeis;
         •   Revisão bibliográfica de casos de Gestão Estratégica;
         •   Revisão bibliográfica de casos de Gerenciamento de Projetos;
         •   Revisão bibliográfica de casos de Métodos Ágeis;
16

         •   Desenvolver e apresentar nesta monografia, uma solução para seleção
             projetos;
         •   Desenvolver e apresentar nesta monografia, uma solução para
             priorização de projetos;
         •   Desenvolver e apresentar nesta monografia, uma solução para a
             execução de projetos;
         •   Acompanhar os resultados obtidos através da solução implantada no
             Estudo de Caso;
         •   Demostrar como exemplificação da solução proposta os resultados
             obtidos e permitidos do Estudo de Caso.


1.2   METODOLOGIAS
1.2.1 Pesquisa Bibliográfica
      A pesquisa científica para trabalhos de conclusão de curso é dividida em
vários métodos para aquisição de conhecimento, onde, nesta monografia fez-se uso
principalmente de Revisão Bibliográfica.
      Para a Revisão Bibliográfica, foram selecionadas obras de Gestão
Estratégica, Planejamento Estratégico, Administração de Empresas, Gerenciamento
de Projetos e Metodologias Ágeis, que descrevem práticas e/ou estudos de casos.
      Alguns conceitos, princípios e estudos de caso de Métodos Ágeis, provêm
também de sites na internet, além dos livros referenciados.
      A partir de livros, e neles a partir de estudos de casos, relatos e referências,
como os presentes em (DISNORE, 2010), (KERZNER, 2002), (KAPLAN, 2001),
(VARGAS, 2009), (PRADO, 2004), (SCHWABER, 2004), (BECK, 2000) foram
analisados aspectos como:
         •   Maturidade da empresa em relação a Gestão Estratégica e/ou
             Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis;
         •   Situação inicial da empresa antes do uso de Gestão Estratégica e/ou
             Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis;
         •   Situação atual da empresa após o uso de Gestão Estratégica e/ou
             Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis ;
         •   Melhorias conseguidas através do uso de Gestão Estratégica e/ou
             Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis;
17

         •   Práticas empregadas nas empresas para uso de Gestão Estratégica
             e/ou Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis.


1.2.2 Desenvolvimento da solução
      A partir das referências bibliográficas, foi desenvolvida uma solução única,
dividida em etapas, aplicando-se práticas e conceitos presentes em Gestão
Estratégica, Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis. Com a frase de Tom
Peters, “Mantenha a Simplicidade” em mente, buscou-se a maior clareza possível,
inclusive na representação de cada assunto, etapa ou conhecimento, apresentados
com o uso de mapas mentais,
                       “Mapas mentais, também conhecidos como mindmaps, são considerados
                       um padrão mundial para criação, gerenciamento e comunicação de idéias.
                       Os mapas mentais apóiam a organização de idéias, de conhecimento
                       através de uma visualização intuitivia e amigável, além de possuir grande
                       versatilidade visual.
                       Mapas mentais se iniciam com uma idéia central, onde todos os ramos do
                       mapa significam uma decomposição da idéia principal em idéias
                       relacionadas, baseadas em um modelo visual de pensamento.
                       O pensamento visual é um conceito baseado nas pesquisas de como o
                       cérebro humano funciona, onde se busca o estímulo do senso visual e tátil,
                       de modo a aumentar a criatividade e o entendimento das partes em um todo
                       unificado, reduzindo o tempo de desenvolvimento e entendimento de
                       idéias.” (VARGAS, 2009)
      Os mapas mentais serão usados também para explicitação de outros
conhecimentos, aos quais foram desenvolvidos utilizando-se o software opensource
VYM (View your Mind), disponível em http://sourceforge.net/projects/vym/.
      A forma de executar a solução é feita através de diagramas de processos
baseados na notação BPMN (Business Process Modeling Notation),
                       “O desenvolvimento da BPMN foi baseado na revisão de outras gramáticas
                       incluindo UML, IDEF, ebXML, RosettaNet, LOVeM e EPCs. O
                       desenvolvimento do BPMN resultou da demanda geral para uma maior
                       padronização na área de gestão de processos de negócio, e procurou
                       satisfazer as demandas de comunicação relacionada com a descrição
                       gráfica dos processos de negócio.” (RECKER, 2011)
      Os diagramas de processos baseados na notação BPMN apresentados
foram desenvolvidos através do uso do software gratuito yED, disponível em
http://www.yworks.com/en/products_yed_about.html e feito neste também a figura
presente no capítulo REFERÊNCIAL TEÓRICO.
      As matrizes e demais figuras foram desenvolvidas com o software
opensource    Gimp      (GNU      Image     Manipulation      Program),      disponível     em
http://www.gimp.org.
18

1.2.3 Estudo de Caso da Solução
      A solução proposta nesta monografia, foi validada na empresa de pequeno
porte Mercovel Veículos, da cidade de Santiago, Rio Grande do Sul. Com nove
funcionários divididos entre os setores de prestação de serviços em oficina
mecânica e de funilaria, locação de automóveis e comercialização de veículos zero
quilômetros Volkswagem e usados multi-marcas.
      O setor de oficina mecânica é o estudo de caso desta solução, sendo após o
Planejamento Estratégico específico para este setor, aplicada todas as etapas desta
solução. Até a presente finalização desta monografia, a etapa de Execução não
estava totalmente concluída, seus resultados estratégicos sobre o mercado não
obtidos e portanto, validada a eficiência da solução proposta nesta monografia, logo
os resultados da Execução não serão expostos.


1.3   SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA
      Da conhecida questão de “fazer o projeto certo e fazer certo o projeto”,
comumente mencionado por Gerentes de Projetos em bate-papos de networkings,
surgiu a ideia da realização desta monografia de conclusão de curso.
      Atualmente, (KERZNER, 2002), Gerenciamento de Projetos está alinhando a
Gestão Estratégica de uma empresa apenas quando a mesma possui uma alta
maturidade em Gestão por Projetos, que (DINSMORE, 2010) conceitua por
abranger conceitos como a governança de projetos, gerenciamento de portfólios de
projetos, gerenciamento de programas e o gerenciamento de projetos em sí.
      Por (KERZNER, 2002), uma empresa de alta maturidade possui uma
metodologia de Gerenciamento de Projetos já implementada e funcionando no
mínimo há 2 anos, além dos demais conceitos, enquanto uma de maturidade mais
baixa, ainda não está com tais conceitos nem instituídos.
      Normalmente, as que estão em nível de maturidade mais baixo, (KERZNER,
2002), infelizmente, não têm uma aplicação tanto da Gestão Estratégica, quanto do
Gerenciamento de Projetos. Uma falha grave, pois o Gerenciamento de Projetos
está se tornando parte da filosofia gerencial das organizações, assim com a
qualidade total, a satisfação dos clientes ou a administração enxuta. O mesmo está
se tornando inerente, devendo fazer parte integrante da empresa, pois é uma forma
consagrada de atingir metas (DINSMORE, 2010).
      Como     situação   problema,    notou-se,   principalmente   em    empresas
19

classificadas como de maturidade mais baixa por Kerzner (2002), duas
necessidades. A primeira é um processo simples para se identificar projetos que
estejam alinhados à estratégia da empresa, como cita Kerzner (2002, p. 130),
“Aquilo que uma empresa deseja fazer nem sempre é o que ela pode fazer e,
normalmente, o maior obstáculo está na disponibilidade e qualidade dos recursos
necessários”. A segunda necessidade é realizar o gerenciamento otimizado destes
projetos com a ajuda de técnicas ágeis, que além de tender à obtenção dos
produtos destes projetos em menor tempo, utilizam menos recursos.
20

2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
      Indiscutivelmente a quem acompanha o estudo e/ou emprego de Gestão
Estratégica, Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis, sabe que são assuntos
que estão presentes na maioria dos eventos na área de Gerenciamento de Projetos
e Tecnologia da Informação (TI), locais onde o autor desta monografia tenta estar
sempre presente, notando que os relatos vão de conceituais à práticos. Mas apenas
de ter o emprego de tais Gestões e/ou Métodos, não garante o sucesso empresarial
ou dos projetos, necessita-se que a implementação destas estejam em uso, e partir
de estratégias empresariais traçadas e planejadas.
      As estratégias devem ser traçadas e planejadas, sem tal, torna-se mais difícil
de se prever inovações, que normalmente garantem a desejada vantagem
competitiva em relação a concorrência. Além de elevar o risco de falha no sucesso
destas estratégias, “a fase de planejamento é a mais importante de qualquer tipo de
projeto. Em teoria, o planejamento adequado é garantia do sucesso de um projeto.”
(KERZNER, 2002, p.178).
      O planejamento destas estratégias deve ser registrado formalmente no
Planejamento Estratégico, presente em Gestão Estratégica, e fazer-se o uso de
Gerenciamento de Projetos, pois sem ele, eleva-se o risco de não se obter sucesso
no desenvolvimento destas estratégias traçadas e com isso não se conseguir os
objetivos desejados. A utilização de Gerenciamento de Projetos visa contribuir para
a execução da estratégia, que por Kaplan na citação a seguir, ressalta ser indicada
por gestores como mais importante que a própria estratégia.
                    “Pesquisa entre 275 gestores de portfólio mostrou que a capacidade de
                    executar a estratégia é mais importante do que a qualidade da estratégia
                    em sí. Estes gerentes citaram a implementação da estratégia como o fator
                    mais importante na avaliação da gerência e da corporação. Essa descoberta
                    parece surpreendente, pois nas últimas duas décadas os teóricos em
                    gestão, os consultores gerenciais e a imprensa especializada se
                    concentraram em como desenvolver estratégias capazes de gerar
                    desempenho superior. Aparentemente, a formulação da estratégia nunca foi
                    tão relevante” (KAPLAN, 2000, p.11)
      Complementando, Thompson (2000, p.2) menciona que “Em verdade, uma
boa estratégia e uma boa execução da estratégia são os sinais mais confiáveis de
uma boa gerência.”, a aplicação de Gestão Estratégica e Gestão de Projetos,
devem ter atenção especial dos responsáveis pelo gerenciamento empresarial.
      Na figura abaixo representa-se a proposta ideológica da solução que será
apresentada, cada círculo representa uma das temáticas principais, interligados, de
forma proposital as linhas tracejadas, demostrando que tanto pode entrar como sair
21

conteúdo. Ou seja, permite adaptabilidade, assim como os círculos não estarem
totalmente dentro do retângulo, que significa que não se deve ficar limitado ao que a
solução apresenta, o popular, “pensar fora da caixa”.
      A adaptabilidade mencionada pelos círculos tracejados, ilustra que a solução
não faz uso totalmente de Gestão Estratégica, Gerenciamento de Projetos e
Métodos Ágeis e que novos conhecimentos podem ser adicionados à implantação
da solução na empresa que a for usar. Exemplificadamente, novas práticas dos
Métodos Ágeis podem ser usadas para a execução, ou se fazer uso massivo de um
Plano de Gerenciamento de Riscos.


      Figura 1 - Representação Geral Da Solução Proposta




      Fonte: O autor (2012)


      Para contextualizar melhor o estado da arte, servir de início para a busca de
maiores conhecimentos através da sugestão às referências desta monografia, e
para facilitar o entendimento da solução proposta, os capítulos seguintes tratarão
sobre Gestão Estratégica, Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis.
      Resumidamente, no mapa mental a seguir, é explicitado toda a parte teórica
da solução proposta para Seleção, Priorização e Execução de Projetos.


      Figura 2 - Mapa Mental Da Base Teórica
22




       Fonte: O autor (2012)


2.1   GESTÃO ESTRATÉGICA
       Do famoso conto de fadas Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, há
sempre a lembrada conversa entre os personagens Alice e o Gato de Cheshire,
onde a mesma encontrando-se perdida e pede ao gato qual caminho tomar, o
mesmo ao indagá-la sobre para onde ela quer ir, recebe como resposta “não sei”,
logo, o felino lhe responde que tanto faz, dando-nos como moral que, se não se
sabe para onde quer ir, tanto faz o caminho.
       Este “onde ir” é exposto no Planejamento Estratégico através dos objetivos
da empresa, incluso à Gestão Estratégica que possui por objetivo monitorar o
“caminhar” até o objetivo, através de estratégias que enfatizam o “como ir” e
projetos o “o que fazer pra ir”.
       Conceitualmente reforçado em (FGV, 2009), por assim define a Gestão
Estratégica como um processo contínuo de determinação da visão, da missão e dos
objetivos da organização, em consonância com seus valores ou princípios, sendo
estas etapas bases, seguindo no contexto de seu ambiente competitivo de atuação,
visando à formulação, à implementação e o controle de estratégias apropriadas
para assegurar o sucesso da empresa.
       Em Gestão Estratégica, em especial para esta monografia, é importante que
a empresa que aplicar esta solução tenha o seu Planejamento Estratégico, pois dos
objetivos ali traçados para o negócio que virão as estratégias que resultarão em
projetos para serem gerenciados. Como cita Prado (2004, p. 29) “a origem dos
projetos nas empresas é muito diversificada, mas existe uma forte ligação com a
origem das metas capazes de atender à estratégia de negócios da empresa”.
       A importância de todas as empresas fazerem uso de Planejamento
Estratégico é explicada por Kerzner (2002, p. 107) que afirma “O planejamento
estratégico é essencial para a saúde de cada empresa. Um planejamento
estratégico eficaz pode representar, a longo prazo, a diferença entre o sucesso e o
fracasso.”
23

         A solução proposta só irá funcionar se a empresa fizer uso de Gestão
Estratégica, ou ter ao menos o conceito de Visão e o Planejamento Estratégico,
pois, pior que uma estratégia simplificada é não ter estratégia nenhuma. Como
referenciado em (JÚLIO, 2005), não ter visão do negócio, equivale a navegar sem
bússola, ou um avião que voa 10 minutos no sentido contrário de sua rota, que está
20 minutos mais longe do destino desejado.
         Ressalta-se a importância da Gestão Estratégica, não somente em
Planejamento Estratégico, mas sim para a administração do negócio das empresas.
Boa parte das empresas hoje operam por meio de unidades como ponto de vendas
pequenos e representantes, ou seja, através de equipes descentralizadas, muito
mais próximas dos clientes do que o pessoal das grandes organizações. Estas
reconhecem que a vantagem competitiva deriva mais de recursos intangíveis, como
conhecimento, capacidades e relacionamentos criados pelos empregados do que
de investimentos em ativos físicos e do acesso ao capital. Portanto, a
implementação da estratégica exige que todas as unidades de negócio, unidades de
apoio e empregados estejam alinhado e conectados com a estratégia (KAPLAN,
2000).
         Pelas mudanças de tecnologia, na concorrência e nos regulamentos, a
formulação e a implementação da estratégia deve ser um processo contínuo e
participativo. As empresas necessitam de uma linguagem para a comunicação tanto
da estratégia, como dos processos e sistemas que contribuem para a
implementação e ou que gerem feedback da mesma. O sucesso exige que a
estratégia se transforme em tarefa cotidiana de todos os envolvidos, (KAPLAN,
2000) todos os stakeholders (recursos humanos diretamente envolvidos ou
impactados por projetos).
         A Gestão Estratégica, em uma analogia, é o registro da observação da
expressão popular “um olho no peixe e outro no gato”. Ou seja, o objetivo da
empresa, o lucro, representa o peixe, mas sempre há o concorrente, que representa
o gato, ambos com o mesmo objetivo, o peixe (JÚLIO, 2005).


2.1.1 Planejamento Estratégico
         O planejamento estratégico não é apenas um plano de objetivos, estratégias
e ações ou projetos, ele envolve “quem nós somos, o que fazemos e para onde
estamos direcionados” (THOMPSON, 2000, p. 14). Comumente também é visto
24

com a alcunha de visão, missão e valores. Sendo assim uma soma de vários pontos
que levam a estratégica formulada pensando-se no negócio para o sucesso do
negócio.
      É    importante   ser   feito,   seguido   e   atualizado,   não   é   porque,
exemplificadamente, que um projeto anterior foi um sucesso que o próximo será,
assim como se antigamente uma estratégia era excelente, hoje pode não ser. É
perigoso imaginar que sendo feito da mesma maneira e assim mais “folgada” que
tudo vai “correr às mil maravilhas” (PRADO, 2004), o área de Gestão Estratégica
nos ensina que o planejamento estratégico deve ser um guia, visto, revisto,
atualizado, e como Kerzner (2002. p. 114) afirma, “O planejamento estratégico
eficaz para a gestão de projetos é uma tarefa interminável.”
      Em (THOMPSON, 2000) define-se cinco atividades, denominadas como
“Tarefas da Gerência Estratégica”, onde o mapa mental a seguir faz uso do
demostrado em (THOMPSON, 2000, p. 14).


      Figura 3 - Mapa Mental Da Gerência Estratégica




      Fonte: O autor (2012) baseado em (THOMPSON, 2000, p. 14)


      Em exemplificação ao que é um Planejamento Estratégico, de forma simples
e com uso de mapas mentais, no Anexo A desta monografia, há o Planejamento
Estratégico do Estudo de Caso, feitos de acordo com o processo definido pelo
diagrama a seguir.


      Figura 4 - Diagrama De Processo Para Fazer Planejamento Estratégico
25




      Fonte: O autor (2012)


      As atividades citadas no diagrama, referênciam diretamente o mapa mental
anterior, mas noo diagrama demostra-se a sequência das atividades e o mapa
mental toda a ideia que compoê o Planejamento Estratégico, assim como ocorre em
outras partes desta monografia.
      A atividade “Definir bases teórico filosóficas” é o mesmo que “Desenvolver a
visão estratégica e a missão do negócio”, ambas falando que deve ser feito no
Planejamento Estratégico a definição de Missão, Visão e Valores da empresa, assim
posteriormente os Objetivos da empresa, as Estratégias para se alcançar os
Objetivos, e os Projetos para atender as Estratégias.
26

2.1.2    Aplicação de Gestão Estratégica na Solução
        A Gestão Estratégica está inserida dentro da solução proposta principalmente
em se fazer o uso obrigatório do Planejamento Estratégico, contribuindo com o uso
de Gerenciamento de Projetos para que sejam alcançados os objetivos ou ao dito
popular, do “como se chegar” ao “aonde se quer ir”.
        Para que tal ocorra, além de toda uma nova cultura empresarial, ressaltando-
se os Valores e Princípios dos Métodos Ágeis a serem explicados em capítulo
futuro, os projetos, principalmente os de TI, de acordo com a experiência do autor
desta monografia e relatórios mencionados no capítulo seguinte sobre Métodos
Ágeis, falham muito no popular “aonde se quer ir” pois Beck (2000, p. 43) diz que
para projetos de TI que “O primeiro passo é decidir sobre o âmbito. O que é isso
que vamos tentar prescrever? Que tipos de problemas que vamos abordar e que
tipos de problemas vamos ignorar?”, neste ignorar, entram muitos problemas do
popular “como chegar”, como exemplo, o uso um tecnologia na qual a grande parte
da equipe não tem conhecimento, tendo então a ser ignorada esta tecnologia e se
fazer uso de uma que a maioria da equipe conheça.
         O uso de Gestão Estratégica esta alinhado dentro da solução no sucesso
empresarial, mais do que do próprio projeto, pensando-se na questão do foco em
micro e pequenas empresas em que, os recursos investidos devam ser bem
analisados, podendo com facilidade ocorrer o cancelamento de algum projeto em
razão de fortalecer o sucesso de outro mais estratégico.
        O Gerenciamento de Projetos, para empresas que nem do Planejamento
Estratégico fazem uso, tende a não ter o sucesso impactante ao qual é possível,
para as empresas, este é o primeiro passo para a maturidade que Kerzner (2002)
avalia as empresas, e o primeiro passo para que esta execução da solução da
monografia possa ter bons resultados, a “Estratégia se faz com Planejamento e
Execução. É crucial investir tempo e recursos financeiros em estratégia. Deve-se
criar o hábito de pensar em estratégica” (JÚLIO, 2005, p. 29).
        A partir de um Planejamento Estratégico que serão selecionados e
priorizados os projetos a serem posteriormente executados, com a orientação da
solução proposta nesta monografia.


2.2     GERENCIAMENTO DE PROJETOS
        Reiterando-se de conceitos básicos para o bom entendimento, como a
27

definição de projeto sendo “um esforço temporário empreendido para criar um
produto, serviço ou resultado exclusivo. A sua natureza temporária indica um início e
um término definidos” presente no Guia PMBOK (PMBOK, 2008, p. 440), onde trata-
se que Gerenciamento de Projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades,
ferramentas e práticas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos.
      O Gerenciamento de Projetos é a atividade do Gerente de Projetos, que por
sua vez o (PMBOK, 2008, p. 13) define em “a pessoa designada pela organização
executora para atingir os objetivos do projeto.”
      Em (DINSMORE, 2010) simplifica que tudo no mundo dos negócios ou é um
projeto ou está relacionado a um projeto, e que centenas de atividades realizadas
no dia a dia das empresas estão diretamente relacionadas com projetos.


2.2.1 Benefícios
      Em (VARGAS, 2009) explicita que dentre os principais benefícios da
utilização do gerenciamento de projetos, podem-se destacar, resumidamente:
         •   Surpresas negativas durante a execução dos trabalhos;
         •   Permite desenvolver diferenciais competitivos e novas técnicas, uma
             vez que toda a metodologia está sendo estruturada;
         •   Prevê as situações desfavoráveis que poderão ser encontradas, para
             que ações preventivas e corretivas possam ser tomadas antes que
             essas situações se consolidem como problemas;
         •   Adapta os trabalhos ao mercado e ao cliente;
         •   Disponibiliza os orçamentos antes do início dos gastos;
         •   Agiliza as decisões, já que as informações estão estruturadas e
             disponibilizadas;
         •   Aumenta o controle gerencial de todas as fases implementadas devido
             ao detalhamento ter sido realizado;
         •   Facilita e orienta as revisões da estrutura do projeto que forem
             decorrentes de modificações no mercado ou no ambiente competitivo,
             melhorando a capacidade de adaptação do projeto;
         •   Otimiza a alocação de pessoas, equipamentos e materiais necessário;
         •   Documenta e facilita as estimativas para futuros projetos.
      O Gerenciamento de Projetos tem sido constantemente mencionado na
28

literatura de negócios, seja que nível for, que por (DINSMORE, 2010) informa que
não é por acaso que é a forma de fazer com que as coisas sejam melhor feitas .
         No mesmo contexto de (DINSMORE, 2010), Kerzner (2002, p. 32) enfatiza
que “As empresas que optaram por utilizar uma metodologia de gestão de projetos
perceberam, em seguida, que o potencial de benefícios existente era bem maior do
que o originalmente visto como possível.”


2.2.2 Atribuições
         O estabelecimento de um projeto, advém de várias razões e objetivos, como
redução de custos, posicionamento de mercado, obtenção de economia de escala,
lançamento de novos produtos ou tecnologias, melhoria de sistemas atuais,
implementação de processos de mudança organizacional, desenvolvimento sobre
requisição de novos softwares, dentre outros.
         Ao Gerenciamento de Projetos, é atribuído inúmeros sucessos na realização
de projetos, de infindáveis áreas, onde além de que, por direcionamento e
disciplina, o próprio gerenciamento acaba tornando-se um diferencial para a
empresa e produto, pois “todos os projetos oferecem oportunidades de inovação,
dependendo da orientação que estiver sendo seguida.” (JAEGER, 2010, p. 29)
         Os sucessos do Gerenciamento, pode vir de centenas de pequenos projetos
ocorrendo em paralelo as operações rotineiras da maioria das organizações,
técnicas e métodos de Gerenciamento de Projetos são aplicados hoje em várias
organizações com estrondoso sucesso (PRADO, 2004).
         Tal Gestão têm permeado setores normalmente avessos a administração
mais quantificada, como o de Recursos Humanos (PRADO, 2004), sendo este uma
das áreas de estudo desta monografia onde se faz uso dos Princípios dos Métodos
Ágeis.
         Esta inserção de Gerenciamento de Projetos a outros setores, está
transformando o Gerenciamento de Projetos, conforme afirma Prado (2004, p. 25)
em uma “boa prática da administração”, e esta é a tendência gerencial mais
marcante nas organizações atualmente, que para Tom Peters, em Career Suvival
Guide. Publicado pela revista Exame de Agosto de 1997, p. 109, “o trabalho por
projetos é o futuro da empresa”.
29

2.2.3 PMBOK
      O PMBOK Guide (Project Management Book of Knowledgment), ou, Guia
PMBOK (Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos), é uma obra criada
pelo PMI (Project Management Institute), no qual é referência para todo e qualquer
assunto em Gerenciamento de Projetos (PMBOK, 2008).
      O livro define um ciclo de vida do projeto, divido em Início do Projeto,
Organização e Preparação, Execução do Trabalho do Projeto e Encerramento do
Projeto, dentro deste ciclo estão os os grupos de processos, que são Processos de
Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle, e por fim o de
Encerramento (PMBOK, 2008).
      Preenchendo os processos, há 9 áreas de Conhecimento (PMBOK, 2008):
         •   Gerenciamento de Integração;
         •   Gerenciamento do Escopo;
         •   Gerenciamento do Tempo;
         •   Gerenciamento dos Custos;
         •   Gerenciamento da Qualidade;
         •   Gerenciamento dos Recursos Humanos;
         •   Gerenciamento das Comunicações;
         •   Gerenciamento dos Riscos;
         •   Gerenciamento das Aquisições;
      A partir dele que se iniciou os estudos para esta monografia, baseando-se
principalmente na área de Recursos Humanos e a de Comunicações.
      Todo projeto, tem um início e um fim, portanto, a solução proposta está
dentro deste ciclo de vida proposto no PMBOK 4º Edição na caracterização do
projeto, mas não dentre os grupos de Processo, pois focou-se apenas em 3
processos, denominados etapas, Detalhamento dos Projetos, Seleção e Priorização
dos Projetos, Execução dos Projetos.
      Salienta-se, que a solução proposta e o guia PMBOK não são excludentes,
apenas focou-se que a solução proposta tende a satisfazer melhor as micro e
pequenas empresas, especialmente as de Tecnologia da Informação, (BNDES,
2011; SEPRORGS, 2011).
30

2.2.4 Aplicação de Gerenciamento de Projetos na Solução
         O Guia PMBOK (PMBOK, 2008) está divido em 9 Áreas de Conhecimento,
aos quais foi feita uma analogia a cada Princípio dos Métodos Ágeis.
         Estas Áreas de Conhecimento são partes importantes do Gerenciamento de
Projetos, mas, pela solução ser simplificada, nem todas foram adaptadas, e
recebem maior atenção o Gerenciamento das Comunicações e o Gerenciamento
dos Recursos Humanos.
         O Gerenciamento dos Recursos Humanos, que o PMBOK (PMBOK, 2008, p.
215) define como “inclui os processos que organizam e gerenciam a equipe do
projeto. A equipe do projeto consiste nas pessoas com papéis e responsabilidades
designadas para a conclusão do projeto”, assim como o Gerenciamento das
Comunicações, explicitado pelo PMBOK (PMBOK, 2008, p. 243) como “inclui os
processos necessários para assegurar que as informações do projeto sejam
geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de
maneira oportuna e apropriada”, para a solução desta monografia, devem estar
dentre os conceitos tanto dos Valores do XP quanto dos Princípios dos Métodos
Ágeis.
         Ambas áreas, são vitais para que qualquer estratégia gere resultados
positivos, e o uso em especial destas áreas na solução confirma por (KAPLAN,
2000) que mudanças nestas geram resultados mais perceptíveis, além de que a
estratégia exige mudanças em praticamente todas as partes da organização,
demandando trabalho em equipe para a coordenação das mudanças.
         Motiva portanto os esforços da aplicação da solução desta monografia sosbre
estas duas áreas, o impacto de mudanças tende a ser maior ainda mais se levado
em consideração o percentual de investimento em recursos financeiros frente as
demais áreas, visto que tirando práticas como treinamentos e consultorias externas,
o restante está baseado em ações comportamentais sem custos.
         O Gerenciamento de Projetos é a base de toda a solução, não há
especificamente uma aplicação única do mesmo, pois a solução como um todo é
para Gerenciamento de Projetos, mas sobre tal é a responsabilidade da etapa de
Execução na solução proposta nesta monografia.


2.3   MÉTODOS ÁGEIS
         Para se avaliar algo, a principal métrica são os números, e estes são
31

explicitados pelos relatórios Chaos Report (STANDISH, 2009) e o Chaos Manifesto
(STANDISH, 2011), onde apresenta-se que houve crescimento no sucesso de
projetos de desenvolvimento de software, e este sucesso é em muito atrelado ao
sucesso dos métodos ágeis. O gráfico abaixo demostra que os projetos que
começam e terminam com sucesso, aumentaram de 32% em 2008, para 37% em
2010, anos aos quais as pesquisas expostas em 2009 e 2011 pelo Standish
referenciam. Da mesma, os projetos fracassados caíram de 24% para 21%, e os
contestados, ou desafiados, aqueles que foram finalizados mas com atrasados ou
fora do orçamento, diminuíram de 44% para 42%.

      Figura 5 - Comparação De Resultados Dos Relatórios Chaos




      Fonte: O autor (2011) baseado em (STANDISH, 2009) e (STANDISH, 2011)


      O relatório The State of Agile Development, publicado no 3rd Annual Survey
(VERSIONONE, 2008), apresenta que 55% dos projetos que usam Métodos Ágeis
estão entre 90% e 100% de sucesso.
      Com tais números, é possível salientar porque 76% das empresas
consultadas no relatório   IT Governance and Project Management Survey (DR
DOOB'S, 2009) adotaram técnicas dos métodos ágeis em um ou mais projetos.
      O Standish Group (STANDISH, 2011) afirma que a adoção de métodos ágeis
está em torno de 22% CAGR (Taxa de Crescimento Composto Anual), e que tais
métodos representam mundialmente 9% de todos os projetos, sendo-os usados em
29% dos desenvolvimentos de novas aplicações.
      Os Métodos Ágeis é uma coleção positiva de valores, princípios e práticas ou
técnicas, de metodologias usadas desde a década de 90 para desenvolvimento de
software, época na qual projetos de TI (Tecnologia da Informação) sofriam duras
32

críticas e eram considerados sempre falhos, pois havia um maior desenvolvimento
do hardware em relação aos softwares que os mesmos teriam que utilizar, (COHEN,
2004).
         Inúmeros livros e artigos surgem constantemente com comparações,
avaliações, pontos de vista favoráveis ou não, a aplicabilidade dos Métodos Ágeis
em relação ao Guia PMBOK (PMBOK, 2008), e em (SLIGER, 2006) se diz que
apesar das diferenças de filosofias entre PMI e Agile, muitas das práticas do
(PMBOK, 2008) são compatíveis com as práticas ágeis.
         Em (KOCH, 2004) há uma comparação completa dos processos do (PMBOK,
2008) com as práticas dos Métodos Ágeis, concluindo que nada nas Metodologias
Ágeis é incompatível com os processos do PMBOK e que pode ser oportuno
reforçar as Metodologias Ágeis com processos do PMBOK, porém somente onde
realmente necessário e sem comprometer a agilidade.
         Os métodos ágeis possuem embasamento em 12 recomendações,
denominadas Princípios para o Desenvolvimento Ágil de Software (PRINCÍPIOS
ÁGEIS, 2001). Estes essencialmente ressaltando valores ao qual ajudam não
apenas projetos para desenvolvimento de software, mas possivelmente todo e
qualquer     tipo   de   projeto   por   se   tratarem   principalmente   de   mudanças
comportamentais, e acreditando-se nisso fazer-se o emprego na solução proposta
nesta monografia.


2.3.1 Onda Ágil
         Os Métodos Ágeis, ou Agile, surgiram com o intuito de desenvolvimento mais
rápido e eficaz de softwares, proporcionando entregas mais rápidas em detrimento
de menos processos de Engenharia de Software (MAGELA, 2006).
         O desenvolvimento de software, orientado por práticas ágeis de forma
organizada como há atualmente, data do ano 2001, onde 17 profissionais da TI e
outros simpáticos à causa, observaram a necessidade de uma documentação
formal que guiasse o desenvolvimento ágil, criando assim o Manifesto Ágil
(MANIFESTO, 2001) e os 12 Princípios dos Métodos Ágeis para Desenvolvimento
de Software (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001).
         Os marcos iniciais, e mais conhecidos, que levaram a criação deste
consórcio de profissionais e da Agile Alliance (AGILE ALLIANCE, 2010), foram o
projeto gerido por Kent Beck, que criou o XP (Extreme Programming), o projeto
33

Chrysler Comprehensive Compensation System, comumente chamado de C3 (C3,
1995) e o do United Overseas Bank, no qual Peter Coad e Jeff de Luca
implementaram o FDD (Feature-Driven Development) publicado pela primeira vez
em (COAD, 1998).
       A Onda Ágil é facilmente perceptível na quantidade crescente de eventos
sobre o assunto (RODRIGUES, 2010), e pelo PMI (Project Management Insitute) ter
em atual estado validação uma certificação para Gerentes de Projetos Ágeis, a Agile
PMP, com informações presentes em http://www.pmi.org/Certification/New-PMI-
Agile-Certification/PMI-Agile-Toolbox.aspx assim como um grupo web mantido pelo
instituto,   denominado    PMI     Agile    Community       of   Practive,     acessível     em
http://agile.vc.pmi.org


2.3.2 Manifesto e Metodologias
       As Metodologias Ágeis, podem ser explicadas com o embasamento do
manifesto feito pela maioria dos seus autores:
                      “Indivíduos e interação entre eles mais que processos e ferramentas,
                      Software em funcionamento mais que documentação abrangente,
                      Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos,
                      Responder a mudanças mais que seguir um plano”
                      (MANIFESTO ÁGIL, 2001)
       Há inúmeras metodologias ágeis, sendo as principais Extreme Programming
(XP), Scrum, DSDM, Adaptive Software Development, Crystal, Feature-Driven
Development, Pragmatic Programming e Lean, mas, foram objetos de estudo para
uso neste trabalho apenas Extreme Programming (XP) e Scrum.
       Em Scrum e XP, seus fundamentos filosóficos têm foco na capacitação da
equipe de desenvolvimento e em satisfazer os clientes, mas Scrum tem atenção
especial para a cultura gerencial que está enraizada em ajudar os outros a atingir
seus objetivos, e XP em ferramentas técnicas que são focadas em ter decisões
baseadas em fatos através de um processo de aprendizagem. Conforme Mary
Poppendieck em (SCHWABER, 2004, p. xiv) “Quando todos esses fatores estão no
lugar, é difícil para Scrum não para ter sucesso.”


2.3.3 Princípios dos Métodos Ágeis
       Os princípios dos Métodos Ágeis, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001) tem uso no
objetivo nesta monografia na questão de mudança de valores, de pensamento
sobre ações e ao trabalho realizado dentro e fora do empreendimento, projetos,
34

equipes.
      Para não tornar-se repetitivo nesta monografia, os 12 princípios estudados
são   expostos     no   capítulo   PRINCÍPIOS       DOS   MÉTODOS     ÁGEIS    EM
GERENCIAMENTO DE PROJETOS junto a uma citação no qual compara cada um
dos Princípios dos Métodos Ágeis às Áreas de Conhecimento do PMBOK.
      Estes Princípios agem diretamente para mudanças culturais, e conforme
Dinsmore (2010, p. 41) “Para que a gestão por projetos seja eficaz, são necessárias
mudanças na estrutura e na cultura da organização, no seu estilo gerencial e fluxo
de informações.”


2.3.4 Valores do XP (Extreme Programming)
      A solução proposta, como já mencionada em relação aos Princípios Métodos
Ágeis, tende a atuar na mudança comportamental de todos os envolvidos, sejam
eles da diretoria da empresa à equipe de projeto.
      Beck (2000, p. 73) inicia a menção dos valores do XP, metodologia por ele
criada, fazendo alusão ato de “aprendendo a dirigir”, onde “lembra-nos a fazer
muitas mudanças pequenas e nunca tirar os olhos da estrada.”
      Os valores por ele agregados ao XP são “Os quatro valores – comunicação,
simplicidade, feedback e coragem – nos dão os critérios para uma solução de
sucesso” (Beck, 2000, p. 37).
      Em Dinsmore (2010) é mencionado que encontrar as hipóteses certas e
torná-las conhecidas a todo o pessoal envolvido são tarefas teoricamente fáceis,
assim enfatizando a comunicação e simplicidade, é “assegurar que os membros de
uma equipe de remadores estejam dentro do barco antes de começarem a remar.”
(Dinsmore, 2010, p. 178) exemplifica todas as demais, em uma equipe de
remadores, há de se ter os 4 valores para o sucesso, por Dinsmore.
      Kerzner também menciona 4 valores em sua obra, “A cultura de gestão de
projetos que dá resultados é aquela baseada em confiança, comunicação,
cooperação e trabalho em equipe.” (KERZNER, 2002, p. 153).
      Em uma miscigenação, os valores expostos por Beck e Kerzner
complementam-se, onde apesar que o primeiro focar em valores para a realização
de um processo e o segundo valores para a maturidade em gestão, ambos reiteram
a importância da comunicação e a troca de informações entre os membros da
equipe, ou seja, deve haver trabalho em equipe, baseado em cooperação e
35

feedback, com simplicidade para tornar estas informações entendíveis por todos,
confiança nas informações e na equipe, e coragem para se enfrentar contratempos.
      A seguir, os valores do XP, explicação e aplicação:


2.3.4.1 Comunicação
      Um projeto não pode terminar bem se os envolvidos não comunicam-se
satisfatoriamente, diz Beck (2000, p. 29-30) “Problemas em projetos podem
invariavelmente ser traçados quando alguém não conversa com alguém se não for
sobre alguma coisa importante.”
      O Guia PMBOK (PMBOK, 2008) usa a área de conhecimento Gerenciamento
das Comunicações do projeto em seus 5 processos, mas nesta solução, vai além de
só comunicação, estaria principalmente bem alinhada a área de conhecimento do
Gerenciamento dos Recursos Humanos, além das demais.
      A comunicação é aplicada no sentido amplo de manter todos os envolvidos,
os stakeholders, informados sobre os objetivos e resultados.


2.3.4.2 Simplicidade
      É um conceito amplo e comumente tido como fácil, assim como a
comunicação, mas é errôneo pensar assim, simplicidade não é fácil, eis um dos
motivos que micro e pequenas empresas acabam não dando certo.
      Comumente, elas tornam a burocratizar processos, encher de práticas ou
sub-processos que os tornam enfadonhos e fazem com que as mesmas os
abandonem, e dentro do projeto, o líder do mesmo, como em XP chamado de
Coach, deve inicialmente perguntar “qual é a coisa mais simples que poderia
funcionar?” (BECK, 2000, p. 30) e assim deve ser, em se tratando de projetos de TI,
isso torna-se mais fácil com o uso de algumas práticas, posteriormente
mencionadas.
      No mesmo valor, atribui que é melhor fazer uma coisa simples hoje, e um
pouco mais amanhã, assim custará menos para alterá-lo e torna-se assim mais
simples de se fazer, do que fazer uma coisa mais complicada e demorada que
nunca venha a ser usado (BECK, 2000).


2.3.4.3 Feedback
      O feedback, que em português poderia ser algo como retorno de
36

conhecimento, pode ser explicitado como “Reações concretas sobre o estado atual
do sistema é absolutamente impagável. Otimismo é um risco ocupacional de
programação. Feedback é o tratamento” (BECK, 2000, p. 31).
         Este valor contribui significativamente nos demais, pois quanto mais
feedback tiver, mais fácil é se comunicar, e quanto mais os stakeholders se
comunicam, melhor tende a ser o senso comum do que pode ser simples. (BECK,
2000, p. 32).
         A aplicação de feedback é justamente ser um motivo para o esforço em
melhorar a comunicação, pois acaba gerando um maior comprometimento de todos,
por assim se elevar a confiança no projeto, a coragem.


2.3.4.4 Coragem
         É o mais confuso dos valores, mas tornando o conceito simples, é acreditar,
ter confiança no envolvimento mútuo dos stakeholders no projeto, algo como se o
líder do mesmo tiver coragem, os demais vão por em produção.
         A aplicação gira em torno de que o Gerente do Projeto, Líder Técnico,
Coordenador, XP Coach, Scrum Master, ou nome a ser preferencialmente
empregado pela empresa, tenha auto-confiança e passe a mesma adiante, criando
uma motivação acima da conhecida pelas teorias de Moslow (PRADO, 2004, p.
221), Tipo Gerencial (PRADO, 2004, p. 222) ou a Teoria Higiênico/ Motivadora de
Herzberg (PRADO, 2004, p. 223).


2.3.5 Papéis, Cerimônias e Artefatos do Scrum
         O Framework Scrum, é tido como um Método Ágil mais focado em
Gerenciamento, principalmente pela questão de não haver uma obrigatoriedade de
práticas de desenvolvimento de software como no XP (Extreme Programming) mas
sim aos papéis, cerimônias e artefatos por ele determinado (SCRUM ALLIANCE,
2011).
         Os papéis do Scrum serviram para embasamento aos cargos utilizados na
solução, as cerimônias às reuniões e formas de criação de documentação, e os
artefatos a documentação, ao conhecimento armazenado para a execução na
solução.
37

2.3.5.1 Papéis do Scrum
      Em Scrum, foi criado 3 papéis, sendo eles Product Owner, Team e o Scrum
Master, e todas as responsabilidades do gerenciamento do projeto são dividas entre
estes 3 papéis, (SCHAWBER, 2004), sendo tais responsabilidades individuais
parecidas como as do Analista de Negócios, a Equipe, e o Gerente do Projeto.
      O Product Owner (Proprietário do Produto) é o responsável por representar
os interesses de todos com participação no projeto e seu sistema resultante.
      Basicamente, o Product Owner consegue financiamento inicial e permanente
para o projeto, criando requisitos gerais para o projeto, analisa o retorno do
investimento (ROI), além de estar a parte de objetivos e planos de lançamento
(SCHAWBER, 2004), ele é o representante do sponsor ou patrocinador, do projeto,
atuando junto a equipe de desenvolvimento, podendo ter Analista de Negócios ou a
própria Gerência empresarial se presente, uso dentro da solução proposta pela
monografia baseada neste papel do Scrum.
      O Team, ou Equipe, são os responsáveis pelo desenvolvimento. Prioriza-se
as práticas dentro das Equipes, como serem auto-gerenciáveis, auto-organizadas e
multi-funcionais, e ela é responsável por descobrir como transformar o que há no
Product Backlog em um incremento de funcionalidade dentro de uma iteração, e
gerenciar seu próprio trabalho (SCHAWBER, 2004).
      Os membros da equipe são coletivamente responsáveis pelo sucesso de
cada iteração e do projeto como um todo, assim como o fracasso, na solução desta
monografia, podemos basear que o papel de todos os stakeholders dos projetos
pode ser o mesmo do Team do Scrum.
      O Scrum Master é o responsável pelo processo do Scrum, mantendo unidos
Team e Product Owner e demais envolvidos no projeto, assegurando que todos
sigam as regras e práticas do Scrum, no caso, este papel tem uma modificação
nesta solução da monografia, já que não há por completo o processo Scrum,
atuando então o Gerente de Projetos baseado neste papel do Scrum em manter a
equipe e gerenciar o projeto.
      Em uma analogia presente em (DINSMORE, 2010), os envolvidos em todo o
projeto, devem trabalhar em conjunto, comparando a eficácia da formação em “V”
dos gansos, na consideração do alinhamento estratégico de projetos, “O trabalho
em conjunto e a recíproca contra correntes adversas, tanto entre gansos como entre
projetos estratégicos, criam uma sinergia que os leva eficazmente a seus destinos”
38

(DINSMORE, 2010, p. 40)


2.3.5.2 Cerimônias do Scrum
       O Scrum define 4 cerimônias, ao qual nelas foram baseadas as reuniões
curtas presentes na solução, sendo elas no Scrum (SCRUM ALLIANCE, 2011):
       Sprint Planning: uma reunião onde o Team e o Product Owner decidirão qual
o trabalho será feito durante o sprint.
       Daily Scrum: reunião diária com todo o Team para compartilhar os desafios e
progressos do desenvolvimento.
       Sprint Reviews: reunião de demostração do Team ao Product Owner sobre o
que fizeram.
       Sprint Retrospectives: reunião do Team para procurar melhores formas para
melhorar o processo e o produto ao qual estão desenvolvendo.


2.3.5.3 Artefatos do Scrum
       O Scrum possui três artefatos (SCRUM ALLIANCE, 2011), que são os
componentes onde estão as informações para o desenvolvimento do software,
sendo o embasamento sobre eles aplicado a solução para o Project Backlog e
Painel Kanban.
       Product Backlog: lista priorizada das features/ resultados desejados para o
projeto.
       Sprint Backlog: lista das tarefas a partir do Product Backlog que o Team
deverá fazer no sprint.
       Burndown chart : é um gráfico que permite que seja facilmente perceptível o
andamento do desenvolvido, sugerido um para a sprint e outro para o projeto.


2.3.6 Métodos Ágeis Em Gerenciamento De Projetos
       A utilização de Métodos Ágeis, em especial seus Princípios e Valores,
interligada ao Gerenciamento de Projetos, tem foco principal na mudança cultural
das pessoas envolvidas com os Projetos.
       Pessoas que tendem a evitar mudanças, dificultam a inserção de novos
processos, evitando e até prejudicando a alteração do sistema já existente. Prado
(2004, p. 196) cita as palavras de Maquiavel ao ano de 1514, em que “Não há nada
mais difícil de planejar, de sucesso mais duvidoso, nem mais perigoso de gerenciar
39

do que a criação de um novo sistema. A causa reside em que o iniciador atrai a si a
antipatia dos que lucrariam pela preservação do velho sistema e tem a seu lado
apáticos defensores que seriam beneficiados pelo novo sistema.”


2.3.7 Princípios Dos Métodos Ágeis Em Gerenciamento De Projetos
      Os 12 princípios dos Métodos Ágeis podem se somar a cultura da empresa,
aliados aos Valores, sejam os explicitados pelo XP de Beck (2002) ou de Kerzner
(2002) contribuem para o sucesso.
      Os princípios foram escritos na forma prática, tendo-se que se fazer o seu
entendimento para um forma literal e reflexiva, podendo os mesmos serem
aplicados dentro as áreas do Gerenciamento de Projetos do PMBOK, como a
exemplo, para que junto a solução, torne mais fácil a etapa de Execução dos
Projetos oriundos do Planejamento Estratégico da empresa.
      A citação a seguir é de um artigo publicado em 2010 do mesmo autor desta
monografia, que referência o Princípio Ágil e a Área de Conhecimento do Guia
PMBOK (PMBOK, 2008) com o qual se faz a sua aplicação:
                    “O objetivo deste texto não é comparar as Práticas dos Métodos Ágeis com
                    o Guia PMBOK, mas sim apresentar estes 12 Princípios e aplicá-los nas
                    áreas de conhecimento apresentadas no Guia PMBOK com intuito de
                    enriquecer o Gerenciamento de Projetos e não somente a parte proposta
                    pela Declaração da
                    Interdependência (DOI, 2005) para o Gerente de Projetos.
                    O Gerente de Projetos deve cercar-se de todos os meios que possam
                    ajudá-lo em sua tarefa, assim sendo, trazendo os 12 Princípios Ágeis para
                    dentro do Gerenciamento de Projetos. Pode-se definir que o 1º Princípio,
                    “Nossa maior prioridade é satisfazer o cliente através da entrega contínua e
                    adiantada de software com valor agregado” (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001),
                    resulta em ter-se uma possível diminuição de um grande projeto, para vários
                    subprojetos, para assim, como ocorre no desenvolvimento de software,
                    tornar mais fácil conseguir mensurar erros que possam estar acontecendo,
                    assim como o principal, ir fomentando o patrocinador dos recursos
                    financeiros já aplicados no projeto.
                              A aplicabilidade deste princípio ao (PMBOK, 2008) está em todas as
                    áreas de conhecimento como o Gerenciamentos de Integração,
                    Gerenciamentos de Escopo, Gerenciamentos de Tempo, Gerenciamentos
                    de Custos, Gerenciamentos de Qualidade,Gerenciamentos de Recursos
                    Humanos, Gerenciamentos de Comunicações, Gerenciamentos de Riscos e
                    Gerenciamento das Aquisições. É o uso da antiga frase de origem romana,
                    “dividir para conquistar”.
                              O 2º Princípio, “Mudanças nos requisitos são bem-vindas, mesmo
                    tardiamente no desenvolvimento. Processos ágeis tiram vantagem das
                    mudanças visando vantagem competitiva para o cliente” (PRINCÍPIOS
                    ÁGEIS, 2001), pode tornar-se o mais lucrativo em sua aplicação ao
                    Gerenciamento de Integração, Gerenciamento de Escopo, Gerenciamento
                    de Mudanças, e também ao Gerenciamento da Qualidade, (PMBOK, 2008),
                    fazendo a aplicação deste princípio no pressuposto de que todas as
                    mudanças de requisitos sugeridas são benéficas, algumas inaplicáveis no
                    projeto atual, no entanto, passíveis em uma extensão do projeto. Deixa,
40

portanto, precedentes para um novo contrato, somando-se ainda a questão
a visão de mudanças estar alinhada a geração de novos conhecimentos que
sempre são reutilizáveis, referenciando-se a Gestão de Conhecimento
(BUKOWITZ, 2002).
        O 3º Princípio, “Entregar frequentemente software funcionando, de
poucas semanas a poucos meses, com preferência à menor escala de
tempo”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), é facilmente confundível com o 1o
Princípio citado em termos de Gerenciamento de Projeto, mas
conceitualmente encara-se como ser mais fácil achar problemas em um
pequeno pedaço de um subprojeto do que no projeto inteiro, facilitando o
Gerenciamento de Riscos do Projeto, assim como a área de Gerenciamento
de Tempo, (PMBOK, 2008), convergindo no grupo de processos do
Gerenciamento de Cronograma visando maior controle sobre o
Gerenciamento do Projeto.
        O 4º Princípio, “Pessoas de negócio e desenvolvedores devem
trabalhar diariamente em conjunto por todo o projeto”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS,
2001), reforça o uso de comunicação constante entre Stakeholders e/ou
Patrocinador com a equipe do projeto, especialmente o Gerente de Projetos,
(PMBOK, 2008), tendo pelo Gerenciamento de Comunicações, (PMBOK,
2008), sua organização, facilitando as partes interessadas identificadas nos
processos de iniciação, o repasse de conhecimento sobre aquilo que
realmente necessitam e querem, facilitando o Gerenciamento de Riscos,
(PMBOK, 2008).
        O 5º Princípio, “Construa projetos em torno de indivíduos motivados.
Dê a eles o ambiente e o suporte necessário e confie neles para fazer o
trabalho”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001], deve ser parte do Gerenciamento de
Recursos Humanos do (PMBOK, 2008), mas também presente em todos os
demais, o trabalho deve ser motivado e pode ser por ações de união entre
os colaboradores, benefícios, ou simplesmente evitando horas extras
desnecessárias. É fazer com que o colaborador trabalhe gostando do que
está fazendo, sendo tal princípio diretamente presente em grandes
empresas da área de TI, como em (GOOGLE, 2010) que informa que "No
Google, sabemos que cada funcionário tem algo importante a dizer e que
cada um deles é parte integrante de nosso sucesso".
        O Princípio 6, “O método mais eficiente e eficaz de transmitir
informações para e, entre, uma equipe de desenvolvimento é através de
conversa face a face”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), pelo (PMBOK, 2008),
trata sobre o Gerenciamento de Comunicações do Projeto, sobre dar mais
atenção a transferência de informações pessoalmente do que via outra
meio, assim contribuindo para inúmeras ferramentas importantes para um
Gerente de Projetos, como Marketing de Relacionamento (MCKENNA,
1997).
        O 7º Princípio, “Software funcionando é a medida primária de
progresso”,(PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), atua como um milestone, marco,
para o Gerenciamento de Tempo do (PMBOK, 2008) em termos de
software, e em termos de projeto pode ser considerado como a correta
realização de uma atividade de um pacote de processos.
        O 8º Princípio, “Os processos ágeis promovem desenvolvimento
sustentável. Os patrocinadores, desenvolvedores e usuários devem ser
capazes de manter um ritmo constante indefinidamente”, (PRINCÍPIOS
ÁGEIS, 2001), vem claramente do processo Lean (LEAN, 2010), onde o
objetivo é a produção contínua e com isso gerenciável pelo Gerenciamento
de Integração (PMBOK, 2008) e mensurável pelo Gerenciamento da
Qualidade, (PMBOK, 2008).
        O 9º Princípio, “Contínua atenção à excelência técnica e bom
design aumenta a agilidade”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), é adaptável ao
Gerenciamento da Qualidade do (PMBOK, 2008), onde tendo-se atividades
bem realizadas haverá menor retrabalho, consequentemente um projeto de
melhor qualidade e ainda uma equipe menos desmotivada por erros,
portanto tendo satisfação em trabalhar, contribuindo para o Gerenciamento
41

de Recursos Humanos (PMBOK, 2008).
         O 10º Princípio, “Simplicidade – a arte de maximizar a quantidade
de trabalho
não realizado – é essencial”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), em comparação
ao (PMBOK, 2008) é considerado por muitos autores o mais conflitante,
tendo em consideração que profissionais atacam os Métodos Ágeis
[PACHECO, 2010] em defesa de práticas difundidas pelo PMBOK e outros
acreditam que ambas podem trabalhar juntas, como (TAVARES, 2008),
onde pode-se afirmar que o Princípio Ágil é a recomendação de não perder
muito tempo planejando o que não vai ser necessário fazer, realizando-se
uma reanálise sobre o escopo do Gerenciamento de Escopo, (PMBOK,
2008), mas também pode ser aplicado tal princípio no quesito de otimização
do Gerenciamento de Tempo, (PMBOK, 2008), reajustando atividades e
criando-se um perfil de Gerente de Projetos mais audaz.
         O 11º Princípio, “As melhores arquiteturas, requisitos e designs
emergem de equipes auto-organizáveis”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), está
na mesma área do 8º Princípio, onde tendo um bom relacionamento no
Gerenciamento de Comunicações,(PMBOK, 2008), a equipe trabalha como
um todo melhor, tendo o Gerente de Projetos a real função de gerenciar o
projeto, aplicando maior atenção ao projeto e não em comandar a equipe de
trabalho do projeto.
         Finalizando, o 12º Princípio, “Em intervalos regulares, a equipe
reflete sobre como se tornar mais eficaz e então refina e ajusta seu
comportamento de acordo”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), acrescenta
novamente a importância do Gerenciamento de Comunicações para o bom
andamento de um projeto, uma das práticas comuns em Métodos Ágeis
para Desenvolvimento de Software são as stand-up meeting, ou reuniões
em pé, (TELES, 2004), onde os membros da equipe, conversam
rapidamente fazendo um retrospectiva breve do que vem ocorrendo de
forma satisfatória, ou não, sendo conveniente a aplicabilidade deste
princípio em todos os 5 grupos de processos: Iniciação, Planejamento,
Execução, Monitoramento e Controle, Encerramento (PMBOK, 2008).”
(RODRIGUES, 2010)
42

3 BASE PRÁTICA DA SOLUÇÃO
      A base prática da solução proposta, faz uma miscelânea de práticas
presentes nos Métodos Ágeis e indicadas para modelos de gestões, como Gestão
Estratégica e a Gestão Empresarial.
      Práticas que tem o objetivo de tornar mais simples as centenas de atividades
realizadas no dia a dia das empresas que estão diretamente relacionadas com
projetos, contribuindo para sucesso das empresas (DINSMORE, 2010).
      Os Métodos Ágeis, tanto dentre em seu Manifesto (MANIFESTO ÁGIL, 2001)
quanto em seus Princípios (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), enfatizam a interação com
os envolvidos no projeto, sabendo-se que tudo o que ocorre, é por motivo de
pessoas, com algumas Práticas Ágeis.
      Algumas Práticas Ágeis contribuem para esta melhor interação, contribuindo
também outras tarefas, como a documentação, seja do sistema, projeto,
planejamento, que não será feita só anteriormente, mas em paralelo, como uma
simples ata às Retrospectivas/ Feedbacks ao fim do processo de Execução,
satisfazendo assim uma das informações passadas por Kerzner (2002, p. 52) de
que “se não documentar as lições aprendidas, a empresa pode rapidamente
regredir da maturidade para a imaturidade em gestão de projetos”, ocorrendo que
“O conhecimento é perdido e os erros do passado se repetem”.
      O mapa mental a seguir demostra as principais práticas sugestionadas,
explicitadas nos subcapítulos seguintes.


      Figura 6 - Mapa Mental Da Base De Práticas




      Fonte: O autor (2012)


      Outras práticas e até processos podem ser somados a aplicação desta
solução na empresa, como por exemplo, técnicas de liderança para atuar junto ao
Gerente do Projeto, para facilitar e manter o equilíbrio das tensões entre
43

estabilidades e mudanças (KAPLAN, 2000).
      O importante em termos de práticas, é que auxiliem para sobressair as
vantagens advindas de um projeto bem gerenciado, fazendo com o que foi
planejado seja obtido, “por meio do gerenciamento de projetos há mais chances de
termos clientes satisfeitos.” (PRADO, 2004, p. 20).
      O sucesso desta solução depende de haver comprometimento entre todos os
envolvidos, tanto para com o Planejamento Estratégico, quanto para os processos
de Seleção, Priorização e Execução de Projetos.
      Para exemplificação do que é comprometimento, faze-se uso deste conto:
                     “Uma galinha e um porco estão andando pela estrada. A galinha diz para o
                     porco, "Você quer abrir um restaurante comigo?" O porco considera a
                     pergunta e responde, "Sim, eu gostaria disso. Como você quer chamar o
                     restaurante?" e a galinha responde, "Presunto e Ovos!" O porco pára, pára
                     e responde: "Pensando bem, eu não acho que eu quero abrir um
                     restaurante com você. Eu estaria comprometido, mas você só estaria
                     envolvido.” (SCHWABER, 2004)


3.1   MAPAS MENTAIS
      Como já informado nesta monografia, os mapas mentais são formas de criar
e expressar conhecimento, usando os 2 lados do cérebro, facilitando assim tanto a
explicitação, como o entendimento do conhecimento criado e exposto, facilitando o
fluxo de ideias para como no uso a esta solução, a criação das atividades que
compõem o projeto.
      O uso dos mapas mentais como uma prática para esta solução permite que
sejam detalhadas as atividades e as formas de serem realizadas, observações e
outros assuntos pertinentes aos projetos, sem regras autoritárias, dando assim
liberdade para exposição de ideias.
      Sugestiona-se apenas que seja feita alguma notação para facilitar o
entendimento, como por exemplo em referência aos mapas mentais para o
Planejamento Estratégico, que o segundo nível, ou seja, os primeiros ramos após o
centro, sejam os objetivos, ao terceiro nível estejam as estratégias e ao quarto nível
estejam os projetos, ocultando os detalhes dos projetos que já podem ser
considerados como atividades.
      Também como sugestão, evitar abreviações, escrever de forma simples e
direta, usando o tempo verbal no infinitivo para o terceiro e quartos níveis, conforme
pode ser visto no Anexo A – Planejamento Estratégico do Estudo de Caso.
      Em relação aos mapas mentais dos Projetos, sugestiona-se à ser inserido o
44

máximo de informações pertinentes a realização dos mesmos, como perguntas que
devem ser respondidas em atividades de reunião, ao exemplo. Também o uso de
ícones gráficos pra a facilitação da identificação do tipo de recurso/ atividade à que
se refere aquele ramo, à exemplo o uso de um ícone representando um telefone
para os Recursos Humanos que devem ser chamados para a realização do projeto,
um ícone como um relógio para o ramo que representa o Tempo e Custo do projeto,
ou apenas um ícone gráfico para chamar a atenção a um ramo em especial. No
Anexo B – Documentos de Informações dos Projetos do Estudo de Caso, há os
mapas mentais dos Projetos utilizados para a validação desta solução, ao qual
podem servir de exemplificação.


3.2   MATRIZ DE ANSOFF
       A também chamada de Matriz Produto/Mercado, criada por Igor Ansoff na
década de 50, caracterizada por ter seus 4 quadrantes em Penetração do Mercado,
Desenvolvimento do Produto, Desenvolvimento do Mercado e Diversificação.
       É um modelo gráfico que pode ser utilizado para determinar oportunidades de
crescimento de uma empresa através de seus produtos, e seu uso nesta solução é
neste contexto, através da qual será avaliado se o produto resultante do projeto é
ou não favorável ao atual momento da empresa.
       Como produto, considera-se o resultado do projeto, seja ele realmente um
produto, ou por exemplo, apenas o aprendizado de uma nova tecnologia.
       Ela é uma ferramenta auxiliar, junto a Matriz SWOT, para ajudar a se obter
conhecimentos para pontuar os Projetos na etapa de Seleção e Priorização, através
de informações mais objetivas do que subjetivas, sem limitação de informações a
serem inseridas em cada um de seus quadrantes, mas sugestionando-se o
equilíbrio entre os 4.
       A figura a seguir mostra como é a Matriz Ansoff, sendo todas as usadas para
a avaliação dos produtos dos projetos do Estudo de Caso, presentes no Anexo B –
Documentos de Informações dos Projetos do Estudo de Caso.


       Figura 7 - Matriz De Ansoff
45




      Fonte: O autor (2012) baseado em WIKIPÉDIA (2011)a


3.3   MATRIZ SWOT
      A conhecida matriz de Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas),
Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças), que muitos atribuem a criação
a professores de Hardvard, mas pelo conceito tão simples e aplicável, pode ser fato
a sua origem por volta de 500 a.C por Sun Tzu onde afirmou “Concentre-se nos
pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra
as ameaças”.
      Esta matriz no contexto da solução, terá função primordial para pontuação
dos projetos na etapa de Seleção e Priorização, aliada a Matriz de Ansoff para os
produtos destes projetos.
      A solução torna como importante a pontuação dos projetos e não somente os
produtos, pelo autor desta monografia acreditar que um projeto bem sucedido,
poderá contribuir para a realização de outros projetos semelhantes, ou com o
sucesso do mesmo, poder ser aumentado o limite de realização de projetos
podendo-se acrescentar outros ao portfólio.
      O preenchimento desta matriz é através de informações mais objetivas do
que subjetivas, sem limitação a serem inseridas em cada um de seus quadrantes,
mas sugestionando-se o equilíbrio entre os 4 quadrantes.
      A figura a seguir demostra a Matriz SWOT, sendo todas as usadas para a
avaliação dos projetos do Estudo de Caso, presentes no Anexo B – Documentos de
46

Informações dos Projetos do Estudo de Caso.


      Figura 8 - Matriz SWOT




      Fonte: O autor (2012) baseado em WIKIPÉDIA (2011)b


3.4   PONTUAÇÃO DE PROJETOS
      Os projetos a sem realizados na etapa de Execução, serão Selecionados e
Priorizados, de acordo com o proposta desta solução, pelo seu melhor alinhamento
as estratégias para o sucesso do objetivo exposto no Planejamento Estratégico da
empresa.
      Através de uma planilha contendo perguntas relativas a informações
inseridas nas Matrizes de Ansoff e SWOT, é atribuído uma pontuação a cada
resposta possível a estas perguntas, sendo esta uma forma simples e objetiva
encontrada para se fazer a Seleção e Priorização de Projetos.
      Por ter seus critérios alinhados ao Planejamento Estratégico de cada
empresa, surge a possibilidade de personalização das perguntas e a pontuação de
acordo com a Missão, Visão e Valores da empresa que for fazer uso desta solução,
aumentando a confiabilidade dos critérios, como por exemplo:
      Projeto levará mais tempo que a média dos projetos?
      Se sim=0 pontos; Se não=2;
      Projeto possui mais identificação de Forças que Fraquezas?
47

      Se sim=2 pontos; Se igual=1; Se não=0;
      Projeto atribui a reutilização do mesmo na mesma estratégia ou
embasamento em algo já pronto?
      Se sim=1 pontos; Se não=0;
      No Anexo C – Planilha de Seleção e Priorização do Estudo de Caso, é
possível ver os projetos Selecionados e Priorizados, com todos os critérios usados
para pontuação na planilha presente.
      A ferramenta para o Estudo de Caso utilizada para montagem e utilização da
Planilha foi o Calc, do LibreOffice 3.4, mas pode ser feita em qualquer software de
planilha de texto editável, ou, pode ser desenvolvida esta planilha em forma de
software sem muitas complicações, pela sua simplicidade.


3.5   PROJECT BACKLOG
      Na metodologia Scrum, o Product Backlog é o local onde os requisitos
levantados pelo Product Owner, como uma “lista de requisitos”, ficam armazenados
para que o Product Owner use-os para garantir que a funcionalidade mais valiosa
seja produzida, o que é conseguido através da frequente reanálise deste Product
Backlog, sendo os requisitos mais importantes à serem feitos na próxima iteração.
      O Project Backlog tem o mesmo conceito do Product Backlog, mas ao invés
de requisitos, são os Projetos, que derivam das Estratégias para obtenção dos
Objetivos do Planejamento Estratégico, que ficam armazenados.
      No Project Backlog também estão as demais informações referentes aos
projetos, como os Documentos de Informações dos Projetos, que contém o Escopo,
Mapa Mental, Matriz SWOT e Ansoff de cada projeto, podendo ser comparado então
o Project Backlog também a um repositório de informações.
      Um Analista de Negócios devidamente representando a empresa, ou a
própria direção de mesma, que ficarão como responsáveis do Project Backlog,
como um Product Owner em alusão ao Product Backlog. No Estudo de Caso, por
ser uma empresa em que a Gerência da mesma está envolvida diretamente, ela
que é a responsável não tendo um profissional com esta alcunha de Analista de
Negócios.
      Ao Project Backlog, o acesso do Gerente de Projetos e do time, depende de
como é a política própria de cada empresa em relação a divulgação de informações
aos envolvidos, ou stakeholders, dentro da empresa que usará esta solução, ao
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TCC Especialização Gerenciamento de Projetos

  • 1. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE INFORMÁTICA - FACIN ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS COM ÊNFASE EM TI LUIZ HENRIQUE RAUBER RODRIGUES GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS ESTRATÉGICOS: PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA SELEÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS COM USO DE GESTÃO ESTRATÉGICA, GERENCIAMENTO DE PROJETOS E MÉTODOS ÁGEIS Porto Alegre 2012
  • 2. LUIZ HENRIQUE RAUBER RODRIGUES GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS ESTRATÉGICOS: PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA SELEÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS COM USO DE GESTÃO ESTRATÉGICA, GERENCIAMENTO DE PROJETOS E MÉTODOS ÁGEIS Monografia apresentada a Faculdade de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Campus Porto Alegre, como requisito a obtenção do grau de Especialista em Gerenciamento de Projetos com Ênfase em TI. Prof. Orientador: Adilson Pize Porto Alegre 2012
  • 3. LUIZ HENRIQUE RAUBER RODRIGUES GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS ESTRATÉGICOS: PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA SELEÇÃO E EXECUÇÃO DE PROJETOS COM USO DE GESTÃO ESTRATÉGICA, GERENCIAMENTO DE PROJETOS E MÉTODOS ÁGEIS Monografia apresentada a Faculdade de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Campus Porto Alegre, como requisito a obtenção do grau de Especialista em Gerenciamento de Projetos com Ênfase em TI. Aprovada em ______ de ____________________ de __________. BANCA EXAMINADORA: ___________________________________________ Prof. Adilson Pize - PMI-RS ____________________________________________ Prof. Ms. José Ignácio Jaeger Neto - PMI-RS _____________________________________________ Prof. Ms. Eduardo Meira Peres - PUCRS Porto Alegre 2012
  • 4. Dedico esta monografia a todos que desafiam-se a novas ideias, jogando-se a elas contendo primordialmente o auxílio daquele que sempre deve lhe apoiar incondicionalmente, você mesmo.
  • 5. AGRADECIMENTOS Parece engraçado, mas é difícil nomear a quem agradecer, pois são tantas pessoas que passam em nossas vidas, que deixam-nos algum aprendizado que fica guardando em algum canto do cérebro. Por vezes, no momento em que se recebeu este aprendizado ele não foi útil e até passou despercebido a sua importância, mas cedo ou tarde ele pode ser proveitoso, sendo uma lástima que ao se recordar, infelizmente não fica uma ligação do mesmo com o cartão de visitas da pessoa que lhe passou, tendo-se assim um conhecimento órfão e um agradecimento sem destino. Tentando evitar ao máximo esquecer nomes, tenho a preferência de usar grupos, assim menciona-se todos os membros, inclusos aqueles que realmente impactaram a minha trajetória até o momento. Sem sombra de dúvidas, o primeiro grupo a quem devo todos os agradecimentos desde o início da vida é a família, em especial meus pais, Luiz Francisco e Sueli e a minha irmã Ana Cristina. Sou grato a todos os amigos e networking gerado principalmente por: − Grupo de Usuários de Software Livre Tchelinux.org; − Aos meus colegas desta 4º turma da pós-graduação; − Aos amigos que acreditaram em mim e na ideia de formar o GUGP (Grupo de Usuários de Gerenciamento de Projetos), que propiciou-me conhecer melhor o professor, colega de coordenação do GUGP, amigo e orientador para esta monografia, Adilson Pize, sendo grato a ele pela ajuda; − Ao PMI-RS (Project Management Institute) e a oportunidade de poder contribuir junto a organização do VII e VIII Seminário de Gerenciamento de Projetos e apresentar esta monografia como pôster no VII Seminário de Gerenciamento de Projetos, assim como aos amigos lá formados, que me passaram boas experiências de Gerenciamento de Projetos; − IIBA (International Institute of Business Analysis) Porto Alegre; − A várias comunidades de Agile/ Métodos Ágeis; − A vários Grupos de Usuários da Sucesu-RS.
  • 6. “Tudo no mundo dos negócios ou é um projeto ou está relacionado a um projeto.” Paul Dinsmore “Para projetos diferentes, cuidados diferentes” Darcy Prado “Mantenha a Simplificade” Tom Peters
  • 7. RESUMO Apesar das circunstâncias mudarem constantemente, o “jogo de cintura” não é uma boa tática empresarial. Citando um exemplo de Carlos Alberto Júlio, seria o mesmo comparando empresas à pessoas, ao olhar para aquele amigo boa vida que está gastando o dinheiro dos pais, como sendo sendo aquela empresa que não se planeja, ambos não pensam em seu futuro. Empresas devem pensar estrategicamente e gerenciar seus projetos, mas para as micro e pequenas, que por muitas vezes nem planejamento estratégico têm, esta é uma árdua tarefa. Pensando assim, esta monografia foi escrita baseada em estudo bibliográfico de três assuntos. O primeiro sobre Modelos, Frameworks e/ou Métodos Ágeis, em segundo o Gerenciamento de Projetos e em terceiro sobre Gestão Estratégica, no que tange ao alinhamento dos projetos à estratégia da empresa. Com isso, objetiva-se elucidar uma solução para a seleção e priorização de projetos alinhados à Gestão Estratégica e a realização aplicando-se o Gerenciamento de Projetos com técnicas Ágeis. Esta solução objetiva contribuir para que as micros e pequenas empresas obtenham vantagem competitiva e melhores resultados em seus negócios. Palavras-chave: Gestão Estratégica. Gerenciamento de Projetos. Métodos Ágeis.
  • 8. ABSTRACT Despite the circumstances change constantly, "a hip" is not a good business tactic, exemplified, citing an example of Carlos Alberto Julio would be comparing the same firms to people, look for one good friend who is toasting the life money from parents, as being the one company that does not plan to, both, do not think about their future. Companies must think strategically and manage their projects, but for micro and small, which often do not have strategic planning, this is an arduous task. Thinking thus, this monograph was written based on bibliographical study of three subjects, the first on Models, Frameworks and / or Agile, in accordance with the Project Management, Strategic Management and on the third, regarding the alignment of projects to company's strategy. Thus, the objective is to elucidate a solution to the selection and prioritization of projects aligned to the strategic management, and performance by applying project management techniques with Agile. This solution aims to contribute to the micro and small companies to obtain competitive advantage and better results in their business. Keywords: Strategic Management. Project Management. Agile.
  • 9. ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Representação geral da solução proposta.........................................................22 Figura 2 - Mapa Mental da Base Teórica............................................................................23 Figura 3 - Mapa Mental da Gerência Estratégica...............................................................25 Figura 4 – Diagrama de processo para fazer Planejamento Estratégico...........................26 Figura 5 - Comparação de resultados dos relatórios Chaos..............................................32 Figura 6 - Mapa Mental da Base de Práticas.....................................................................43 Figura 7 - Matriz de Ansoff..................................................................................................46 Figura 8 - Matriz SWOT......................................................................................................47 Figura 9 - Mapa Mental do Detalhamentos dos Projetos...................................................53 Figura 10 - Diagrama de Processo do Detalhamentos dos Projetos.................................54 Figura 11 - Mapa Mental do Projeto Realizar Checklist do Estudo de Caso......................56 Figura 12 - Mapa Mental do Projeto Realizar Checklists do Estudo de Caso....................57 Figura 13 - Matriz Ansoff do Projeto Realizar Checklist do Estudo de Caso.....................58 Figura 14 - Mapa mental da Seleção e Priorização de Projetos........................................59 Figura 15 - Diagrama de processo da Seleção e Priorização de Projetos.........................61 Figura 16 - Mapa Mental da Execução de Projetos............................................................65 Figura 17 - Diagrama de Processo da Execução de Projetos............................................66 Figura 18 - Quadro Kanban................................................................................................68
  • 10. Sumário 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................12 1.1 OBJETIVOS...................................................................................................................14 1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................................14 1.1.2 Objetivos Específicos..................................................................................................15 1.2 METODOLOGIAS..........................................................................................................16 1.2.1 Pesquisa Bibliográfica.................................................................................................16 1.2.2 Desenvolvimento Da Solução.....................................................................................17 1.2.3 Estudo De Caso Da Solução......................................................................................18 1.3 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA.......................................................................................18 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO................................................................................................20 2.1 GESTÃO ESTRATÉGICA..............................................................................................22 2.1.1 Planejamento Estratégico...........................................................................................23 2.1.2 Aplicação De Gestão Estratégica Na Solução..........................................................26 2.2 GERENCIAMENTO DE PROJETOS.............................................................................26 2.2.1 Benefícios...................................................................................................................27 2.2.2 Atribuições...................................................................................................................28 2.2.3 PMBOK.......................................................................................................................29 2.2.4 Aplicação De Gerenciamento De Projetos Na Solução.............................................30 2.3 MÉTODOS ÁGEIS.........................................................................................................30 2.3.1 Onda Ágil....................................................................................................................32 2.3.2 Manifesto E Metodologias...........................................................................................33 2.3.3 Princípios Dos Métodos Ágeis....................................................................................33 2.3.4 Valores Do XP (Extreme Programming).....................................................................34 2.3.4.1 Comunicação ..........................................................................................................35 2.3.4.2 Simplicidade.............................................................................................................35 2.3.4.3 Feedback.................................................................................................................35 2.3.4.4 Coragem..................................................................................................................36 2.3.5 Papéis, Cerimônias E Artefatos Do Scrum.................................................................36 2.3.5.1 Papéis Do Scrum.....................................................................................................37 2.3.5.2 Cerimônias Do Scrum..............................................................................................38 2.3.5.3 Artefatos Do Scrum..................................................................................................38 2.3.6 Métodos Ágeis Em Gerenciamento De Projetos........................................................38 2.3.7 Princípios Dos Métodos Ágeis Em Gerenciamento De Projetos................................39 3 BASE PRÁTICA DA SOLUÇÃO........................................................................................42 3.1 MAPAS MENTAIS..........................................................................................................43 3.2 MATRIZ DE ANSOFF.....................................................................................................44 3.3 MATRIZ SWOT..............................................................................................................45 3.4 PONTUAÇÃO DE PROJETOS .....................................................................................46 3.5 PROJECT BACKLOG....................................................................................................47 3.6 DIAGRAMAS DE PROCESSO .....................................................................................48 3.7 REUNIÕES CURTAS.....................................................................................................48 3.8 INTEGRAÇÃO CONTÍNUA...........................................................................................49 3.9 RITMO SUSTENTÁVEL................................................................................................49 3.10 CONTEÚDO COLETIVO.............................................................................................50 3.11 EQUIPE AUTO-ORGANIZÁVEL..................................................................................50 3.12 RETROSPECTIVA/ FEEDBACK.................................................................................51
  • 11. 4 DETALHAMENTOS DOS PROJETOS.............................................................................52 4.1 DEFINIR ESCOPO........................................................................................................53 4.2 ESPECIFICAR EM MAPAS MENTAIS..........................................................................54 4.3 FAZER SWOT DO PROJETO.......................................................................................55 4.4 FAZER ANSOFF DOS PRODUTOS..............................................................................56 5 SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DE PROJETOS.................................................................58 5.1 DEFINIR CRITÉRIOS....................................................................................................61 5.2 PONTUAR......................................................................................................................62 5.3 SELECIONAR E PRIORIZAR........................................................................................63 6 EXECUÇÃO DE PROJETOS...........................................................................................64 6.1 PLANEJAR EXECUÇÃO DO PROJETO.......................................................................66 6.2 PLANEJAR EXECUÇÃO DA ATIVIDADE......................................................................68 6.3 EXECUTAR ATIVIDADE................................................................................................69 6.4 FINALIZAR ATIVIDADE.................................................................................................69 6.5 FINALIZAR PROJETO...................................................................................................70 7 CONCLUSÃO...................................................................................................................71 7.1 LIMITAÇÕES ESTUDO..................................................................................................72 7.2 TRABALHOS FUTUROS...............................................................................................73 REFERÊNCIAS...................................................................................................................74 ANEXO A – PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO ESTUDO DE CASO.........................78 ANEXO B – DOCUMENTOS DE INFORMAÇÕES DOS PROJETOS DO ESTUDO DE CASO...................................................................................................................................81 ANEXO C – PLANILHA DE SELEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DO ESTUDO DE CASO.......117
  • 12. 12 1 INTRODUÇÃO Hoje é comum dizer que o concorrente não é mais aquela empresa a metros da sua e sim aquela empresa, não rara vezes, desconhecida e/ou de outro país, em virtude do mundo cada vez mais globalizado. Neste ambiente de economia globalizada, a competição empresarial é cada vez mais acirrada, comércio é relativamente livre de tarifas e demais restrições são quase artificiais (HITT, 2001), ocorrendo batalhas diárias, não corporais com mortalidade de pessoas, mas sim batalhas entre empresas atrás de lucros, ocorrendo a mortalidade daquelas que menos conseguem lucros. Do ambiente de antigas batalhas, como as travadas por Sun Tzu, a 2500 anos, se pode fazer uso de suas palavras “se conhecemos o inimigo e a nós mesmos, não precisamos temer o resultado de uma centena de combates. Se nos conhecemos, mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota. Se não nos conhecemos nem ao inimigo, sucumbiremos em todas as batalhas.” Ou seja, o empresário deve conhecer a sua empresa e a dos concorrentes, tendo a liberdade de ainda inserir o mercado. Deve-se conhecer onde sua empresa está inserida para assim melhor posicionar suas vantagens e pontos a melhorar, a fim de criar e gerir as melhores estratégias de crescimento com o uso de Gestão Estratégica. Complementando, “A estratégia nunca foi tão importante quanto no atual ambiente de negócios.” (KAPLAN, 2000, aba livro). Através de estratégias, compostas por projetos, os gerentes almejam alcançar seus objetivos, como reforçar a posição da empresa no mercado, promover a satisfação dos clientes e atingir metas de desempenho, (THOMPSON, 2000) dentre outros objetivos. As estratégias, traçadas no Planejamento Estratégico da empresa, com metas ou objetivos de curto a longo prazo, objetivam que a empresa eleve sua vantagem competitiva, “o planejamento estratégico é essencial para a saúde de cada empresa. Um planejamento estratégico eficaz pode representar, a longo prazo, a diferença entre o sucesso e o fracasso.” (KERZNER, 2002, p.107) O sucesso e o fracasso, dependem da vantagem competitiva por várias fontes, como ter o produto mais bem produzido do mercado, ser capaz de proporcionar serviço superior ao cliente, obter custos mais baixos que os rivais, estar em uma localização geográfica mais conveniente, ter uma tecnologia patenteada, características e estilos mais atraentes para o comprador, nome de
  • 13. 13 marca conhecido e reputação. Basicamente poder “proporcionar um valor maior pelo dinheiro (combinação de boa qualidade, bom serviço e preço aceitável)” (THOMPSON, 2000, p. 153) para o cliente. Outra vantagem impactante é ter o menor tempo de desenvolvimento, teste e adequações, pois “um concorrente pode lançar antecipadamente um produto similar e com melhor competitividade. Uma modificação na legislação pode tornar o produto obsoleto” (PRADO, 2004, p. 196), onde nesta vantagem, o uso de Gerenciamento de Projetos tende a impactar diretamente e de forma positiva. O Gerenciamento de Projetos é aliado para este desempenho de lançamento em menor tempo, sendo que a vantagem competitiva é que quanto mais cedo for encerrado com sucesso um projeto e lançado o seu produto, melhor tende a ser o seu resultado em termos de inovação, market share e oportuniza iniciar antes um processo de melhoria continua deste produto. Pela sua importância no cenário atual, Gerenciamento de Projetos não está mais sendo utilizado apenas para projetos de engenharia de construção, como em sua origem, mas sim tendo utilização nas empresas de todos os tipos, por diversas razões. Isto é o que às está alavancando ao sucesso. As empresas utilizam Gerenciamento de Projetos como uma estratégia gerencial abrangente e não apenas para gerenciar projetos isolados (DINSMORE, 2010). Mas antes de realizar os projetos, deve-se saber selecionar os que estão melhor alinhados à estratégia empresarial. Selecioná-los considerando apenas o projeto de modo isolado, eleva a possibilidade de não se obter bons resultados a longo prazo na organização, além de que “os custos e benefícios de projetos de TI, frequentemente, são afetados por outros projetos.” (JAEGER, 2010, p. 29). A seleção de projetos alinhados à estratégia empresarial é um dos objetivos desta monografia. Após priorizar e executar os projetos, para alcançar o sucesso no menor tempo possível. De acordo com Kerzner (2002, p.46), “Nenhuma empresa no mundo abandonou a gestão de projetos depois de ter passado a utilizá-la. A razão para isso é que este sistema realmente funciona!”, no caso exposto, Gestão de Projetos tem o mesmo conceito do termo Gerenciamento de Projetos, e assim será nesta monografia, por haver referência a vários autores que os usam de formas equivalentes, sendo que outros autores usam estes termos para assuntos diferentes como Dinsmore (2010), mas esta discussão não será abordada nesta monografia.
  • 14. 14 Os projetos, tanto na linha estratégica como isolados, quando bem gerenciados, tendem para que a empresa atinja suas metas. mas se esses projetos forem mal conduzidos, a tendência é de declínio empresarial (DINSMORE, 2010). Portanto, uma forte justificativa para aumentar a capacidade para gerenciar projetos da organização. Alinhado a Gerenciamento de Projetos, nesta monografia usa-se os Métodos Ágeis para Desenvolvimento de Software, ou somente Métodos Ágeis, oriundos de projetos relativos à Tecnologia da Informação. Os Métodos Ágeis são “maneiras melhores de desenvolver software” (MANIFESTO ÁGIL, 2001, site), possuindo um conjunto de Princípios e Práticas altamente adaptáveis, para se gerar mais resultado em menos tempo. E esta adaptabilidade é importante, principalmente em TI, onde os materiais que usamos para criar o produto final são, conforme Schwaber (2004, p. 1) “extremamente voláteis”. Do mesmo autor, salienta que os “requisitos de utilização para um programa” como quase sempre ocorre ao desenvolvimento de software, “os usuários ainda têm que ver o que querem” além da “interoperação de programas de outros sinais com o programa em questão, e a interação dos organismos mais complexos do planeta - as pessoas.” Dentre os Métodos Ágeis, há várias metodologias, mas são utilizadas como objeto de estudo desta monografia apenas a Scrum e a Extreme Programming (XP), sendo utilizados conceitos e práticas destas metodologias. A solução deste trabalho, está exemplificada com o Estudo de Caso da Mercovel Veículos de Santiago, Rio Grande do Sul, especialmente escolhido para exemplificar as etapas, por se tratar de uma pequena empresa do setor automotivo, assim potencializando a demostração da adaptabilidade da solução proposta nesta monografia a segmentos além das empresas de Tecnologia da Informação, para a qual foi inicialmente planejada e desenvolvida. 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo Geral Com a citação de Joel Baker, “Visão sem ação é só um sonho; ação sem visão é um passatempo; visão e ação juntas podem mudar o mundo” no filme o Enigma dos Paradigmas, retirado de (JÚLIO, 2005, p.31), exemplifica-se o uso do conhecimento de Gestão Estratégica como visão e Gerenciamento de Projetos
  • 15. 15 como ação. Apoiado em ambos modelos de gestões, objetiva-se apresentar ao término desta monografia, uma solução para identificar os projetos que melhores estão alinhados ao planejamento estratégico da empresa, e além da seleção e priorização dos mais aptos, otimizar a execução destes projetos através do Gerenciamento de Projetos apoiado com práticas e conceitos dos Métodos Ágeis, atuando em especial para melhorar a comunicação da equipe. A solução está orientada à micro e pequenas empresas, principalmente às de Tecnologia da Informação (TI) (BNDES, 2011; SEPRORGS, 2011), pois “Normalmente as pequenas empresas tem mais facilidades para alcançar a excelência em gestão de projetos via planejamento estratégico”, (KERZNER, 2002, p.113) e as empresa de TI por aceitarem novas propostas com maior facilidade, como exemplo este nascimento dos Métodos Ágeis em seu ambiente. Resumidamente, pretende-se apresentar uma solução simples para “fazer o projeto certo e fazer certo o projeto”. Entenda-se por solução, neste caso, não uma metodologia a ser seguida, mas sim um conjunto de sugestões que podem ser usadas como processos padrões, que podem ser repensados e adaptados para maior segurança dos envolvidos na empresa, “todas as metodologias são baseadas no medo. Tentam criar hábitos que impedem os seus medos de se tornar realidade.” (BECK, 2000, p. 165). E em prol desta adaptação a cada empresa, contribui Prado (2004, p. 187) com “Gerentes diferentes conduzem seus trabalhos de maneira diferente. Projetos diferentes são executados de maneira diferente. Empresas diferentes possuem culturas diferentes.” 1.1.2 Objetivos Específicos Os objetivos específicos são: • Revisão bibliográfica sobre Gestão Estratégica; • Revisão bibliográfica sobre Gerenciamento de Projetos; • Revisão bibliográfica sobre Métodos Ágeis; • Revisão bibliográfica de casos de Gestão Estratégica; • Revisão bibliográfica de casos de Gerenciamento de Projetos; • Revisão bibliográfica de casos de Métodos Ágeis;
  • 16. 16 • Desenvolver e apresentar nesta monografia, uma solução para seleção projetos; • Desenvolver e apresentar nesta monografia, uma solução para priorização de projetos; • Desenvolver e apresentar nesta monografia, uma solução para a execução de projetos; • Acompanhar os resultados obtidos através da solução implantada no Estudo de Caso; • Demostrar como exemplificação da solução proposta os resultados obtidos e permitidos do Estudo de Caso. 1.2 METODOLOGIAS 1.2.1 Pesquisa Bibliográfica A pesquisa científica para trabalhos de conclusão de curso é dividida em vários métodos para aquisição de conhecimento, onde, nesta monografia fez-se uso principalmente de Revisão Bibliográfica. Para a Revisão Bibliográfica, foram selecionadas obras de Gestão Estratégica, Planejamento Estratégico, Administração de Empresas, Gerenciamento de Projetos e Metodologias Ágeis, que descrevem práticas e/ou estudos de casos. Alguns conceitos, princípios e estudos de caso de Métodos Ágeis, provêm também de sites na internet, além dos livros referenciados. A partir de livros, e neles a partir de estudos de casos, relatos e referências, como os presentes em (DISNORE, 2010), (KERZNER, 2002), (KAPLAN, 2001), (VARGAS, 2009), (PRADO, 2004), (SCHWABER, 2004), (BECK, 2000) foram analisados aspectos como: • Maturidade da empresa em relação a Gestão Estratégica e/ou Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis; • Situação inicial da empresa antes do uso de Gestão Estratégica e/ou Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis; • Situação atual da empresa após o uso de Gestão Estratégica e/ou Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis ; • Melhorias conseguidas através do uso de Gestão Estratégica e/ou Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis;
  • 17. 17 • Práticas empregadas nas empresas para uso de Gestão Estratégica e/ou Gerenciamento de Projetos e/ou Métodos Ágeis. 1.2.2 Desenvolvimento da solução A partir das referências bibliográficas, foi desenvolvida uma solução única, dividida em etapas, aplicando-se práticas e conceitos presentes em Gestão Estratégica, Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis. Com a frase de Tom Peters, “Mantenha a Simplicidade” em mente, buscou-se a maior clareza possível, inclusive na representação de cada assunto, etapa ou conhecimento, apresentados com o uso de mapas mentais, “Mapas mentais, também conhecidos como mindmaps, são considerados um padrão mundial para criação, gerenciamento e comunicação de idéias. Os mapas mentais apóiam a organização de idéias, de conhecimento através de uma visualização intuitivia e amigável, além de possuir grande versatilidade visual. Mapas mentais se iniciam com uma idéia central, onde todos os ramos do mapa significam uma decomposição da idéia principal em idéias relacionadas, baseadas em um modelo visual de pensamento. O pensamento visual é um conceito baseado nas pesquisas de como o cérebro humano funciona, onde se busca o estímulo do senso visual e tátil, de modo a aumentar a criatividade e o entendimento das partes em um todo unificado, reduzindo o tempo de desenvolvimento e entendimento de idéias.” (VARGAS, 2009) Os mapas mentais serão usados também para explicitação de outros conhecimentos, aos quais foram desenvolvidos utilizando-se o software opensource VYM (View your Mind), disponível em http://sourceforge.net/projects/vym/. A forma de executar a solução é feita através de diagramas de processos baseados na notação BPMN (Business Process Modeling Notation), “O desenvolvimento da BPMN foi baseado na revisão de outras gramáticas incluindo UML, IDEF, ebXML, RosettaNet, LOVeM e EPCs. O desenvolvimento do BPMN resultou da demanda geral para uma maior padronização na área de gestão de processos de negócio, e procurou satisfazer as demandas de comunicação relacionada com a descrição gráfica dos processos de negócio.” (RECKER, 2011) Os diagramas de processos baseados na notação BPMN apresentados foram desenvolvidos através do uso do software gratuito yED, disponível em http://www.yworks.com/en/products_yed_about.html e feito neste também a figura presente no capítulo REFERÊNCIAL TEÓRICO. As matrizes e demais figuras foram desenvolvidas com o software opensource Gimp (GNU Image Manipulation Program), disponível em http://www.gimp.org.
  • 18. 18 1.2.3 Estudo de Caso da Solução A solução proposta nesta monografia, foi validada na empresa de pequeno porte Mercovel Veículos, da cidade de Santiago, Rio Grande do Sul. Com nove funcionários divididos entre os setores de prestação de serviços em oficina mecânica e de funilaria, locação de automóveis e comercialização de veículos zero quilômetros Volkswagem e usados multi-marcas. O setor de oficina mecânica é o estudo de caso desta solução, sendo após o Planejamento Estratégico específico para este setor, aplicada todas as etapas desta solução. Até a presente finalização desta monografia, a etapa de Execução não estava totalmente concluída, seus resultados estratégicos sobre o mercado não obtidos e portanto, validada a eficiência da solução proposta nesta monografia, logo os resultados da Execução não serão expostos. 1.3 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA Da conhecida questão de “fazer o projeto certo e fazer certo o projeto”, comumente mencionado por Gerentes de Projetos em bate-papos de networkings, surgiu a ideia da realização desta monografia de conclusão de curso. Atualmente, (KERZNER, 2002), Gerenciamento de Projetos está alinhando a Gestão Estratégica de uma empresa apenas quando a mesma possui uma alta maturidade em Gestão por Projetos, que (DINSMORE, 2010) conceitua por abranger conceitos como a governança de projetos, gerenciamento de portfólios de projetos, gerenciamento de programas e o gerenciamento de projetos em sí. Por (KERZNER, 2002), uma empresa de alta maturidade possui uma metodologia de Gerenciamento de Projetos já implementada e funcionando no mínimo há 2 anos, além dos demais conceitos, enquanto uma de maturidade mais baixa, ainda não está com tais conceitos nem instituídos. Normalmente, as que estão em nível de maturidade mais baixo, (KERZNER, 2002), infelizmente, não têm uma aplicação tanto da Gestão Estratégica, quanto do Gerenciamento de Projetos. Uma falha grave, pois o Gerenciamento de Projetos está se tornando parte da filosofia gerencial das organizações, assim com a qualidade total, a satisfação dos clientes ou a administração enxuta. O mesmo está se tornando inerente, devendo fazer parte integrante da empresa, pois é uma forma consagrada de atingir metas (DINSMORE, 2010). Como situação problema, notou-se, principalmente em empresas
  • 19. 19 classificadas como de maturidade mais baixa por Kerzner (2002), duas necessidades. A primeira é um processo simples para se identificar projetos que estejam alinhados à estratégia da empresa, como cita Kerzner (2002, p. 130), “Aquilo que uma empresa deseja fazer nem sempre é o que ela pode fazer e, normalmente, o maior obstáculo está na disponibilidade e qualidade dos recursos necessários”. A segunda necessidade é realizar o gerenciamento otimizado destes projetos com a ajuda de técnicas ágeis, que além de tender à obtenção dos produtos destes projetos em menor tempo, utilizam menos recursos.
  • 20. 20 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO Indiscutivelmente a quem acompanha o estudo e/ou emprego de Gestão Estratégica, Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis, sabe que são assuntos que estão presentes na maioria dos eventos na área de Gerenciamento de Projetos e Tecnologia da Informação (TI), locais onde o autor desta monografia tenta estar sempre presente, notando que os relatos vão de conceituais à práticos. Mas apenas de ter o emprego de tais Gestões e/ou Métodos, não garante o sucesso empresarial ou dos projetos, necessita-se que a implementação destas estejam em uso, e partir de estratégias empresariais traçadas e planejadas. As estratégias devem ser traçadas e planejadas, sem tal, torna-se mais difícil de se prever inovações, que normalmente garantem a desejada vantagem competitiva em relação a concorrência. Além de elevar o risco de falha no sucesso destas estratégias, “a fase de planejamento é a mais importante de qualquer tipo de projeto. Em teoria, o planejamento adequado é garantia do sucesso de um projeto.” (KERZNER, 2002, p.178). O planejamento destas estratégias deve ser registrado formalmente no Planejamento Estratégico, presente em Gestão Estratégica, e fazer-se o uso de Gerenciamento de Projetos, pois sem ele, eleva-se o risco de não se obter sucesso no desenvolvimento destas estratégias traçadas e com isso não se conseguir os objetivos desejados. A utilização de Gerenciamento de Projetos visa contribuir para a execução da estratégia, que por Kaplan na citação a seguir, ressalta ser indicada por gestores como mais importante que a própria estratégia. “Pesquisa entre 275 gestores de portfólio mostrou que a capacidade de executar a estratégia é mais importante do que a qualidade da estratégia em sí. Estes gerentes citaram a implementação da estratégia como o fator mais importante na avaliação da gerência e da corporação. Essa descoberta parece surpreendente, pois nas últimas duas décadas os teóricos em gestão, os consultores gerenciais e a imprensa especializada se concentraram em como desenvolver estratégias capazes de gerar desempenho superior. Aparentemente, a formulação da estratégia nunca foi tão relevante” (KAPLAN, 2000, p.11) Complementando, Thompson (2000, p.2) menciona que “Em verdade, uma boa estratégia e uma boa execução da estratégia são os sinais mais confiáveis de uma boa gerência.”, a aplicação de Gestão Estratégica e Gestão de Projetos, devem ter atenção especial dos responsáveis pelo gerenciamento empresarial. Na figura abaixo representa-se a proposta ideológica da solução que será apresentada, cada círculo representa uma das temáticas principais, interligados, de forma proposital as linhas tracejadas, demostrando que tanto pode entrar como sair
  • 21. 21 conteúdo. Ou seja, permite adaptabilidade, assim como os círculos não estarem totalmente dentro do retângulo, que significa que não se deve ficar limitado ao que a solução apresenta, o popular, “pensar fora da caixa”. A adaptabilidade mencionada pelos círculos tracejados, ilustra que a solução não faz uso totalmente de Gestão Estratégica, Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis e que novos conhecimentos podem ser adicionados à implantação da solução na empresa que a for usar. Exemplificadamente, novas práticas dos Métodos Ágeis podem ser usadas para a execução, ou se fazer uso massivo de um Plano de Gerenciamento de Riscos. Figura 1 - Representação Geral Da Solução Proposta Fonte: O autor (2012) Para contextualizar melhor o estado da arte, servir de início para a busca de maiores conhecimentos através da sugestão às referências desta monografia, e para facilitar o entendimento da solução proposta, os capítulos seguintes tratarão sobre Gestão Estratégica, Gerenciamento de Projetos e Métodos Ágeis. Resumidamente, no mapa mental a seguir, é explicitado toda a parte teórica da solução proposta para Seleção, Priorização e Execução de Projetos. Figura 2 - Mapa Mental Da Base Teórica
  • 22. 22 Fonte: O autor (2012) 2.1 GESTÃO ESTRATÉGICA Do famoso conto de fadas Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, há sempre a lembrada conversa entre os personagens Alice e o Gato de Cheshire, onde a mesma encontrando-se perdida e pede ao gato qual caminho tomar, o mesmo ao indagá-la sobre para onde ela quer ir, recebe como resposta “não sei”, logo, o felino lhe responde que tanto faz, dando-nos como moral que, se não se sabe para onde quer ir, tanto faz o caminho. Este “onde ir” é exposto no Planejamento Estratégico através dos objetivos da empresa, incluso à Gestão Estratégica que possui por objetivo monitorar o “caminhar” até o objetivo, através de estratégias que enfatizam o “como ir” e projetos o “o que fazer pra ir”. Conceitualmente reforçado em (FGV, 2009), por assim define a Gestão Estratégica como um processo contínuo de determinação da visão, da missão e dos objetivos da organização, em consonância com seus valores ou princípios, sendo estas etapas bases, seguindo no contexto de seu ambiente competitivo de atuação, visando à formulação, à implementação e o controle de estratégias apropriadas para assegurar o sucesso da empresa. Em Gestão Estratégica, em especial para esta monografia, é importante que a empresa que aplicar esta solução tenha o seu Planejamento Estratégico, pois dos objetivos ali traçados para o negócio que virão as estratégias que resultarão em projetos para serem gerenciados. Como cita Prado (2004, p. 29) “a origem dos projetos nas empresas é muito diversificada, mas existe uma forte ligação com a origem das metas capazes de atender à estratégia de negócios da empresa”. A importância de todas as empresas fazerem uso de Planejamento Estratégico é explicada por Kerzner (2002, p. 107) que afirma “O planejamento estratégico é essencial para a saúde de cada empresa. Um planejamento estratégico eficaz pode representar, a longo prazo, a diferença entre o sucesso e o fracasso.”
  • 23. 23 A solução proposta só irá funcionar se a empresa fizer uso de Gestão Estratégica, ou ter ao menos o conceito de Visão e o Planejamento Estratégico, pois, pior que uma estratégia simplificada é não ter estratégia nenhuma. Como referenciado em (JÚLIO, 2005), não ter visão do negócio, equivale a navegar sem bússola, ou um avião que voa 10 minutos no sentido contrário de sua rota, que está 20 minutos mais longe do destino desejado. Ressalta-se a importância da Gestão Estratégica, não somente em Planejamento Estratégico, mas sim para a administração do negócio das empresas. Boa parte das empresas hoje operam por meio de unidades como ponto de vendas pequenos e representantes, ou seja, através de equipes descentralizadas, muito mais próximas dos clientes do que o pessoal das grandes organizações. Estas reconhecem que a vantagem competitiva deriva mais de recursos intangíveis, como conhecimento, capacidades e relacionamentos criados pelos empregados do que de investimentos em ativos físicos e do acesso ao capital. Portanto, a implementação da estratégica exige que todas as unidades de negócio, unidades de apoio e empregados estejam alinhado e conectados com a estratégia (KAPLAN, 2000). Pelas mudanças de tecnologia, na concorrência e nos regulamentos, a formulação e a implementação da estratégia deve ser um processo contínuo e participativo. As empresas necessitam de uma linguagem para a comunicação tanto da estratégia, como dos processos e sistemas que contribuem para a implementação e ou que gerem feedback da mesma. O sucesso exige que a estratégia se transforme em tarefa cotidiana de todos os envolvidos, (KAPLAN, 2000) todos os stakeholders (recursos humanos diretamente envolvidos ou impactados por projetos). A Gestão Estratégica, em uma analogia, é o registro da observação da expressão popular “um olho no peixe e outro no gato”. Ou seja, o objetivo da empresa, o lucro, representa o peixe, mas sempre há o concorrente, que representa o gato, ambos com o mesmo objetivo, o peixe (JÚLIO, 2005). 2.1.1 Planejamento Estratégico O planejamento estratégico não é apenas um plano de objetivos, estratégias e ações ou projetos, ele envolve “quem nós somos, o que fazemos e para onde estamos direcionados” (THOMPSON, 2000, p. 14). Comumente também é visto
  • 24. 24 com a alcunha de visão, missão e valores. Sendo assim uma soma de vários pontos que levam a estratégica formulada pensando-se no negócio para o sucesso do negócio. É importante ser feito, seguido e atualizado, não é porque, exemplificadamente, que um projeto anterior foi um sucesso que o próximo será, assim como se antigamente uma estratégia era excelente, hoje pode não ser. É perigoso imaginar que sendo feito da mesma maneira e assim mais “folgada” que tudo vai “correr às mil maravilhas” (PRADO, 2004), o área de Gestão Estratégica nos ensina que o planejamento estratégico deve ser um guia, visto, revisto, atualizado, e como Kerzner (2002. p. 114) afirma, “O planejamento estratégico eficaz para a gestão de projetos é uma tarefa interminável.” Em (THOMPSON, 2000) define-se cinco atividades, denominadas como “Tarefas da Gerência Estratégica”, onde o mapa mental a seguir faz uso do demostrado em (THOMPSON, 2000, p. 14). Figura 3 - Mapa Mental Da Gerência Estratégica Fonte: O autor (2012) baseado em (THOMPSON, 2000, p. 14) Em exemplificação ao que é um Planejamento Estratégico, de forma simples e com uso de mapas mentais, no Anexo A desta monografia, há o Planejamento Estratégico do Estudo de Caso, feitos de acordo com o processo definido pelo diagrama a seguir. Figura 4 - Diagrama De Processo Para Fazer Planejamento Estratégico
  • 25. 25 Fonte: O autor (2012) As atividades citadas no diagrama, referênciam diretamente o mapa mental anterior, mas noo diagrama demostra-se a sequência das atividades e o mapa mental toda a ideia que compoê o Planejamento Estratégico, assim como ocorre em outras partes desta monografia. A atividade “Definir bases teórico filosóficas” é o mesmo que “Desenvolver a visão estratégica e a missão do negócio”, ambas falando que deve ser feito no Planejamento Estratégico a definição de Missão, Visão e Valores da empresa, assim posteriormente os Objetivos da empresa, as Estratégias para se alcançar os Objetivos, e os Projetos para atender as Estratégias.
  • 26. 26 2.1.2 Aplicação de Gestão Estratégica na Solução A Gestão Estratégica está inserida dentro da solução proposta principalmente em se fazer o uso obrigatório do Planejamento Estratégico, contribuindo com o uso de Gerenciamento de Projetos para que sejam alcançados os objetivos ou ao dito popular, do “como se chegar” ao “aonde se quer ir”. Para que tal ocorra, além de toda uma nova cultura empresarial, ressaltando- se os Valores e Princípios dos Métodos Ágeis a serem explicados em capítulo futuro, os projetos, principalmente os de TI, de acordo com a experiência do autor desta monografia e relatórios mencionados no capítulo seguinte sobre Métodos Ágeis, falham muito no popular “aonde se quer ir” pois Beck (2000, p. 43) diz que para projetos de TI que “O primeiro passo é decidir sobre o âmbito. O que é isso que vamos tentar prescrever? Que tipos de problemas que vamos abordar e que tipos de problemas vamos ignorar?”, neste ignorar, entram muitos problemas do popular “como chegar”, como exemplo, o uso um tecnologia na qual a grande parte da equipe não tem conhecimento, tendo então a ser ignorada esta tecnologia e se fazer uso de uma que a maioria da equipe conheça. O uso de Gestão Estratégica esta alinhado dentro da solução no sucesso empresarial, mais do que do próprio projeto, pensando-se na questão do foco em micro e pequenas empresas em que, os recursos investidos devam ser bem analisados, podendo com facilidade ocorrer o cancelamento de algum projeto em razão de fortalecer o sucesso de outro mais estratégico. O Gerenciamento de Projetos, para empresas que nem do Planejamento Estratégico fazem uso, tende a não ter o sucesso impactante ao qual é possível, para as empresas, este é o primeiro passo para a maturidade que Kerzner (2002) avalia as empresas, e o primeiro passo para que esta execução da solução da monografia possa ter bons resultados, a “Estratégia se faz com Planejamento e Execução. É crucial investir tempo e recursos financeiros em estratégia. Deve-se criar o hábito de pensar em estratégica” (JÚLIO, 2005, p. 29). A partir de um Planejamento Estratégico que serão selecionados e priorizados os projetos a serem posteriormente executados, com a orientação da solução proposta nesta monografia. 2.2 GERENCIAMENTO DE PROJETOS Reiterando-se de conceitos básicos para o bom entendimento, como a
  • 27. 27 definição de projeto sendo “um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. A sua natureza temporária indica um início e um término definidos” presente no Guia PMBOK (PMBOK, 2008, p. 440), onde trata- se que Gerenciamento de Projetos é a aplicação de conhecimento, habilidades, ferramentas e práticas às atividades do projeto a fim de atender aos seus requisitos. O Gerenciamento de Projetos é a atividade do Gerente de Projetos, que por sua vez o (PMBOK, 2008, p. 13) define em “a pessoa designada pela organização executora para atingir os objetivos do projeto.” Em (DINSMORE, 2010) simplifica que tudo no mundo dos negócios ou é um projeto ou está relacionado a um projeto, e que centenas de atividades realizadas no dia a dia das empresas estão diretamente relacionadas com projetos. 2.2.1 Benefícios Em (VARGAS, 2009) explicita que dentre os principais benefícios da utilização do gerenciamento de projetos, podem-se destacar, resumidamente: • Surpresas negativas durante a execução dos trabalhos; • Permite desenvolver diferenciais competitivos e novas técnicas, uma vez que toda a metodologia está sendo estruturada; • Prevê as situações desfavoráveis que poderão ser encontradas, para que ações preventivas e corretivas possam ser tomadas antes que essas situações se consolidem como problemas; • Adapta os trabalhos ao mercado e ao cliente; • Disponibiliza os orçamentos antes do início dos gastos; • Agiliza as decisões, já que as informações estão estruturadas e disponibilizadas; • Aumenta o controle gerencial de todas as fases implementadas devido ao detalhamento ter sido realizado; • Facilita e orienta as revisões da estrutura do projeto que forem decorrentes de modificações no mercado ou no ambiente competitivo, melhorando a capacidade de adaptação do projeto; • Otimiza a alocação de pessoas, equipamentos e materiais necessário; • Documenta e facilita as estimativas para futuros projetos. O Gerenciamento de Projetos tem sido constantemente mencionado na
  • 28. 28 literatura de negócios, seja que nível for, que por (DINSMORE, 2010) informa que não é por acaso que é a forma de fazer com que as coisas sejam melhor feitas . No mesmo contexto de (DINSMORE, 2010), Kerzner (2002, p. 32) enfatiza que “As empresas que optaram por utilizar uma metodologia de gestão de projetos perceberam, em seguida, que o potencial de benefícios existente era bem maior do que o originalmente visto como possível.” 2.2.2 Atribuições O estabelecimento de um projeto, advém de várias razões e objetivos, como redução de custos, posicionamento de mercado, obtenção de economia de escala, lançamento de novos produtos ou tecnologias, melhoria de sistemas atuais, implementação de processos de mudança organizacional, desenvolvimento sobre requisição de novos softwares, dentre outros. Ao Gerenciamento de Projetos, é atribuído inúmeros sucessos na realização de projetos, de infindáveis áreas, onde além de que, por direcionamento e disciplina, o próprio gerenciamento acaba tornando-se um diferencial para a empresa e produto, pois “todos os projetos oferecem oportunidades de inovação, dependendo da orientação que estiver sendo seguida.” (JAEGER, 2010, p. 29) Os sucessos do Gerenciamento, pode vir de centenas de pequenos projetos ocorrendo em paralelo as operações rotineiras da maioria das organizações, técnicas e métodos de Gerenciamento de Projetos são aplicados hoje em várias organizações com estrondoso sucesso (PRADO, 2004). Tal Gestão têm permeado setores normalmente avessos a administração mais quantificada, como o de Recursos Humanos (PRADO, 2004), sendo este uma das áreas de estudo desta monografia onde se faz uso dos Princípios dos Métodos Ágeis. Esta inserção de Gerenciamento de Projetos a outros setores, está transformando o Gerenciamento de Projetos, conforme afirma Prado (2004, p. 25) em uma “boa prática da administração”, e esta é a tendência gerencial mais marcante nas organizações atualmente, que para Tom Peters, em Career Suvival Guide. Publicado pela revista Exame de Agosto de 1997, p. 109, “o trabalho por projetos é o futuro da empresa”.
  • 29. 29 2.2.3 PMBOK O PMBOK Guide (Project Management Book of Knowledgment), ou, Guia PMBOK (Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos), é uma obra criada pelo PMI (Project Management Institute), no qual é referência para todo e qualquer assunto em Gerenciamento de Projetos (PMBOK, 2008). O livro define um ciclo de vida do projeto, divido em Início do Projeto, Organização e Preparação, Execução do Trabalho do Projeto e Encerramento do Projeto, dentro deste ciclo estão os os grupos de processos, que são Processos de Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle, e por fim o de Encerramento (PMBOK, 2008). Preenchendo os processos, há 9 áreas de Conhecimento (PMBOK, 2008): • Gerenciamento de Integração; • Gerenciamento do Escopo; • Gerenciamento do Tempo; • Gerenciamento dos Custos; • Gerenciamento da Qualidade; • Gerenciamento dos Recursos Humanos; • Gerenciamento das Comunicações; • Gerenciamento dos Riscos; • Gerenciamento das Aquisições; A partir dele que se iniciou os estudos para esta monografia, baseando-se principalmente na área de Recursos Humanos e a de Comunicações. Todo projeto, tem um início e um fim, portanto, a solução proposta está dentro deste ciclo de vida proposto no PMBOK 4º Edição na caracterização do projeto, mas não dentre os grupos de Processo, pois focou-se apenas em 3 processos, denominados etapas, Detalhamento dos Projetos, Seleção e Priorização dos Projetos, Execução dos Projetos. Salienta-se, que a solução proposta e o guia PMBOK não são excludentes, apenas focou-se que a solução proposta tende a satisfazer melhor as micro e pequenas empresas, especialmente as de Tecnologia da Informação, (BNDES, 2011; SEPRORGS, 2011).
  • 30. 30 2.2.4 Aplicação de Gerenciamento de Projetos na Solução O Guia PMBOK (PMBOK, 2008) está divido em 9 Áreas de Conhecimento, aos quais foi feita uma analogia a cada Princípio dos Métodos Ágeis. Estas Áreas de Conhecimento são partes importantes do Gerenciamento de Projetos, mas, pela solução ser simplificada, nem todas foram adaptadas, e recebem maior atenção o Gerenciamento das Comunicações e o Gerenciamento dos Recursos Humanos. O Gerenciamento dos Recursos Humanos, que o PMBOK (PMBOK, 2008, p. 215) define como “inclui os processos que organizam e gerenciam a equipe do projeto. A equipe do projeto consiste nas pessoas com papéis e responsabilidades designadas para a conclusão do projeto”, assim como o Gerenciamento das Comunicações, explicitado pelo PMBOK (PMBOK, 2008, p. 243) como “inclui os processos necessários para assegurar que as informações do projeto sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de maneira oportuna e apropriada”, para a solução desta monografia, devem estar dentre os conceitos tanto dos Valores do XP quanto dos Princípios dos Métodos Ágeis. Ambas áreas, são vitais para que qualquer estratégia gere resultados positivos, e o uso em especial destas áreas na solução confirma por (KAPLAN, 2000) que mudanças nestas geram resultados mais perceptíveis, além de que a estratégia exige mudanças em praticamente todas as partes da organização, demandando trabalho em equipe para a coordenação das mudanças. Motiva portanto os esforços da aplicação da solução desta monografia sosbre estas duas áreas, o impacto de mudanças tende a ser maior ainda mais se levado em consideração o percentual de investimento em recursos financeiros frente as demais áreas, visto que tirando práticas como treinamentos e consultorias externas, o restante está baseado em ações comportamentais sem custos. O Gerenciamento de Projetos é a base de toda a solução, não há especificamente uma aplicação única do mesmo, pois a solução como um todo é para Gerenciamento de Projetos, mas sobre tal é a responsabilidade da etapa de Execução na solução proposta nesta monografia. 2.3 MÉTODOS ÁGEIS Para se avaliar algo, a principal métrica são os números, e estes são
  • 31. 31 explicitados pelos relatórios Chaos Report (STANDISH, 2009) e o Chaos Manifesto (STANDISH, 2011), onde apresenta-se que houve crescimento no sucesso de projetos de desenvolvimento de software, e este sucesso é em muito atrelado ao sucesso dos métodos ágeis. O gráfico abaixo demostra que os projetos que começam e terminam com sucesso, aumentaram de 32% em 2008, para 37% em 2010, anos aos quais as pesquisas expostas em 2009 e 2011 pelo Standish referenciam. Da mesma, os projetos fracassados caíram de 24% para 21%, e os contestados, ou desafiados, aqueles que foram finalizados mas com atrasados ou fora do orçamento, diminuíram de 44% para 42%. Figura 5 - Comparação De Resultados Dos Relatórios Chaos Fonte: O autor (2011) baseado em (STANDISH, 2009) e (STANDISH, 2011) O relatório The State of Agile Development, publicado no 3rd Annual Survey (VERSIONONE, 2008), apresenta que 55% dos projetos que usam Métodos Ágeis estão entre 90% e 100% de sucesso. Com tais números, é possível salientar porque 76% das empresas consultadas no relatório IT Governance and Project Management Survey (DR DOOB'S, 2009) adotaram técnicas dos métodos ágeis em um ou mais projetos. O Standish Group (STANDISH, 2011) afirma que a adoção de métodos ágeis está em torno de 22% CAGR (Taxa de Crescimento Composto Anual), e que tais métodos representam mundialmente 9% de todos os projetos, sendo-os usados em 29% dos desenvolvimentos de novas aplicações. Os Métodos Ágeis é uma coleção positiva de valores, princípios e práticas ou técnicas, de metodologias usadas desde a década de 90 para desenvolvimento de software, época na qual projetos de TI (Tecnologia da Informação) sofriam duras
  • 32. 32 críticas e eram considerados sempre falhos, pois havia um maior desenvolvimento do hardware em relação aos softwares que os mesmos teriam que utilizar, (COHEN, 2004). Inúmeros livros e artigos surgem constantemente com comparações, avaliações, pontos de vista favoráveis ou não, a aplicabilidade dos Métodos Ágeis em relação ao Guia PMBOK (PMBOK, 2008), e em (SLIGER, 2006) se diz que apesar das diferenças de filosofias entre PMI e Agile, muitas das práticas do (PMBOK, 2008) são compatíveis com as práticas ágeis. Em (KOCH, 2004) há uma comparação completa dos processos do (PMBOK, 2008) com as práticas dos Métodos Ágeis, concluindo que nada nas Metodologias Ágeis é incompatível com os processos do PMBOK e que pode ser oportuno reforçar as Metodologias Ágeis com processos do PMBOK, porém somente onde realmente necessário e sem comprometer a agilidade. Os métodos ágeis possuem embasamento em 12 recomendações, denominadas Princípios para o Desenvolvimento Ágil de Software (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001). Estes essencialmente ressaltando valores ao qual ajudam não apenas projetos para desenvolvimento de software, mas possivelmente todo e qualquer tipo de projeto por se tratarem principalmente de mudanças comportamentais, e acreditando-se nisso fazer-se o emprego na solução proposta nesta monografia. 2.3.1 Onda Ágil Os Métodos Ágeis, ou Agile, surgiram com o intuito de desenvolvimento mais rápido e eficaz de softwares, proporcionando entregas mais rápidas em detrimento de menos processos de Engenharia de Software (MAGELA, 2006). O desenvolvimento de software, orientado por práticas ágeis de forma organizada como há atualmente, data do ano 2001, onde 17 profissionais da TI e outros simpáticos à causa, observaram a necessidade de uma documentação formal que guiasse o desenvolvimento ágil, criando assim o Manifesto Ágil (MANIFESTO, 2001) e os 12 Princípios dos Métodos Ágeis para Desenvolvimento de Software (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001). Os marcos iniciais, e mais conhecidos, que levaram a criação deste consórcio de profissionais e da Agile Alliance (AGILE ALLIANCE, 2010), foram o projeto gerido por Kent Beck, que criou o XP (Extreme Programming), o projeto
  • 33. 33 Chrysler Comprehensive Compensation System, comumente chamado de C3 (C3, 1995) e o do United Overseas Bank, no qual Peter Coad e Jeff de Luca implementaram o FDD (Feature-Driven Development) publicado pela primeira vez em (COAD, 1998). A Onda Ágil é facilmente perceptível na quantidade crescente de eventos sobre o assunto (RODRIGUES, 2010), e pelo PMI (Project Management Insitute) ter em atual estado validação uma certificação para Gerentes de Projetos Ágeis, a Agile PMP, com informações presentes em http://www.pmi.org/Certification/New-PMI- Agile-Certification/PMI-Agile-Toolbox.aspx assim como um grupo web mantido pelo instituto, denominado PMI Agile Community of Practive, acessível em http://agile.vc.pmi.org 2.3.2 Manifesto e Metodologias As Metodologias Ágeis, podem ser explicadas com o embasamento do manifesto feito pela maioria dos seus autores: “Indivíduos e interação entre eles mais que processos e ferramentas, Software em funcionamento mais que documentação abrangente, Colaboração com o cliente mais que negociação de contratos, Responder a mudanças mais que seguir um plano” (MANIFESTO ÁGIL, 2001) Há inúmeras metodologias ágeis, sendo as principais Extreme Programming (XP), Scrum, DSDM, Adaptive Software Development, Crystal, Feature-Driven Development, Pragmatic Programming e Lean, mas, foram objetos de estudo para uso neste trabalho apenas Extreme Programming (XP) e Scrum. Em Scrum e XP, seus fundamentos filosóficos têm foco na capacitação da equipe de desenvolvimento e em satisfazer os clientes, mas Scrum tem atenção especial para a cultura gerencial que está enraizada em ajudar os outros a atingir seus objetivos, e XP em ferramentas técnicas que são focadas em ter decisões baseadas em fatos através de um processo de aprendizagem. Conforme Mary Poppendieck em (SCHWABER, 2004, p. xiv) “Quando todos esses fatores estão no lugar, é difícil para Scrum não para ter sucesso.” 2.3.3 Princípios dos Métodos Ágeis Os princípios dos Métodos Ágeis, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001) tem uso no objetivo nesta monografia na questão de mudança de valores, de pensamento sobre ações e ao trabalho realizado dentro e fora do empreendimento, projetos,
  • 34. 34 equipes. Para não tornar-se repetitivo nesta monografia, os 12 princípios estudados são expostos no capítulo PRINCÍPIOS DOS MÉTODOS ÁGEIS EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS junto a uma citação no qual compara cada um dos Princípios dos Métodos Ágeis às Áreas de Conhecimento do PMBOK. Estes Princípios agem diretamente para mudanças culturais, e conforme Dinsmore (2010, p. 41) “Para que a gestão por projetos seja eficaz, são necessárias mudanças na estrutura e na cultura da organização, no seu estilo gerencial e fluxo de informações.” 2.3.4 Valores do XP (Extreme Programming) A solução proposta, como já mencionada em relação aos Princípios Métodos Ágeis, tende a atuar na mudança comportamental de todos os envolvidos, sejam eles da diretoria da empresa à equipe de projeto. Beck (2000, p. 73) inicia a menção dos valores do XP, metodologia por ele criada, fazendo alusão ato de “aprendendo a dirigir”, onde “lembra-nos a fazer muitas mudanças pequenas e nunca tirar os olhos da estrada.” Os valores por ele agregados ao XP são “Os quatro valores – comunicação, simplicidade, feedback e coragem – nos dão os critérios para uma solução de sucesso” (Beck, 2000, p. 37). Em Dinsmore (2010) é mencionado que encontrar as hipóteses certas e torná-las conhecidas a todo o pessoal envolvido são tarefas teoricamente fáceis, assim enfatizando a comunicação e simplicidade, é “assegurar que os membros de uma equipe de remadores estejam dentro do barco antes de começarem a remar.” (Dinsmore, 2010, p. 178) exemplifica todas as demais, em uma equipe de remadores, há de se ter os 4 valores para o sucesso, por Dinsmore. Kerzner também menciona 4 valores em sua obra, “A cultura de gestão de projetos que dá resultados é aquela baseada em confiança, comunicação, cooperação e trabalho em equipe.” (KERZNER, 2002, p. 153). Em uma miscigenação, os valores expostos por Beck e Kerzner complementam-se, onde apesar que o primeiro focar em valores para a realização de um processo e o segundo valores para a maturidade em gestão, ambos reiteram a importância da comunicação e a troca de informações entre os membros da equipe, ou seja, deve haver trabalho em equipe, baseado em cooperação e
  • 35. 35 feedback, com simplicidade para tornar estas informações entendíveis por todos, confiança nas informações e na equipe, e coragem para se enfrentar contratempos. A seguir, os valores do XP, explicação e aplicação: 2.3.4.1 Comunicação Um projeto não pode terminar bem se os envolvidos não comunicam-se satisfatoriamente, diz Beck (2000, p. 29-30) “Problemas em projetos podem invariavelmente ser traçados quando alguém não conversa com alguém se não for sobre alguma coisa importante.” O Guia PMBOK (PMBOK, 2008) usa a área de conhecimento Gerenciamento das Comunicações do projeto em seus 5 processos, mas nesta solução, vai além de só comunicação, estaria principalmente bem alinhada a área de conhecimento do Gerenciamento dos Recursos Humanos, além das demais. A comunicação é aplicada no sentido amplo de manter todos os envolvidos, os stakeholders, informados sobre os objetivos e resultados. 2.3.4.2 Simplicidade É um conceito amplo e comumente tido como fácil, assim como a comunicação, mas é errôneo pensar assim, simplicidade não é fácil, eis um dos motivos que micro e pequenas empresas acabam não dando certo. Comumente, elas tornam a burocratizar processos, encher de práticas ou sub-processos que os tornam enfadonhos e fazem com que as mesmas os abandonem, e dentro do projeto, o líder do mesmo, como em XP chamado de Coach, deve inicialmente perguntar “qual é a coisa mais simples que poderia funcionar?” (BECK, 2000, p. 30) e assim deve ser, em se tratando de projetos de TI, isso torna-se mais fácil com o uso de algumas práticas, posteriormente mencionadas. No mesmo valor, atribui que é melhor fazer uma coisa simples hoje, e um pouco mais amanhã, assim custará menos para alterá-lo e torna-se assim mais simples de se fazer, do que fazer uma coisa mais complicada e demorada que nunca venha a ser usado (BECK, 2000). 2.3.4.3 Feedback O feedback, que em português poderia ser algo como retorno de
  • 36. 36 conhecimento, pode ser explicitado como “Reações concretas sobre o estado atual do sistema é absolutamente impagável. Otimismo é um risco ocupacional de programação. Feedback é o tratamento” (BECK, 2000, p. 31). Este valor contribui significativamente nos demais, pois quanto mais feedback tiver, mais fácil é se comunicar, e quanto mais os stakeholders se comunicam, melhor tende a ser o senso comum do que pode ser simples. (BECK, 2000, p. 32). A aplicação de feedback é justamente ser um motivo para o esforço em melhorar a comunicação, pois acaba gerando um maior comprometimento de todos, por assim se elevar a confiança no projeto, a coragem. 2.3.4.4 Coragem É o mais confuso dos valores, mas tornando o conceito simples, é acreditar, ter confiança no envolvimento mútuo dos stakeholders no projeto, algo como se o líder do mesmo tiver coragem, os demais vão por em produção. A aplicação gira em torno de que o Gerente do Projeto, Líder Técnico, Coordenador, XP Coach, Scrum Master, ou nome a ser preferencialmente empregado pela empresa, tenha auto-confiança e passe a mesma adiante, criando uma motivação acima da conhecida pelas teorias de Moslow (PRADO, 2004, p. 221), Tipo Gerencial (PRADO, 2004, p. 222) ou a Teoria Higiênico/ Motivadora de Herzberg (PRADO, 2004, p. 223). 2.3.5 Papéis, Cerimônias e Artefatos do Scrum O Framework Scrum, é tido como um Método Ágil mais focado em Gerenciamento, principalmente pela questão de não haver uma obrigatoriedade de práticas de desenvolvimento de software como no XP (Extreme Programming) mas sim aos papéis, cerimônias e artefatos por ele determinado (SCRUM ALLIANCE, 2011). Os papéis do Scrum serviram para embasamento aos cargos utilizados na solução, as cerimônias às reuniões e formas de criação de documentação, e os artefatos a documentação, ao conhecimento armazenado para a execução na solução.
  • 37. 37 2.3.5.1 Papéis do Scrum Em Scrum, foi criado 3 papéis, sendo eles Product Owner, Team e o Scrum Master, e todas as responsabilidades do gerenciamento do projeto são dividas entre estes 3 papéis, (SCHAWBER, 2004), sendo tais responsabilidades individuais parecidas como as do Analista de Negócios, a Equipe, e o Gerente do Projeto. O Product Owner (Proprietário do Produto) é o responsável por representar os interesses de todos com participação no projeto e seu sistema resultante. Basicamente, o Product Owner consegue financiamento inicial e permanente para o projeto, criando requisitos gerais para o projeto, analisa o retorno do investimento (ROI), além de estar a parte de objetivos e planos de lançamento (SCHAWBER, 2004), ele é o representante do sponsor ou patrocinador, do projeto, atuando junto a equipe de desenvolvimento, podendo ter Analista de Negócios ou a própria Gerência empresarial se presente, uso dentro da solução proposta pela monografia baseada neste papel do Scrum. O Team, ou Equipe, são os responsáveis pelo desenvolvimento. Prioriza-se as práticas dentro das Equipes, como serem auto-gerenciáveis, auto-organizadas e multi-funcionais, e ela é responsável por descobrir como transformar o que há no Product Backlog em um incremento de funcionalidade dentro de uma iteração, e gerenciar seu próprio trabalho (SCHAWBER, 2004). Os membros da equipe são coletivamente responsáveis pelo sucesso de cada iteração e do projeto como um todo, assim como o fracasso, na solução desta monografia, podemos basear que o papel de todos os stakeholders dos projetos pode ser o mesmo do Team do Scrum. O Scrum Master é o responsável pelo processo do Scrum, mantendo unidos Team e Product Owner e demais envolvidos no projeto, assegurando que todos sigam as regras e práticas do Scrum, no caso, este papel tem uma modificação nesta solução da monografia, já que não há por completo o processo Scrum, atuando então o Gerente de Projetos baseado neste papel do Scrum em manter a equipe e gerenciar o projeto. Em uma analogia presente em (DINSMORE, 2010), os envolvidos em todo o projeto, devem trabalhar em conjunto, comparando a eficácia da formação em “V” dos gansos, na consideração do alinhamento estratégico de projetos, “O trabalho em conjunto e a recíproca contra correntes adversas, tanto entre gansos como entre projetos estratégicos, criam uma sinergia que os leva eficazmente a seus destinos”
  • 38. 38 (DINSMORE, 2010, p. 40) 2.3.5.2 Cerimônias do Scrum O Scrum define 4 cerimônias, ao qual nelas foram baseadas as reuniões curtas presentes na solução, sendo elas no Scrum (SCRUM ALLIANCE, 2011): Sprint Planning: uma reunião onde o Team e o Product Owner decidirão qual o trabalho será feito durante o sprint. Daily Scrum: reunião diária com todo o Team para compartilhar os desafios e progressos do desenvolvimento. Sprint Reviews: reunião de demostração do Team ao Product Owner sobre o que fizeram. Sprint Retrospectives: reunião do Team para procurar melhores formas para melhorar o processo e o produto ao qual estão desenvolvendo. 2.3.5.3 Artefatos do Scrum O Scrum possui três artefatos (SCRUM ALLIANCE, 2011), que são os componentes onde estão as informações para o desenvolvimento do software, sendo o embasamento sobre eles aplicado a solução para o Project Backlog e Painel Kanban. Product Backlog: lista priorizada das features/ resultados desejados para o projeto. Sprint Backlog: lista das tarefas a partir do Product Backlog que o Team deverá fazer no sprint. Burndown chart : é um gráfico que permite que seja facilmente perceptível o andamento do desenvolvido, sugerido um para a sprint e outro para o projeto. 2.3.6 Métodos Ágeis Em Gerenciamento De Projetos A utilização de Métodos Ágeis, em especial seus Princípios e Valores, interligada ao Gerenciamento de Projetos, tem foco principal na mudança cultural das pessoas envolvidas com os Projetos. Pessoas que tendem a evitar mudanças, dificultam a inserção de novos processos, evitando e até prejudicando a alteração do sistema já existente. Prado (2004, p. 196) cita as palavras de Maquiavel ao ano de 1514, em que “Não há nada mais difícil de planejar, de sucesso mais duvidoso, nem mais perigoso de gerenciar
  • 39. 39 do que a criação de um novo sistema. A causa reside em que o iniciador atrai a si a antipatia dos que lucrariam pela preservação do velho sistema e tem a seu lado apáticos defensores que seriam beneficiados pelo novo sistema.” 2.3.7 Princípios Dos Métodos Ágeis Em Gerenciamento De Projetos Os 12 princípios dos Métodos Ágeis podem se somar a cultura da empresa, aliados aos Valores, sejam os explicitados pelo XP de Beck (2002) ou de Kerzner (2002) contribuem para o sucesso. Os princípios foram escritos na forma prática, tendo-se que se fazer o seu entendimento para um forma literal e reflexiva, podendo os mesmos serem aplicados dentro as áreas do Gerenciamento de Projetos do PMBOK, como a exemplo, para que junto a solução, torne mais fácil a etapa de Execução dos Projetos oriundos do Planejamento Estratégico da empresa. A citação a seguir é de um artigo publicado em 2010 do mesmo autor desta monografia, que referência o Princípio Ágil e a Área de Conhecimento do Guia PMBOK (PMBOK, 2008) com o qual se faz a sua aplicação: “O objetivo deste texto não é comparar as Práticas dos Métodos Ágeis com o Guia PMBOK, mas sim apresentar estes 12 Princípios e aplicá-los nas áreas de conhecimento apresentadas no Guia PMBOK com intuito de enriquecer o Gerenciamento de Projetos e não somente a parte proposta pela Declaração da Interdependência (DOI, 2005) para o Gerente de Projetos. O Gerente de Projetos deve cercar-se de todos os meios que possam ajudá-lo em sua tarefa, assim sendo, trazendo os 12 Princípios Ágeis para dentro do Gerenciamento de Projetos. Pode-se definir que o 1º Princípio, “Nossa maior prioridade é satisfazer o cliente através da entrega contínua e adiantada de software com valor agregado” (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), resulta em ter-se uma possível diminuição de um grande projeto, para vários subprojetos, para assim, como ocorre no desenvolvimento de software, tornar mais fácil conseguir mensurar erros que possam estar acontecendo, assim como o principal, ir fomentando o patrocinador dos recursos financeiros já aplicados no projeto. A aplicabilidade deste princípio ao (PMBOK, 2008) está em todas as áreas de conhecimento como o Gerenciamentos de Integração, Gerenciamentos de Escopo, Gerenciamentos de Tempo, Gerenciamentos de Custos, Gerenciamentos de Qualidade,Gerenciamentos de Recursos Humanos, Gerenciamentos de Comunicações, Gerenciamentos de Riscos e Gerenciamento das Aquisições. É o uso da antiga frase de origem romana, “dividir para conquistar”. O 2º Princípio, “Mudanças nos requisitos são bem-vindas, mesmo tardiamente no desenvolvimento. Processos ágeis tiram vantagem das mudanças visando vantagem competitiva para o cliente” (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), pode tornar-se o mais lucrativo em sua aplicação ao Gerenciamento de Integração, Gerenciamento de Escopo, Gerenciamento de Mudanças, e também ao Gerenciamento da Qualidade, (PMBOK, 2008), fazendo a aplicação deste princípio no pressuposto de que todas as mudanças de requisitos sugeridas são benéficas, algumas inaplicáveis no projeto atual, no entanto, passíveis em uma extensão do projeto. Deixa,
  • 40. 40 portanto, precedentes para um novo contrato, somando-se ainda a questão a visão de mudanças estar alinhada a geração de novos conhecimentos que sempre são reutilizáveis, referenciando-se a Gestão de Conhecimento (BUKOWITZ, 2002). O 3º Princípio, “Entregar frequentemente software funcionando, de poucas semanas a poucos meses, com preferência à menor escala de tempo”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), é facilmente confundível com o 1o Princípio citado em termos de Gerenciamento de Projeto, mas conceitualmente encara-se como ser mais fácil achar problemas em um pequeno pedaço de um subprojeto do que no projeto inteiro, facilitando o Gerenciamento de Riscos do Projeto, assim como a área de Gerenciamento de Tempo, (PMBOK, 2008), convergindo no grupo de processos do Gerenciamento de Cronograma visando maior controle sobre o Gerenciamento do Projeto. O 4º Princípio, “Pessoas de negócio e desenvolvedores devem trabalhar diariamente em conjunto por todo o projeto”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), reforça o uso de comunicação constante entre Stakeholders e/ou Patrocinador com a equipe do projeto, especialmente o Gerente de Projetos, (PMBOK, 2008), tendo pelo Gerenciamento de Comunicações, (PMBOK, 2008), sua organização, facilitando as partes interessadas identificadas nos processos de iniciação, o repasse de conhecimento sobre aquilo que realmente necessitam e querem, facilitando o Gerenciamento de Riscos, (PMBOK, 2008). O 5º Princípio, “Construa projetos em torno de indivíduos motivados. Dê a eles o ambiente e o suporte necessário e confie neles para fazer o trabalho”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001], deve ser parte do Gerenciamento de Recursos Humanos do (PMBOK, 2008), mas também presente em todos os demais, o trabalho deve ser motivado e pode ser por ações de união entre os colaboradores, benefícios, ou simplesmente evitando horas extras desnecessárias. É fazer com que o colaborador trabalhe gostando do que está fazendo, sendo tal princípio diretamente presente em grandes empresas da área de TI, como em (GOOGLE, 2010) que informa que "No Google, sabemos que cada funcionário tem algo importante a dizer e que cada um deles é parte integrante de nosso sucesso". O Princípio 6, “O método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para e, entre, uma equipe de desenvolvimento é através de conversa face a face”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), pelo (PMBOK, 2008), trata sobre o Gerenciamento de Comunicações do Projeto, sobre dar mais atenção a transferência de informações pessoalmente do que via outra meio, assim contribuindo para inúmeras ferramentas importantes para um Gerente de Projetos, como Marketing de Relacionamento (MCKENNA, 1997). O 7º Princípio, “Software funcionando é a medida primária de progresso”,(PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), atua como um milestone, marco, para o Gerenciamento de Tempo do (PMBOK, 2008) em termos de software, e em termos de projeto pode ser considerado como a correta realização de uma atividade de um pacote de processos. O 8º Princípio, “Os processos ágeis promovem desenvolvimento sustentável. Os patrocinadores, desenvolvedores e usuários devem ser capazes de manter um ritmo constante indefinidamente”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), vem claramente do processo Lean (LEAN, 2010), onde o objetivo é a produção contínua e com isso gerenciável pelo Gerenciamento de Integração (PMBOK, 2008) e mensurável pelo Gerenciamento da Qualidade, (PMBOK, 2008). O 9º Princípio, “Contínua atenção à excelência técnica e bom design aumenta a agilidade”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), é adaptável ao Gerenciamento da Qualidade do (PMBOK, 2008), onde tendo-se atividades bem realizadas haverá menor retrabalho, consequentemente um projeto de melhor qualidade e ainda uma equipe menos desmotivada por erros, portanto tendo satisfação em trabalhar, contribuindo para o Gerenciamento
  • 41. 41 de Recursos Humanos (PMBOK, 2008). O 10º Princípio, “Simplicidade – a arte de maximizar a quantidade de trabalho não realizado – é essencial”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), em comparação ao (PMBOK, 2008) é considerado por muitos autores o mais conflitante, tendo em consideração que profissionais atacam os Métodos Ágeis [PACHECO, 2010] em defesa de práticas difundidas pelo PMBOK e outros acreditam que ambas podem trabalhar juntas, como (TAVARES, 2008), onde pode-se afirmar que o Princípio Ágil é a recomendação de não perder muito tempo planejando o que não vai ser necessário fazer, realizando-se uma reanálise sobre o escopo do Gerenciamento de Escopo, (PMBOK, 2008), mas também pode ser aplicado tal princípio no quesito de otimização do Gerenciamento de Tempo, (PMBOK, 2008), reajustando atividades e criando-se um perfil de Gerente de Projetos mais audaz. O 11º Princípio, “As melhores arquiteturas, requisitos e designs emergem de equipes auto-organizáveis”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), está na mesma área do 8º Princípio, onde tendo um bom relacionamento no Gerenciamento de Comunicações,(PMBOK, 2008), a equipe trabalha como um todo melhor, tendo o Gerente de Projetos a real função de gerenciar o projeto, aplicando maior atenção ao projeto e não em comandar a equipe de trabalho do projeto. Finalizando, o 12º Princípio, “Em intervalos regulares, a equipe reflete sobre como se tornar mais eficaz e então refina e ajusta seu comportamento de acordo”, (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), acrescenta novamente a importância do Gerenciamento de Comunicações para o bom andamento de um projeto, uma das práticas comuns em Métodos Ágeis para Desenvolvimento de Software são as stand-up meeting, ou reuniões em pé, (TELES, 2004), onde os membros da equipe, conversam rapidamente fazendo um retrospectiva breve do que vem ocorrendo de forma satisfatória, ou não, sendo conveniente a aplicabilidade deste princípio em todos os 5 grupos de processos: Iniciação, Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle, Encerramento (PMBOK, 2008).” (RODRIGUES, 2010)
  • 42. 42 3 BASE PRÁTICA DA SOLUÇÃO A base prática da solução proposta, faz uma miscelânea de práticas presentes nos Métodos Ágeis e indicadas para modelos de gestões, como Gestão Estratégica e a Gestão Empresarial. Práticas que tem o objetivo de tornar mais simples as centenas de atividades realizadas no dia a dia das empresas que estão diretamente relacionadas com projetos, contribuindo para sucesso das empresas (DINSMORE, 2010). Os Métodos Ágeis, tanto dentre em seu Manifesto (MANIFESTO ÁGIL, 2001) quanto em seus Princípios (PRINCÍPIOS ÁGEIS, 2001), enfatizam a interação com os envolvidos no projeto, sabendo-se que tudo o que ocorre, é por motivo de pessoas, com algumas Práticas Ágeis. Algumas Práticas Ágeis contribuem para esta melhor interação, contribuindo também outras tarefas, como a documentação, seja do sistema, projeto, planejamento, que não será feita só anteriormente, mas em paralelo, como uma simples ata às Retrospectivas/ Feedbacks ao fim do processo de Execução, satisfazendo assim uma das informações passadas por Kerzner (2002, p. 52) de que “se não documentar as lições aprendidas, a empresa pode rapidamente regredir da maturidade para a imaturidade em gestão de projetos”, ocorrendo que “O conhecimento é perdido e os erros do passado se repetem”. O mapa mental a seguir demostra as principais práticas sugestionadas, explicitadas nos subcapítulos seguintes. Figura 6 - Mapa Mental Da Base De Práticas Fonte: O autor (2012) Outras práticas e até processos podem ser somados a aplicação desta solução na empresa, como por exemplo, técnicas de liderança para atuar junto ao Gerente do Projeto, para facilitar e manter o equilíbrio das tensões entre
  • 43. 43 estabilidades e mudanças (KAPLAN, 2000). O importante em termos de práticas, é que auxiliem para sobressair as vantagens advindas de um projeto bem gerenciado, fazendo com o que foi planejado seja obtido, “por meio do gerenciamento de projetos há mais chances de termos clientes satisfeitos.” (PRADO, 2004, p. 20). O sucesso desta solução depende de haver comprometimento entre todos os envolvidos, tanto para com o Planejamento Estratégico, quanto para os processos de Seleção, Priorização e Execução de Projetos. Para exemplificação do que é comprometimento, faze-se uso deste conto: “Uma galinha e um porco estão andando pela estrada. A galinha diz para o porco, "Você quer abrir um restaurante comigo?" O porco considera a pergunta e responde, "Sim, eu gostaria disso. Como você quer chamar o restaurante?" e a galinha responde, "Presunto e Ovos!" O porco pára, pára e responde: "Pensando bem, eu não acho que eu quero abrir um restaurante com você. Eu estaria comprometido, mas você só estaria envolvido.” (SCHWABER, 2004) 3.1 MAPAS MENTAIS Como já informado nesta monografia, os mapas mentais são formas de criar e expressar conhecimento, usando os 2 lados do cérebro, facilitando assim tanto a explicitação, como o entendimento do conhecimento criado e exposto, facilitando o fluxo de ideias para como no uso a esta solução, a criação das atividades que compõem o projeto. O uso dos mapas mentais como uma prática para esta solução permite que sejam detalhadas as atividades e as formas de serem realizadas, observações e outros assuntos pertinentes aos projetos, sem regras autoritárias, dando assim liberdade para exposição de ideias. Sugestiona-se apenas que seja feita alguma notação para facilitar o entendimento, como por exemplo em referência aos mapas mentais para o Planejamento Estratégico, que o segundo nível, ou seja, os primeiros ramos após o centro, sejam os objetivos, ao terceiro nível estejam as estratégias e ao quarto nível estejam os projetos, ocultando os detalhes dos projetos que já podem ser considerados como atividades. Também como sugestão, evitar abreviações, escrever de forma simples e direta, usando o tempo verbal no infinitivo para o terceiro e quartos níveis, conforme pode ser visto no Anexo A – Planejamento Estratégico do Estudo de Caso. Em relação aos mapas mentais dos Projetos, sugestiona-se à ser inserido o
  • 44. 44 máximo de informações pertinentes a realização dos mesmos, como perguntas que devem ser respondidas em atividades de reunião, ao exemplo. Também o uso de ícones gráficos pra a facilitação da identificação do tipo de recurso/ atividade à que se refere aquele ramo, à exemplo o uso de um ícone representando um telefone para os Recursos Humanos que devem ser chamados para a realização do projeto, um ícone como um relógio para o ramo que representa o Tempo e Custo do projeto, ou apenas um ícone gráfico para chamar a atenção a um ramo em especial. No Anexo B – Documentos de Informações dos Projetos do Estudo de Caso, há os mapas mentais dos Projetos utilizados para a validação desta solução, ao qual podem servir de exemplificação. 3.2 MATRIZ DE ANSOFF A também chamada de Matriz Produto/Mercado, criada por Igor Ansoff na década de 50, caracterizada por ter seus 4 quadrantes em Penetração do Mercado, Desenvolvimento do Produto, Desenvolvimento do Mercado e Diversificação. É um modelo gráfico que pode ser utilizado para determinar oportunidades de crescimento de uma empresa através de seus produtos, e seu uso nesta solução é neste contexto, através da qual será avaliado se o produto resultante do projeto é ou não favorável ao atual momento da empresa. Como produto, considera-se o resultado do projeto, seja ele realmente um produto, ou por exemplo, apenas o aprendizado de uma nova tecnologia. Ela é uma ferramenta auxiliar, junto a Matriz SWOT, para ajudar a se obter conhecimentos para pontuar os Projetos na etapa de Seleção e Priorização, através de informações mais objetivas do que subjetivas, sem limitação de informações a serem inseridas em cada um de seus quadrantes, mas sugestionando-se o equilíbrio entre os 4. A figura a seguir mostra como é a Matriz Ansoff, sendo todas as usadas para a avaliação dos produtos dos projetos do Estudo de Caso, presentes no Anexo B – Documentos de Informações dos Projetos do Estudo de Caso. Figura 7 - Matriz De Ansoff
  • 45. 45 Fonte: O autor (2012) baseado em WIKIPÉDIA (2011)a 3.3 MATRIZ SWOT A conhecida matriz de Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças), que muitos atribuem a criação a professores de Hardvard, mas pelo conceito tão simples e aplicável, pode ser fato a sua origem por volta de 500 a.C por Sun Tzu onde afirmou “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças”. Esta matriz no contexto da solução, terá função primordial para pontuação dos projetos na etapa de Seleção e Priorização, aliada a Matriz de Ansoff para os produtos destes projetos. A solução torna como importante a pontuação dos projetos e não somente os produtos, pelo autor desta monografia acreditar que um projeto bem sucedido, poderá contribuir para a realização de outros projetos semelhantes, ou com o sucesso do mesmo, poder ser aumentado o limite de realização de projetos podendo-se acrescentar outros ao portfólio. O preenchimento desta matriz é através de informações mais objetivas do que subjetivas, sem limitação a serem inseridas em cada um de seus quadrantes, mas sugestionando-se o equilíbrio entre os 4 quadrantes. A figura a seguir demostra a Matriz SWOT, sendo todas as usadas para a avaliação dos projetos do Estudo de Caso, presentes no Anexo B – Documentos de
  • 46. 46 Informações dos Projetos do Estudo de Caso. Figura 8 - Matriz SWOT Fonte: O autor (2012) baseado em WIKIPÉDIA (2011)b 3.4 PONTUAÇÃO DE PROJETOS Os projetos a sem realizados na etapa de Execução, serão Selecionados e Priorizados, de acordo com o proposta desta solução, pelo seu melhor alinhamento as estratégias para o sucesso do objetivo exposto no Planejamento Estratégico da empresa. Através de uma planilha contendo perguntas relativas a informações inseridas nas Matrizes de Ansoff e SWOT, é atribuído uma pontuação a cada resposta possível a estas perguntas, sendo esta uma forma simples e objetiva encontrada para se fazer a Seleção e Priorização de Projetos. Por ter seus critérios alinhados ao Planejamento Estratégico de cada empresa, surge a possibilidade de personalização das perguntas e a pontuação de acordo com a Missão, Visão e Valores da empresa que for fazer uso desta solução, aumentando a confiabilidade dos critérios, como por exemplo: Projeto levará mais tempo que a média dos projetos? Se sim=0 pontos; Se não=2; Projeto possui mais identificação de Forças que Fraquezas?
  • 47. 47 Se sim=2 pontos; Se igual=1; Se não=0; Projeto atribui a reutilização do mesmo na mesma estratégia ou embasamento em algo já pronto? Se sim=1 pontos; Se não=0; No Anexo C – Planilha de Seleção e Priorização do Estudo de Caso, é possível ver os projetos Selecionados e Priorizados, com todos os critérios usados para pontuação na planilha presente. A ferramenta para o Estudo de Caso utilizada para montagem e utilização da Planilha foi o Calc, do LibreOffice 3.4, mas pode ser feita em qualquer software de planilha de texto editável, ou, pode ser desenvolvida esta planilha em forma de software sem muitas complicações, pela sua simplicidade. 3.5 PROJECT BACKLOG Na metodologia Scrum, o Product Backlog é o local onde os requisitos levantados pelo Product Owner, como uma “lista de requisitos”, ficam armazenados para que o Product Owner use-os para garantir que a funcionalidade mais valiosa seja produzida, o que é conseguido através da frequente reanálise deste Product Backlog, sendo os requisitos mais importantes à serem feitos na próxima iteração. O Project Backlog tem o mesmo conceito do Product Backlog, mas ao invés de requisitos, são os Projetos, que derivam das Estratégias para obtenção dos Objetivos do Planejamento Estratégico, que ficam armazenados. No Project Backlog também estão as demais informações referentes aos projetos, como os Documentos de Informações dos Projetos, que contém o Escopo, Mapa Mental, Matriz SWOT e Ansoff de cada projeto, podendo ser comparado então o Project Backlog também a um repositório de informações. Um Analista de Negócios devidamente representando a empresa, ou a própria direção de mesma, que ficarão como responsáveis do Project Backlog, como um Product Owner em alusão ao Product Backlog. No Estudo de Caso, por ser uma empresa em que a Gerência da mesma está envolvida diretamente, ela que é a responsável não tendo um profissional com esta alcunha de Analista de Negócios. Ao Project Backlog, o acesso do Gerente de Projetos e do time, depende de como é a política própria de cada empresa em relação a divulgação de informações aos envolvidos, ou stakeholders, dentro da empresa que usará esta solução, ao