1. Bom dia, Professora e Turma.
(Tens o livro contigo e mostras à turma) O livro escolhido por mim, para vos apresentar hoje, foi
«Doze Contos Peregrinos» . O autor é Gabriel Garcia Marquéz e a editora é a --------------. O meu
livro pertence à -------- edição.
Gostaria de fazer uma breve referência bibliográfica ao autor do livro:
Gabriel José García Márquez foi um escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano.
Considerado um dos autores mais importantes do século XX, foi um dos escritores mais
admirados e traduzidos no mundo, com mais de 40 milhões de livros vendidos em 36 idiomas.
Suas mais aclamadas obras são os romances Cem Anos de Solidão e O amor nos tempos da
cólera. Gabriel García Márquez era tão apaixonado por cinema, que pensou em ser cineasta.
Além da vasta produção literária de romances, contos, trabalhos jornalísticos, foi também
roteirista de diversos filmes. Foi para Roma estudar como os filmes eram feitos. Esteve à frente
de duas instituições dedicadas ao cinema, a Fundação do Novo Cinema Latino-Americano, da
qual era presidente e da Escola Internacional de Cinema e TV de San António de Los Baños,
ambas em Cuba.
Enquanto escritor de ficção, o estilo literário de Gabo (como era conhecido entre os mais próximos)
sempre foi associado ao realismo fantástico, à criação de histórias que mesclavam a dita
“realidade empírica” ao universo mítico. Segundo Gabo, as histórias foram inspiradas na maneira
de narrar de sua avó:
Doze contos peregrinos (em espanhol: Doce cuentos peregrinos) é um compêndio de doze
contos escritos e redigidos por Gabriel García Márquez ao longo de dezoito anos.
Gabriel Garcia Marquez teve um sonho que ele nos conta no prefácio deste livro, em que ele
morria mas o que havia de mais peculiar nesta historia é que ele ia ao próprio enterro mais tarde
quando os amigos e a família iam saindo do cemitério, ele ia acompanhando-os até que um dos
amigos disse que não, que ele não podia voltar, ele era o único que ia ficar ali e ele disse que
naquele momento, em que acordou do sonho, teve a intuição de que morrer era viver sem
amigos, o que achei muito interessante a partir desses sonho Gabriel García maquez quis compor
um romance depois quis escrever um conto a partir desse sonho e escreveu vários outros, 68 no
total, ao longo de vários anos que acabaram por ser reduzidos aos 12 que estão presentes nesta
obra. Foram chamados peregrinos já que, para que fossem publicadas, os rascunhos originais
sofreram um vaivém criativo de longa duração, indo da mente do criador (que em várias ocasiões
desistia e voltava ao começo), às páginas de cadernos de notas, e ao cesto do lixo. Isso ocorreu
até a sua publicação, em 1992
Em "Doze Contos Peregrinos", Márquez leva-nos a uma jornada literária através de doze contos
independentes, cada um com sua própria história e personagens únicos. O autor utiliza a sua
habilidade magistral de contar histórias para nos transportar para diversos cenários e ambientes,
desde Barcelona até Tóquio, passando por Paris, Génova e América Latina.
Uma característica marcante desses contos é a presença de elementos mágicos e fantásticos,
que são uma marca registada da escrita de Gabriel García Márquez. Ele mistura habilmente o
2. realismo com o surrealismo, criando um universo onde o extraordinário coexiste com o
quotidiano. Essa combinação única de elementos literários leva-nos a questionar a fronteira
entre a realidade e a imaginação.
Cada conto aborda temas universais e profundos, como amor, solidão, morte, justiça social e
busca de identidade. Márquez mergulha nas complexidades da condição humana, explorando
os desejos, medos e anseios de seus personagens de maneira sensível e poderosa. Essas histórias
nos fazem refletir sobre nós mesmos e sobre a sociedade em que vivemos.
Além disso, "Doze Contos Peregrinos" também aborda questões sociais e políticas, trazendo
críticas e reflexões sobre a realidade latino-americana. Márquez utiliza a sua narrativa habilidosa
para destacar as desigualdades, injustiças e a luta do povo latino-americano por justiça e
dignidade.
O estilo de escrita de Gabriel García Márquez é cativante e poético. A sua linguagem rica em
metáforas e imagens vívidas permite-nos visualizar e sentir profundamente as situações
descritas. A leitura de "Doze Contos Peregrinos" é uma experiência envolvente, que nos
transporta para um mundo de emoções e reflexões.
Em suma, "Doze Contos Peregrinos" é uma obra-prima da literatura contemporânea que nos leva
a uma jornada emocionante e intelectualmente estimulante. Gabriel García Márquez, com sua
narrativa fantástica, presenteia-nos com contos cativantes, profundos e inesquecíveis.
É uma leitura confortável e muito interessante. Os contos envolvem-nos, agarram-nos,
conquistam-nos. Eu destaco o conto «Só vim fazer um telefonema» que me ficou na cabeça e
não vai sair tão depressa. São contos difíceis de esquecer, é uma obra a que muito provavelmente
vou voltar a ler e recomendo a sua leitura, pois vale mesmo a pena.
Obrigada pela vossa atenção e espero que tenham gostado.