3. O objetivo precípuo do segundo seminário é discutir novas formas de aprendizagem na sociedade em rede . Isso compreende o autodidatismo e a livre-aprendizagem humana em uma sociedade cada vez mais inteligente (em termos coletivos) e o alter-didatismo e a comum-aprendizagem nas comunidades de aprendizagem em rede, emergentes nos novos mundos altamente conectados do terceiro milênio. 1
4. Não é objetivo do segundo seminário discutir o ensino, o aparato escolar (público ou privado) e a situação do professor. 2
5. Não é objetivo do segundo seminário pensar ou apresentar soluções para os sistemas público ou privado de ensino, nem discutir o papel dos governos na educação, nem discutir a situação educacional do país ou de qualquer unidade da Federação ou município. 3
6. O segundo seminário não vai focalizar suas atenções no uso de tecnologias de informação e comunicação (TICs) no ensino ou nas escolas, nem na chamada EaD (educação à distância por meio de plataformas interativas baseadas em software livre ou proprietário, web ou não). 4
7. O segundo seminário pretende ensejar conversações sobre idéias inovadoras em educação, na linha do Texto de Referência publicado na convocatória do Festival de Idéias Inovadoras em Educação. 5
8. 1 Em uma sociedade em rede aumentam as possibilidades de aprendizagem. 2 Isso não depende, nem apenas, nem principalmente, das tecnologias (TIC) e sim de novos padrões de organização social. 3 Novas tecnologias sociais estão mudando as condições de vida e convivência social no século 21. TEXTO DE REFERÊNCIA
9. 4 Está mudando a maneira como nos organizamos para produzir e comercializar, governar e legislar e conviver. E está mudando a forma como aprendemos. 5 Mas as instituições e os processos educativos que foram pensados para um tipo de sociedade que está deixando de existir, ainda remanescem e continuam aplicando seus velhos métodos. TEXTO DE REFERÊNCIA
10. 6 As instituições e os processos educativos já começam a ser obstáculos à criatividade e à inovação. 7 Nos últimos séculos tivemos uma educação massiva e repetitiva, voltada para enquadrar pessoas em um tipo de sociedade insustentável, para infundir noções de ordem, hierarquia, disciplina e obediência e para adestrar a força de trabalho. TEXTO DE REFERÊNCIA
11. 8 Nos últimos dois séculos a educação esteve voltada para a reprodução de habilidades requeridas pelos velhos processos produtivos e administrativos e para a execução de rotinas determinadas. 9 Agora estamos vivendo a transição para outra época, para uma nova era da informação e do conhecimento, na qual as capacidades exigidas são outras. . TEXTO DE REFERÊNCIA
12. 10 O que se requer agora é que as pessoas sejam capazes de criar e de inovar, mudando continuamente os processos de produção e de gestão para descobrir maneiras melhores de fazer e organizar as coisas. 11 Isso só será possível se as pessoas tiveram autonomia para aprender o que quiserem, da forma como quiserem e quando quiserem. TEXTO DE REFERÊNCIA
13. 12 Isso só será possível se as pessoas puderem se relacionar com outras pessoas de sua escolha, gerando cada vez mais conhecimento. 13 Para tanto, é necessário libertar o processo educativo das amarras que tentam normatizá-lo de cima para baixo, em instituições hierarquizadas, burocratizadas e fechadas. TEXTO DE REFERÊNCIA
14. 14 Libertar o processo educativo das instituições e dos processos desenhados para guardar em caixinhas o suposto conhecimento a ser transferido (à revelia do que as pessoas desejariam de fato aprender). 15 Ficou evidente que o conhecimento é uma relação social e não um objeto que possa ser estocado, transportado, transferido ou transfundido de um emissor para um receptor. TEXTO DE REFERÊNCIA
15. 16 O processo de geração e compartilhamento do conhecimento ocorre na sociedade e não em organizações separadas da sociedade por paredes opacas e impermeáveis. 17 Novas formas de educação na sociedade tenderão a envolver comunidades de aprendizagem: TEXTO DE REFERÊNCIA