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IX CONGRESSO IBEROAMERICANO DE PSICOLOGIA 
Terapia familiar e expressão pela arte 
nos problemas de comportamento na 
adolescência 
Francisco Gonçalves Ferreira, Ana Isabel Augusto, Joana Vilhena, Luana Cunha Ferreira 
casa estrela-do-mar 
Centro Terapêutico Multi-Sistémico para Adolescentes e Famílias 
11/09/2014
Terapia Familiar e Expressão pelas Artes na 
Perturbação (Disruptiva) do Comportamento 
A Terapia Familiar: promover competências que 
permitem às famílias lidar com os desafios com que se 
deparam. 
Transformar a Vulnerabilidade numa Força 
Expressão e partilha das Emoções 
Clarificação e Reforço dos limites e espaços de cada subsistema 
Reformulação da função do sintoma 
Re-introdução do jogo nas dinâmicas familiares 
www.casaestreladomar.pt
Terapia Familiar e Expressão pelas Artes na 
Perturbação do Comportamento 
A Expressão pelas Artes, pode surgir como um importante 
complemento à psicologia e à terapia familiar, na medida em 
que permite: 
Desenvolvimento de novas percepções de si; 
Promoção de uma identidade criativa e produtiva; 
Acesso ao conteúdo da experiência não-verbal; 
Construção de um ambiente menos “técnico/sério”. 
Boria, G., Psicoterapia Psicodrammatica. Franco Angeli, Milano,2002. 
www.casaestreladomar.pt
O Teatro e a Expressão pela arte na CEM 
O Teatro e a Expressão pela Arte são componentes 
fundamentais da intervenção da Casa estrela-do-mar 
(CEM). 
www.casaestreladomar.pt
A família da Patrícia 
Breve descrição: 
A família recorreu à Terapia com queixa de: 
Elevada impulsividade e comportamentos agressivos por parte 
da filha mais velha (11 anos); 
Grande dificuldade dos pais em gerir os comportamentos da 
filha; 
Descrição dos sintomas como resistentes às intervenções 
anteriores (leia-se como sintomas a oposição da filha e a 
insegurança/frustração dos pais); 
Medo de que a Patrícia fizesse mal a eles ou a si própria; 
www.casaestreladomar.pt
A Família da Patrícia 
Factores sistémicos relevantes: 
Irmã mais nova como consultora* 
Relato de uma impulsividade familiar 
Narrativa dominante 
Rigidez do sintoma: “já quando nasceu era estranha” 
Lentes de interpretação 
“Quando ela se passa, não sei o que hei de fazer, tenho que ser bruta 
também!...” 
As regras e os castigos 
“às vezes chega a um ponto em que ninguém consegue fazer nada, ela 
decide à última que quer ver a novela até ao fim...e aí temos que a 
arrastar literalmente para o quarto...é muito aflitivo! 
*Andolfi, M. A criança com recurso em terapia. Leya-Caminho, Lisboa, 2014. 
www.casaestreladomar.pt
O Reinado do Sintoma 
Ela é violenta 
Não sabemos lidar 
com a violência 
Não queremos lidar 
com a insegurança 
A insegurança não 
pertence à família! 
Ela tem que ser forte, 
tem que lutar para 
pertencer, para se 
esconder, para se 
controlar... 
Ela é Insegura
Circuitos Alternativos 
Ela está aflita 
Não sabemos como 
podemos ajudar 
Queremos ajudá-la a 
sentir-se melhor 
A Insegurança 
desafia a família 
A família abraça o 
desafio e em equipa 
une-se para construir 
ferramentas e superar 
obstáculos 
Ela está Insegura e 
sente-se sozinha
A Intervenção Familiar 
Focos da Intervenção: 
O Braço de Ferro familiar 
A valorização e reforço positivo 
A função do sintoma* 
As regras menos dependentes dos estados de humor 
A coesão e coerência da equipa parental 
*Lambruschi, F., & Muratori, P. Psicopatologia e psicoterapia dei distrubi della 
condotta. Carocci editore, Roma, 2013. 
www.casaestreladomar.pt
A Intervenção Familiar 
Focos da Intervenção: 
O reforço da conjugalidade 
Tens que ir para a cama porque os pais 
precisam de namorar! 
www.casaestreladomar.pt
A Intervenção pela Arte 
O recurso à expressão pela arte: 
A arte como objectivo / a mudança de comportamentos como 
consequência natural, e não o contrário. 
O “Eu” espontâneo da Dinamizadora da sessão 
O primado da vontade 
Fazer de conta que somos nós próprios 
Representar os sonhos 
Identificar emoções 
Convidar a arte a visitar o mundo interno 
Preparar a mudança 
“Durante a nossa conversa desenhámos isto...e agora? O que lhe 
queremos fazer?” 
www.casaestreladomar.pt
Reflexões sobre resistências 
Este foi (e é) também um processo de terapia conjugal 
camuflada 
A Falta de comunicação entre a família e o 
pedopsiquiatra aumenta a ansiedade dos pais 
Nota: 
O processo terapêutico encontra-se a decorrer, pelo que os 
resultados apresentados dizem respeito aos resultados obtidos 
até ao momento. 
www.casaestreladomar.pt
Outras Referências... 
Carr, A. (2006). Family Therapy. (A. Carr, Ed.). Chichester, UK: John Wiley & Sons 
Ltd. 
Haines, J. & Neumark-Sztainer, D. (2008). Theater as a Beahavior Change Strategy: 
Qualitative findings from a school based intervention. Eating Disorders, 16, 241– 
254 
Larson, R. & Brown, J. (2007). Emotional development in adolescence: What can 
be learned from a high school theater program? Child Development, 78, 1083 – 
1099 
Kindler, R. & Gray, A. (2010). Theatre and Therapy: How improvisation informs the 
analytic hour. Psychoanalytic Inquiry, 30, 254–266. 
Quek, L., White, A., Low, C., Brown, J., Dalton, N., Dow, D., & Connor, J. (2012). 
Good choices, great future: Na applied theatre prevention program to reduce 
alcool-related risky behaviours during schoolies. Drug and Alcohol Review, 31, 
897–902. 
Silva, J. (2013). Entre o teatro e a psicologia: Processos e vivências da mudança 
psicológica em contexto teatral (dissertação de doutoramento). Faculdade de 
Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. 
www.casaestreladomar.pt
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Terapia Familiar Expressão Arte Problemas Comportamento Adolescência

  • 1. IX CONGRESSO IBEROAMERICANO DE PSICOLOGIA Terapia familiar e expressão pela arte nos problemas de comportamento na adolescência Francisco Gonçalves Ferreira, Ana Isabel Augusto, Joana Vilhena, Luana Cunha Ferreira casa estrela-do-mar Centro Terapêutico Multi-Sistémico para Adolescentes e Famílias 11/09/2014
  • 2. Terapia Familiar e Expressão pelas Artes na Perturbação (Disruptiva) do Comportamento A Terapia Familiar: promover competências que permitem às famílias lidar com os desafios com que se deparam. Transformar a Vulnerabilidade numa Força Expressão e partilha das Emoções Clarificação e Reforço dos limites e espaços de cada subsistema Reformulação da função do sintoma Re-introdução do jogo nas dinâmicas familiares www.casaestreladomar.pt
  • 3. Terapia Familiar e Expressão pelas Artes na Perturbação do Comportamento A Expressão pelas Artes, pode surgir como um importante complemento à psicologia e à terapia familiar, na medida em que permite: Desenvolvimento de novas percepções de si; Promoção de uma identidade criativa e produtiva; Acesso ao conteúdo da experiência não-verbal; Construção de um ambiente menos “técnico/sério”. Boria, G., Psicoterapia Psicodrammatica. Franco Angeli, Milano,2002. www.casaestreladomar.pt
  • 4. O Teatro e a Expressão pela arte na CEM O Teatro e a Expressão pela Arte são componentes fundamentais da intervenção da Casa estrela-do-mar (CEM). www.casaestreladomar.pt
  • 5. A família da Patrícia Breve descrição: A família recorreu à Terapia com queixa de: Elevada impulsividade e comportamentos agressivos por parte da filha mais velha (11 anos); Grande dificuldade dos pais em gerir os comportamentos da filha; Descrição dos sintomas como resistentes às intervenções anteriores (leia-se como sintomas a oposição da filha e a insegurança/frustração dos pais); Medo de que a Patrícia fizesse mal a eles ou a si própria; www.casaestreladomar.pt
  • 6. A Família da Patrícia Factores sistémicos relevantes: Irmã mais nova como consultora* Relato de uma impulsividade familiar Narrativa dominante Rigidez do sintoma: “já quando nasceu era estranha” Lentes de interpretação “Quando ela se passa, não sei o que hei de fazer, tenho que ser bruta também!...” As regras e os castigos “às vezes chega a um ponto em que ninguém consegue fazer nada, ela decide à última que quer ver a novela até ao fim...e aí temos que a arrastar literalmente para o quarto...é muito aflitivo! *Andolfi, M. A criança com recurso em terapia. Leya-Caminho, Lisboa, 2014. www.casaestreladomar.pt
  • 7. O Reinado do Sintoma Ela é violenta Não sabemos lidar com a violência Não queremos lidar com a insegurança A insegurança não pertence à família! Ela tem que ser forte, tem que lutar para pertencer, para se esconder, para se controlar... Ela é Insegura
  • 8. Circuitos Alternativos Ela está aflita Não sabemos como podemos ajudar Queremos ajudá-la a sentir-se melhor A Insegurança desafia a família A família abraça o desafio e em equipa une-se para construir ferramentas e superar obstáculos Ela está Insegura e sente-se sozinha
  • 9. A Intervenção Familiar Focos da Intervenção: O Braço de Ferro familiar A valorização e reforço positivo A função do sintoma* As regras menos dependentes dos estados de humor A coesão e coerência da equipa parental *Lambruschi, F., & Muratori, P. Psicopatologia e psicoterapia dei distrubi della condotta. Carocci editore, Roma, 2013. www.casaestreladomar.pt
  • 10. A Intervenção Familiar Focos da Intervenção: O reforço da conjugalidade Tens que ir para a cama porque os pais precisam de namorar! www.casaestreladomar.pt
  • 11. A Intervenção pela Arte O recurso à expressão pela arte: A arte como objectivo / a mudança de comportamentos como consequência natural, e não o contrário. O “Eu” espontâneo da Dinamizadora da sessão O primado da vontade Fazer de conta que somos nós próprios Representar os sonhos Identificar emoções Convidar a arte a visitar o mundo interno Preparar a mudança “Durante a nossa conversa desenhámos isto...e agora? O que lhe queremos fazer?” www.casaestreladomar.pt
  • 12. Reflexões sobre resistências Este foi (e é) também um processo de terapia conjugal camuflada A Falta de comunicação entre a família e o pedopsiquiatra aumenta a ansiedade dos pais Nota: O processo terapêutico encontra-se a decorrer, pelo que os resultados apresentados dizem respeito aos resultados obtidos até ao momento. www.casaestreladomar.pt
  • 13. Outras Referências... Carr, A. (2006). Family Therapy. (A. Carr, Ed.). Chichester, UK: John Wiley & Sons Ltd. Haines, J. & Neumark-Sztainer, D. (2008). Theater as a Beahavior Change Strategy: Qualitative findings from a school based intervention. Eating Disorders, 16, 241– 254 Larson, R. & Brown, J. (2007). Emotional development in adolescence: What can be learned from a high school theater program? Child Development, 78, 1083 – 1099 Kindler, R. & Gray, A. (2010). Theatre and Therapy: How improvisation informs the analytic hour. Psychoanalytic Inquiry, 30, 254–266. Quek, L., White, A., Low, C., Brown, J., Dalton, N., Dow, D., & Connor, J. (2012). Good choices, great future: Na applied theatre prevention program to reduce alcool-related risky behaviours during schoolies. Drug and Alcohol Review, 31, 897–902. Silva, J. (2013). Entre o teatro e a psicologia: Processos e vivências da mudança psicológica em contexto teatral (dissertação de doutoramento). Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto. www.casaestreladomar.pt
  • 14. Contactos geral@casaestreladomar.pt tel.: 914262925 ; 917439469 www.casaestreladomar.pt