VEGETAÇÃO ORIGINAL E
DEVASTAÇÃO
A Região teve sua vegetação original devastada
pela ação humana, desde o Brasil colônia, dando
lugar a plantações de café, centros urbanos e etc.
A vegetação da região é muito diversificada,
constituída, principalmente, por: Mata atlântica,
Cerrado, Caatinga e vegetação litorânea.
Mata atlântica – Subsiste em trechos de relevo
acidentado, como as Serras do Mar e da Mantiqueira,
graças a criação de reservas de preservação ambiental.
Cerrado – Recobria áreas do estado de Minas Gerais e
São Paulo.
Caatinga – encontrada em áreas de clima semiárido
no extremo norte de Minas Gerais.
Vegetação Litorânea – encontradas nos litorais do
Rio de Janeiro e Espírito Santo, nas formas de
Restingas e Manguezais.
CLIMA
Destaca-se pelos climas tropical, tropical de altitude,
litorâneo úmido e Subtropical úmido.
É marcado por verão chuvoso e inverno seco,
abrangendo parte dos estados de Minas Gerais e de
São Paulo.
O Clima tropical de altitude ocorre em áreas
serranas do sudeste.
O Clima litorâneo é encontrado no Espírito Santo e
Rio de Janeiro e o Subtropical no sul de São Paulo.
RELEVO
A maior parte do relevo da região encontra-se acima de
500 m de altitude.
Destacam-se as serras do Mar, Mantiqueira e do
Espinhaço.
Uma característica marcante da região é a formação de
um conjunto de serras com topo arredondado
encontrado no trecho leste de Norte a sul, denominado
de “Mares de Morros”.
HIDROGRAFIA
É abrangida pelas bacias hidrográficas do Rio Paraná,
do Rio São Francisco e pelas bacias de Leste e do
Sudeste.
Os rios da região tem sua importância restrita a
navegação através da construção de Hidrovias e
eclusas e produção de energia elétrica em grandes
usinas, principalmente no Rio Paraná.
MINERAÇÃO E OCUPAÇÃO
A decadência da economia do açúcar no Nordeste
e a descoberta de ouro e pedras preciosas em
áreas do estado de Minas Gerais, no século XVII,
levaram muitas pessoas para o Sudeste.
Com o desenvolvimento dessa atividade, no
decorrer do século XVIII, muitas cidades e vilas
foram fundadas.
Com a exploração do ouro, já no século XVIII, o centro
político e econômico do Brasil foi deslocado de
Salvador, no Nordeste, para a cidade do Rio de
Janeiro, aumentando o número de núcleos urbanos na
região.
Na segunda metade do século XVIII, a produção de
ouro estava em decadência e boa parte da população de
Minas Gerais migrou para os estados de São Paulo e
Rio de Janeiro em busca de áreas para o plantio de
café que tinha início nesse período.
CAFEICULTURA E ORGANIZAÇÃO DO
ESPAÇO
Fortemente desenvolvida na região do Vale do rio
Paraíba do Sul, em São Paulo e Rio de Janeiro,
que a cafeicultura prosperou exportando para os
Estados Unidos e países europeus.
Nesse período, eram utilizados escravos como
mão-de-obra, e a estrutura fundiária era baseada
no Latifúndio, em geral monocultor.
As fazendas de café buscavam o Oeste Paulista, áreas
pouco ocupadas, utilizando mão-de-obra livre e
assalariada de imigrantes (italianos e japoneses).
Com a cafeicultura, a organização do espaço geográfico
foi profundamente modificada, ocorrendo de forma
mais intensa na antiga província de São Paulo.
Houve intenso crescimento das cidades, acelerando a
urbanização da região.
Avançou pelo interior da região a construção de
ferrovias para escoamento da produção cafeeira,
integrando cidades e fundando outras.
Houve um aumento populacional com as migrações
internas e de estrangeiros, principalmente os italianos
(1870).
Aumentou o número de casas comerciais e financeiras
na cidade de São Paulo.
A economia do país voltava a crescer, baseada, agora,
na atividade da cafeicultura.
Houve um enriquecimento dos barões do café,
empresários e banqueiros.
Os lucros obtidos na cafeicultura foram investidos no
setor industrial, que se beneficiou principalmente da
mão-de-obra imigrante e da infraestrutura
provenientes das atividades ligadas a produção e à
exportação do café.
FERROVIAS
Foram construídas para transportar a produção
cafeeiras das fazendas até o porto de Santos.
Aos poucos foram sendo estendidas, avançando até
áreas menos povoadas e interligaram novos povoados e
vilas, fazendo surgir fazendas e outros aglomerados
urbanos ao longo das paradas dos trens.
A primeira ferrovia foi inaugurada em 1854, em
Petrópolis.
PRIORIDADE ÀS RODOVIAS
A partir de 1950, os governos brasileiros
passaram a privilegiar a construção de rodovias.
Essa preferência se deve a instalação de
indústrias automobilísticas estrangeiras no país.
O Sudeste é a região que apresenta a maior
malha de rodovias do país.
CONCENTRAÇÃO ECONÔMICA
O processo de industrialização encontrou
condições mais favoráveis ao seu
desenvolvimento: disponibilidade monetária e de
mão-de-obra, existência de um mercado
consumidor interno e infraestrutura adequada à
implantação das fábricas.
Os setores que mais empregam são o secundário
e o terciário.
DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL
Várias indústrias estão deixando a região para se
instalar em outras localidades do país.
As causas são: busca por menores impostos, mão-
de-obra barata, e a busca por novos mercados
consumidores.
CONCENTRAÇÃO POPULACIONAL
Além da concentração econômica, ocorreu a
concentração populacional.
A região é a mais populosa com cerca de 72
milhões de habitantes (40% da população do
país).
Apresenta a maior densidade demográfica do país
com 78 hab./Km2, sendo que 92% da população se
encontra no meio urbano.
São registradas profundas desigualdades sociais
evidenciadas nas favelas e cortiços, presentes em
grandes centros urbanos.
São registradas mais de 6 mil favelas na região
sudeste, com a população vivendo de forma precária.
ATIVIDADES INDUSTRIAIS
O parque industrial é bastante diversificado,
podendo-se verificar a presença de todos os tipos
de indústria: de transformação, extrativa e da
construção.
Nessa região, são encontrados os principais
Tecnopolos ou centros de alta tecnologia do
Brasil.
SETOR TERCIÁRIO
É o responsável por mais da metade do PIB do
Sudeste. Nessa região, relacionam-se às
atividades comerciais:
1 – Centros atacadistas
2 – Shopping centers
3 – Regiões comerciais.
4 – Empresas de importação e de exportação.
Até o inicio dos anos 90, a cidade do Rio de Janeiro
dividia com São Paulo, a importância nesse setor
(Financeiro).
Na capital paulista estão localizadas sedes de bancos
nacionais e estrangeiros, a Bolsa de Valores(Bovespa) e
a Bolsa de Mercadorias e Futuros(BM&F).
ESPAÇO AGRÁRIO
Grande parte da Região conta com agropecuária
modernizada.
Agricultura – caracteriza-se pela utilização de
elevadas tecnologias de produção, uso intenso de
fertilizantes, agrotóxicos, cultivo de vários
produtos. Entre os principais produtos, destacam-
se: Laranja, Café e Cana-de-açúcar.
Pecuária – Grande parte das atividades pecuárias no
sudeste desenvolve-se com espécies selecionadas e
vacinadas, garantindo alta produtividade. Destaca-se a
criação de gado de corte e leiteiro.
Extrativismo – baseia-se na extração de recursos
minerais. Encontramos jazidas de níquel, cobre, prata,
cromo, zinco, calcário, chumbo, urânio, cassiterita,
manganês, bauxita, diamante e ouro. Destaca-se
também a extração de petróleo e minério de ferro.
REGIÃO MAIS
DESENVOLVIDA DO
BRASIL
- A maior população do país;
- A maior densidade demográfica;
- O maior índice de urbanização;
- A maior área industrializada;
- O maior consumo de energia;
- As maiores universidades e centro de pesquisas;
- Os portos e aeroportos mais movimentados;
- Um setor terciário diversificado e o mais volumoso
comércio do Brasil;
- Maior produtor de café, leite e laranja;
- Um numeroso rebanho de bovinos e maior produção de
leite e seus derivados.