1. Anna era uma amiga diferente das outras... Nós nos conhecemos desde pequenas, mais hoje
nos temos interesses diferentes, mais é claro que ainda e muito agradável estar perto dela.
“eu estou muito ansiosa para amanha! E você?”
“Talvez... mais estou surpresa que você esteja tão entusiasmada. Quer dizer... e se ele for só
um cara velho e barrigudo companheiro de pesca do Sr. Cole que arranha um violão e canta
sertanejo?” – Disse em um tom sarcástico... Pois não era comum para a Anna se interessar por
esse tipo de atividade cultural.
Ela começou a rir escandalosamente... Minha piada do velho barrigudo que canta sertanejo
nem tinha sido tão boa assim!
“Lucy! Por onde você esteve durante o momento fofoca da aula?” – Ela me perguntou – Boa
pergunta! Pensei comigo mesma...
“Argh... sei lá...”
“Bom... como você sabe... eu tenho minhas fontes... A Kristen me disse que esse músico não é
velho... Ele é poucos anos mais velho que nós... parece que ele trancou a faculdade e está
voltando a cidade por assuntos pessoais..Imagine só! Um cara da faculdade que toca violão!.”
Que clássico! Observei.
“Ah e deixe-me adivinhar... você não pode esperar para conhecer ele... pois você tem certeza
que esse pode ser o cara que possivelmente você vai amar incondicionalmente e se entregar
de corpo e alma para ele?” – Falei em um tom sonhador imitando ela toda vez que conhecia
um menino novo. Eis uma diferença entre nós duas... Ela consegue se entregar profundamente
em relações que duram no máximo duas semanas. Anna era uma menina que não sabia viver
sem garotos... E sua aparência ajudava muito.
Ela me olhou como se eu tivesse tirado as palavras da boca dela.
“Mais já? Devem fazer o que? 15 dias desde que você terminou com o...” – Falei
cuidadosamente até ela me interromper.
“NÃO fale o nome daquele infeliz de novamente!” – E depois de alguns segundos de silêncio...
“Mais é claro! Eu já estou solteira há umas duas semanas... 15 dias sem um encontro! Isso
devia ser um crime!”
Eu sabia o que ela estava tentando fazer... Ela queria que eu falasse sobre o assunto... Mais
hoje eu estava melancólica demais para esse tipo de assunto. Então resolvi mudar de assunto
antes que eu sentisse um ataque de pânico.
“Mas o que você está planejando para hoje à tarde?” Perguntei como se não soubesse a
resposta – Ela iria fazer as unhas,escova, chapinha e baby-liss... Como ela sempre fazia para
parecer sempre impecável!
“Argh... eu meio que estou planejando um SPA caseiro... você quer me acompanhar? Agente
podia arrumar os cabelos, pintar as unhas...” – Ela começou a se empolgar.
Escrito por Luísa Lessa
2. “Quem sabe outro dia? Essa semana estou ajudando no lar para crianças desabrigadas todos
os dias... Desde que a última voluntária saiu... as coisas andam meio que fora de controle por
lá”
“Às vezes eu queria ser mais como você! Você tem tanta paciência!” – Ela disse meio que me
condenando por não gastar muito tempo em minha aparência. Bom passar um tempo no
abrigo me ajudou muito, no começo isso era só uma idéia da minha mãe para conseguir entrar
em uma Ivy League... Só que depois eu me apaixonei pelas crianças... Elas estão sempre tão
felizes e radiantes, estar com elas me faz esquecer que eu estou em um vagão de trem.
“Bom paciência é uma coisa que se aprende com o tempo... um dia você podia me
acompanhar...” – Bem capaz... Ela não ia a nenhum lugar que pudesse estragar seus cabelos!
“Ah... eu passo!” – Ela falou misturando sua fala com uma risada.
Capítulo 2.
Pressão
Chegando em casa minha mãe me esperava na sala...eu provavelmente estava prestes a
escutar um sermão.
“Lucy! Minha filha você pode vir aqui por um segundo?” – minha mãe estava com uma voz
muito fria... Ela não soava como minha mãe. Só como Elizabeth agora.
“Oi mãe!” – Eu disse
“Filha eu estava dando uma olhada em seu quarto e vi os formulários da faculdade. Vi que
você não preencheu todos... e o único que você preencheu foi um fora das faculdades que
concordamos.”
“Não é que eu... eu...”
“Filha eu te entendendo.” – Ela disse de um jeito tão convincente que quase acreditei.
“Eu mesma considerei moda antes de direito, mais o segredo é entrar em uma boa
universidade, entenda que você tem que seguir uma profissão segura filha! Você não
poderá viver as minhas custas para sempre.” – Ela estava me colocando medo agora. E na
minha cabeça eu sentia muita pressão. Eu odiava quando ela falava desse jeito, e hoje eu
não estava preparada para pressão. Não desse tipo pelo menos.
“Eu só achei que seria legal... sei lá... fazer algo diferente.” – Falei tentando manter meu
tom de voz seca, comum, programado, não deixando parecer que essa conversa estava
mexendo comigo. Eu sei que teria argumentos para ficar até amanhã para convencer ela
que convencional não se encaixava comigo... Mais como eu não queria discutir eu
acrescentei –
“Mais eu entendo seu ponto, foi só uma idéia boba! Sabe como é muito tempo lendo
Shakespeare pode mexer com sua cabeça! Eu vou voltar para o planejado. Medicina, Ivy
League” – Essa última parte soou como uma condenação. A assonância dessas palavras
podia ser comparada a uma marcha fúnebre em minha cabeça.
“Bem melhor assim! Agora eu tenho que ir senão seu irmão vai se atrasar para escola. Hoje
você vai ao abrigo?”
“Vou sim. Dia da pintura!”
Escrito por Luísa Lessa
3. “Bom te vejo a noite então! E não se esqueça dos formulários!”
“Pode deixar!”- Disse com uma voz de robô.
Eu estava muito nervosa; Quem ela pensa que é para decidir por essa escolha tão pessoal?
Subi as escadas e fui direto para o meu quarto. Quando cheguei lá, o que vi foi a gota d’água...
Elizabeth tinha passado dos limites dessa vez! Minha cama estava coberta de folhetos de
medicina e formulários de universidades importantes: Harvard, Yale, Princeton, Darmouth...
Como se não bastasse que estas fossem todas as faculdades da Ivy League... Ainda tinha mais!
Faculdades em diversos países... Inglaterra, Alemanha, Suíça, França. E o pior que não eram
escolhas abertas que eu podia fazer; Eu só podia considerar medicina. Elizabeth tirou a
conclusão que eu seria médica quando eu tinha cinco anos... Na época eu gostava de fingir que
minhas bonecas eram pacientes e então tinha que curar os ‘dodóis’ delas. Mais que criança
não gosta? Naquela época eu até gostava da idéia de usar um jaleco. Talvez porque com cinco
anos de idade você não faz idéia do que ser médica implica. Mais agora eu tenho uma vaga
idéia de que todas essas implicações nesse deplorável conceito não é o que eu algum dia irei
desejar para minha vida. Talvez agora Elizabeth só se tenha seus olhos voltados para o mundo
capitalista – supus. Mas é claro que eu sempre penso que tudo isso vem de uma mente
provinciana que Elizabeth cultiva, moramos em uma cidade pequena no condado de New
London em Connecticut, apesar de morarmos apenas a algumas horas de Norwich que é uma
cidadede tamanho razoável, minha mãe nunca saiu de cidades pequenas.
Tentei não fazer desse momento uma cena de um filme dramático onde a adolescente
revoltada joga tudo no chão e pisa em cima. Ao invés disso eu soquei tudo em meu armário
(bem sutil, hein?). Depois eu peguei uma bolsinha que ficava no armário do banheiro e tomei
um comprimido de paracetamol. Toda essa explosão de sentimentos resultou em u dor de
cabeça. E nada melhor que tylenol para me acalmar. Falando em acalmar, meu estomago
estava precisando de um calmante agora... Pois ele gritava com toda força.
Desci as escadas, cheguei à cozinha e esquentei o macarrão que tinha sobrado do almoço.
Nem me importei de esse ser meu segundo almoço. Bom, pensando desse jeito talvez fosse
meu jantar bem adiantado.
Então liguei a TV e estava passando “Orgulho e preconceito”, sentei e assisti enquanto
devorava meu macarrão. Eu amava aquele filme... Jane Austin foi realmente um gênio!Ela
conseguia captar a essência do que todas as mulheres querem e desejam e colocá-la em uma
personagem forte e apaixonante. Já perdi as contas de quantas vezes já li e assisti essa
maravilhosa obra. Depois que acabei de comer e arrumar minha bagunça básica na cozinha
decidi que era hora de me arrumar para ir ao abrigo.
Abri meu armário e uma avalanche de papéis caiu sobre mim. Por que não os joguei pela
janela mesmo?Peguei uma blusa velha... Pois crianças e tintas não combinam muito bem com
uma blusa branca. Talvez essa fosse a última vez que eu usaria essa blusa... era uma blusa
horrível do pateta daquelas que agente compra na Disney quando temos uns oito anos e
nunca desgrudamos dela até ela começar a apresentar sinais de uma possível perda total.
Passei no banheiro escovei meus dentes e dei um olhar apreensivo para minha aparecia. Se a
Anna estivesse aqui ela ia estar prestes a me metralhar. Bom, esteticamente falando eu não
sou das piores, mas também não sou uma top model. Sou bem comum: 1,68 de altura, 50 kg,
Escrito por Luísa Lessa
4. pele clara - mais não translúcida - olhos verdes; cabelos finos de um tom amêndoa e seu
formato: provido de cachos largos que caiam por todo o comprimento. Que no momento
estavam desmanchados e embolados em um emaranhado de fios, mais como estava sem
tempo, passei a mão por meus cabelos peguei minha bolsa, meu mp3 e peguei as chaves do
carro da minha mãe. Isso talvez fosse a única coisa legal dela, como o abrigo era longe ela me
emprestava seu carro para isso. Não era o conversível vermelho que toda adolescente sonha...
Mais ainda desempenhava sua função principal: andar.
Joguei minhas coisas no banco do carro e dei a partida. Chegando ao abrigo percebi que tinha
um carro a mais na garagem. Não dei muita importância a isso, e não me importei em observar
o modelo do carro. O abrigo não tinha nenhuma evidência de que não era uma casa normal,
não como a maioria das pessoas pensam. Era bem acolhedor na verdade. Era uma grande casa
de madeira pintada em um azul claro com uma pequena quadra na parte de traz perto da
garagem. Tranquei meu carro e entrei pela porta.Tudo estava bem quieto por lá.Achei isso
meio estranho.Quando eu estava indo para sala de televisão procurar as crianças vi a
coordenadora do abrigo esperando por mim perto do refeitório.
“Boa tarde Rachel” – Disse com um tom animado.
“Hey Lucy!” – Ela disse
“Tenho uma notícia muito boa para você!” – Ela continuou...
“Lembra que quando você começou a nos ajudar você entrou no lugar de um menino?”
“Lembro sim, entrei para ajudar a Amanda, só que ela acabou saindo... então fiquei só eu.” –
Disse em um tom pensativo... Onde será que ela queria chegar?
“Então... o menino na época saiu porque ele ia estudar fora... mais ele votou e quer voltar a
nos ajudar...e como você tem nos ajudado que nem uma louca ultimamente...”
“Ótimo!”- Conclui “Vou ganhar um companheiro!”
“Que bom que você está animada para isso! Ele já está aqui! Seu nome é Richard”
Nome interessante – julguei - me parecia o nome de alguém experiente. Ri de minha
suposição, minha imaginação parecia estar vagando livremente aquela tarde. Agora entendi
perfeitamente o carro a mais na garagem.
“Ele está colocando os aventais nas crianças lá na sala de TV”
“Valeu” – Falei me apressando para chagar na sala de TV. Eu provavelmente não ia contar para
Anna que eu tinha um companheiro de trabalho agora... Senão bem capaz dela começar a
morar aqui.
Do lado de fora da sala de TV uma insegurança bateu em minhas pernas... E se ele achasse que
eu fosse uma débil mental?Principalmente com essa camiseta do pateta! Mais então consegui
ouvir algumas risadas do lado de dentro da porta. Talvez ele fosse um cara super legal. Quando
abri a porta ele estava de costas usando um avental como uma capa de super- herói fingindo
ser o Supermen. Todas as crianças voltaram suas atenções para mim quando eu entrei. Elas
começaram a gritar meu nome e elas falaram meio que em coro:
“Lucy você vai pisar nos jacarés!”
Escrito por Luísa Lessa
5. Quando olhei para o chão haviam almofadas arrumadas como se fossem jacarés de verdade.
Então o coro falou de novo:
“Supermen, supermen salve a donzela”
“Não se preocupe donzela” – Um garoto alto vestindo uma capa virou-se para mim pegando
em minha mão me ajudando passa pelo “lago de jacarés”.
“Muito obrigada supermen, você é meu herói” – falei despreocupadamente
“Disponha” – Ele disse apertando seus lábios em minhas mãos
Quando nossos olhares se encontraram em nosso momento de atuação eu consegui olhar
direito para ele e fiquei sem graça. Ele era muito charmoso. Ele era loiro com olhos verdes
iguais os meus. Ela percebeu isso e soltou a minha mão.
“Crianças o supermen está cansado agora... que tal tirarmos um descanso dessa vida perigosa
para irmos fazer uma pintura?” – Ele disse com um tom muito claro e feliz.Como um garoto
tão lindo podia gostar estar preocupado com caridade?
“Uhuuhl” – eu podia ouvir as crianças dizendo.
Enquanto elas corriam para pegar seus aventais. Ele se virou para mim e falou
“Oi, você deve ser a Lucy Stewart?”
“Yep” – concordei com minha cabeça, lutando por coerência.
“E você deve ser...”
“Supermen... mais nas horas vagas só Richard Darcy”
“Prazer... Richard.” eu disse ainda meio envergonhada pela cana de antes.
“Então? Vamos trabalhar?” – Ele perguntou evitando um silêncio constrangedor. Cara... era
tão impossível que todo esse tempo andando com a Anna eu não podia ter adquirido alguma
vaidade ou conhecimento para situações como essas?
“Claro” – Me fiz soar muito idiota. “Claro?” quem fala “claro”? Fuzilei-me com meus
pensamentos.
As crianças vinham se organizando em fila para nós amarrarmos seus aventais. Percebi que
todas sentiam grande admiração pelo Richard. E ele olhava para elas de um jeito tão
pacifico.Ele amarrava os aventais ao mesmo tempo que brincava com as crianças...era tão
apaixonante de ver sua interação. Se tiver uma única coisa que aprendi com a Anna foi que
quando um garoto é muito bonito e extremamente legal com as crianças ele deve haver algo
errado com ele. Bom... Eu sempre acreditei que tudo isso fosse apenas preconceito. Já que os
homens são supostos a seguir um modelo ditado pela sociedade ao longo dos séculos.
Ok. Fiquei tão distraída com a grande dúvida em minha mente que me esqueci para que
estivesse realmente aqui. Oh certo! As crianças. Agora que elas estavam prontas me perguntei
se o Richard teria algo programado... E de certo modo vi que a única maneira de me livrar
dessa dúvida seria perguntando a ele. Será que eu conseguiria falar algo sem babar igual uma
demente?Por que eu estou apavorando?Quer dizer... Ele é só uma pessoa normal; Ah é,
Lembrei! Minha “vasta” experiência em garotos estaria interferindo muito agora. Quer dizer,
Eu não tenho muitas experiências em conversar com garotos. Na verdade... Eu não tenho
nenhuma!Eu nunca tive amigos homens. E... Isso pode soar meio antiquado para os termos de
Escrito por Luísa Lessa
6. hoje em dia mais... Bom... Eu me envolvi com um garoto. Minha experiência estava limitada ao
jogo - “verdade ou desafio” quando eu tinha uns treze anos. É até é meio estranho quando eu
me encontro em uma roda de meninas e os meninos vêm nos cumprimentar. Quer dizer - Eu
não - Elas. Eles passam por mim como se eu não existisse. Talvez porque eles podiam
pressentir que esse tipo de reação “débil mental” aconteceria. Ok! Se eu queria converter essa
impressão de retardada que eu com certeza estávamos passando nesse momento eu tinha que
falar alguma coisa. Certo! Vamos lá... Tentei fazer minhas palavras perecerem seguras o
máximo o possível.
“Então... ah... você planejou alguma coisa para hoje?” – Perguntei extremamente confiante
para meu estado atual.
“Na verdade... eu estava pensando em uma coisa sim, mais eu não sei o que você vai achar.” –
Ele disse me ajudando a levantar do chão logo após que terminei de amarrar o último avental.
Ok... Senti-me mais segura quanto minha opinião anterior sobre ele. Não havia nada de errado
evidentemente.
“Ok, o que você estava pensando?” –
“Você já reparou que na garagem tem umas marcas de pés e mão no chão?” – Ele perguntou
meio que rindo, como se ele tivesse se lembrado de algo.
“Sei sim... uhm... deixe – me adivinhar: arte sua?” – Perguntei e lembrei num relance de
algumas pequenas marcas de tons que variavam de vermelho ao amarelo no canto da
garagem, sempre achei que fosse um acidente, e agora tive minha confirmação. Eu ri sozinha.
Como consegui soar tão confiante? Talvez conversar com meninos não fosse tão difícil
“Esta tão na cara assim?” – Ele perguntou bem feliz
“Deixe-me ver... possivelmente!” – Estava gostando de falar com ele. Deixar minhas palavras
fluírem suavemente.
“Então... a quadra me parece tão sem cor. E eu acho que seria bom para as crianças saírem do
típico esquema de aquarela e tinta guache.” – Ele falou com uma voz bem delicada como se eu
fosse explodir com sua sugestão.
“Então o que você está querendo propor é tirarmos os nossos sapatos enfiar nossas mão e pés
na tinta e sair carimbando o chão?” – Disse em um tom bem sarcástico.
“É... basicamente isso!” – Ele disse com um sorriso grande.
“Parece bem legal, mais você tem alguma idéia de quanto tempo vai demorar para limpar tudo
depois?” - Perguntei com muito cuidado, não queria parecer chata.
“Tenho uma breve idéia. mais hoje eu estou com tempo... e eu também tenho minha nova
companheira para conversar.”
“Você realmente está disposto a conversar comigo?” – perguntei
“Você realmente está disposta a passar as próximas quatro horas comigo?” – ele perguntou
respondendo a minha pergunta.
As palavras dele me fizeram sentir bem... Esbocei um leve sorriso no canto de meus lábios.
Escrito por Luísa Lessa
7. “Eu finjo ser um super-herói nas horas vagas.” – Disse ele apresentando mais um quesito pra
meu julgamento a sua pergunta anterior. Assenti alegremente, entretanto, ruborizada demais
para falar.
Nesse meu breve diálogo eu tinha soado tão segura. Era tão fácil assim conversar com
garotos? E ele era tão incrivelmente legal comigo... Porque francamente, quem possivelmente
estaria disposto a conversar com uma adolescente com uma blusa do pateta?Será que ele
seria apenas um viciado por caridade e estava me tomando como um de seus próximos
projetos? Certo... Eu tinha que parar de pensar nas pessoas desse jeito. Mais eu não podia
evitar. O único garoto o qual eu travei um diálogo com mais de duas frases era incrivelmente
bonito e ele fez parecer conversar com ele ser tão fácil!Mais tinha algo eu seu olhar que eu
não consegui identificar, eu não sabia o que era se era bom, ruim ou talvez só minha própria
imaginação.
Escrito por Luísa Lessa