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A PESQUISA EM
CIÊNCIAS SOCIAIS
 Semana de Atividades
   Complementares
22 e 23 de abril de 2009

Curso de Serviço Social
AGENDA
 Ciência e conhecimento científico
 Ciência e Pesquisa
 Pesquisa em Ciências Sociais
  •   Pesquisas Qualitativas e Quantitativas
  •   Abordagens Relevantes
  •   Tipos de Dados
  •   Coleta e Tratamento de Dados
 A construção do conhecimento na
  Universidade – Responsabilização Ética
Ciência e Conhecimento Científico

Nossa sociedade costuma associar
 conhecimento verdadeiro ou “crível” com
 conhecimento derivado de procedimentos
 e métodos científicos.
Mas existem formas de conhecimento
 diversas, como o conhecimento filosófico,
 o teológico e, mais comumente, o
 conhecimento dito “vulgar”, ou “senso
 comum”!!
Que é o
CONHECIMENTO?
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
Conhecimento é o pensamento que emerge
 da relação entre um sujeito que conhece –
 que se aplica racionalmente em descobrir
 a “verdade” – e um objeto que se dispõe a
 ser conhecido – que se propõe a
 “desvelar” sua “verdade”, seu ser.
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
Conhecimento, portanto, pode ser
 considerado como uma ferramenta
 mediante a qual o ser humano
 compreende si mesmo e o “mundo” em
 que se encontra. É, também, embora sob
 uma concepção limitada, o instrumento
 que propicia o “domínio” e “manipulação”
 da realidade física e social.
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
Para que o
CONHECIMENTO?
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
Estima-se que, para se “acabar” com a fome
 no mundo, seria necessário um
 investimento anual de cerca de 750
 bilhões de dólares!!
Produção do conhecimento
científico

 A ciência encara a “Verdade” como um
  estado de certeza provisória: uma teoria é
  válida enquanto não se conseguir provar
  sua inconsistência; ou enquanto o seu
  “modelo” teórico se sustentar.
 Será essa teoria, elaborada a partir de
  leis, que determinará o perfil de uma
  ciência.
 Uma ciência se caracteriza por ter
  • Um objeto de estudo
  • Um método de estudo


 As ciências buscam regularidades na
  natureza que possam conduzir à
  elaboração de princípios “universais” e
  “generalizáveis”.
 Conhecimento Científico: Através da
  classificação, da comparação, da aplicação dos
  métodos, da análise e síntese, o pesquisador
  extrai do contexto social, ou do universo,
  princípios e leis que estruturam um
  conhecimento rigorosamente válido e universal.

 O conhecimento científico procura alcançar a
  verdade dos fatos (objetos) e depende da
  escala de valores e das crenças dos cientistas;
  ele resulta de pesquisas metódicas e
  sistemáticas da realidade.
 “Por volta do início do século XX, uma
  parcela da comunidade científica se
  apercebeu que, diferentemente da noção
  de conhecimento da realidade vigente até
  essa época, não se pressupõe mais a
  possibilidade de um conhecimento
  universal e perene, mas sim que há
  apenas a alternativa de se conhecer
  parcelas da realidade.” (Motta, A ciência
  no século XX)
A “Fórmula” do sucesso!!



            If A = success,
          then the formula is:
               A=X+Y+Z
                X is work.
                Y is play.
      Z is keep your mouth shut.
                                   (Einstein)
Ciência, pesquisa e sociedade do
conhecimento

“A cada dois ou três séculos ocorre na
  história da sociedade ocidental uma
  grande transformação. (...) Em poucas
  décadas, a sociedade se reorganiza...
  Depois de cinqüenta anos, existe um novo
  mundo. E as pessoas nele nascidas não
  conseguem imaginar o mundo em que
  seus avós viviam e no qual nasceram
  seus pais.” (Drucker, 1999)
MAS... O que é, “mesmo”,
ciência??

A ciência é uma especialização, um
  refinamento de potenciais comuns a
  todos.

A ciência é a hipertrofia de capacidades que
  todos têm.
                               (Rubem Alves)
Ela é dona-de-casa.
  Pega o dinheiro e vai
  à feira. Uma pessoa
  como milhares de
  outras. Vamos pensar
  em como ela
  funciona, lá na feira,
  de barraca em
  barraca...
 Adequa os recursos    Classifica os alimentos (indesejáveis,
                         desejáveis, supérfluos)
  de que dispõe (em     Os preços são comparados
  dinheiro) às          A estação dos produtos é verificada
  necessidades de sua    (oferta x demanda)
  família (em comida)!  Senso econômico acoplado a outras
                         “ciências” (Ciências Humanas, por
 Processa uma série     exemplo – sem nunca ter lido teorias,
  de informações...      sabe que a escolha dos alimentos não se
                         regula só por aspectos econômicos, mas
                         também fatores simbólicos, sociais e
                         políticos)
                        Apesar de não trabalhar com
                         “instrumentos” científicos, o procedimento
                         da dona-de-casa é simplista, ingênuo?
Atenção!!




Aquilo que outras pessoas, em outras
 épocas, consideraram como ciência,
 sempre parece ridículo, séculos depois.
A pesquisa


 Pesquisar tem sido o caminho humano
  para responder questões e para se
  construir novas idéias e ideais, seja no
  mundo acadêmico, seja no mundo da vida
  cotidiana.
 Pesquisar é descobrir, é desnudar o que existe,
  algo que ainda não foi trazido ao conhecimento. A
  pesquisa é um micromundo humano e, portanto,
  tem um papel importante na reconstrução das
  Ciências [...] e da Vida como um todo. Não só as
  Instituições de ensino, mas toda e qualquer
  organização, evoluem pela busca contínua de
  conhecimentos, através de pesquisas referentes
  ao próprio contexto, integradas a conhecimentos já
  produzidos e que possam ser aproveitados para
  solucionar suas dificuldades ou aprimorar sua
  realidade.
Abordagens metodológicas

Não há coisa pior, mais inconsistente, do
 que um cientista ou pesquisador que não
 sabe, com clareza (e convicção!) qual a
 corrente de pensamento, a linha teórica, a
 abordagem da realidade mediante a qual
 se aproxima das evidências, extrai ou
 coleta dados, elabora hipóteses e vai em
 busca de comprovações.
Abordagens...

   Empirismo e Positivismo
   Sistemismo e Funcionalismo
   Dialética
   Estruturalismo
   ...
Positivismo


A característica básica do positivismo é a
      ênfase na experimentação, em
         oposição à especulação.
Positivismo
Principais características:
      • Empirismo – parte-se da percepção da realidade,
        conforme se ajusta aos sentidos;
      • Objetividade – respeito ao objeto de estudo, o que
        implica uma descrição independe da influência do
        observador e uma experimentação, que reduz a
        intervenção do pesquisador;
      • Explicabilidade – não se concebe efeito sem causa;
      • Mensurabilidade – a matemática é a forma ideal para
        explicar a realidade;
      • Experimentação – somente pelo teste, mede-se a
        precisão de uma hipótese e seu poder de explicar os
        eventos;
      • Validade – somente pelo controle rígido dos fatores
        intervenientes é que se pode chegar à precisão da
        ciência;
      • Previsibilidade – o conhecimento é passível de ser
        explicado por leis que o determinam.
Estruturalismo
Considera-se um trabalho estruturalista, toda vez que
  se aceita que, por detrás dos fenômenos, sempre é
  possível construir um modelo estrutural, que consiste
  num conjunto de elementos com leis próprias. Este
  conjunto forma um sistema de relações, de tal ordem
  imbricado, que a alteração de um desses elementos
  implica a alteração de todos os demais.

No estruturalismo há dois princípios fundantes:
  a) a concepção de uma infra-estrutura de base para os
  fenômenos que podem ser alvo de pesquisa.
  b) a relação entre os termos eu organizam a infra-estrutura
  deve ser estudada e não a consideração desses termos por si
  mesmo.
Estruturalismo

 Concebem-se dois tipos de estudos:
  • Sincrônico – dá conta das relações
    simultâneas que ocorrem num mesmo
    período.
  • Diacrônico – dá conta das alterações
    provocadas pelo tempo, isto é observam as
    mudanças ocorridas nos fenômenos.
Ordem sintagmática –
Ações/funções que se sucedem em certa ordem.

Ordem paradigmática –
Os vários termos/ações que, na ordem, poder ser
  equivalentes ou trocados.

Efeito de sentido –
Encontro das duas ordem.
Relação de sintagma –
As relações atuais, presentes.

Relação de paradigma –
As relações possíveis, ausentes mas “na
  memória”; a ação é definida pela escolha entre
  diversas possibilidades.

Efeito de sentido –
Em uma narrativa, é produzido pelo encontro das
  ordens horizontal e vertical, do sintagma e do
  paradigma.
E
                         I
                         X
                         O

ENTRADA      CARNES          ACOMPANHAMENTO     SOBREMESA
                         P
           EIXO          A     S I NTAG M ÁTI C O
                         R     FRITAS               DOCE
SOPA         VITELA
                         A
SALADA       FRANGO            ARROZ                SORVETE
                         D
FRIOS...     PERNIL...   I     MACARRÃO             FRUTA...
                         G
                         M
                         Á
                         T
                         I
                         C
                         O   ESCOLHA
Sistemismo

 Também conhecida como funcionalismo, divide
  características em comum com o método
  estruturalista, com a diferença na concepção de
  que o sistema é superior às partes que o
  compõe.
 O todo sistêmico, além de ser a soma das
  partes que o organizam, é também o efeito
  dessa organização. O estudo funcionalista
  procura identificar aspectos desta síntese.
Dialética
 O raciocínio dialético consiste em três
  elementos:
  • Tese – é apresentada com a intenção primeira de
    ser questionada e, se possível impugnada.
  • Antítese – procura questionar os pontos fracos da
    tese, provocando, neste confronto, uma crise.
  • Síntese – é uma proposição superior que, em
    princípio, consiste na fusão dos pontos positivos
    da tese e da antítese.
 A Dialética lida essencialmente com o
  conflito, com as contradições da realidade.
  Os contrários são o verso e anverso de uma
  mesma realidade.
Leis da Dialética

 A dialética se assenta sob quatro leis;
  • Tudo se relaciona – o mundo é um conjunto
    de coisas sempre inacabadas, sempre
    prontas às mudanças. O fim de um processo
    é sempre o começo de outro;
  • Tudo se transforma – a negação é o motor da
    dialética. Algo é e se transforma em seu
    contrário e assim sucessivamente;
Leis da Dialética

 Mudança quantitativas e qualitativas – para a
  dialética a mudança quantitativa é contínua, lenta e
  não perceptível, enquanto que a mudança qualitativa
  é descontínua, ocorrendo através de saltos
 Contradições ou luta dos contrários – os fenômenos
  pressupõem contradições internas. Eles possuem
  lados opostos, em conflito permanente. Toda
  realidade é movimento e se não há movimento que
  que não seja fruto de contradições. Não se concebe
  o bem, sem opô-lo ao mal.
 A realidade sob o ponto de vista dialético concebe
  uma série de oposições. Individual/geral , causa e
  efeito, conteúdo e forma, possibilidade/realidade
Fenomenologia
 O método fenomenológico baseia-se na
  crença de que é possível chegar-se à
  essência do que se pesquisa, quando o
  fenômeno é observado e examinado sob
  vários pontos de vista.
 São necessários a descrição do que se
  passa e a busca da essência. Descrição visa
  ao exame pormenorizado e a busca da
  essência visa apreender o fenômeno no que
  ele é.
 Fenômeno é aquilo que aparece à
  consciência. O fenômeno é aquilo que se
  mostra a si e em si mesmo tal com é
Fenomenologia
 A fenomenologia não é uma ciência de fatos,
  mas de essências (eidética) e de percepção
  da essência dos atos (apoché).
 Para haver análise fenomenólógica, faz-se
  uma “redução fenomenológica”. O
  pesquisador tem de reduzir três aspectos: o
  subjetivo, o teórico e o da tradição.
  • Redução subjetiva – o dado deve ser observado
    objetivamente, ou seja o fenômeno pelo fenômeno;
  • Redução da teoria – todo saber prévio deve ser colocado
    entre parênteses. É um olhar a partir do nada;
  • Redução da tradição – observar o fenômeno no que eles
    são e não no que eles tem agregados acessórios
    (autoridade humana, autoridade do conhecimento científico)
Quadros comparativo-sintéticos...


Observe-se, na sequência, uma breve
 síntese e comparação das abordagens
 mais relevantes...
Caracter.   Positivismo Estrutural.    Dialética
VISÃO       •Ordem   do   •Ordem       •Tudo é
DE          Universo      estrutural   matéria em
MUNDO       •Leis                      movimento
            naturais                   •União dos
                                       contrários
Caracter.   Positivismo Estrutural.   Dialética
VISÃO       •O indivíduo •Não existe •Homem
DO          •Importância •Existe     •Ser histórico

HOMEM       do sujeito    estrutura  e social
            •Individual//
Caracter.   Positivismo Estrutural.   Dialética
VISÃO     •Sistema      •Estrutura    •Classes
DA        social        social        antagônicas
SOCIEDADE funcional
Caracter.   Positivismo Estrutural.   Dialética
VISÃO     •Empirista   •Subjetiva     •Objetiva
DA
          •A-histórica •A-histórica   •Histórica
REALIDADE
Caracter.   Positivismo Estrutural.   Dialética
OBJETIVO •Testar         •Procurar    •Procurar
DA       teorias         estrutura dos compreender
PESQUISA                 fenômenos essência dos
                                       fenômenos
Caracter.   Positivismo Estrutural.   Dialética
OBJETO      •Elementos   •Relações    •Elementos

DE                       entre        e relações
ESTUDO                   elementos    entre eles
Caracter.   Positivismo Estrutural.       Dialética
MÉTODO     •Método         •Método        •Método
CIENTÍFICO indutivo    e   estruturalista dialético
            dedutivo
Exemplos - O Fracasso Escolar
 Enfoque Positivista
 Delimitação do problema: O Fracasso
  Escolar nas escolas estaduais de 1º grau da
  cidade de Porto Alegre-RS.
 Formulação do problema: Existem relações
  entre o fracasso escolar das escolas
  estaduais de 1º grau da cidade de Porto
  Alegre-RS e o nível sócio-econômico da
  família, escolaridade dos pais, lugar onde
  está situada a escola, centro ou periferia,
  sexo dos educandos, anos de magistério dos
  professores e grau de formação profissional
  dos mesmos?
 Positivista: ênfase nas relações entre as
  variáveis que devem ser objetivamente
  medidas, visão estática, fixa, fotográfica.
 Enfoque fenomenológico
 Delimitação do problema: O Fracasso
  Escolar nas escolas estaduais de 1º grau da
  cidade de Porto Alegre-RS.
 Formulação do problema: Quais são as
  causas, segundo a percepção dos alunos
  repetentes, dos pais e dos professores, do
  fracasso escolar e o significado que este tem
  para a vida dos estudantes que fracassam,
  segundo esses mesmos, os pais e os
  educadores das escolas de 1º grau da cidade
  de Porto Alegre-RS?
 Fenomenológica: Destaca as percepções
  dos sujeitos, e o significado dos
  fenômenos para as pessoas.
 Enfoque Dialético
 Delimitação do problema: O Fracasso
  Escolar nas escolas estaduais de 1º grau da
  cidade de Porto Alegre-RS.
 Formulação do problema: Quais são os
  aspectos do desenvolvimento do fracasso
  escolar a nível local, regional e nacional e
  suas relações com o processo da educação
  e da comunidade nacional e como
  apresentam as contradições,
  primordialmente, em relação ao currículo,
  formação e desempenho profissional dos
  professores e a situação de lugar da escola,
  centro ou periferia, dos alunos que
  fracassam, e especificamente nas escolas
  estaduais de 1º grau de Porto Alegre-RS?
 Dialético: historicidade do fenômeno,
  contexto complexo e dinâmico e
  contradições inerentes ao mesmo e visão
  de totalidade do fenômeno estudado.
A COLETA DE DADOS


A coleta de dados é a pesquisa propriamente
  dita. A coleta de dados, em pesquisa social,
  coloca outros complicadores para o
  cientista, quais sejam...
 Quais dados coletar?
 Como coletar esses dados?
 Como analisar esses dados?
 Como inferir esses dados sobre o universo?
A pesquisa social

A pesquisa social trabalha com uma
  metodologia qualitativa.
De acordo com Denzin e Lincoln, assim
  pode ser entendida a pesquisa qualitativa:
A pesquisa qualitativa é um campo de
  investigação em sentido próprio. Uma
  complexa, interconectada família de
  termos, conceitos envolvem o termo
  “pesquisa qualitativa”. Estes incluem as
  tradições associadas ao positivismo, pós-
  estruturalismo, e as muitas perspectivas
  da pesquisa qualitativa, ou métodos,
  ligados a atividades culturais e estudos
  interpretativos.
A palavra qualitativa implica uma ênfase em
  processos e significados que não são
  rigorosamente analisados, ou medidos
  [...], em termos de qualidade, quantidade,
  intensidade ou frequência.
Investigadores qualitativos sublinham a
  natureza da realidade socialmente
  construída, a íntima relação entre o
  pesquisador e aquilo que é estudado, e as
  restrições situacionais que moldam o
  inquérito.
A pesquisa quantitativa, por seu turno,
  enfatiza a medição e análise das relações
  causais entre variáveis e, não, o processo.
Distinguindo...

 Método QUANTITATIVO
  • Este método é adequado quando se deseja
    conhecer a extensão - estatisticamente
    falando - do objeto de estudo, do ponto de
    vista do público pesquisado.
  • Aplica-se nos casos em que se busca
    identificar o grau de conhecimento, as
    opiniões, impressões, seus hábitos,
    comportamentos, seja em relação a um
    produto, sua comunicação, serviço ou
    instituição.
 Método QUALITATIVO
  • é adequado na investigação de atitudes,
    valores, percepções e motivações do público
    pesquisado, com a preocupação primordial
    de entendê-los, em toda a sua profundidade.
    Ou seja, o Método Qualitativo oferece
    informações de natureza mais subjetiva e
    latente. Isto implica não só uma análise do
    discurso do entrevistado, como também de
    sua postura mais global, diante das questões
    que lhe são colocadas.
Quadro Comparativo

 QUANTITATIVO                    QUALITATIVO
  • Aspectos numéricos             • Aspectos textuais
  • Objetiva dimensionamento,      • Busca o aprofundamento,
    quantificação                    avalia comportamentos
  • Existe uma dependência         • Existe uma dependência
    numérica da amostra              qualitativa da amostra
  • Mostra-se frágil quanto às       (homogeneidade)
    mudanças ambientais e          • Menos suscetível às
    aos efeitos do tempo             mudanças ambientais e
  • Normalmente sofre                efeitos do tempo
    menores influências do         • Pode sofre maiores
    pesquisador                      influências do pesquisador
Quadro Comparativo

 QUANTITATIVO         QUALITATIVO
  •   mensuração        • avaliação
  •   quantidade        • opiniões
  •   tamanho           • juízos
  •   números           • sensações
  •   questionários     • roteiro
  •   amostra           • discussões de grupo
  •   tabulação         • entrevistas em
  •   tabelas             profundidade
  •   estruturada       • recrutamento
                        • transcrição
                        • não-estruturada
DADOS

Os dados são aspectos da realidade que
 interessam ao pesquisador e que devem
 proporcionam a ele o conhecimento
 necessário para resolver um problema.

Dados podem ser entendidos como a
 informação numérica necessária para nos
 ajudar a tomar decisões mais bem-
 fundamentadas em determinada situação.
DADOS qualitativos

Em relação aos dados, também há que se
 ter presente que os mesmos podem ser
 qualitativos e quantitativos.
Dados Quantitativos

 Os dados são quantitativos quando
  podem ser traduzidos por números, por
  unidades passíveis de serem
  contabilizadas. Assim, em uma pesquisa
  sobre domicílios, o número de cômodos é
  uma levantamento de dados quantitativos.
Os dados quantitativos são tratados como
 variáveis. As variáveis podem ser
 contínuas ou discretas (descontínuas).

As séries decorrentes da ordenação das
 variáveis podem ser geográficas,
 cronológicas, específicas (fenômeno), de
 frequência (seriação dos elementos
 época, local e fenômeno).
Dados Qualitativos

Fala-se em dado qualitativo quando os
 objetos de pesquisa são considerados a
 partir de seus “atributos”, de “qualidades”
 ou características que lhes são atribuídas
 e que, para melhor análise, assumem
 valores numéricos. Assim, por exemplo, a
 vulnerabilidade da habitação é um dado
 qualitativo, porque não tem existência em
 si, mas é uma atribuição do pesquisador.
Os atributos podem se classificar em dois
  grupos:
 Dicotômicos (dicotomia): quando
  apresenta duas subclasses – ex. sexo;
 Policotômicos (policotomia): quando
  apresenta mais de duas subclasses – ex.
  estado civil.
 DADOS PRIMÁRIOS
 • São dados não disponíveis ou inacessíveis
   para consulta. Normalmente tratam de
   situações específicas e demandam estudos
   personalizados para sua coleta e análise.
 Dados Secundários
  • São dados já disponíveis para consulta,
    podendo esta ser gratuita ou remunerada.
  • Normalmente tratam de situações gerais e
    podem ser consultados em bancos de dados
    oficiais como o IBGE, centros de pesquisas
    universitários como a FGV e ainda em
    institutos privados como IBOPE,
    DATAFOLHA, etc
UNIVERSO ou POPULAÇÃO

O conjunto da totalidade dos indivíduos
 sobre o qual se faz uma inferência recebe
 o nome de população ou universo. A
 população congrega todas as
 observações que sejam relevantes para o
 estudo de uma ou mais característica dos
 indivíduos, os quais podem ser
 concebidos tanto como seres animados
 ou inanimados.
POPULAÇÃO é o conjunto constituído por
 todos os indivíduos que apresentem pelo
 menos UMA característica COMUM, cujo
 comportamento interessa analisar (inferir).

Uma população é estudada em termos de
 OBSERVAÇÕES de CARACTERÍSTICAS
 nos indivíduos, e NÃO em termos de pessoas
 ou objetos em si.
AMOSTRA

O conceito de amostra refere-se ao conjunto
 restrito de dados, organizado e descrito
 pela Estatística Descritiva, a partir do qual
 a Estatística Indutiva procura fazer
 inferências, tirar conclusões sobre a
 natureza desses dados e estender as
 conclusões para as populações, que são
 os conjuntos maiores de dados.
A     amostra pode ser definida como um
    subconjunto, uma parte selecionada da
    totalidade de observações abrangidas pela
    população, através da qual se faz um juízo ou
    inferência sobre as características da
    população.

As características da amostra são chamadas de
 estatísticas (descritivas).
Construindo a amostragem

A partir do momento em que se definem o
  problema e os objetivos da pesquisa, bem
  como a hipótese, o trabalho seguinte
  consiste na definição dos instrumentos de
  coleta e na delimitação da amostragem.
Os sujeitos da pesquisa:
Amostragem

        Amostras não-Probabilísticas:
 As amostras não-probabilísticas são
  selecionadas por critérios subjetivos do
  pesquisador, de acordo com sua
  experiência e com os objetivos do estudo,
  não sendo obtidas utilizando-se conceitos
  estatísticos.
 Amostras não-probabilísticas por conveniência: os
  elementos da amostra são selecionados de acordo com a
  conveniência do pesquisador, sendo normalmente pessoas ao
  seu alcance e dispostas a responder um questionário.

 Amostras não-probabilísticas por julgamento: os elementos
  da amostra são selecionados segundo um critério de julgamento
  do pesquisador, tendo como base a crença nas informações que
  o elemento selecionado possa fornecer ao estudo.

 Amostras não-probabilísticas por cota: o pesquisador procura
  uma amostra que se identifique, em alguns aspectos, com o
  universo. Esta identificação pode estar ligado ao sexo, idade,
  etc., e a quantidade a ser entrevistada é aleatória.
Amostras Probabilísticas:

 Neste tipo de amostra todos os elementos da
  população têm igual probabilidade (diferente de zero)
  de serem selecionados. A característica de conhecer
  a probabilidade de cada elemento da população fazer
  parte da mostra garante que a amostra será
  constituída de elementos selecionados objetivamente
  por processos aleatórios e não pela vontade
  pesquisador, dos entrevistadores de campo ou
  mesmo do entrevistado. Este fato, em termos
  estatísticos, permite calcular em que medida os
  valores de variáveis obtidos nas amostras diferem dos
  valores da população, sendo esta diferença chamada
  de erro amostral.
 Amostras probabilísticas simples: a amostragem probabilística (ou
  aleatória) simples caracteriza-se pelo fato de cada elemento da
  população ser escolhido por meio de sorteio. É a escolha aleatória dos
  elementos que farão parte da amostra.

 Amostras probabilísticas estratificadas: são aplicadas quando há
  uma necessidade de subdividir a população em extratos homogêneos,
  como por exemplo: classe social, idade, sexo, etc. Nesta modalidade
  amostral os pesos de cada variável considerada na formação do
  extrato deverão ser fielmente refletidos na amostra.

 Amostras probabilísticas sistemáticas: os elementos da amostra
  serão selecionados aleatoriamente através de um intervalo entre os
  mesmos. Esse intervalo será obtido como divisão do número do
  universo (ou população), pelo número da amostra.
Instrumento de coleta

 Após a realização do planejamento do
  projeto de pesquisa, tendo sido o
  problema e os objetivos definidos, bem
  como a metodologia e a sistemática de
  coleta dos dados, deve-se elaborar o
  instrumento de coleta dos dados.
Instrumentos de coleta de dados
 O instrumento de coleta de dados resgata
  os pontos destacados:
  • Na problematização
  • Nos objetivos
  • Nas hipóteses
Tipos de instrumentos de coleta de dados
 A coleta de dados pode servir-se de uma
  ampla variedade de instrumentos. A
  escolha estará em função:
  • Dos dados que se quer colher
  • Dos sujeitos a serem contatados
    (disponibilidade, perfil...)
  • Dos ambientes onde se efetuará a pesquisa...
 Não há um modelo ideal de questionário
  em relação ao conteúdo ou ao número de
  perguntas. Cada projeto exige criatividade
  e formas adequadas de formulação de
  perguntas cujas respostas atendam a
  todos os objetivos propostos.
Instrumentos

Em geral, os instrumentos de coletas de
 dados podem ser divididos em:

 Estruturados
 Semi-estruturados
 Não-estruturados
 Estruturados
    São aqueles instrumentos de coleta cujas partes
     estão planejadas em uma seqüência rigorosa e
     previamente determinada.
 Semi-estruturados
    São aqueles instrumentos de coleta que
     possuem algumas partes já sistematizadas
     previamente, mas que possuem outras
     “abertas”, que podem ser
     adaptadas/modificadas ao longo da entrevista
     (trabalho de campo).
 Não-estruturados
    São aqueles instrumentos focados estritamente
     no depoente, sem um direcionamento prévio,
     além da manifestação espontânea do sujeito.
Tipos de instrumentos
Os “instrumentos” de coleta de dados
  podem ser dos seguintes tipos:
 Questionários
 Entrevista (roteiro de entrevista)
 ...

Alguns processos de coleta de dados podem
  não ter um “instrumento” explícito, como a
  observação, pesquisas de caráter social
  (pesquisa-participante) ou análise de
  conteúdo.
I – Questionário

Elaborado pelo entrevistador para ser
  respondido pelo informante, o que
  determina a estrutura do questionário é,
  justamente, o perfil do público-alvo, a
  partir do problema, objetivos e hipóteses
  da pesquisa.
Partes de um questionário

Um questionário, para ser eficaz e efetivo,
 deve conter, minimamente:
  • Questões de identificação do respondente,
    delimitadas ao essencialmente necessário
    para enquadramento no perfil e plano
    amostral.
  • Questões relativas ao objeto de pesquisa.
Tipos de questões

 Fechadas: as que já vem com as respostas
  indicadas, cabendo ao respondente optar a
  partir do repertório indicado.
 Abertas: as que deixam espaço à livre
  expressão do respondente; não oferecem
  alternativas pré-determinadas.
 Semi-abertas (mistas): São aquelas que
  apresentam uma estrutura a partir da qual o
  respondente pode desenvolver (completar,
  relacionar...) sua opinião.
As questões fechadas podem ser:
 Dicotômicas: quando o respondente deve
  escolher, necessariamente, entre duas
  alternativas.
 De múltipla escolha: quando o respondente
  deve escolher uma (ou mais) de entre uma
  lista de alternativas apresentadas. Quando
  deve escolher apenas UMA, é unívoca.
 Escalar (Likert): quando o respondente deve
  enumerar as respostas pré-determinadas em
  ordem de preferência.
As questões abertas são aquelas onde
 apenas se enuncia a pergunta, sem
 qualquer direcionamento de resposta.

As questões semi-abertas ou mistas são
 aquelas que, geralmente, parte de uma
 questão fechada e solicitam um
 complemento por parte do informante.
Exemplos
 Questão fechada dicotômica:
  • Trabalha?
    • ( ) Sim
    • ( ) Não


 Questão fechada de múltipla escolha:
  • A renda média mensal de sua família?
    •   (   ) Até 2 salários mínimos
    •   (   ) Entre 2 e 5 salários mínimos
    •   (   ) Entre 5 e 10 salários mínimos
    •   (   ) Entre 10 e 15 salários mínimos
    •   (   ) Acima de 15 salários mínimos
 Questão fechada escalar
  • Você considera seu ambiente de trabalho:
     •   (   ) Muito agradável
     •   (   ) Agradável
     •   (   ) Desagradável
     •   (   ) Muito desagradável


 Questão aberta
  • Qual sua opinião a respeito de seu ambiente de
    trabalho?
  ________________________________________
 Questão semi-aberta ou mista
  • Qual seu passatempo predileto, nas horas
    vagas?
    •   ( ) Leitura
    •   ( ) Assistir TV
    •   ( ) Conversar com amigos
    •   ( ) Praticar esportes
    •   ( ) Outro. Qual?
        ____________________________
Recomendações
 O questionário deve ser gradativo, introduzir o
  respondente no foco do problema aos poucos
 O questionário deve deixar as perguntas mais
  pessoais para a metade ou parte final
 As questões não devem se reportar a fato longínquo
  (no tempo), nem obrigar o respondente a fazer
  cálculos
 A linguagem deve se adaptar ao respondente
 As questões não devem ser longas ou apresentar
  dupla interpretação
 A estrutura do questionário não deve induzir a
  resposta do entrevistado
II – Entrevista

Por implicar no diálogo aberto entre
 pesquisador e respondente, os cuidados
 com a entrevista devem ser redobrados.

Em geral, recorre-se a um “roteiro” onde se
 indicam as idéias principais que devem
 ser buscadas pelo entrevistador.
Planejamento da entrevista

 Para o sucesso de uma entrevista,
  devem-se observar alguns pontos:
  • Seleção do entrevistado:
    significado/relevância
  • Plano de entrevista e questões a serem feitas
  • Pré-teste
Recomendações - Atitudes

 Relação amistosa, sem debate de idéias
 Não demonstrar insegurança ou admiração
  excessiva
 Buscar um clima natural, deixar que as
  questões fluam “naturalmente”
 Objetividade
 Encorajamento do entrevistado
 Capacidade de síntese – anotações
 Pedidos de permissão (gravador, fotos...)
III – Observação

A observação consiste no posicionamento do
  investigador no meio a ser conhecido,
  evitando, o máximo possível, a influência
  recíproca (entrevistador X meio e/ou meio X
  entrevistador).
Método vantajoso para aferir condutas.
Não tem uma metodologia específica, um tipo
  determinado de instrumento a ser usado.
Recomendações

   Conhecimento prévio do que observar
   Planejamento de um método de registro
   Atenção aos fenômenos inesperados
   Registro fotográfico ou vídeo (preparação)
   Elaboração de relatório posterior
IV – Análise de conteúdo

 É a utilização de documentos ou
  produções bibliográficas como base de
  coleta de dados.
 As fontes podem ser primárias ou
  secundárias.
 Determinar:
  • Local (is) de coleta
  • Registro de documentos
  • Organização dos dados, informações...
ATENÇÃO!!

É sumamente importante deixar claro para o
  entrevistado tanto a finalidade da
  pesquisa quanto a confidencialidade das
  informações. Também deve-se ter o
  consentimento prévio ao início das
  investigações.
Isso é conseguido pela apresentação do
  Termo de Consentimento Livre e
  Esclarecido (TCLE).
OS RESULTADOS

 Deve-se ter presente que os resultados de
  uma pesquisa são os dados obtidos
  durante a coleta de dados.
 Os resultados, uma vez analisados e
  confrontados com os objetivos da
  pesquisa, com as hipóteses, e
  correlacionado com outros dados
  (informações) vão constituir a conclusão
  da pesquisa.
ESTRUTURA DO RELATÓRIO

 O relatório de uma pesquisa deve conter
  todas as partes significativas do Projeto
  de Pesquisa.

 Essas partes são, tanto as que deram
  origem à pesquisa, quanto as relativas à
  própria pesquisa de campo e seus
  resultados.
 Introdução
  •   Problematização
  •   Objetivos da pesquisa
  •   Hipóteses
  •   Justificativa
  •   Revisão de Literatura
  •   Plano amostral
  •   Metodologia
       • Sujeitos
       • Ambiente
       • Instrumentos de coleta de dados
  • Procedimentos
 Desenvolvimento (a pesquisa, em si)
  • Coleta de dados
  • Resultados
  • Gráficos e Histogramas


 Conclusão
  • Análise dos Dados
  • Discussão dos resultados
  • Indicação de Procedimentos


 Anexos
Linguagem

   A linguagem utilizada nos relatórios
    deve ser impessoal, técnica e formal.
   Deve-se evitar o “calão”, as gírias, as
    expressões alheias aos objetivos do
    trabalho.
   A linguagem deve ser concisa, precisa,
    adequada à área de investigação.
   Devem-se evitar as “opiniões”
    infundadas (os “achismos”) e as
    digressões desnecessárias.
Formatação

   Em geral, a formatação é a seguinte:
    • Margens superior e esquerda de 3,0 cm
      (para encadernar, esquerda de 4,0 cm);
    • Margens inferior e direita de 2,0cm;
    • Entrelinhas de 1,5;
    • Tipo: Times New Roman, tamanho 12 (ou
      Arial, tamanho 11);
    • Alinhamento: justificado;
    • Numeração: margem superior esquerda;
    • Uso apenas do anverso da folha.
Partes
     Capa
     Sumário
     Apresentação
     Relatório
      • Introdução
      • “Desenvolvimento”
      • Resultados
   Conclusão
   Anexos
Fundamentação teórica,
Regulação ética!

Ciência com consciência!! (Morin)

“Não se sabe com certeza como se verifica a
  fetichização da técnica na psicologia individual dos
  indivíduos, onde está o ponto de transição entre
  uma relação racional com ela e aquela
  supervalorização, que leva, em última análise,
  quem projeta um sistema ferroviário para conduzir
  as vítimas a Auschwitz com maior rapidez e
  fluência, a esquecer o que acontece com estas
  vítimas em Auschwitz.”
                                    (Adorno, 2000,p,133)
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
A Pesquisa Em CiêNcias Sociais
“A exigência que Auschwitz não se repita é
  a primeira de todas para a educação [e a
  ciência]. (...) Qualquer debate acerca de
  metas educacionais [e científicas] carece
  de significado e importância frente a essa
  meta: QUE AUSCHWITZ NÃO SE
  REPITA. Ela foi a barbárie contra a qual
  se dirige toda a educação.”
                            (Adorno, 2000, p. 119)

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A Pesquisa Em CiêNcias Sociais

  • 1. A PESQUISA EM CIÊNCIAS SOCIAIS Semana de Atividades Complementares 22 e 23 de abril de 2009 Curso de Serviço Social
  • 2. AGENDA  Ciência e conhecimento científico  Ciência e Pesquisa  Pesquisa em Ciências Sociais • Pesquisas Qualitativas e Quantitativas • Abordagens Relevantes • Tipos de Dados • Coleta e Tratamento de Dados  A construção do conhecimento na Universidade – Responsabilização Ética
  • 3. Ciência e Conhecimento Científico Nossa sociedade costuma associar conhecimento verdadeiro ou “crível” com conhecimento derivado de procedimentos e métodos científicos. Mas existem formas de conhecimento diversas, como o conhecimento filosófico, o teológico e, mais comumente, o conhecimento dito “vulgar”, ou “senso comum”!!
  • 7. Conhecimento é o pensamento que emerge da relação entre um sujeito que conhece – que se aplica racionalmente em descobrir a “verdade” – e um objeto que se dispõe a ser conhecido – que se propõe a “desvelar” sua “verdade”, seu ser.
  • 13. Conhecimento, portanto, pode ser considerado como uma ferramenta mediante a qual o ser humano compreende si mesmo e o “mundo” em que se encontra. É, também, embora sob uma concepção limitada, o instrumento que propicia o “domínio” e “manipulação” da realidade física e social.
  • 20. Estima-se que, para se “acabar” com a fome no mundo, seria necessário um investimento anual de cerca de 750 bilhões de dólares!!
  • 21. Produção do conhecimento científico  A ciência encara a “Verdade” como um estado de certeza provisória: uma teoria é válida enquanto não se conseguir provar sua inconsistência; ou enquanto o seu “modelo” teórico se sustentar.  Será essa teoria, elaborada a partir de leis, que determinará o perfil de uma ciência.
  • 22.  Uma ciência se caracteriza por ter • Um objeto de estudo • Um método de estudo  As ciências buscam regularidades na natureza que possam conduzir à elaboração de princípios “universais” e “generalizáveis”.
  • 23.  Conhecimento Científico: Através da classificação, da comparação, da aplicação dos métodos, da análise e síntese, o pesquisador extrai do contexto social, ou do universo, princípios e leis que estruturam um conhecimento rigorosamente válido e universal.  O conhecimento científico procura alcançar a verdade dos fatos (objetos) e depende da escala de valores e das crenças dos cientistas; ele resulta de pesquisas metódicas e sistemáticas da realidade.
  • 24.  “Por volta do início do século XX, uma parcela da comunidade científica se apercebeu que, diferentemente da noção de conhecimento da realidade vigente até essa época, não se pressupõe mais a possibilidade de um conhecimento universal e perene, mas sim que há apenas a alternativa de se conhecer parcelas da realidade.” (Motta, A ciência no século XX)
  • 25. A “Fórmula” do sucesso!! If A = success, then the formula is: A=X+Y+Z X is work. Y is play. Z is keep your mouth shut. (Einstein)
  • 26. Ciência, pesquisa e sociedade do conhecimento “A cada dois ou três séculos ocorre na história da sociedade ocidental uma grande transformação. (...) Em poucas décadas, a sociedade se reorganiza... Depois de cinqüenta anos, existe um novo mundo. E as pessoas nele nascidas não conseguem imaginar o mundo em que seus avós viviam e no qual nasceram seus pais.” (Drucker, 1999)
  • 27. MAS... O que é, “mesmo”, ciência?? A ciência é uma especialização, um refinamento de potenciais comuns a todos. A ciência é a hipertrofia de capacidades que todos têm. (Rubem Alves)
  • 28. Ela é dona-de-casa. Pega o dinheiro e vai à feira. Uma pessoa como milhares de outras. Vamos pensar em como ela funciona, lá na feira, de barraca em barraca...
  • 29.  Adequa os recursos  Classifica os alimentos (indesejáveis, desejáveis, supérfluos) de que dispõe (em  Os preços são comparados dinheiro) às  A estação dos produtos é verificada necessidades de sua (oferta x demanda) família (em comida)!  Senso econômico acoplado a outras “ciências” (Ciências Humanas, por  Processa uma série exemplo – sem nunca ter lido teorias, de informações... sabe que a escolha dos alimentos não se regula só por aspectos econômicos, mas também fatores simbólicos, sociais e políticos)  Apesar de não trabalhar com “instrumentos” científicos, o procedimento da dona-de-casa é simplista, ingênuo?
  • 30. Atenção!! Aquilo que outras pessoas, em outras épocas, consideraram como ciência, sempre parece ridículo, séculos depois.
  • 31. A pesquisa  Pesquisar tem sido o caminho humano para responder questões e para se construir novas idéias e ideais, seja no mundo acadêmico, seja no mundo da vida cotidiana.
  • 32.  Pesquisar é descobrir, é desnudar o que existe, algo que ainda não foi trazido ao conhecimento. A pesquisa é um micromundo humano e, portanto, tem um papel importante na reconstrução das Ciências [...] e da Vida como um todo. Não só as Instituições de ensino, mas toda e qualquer organização, evoluem pela busca contínua de conhecimentos, através de pesquisas referentes ao próprio contexto, integradas a conhecimentos já produzidos e que possam ser aproveitados para solucionar suas dificuldades ou aprimorar sua realidade.
  • 33. Abordagens metodológicas Não há coisa pior, mais inconsistente, do que um cientista ou pesquisador que não sabe, com clareza (e convicção!) qual a corrente de pensamento, a linha teórica, a abordagem da realidade mediante a qual se aproxima das evidências, extrai ou coleta dados, elabora hipóteses e vai em busca de comprovações.
  • 34. Abordagens...  Empirismo e Positivismo  Sistemismo e Funcionalismo  Dialética  Estruturalismo  ...
  • 35. Positivismo A característica básica do positivismo é a ênfase na experimentação, em oposição à especulação.
  • 36. Positivismo Principais características: • Empirismo – parte-se da percepção da realidade, conforme se ajusta aos sentidos; • Objetividade – respeito ao objeto de estudo, o que implica uma descrição independe da influência do observador e uma experimentação, que reduz a intervenção do pesquisador; • Explicabilidade – não se concebe efeito sem causa; • Mensurabilidade – a matemática é a forma ideal para explicar a realidade; • Experimentação – somente pelo teste, mede-se a precisão de uma hipótese e seu poder de explicar os eventos; • Validade – somente pelo controle rígido dos fatores intervenientes é que se pode chegar à precisão da ciência; • Previsibilidade – o conhecimento é passível de ser explicado por leis que o determinam.
  • 37. Estruturalismo Considera-se um trabalho estruturalista, toda vez que se aceita que, por detrás dos fenômenos, sempre é possível construir um modelo estrutural, que consiste num conjunto de elementos com leis próprias. Este conjunto forma um sistema de relações, de tal ordem imbricado, que a alteração de um desses elementos implica a alteração de todos os demais. No estruturalismo há dois princípios fundantes: a) a concepção de uma infra-estrutura de base para os fenômenos que podem ser alvo de pesquisa. b) a relação entre os termos eu organizam a infra-estrutura deve ser estudada e não a consideração desses termos por si mesmo.
  • 38. Estruturalismo  Concebem-se dois tipos de estudos: • Sincrônico – dá conta das relações simultâneas que ocorrem num mesmo período. • Diacrônico – dá conta das alterações provocadas pelo tempo, isto é observam as mudanças ocorridas nos fenômenos.
  • 39. Ordem sintagmática – Ações/funções que se sucedem em certa ordem. Ordem paradigmática – Os vários termos/ações que, na ordem, poder ser equivalentes ou trocados. Efeito de sentido – Encontro das duas ordem.
  • 40. Relação de sintagma – As relações atuais, presentes. Relação de paradigma – As relações possíveis, ausentes mas “na memória”; a ação é definida pela escolha entre diversas possibilidades. Efeito de sentido – Em uma narrativa, é produzido pelo encontro das ordens horizontal e vertical, do sintagma e do paradigma.
  • 41. E I X O ENTRADA CARNES ACOMPANHAMENTO SOBREMESA P EIXO A S I NTAG M ÁTI C O R FRITAS DOCE SOPA VITELA A SALADA FRANGO ARROZ SORVETE D FRIOS... PERNIL... I MACARRÃO FRUTA... G M Á T I C O ESCOLHA
  • 42. Sistemismo  Também conhecida como funcionalismo, divide características em comum com o método estruturalista, com a diferença na concepção de que o sistema é superior às partes que o compõe.  O todo sistêmico, além de ser a soma das partes que o organizam, é também o efeito dessa organização. O estudo funcionalista procura identificar aspectos desta síntese.
  • 43. Dialética  O raciocínio dialético consiste em três elementos: • Tese – é apresentada com a intenção primeira de ser questionada e, se possível impugnada. • Antítese – procura questionar os pontos fracos da tese, provocando, neste confronto, uma crise. • Síntese – é uma proposição superior que, em princípio, consiste na fusão dos pontos positivos da tese e da antítese.  A Dialética lida essencialmente com o conflito, com as contradições da realidade. Os contrários são o verso e anverso de uma mesma realidade.
  • 44. Leis da Dialética  A dialética se assenta sob quatro leis; • Tudo se relaciona – o mundo é um conjunto de coisas sempre inacabadas, sempre prontas às mudanças. O fim de um processo é sempre o começo de outro; • Tudo se transforma – a negação é o motor da dialética. Algo é e se transforma em seu contrário e assim sucessivamente;
  • 45. Leis da Dialética  Mudança quantitativas e qualitativas – para a dialética a mudança quantitativa é contínua, lenta e não perceptível, enquanto que a mudança qualitativa é descontínua, ocorrendo através de saltos  Contradições ou luta dos contrários – os fenômenos pressupõem contradições internas. Eles possuem lados opostos, em conflito permanente. Toda realidade é movimento e se não há movimento que que não seja fruto de contradições. Não se concebe o bem, sem opô-lo ao mal.  A realidade sob o ponto de vista dialético concebe uma série de oposições. Individual/geral , causa e efeito, conteúdo e forma, possibilidade/realidade
  • 46. Fenomenologia  O método fenomenológico baseia-se na crença de que é possível chegar-se à essência do que se pesquisa, quando o fenômeno é observado e examinado sob vários pontos de vista.  São necessários a descrição do que se passa e a busca da essência. Descrição visa ao exame pormenorizado e a busca da essência visa apreender o fenômeno no que ele é.  Fenômeno é aquilo que aparece à consciência. O fenômeno é aquilo que se mostra a si e em si mesmo tal com é
  • 47. Fenomenologia  A fenomenologia não é uma ciência de fatos, mas de essências (eidética) e de percepção da essência dos atos (apoché).  Para haver análise fenomenólógica, faz-se uma “redução fenomenológica”. O pesquisador tem de reduzir três aspectos: o subjetivo, o teórico e o da tradição. • Redução subjetiva – o dado deve ser observado objetivamente, ou seja o fenômeno pelo fenômeno; • Redução da teoria – todo saber prévio deve ser colocado entre parênteses. É um olhar a partir do nada; • Redução da tradição – observar o fenômeno no que eles são e não no que eles tem agregados acessórios (autoridade humana, autoridade do conhecimento científico)
  • 48. Quadros comparativo-sintéticos... Observe-se, na sequência, uma breve síntese e comparação das abordagens mais relevantes...
  • 49. Caracter. Positivismo Estrutural. Dialética VISÃO •Ordem do •Ordem •Tudo é DE Universo estrutural matéria em MUNDO •Leis movimento naturais •União dos contrários
  • 50. Caracter. Positivismo Estrutural. Dialética VISÃO •O indivíduo •Não existe •Homem DO •Importância •Existe •Ser histórico HOMEM do sujeito estrutura e social •Individual//
  • 51. Caracter. Positivismo Estrutural. Dialética VISÃO •Sistema •Estrutura •Classes DA social social antagônicas SOCIEDADE funcional
  • 52. Caracter. Positivismo Estrutural. Dialética VISÃO •Empirista •Subjetiva •Objetiva DA •A-histórica •A-histórica •Histórica REALIDADE
  • 53. Caracter. Positivismo Estrutural. Dialética OBJETIVO •Testar •Procurar •Procurar DA teorias estrutura dos compreender PESQUISA fenômenos essência dos fenômenos
  • 54. Caracter. Positivismo Estrutural. Dialética OBJETO •Elementos •Relações •Elementos DE entre e relações ESTUDO elementos entre eles
  • 55. Caracter. Positivismo Estrutural. Dialética MÉTODO •Método •Método •Método CIENTÍFICO indutivo e estruturalista dialético dedutivo
  • 56. Exemplos - O Fracasso Escolar  Enfoque Positivista  Delimitação do problema: O Fracasso Escolar nas escolas estaduais de 1º grau da cidade de Porto Alegre-RS.  Formulação do problema: Existem relações entre o fracasso escolar das escolas estaduais de 1º grau da cidade de Porto Alegre-RS e o nível sócio-econômico da família, escolaridade dos pais, lugar onde está situada a escola, centro ou periferia, sexo dos educandos, anos de magistério dos professores e grau de formação profissional dos mesmos?
  • 57.  Positivista: ênfase nas relações entre as variáveis que devem ser objetivamente medidas, visão estática, fixa, fotográfica.
  • 58.  Enfoque fenomenológico  Delimitação do problema: O Fracasso Escolar nas escolas estaduais de 1º grau da cidade de Porto Alegre-RS.  Formulação do problema: Quais são as causas, segundo a percepção dos alunos repetentes, dos pais e dos professores, do fracasso escolar e o significado que este tem para a vida dos estudantes que fracassam, segundo esses mesmos, os pais e os educadores das escolas de 1º grau da cidade de Porto Alegre-RS?
  • 59.  Fenomenológica: Destaca as percepções dos sujeitos, e o significado dos fenômenos para as pessoas.
  • 60.  Enfoque Dialético  Delimitação do problema: O Fracasso Escolar nas escolas estaduais de 1º grau da cidade de Porto Alegre-RS.  Formulação do problema: Quais são os aspectos do desenvolvimento do fracasso escolar a nível local, regional e nacional e suas relações com o processo da educação e da comunidade nacional e como apresentam as contradições, primordialmente, em relação ao currículo, formação e desempenho profissional dos professores e a situação de lugar da escola, centro ou periferia, dos alunos que fracassam, e especificamente nas escolas estaduais de 1º grau de Porto Alegre-RS?
  • 61.  Dialético: historicidade do fenômeno, contexto complexo e dinâmico e contradições inerentes ao mesmo e visão de totalidade do fenômeno estudado.
  • 62. A COLETA DE DADOS A coleta de dados é a pesquisa propriamente dita. A coleta de dados, em pesquisa social, coloca outros complicadores para o cientista, quais sejam...  Quais dados coletar?  Como coletar esses dados?  Como analisar esses dados?  Como inferir esses dados sobre o universo?
  • 63. A pesquisa social A pesquisa social trabalha com uma metodologia qualitativa. De acordo com Denzin e Lincoln, assim pode ser entendida a pesquisa qualitativa:
  • 64. A pesquisa qualitativa é um campo de investigação em sentido próprio. Uma complexa, interconectada família de termos, conceitos envolvem o termo “pesquisa qualitativa”. Estes incluem as tradições associadas ao positivismo, pós- estruturalismo, e as muitas perspectivas da pesquisa qualitativa, ou métodos, ligados a atividades culturais e estudos interpretativos.
  • 65. A palavra qualitativa implica uma ênfase em processos e significados que não são rigorosamente analisados, ou medidos [...], em termos de qualidade, quantidade, intensidade ou frequência.
  • 66. Investigadores qualitativos sublinham a natureza da realidade socialmente construída, a íntima relação entre o pesquisador e aquilo que é estudado, e as restrições situacionais que moldam o inquérito.
  • 67. A pesquisa quantitativa, por seu turno, enfatiza a medição e análise das relações causais entre variáveis e, não, o processo.
  • 68. Distinguindo...  Método QUANTITATIVO • Este método é adequado quando se deseja conhecer a extensão - estatisticamente falando - do objeto de estudo, do ponto de vista do público pesquisado. • Aplica-se nos casos em que se busca identificar o grau de conhecimento, as opiniões, impressões, seus hábitos, comportamentos, seja em relação a um produto, sua comunicação, serviço ou instituição.
  • 69.  Método QUALITATIVO • é adequado na investigação de atitudes, valores, percepções e motivações do público pesquisado, com a preocupação primordial de entendê-los, em toda a sua profundidade. Ou seja, o Método Qualitativo oferece informações de natureza mais subjetiva e latente. Isto implica não só uma análise do discurso do entrevistado, como também de sua postura mais global, diante das questões que lhe são colocadas.
  • 70. Quadro Comparativo  QUANTITATIVO  QUALITATIVO • Aspectos numéricos • Aspectos textuais • Objetiva dimensionamento, • Busca o aprofundamento, quantificação avalia comportamentos • Existe uma dependência • Existe uma dependência numérica da amostra qualitativa da amostra • Mostra-se frágil quanto às (homogeneidade) mudanças ambientais e • Menos suscetível às aos efeitos do tempo mudanças ambientais e • Normalmente sofre efeitos do tempo menores influências do • Pode sofre maiores pesquisador influências do pesquisador
  • 71. Quadro Comparativo  QUANTITATIVO  QUALITATIVO • mensuração • avaliação • quantidade • opiniões • tamanho • juízos • números • sensações • questionários • roteiro • amostra • discussões de grupo • tabulação • entrevistas em • tabelas profundidade • estruturada • recrutamento • transcrição • não-estruturada
  • 72. DADOS Os dados são aspectos da realidade que interessam ao pesquisador e que devem proporcionam a ele o conhecimento necessário para resolver um problema. Dados podem ser entendidos como a informação numérica necessária para nos ajudar a tomar decisões mais bem- fundamentadas em determinada situação.
  • 73. DADOS qualitativos Em relação aos dados, também há que se ter presente que os mesmos podem ser qualitativos e quantitativos.
  • 74. Dados Quantitativos  Os dados são quantitativos quando podem ser traduzidos por números, por unidades passíveis de serem contabilizadas. Assim, em uma pesquisa sobre domicílios, o número de cômodos é uma levantamento de dados quantitativos.
  • 75. Os dados quantitativos são tratados como variáveis. As variáveis podem ser contínuas ou discretas (descontínuas). As séries decorrentes da ordenação das variáveis podem ser geográficas, cronológicas, específicas (fenômeno), de frequência (seriação dos elementos época, local e fenômeno).
  • 76. Dados Qualitativos Fala-se em dado qualitativo quando os objetos de pesquisa são considerados a partir de seus “atributos”, de “qualidades” ou características que lhes são atribuídas e que, para melhor análise, assumem valores numéricos. Assim, por exemplo, a vulnerabilidade da habitação é um dado qualitativo, porque não tem existência em si, mas é uma atribuição do pesquisador.
  • 77. Os atributos podem se classificar em dois grupos:  Dicotômicos (dicotomia): quando apresenta duas subclasses – ex. sexo;  Policotômicos (policotomia): quando apresenta mais de duas subclasses – ex. estado civil.
  • 78.  DADOS PRIMÁRIOS • São dados não disponíveis ou inacessíveis para consulta. Normalmente tratam de situações específicas e demandam estudos personalizados para sua coleta e análise.
  • 79.  Dados Secundários • São dados já disponíveis para consulta, podendo esta ser gratuita ou remunerada. • Normalmente tratam de situações gerais e podem ser consultados em bancos de dados oficiais como o IBGE, centros de pesquisas universitários como a FGV e ainda em institutos privados como IBOPE, DATAFOLHA, etc
  • 80. UNIVERSO ou POPULAÇÃO O conjunto da totalidade dos indivíduos sobre o qual se faz uma inferência recebe o nome de população ou universo. A população congrega todas as observações que sejam relevantes para o estudo de uma ou mais característica dos indivíduos, os quais podem ser concebidos tanto como seres animados ou inanimados.
  • 81. POPULAÇÃO é o conjunto constituído por todos os indivíduos que apresentem pelo menos UMA característica COMUM, cujo comportamento interessa analisar (inferir). Uma população é estudada em termos de OBSERVAÇÕES de CARACTERÍSTICAS nos indivíduos, e NÃO em termos de pessoas ou objetos em si.
  • 82. AMOSTRA O conceito de amostra refere-se ao conjunto restrito de dados, organizado e descrito pela Estatística Descritiva, a partir do qual a Estatística Indutiva procura fazer inferências, tirar conclusões sobre a natureza desses dados e estender as conclusões para as populações, que são os conjuntos maiores de dados.
  • 83. A amostra pode ser definida como um subconjunto, uma parte selecionada da totalidade de observações abrangidas pela população, através da qual se faz um juízo ou inferência sobre as características da população. As características da amostra são chamadas de estatísticas (descritivas).
  • 84. Construindo a amostragem A partir do momento em que se definem o problema e os objetivos da pesquisa, bem como a hipótese, o trabalho seguinte consiste na definição dos instrumentos de coleta e na delimitação da amostragem.
  • 85. Os sujeitos da pesquisa: Amostragem Amostras não-Probabilísticas:  As amostras não-probabilísticas são selecionadas por critérios subjetivos do pesquisador, de acordo com sua experiência e com os objetivos do estudo, não sendo obtidas utilizando-se conceitos estatísticos.
  • 86.  Amostras não-probabilísticas por conveniência: os elementos da amostra são selecionados de acordo com a conveniência do pesquisador, sendo normalmente pessoas ao seu alcance e dispostas a responder um questionário.  Amostras não-probabilísticas por julgamento: os elementos da amostra são selecionados segundo um critério de julgamento do pesquisador, tendo como base a crença nas informações que o elemento selecionado possa fornecer ao estudo.  Amostras não-probabilísticas por cota: o pesquisador procura uma amostra que se identifique, em alguns aspectos, com o universo. Esta identificação pode estar ligado ao sexo, idade, etc., e a quantidade a ser entrevistada é aleatória.
  • 87. Amostras Probabilísticas:  Neste tipo de amostra todos os elementos da população têm igual probabilidade (diferente de zero) de serem selecionados. A característica de conhecer a probabilidade de cada elemento da população fazer parte da mostra garante que a amostra será constituída de elementos selecionados objetivamente por processos aleatórios e não pela vontade pesquisador, dos entrevistadores de campo ou mesmo do entrevistado. Este fato, em termos estatísticos, permite calcular em que medida os valores de variáveis obtidos nas amostras diferem dos valores da população, sendo esta diferença chamada de erro amostral.
  • 88.  Amostras probabilísticas simples: a amostragem probabilística (ou aleatória) simples caracteriza-se pelo fato de cada elemento da população ser escolhido por meio de sorteio. É a escolha aleatória dos elementos que farão parte da amostra.  Amostras probabilísticas estratificadas: são aplicadas quando há uma necessidade de subdividir a população em extratos homogêneos, como por exemplo: classe social, idade, sexo, etc. Nesta modalidade amostral os pesos de cada variável considerada na formação do extrato deverão ser fielmente refletidos na amostra.  Amostras probabilísticas sistemáticas: os elementos da amostra serão selecionados aleatoriamente através de um intervalo entre os mesmos. Esse intervalo será obtido como divisão do número do universo (ou população), pelo número da amostra.
  • 89. Instrumento de coleta  Após a realização do planejamento do projeto de pesquisa, tendo sido o problema e os objetivos definidos, bem como a metodologia e a sistemática de coleta dos dados, deve-se elaborar o instrumento de coleta dos dados.
  • 90. Instrumentos de coleta de dados  O instrumento de coleta de dados resgata os pontos destacados: • Na problematização • Nos objetivos • Nas hipóteses
  • 91. Tipos de instrumentos de coleta de dados  A coleta de dados pode servir-se de uma ampla variedade de instrumentos. A escolha estará em função: • Dos dados que se quer colher • Dos sujeitos a serem contatados (disponibilidade, perfil...) • Dos ambientes onde se efetuará a pesquisa...
  • 92.  Não há um modelo ideal de questionário em relação ao conteúdo ou ao número de perguntas. Cada projeto exige criatividade e formas adequadas de formulação de perguntas cujas respostas atendam a todos os objetivos propostos.
  • 93. Instrumentos Em geral, os instrumentos de coletas de dados podem ser divididos em:  Estruturados  Semi-estruturados  Não-estruturados
  • 94.  Estruturados São aqueles instrumentos de coleta cujas partes estão planejadas em uma seqüência rigorosa e previamente determinada.  Semi-estruturados São aqueles instrumentos de coleta que possuem algumas partes já sistematizadas previamente, mas que possuem outras “abertas”, que podem ser adaptadas/modificadas ao longo da entrevista (trabalho de campo).  Não-estruturados São aqueles instrumentos focados estritamente no depoente, sem um direcionamento prévio, além da manifestação espontânea do sujeito.
  • 95. Tipos de instrumentos Os “instrumentos” de coleta de dados podem ser dos seguintes tipos:  Questionários  Entrevista (roteiro de entrevista)  ... Alguns processos de coleta de dados podem não ter um “instrumento” explícito, como a observação, pesquisas de caráter social (pesquisa-participante) ou análise de conteúdo.
  • 96. I – Questionário Elaborado pelo entrevistador para ser respondido pelo informante, o que determina a estrutura do questionário é, justamente, o perfil do público-alvo, a partir do problema, objetivos e hipóteses da pesquisa.
  • 97. Partes de um questionário Um questionário, para ser eficaz e efetivo, deve conter, minimamente: • Questões de identificação do respondente, delimitadas ao essencialmente necessário para enquadramento no perfil e plano amostral. • Questões relativas ao objeto de pesquisa.
  • 98. Tipos de questões  Fechadas: as que já vem com as respostas indicadas, cabendo ao respondente optar a partir do repertório indicado.  Abertas: as que deixam espaço à livre expressão do respondente; não oferecem alternativas pré-determinadas.  Semi-abertas (mistas): São aquelas que apresentam uma estrutura a partir da qual o respondente pode desenvolver (completar, relacionar...) sua opinião.
  • 99. As questões fechadas podem ser:  Dicotômicas: quando o respondente deve escolher, necessariamente, entre duas alternativas.  De múltipla escolha: quando o respondente deve escolher uma (ou mais) de entre uma lista de alternativas apresentadas. Quando deve escolher apenas UMA, é unívoca.  Escalar (Likert): quando o respondente deve enumerar as respostas pré-determinadas em ordem de preferência.
  • 100. As questões abertas são aquelas onde apenas se enuncia a pergunta, sem qualquer direcionamento de resposta. As questões semi-abertas ou mistas são aquelas que, geralmente, parte de uma questão fechada e solicitam um complemento por parte do informante.
  • 101. Exemplos  Questão fechada dicotômica: • Trabalha? • ( ) Sim • ( ) Não  Questão fechada de múltipla escolha: • A renda média mensal de sua família? • ( ) Até 2 salários mínimos • ( ) Entre 2 e 5 salários mínimos • ( ) Entre 5 e 10 salários mínimos • ( ) Entre 10 e 15 salários mínimos • ( ) Acima de 15 salários mínimos
  • 102.  Questão fechada escalar • Você considera seu ambiente de trabalho: • ( ) Muito agradável • ( ) Agradável • ( ) Desagradável • ( ) Muito desagradável  Questão aberta • Qual sua opinião a respeito de seu ambiente de trabalho? ________________________________________
  • 103.  Questão semi-aberta ou mista • Qual seu passatempo predileto, nas horas vagas? • ( ) Leitura • ( ) Assistir TV • ( ) Conversar com amigos • ( ) Praticar esportes • ( ) Outro. Qual? ____________________________
  • 104. Recomendações  O questionário deve ser gradativo, introduzir o respondente no foco do problema aos poucos  O questionário deve deixar as perguntas mais pessoais para a metade ou parte final  As questões não devem se reportar a fato longínquo (no tempo), nem obrigar o respondente a fazer cálculos  A linguagem deve se adaptar ao respondente  As questões não devem ser longas ou apresentar dupla interpretação  A estrutura do questionário não deve induzir a resposta do entrevistado
  • 105. II – Entrevista Por implicar no diálogo aberto entre pesquisador e respondente, os cuidados com a entrevista devem ser redobrados. Em geral, recorre-se a um “roteiro” onde se indicam as idéias principais que devem ser buscadas pelo entrevistador.
  • 106. Planejamento da entrevista  Para o sucesso de uma entrevista, devem-se observar alguns pontos: • Seleção do entrevistado: significado/relevância • Plano de entrevista e questões a serem feitas • Pré-teste
  • 107. Recomendações - Atitudes  Relação amistosa, sem debate de idéias  Não demonstrar insegurança ou admiração excessiva  Buscar um clima natural, deixar que as questões fluam “naturalmente”  Objetividade  Encorajamento do entrevistado  Capacidade de síntese – anotações  Pedidos de permissão (gravador, fotos...)
  • 108. III – Observação A observação consiste no posicionamento do investigador no meio a ser conhecido, evitando, o máximo possível, a influência recíproca (entrevistador X meio e/ou meio X entrevistador). Método vantajoso para aferir condutas. Não tem uma metodologia específica, um tipo determinado de instrumento a ser usado.
  • 109. Recomendações  Conhecimento prévio do que observar  Planejamento de um método de registro  Atenção aos fenômenos inesperados  Registro fotográfico ou vídeo (preparação)  Elaboração de relatório posterior
  • 110. IV – Análise de conteúdo  É a utilização de documentos ou produções bibliográficas como base de coleta de dados.  As fontes podem ser primárias ou secundárias.  Determinar: • Local (is) de coleta • Registro de documentos • Organização dos dados, informações...
  • 111. ATENÇÃO!! É sumamente importante deixar claro para o entrevistado tanto a finalidade da pesquisa quanto a confidencialidade das informações. Também deve-se ter o consentimento prévio ao início das investigações. Isso é conseguido pela apresentação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
  • 112. OS RESULTADOS  Deve-se ter presente que os resultados de uma pesquisa são os dados obtidos durante a coleta de dados.  Os resultados, uma vez analisados e confrontados com os objetivos da pesquisa, com as hipóteses, e correlacionado com outros dados (informações) vão constituir a conclusão da pesquisa.
  • 113. ESTRUTURA DO RELATÓRIO  O relatório de uma pesquisa deve conter todas as partes significativas do Projeto de Pesquisa.  Essas partes são, tanto as que deram origem à pesquisa, quanto as relativas à própria pesquisa de campo e seus resultados.
  • 114.  Introdução • Problematização • Objetivos da pesquisa • Hipóteses • Justificativa • Revisão de Literatura • Plano amostral • Metodologia • Sujeitos • Ambiente • Instrumentos de coleta de dados • Procedimentos
  • 115.  Desenvolvimento (a pesquisa, em si) • Coleta de dados • Resultados • Gráficos e Histogramas  Conclusão • Análise dos Dados • Discussão dos resultados • Indicação de Procedimentos  Anexos
  • 116. Linguagem  A linguagem utilizada nos relatórios deve ser impessoal, técnica e formal.  Deve-se evitar o “calão”, as gírias, as expressões alheias aos objetivos do trabalho.  A linguagem deve ser concisa, precisa, adequada à área de investigação.  Devem-se evitar as “opiniões” infundadas (os “achismos”) e as digressões desnecessárias.
  • 117. Formatação  Em geral, a formatação é a seguinte: • Margens superior e esquerda de 3,0 cm (para encadernar, esquerda de 4,0 cm); • Margens inferior e direita de 2,0cm; • Entrelinhas de 1,5; • Tipo: Times New Roman, tamanho 12 (ou Arial, tamanho 11); • Alinhamento: justificado; • Numeração: margem superior esquerda; • Uso apenas do anverso da folha.
  • 118. Partes  Capa  Sumário  Apresentação  Relatório • Introdução • “Desenvolvimento” • Resultados  Conclusão  Anexos
  • 119. Fundamentação teórica, Regulação ética! Ciência com consciência!! (Morin) “Não se sabe com certeza como se verifica a fetichização da técnica na psicologia individual dos indivíduos, onde está o ponto de transição entre uma relação racional com ela e aquela supervalorização, que leva, em última análise, quem projeta um sistema ferroviário para conduzir as vítimas a Auschwitz com maior rapidez e fluência, a esquecer o que acontece com estas vítimas em Auschwitz.” (Adorno, 2000,p,133)
  • 122. “A exigência que Auschwitz não se repita é a primeira de todas para a educação [e a ciência]. (...) Qualquer debate acerca de metas educacionais [e científicas] carece de significado e importância frente a essa meta: QUE AUSCHWITZ NÃO SE REPITA. Ela foi a barbárie contra a qual se dirige toda a educação.” (Adorno, 2000, p. 119)