"Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalto, e glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e os seus caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba" (Dn 4.37).
8. INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos o capítulo quatro de Daniel,
cujo conteúdo consiste de um testemunho pessoal do rei
Nabucodonosor. Ele foi submetido a um estado de loucura,
resultante de sua soberba, que o levou a viver como um
animal do campo por "sete tempos", até que Deus o tirou
daquela condição. Ao final desse período, Nabucodonosor
reconheceu a soberania do Deus dos cativos de Judá.
A história revela o que ocorre com os que se exaltam e se
tornam soberbos ante a majestade do Todo-Poderoso. A
trajetória de Nabucodonosor demonstra a soberania divina
sobre toda a criação, pois nenhuma criatura pode usurpar
a glória de Deus. O episódio ilustra também que a
misericórdia e a justiça divinas são capazes de salvar o
homem arrependido.
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12. 1 - Nabucodonosor, chamado por Deus
para um desígnio especial (Jr
25.9). Segundo a história,
Nabucodonosor reinou na Babilônia no
período de 605 a 562 a.C. Foi um rei que
Deus, dominador de todas as nações do
mundo, levantou para um desígnio
especial, permitindo que o seu reino
prosperasse e crescesse em extensão. O
profeta Jeremias diz que Deus chamou a
Nabucodonosor de "meu servo" (Jr 25.9).
Na verdade, Nabucodonosor foi o
instrumento divino de punição do povo de
Deus. Israel foi castigado por ter
abandonado o Senhor e tomado o
caminho da idolatria e dos costumes
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14. 2 - A soberba de
Nabucodonosor. Apesar de ser um
"instrumento" usado pelo Senhor,
segundo o pastor Matthew Henry,
"Nabudonosor foi o rival mais ousado
da soberania do Deus Supremo do que
qualquer outro mortal jamais pudesse
ter sido". Traspassado pela presunção,
Nabucodonosor ficou longos "sete
tempos" numa situação irracional à
semelhança dos animais do campo (Dn
4.28-33). Só assim o soberano caldeu
viu que o Altíssimo está acima dele.
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16. 3 - Nabucodonosor proclama a
soberania de Deus (Dn 4.1-3). Depois
de ter experimentado a punição de sua
soberba, Nabucodonosor se arrependeu
do seu pecado e foi restaurado de sua
demência. Isso o levou a fazer uma
proclamação acerca do eterno domínio
de Deus (Dn 4.34-37). O rei babilônio
aprendeu que o Senhor, em sua
soberania, é aquele "que muda os
tempos e as horas; ele remove os reis e
estabelece os reis" (Dn 2.21).
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20. 1 - Deus adverte Nabucodonosor
através de um sonho. Tanto no Antigo
como em o Novo Testamento os sonhos
eram um dos canais de comunicação
entre Deus e o homem. No caso do
sonho que teve Nabucodonosor, seus
sábios e adivinhos nada puderam revelar.
O rei, então, se lembrou de Daniel, o
único capaz de trazer a revelação do
sonho que certa vez ele tivera (Dn 2.1-45;
4.8). Obviamente, não se tratava de um
sonho comum, pois era uma revelação
divina acerca do futuro de
Nabucodonosor. Apesar da narrativa, é
importante frisar que hoje temos a
Palavra de Deus como o canal revelador
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22. 2 - Daniel é convocado (Dn 4.8).
Interpretar sonhos era uma habilidade
espiritual de Daniel reconhecida desde
quando ele entrou na Babilônia (Dn
1.17). Por isso, Nabucodonosor contou-lhe
o sonho que tivera e solicitou-lhe a
interpretação. Daniel ouviu atentamente
o relato do rei e pediu-lhe um tempo,
pois estava atônito e sem coragem para
revelar a verdade do sonho (Dn 4.19).
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25. 3 - Daniel ouve o sonho e dá a sua
interpretação (Dn 4.19-26). Dos
versículos 9 a 18, Nabucodonosor conta a
Daniel todo o seu sonho. O rei viu uma
grande árvore de dimensões enormes que
produzia belos frutos e que era visível em
toda a terra. Os animais do campo se
abrigavam debaixo dela e os pássaros
faziam ninhos em seus ramos (vv.10-12).
O monarca caldeu "viu" também descer do
céu "um vigia, um santo" (v.13). Esse vigia
clamava forte: "Derribai a árvore e cortai-lhe
os ramos" (v.14).
26. a) Uma árvore majestosa (vv.11,12). A
árvore indicava a formosura, a grandeza,
o poder e a riqueza do reino de
Nabucodonosor. Ninguém na terra havia
alcançado todo esse poder antes dele.
Daniel declarou que aquela árvore que
seria cortada era o rei babilônio (Dn 4.22).
Assim é a glória dos homens, como uma
árvore que cresce e se torna frondosa e,
de repente, é derribada. Da mesma forma,
Deus destrói os soberbos.
27. b) Juízo e misericórdia são
demonstrações da soberania divina. O
texto do versículo 15 diz que a ordem divina
era que "o tronco com suas raízes seriam
deixadas na terra", indicando que a intenção
não era destruir a Nabucodonosor, e sim dar-lhe
a oportunidade de se converter e
reconhecer a glória de Deus. O rei foi tirado
do meio dos homens e ficou completamente
louco, indo conviver com os animais do
campo por "sete tempos" (Dn 4.25). Depois,
Nabucodonosor voltou ao normal, mas logo
em seguida seu reino foi sucedido por
Belsazar que, por profanar as coisas de
Deus, perdeu o trono para Dario, o rei dos
medos (Dn 5.1-31).
28. c) O papel dos anjos nos desígnios
divinos. No sonho do rei, ele viu "um
vigia" que descia do céu com a missão de
proclamar os juízos de Deus (vv.14,15).
No Antigo Testamento, os anjos tinham
uma atividade mais presente na vida do
povo de Deus. Em o Novo Testamento,
eles continuaram suas atividades em
obediência ao Criador, porém, para a
orientação da igreja de Cristo, Deus
concedeu o Espírito Santo que a assiste
em tudo.
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32. 1 - A pregação de Daniel. Apesar de
inicialmente ter sentido certo temor após
interpretar o sonho, Daniel deu um
conselho a Nabucodonosor que lembra a
mensagem neotestamentária de Cristo à
Igreja de Éfeso (Dn 4.27 cf. Ap 2.5). Será
que temos coragem de fazer o mesmo
diante dos poderosos dessa terra?
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35. 2 - O pecado de Nabucodonosor em
relação aos pobres. Daniel diz ao rei que
ele deveria desfazer os seus pecados
praticando a justiça, "usando de
misericórdia para com os pobres" (Dn
4.27). Em outras palavras, antes do
pecado pessoal da soberba, o rei estava
pecando social e estruturalmente em
relação aos menos favorecidos do reino. A
atualidade desse ponto é tão verdadeira
que a mesma recomendação de cuidado
aparece em o Novo Testamento, no
contexto da igreja (Gl 2.10).
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39. Conclusão
Que Deus nos livre da soberba, pois ela é
como uma doença contagiosa que se aloja
no coração do homem e faz com que ele
perca o senso de autocrítica, passando a
agir irracionalmente (Sl 101.5; 2 Cr 26.16).
Estejamos atentos, pois a Palavra de
Deus nos mostra que a soberba nos cega
(1 Tm 3.6; 6.4), nos afasta de Deus e traz
ruína.
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Produção dos slides
Pr. Ismael Pereira de Oliveira
&
Lourinaldo Serafim