O documento discute diferentes aspectos do tratamento pronominal de segunda pessoa no português europeu e brasileiro. Aborda o uso do tratamento por "tu", "você", a segunda pessoa do plural e as variações regionais destes tratamentos entre Portugal e Brasil.
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 33-34
Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 35-36
2. O tratamento de 2.ª pessoa do plural
dirigido a um só indivíduo
a) ainda se usa no Alentejo e em alguns
bairros de Lisboa.
b) só se mantém no norte (e por
falantes bastante idosos).
c) deve ser usado sempre que se
interpelem professores de Português.
d) só sobrevive nas orações, como
tratamento para Deus.
3. 2.ª pessoa do plural
Pai Nosso, que estais no céu, venha a
nós o Vosso reino.
Uma só entidade = Deus
4. O tratamento por «tu» é usado
a) entre pessoas que se conhecem mal,
desde que adultas.
b) cada vez mais de pais para filhos e,
generalizadamente, no Brasil.
c) entre jovens, e é mais informal do
que o tratamento na 3.ª pessoa.
d) no norte, seguido da terceira pessoa
verbal.
5. Se à pergunta «Como te chamas?» alguém
responder «Bem, os meus pais pensavam dar-
me o nome do segundo rei de Portugal. No
entanto, depois de hesitarem, pensaram que
devia ter antes o nome do progenitor do
penúltimo, e assassinado, rei português. Chamo-
me Luís», estará a infringir
a) a máxima de qualidade.
b) o princípio de cortesia.
c) a máxima de quantidade.
d) a máxima de modo indicativo.
6. Máxima de quantidade: o discurso deve
ter a informação necessária (nem em
demasiada nem em falta)
7. No Brasil, o tratamento mais
generalizado é
a) «tu» e segunda pessoa do singular.
b) «cê» e segunda pessoa do singular.
c) «você» e segunda pessoa do
singular.
d) «você» e terceira pessoa do singular.
«Você vai na sala D9?»
3.ª
8. Em aula, apercebemo-nos de que uma
evolução em curso (ou já confirmada,
mesmo) era a de que os filhos
a) já tratam os pais por «vossemecê».
b) já pedem aos pais mais nenucos.
c) já tratam os pais mais por «tu» do
que na 3.ª pessoa.
d) tratam os pais cada vez mais na 2.ª
pessoa do plural.
10. Em Portugal, o tratamento por «você» (mais
terceira pessoa [você quer...]) é
a) mais abrangente do que o tratamento por
«você» no Brasil.
b) especialmente ofensivo no campo.
c) reservado aos interlocutores mais cultos.
d) sentido como mais distante, ou menos
delicado, do que o tratamento por primeiro
nome («o Luís») e terceira pessoa.
11. O tratamento de 2.ª pessoa do plural
(«ides») dirigido a vários indivíduos
a) já não se usa em lado nenhum.
b) ainda se usa no Norte, sobretudo por
parte de falantes idosos.
c) ainda se usa no Brasil.
d) é o que deveriam usar os alunos em
diálogo com um grupo de
professores.
13. Quando, em vez de dizer «estudem até à
página tal», um professor diz «pedia-lhes
que estudassem até à página tal», está a
usar uma estratégia que visa cumprir
a) a matéria do programa.
b) o princípio de cooperação.
c) o princípio de cortesia. (houve ato ilocutório indireto)
d) a máxima de modo.
14. A forma «tivestes» é
a) agramatical (um erro, portanto). só se
se destinasse ao singular
b) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito
Perfeito de «Estar». estivestes
c) a 2.ª pessoa do plural do Pretérito
Perfeito de «Ter».
d) a 2.ª pessoa do singular do Pretérito
Perfeito de «Ter». tiveste
15. Além da tradicional 2.ª pessoa (no singular e no
plural), o Imperativo socorre-se de formas do
a) Presente do Conjuntivo (1.ª pessoa do singular
e do plural).
b) Presente do Conjuntivo, para a negativa ou
para a 3.ª pessoa e a 1.ª pessoa do plural.
c) Presente do Indicativo (para a negativa) e do
Presente do Conjuntivo (para «você», «vocês» e
«nós»).
d) Presente do Indicativo (na afirmativa, na 3.ª
pessoa e na 1.ª do plural) e do Presente do
Conjuntivo (na negativa).
16. Imperativo
Afirmativo Negativo
come tu não comas
coma você não coma
comamos nós não comamos
comei vós não comais
comam vocês não comam
Formas do Imperativo propriamente dito
Formas emprestadas pelo Presente do Conjuntivo
17. A primeira pessoa do singular
Presente do Conjuntivo dos verbos
da 1.ª conjugação (-AR) termina em
a) e. gostar | que eu goste
b) a.
c) i.
d) o.
19. A terceira pessoa do plural do Futuro do
Indicativo equivale a
a) Infinitivo Impessoal + ão.
b) Infinitivo Impessoal + am.
c) 1.ª pessoa do singular do Infinitivo
Pessoal + am.
d) 3.ª pessoa do plural do Pretérito Mais-
que-Perfeito menos desinência pessoal
+ ão.
20. falar + ei (Futuro)
falar + ia (Condicional)
fal(ar)+ ava (Imperfeito do Indicativo)
beb(er) + ia
21. Na 1.ª pessoa do plural, o Imperfeito do
Indicativo termina em
a) ávamos (1.ª conjugação) e íamos (2.ª e 3.ª
conjugações).
b) ávamos (1.ª e 2.ª conjugações) e íamos
(3.ª conjugação).
c) ávamos (verbos de tema em A ou em E) e
íamos (verbos de tema em I).
d) ámos (verbos de tema em A), emos
(verbos de tema em E), imos (verbos de
tema em I).
22. A sequência «Andarmos, Anda, Andasse»
corresponde, por esta ordem, a
a) Futuro do Conjuntivo, Presente do
Indicativo, Presente do Conjuntivo.
b) Futuro do Conjuntivo, Imperativo, Imperfeito
do Conjuntivo.
c) Infinitivo Pessoal, Presente do Indicativo,
Imperfeito do Indicativo.
d) Condicional, Imperativo, Futuro do
Conjuntivo.
23. A sequência «Estiveram, Tenho feito, Fazia»
corresponde, por esta ordem, a
a) Mais-que-perfeito do Indicativo, Perfeito
Composto, Condicional.
b) Perfeito do Indicativo, Presente Composto,
Imperfeito do Indicativo.
c) Perfeito do Indicativo, Perfeito Composto,
Condicional.
d) Mais-que-perfeito do Indicativo, Perfeito
Composto, Imperfeito do Indicativo.
24. A sequência «Falado, Olharias, Comeis»
corresponde, por esta ordem, a
a) Gerúndio, Condicional, Imperativo.
b) Particípio Passado, Futuro do
Indicativo, Perfeito do Indicativo.
c) Particípio Passado, Condicional,
Presente do Indicativo.
d) Particípio Passado, Imperfeito do
Indicativo, Imperativo.
25. A sequência «Ouvi, Visto, Caber» corresponde a
a) Perfeito do Indicativo, Particípio Passado,
Futuro do Conjuntivo.
b) Imperfeito do Indicativo, Particípio Passado,
Infinitivo Pessoal.
c) Imperativo, Particípio Passado, Infinitivo
Pessoal.
d) Perfeito do Indicativo, Gerúndio, Infinitivo
Impessoal.
26. Na frase «Dá-me, Sancho, a espada.»,
faltam duas vírgulas, que serviriam para
isolar o
a) modificador apositivo.
b) complemento direto.
c) sujeito.
d) vocativo.
27. A alínea que tem a pontuação correta é
a) E, quando os ornitorrincos comem pizzas, a
Alzira, gentil iguana, ressona.
b) E quando os ornitorrincos comem pizzas, a
Alzira, gentil iguana, ressona.
c) E quando os ornitorrincos comem pizzas, a
Alzira gentil iguana, ressona.
d) E, quando os ornitorrincos comem pizzas a
Alzira, gentil iguana, ressona.
28. E, quando os ornitorrincos comem pizzas,
oração adverbial temporal
a Alzira, gentil iguana, ressona.
modificador apositivo
oração subordinante
29. Em «Ontem, se nevasse, teria ido aos
Himalaias», as vírgulas visam delimitar
a) uma oração subordinada adverbial
condicional.
b) um vocativo.
c) uma oração subordinada adverbial
temporal.
d) um modificador apositivo.
30. A alínea que tem a pontuação correta é
a) A maioria dos sacanitas que tenho
como alunos vai errar esta questão.
b) A maioria dos sacanitas, que tenho
como alunos, vai errar, esta questão.
c) A maioria dos sacanitas, que tenho
como alunos vai errar esta questão.
d) A maioria dos sacanitas que tenho
como alunos, vai errar, esta questão.
31. A maioria dos sacanitas que tenho como
alunos vai errar esta questão.
sujeito predicado
complemento direto
32. Em «Os cadernos ficam sobre as mesas
os telemóveis ficam dentro dos
sacos», falta uma vírgula, que
separaria
a) dois nomes.
b) modificador e vocativo.
c) duas orações.
d) verbo e complemento directo.
33. Os cadernos ficam sobre as mesas,
os telemóveis ficam dentro dos sacos.
orações coordenadas assindéticas.
34. Num diário, podemos esperar encontrar
sobretudo estas marcas:
a) 1.ª pessoa, Presente do Indicativo,
Imperfeito do Indicativo.
b) 2.ª pessoa, Perfeito do Indicativo,
Presente do Indicativo
c) 1.ª e 2.ª pessoas, Presente do
Indicativo.
d) 1.ª pessoa, Perfeito do Indicativo,
Presente do Indicativo.
35. 11 de novembro de 2014, dia de S.
Martinho
Querido diário-slide,
Hoje estive toda a manhã a passar
estúpidos slides sobre como se escreve
em diários; agora escrevo em ti, querido
slide, que estive toda a manhã a passar
estúpidos slides. Pronto, agora vou ter
com a Anne Frank.
36. O narrador de umas memórias
autobiográficas é decerto um
a) narrador na 1.ª pessoa; e um narrador
homodiegético.
b) narrador na 3.ª pessoa; e um narrador
autodiegético.
c) narrador na 1.ª pessoa; e um narrador
heterodiegético.
d) narrador na 2.ª pessoa; e um narrador
omnisciente.
37. São elementos do campo semântico de
«bolas»
«bolas!» «bola»
a) ‘que chatice!’, ‘objetos esféricos de
borracha’, ‘bolos doces fritos em óleo’.
«bolas de Berlim»
b) bolinhas, bolita, carambola, rebolar.
c) basquetebol, voleibol, bolada, remate.
d) borracha, desportos, saltar, remate.
38. São da família de «bolsa»
a) ‘subsídio’, ‘oferta de’, ‘mala de mão’.
b) bola, bomba, bolseiro, reembolso.
c) moedas, dinheiro, roubar, rico.
d) desembolsar, bolsista, bolseiro,
embolso.
39. Integram o campo lexical de «deserto»
a) areia, sede, desabitado, camelo.
b) ‘desejoso de’, ‘abandonado’,
despovoado’.
c) desertar, desértico, desertor.
d) água, basquetebol, amor, ler.
40. As aceções em «fazer uma perninha»,
«isto tem pernas para andar», «és um
perna de pau», «as pernas de Malena
eram bonitas» integram
a) o campo semântico de «perna».
b) um pernil de porco.
c) o campo lexical de «perna».
d) a família de «perna».
41. Nas frases «Sancha foi beijada pelo marido»,
«Sancho deu um doce ao dragão», «Em Elvas,
comprámos azeitonas», as preposições
introduzem, respetivamente,
a) complemento agente da passiva,
complemento directo, complemento indirecto.
b) complemento agente da passiva,
complemento indirecto, modificador.
c) complemento agente da passiva, modificador
apositivo, complemento directo.
d) modificador, complemento directo,
complemento indirecto.
42. A preposição a surge, contraída ou não, em todos
os três segmentos da alínea
a) «Estou a dormir»; «O nascimento e a morte são
tristes»; «Vou à feira».
b) «Ao …»; «Às …»; «Não bastavam os rebuçados
a Sandra».
c) «Há três minutos …»; «Saiu-me o ás de copas»;
«Escrevam um texto sem AA».
d) «Dei a prenda ao Honório»; «Bebamos ao
Osório!»; «Cada vez mais linda a Ofélia...».
43. «Não bastavam os rebuçados a Sandra».
«Não bastavam os rebuçados à Sandra».
a + a
44. São contrações de preposição e artigo
a) pelo, como, à, dos.
b) no, pela, aos, de.
c) na, nu, nua, nus.
d) pelos, no, do, à.
por + os
em + o
de + o
a + a
45. A série de preposições/locuções
prepositivas em que não há intrusos
de outras classes é
a) a, com, por, antes de.
b) de, entre, contra, que.
c) e, em, durante, a.
d) mas, da, até, perante.
46. A sequência «Deve recolher as fezes do seu
cão num invólucro de plástico. Deverá
segurar o papel de apoio com a mão
esquerda, enquanto deposita o cocó no
referido saco. Para o efeito, procederá do
seguinte modo: [...]» ilustra bem o tipo
textual
a) instrucional.
b) expositivo.
c) argumentativo.
d) conversacional.
47. A sequência «O texto argumentativo tem como
objetivo interferir ou transformar o ponto de
vista do leitor relativamente ao mundo que o
rodeia. Esse ponto de vista assenta num
conjunto de normas ou valores» é exemplo
do tipo textual
a) argumentativo.
b) expositivo.
c) descritivo.
d) narrativo.
48. Na sequência «Arnaldo Antunes, natural de
Bogotá, numa manhã de domingo, passeava
pelo campo, quando ouviu o realejo do
Franjinhas. Resolveu avançar na sua direção»,
predomina o tipo textual
a) expositivo.
b) descritivo.
c) narrativo.
d) argumentativo.
60. Com estima,
Com muita estima me subscrevo,
Muito amigo,
Receba um abraço de
Com um abraço de muita estima,
Sempre seu,
Seu muito amigo,
Atenciosamente,
Muito atenciosamente,
Cordialmente,
Subscrevo-me com muita estima,
Apresento os meus cumprimentos,
De V. Ex.ª, muito atenciosamente,
63. Pedalei como se fugisse. E eu fugia.
Dela, das sensações, das recordações, de
tudo. Pensei que depois esquecia, tinha a
certeza de que ia conseguir esquecer.
Mas, agora que estou velho e que
desperdicei a vida, agora que conheci
tantas mulheres que me disseram
«Lembra-te de mim», tendo-as esquecido
a todas, ainda hoje ela é a única que eu
nunca esqueci. Malena.
64. Mas, agora que estou velho e
temporal pessoal/temporal
que desperdicei a vida, agora que
pessoal temporal
conheci tantas mulheres que me
pessoal pessoal
disseram «Lembra-te de mim», tendo-as
esquecido a todas, ainda hoje ela é a
temporal
única que eu nunca esqueci. Malena.
pessoal temporal pessoal
66. TPC — Prepara leitura em voz alta
(com certa expressividade) destes dois
trechos de António Lobo Antunes: «E
aqui está...» (p. 135); «Retrato do artista
quando jovem» (pp. 140-141).
Não esqueças, entretanto, o
trabalho de microfilme, com prazo
impostergável.