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QUINHENTISMO
LITERATURA INFORMATIVA
  LITERATURA JESUÍTICA
LITERATURA INFORMATIVA
• Para transmitir ao rei de Portugal informações sobre a nova terra,
     pouco a pouco foram sendo enviadas para cá expedições de
  reconhecimento e colonização. Junto com os navegadores vinham
     também aventureiros e jesuítas. Aos relatos feitos por esses
     homens, dá-se o nome de literatura informativa sobre o
        Brasil . Esses relatos têm um valor inestimável como
        documentação dos primeiros anos do Brasil Colônia.




                   • Pero Vaz de Caminha

      Nasceu no Porto, em 1450, o escrivão da esquadra de Pedro
 Álvares Cabral e autor da Carta de Achamento , que descreve ao
 rei Dom Manuel a terra e a gente encontradas no Brasil em 1500. A
 carta foi publicada somente em 1817. Caminha morreu em Calicute,
 na Índia, num conflito dos portugueses com os mouros.
FRAGMENTOS DA CARTA

“Senhor, posto que o capitão-mor desta vossa frota e assim os outros capitães
escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que se
ora nesta navegação achou, não deixarei também de dar disso minha conta.(...)

  A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e
  bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o
   menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas e nisso têm tanta
                  inocência como têm em mostrar o rosto(...)

Viu um deles umas contas do rosário, brancas; acenou que lhas dessem, folgou
muito com elas e lançou-as ao pescoço. Depois tirou-as e enrolou-as no braço
   e acenava para a terra e de novo para as contas o colar do capitão, como
                   dizendo que dariam ouro por aquilo. (...)”
 Descrições mais apuradas foram feitas décadas depois por
Pero de Magalhães Gândavo e Fernão Cardim, que
conviveram com a população local.

                  Pero de Magalhães Gândavo

        O autor da primeira história do Brasil (1576) nasceu em Braga,
Portugal, em data ignorada. Foi professor de Latim. Viveu na Bahia entre
1565 e 1570 como funcionário da Coroa portuguesa. Escreveu o
Tratado da Província do Brasil e o Tratado da Terra do Brasil
com a finalidade de estimular a emigração portuguesa. Os dois textos
foram reunidos mais tarde na História da Província de Santa Cruz.
Gândavo morreu em Portugal em 1579.
HISTÓRIA DA PROVÍNCIA DE SANTA CRUZ
                PERO DE MAGALHÃES GÂNDAVO


    “Estes índios são de cor baça, e cabelo corredio; têm o rosto
amassado, e algumas feições dele à maneira de chinês. Pela maior
     parte são bem dispostos, rijos e de boa estatura; gente mui
  esforçada, e que estima pouco morrer, temerária na guerra, e de
     muito pouca consideração: são desagradecidos em grande
     maneira, e mui desumanos e cruéis, inclinados a pelejar, e
 vingativos por extremo. Vivem todos mui descansados sem terem
 outros pensamentos senão comer, beber e matar gente, e por isso
  engordam muito, mas com qualquer desgosto pelo conseguinte
tornam a emagrecer, e muitas vezes pode deles tanto a imaginação
 que se algum deseja a morte, ou alguém lhe mete em cabeça que
 há de morrer tal dia ou tal noite não passa daquele termo que não
   morra. São mui inconstantes e mudáveis: creem de ligeiro tudo
 aquilo que lhes persuadem por dificultoso e impossível que seja, e
   com qualquer dissuasão facilmente o tornam logo a negar. (...)”
Fernão Cardim




         O autor do Tratado da Terra e da Gente do Brasil (1625)
nasceu em Viana do Alentejo, Portugal, em 1540. Como jesuíta,
transferiu-se para o Brasil em 1583. Foi reitor do Colégio do Rio de
Janeiro. Voltou à Europa em 1599 e retornou ao Brasil em 1604. Foi
reitor do Colégio da Bahia, em Salvador, onde morreu em 1625.
Mapa “Terra brasilis”
      (1519)
LITERATURA JESUÍTICA
                          A SANTA INÊS
     Cordeirinha linda,         Por isso vos canta,
     como folga o povo          com prazer, o povo,
     porque vossa vinda         porque vossa vinda
     lhe dá lume novo           lhe dá lume novo.


     Cordeirinha santa,         Vossa formosura
     De Jesus querida           honra é do povo,
     Vossa santa vinda          porque vossa vinda
     O diabo espanta.           Lhe dá lume novo.
                                (...)
                           Pe. José de Anchieta
Em Deus, meu criador


Não há cousa segura.          e bem-aventurança.
Tudo quanto se vê             Quem serve a tal Senhor
se vai passando.                       Não faz mudança.
A vida não tem dura.
O bem se vai gastando         Contente assim, minha alma,
Toda criatura                 do doce amor de Deus
passa voando.                 toda ferida,
                              o mundo deixa em calma,
Em Deus, meu criador,         buscando outra vida,
está todo meu bem             na qual deseja ser
e esperança,                  toda absorvida.
meu gosto e meu amor          (....)
Pe. Manuel da Nóbrega


       Foi o fundador da cidade de São Paulo.
Deixou-nos textos de valor documental, na maioria
cartas, que relatam suas atividades missionárias e
vários episódios históricos. O Diálogo sobre a
conversão dos gentios (1557) (reflexão sobre
as possibilidades de converter os índios ao
cristianismo) é um de seus mais importantes
legados.

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  • 1. QUINHENTISMO LITERATURA INFORMATIVA LITERATURA JESUÍTICA
  • 2. LITERATURA INFORMATIVA • Para transmitir ao rei de Portugal informações sobre a nova terra, pouco a pouco foram sendo enviadas para cá expedições de reconhecimento e colonização. Junto com os navegadores vinham também aventureiros e jesuítas. Aos relatos feitos por esses homens, dá-se o nome de literatura informativa sobre o Brasil . Esses relatos têm um valor inestimável como documentação dos primeiros anos do Brasil Colônia. • Pero Vaz de Caminha Nasceu no Porto, em 1450, o escrivão da esquadra de Pedro Álvares Cabral e autor da Carta de Achamento , que descreve ao rei Dom Manuel a terra e a gente encontradas no Brasil em 1500. A carta foi publicada somente em 1817. Caminha morreu em Calicute, na Índia, num conflito dos portugueses com os mouros.
  • 3. FRAGMENTOS DA CARTA “Senhor, posto que o capitão-mor desta vossa frota e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que se ora nesta navegação achou, não deixarei também de dar disso minha conta.(...) A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas e nisso têm tanta inocência como têm em mostrar o rosto(...) Viu um deles umas contas do rosário, brancas; acenou que lhas dessem, folgou muito com elas e lançou-as ao pescoço. Depois tirou-as e enrolou-as no braço e acenava para a terra e de novo para as contas o colar do capitão, como dizendo que dariam ouro por aquilo. (...)”
  • 4.  Descrições mais apuradas foram feitas décadas depois por Pero de Magalhães Gândavo e Fernão Cardim, que conviveram com a população local.  Pero de Magalhães Gândavo O autor da primeira história do Brasil (1576) nasceu em Braga, Portugal, em data ignorada. Foi professor de Latim. Viveu na Bahia entre 1565 e 1570 como funcionário da Coroa portuguesa. Escreveu o Tratado da Província do Brasil e o Tratado da Terra do Brasil com a finalidade de estimular a emigração portuguesa. Os dois textos foram reunidos mais tarde na História da Província de Santa Cruz. Gândavo morreu em Portugal em 1579.
  • 5. HISTÓRIA DA PROVÍNCIA DE SANTA CRUZ PERO DE MAGALHÃES GÂNDAVO “Estes índios são de cor baça, e cabelo corredio; têm o rosto amassado, e algumas feições dele à maneira de chinês. Pela maior parte são bem dispostos, rijos e de boa estatura; gente mui esforçada, e que estima pouco morrer, temerária na guerra, e de muito pouca consideração: são desagradecidos em grande maneira, e mui desumanos e cruéis, inclinados a pelejar, e vingativos por extremo. Vivem todos mui descansados sem terem outros pensamentos senão comer, beber e matar gente, e por isso engordam muito, mas com qualquer desgosto pelo conseguinte tornam a emagrecer, e muitas vezes pode deles tanto a imaginação que se algum deseja a morte, ou alguém lhe mete em cabeça que há de morrer tal dia ou tal noite não passa daquele termo que não morra. São mui inconstantes e mudáveis: creem de ligeiro tudo aquilo que lhes persuadem por dificultoso e impossível que seja, e com qualquer dissuasão facilmente o tornam logo a negar. (...)”
  • 6. Fernão Cardim O autor do Tratado da Terra e da Gente do Brasil (1625) nasceu em Viana do Alentejo, Portugal, em 1540. Como jesuíta, transferiu-se para o Brasil em 1583. Foi reitor do Colégio do Rio de Janeiro. Voltou à Europa em 1599 e retornou ao Brasil em 1604. Foi reitor do Colégio da Bahia, em Salvador, onde morreu em 1625.
  • 8. LITERATURA JESUÍTICA A SANTA INÊS Cordeirinha linda, Por isso vos canta, como folga o povo com prazer, o povo, porque vossa vinda porque vossa vinda lhe dá lume novo lhe dá lume novo. Cordeirinha santa, Vossa formosura De Jesus querida honra é do povo, Vossa santa vinda porque vossa vinda O diabo espanta. Lhe dá lume novo. (...) Pe. José de Anchieta
  • 9. Em Deus, meu criador Não há cousa segura. e bem-aventurança. Tudo quanto se vê Quem serve a tal Senhor se vai passando. Não faz mudança. A vida não tem dura. O bem se vai gastando Contente assim, minha alma, Toda criatura do doce amor de Deus passa voando. toda ferida, o mundo deixa em calma, Em Deus, meu criador, buscando outra vida, está todo meu bem na qual deseja ser e esperança, toda absorvida. meu gosto e meu amor (....)
  • 10.
  • 11. Pe. Manuel da Nóbrega Foi o fundador da cidade de São Paulo. Deixou-nos textos de valor documental, na maioria cartas, que relatam suas atividades missionárias e vários episódios históricos. O Diálogo sobre a conversão dos gentios (1557) (reflexão sobre as possibilidades de converter os índios ao cristianismo) é um de seus mais importantes legados.