1) O documento discute o emergente campo acadêmico dos Estudos de Tendências e como ele analisa mudanças sociais e comportamentos de consumidores.
2) Apesar de empresas privadas realizarem esse tipo de estudo há anos, falta uma metodologia científica e uma abordagem multidisciplinar nessa área.
3) O autor defende que os Estudos de Tendências devem se apoiar em diversas ciências sociais, humanidades, artes e tecnologia para compreender profundamente as mentalidades e prever novas tendências.
3. 3
Estudos de Tendências: Conceitos
Os Estudos de Tendências
Categorias de Tendências
Tendências, Modas e Ondas
A disciplina dos Estudos de
Considerações
Referências
T2Y – Trends to Innovation
Trends Spotting Application
Trends Spotting
Etapa 1
Etapa 2
Etapa 3
Aplicação
Etapa 4
Etapa 5
Conclusões
Referências
Glossário de Tendências
4
5
17
19
23
28
29
30
33
36
38
42
44
45
46
48
50
52
53Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
4. 3
Estudos
de
Tendências:
Conceitos
Nelson
Pinheiro
Gomes
Com
este
ar*go
pretendemos
consolidar
aquela
que
é
a
emergência
de
uma
nova
área
de
estudo:
Os
Estudos
de
Tendências.
Esta
disciplina,
entre
a
ciência
e
a
filosofia,
faz
recurso
de
todas
as
grandes
ferramentas
da
economia,
da
gestão,
do
marke*ng,
da
moda,
da
sociologia,
da
antropologia,
da
história
e
das
humanidades.
Os
Estudos
de
Tendências
não
se
definem
como
um
estudo
da
moda,
mas
sim
como
uma
análise
transversal
da
sociedade,
de
modo
a
obter
pistas
que
suportem
o
desenvolvimento
de
estratégias
de
inovação.
Neste
caso,
as
potencialidades
de
inovação
envolvem
tanto
as
empresas,
como
a
economia
e
todo
o
tecido
social.
Neste
sen*do,
é
importante
compreender
a
tradição
criada
por
autores
e
inves*gadores
como
Faith
Popcorn
e
Carl
Rhode.
Não
obstante,
este
trabalho
surge
da
necessidade
de
criar
uma
linha
académica
que
trabalhe
estes
conceitos
e
que
consiga
criar
um
conjunto
de
modelos
e
de
metodologias
que
possam
ser
aplicados
por
futuros
inves*gadores
e
analistas
de
Tendências
de
Mentalidades.
4
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
5. 5
Os
Estudos
de
Tendências
Os
Estudos
de
Tendências
de
mentalidades
e
de
comportamentos
do
consumidor
estão
a
dar
os
seus
primeiros
passos
no
meio
académico.
Desde
o
ano
de
2000
que
se
tem
proliferado
um
número
considerável
de
empresas
que
estudam
as
mentalidades
e
os
comportamentos
do
consumidor,
de
modo
a
produzir
bases
úteis
a
estratégias
empresariais
e
a
polí*cas
sociais.
Todavia,
cada
uma
destas
empresas
usa
um
método
próprio
e
não
existe
uma
uniformização
nos
resultados,
nos
obje*vos
e
nas
metodologias.
Não
obstante,
é
necessário
sublinhar
que
todas
partem
de
uma
observação
sociológica
e
estão
associadas
ao
processo
de
“CoolHun*ng”.
Isto
indica
a
existência
de
um
processo
com
bases
comuns,
mas
que
necessita
de
uma
metodologia
empírica
e
cienWfica
para
suportar
os
Estudos
de
Tendências.
Carl
Rohde,
sociólogo
cultural
e
CEO
da
Science
of
a
Time,
foi
um
dos
pioneiros
nesta
área,
juntamente
com
outros
como
Faith
Popcorn,
cuja
própria
rede
de
observação
de
Tendências
(www.scienceoZhe*me.com)
pretende
ter
uma
postura
académica
e
cienWfica
no
estudo
das
tendências
de
mentalidades
e
comportamentos
do
consumidor.
Contudo,
os
seus
relatórios
anuais
(Trend
Reports)
e
o
seu
próprio
site
não
sugerem
ainda
uma
metodologia
cienWfica
associada
aos
seus
estudos.
Aliás,
a
bibliografia
deste
autor,
tal
como
a
de
Faith
Popcorn,
não
apresenta
obras
de
caráter
cienWfico
sobre
Estudos
de
Tendências.
Somos
levados
a
crer
que
toda
a
atuação
destes
atores
nesta
área
está
baseada
num
processo
que
é
mais
filosofia
do
que
ciência,
com
um
forte
enfoque
na
intuição.
Todo
este
sistema
e
visão
encontram-‐se
igualmente
associados
a
empresas
–
como
a
Trend
Watching,
Trend
Hunter,
Trends
Ac:ve,
Cool
Hunters
ou
a
Trend
Wolves
-‐
que
u*lizam
os
chavões
do
“Cool”,
das
Tendências
e
da
Inovação
como
forma
de
vender
um
produto
novo
e
de
ca*var
clientes.
O
mundo
cienWfico
encontra-‐se
alheio
a
esta
realidade.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
6. 6
Podemos
defender
a
existência
da
área
dos
estudos
de
mercado,
dos
comportamentos
de
consumo
e
até
de
processos
estaWs*cos
que
medem
certos
prismas
da
vida
social.
Todavia,
nenhuma
destas
áreas
é
capaz
de
compreender
as
Tendências
através
de
um
estudo
das
mentalidades,
associadas
aos
comportamentos
de
consumo.
A
própria
área
de
forecas:ng
está
ligada
a
estudos
estaWs*cos
e
quan*ta*vos,
de
modo
que
não
procura
a
profunda
realidade
social
e
cultural
que
pode
auxiliar
na
previsão
de
novos
comportamentos
e
Tendências.
Os
Estudos
de
Tendências
não
podem
ser
restritos
a
uma
única
disciplina,
pois
seriam
inúteis
e
imprecisos.
A
sua
base
encontra-‐se
nas
ciências
sociais
e
é
nestas
que
encontram
as
metodologias
para
crescer
enquanto
área
cienWfica.
Não
obstante,
devem
procurar
nas
humanidades
o
contexto
cultural
que
lhes
permi*rá
compreender
as
mentalidades.
Do
mesmo
modo,
as
artes,
as
ciências
exatas
e
a
tecnologia
revelam
tópicos
que
devem
ser
considerados
na
ponderação
da
criação
de
um
quadro
de
Tendências.
Esta
nova
área
ultrapassa
o
foro
da
sociologia,
da
moda,
dos
estudos
de
cultura,
da
economia,
do
marke*ng,
entre
muitos
outros.
Ela
revela-‐se
como
um
cruzamento
interdisciplinar
de
todas
estas
áreas.
Os
Estudos
de
Tendências
exigem
uma
formação
transversal
a
vários
domínios
cienWficos,
pois
requerem
uma
capacidade
de
análise
e
de
estudo
que
não
pode
estar
restringida
a
uma
única
visão.
A
u*lização
das
ferramentas
económicas
para
estudar
uma
Tendência
não
são
suficientes,
pois
é
necessários
compreender
o
zeitgeist,
o
contexto
arWs*co
ou
tecnológico,
o
impacto
na
vida
quo*diana,
entre
muitos
outros
fatores.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
7.
FIGURA
1
–
Arquitectura
de
Tendências
Existem
vários
elementos
a
analisar
para
se
construir
a
arquitectura
de
uma
Tendência,
de
forma
a
compreender
a
sua
natureza.
O
palco
refere-‐se
a
todo
o
enquadramento
sociogeográfico
em
que
a
tendência
se
desenvolve;
Os
atores
dizem
respeito
a
todos
os
intervenientes
no
processo
de
construção
e
de
disseminação
da
Tendência;
A
natureza
da
Tendência
representa
as
suas
principais
caracterís*cas
e
a
forma
como
se
tornam
manifestas
na
sociedade;
o
impacto
significa
todas
as
consequências
sociais
e
a
alteração
de
comportamentos
que
advêm
da
nova
mentalidade
presente
na
Tendência.
A
compreensão
da
arquitectura
da
Tendência
permite
a
ar*culação
desta
úl*ma
com
a
inovação,
gerada
através
de
insights
que
compreendem
as
redes
de
influências
e
os
vários
códigos
presentes
nos
padrões
de
mentalidade
e
de
comportamento.
7Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
8. 8
FIGURA
2
–
As
interligações
nos
Estudos
de
Tendências
O
quadro
é
bastante
claro
quanto
às
várias
associações
que
se
criam
entre
os
conceitos
e
os
elementos
associados
aos
Estudos
de
Tendências,
revelando
as
várias
potencialidades
de
exploração
do
Coolhun*ng
e
da
análise
de
Tendências
de
Mentalidade
e
de
Comportamento
de
Consumo,
que
passam
tanto
pela
compreensão
do
zeitgeist,
como
pela
delineação
de
estratégias
sociais
e
empresariais.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
9.
O
desenvolvimento
dos
Estudos
de
Tendências
vai
permi*r
o
desenvolvimento
e
a
consolidação
de
métodos
quan*ta*vos
e
qualita*vos
de
inves*gação
que
permitam
iden*ficar,
analisar
e
“traduzir”
as
Tendências
micro
e
macro
que
estão
a
moldar
o
espírito
da
nossa
época
e
o
nosso
modelo
de
sociedade.
Desta
forma,
será
possível
compreender
os
grandes
desafios
sociais
dos
nossos
dias,
tanto
a
nível
económico
como
social.
Os
resultados
do
estudo
das
Tendências,
através
de
uma
análise
profunda
em
vários
prismas,
permitem
um
melhor
entendimento
dos
desafios
económicos
que
têm
surgido
nos
úl*mos
anos,
promovendo
polí*cas
concretas
e
as
estratégias
mais
eficientes
para
cada
contexto.
Para
além
das
aplicações
em
desafios
sociais
e
culturais,
os
Estudos
de
Tendências
geram
inovação
que
pode
ser
aplicada
em
negócios,
empresas,
serviços
e
produtos,
afetando
tanto
as
a*vidades
estratégicas
como
as
operacionais.
O
estudo
das
Tendências
de
mentalidade
e
de
consumo
fornece
uma
antevisão
do
futuro
e
uma
imagem
de
como
a
sociedade
está
a
evoluir
e
a
atuar,
incluindo
as
grandes
preocupações,
a*vidades,
a*tudes
e
comportamentos.
Através
desta
nova
área
de
estudo,
com
metodologias
sérias
e
concretas,
é
possível
iden*ficar
o
impacto
a
longo
e
a
médio
prazo
e
a
natureza
de
Tendências
nos
campos
sociais,
económicos,
polí*cos,
arWs*cos
e
culturais.
9Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
10. 10
Alguns
dos
maiores
tópicos
dos
nossos
tempos
são
a
migração,
a
segurança,
a
crise,
a
globalização,
a
energia,
o
digital,
entre
outros.
Estes
tópicos
são
um
reflexo
das
Tendências
de
mentalidade
já
iden*ficadas
por
ins*tuições
como
a
Science
of
the
Time
e
é
necessário
explorar
a
sua
análise
para
re*rar
pistas
sobre
o
futuro.
Compreender
uma
Tendência
é
criar
um
contexto
cultural,
geográfico
e
temporal.
Isto
vai
promover
o
desenvolvimento
de
uma
contextualização
histórica
da
realidade
recente,
da
mesma
forma
que
revela
os
potenciais
caminhos
e
eventos
futuros.
A
coesão
social
e
a
promoção
de
diálogos
culturais
são
um
desafio
para
os
atuais
modelos
e
áreas
cienWficas.
As
Tendências
revelam
como
estas
dinâmicas
são
representadas
e
executadas,
permi*ndo
a
criação
e
o
teste
de
hipóteses.
Hoje,
os
conceitos
de
Tendências,
de
Cool
e
de
Coolhun*ng
estão
em
voga
devido
à
media*zação
do
assunto
e
à
explosão
de
blogs,
bloggers,
revistas
e
outros.
Apesar
de
certas
empresas
envolvidas
nos
estudos
das
Tendências
como
a
Ayr
Consul:ng
,
a
Trends
Ac:ve
e
a
Science
of
the
Time
defenderem
uma
clara
definição
de
Tendência,
de
moda
e
de
onda
–
bem
como
o
seu
propósito
e
natureza
–
este
trabalho
está
claramente
restrito
ao
campo
empresarial,
enquanto
que
no
meio
académico
esta
questão
permanece
por
aberto.
Neste
sen*do,
concluímos
que
é
necessário
–
para
bem
dos
negócios
–
elevar
os
Estudos
de
Tendências
e
do
comportamento
do
consumidor
a
um
modelo
empírico
e
académico,
de
modo
a:
a)
Eliminar
as
zonas
cinzentas
nas
definições
de
Cool,
Tendência,
Moda
e
Onda;
b)
Chamar
a
atenção
e
trazer
credibilidade
para
esta
área
do
conhecimento;
c)
Criar
relações
entre
universidades
e
empresas,
proporcionando
serviços
com
o
mesmo
valor
como
os
de
outras
consultoras,
como
a
McKenzie.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
11. 11
FIGURA
3
–
Os
Atores
das
Tendências
Por
entre
todos
os
grupos
sociais
e
influentes
na
sociedade,
existe
sempre
um
conjunto
de
indivíduos
com
um
poder
de
prescrição
superior
que
ajudam
a
disseminar
uma
mentalidade
e
os
objectos/manifestações
das
Tendências.
Sejam
os
media
ou
as
celebridades,
estas
en*dades
representam
um
papel
fulcral
para
a
análise
de
Tendências.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
12. 12
FIGURA
4
–
Tendências
e
Audiências
A
assimilação
de
uma
mentalidade
e
do
objecto
de
uma
Tendência
não
é
semelhante
para
todos
os
indivíduos.
Com
base
no
modelo
de
diamante
de
Henrik
Vejlgaard
(2008),
recriamos
aqueles
que
sãos
os
grupos
mais
predispostos
e
abertos
a
novas
mentalidades
e
artefactos,
e
aqueles
que
são
mais
conservadores.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
13. 13
Isto
surge
da
necessidade
de
iden*ficar
os
contextos
sociais
básicos:
analisar
os
desenvolvimentos
tecnológicos
que
influenciam
o
conhecimento
do
consumidor;
iden*ficar
os
media
que
influenciam
o
comportamento
do
consumidor,
e
compreender
o
contexto
económico-‐financeiro
da
crise.
A
exploração
do
potencial
dos
Estudos
de
Tendências
passa
pela
criação
de
uma
escola
e
de
uma
tradição,
considerando
que
estamos
a
dar
os
primeiros
passos
no
desenvolvimento
das
metodologias
necessárias.
Os
Estudos
de
Tendências
são
uma
área
recente,
mas
já
possuem
um
número
de
metodologias
embrionárias
(u*lizadas
nos
meios
empresariais)
cuja
consolidação
pode
garan*r
uma
abordagem
cienWfica
ao
estudo
das
mentalidades
e
dos
comportamentos
de
consumo.
A
Science
of
the
Time,
uma
das
primeiras
redes
de
observação
e
de
análise
de
Tendências,
desenvolveu
um
processo
para
observar
,
analisar
e
produzir
pistas
com
base
em
Cool
Examples
(manifestações
de
Tendências)
que
são
catalogados
e
agregados
por
Tendências
iden*ficadas
–
isto
é
uma
abordagem
prá*ca
ao
Coolhun*ng.
Este
processo
oferece
mais
do
que
a
simples
observação
de
Tendências,
uma
vez
que
permite
a
abertura
de
novas
perspe*vas
e
a
iden*ficação
de
novos
comportamentos
e
Tendências
emergentes.
Não
podemos
dizer
que
é
futurologia,
uma
vez
que
esta
observação
metódica
permite
compreender
o
presente.
Não
obstante,
por
si,
este
modelo
oferece
pistas
para
perceber
oportunidades,
potencialidades
e
o
próprio
desenvolvimento
da
Tendência
no
futuro.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
14. 14
Os
Estudos
de
Tendências
possuem
uma
abordagem
inovadora
aos
estudos
de
cultura
e
de
mercado.
Eles
abordam
várias
ferramentas
dos
estudos
de
sociologia
e
de
cultura,
incorporando-‐os
nos
estudos
empresariais
e
económicos,
de
modo
a
produzir
pistas
para
estratégias.
A
exploração
de
uma
Tendência
permite:
a) Escapar
a
ameaças
através
da
compreensão
das
mudanças;
b) Compreender
a
concorrência;
c) Compreender
as
alterações
de
comportamento.
Não
compreender
uma
tendência
pode
significar
a
perda
de
uma
oportunidade.
Se
for
capaz
de
iden*ficar
corretamente
uma
Tendência,
terá
tempo
para
se
preparar
para
as
mudanças
e
para
as
novas
necessidades,
produzindo
melhores
estratégias,
produtos
e
serviços.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
15. 15
FIGURA
5
–
Processo
de
Análise
de
Tendências
Este
esquema
demonstra
como
surge
a
necessidade
de
uma
metodologia
replicável
e
sólida,
capaz
de
transformar
os
Estudos
de
Tendências
numa
área
credível,
com
ferramentas
eficazes
e
capazes
de
responder
às
dificuldades
das
intuições
em
construir
estratégias
para
o
mercado
hipermoderno.
Perspe*va
Empírica
e
CienWfica
Cool Examples Atrativos, Inspiradores
e com Potencial de
Crescimento
Modelos de
observação e de
interpretação
Trendslator*; InovAYR* ;
ZSM (Modelo de
Segmentação pelo
Zeitgeist); Coolhunting
Confirmação
Científica
Promoção de
Investigação
Produção de
Insights
Orientação para
negócios
Análise de
Tendências
estudadas
através de
vem de
a vários níveis
que são e requerem
Requer modelos
TRENDS ANALYSIS PROCESS
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
16. 16
FIGURA
6
–
Matriz
das
Ferramentas
dos
Estudos
de
Tendências
Do
Coolhun*ng
ao
Zeitgeist,
passando
pelos
modelos
desenvolvidos
pela
AYR
Consul*ng
Worldwide
(Trendslator
e
InnovAYR),
torna-‐se
possível
estudar
e
analisar
de
forma
sistemá*ca
as
Tendências
e
as
suas
manifestações,
para
re*rar
insights
aplicáveis
em
estratégias
de
inovação.
Cool
Examples
O
Cool
Example
representa
algo
que
é
Atra*vo,
Inspirador
e
com
Potencial
de
Crescimento/Replicação.
Ele
pode
ser
encontrado
em
várias
expressões
da
nossa
sociedade,
seja
num
produto,
num
serviço,
numa
estratégia
de
comunicação,
numa
a*tude,
num
comportamento,
entre
outros.
Modelo
de
Segmentação
pelo
Zeitgeist
*
Um
quadro
exaus*vo
da
sociedade
construído
pela
iden*ficação
dos
grandes
temas
da
nossa
época.
Através
do
eixo
do
zeitgeist,
é
possível
comparar
e
estudar
marcas,
empresas,
grupos
sociais,
tendências,
modas,
produtos
e
conceitos,
proporcionando
insights
que
apoiem
decisões
estratégicas.
(Em
desenvolvimento
–
Copyright
Nelson
Gomes)
Trendslator*
Este
modelo
oeferece
uma
metodologia
para
estudar
as
tendências,
promovendo
o
desenvolvimento
de
novos
e
sólidos
insights
e
estratégias.
As
tendências
sociais,
económicas,
culturais
e
de
comportamento
de
consumo
são
traduzidas
em
estratégias
focadas
nos
negócios
e
baseadas
numa
análise
qualita*va.
InnovAYR
*
U m
m o d e l o
p a r a
o
d e s e n v o l v i m e n t o
d a
inovação
empresarial
com
foco
na
criação
de
valor
para
o
consumidor.
O
InnovAYR
sublinha
a
percepção
e
a
criação
de
oportunidades
que
surgem
de
ideias
inovadoras
com
b a s e
n a
a n á l i s e
d e
tendências.
*Copyright
of
AYR
ConsulKng
Análise
O
Cool
example
só
é
tão
bom
quanto
a
sua
análise
sociocultural.
Observação
O
principal
objec*vo
consiste
em
permanecer
alerta
face
a
novas
manifestações.
Validação
Esta
é
uma
das
melhores
formas
de
confirmar
ou
iden*ficar
uma
tendência
.
Cultura
Mais
do
que
um
instrumento
de
negócios,
é
um
modelo
de
análise
estratégica
e
social.
Pesquisa
Uma
nova
economia
pede
novos
dados
e
modelos
que
compreendam
o
consumidor.
Negócios
Um
novo
modelo
interdisciplinar
de
segmentação
com
base
nas
Humanidades.
Geração
Criação
de
novas
ideias
com
base
na
ligação
de
conceitos,
aparentemente
não
relacionados.
Avaliação
Avaliação
de
uma
ideia,
de
forma
a
reconhecer
oportunidades.
Desenvolvimento
O
estudo
dos
recursos
necessários
a
serem
atribuídos
ao
desenvolvimento
do
projecto.
Necessidades
A
iden*ficação
de
uma
necessidade
social
ou
de
negócio,
focada
na
observação.
Inspiração
As
estruturas
das
manifestações
e
das
tendências
que
podem
suportar
uma
ideia.
Interpretação
Matriz
de
inovação
para
a
aplicação
de
tendências
em
projectos
sociais
e
de
negócios.
ANÁLISE
DE
TENDÊNCIAS
CONTEXTO
DAS
TENDÊNCIAS
INOVAÇÃO
ESTRATÉGICA
INSIGHTS
DE
NEGÓCIOS
TRENDS STUDIES MATRIX
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
17. 17
Categorias
de
Tendências
As
Tendências
podem
ser
divididas
em
duas
grandes
categorias,
nomeadamente
Macro
ou
Micro:
Macro
–
Normalmente
são
as
mais
poderosas.
Influenciam
uma
série
de
setores,
mercados
e
demografia.
São
direcionadas
para
a*tudes
e
necessidades
dos
consumidores.
Micro-‐
Manifestam-‐se
num
número
reduzido
de
consumidores.
São
*picamente
regionais
ou
nacionais
e
são
normalmente
direcionadas
para
um
determinado
setor
ou
comportamento.
Fornecem
pistas
para
as
Macro
–
que
são
manifestações
antecipadas
(vd.
Rasquilha,
2011:
17)
As
macro
Tendências
são
as
mais
influentes
ao
longo
do
tempo
e
em
termos
de
amplitude
de
impacto
social
e
económico,
pois
revelam
os
grandes
padrões
de
mentalidade
e
de
comportamento.
Elas
sugerem
as
grandes
alterações
no
gosto
e
nos
hábitos,
afetando
um
largo
espetro
de
setores
da
vida
social,
de
mercados
e
de
segmentos
socioculturais.
Neste
sen*do,
é
importante
sublinhar
que
estas
Tendências
são
a
base
para
compreender
as
necessidades
e
as
a*tudes
das
várias
tribos
urbanas
e
dos
vários
*pos
de
consumidor.
Por
norma,
englobam
em
si
um
determinado
número
de
micro
Tendências
(vd.
Higham,
2009:
88).
Por
outras
palavras,
as
macro
Tendências
são
o
fio
condutor
através
do
qual
podemos
compreender
certas
micro
Tendências,
com
as
quais
possuem
afinidades,
e
que
têm
uma
natureza
muito
mais
focada,
sendo
também
mais
limitadas.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
18. 18
Por
outro
lado,
as
Tendências
que
afetam
um
número
limitado
de
indivíduos
e
de
consumidores
são
conhecidas
como
micro
Tendências.
Elas
possuem
uma
natureza
e
uma
influência
superior
às
modas,
mas
são
inferiores
às
Tendências
de
caráter
macro.
Por
norma,
estão
confinadas
a
um
setor
ou
a
um
comportamento
específico,
fornecendo
pistas
para
as
Tendências
macro
que
actuam
a
um
nível-‐global
em
vários
sectores
e
comportamentos.
Com
tempo,
é
possível
que
uma
micro
Tendência
ganhe
espaço
e
se
transforme
numa
macro
Tendência
(vd.
Higham,
2009:
87).
Para
além
destas
duas
categorias,
podemos
também
incluir
as
Tendências
fundacionais,
ou
seja,
Tendências
que
operam
num
nível
mais
profundo
na
sociedade
e
que
influenciam
todo
o
nosso
quo*diano
e
mentalidade.
Tal
como
Vejlgaard
refere:
Because
of
an
awareness
that
there
are
these
different
kinds
of
changes,
some
people
used
the
word
megatrends
when
discussing
cultural,
economic,
poli*cal,
or
technological
shiZs
that
are
just
about
to
happen,
with
the
implica*on
that
these
megatrends
will
affect
all
or
almost
all
of
society
(Vejlgaard,
2008:
21).
O
problema
com
as
Tendências
fundacionais
e
macro
é
que
possuem
uma
influência
duradoura
na
sociedade
e
não
são
muito
previsíveis
quanto
às
suas
mutações.
Para
além
disto,
seria
necessário
um
conhecimento
sólido
de
todas
as
ciências
sociais
para
compreender
as
suas
naturezas,
e
a
sua
descrição
e
análise
envolveria
uma
série
de
livros
(vd.
Vejlgaard,
2008:
22).
Após
o
seu
surgimento,
as
tendências
podem
manifestar-‐se
de
diferentes
modos,
seja
com
base
em
a*tudes
ou
comportamentos,
com
maior
ou
menor
impacto
(macro
e
micro),
afetando
mais
ou
menos
mercados.
Sempre
que
uma
Tendência
é
iden*ficada,
deve
ser
corretamente
definida,
de
modo
a
permi*r
uma
correta
análise
e
aplicação
empresarial
(vd.
Higham,
2009:
84).
É
necessário
compreender
a
natureza
e
o
impacto
de
uma
Tendência,
ou
seja,
se
afeta
um
ou
mais
setores,
os
grupos
sociais
envolvidos
e
o
seu
potencial
de
expansão.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
19. 19
Tendências,
Modas
e
Ondas
Tal
como
Vejlgaard
(2008)
refere,
muitos
indivíduos
usam
a
palavra
“trendy”
para
referir
tanto
as
modas
como
as
Tendências,
uma
vez
que
ambos
capturam
o
interesse
dos
trendseyers.
Nem
sempre
é
fácil
dis*nguir
entre
as
modas
e
as
Tendências
e,
em
princípio,
apenas
temos
uma
oportunidade
para
perceber
se
uma
alteração
no
es*lo
e
no
gosto
vão
tornar-‐se
uma
Tendência,
se
percebermos
o
processo
que
cria
essas
alterações
(vd.
Vejlgaard,
2008:
189).
Não
obstante,
as
Tendências
e
as
modas
são
diferentes,
não
só
nas
suas
consequências
como
nas
oportunidades
que
permitem,
uma
vez
que
as
ondas
e
as
modas
apenas
oferecem
pistas
sobre
o
que
um
número
limitado
de
consumidores
irá
fazer
a
curto
prazo
(vd.
Higham,
2009:
103).
Os
fatores
que
dis*nguem
as
verdadeiras
Tendências
de
consumo
das
modas
e
das
ondas
são
as
causas,
o
impacto
e
a
durabilidade
(vd.
Higham,
2009:
104).
Luís
rasquilha,
desenvolve
esta
questão
e
explica
a
diferença
entre
onda,
moda
e
tendência:
Onda
–
vem
com
um
impacto
muito
grande,
mas
dissipa-‐
se
rapidamente.
As
pessoas
incorporam-‐na
sem
entender
porquê.
Exemplos
de
ONDAS
*vemos
os
Crocs
ou
mais
recentemente
a
pulseira
Power
Balance.
Moda-‐
Incorporada
de
forma
consciente
na
ro*na
diária.
Não
acarreta
mudança
de
comportamentos.
Tem
um
impacto
menor
do
que
a
Tendência
e
dura
menos
tempo.
Temos
como
exemplos
de
MODAS
os
Converse
AllStar
ou
a
Pandora.
Tendência-‐
Resultado
de
uma
mudança
de
comportamento.
Começa
de
forma
mais
Wmida
do
que
a
Onda
ou
a
Moda,
mas
a
sua
duração
é
grande
e
com
impactos
profundos.
Assumida
como
mentalidade
emergente
e
dominante
(vd.
Rasquilha,
2011:
15-‐16).
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
20. 20
Podemos
considerar
que
esta
divisão,
todavia,
é
insuficiente
à
luz
do
estudo
de
Jean
Baudrillard
(1993)
sobre
a
reciclagem
dos
signos,
ou
seja,
as
suas
mortes
e
renascimentos.
A
moda
é
por
definição
cíclica,
reinventando-‐se
nos
signos
do
passado,
dotando-‐os
de
novos
significados
e
contextualizando-‐os
no
zeitgeist
atual.
Neste
sen*do,
não
basta
compreender
a
moda
como
algo
apenas
resultante
do
es*lo
e
do
vestuário.
O
sistema
da
moda,
apesar
de
se
evidenciar
e
expor
de
forma
semelhante
às
Tendências
–
uma
vez
que
ambos
são
a
materialização
da
mentalidade
e
do
zeitgeist
–
não
funciona
como
a
dessiminação
de
uma
Tendência.
Esta
úl*ma
não
possui
obrigatoriamente
este
sistema
cíclico
que
impera
na
moda.
Desta
forma,
a
moda
torna-‐se
diferente
das
demais
Tendências,
para
além
da
questão
das
suas
manifestações,
causas
e
impactos,
pois
a
sua
própria
natureza
e
o
seu
sistema
de
imposição
de
código
social
é
diferente
das
Tendências
de
mentalidades
e
de
comportamento
de
consumo.
Figura
7-‐
A
Relação
entre
Onda,
Moda,
Tendência
Fonte:
Rasquilha
(2011)
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
21. 21
FIGURA
8
–
Tendências,
Modas
e
Mentalidades
Como
a
figura
ilustra,
estes
sistemas
funcionam
como
um
código
cultural
que
se
vai
complexificando
ao
nível
de
representações,
prá*cas
e
mentalidades,
tornando-‐se
mais
forte
de
acordo
com
a
complexidade
da
informação
cultural
presente
em
cada
sistema.
TENDÊNCIAS
DE
MENTALIDADE
Caracterís*cas
Z+Y+X
MODA
Caracterís*cas
Z+Y
ONDA
Caracterís*cas
Z
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
22. 22
FIGURA
9
–
Tendências
e
Audiências
Estes
dois
profissionais
dos
Estudos
de
Tendências
têm
ganho
expressão
nos
úl*mos
anos,
dentro
do
meio
empresarial
e
no
seio
do
Marke*ng.
Ambos
estão
preparados
para
dar
às
empresas
a
chave
do
futuro
e
uma
compreensão
profunda
sobre
as
principais
manifestações
das
mentalidades
e
os
grandes
padrões
do
comportamento
dos
consumidores.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
23. 23
A
Disciplina
dos
Estudos
de
Tendências
Com
base
nos
capítulos
anteriores,
podemos
estruturar
aquele
que
seria
o
currículo
e
as
principais
disciplinas
da
área
de
Estudos
de
Tendências.
HUMANIDADES
CIÊNCIAS
SOCIAIS
GESTÃO
ESTUDOS
DE
TENDÊNCIAS
Cultura
e
Mentalidades
O
Estudo
do
Zeitgeist
e
dos
comportamentos
sociais,
com
base
nas
mentalidades
de
cada
época.
Cultura
e
Comunicação
Abordagem
de
tópicos
de
Cultura
para
a
compreensão
do
tecido
sociocultural
e
das
formas
de
comunicação
a
nível
global
e
local.
Etnografia
e
CoolhunKng
Recurso
às
ferramentas
etnográficas
e
ao
Coolhun*ng
para
estudar
os
grupos
e
os
seus
comportamento.
Sociologia
de
Tendências
Estudo
das
redes
de
influências
e
de
prescrição
social
de
comportamento,
bem
como
a
sua
disseminação.
Arqueologia
de
Tendências
Procurar
a
génese
e
a
mutação
de
comportamentos
na
época
moderna
e
pós-‐
moderna.
Arquitectura
de
Tendências
Estudo
do
ADN
e
da
cons*tuição
de
genes
culturais
numa
Tendência.
Iden*ficação
de
Tendências
de
mentalidade.
Foresight
e
ForecasKng
Previsão
das
possíveis
mutações
e
desenvolvimentos
das
Tendências,
bem
como
de
possíveis
manifestações
das
mesmas.
Gestão
da
Inovação
Aplicação
das
pistas
das
Tendências
em
estratégias
e
na
concepção
de
produtos/
serviços
com
um
cunho
inovador.
Filosofia
Ciência
(social)
Figura
10
–
Cuccirulum
dos
Estudos
de
Tendências
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
24. 24
1º
Cultura
e
Mentalidades
Não
podemos
começar
a
estudar
Tendências
de
comportamentos
sociais
e
de
consumo
sem
compreendermos
o
espírito
do
tempo
–
zeitgeist.
O
estudo
das
manifestações
culturais
e
das
mentalidades
é
a
base
que
nos
permite
compreender
a
emergência
de
determinados
comportamentos
que
se
materializam
em
padrões.
2º
Cultura
e
Comunicação
O
modelo
de
disseminação
e
de
comunicação
social
e
inter-‐cultural
permite
compreender
a
prescrição
e
a
qualidade
viral
das
modas
e
das
Tendências.
3º
Etnografia
e
Coolhun*ng
Esta
é
uma
das
grandes
ferramentas
dos
Estudos
de
Tendências.
Com
base
na
observação
dos
comportamento
sociais
e
tribais
é
possível
catalogar
um
número
suficiente
de
manifestações
que
permitem
classificar,
iden*ficar
e
monitorar
modas
e
Tendências
de
mentalidade.
4º
Sociologia
de
Tendências
Uma
Tendência
é
uma
manifestação
social,
processa-‐se
através
de
prescrições
e
de
adopções.
Neste
sen*do,
existe
todo
um
sistema
social
que
actua
na
definição
de
Tendências.
O
Estudo
do
Zeitgeist
e
dos
comportamentos
sociais,
com
base
nas
mentalidades
de
cada
época.
5º
Arqueologia
de
Tendências
Isto
não
é
mais
do
que
uma
arqueologia
das
mentalidades
e
dos
costumes,
baseada
naquela
que
é
a
disciplina
da
história
do
quo*diano,
adaptada
à
realidade
da
natureza
das
tendências
socioculturais.
6º
Arquitectura
de
Tendências
Por
ventura
a
mais
di•cil
destas
disciplinas,
consiste
no
processo
de
iden*ficação,
confirmação,
monitorização,
descrição
e
contrução
de
um
mapa
social
de
Tendências.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
25. 25
7º
Foresight
e
Forecas*ng
Esta
é
a
disciplina
mais
perigosa
dos
Estudos
de
Tendências,
devido
ao
seu
elevado
grau
de
improbabilidade
e
da
dificuldade
na
verificação
dos
resultados.
Baseia-‐se
na
u*lização
de
modelos
econométricos,
estaWs*cos
e
de
análise
social
qualita*va
para
prever
o
desenvolvimento
futuro
de
acontecimentos
e
de
previsíveis
quadros
socio-‐
económicos.
8º
Gestão
da
Inovação
Aplicação
prá*ca
das
pistas
e
do
conhecimento
ob*do
nas
restantes
disciplinas
no
desenvolvimento
de
inovação
a
nível
empresarial,
indústrial,
social
e
cultural.
Pode
ser
desenvolvida
tanto
a
nível
de
estratégias,
de
produtos/serviços
ou
de
projectos.
Os
Estudos
de
Tendências,
enquanto
área
académica,
devidem-‐se
na
sua
natureza
entre
a
Filosofia
-‐
o
Estudo
da
Condição
Humana
e
a
abordagem
regular
das
Humanidades
-‐,
e
a
Ciência
Social,
com
os
seus
métodos
empíricos
de
análise
da
realidade
social.
Apenas
com
o
recurso
à
mul*-‐disciplinaridade
torna-‐se
possível
analisar
e
estudar
as
Tendências.
Esta
complexa
área
surge
da
necessidade
de
compreender
o
tecido
social
em
todas
as
suas
vertentes,
potenciando
um
desenvolvimento
sustentável
do
consumo
e
dos
padrões
de
vida.
O
Estudo
do
Quo*diano,
em
todas
as
suas
variantes
–
sem
o
espar*lho
da
História,
dos
Estudos
de
Cultura
e
da
sociologia-‐,
foca
a
atenção
do
inves*gador
de
Tendências
nas
consequências
da
Mentalidade
vigente.
Aliás,
a
Mentalidade
é
a
base
para
os
Estudos
de
Tendências,
ou
seja,
o
primeiro
alicerce
que
deve
ser
compreendido
e
estudado
o
melhor
possível,
de
modo
a
que
se
possam
re*rar
os
devidos
elementos
que
são
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
26. 26
usados
nas
disciplinas
desta
nova
área.
Para
o
efeito,
e
com
um
carácter
transversal,
propomos
o
modelo
ZSM-‐
Zeitgeist
Segmenta*on
Model.
Zeitgeist
pode
ser
literalmente
traduzido
por
“o
espírito
(Geist)
do
tempo
(Zeit)”.
Ele
anuncia
um
ambiente
cultural
e
conceptual
de
um
determinado
período
histórico.
O
Zeitgeist
representa
o
retrato
do
espírito,
do
sen*do,
do
intelectual,
do
cultural,
do
é*co,
do
espiritual
e
do
polí*co
de
um
momento
no
tempo
e
no
espaço,
de
acordo
com
um
determinado
público.
Por
outras
palavras,
está
associado
à
direcção
sociocultural
atribuída
a
uma
era.
O
nascimento
das
Modas
e
das
Tendências
estão
completamente
dependentes
do
estudo
do
Zeitgeist.
De
facto,
elas
são
as
maiores
expressões
deste
conceito.
A
Moda
e
a
Tendência
são
materializações
do
zeitgeist
e,
como
tal,
é
impossível
estudar
uma
Tendência
sem
compreender
a
realidade,
a
sociedade,
em
resumo,
o
espírito
do
tempo.
Este
úl*mo
providencia
uma
imagem
completa
sobre
o
sistema
social
de
um
período,
bem
como
as
ondas
morais,
arWs*cas,
intelectuais
e
sociais
que
caracterizam
e
dis*nguem
cada
era.
Para
estudar
o
Zeitgeist
concebeu-‐se
o
Modelo
ZSM-‐
Zeitgeist
Segmenta*on
Model,
baseado
num
eixo
que
permite
a
caracterização,
a
avaliação,
a
análise
e
o
posicionamento
dos
grandes
tópicos
do
Zeitgeist,
de
marcas,
produtos/serviços,
segmentos
de
mercado,
artefactos,
entre
outros.
Através
do
correcto
posicionamento
no
eixo,
é
possível
comparar
estes
vários
factores
e
*rar
as
mais
variadas
conclusões.
A
peça
fulcral
deste
modelo
consiste
num
correcto
posicionamento
dos
elementos
no
eixo.
Garan*do
o
sucesso
desta
fase,
as
conclusões
reflectem
o
verdadeiro
espírito
do
tempo.
Não
obstante,
é
importante
referir
que
o
ZSM
não
funciona
apenas
como
um
modelo
de
segmentação,
pois
também
revela
quais
são
os
grande
elementos
que
compõem
o
quadro
social
e
a
definição
da
natureza
do
zeitgeist
num
determinado
momento.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
27. 27
Neste
sen*do,
é
crucial
para
delinear
as
expressões
e
correntes
arWs*co-‐literárias,
bem
como
para
abordar
problemas
sociais
ou
empresariais.
Outra
grande
vantagem?
Pode
ser
usado
tanto
num
projecto
empresarial
como
de
estudo
das
humanidades.
Este
modelo
foi
incorporado
na
Metodologia
Trends2innova*on,
concebida
pelo
Trends
Research
Center
e
pela
AYR
Consul*ng,
estando
já
a
ser
aplicada
em
projectos
de
índole
internacional.
Juntamente
com
o
T2Y,
a
metodologia
incorpora
o
modelo
Trendslator
e
Innovayr
–
focados
na
iden*ficação
e
aplicação
de
pistas
fornecidas
pelas
tendências
em
projectos
de
negócios
e
estratégias
empresariais.
Estes
modelos
e
metodologias
são
transversais
aos
Estudos
de
Tendências
e
revelam
o
inves*mento
a
nível
de
inves*gação
e
teste
que
que
se
está
a
concre*zar
nesta
área.
O
capítulo
seguinte
pretende
abordar
em
pormenor
este
modelo
e
o
seu
potencial
para
os
Estudos
de
Tendências
e
para
a
geração
de
inovação.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
28. 3
Considerações
Neste
primeiro
capítulo
pretendemos
iden*ficar
os
principais
conceitos
e
elementos
que
cons*tuem
os
Estudos
de
Tendências.
No
futuro,
pretendemos
estudar
o
processo
metodológico
e
modelar
que
trespassa
a
iden*ficação
de
Tendências
e
a
sua
aplicação
prá*ca.
Para
além
disto,
também
será
necessário
referir
a
importância
da
u*lização
prá*ca
das
Tendências
para
a
geração
de
pistas
de
inovação.
Desde
a
necessidade
de
ter
metodologias
e
disciplinas
para
a
ar*culação
e
geração
de
pistas,
até
à
necessidade
do
estabelecimento
claro
das
necessidades,
oportunidades
ou
problemas
de
negócio,
para
que
possa
haver
um
fio
condutor
e
uma
medição
de
resultados.
Defendemos
que
a
aplicação
é
quase
ilimitada,
com
potencial
em
áreas
desde
os
recursos
humanos,
centros
comerciais,
hotéis,
indústria
autmóvel,
educação,
até
à
moda,
entre
muitos
outros.
Os
Estudos
de
Tendências
são
um
instrumento
valioso
em
qualquer
procedimento
de
análise,
não
apenas
naquelas
que
são
as
tradicionais
indústrias
cria*vas,
mas
em
qualquer
ambiente
onde
o
indivíduo
tem
de
adaptar-‐se
a
um
mundo
em
constante
e
crescente
mutação
que
requer
flexibilidade,
inovação
e
competências
.
28
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
29. BAUDRILLARD,
Jean
(1993).
Symbolic
Exchange
and
Death.
Traduzido
por
Iain
Hamilton
Grant,
London:
Sage.
HIGHAM,
William
(2009).
The
Next
Big
Thing.
London:
Kogan
Page.
RASQUILHA,
Luís
(2011).
Tendências
e
Gestão
da
Inovação.
Lisboa:
Verlag
Dashofer.
VEJLGAARD,
Henrik
(2008).
Anatomy
of
a
Trend.
New
York:
McGraw-‐Hill.
www.scienceoZhe*me.com
(consultado
a
2-‐7-‐2012)
www.ayr-‐consul*ng.com
(consultado
a
2-‐7-‐2012)
29
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
30. 3
T2Y
–
Trends
to
InnovaKon
Ana
Filipa
Francisco
30
Many
people
have
been
led
to
believe
that
trends
are
about
intui*on.
This
is
because
the
majority
of
the
people
who
work
with
trends
find
it
difficult
to
explain
why
something
will
happen
the
way
they
say
it
will.
The
explana*on
oZen
boils
down
to
“because
I
think
so.”
Some
people
do
seem
to
be
able
to
predict
what
will
happen
based
on
their
own
intui*on.
Unfortunately,
there
are
too
many
cases
in
which
people’s
intui*on
has
obviously
been
mistaken
for
us
to
accept
the
intui*ve
method.
Furthermore,
intui*on
is
a
skill
that
can’t
be
learned
by
the
rest
of
us.
So
because
intui*on
is
so
highly
uncertain,
we
need
other
methods
if
we
want
to
understand
trends.
(VEJLGAARD,
2008:
1)
A
área
de
inves*gação
de
Tendências
de
mentalidade
é
uma
área
recente
no
estudo
e
na
inves*gação
académica,
sendo
que
nas
áreas
empresariais
a
sua
pesquisa
e
análise
já
se
encontra
presente
há
mais
tempo
em
alguns
países
como
os
Estados
Unidos,
a
Inglaterra,
a
Holanda,
a
Bélgica
e
o
Brasil.
No
entanto,
os
seus
métodos
de
pesquisa
resumem-‐se
à
observação
empírica,
tornando
necessária
uma
maior
credibilização
da
inves*gação
e
por
conseguinte
dos
próprios
resultados
finais.
Para
a
criação
de
um
método
de
inves*gação
e
de
análise
mais
aprofundado,
credível
e
fidedigno
na
obtenção
de
resultados,
a
empresa
AYR-‐Consul*ng
e
o
Trend
Research
Center
elaboraram
um
método
de
pesquisa,
de
análise
e
de
aplicação
empresarial
das
Tendências
e
das
suas
implicações
à
inovação.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
31. 31
Este
capítulo
pretende
analisar
esse
método
de
inves*gação
na
aplicação
das
Tendências
a
nível
de
inovação
empresarial,
bem
como
a
sua
adequação
para
uma
inves*gação
cienWfica.
A
área
das
Tendências
encontra-‐se
entre
as
áreas
da
ciência
e
a
filosofia,
com
recurso
transversal
a
todas
as
grandes
ferramentas
da
economia,
gestão,
marke*ng,
moda,
sociologia,
antropologia,
história
e
humanidades.
Os
Estudos
de
Tendências
representam
uma
análise
pluridisciplinar
da
sociedade,
de
modo
a
obter
pistas
que
suportem
o
desenvolvimento
de
estratégias
e
inovação.
Neste
caso,
as
potencialidades
de
inovação
envolvem
tanto
as
empresas,
como
a
economia
e
todo
o
tecido
social.
Atualmente,
as
Tendências
de
Mentalidade
têm
sido
u*lizadas
sobretudo
num
processo
de
inovação
empresarial
e
para
análise
das
Tendências
de
Consumo.
Todavia,
as
Tendências
estendem-‐se
para
lá
das
áreas
de
negócio,
tendo
os
seus
alicerces
no
espírito
do
tempo
(Zeitgeist).
Elas
resultam
de
diferentes
componentes
das
mais
diversas
áreas,
transformando-‐se
em
pensamentos
e
comportamentos
emergentes
da
sociedade
a
nível
local,
ou
global.
Neste
sen*do,
as
Tendências
necessitam
de
uma
análise
mais
aprofundada
e
estruturada,
pois
sendo
apenas
aplicadas
a
nível
empresarial,
estamos
a
u*lizar
só
uma
pequena
ponta
do
Iceberg
de
informação
que
elas
nos
fornecem
nas
várias
áreas
comportamentais
da
sociedade.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
32. 32
Predic*ng
the
future
is
much
more
difficult
than
predic*ng
new
trends.
A
trend
is
a
process
that
is
driven
by
human
beings
in
a
sociological
payern
that
has
been
going
on
for
centuries.
The
payern
may
change
some*me
in
the
future,
but
at
present
there
are
no
signs
of
change
in
the
trend
process
described
in
this
book,
except
maybe
the
speed
of
the
process.
But
predic*ng
the
future
of
trends
is
as
much
hit
or
miss
as
any
other
kind
of
predic*on
of
the
future
(VEJLGAARD,
2008:
193).
A
definição
de
um
modelo
de
inves*gação
de
Tendências
baseia-‐se
na
necessidade
de
compreendermos,
de
forma
atempada,
as
mudanças
sociais
emergentes,
numa
sociedade
em
constante
e
rápida
mudança.
Os
padrões
de
mudança
estão
enraizados
no
comportamento
humano,
que
tendem
a
seguir
padrões
razoavelmente
previsíveis.
No
entanto,
é
necessário
iden*ficá-‐los
e
analisá-‐los
(vd.
Vejlgaard,
2008).
As
Tendências
são
processos
de
mudança
que
resultam
da
observação
do
comportamento
social
e
de
consumo
e
que
originam
a
criação
e
o
d e s e n v o l v i m e n t o
d e
n o v a s
i d e i a s ,
comportamentos
e
ações.
São
um
processo
de
mudança
comportamental
que
está
assente
em
mentalidades
emergentes
e
que
é
suportado,
posteriormente,
em
interpretações
passíveis
de
gerar
insights
capazes
de
serem
conver*dos
em
estratégias.
Além
disso,
permitem
fornecer
informação
rela*vamente
aos
comportamentos
sociais
e
a
uma
maior
compreensão
rela*vamente
ao
desenvolvimento
histórico
e
social.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
33. 33
Trends
Spo„ng
Applica*on
Trends
to
Innova*on
(T2Y)
é
um
modelo
de
inves*gação
e
aplicação
desenvolvido
pela
empresa
Ayr-‐Consul*ng
e
pelo
Trends
Research
Center
(TRC).
O
modelo
combina
diversas
metodologias
de
inves*gação
das
áreas
económicas,
bem
como
das
ciências
socioculturais.
Este
macro
modelo,
que
agrega
várias
metodologias
já
u*lizadas,
foi
conceptualizado
por
Nelson
Pinheiro
Gomes;
Salomé
Areias
(vd.
www.salomeareias.com)
e
João
Peres
Alves,
estando
já
a
ser
aplicado
na
AYR
Consul*ng
e
no
Trends
Research
Center
e
tendo
sido
apresentado
ao
Programa
FP7
da
União
Europeia.
É
reconhecida
a
autoria
do
Trendslator
e
do
InnovAyr
à
AYR
Consul*ng
(vd.
Rasquilha,
2011)
e
do
ZSM-‐Zeitgeist
Segmenta*on
Model
a
Nelson
Gomes
.
O
modelo
divide-‐se
em
dois
segmentos
principais:
inves*gação
e
aplicação.
O
primeiro
correspondente
às
três
primeiras
fases,
relaciona-‐
se
com
a
inves*gação
processada
no
sen*do
de
iden*ficar
Tendências
de
mentalidade
emergentes,
ou
em
fase
de
maturação,
sendo
que
para
tal
tem-‐
se
em
atenção
os
principais
tópicos
do
Zeitgeist
da
atualidade.
A
segunda
parte
tem
como
obje*vo
primordial
a
sua
aplicação
a
um
caso
específico
na
área
empresarial,
ou
seja,
a
segunda
parte
do
modelo
correspondente
às
úl*mas
duas
fases.
No
entanto,
como
referido,
as
Tendências
de
mentalidade
possibilitam-‐nos
um
entendimento
sobre
a
sociedade
muito
superior
ao
aplicável
a
nível
empresarial,
estendendo-‐se
à
compreensão
dos
comportamentos
e
a*tudes
sociais.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
34. 34
Figura
11:
Modelo
Trends
to
Innova:on
–
T2Y
Triangulação
Cultural
Observação
(quali)
Perfis
Visuais
Etnografia
Coolhun*ng
Análise
Inter-‐cultural
Interrogação
(quant)
Inquéritos
a
lares
Inquéritos
a
indivíduos/
Revisão
Literária
Análise
Inter-‐cultural
Intuição
E
/
D
-‐
Cérebro
Intuição
Intuição
Especializada
Intuição
Estratégica
Análise
Contextual
Definição
das
questões
Drivers
internos
e
externos
Ranking
Zeitgeist
Definição
dos
Validação
Posicionamento
Planeamento
de
cenários
5
Cenários
Análise
de
risco
Validação
e
Zeitgeist
Coolhun*ng
Enquadramento
das
Tendências
Briefing
Tendslator
Primeiros
Insights
InnovAYR
Geração
de
Ideias
Base
de
Inovação
Recursos
Insights
Finais
Contextualização
Previsão
de
Cenários
Geração
de
Insights
Aplicação
grupos
Tópicos
Interpretação
Definição
dos
Validação
Posicionamento
Tópicos
IdenKficação
de
Tendências
Aplicação
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
35. 35
Essa
compreensão
passa
pela
observação
dos
primeiros
sinais
de
mudança
presentes
nas
mais
diversas
áreas
sociais,
polí*cas,
económicas,
tecnológicas,
culturais,
etc.,
sendo
que
essas
alterações,
ao
contrário
da
moda
de
gosto
e
es*lo,
perduram
no
tempo
e
apresentam
uma
maior
complexidade
(vd.
Vejlgaard,
2008).
Many
people
believe
that
trends
are
mysterious
or
inexplicable
phenomena
that
nobody
really
understands.
But
actually
trends
are
more
predictable
than
most
people
think.
Their
predictability
arises
from
the
fact
that
they
are
sociological
processes
that
involve
human
beings,
and
human
behavior
in
the
aggregate
can—some*mes—be
quite
predictable
(VEJLGAARD,
2008:
27).
Raymond
Mar*n
(2003;
2010)
refere
que
é
necessário
reconhecer
nas
Tendências
de
mentalidade
uma
manifestação
cultural
e
etnográfica
maior,
isto
é,
num
conceito
macro
que
irá
influenciar
com
maior
ou
menor
intensidade
a
sociedade
em
geral.
Uma
Tendência
pode
ser
entendida
como
a
direção
de
algo
e
que
tem
um
consequente
impacto
na
cultura,
na
sociedade
ou
na
área
empresarial.
O
autor
ainda
refere
que
as
Tendências
são
cada
vez
mais
iden*ficadas
por
inves*gadores
das
ciências
sociais,
que
analisam
e
prevêem
os
desejos,
as
a*tudes
e
os
comportamentos
dos
consumidores.
A
importância
da
criação
de
um
método
de
análise
e
de
verificação
tornou-‐se
essencial
para
a
iden*ficação
correta
e
fidedigna
das
Tendências
de
mentalidade
que
surgem
num
mundo
cada
vez
mais
mutável,
devido
às
grandes
revoluções
tecnológicas,
ambientais,
polí*cas
e
económicas
que
têm
marcado
o
século
XXI.
Os
tópicos
seguintes
explicam
cada
parte
do
modelo
u*lizado
pela
Ayr-‐Consul*ng
e
pelo
TRC
para
a
iden*ficação,
a
compreensão
e
a
aplicação,
bem
a
validação,
das
Tendências
tanto
na
área
empresarial
como
na
inves*gação
cienWfica.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
36. 3
Trends
Spo`ng
36
A
primeira
parte
do
modelo
apresentado
baseia-‐se
na
inves*gação
da
sociedade.
Nesta
fase,
existem
diversos
mecanismo
de
pesquisa
e
de
observação
do
que
se
passa
na
sociedade.
Este
processo
deve
ser
feito
através
das
principais
indústrias
sociais
e
culturais.
Trends
Spo„ng
divide-‐se
em
três
etapas:
triangulação
cultural,
contextualização
e
previsão
de
cenários.
Ao
longo
das
três
etapas
é
necessário
um
estudo
antropológico
e
etnográfico
global
ou
local,
pois
as
Tendências
podem
ser
díspares
entre
locais,
ou
apresentar
pequenas
diferenças.
A
etnografia
tem
como
base
a
antropologia
social,
área
de
estudo
primordial
para
a
compreensão
e
deteção
de
Tendências.
Através
desta
área
de
estudo,
podemos
analisar
os
costumes
e
as
tradições
de
um
grupo
humano
(compreender
o
seu
passado
e
presente),
bem
como
analisar
a*tudes
e
comportamentos,
para
assim
conhecermos
a
iden*dade
de
uma
comunidade
que
se
desenvolve
num
âmbito
sociocultural
concreto
e
por
conseguinte
projetarmos
o
seu
futuro.
Esta
análise
antropológica
para
pesquisa
e
análise
de
Tendências
passa
sobretudo
por
uma
observação
par*cipante
para
uma
maior
compreensão
de
contextos
culturais,
económicos,
polí*cos
e
sociais.
O
estudo
das
observações
é
necessário
porque
as
T e n d ê n c i a s
n a s c e m
d e
a * t u d e s
e
d e
comportamentos
emergentes,
ou
seja,
no
comportamento
não-‐falado
que
surge
sem
grande
aviso.
Por
outras
palavras,
só
com
uma
observação
conWnua
é
que
nos
apercebemos
do
surgimento
de
novas,
ou
variantes,
Tendências
de
mentalidade.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
37. 37
Outro
método
muito
u*lizado
é
o
mapeamento
cultural,
que
estuda
espacial
e
temporalmente
a
posição
e
os
movimentos
dos
indivíduos.
O
estudo
etnográfico
caracteriza-‐se
por
ser
efetuado
num
ambiente
natural.
A
análise
prolonga-‐se
no
tempo
e
pode
ser
aprofundada
conforme
a
recolha
de
dados,
sendo
bastante
intera*va.
Combina
métodos
como
a
o b s e r v a ç ã o
q u a l i t a * v a
c o m
d a d o s
quan*ta*vos,
ob*dos
através
de
ques*onários
ou
de
dados
estaWs*cos.
O
seu
obje*vo
é
explorar
e
não
avaliar,
nesse
sen*do
o
foco
é
o
indivíduo
no
seu
estado
natural,
sem
influências
externas
(vd.
Cunha
e
Ribeiro,
2010).
Para
a
validação
da
observação
u*liza-‐se
o
Método
de
Delphi,
transversal
às
três
etapas,
que
consiste
num
instrumento
de
previsão
qualita*va,
sendo
u*lizado
para
a
descrição
de
cenários
futuros
no
campo
do
planeamento
estratégico.
Esta
metodologia
tem
uma
vantagem
na
pesquisa
e
na
iden*ficação
de
Tendências,
pois
dá
uma
preferência
ao
método
intui*vo
e
intera*vo
de
pesquisa,
sendo
que
os
dados
quan*ta*vos
nesta
inves*gação
podem
ser
reduzidos
e
mesmo
inexistentes.
Este
método
pode
ser
dis*nguido
por
três
caracterís*cas:
o
anonimato
(reduz
a
influência
entre
os
elementos
do
grupo),
a
interação
com
um
feedback
controlado
(permite
uma
maior
concentração
no
foco
central)
e
por
úl*mo
as
respostas
conclusivas
do
grupo
(permite
mais
do
que
uma
conclusão
consensual,
sendo
que
possibilita
ideias
divergentes).
Na
análise
de
Tendências,
este
modelo
é
u*lizado
para
a
validação
e
a
obtenção
de
resultados
desta
fase.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
38. 3
Etapa
1
38
A
etapa
1
apresenta
dois
métodos
de
inves*gação:
triangulação
cultural
e
a
primeira
fase
do
método
de
Delphi,
tendo
como
obje*vo
a
obtenção
de
informação
sobre
o
estado
atual
da
sociedade.
A
triangulação
cultural
é
um
termo
usado
para
descrever
um
processo
que
contém
três
métodos
de
inves*gação
e
de
análise
(qualita*va,
quan*ta*va
e
intui*va)
para
chegar
às
mesmas
conclusões.
Este
modelo
responde
à
necessidade
de
estruturar
uma
abordagem
estratégica
e
analí*ca,
que
combina
a
inves*gação
cienWfica
e
social
com
as
estratégias
económicas
estaWs*cas.
A
triangulação
cultural
resulta
de
três
processos:
interrogação
(quan*ta*va),
observação
(qualita*va)
e
intuição.
A
interrogação
usa
técnicas
de
pesquisa
quan*ta*vas
com
vista
a
determinar
a
distribuição
percentual
de
determinados
comportamentos
e
a*tudes
em
relação
ao
mainstream
cultural
(dados
demográficos,
pesquisa
de
análise
cultural,
entrevistas
a
especialistas,
inquéritos,
focus
groups,
etc.).
A
observação
u*liza
técnicas
qualita*vas
com
o
obje*vo
de
conhecer
mais
aprofundadamente
o
tema
abordado
bem
como
a
sua
relação
e
importância
na
sociedade
(estudo
etnográfico,
perfil
visual,
análise
entre
culturas,
etc.).
Além
dos
métodos
de
inves*gação
e
de
observação
já
conhecidos
e
analisados
em
outras
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
39. 39
áreas
das
ciências
sociais,
o
modelo
T2Y
apresenta
um
novo
método
de
observação
para
a
obtenção
de
um
perfil
das
mentalidades
emergentes
–
o
Coolhun*ng.
O
Coolhun*ng
é
um
método
de
observação
que
permite
iden*ficar,
antecipar
e
acompanhar
aqueles
que
vão
ser
os
comportamentos
e
as
a*tudes
da
sociedade
a
nível
local
ou
global
num
futuro
próximo.
Através
da
observação
da
sociedade
atual
podemos
encontrar
indícios
de
mudanças
de
comportamentos
e
de
mentalidades
emergentes
que
sustentem
a
implementação
de
novos
conceitos,
produtos,
serviços
e
ações.
Os
autores
Peter
Gloor
e
Scoy
Cooper
indicam
que:
Coolhun*ng
involves
making
observa*ons
and
predic*ons
as
part
of
research
for
cu„ng-‐edge
trends.
It
is
way
of
capturing
what
the
collec*ve
mind
is
thinking,
and
using
what
is
captured
to
advantage
(2007:5).
O
CoolHun*ng
é
um
sistema
de
pesquisa,
antecipação
e
monitorização
de
Tendências,
que
consiste
na
iden*ficação
do
que
acontece
no
presente,
ou
seja,
o
que
influencia
determinado
comportamento,
sendo
que
esse
comportamento
influencia
um
futuro
próximo
(vd.
Ferrari,
2002).
Este
sistema
de
pesquisa
pretende
analisar
a*tudes,
movimentos
comportamentais,
necessidades
atuais
e
futuras.
Coolhun*ng
representa
o
espelho
desta
nova
realidade
em
movimento,
pronto
para
captar
um
sinal
interessante,
entendê-‐
lo
e
interpretá-‐lo
e
observar
com
atenção
todos
os
elementos
da
música,
literatura,
moda,
desporto
e
todos
os
sinais
de
mudanças
presentes
na
sociedade.
(Gen*le,
2006:
46)
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
40. 40
O
Coolhun*g
procura
o
que
é
Cool,
que
é
mais
do
que
ser
diver*do
ou
porreiro.
“Cool”
é
tudo
o
que
consideramos
Atra*vo,
Inspirador
e
Com
Potencial
de
Crescimento.
As
coisas
“Cool”
transformam
o
mundo
num
lugar
melhor
(Rasquilha
2011).
O
Coolhun*g
é
um
conjunto
de
manifestações
encontradas
no
Coolhun*ng,
que
representam
uma
a*tude
e
uma
mentalidade
sociocultural,
o
seu
conjunto
podem
sugerir
o
nascimento,
a
manutenção
ou
a
mutação
de
uma
tendência.
O
modelo
de
execução
de
um
Coolhun*ng
é
estra*ficado
em
6
fases:
1) A
observação
de
algo
atra*vo,
inspirador
e
com
potencial
de
crescimento.
2) O
registo
e
recolha
de
imagens,
dados
demográficos
ou
sociais,
dando-‐lhes
uma
denominação.
3) Explicar
em
que
consiste
a
manifestação,
ou
seja,
descrever.
4) Explicar
o
porquê
de
ser
Cool,
segundo
os
3
pontos
indicados.
5) Associar
às
Tendências
já
iden*ficadas,
ou
caso
existam
manifestações
suficientes
e
adequadas
para
a
iden*ficação
de
uma
nova
Tendência.
6) A
datação
da
observação,
atribuindo
uma
componente
temporal.
O
úl*mo
tópico
da
triangulação
cultural
é
a
intuição,
que
pretende
aproveitar
a
experiência
e
os
conhecimentos
do
inves*gador
para
reforçar
os
dados
qualita*vos
e
quan*ta*vos.
Este
ponto
diverge
com
alguns
modelos
de
inves*gação
das
Ciências
Sociais,
pois
estes
pretendem
ter
uma
rutura
com
o
senso
comum
e
pré-‐conceitos.
Como
Quivy
(1992)
refere,
o
nosso
passado
comporta
diversas
armadilhas
teóricas,
pois
é
muitas
vezes
inspirado
no
senso
comum
ou
ideias
pré-‐concebidas,
que
nos
dão
a
ilusão
de
compreendermos
as
coisas.
No
entanto,
apesar
de
não
exis*r
uma
rutura
total
com
o
objeto
de
inves*gação
as
intuições
realizam
no
seu
obje*vo
um
paralelo
às
hipóteses
propostas
no
modelo
de
Quivy:
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
41. 41
A
hipótese
alicerçada
numa
reflexão
teórica
e
num
conhecimento
preparatório
do
fenómeno
estudado
(fase
exploratória),
representa
como
que
uma
pressuposição,
que
não
é
gratuita,
sobre
o
comportamento
dos
objetos
reais
estudados.
O
inves*gador
que
a
formula
diz,
de
facto:
”penso
que
é
nesta
direção
que
é
necessário
procurar,
que
esta
pista
será
a
mais
fecunda?
Mas,
ao
mesmo
tempo,
a
hipótese
fornece
à
inves*gação
um
fio
condutor
par*cularmente
eficaz
(…)
Se
é
verdade
que
as
hipóteses
contribuem
para
uma
melhor
compreensão
dos
fenómenos
observáveis,
devem,
por
sua
vez,
concordar
como
que
deles
podemos
apreender
pela
observação
ou
pela
experimentação
(Quivy,
1992:
120).
No
fim
da
análise
dos
três
tópicos
da
triangulação
cultural
obtém-‐se
quadro
da
sociedade
na
atualidade.
Sendo
que
para
encerrar
a
primeira
fase
do
Trends
Spo„ng
é
realizada
a
primeira
ronda
de
Delphi,
que
pretende
realizar
um
ques*onário,
junto
de
especialistas
da
área
estudada,
sobre
as
primeiras
conclusões
e
hipóteses
que
surgiram
na
triangulação
cultural
realizada.
Ou
seja,
esta
primeira
ronda
pretende
validar
o
que
foi
analisado
na
primeira
parte
do
Trends
Spo„ng.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
42. 3
Etapa
2
42
Como
referido,
a
primeira
etapa
do
Trends
Spo*ng
pretendeu
conhecer
o
estado
social,
cultural,
económico,
polí*co
e
cienWfico
da
sociedade.
A
segunda
etapa
pretenderá
contextualizar
essa
análise
no
tempo
e
na
história,
ou
seja,
compreender
o
passado
que
originou
o
presente
e
que
com
a
sua
análise
perspe*vará
o
futuro.
Esta
etapa
apresenta
dois
modelos:
Análise
contextualizada
e
Zeitgeist
Segmenta*on
Model
(ZMS).
O
primeiro
pretende
definir
a
questão
de
par*da
do
estudo
ao
reconhecer
e
estudar
os
drivers
internos
e
externos
que
influenciam
a
área
analisada,
para
completar
a
análise
pretende-‐se
obter
dados
quan*ta*vos,
através
de
elementos
demográficos
e
estaWs*cos.
O
segundo
consiste
no
modelo
de
segmentação
pelo
Zeitgeist,
conceito
das
ciências
humanas,
que
representa
o
espírito
da
época,
o
conjunto
do
clima
intelectual
e
cultural
do
mundo,
ou
as
caracterís*cas
genéricas
de
um
determinado
período
de
tempo.
Este
modelo,
desenvolvido
por
Nelson
Pinheiro
Gomes
(2012),
carateriza-‐se
pela
sua
mul*disciplinaridade,
extraindo
modelos
de
inves*gação
das
ciências
sociais
e
humanas
e
das
ciências
empresariais.
O
obje*vo
consiste
em
obter
uma
nova
visão
para
a
segmentação
de
m e r c a d o ,
q u e
p r o m o v a
u m
r e t r a t o
socioeconómico
e
cultural
atual
e
uma
perspe*va
com
base
nas
Tendências
de
Mentalidade.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
43. 43
Esta
primeira
aplicação
pretende
assim
definir
os
tópicos
e
as
áreas
analisadas,
a
sua
verificação
e
por
úl*mo
o
seu
posicionamento
nos
eixos
definidos.
O
posicionamento
pretende
analisar
a
relação
de
afinidade
entre
os
objetos
de
estudo.
No
entanto,
o
ZMS
pretende
obter
conclusões
e
insights
prá*cos
nas
áreas
sociais,
culturais
e
económicas,
que
possam
ser
aplicáveis
para
um
mundo
melhor
e
para
o
seu
desenvolvimento.
Ou
seja,
para
além
da
obtenção
de
um
modelo
de
segmentação
de
mercado,
também
se
obtém
uma
ferramenta
que
cria
um
retrato
sociocultural
que
pode
ser
u*lizado
para
o
estudo
económico,
poli*co,
social
e
cultural
(vd.
Gomes,
2012).
Esta
etapa
termina
com
a
realização
da
segunda
ronda
de
Delphi,
que
pretende
o
mesmo
que
a
primeira,
a
validação.
No
entanto,
esta
r o n d a
a n a l i s a
q u a l i t a * v a m e n t e
e
quan*ta*vamente
as
respostas
ob*das
na
primeira
ronda,
para
a
realização
de
um
segundo
ques*onário
com
o
acrescento
de
perguntas
com
base
nas
primeiras
respostas.
A
úl*ma
fase
desta
etapa
carateriza-‐se
pela
comparação
entre
as
respostas
ob*das
nas
primeiras
duas
rondas
de
Delphi
com
os
dados
ob*dos
na
triangulação
cultural
(primeira
fase),
análise
contextual
e
ZSM
-‐
Zeitgeist
Segmenta*on
Model
(segunda
fase).
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
44. 3
Etapa
3
44
A
úl*ma
etapa
do
Trends
Spo„ng
pretende
p e r s p e * v a r
u m
c e n á r i o
p o s s í v e l
d o
desenvolvimento
sociocultural.
Isto
é,
através
da
observação
e
da
análise
do
espírito
do
tempo
(analisado
nas
duas
primeiras
etapas),
é
possível
antecipar
como
as
a*tudes
e
os
comportamentos
emergentes
vão
ter
impacto
no
futuro
quo*diano.
Esta
previsão
de
cenários
não
se
resume
a
um
só
cenário,
sendo
que
deve-‐se
criar
cerca
de
cinco
cenários
possíveis
que
respondem
à
questão
de
par*da
efetuada
no
início
da
inves*gação.
Esta
etapa
pretende,
através
dos
dados
da
análise,
indicar
os
principais
factos
levantados
na
pesquisa
e
na
observação
e
realizar
um
ranking
desses
dados
em
termos
de
relevância
e
rapidez,
bem
como
de
grau
de
certeza
e
incerteza
de
realização
da
previsão
apontada.
No
fim
das
inves*gações
e
das
observações
t e r e m
s i d o
r e a l i z a d a s ,
d i s c u * d a s
e
fundamentadas,
procede-‐se
à
úl*ma
ronda
de
Delphi,
que
pretende
junto
do
painel
de
especialistas
e
em
conjunto
com
o
que
foi
analisado
chegar
a
um
consenso
que
será
u*lizado
na
parte
final
do
T2Y
–
aplicação.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
45. 45
Aplicação
A
segunda
fase
do
modelo
T2Y
pretende
uma
aplicação
empresarial,
através
da
criação
de
insights.
No
entanto,
esta
fase
também
pode
ser
u*lizada
como
processo
de
validação
num
estudo
cienWfico.
A
primeira
fase
foi
u*lizada
para
conectar
todos
os
*pos
de
evidências
empíricas
e
cienWficas,
de
forma
obje*va
e
subje*va,
com
vista
a
responder
à
pergunta
de
par*da.
A
segunda
fase
irá
validar
e
fornecer
bases
cienWficas,
na
área
das
Tendências,
para
aplicação
prá*ca
na
sociedade
e
assim
compreender
e
prever
o
seu
desenvolvimento
futuro.
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com
46. 3
Etapa
4
46
Figura
12:
Modelo
TrendsLator
Fonte:
Rasquilha
(2011)
Documento licenciado a Luis Rasquilha com o email luis.rasquilha@ayrww.com