2. Representam a maioria das convulsões em
crianças
2-5% das crianças antes dos 5 anos
Pelo menos 9 genes descritos
Duas definições:
◦ “Evento que ocorre entre 3 meses e 5 anos associado a
febre, sem evidência de infecção intracraniana ou causa
definida para convulsão.” – NIH
◦ “Uma crise que ocorre desde o primeiro mês de
idade, associada a febre, sem crises neonatais ou
epilépticas não-provocadas prévias, e sem critérios para
outro tipo de crise aguda sintomática” - ILAE
3. A temperatura necessária para a CF não faz
parte da definição
Academia Americana de Pediatria (1999):
◦ Previamente hídidos
◦ 6 meses e 5 anos
◦ Crises < 15 minutos
◦ Generalizadas
◦ Ocorrem só uma vez em 24 horas
◦ Excluem crianças com infecção do SNC ou
anormalidade de SNC
4. Temperatura
◦ > 38°C ou > 38,4ºC.
◦ A convulsão pode aparecer antes da
febre ser aparente
Idade
◦ A maioria ocorre entre 6 meses e 3 anos
◦ Pico de incidência: 18 meses
◦ Raramente após os 6 anos
Sexo
◦ Meninos 60%:40% Meninas
Prevalência e Incidência
◦ 3% (Japão 7%; Guam 14%)
◦ 460/100.00 em crianças de 0-4 anos
5. NIH – Não usa o termo convulsão, e sim
evento
80% CTC
13% Tônicas
4% Crises tônico-clônicas de início focal ou
unilateral
3% Atônicas
6. Não se sabe porque a febre gera convulsão
Pacientes suscetíveis por imaturidade do
cérebro e susceptibilidade genética
Certos canais de sódios são susceptíveis à
temperatura
Hiperventilação e alcalose
Infecções virais e bacterianas
Foi postulada associação entre CF e HVH 6
Vacinas MMR e DPT
7. Fatores imunológicos
◦ Neopterina
◦ Deficiência de ferro
Bases genéticas
◦ HF (+) em irmãos ou pais aumenta o risco em 4-5x
◦ Não está estabelecido um gen ou lócus para CF
◦ Crises epilépticas generalizadas com Crises Febris plus
(GESF+):
É um dos mais importantes identificados.
Fenótipo heterogêneo de convulsões epilépticas focais e
generalizadas.
Comprometimendo de vários canais de sódios, receptores
GABA e proteínas auxiliares
8. Síncopes
Crises anóxicas
Espasmos de soluços
Apnéia
Convulsão febril x convulsão com febre
◦ Meningite
◦ Encefalite herpética
◦ Paralisia cerebral com infecção concomitante
◦ Enfermidades metabólicas ou degenerativas
Gastroenterite leve + crises com febre leve ou
afebris
9. Simples (70%):
◦ < 15 minutos
◦ Não têm carater focal
◦ Não se repetem nas 24 horas seguintes
◦ Se resolvem espontaneamente
Complexas (30%):
◦ > 15 minutos
◦ Focais com paralisia pós-ictal
◦ Se repetem em < 24h
◦ Ocorrem em série ou duram mais de 30 minutos
Estado convulsivo febril:
◦ Uma crise ou uma série de crises, sem recuperar a
consciência entre elas, que durem mais de 30 minutos
◦ 25% de todos os status convulsivos
◦ 1/3 está associado ao HHV 6 ou HHV 7
10. CF: Crise febril
CF+: Crise febris plus
EGCF+: Epilepsia generalizada com convulsões
febris
EMA: Epilepsia mioclônica astática, (síndrome
de Doose)
EMS: Epilepsia mioclônica grave (síndrome de
Dravet)
EFMR: Epilepsia restrita a meninas com ou sem
retardo mental
FIRES: Síndrome epiléptica relacionada a
infecção febril
11. Grande tendência familiar
Iniciadas antes dos 6 meses e persistem após os
6 anos
Tendem a desaparecer ao redor dos 11 anos
Se persistirem podem ser de difícil controle
Podem apresentar crises afebris
Uma CF complexa, prolongada ou focal, após os
5 anos, pode evoluir para uma epilepsia do lobo
temporal ou para uma síndrome de Dravet anos
após
Scheffer e Berkovic:
◦ “Aquela que ocorre após os 6 anos e pode surgir na
ausência de febre, portanto, é epiléptica”
12. Familia australiana numerosa com crises
epilépticas em diferentes gerações
A maioria iniciava com história de CF que não
parava aos 6 anos ou passavam a apresentar
crises afebris
Diferentes fenótipos de uma pessoa para outra
O fenótipo mais comum: TCG afebris
Autossômico dominante com penetrância
incompleta
Mutações nos canais de sódio voltagem
dependentes
13. Espectro extenso
◦ De CF > 6 anos até síndrome de Dravet
Variável dentro da mesma família
O fenótipo mais comum é o de CF e CF+
A coexistencia de diferentes tipos de crises em
um mesmo paciente orienta ao diagnóstico de
síndromes epilépticas específicas:
◦ Epilepsia mioclônica astática
◦ Epilepsia mioclônica juvenil
◦ Epilepsia hemiconvulsiva
◦ Epilepsia do lobo temporal
◦ Epilepsia do lobo frontal
Evolução e resposta ao tratamento é variável
14. ILAE 2008: “Encefalopatia de início no
primeiro ano de vida com bases
genéticas, mais frequentemente uma
canalopatia e possivelmente do espectro da
EGCF+.”
80% dos pacientes com mutação do SCN1A
Se inicia entre 4-10 meses de idade como
CF+ frequentes, prolongadas e as vezes
unilaterais, com temperaturas não muito
altas, e que recorrem nos primeiros anos a
cada 4-6 semanas
15. 4-10 meses CF+ frequentes, prolongadas e as vezes
unilaterais, com temperaturas não muito altas, e que
recorrem nos primeiros anos a cada 4-6 semanas
18-24 meses, crises afebris, inicialmente TCG e após
mioclônicas, ausências atípicas ou status epilépticus não
convulsivo
Vacinação e viroses leves podem ser os desencadeantes
Atraso psicomotor
Ataxia ou tremores
EEG: com disrritmia de ondas lentas com espículas difusas
e focais
Tratamento: é uma síndrome refratária. Deve se usar
anticonvulsivantes dependentes dos canais de sódios
como carbamazepina e lamotrigina.
Ácido valpróico, topiramato e dieta cetogênica podem
ajudar
16. Descrita em 1971 e publicada em 2007
Não tem classificação na ILAE
Meninas hígidas que entre 3-36 meses (antes
dos 3 anos) iniciam convulsões
Na maioria das vezes associado a quadro
febril
Fenótipo variável
Pode desaparecer aos 12 anos, mas a maioria
evolui para crises clônicas com deterioração
intelectual
17. O EEG tem padrão variável: desde normal a
alentecimento com delta difuso ou espívulas ou
poliespículas difusas
Sem anormalidade à RM
Padrão de herança atípido
Ligado ao cromossomo X
Mal funcionamento da proteína PCDH19
(protocadherin 19)
2/3 apresentam problemas:
aprendizagem, atraso
mental, depressão, autismo ou comportamento
agressivo
Tratamento: responde bem aos
benzodiazepínicos
18. Crises generalizadas ou focais de longa duração
em forma de status epilépticus seguido de
paralisia de Todd ou hemiplegia permanente.
Manifestações radiológicas: Edema cerebral com
atrofia posterior do hemisfério afetado
Usualmente < 4a + febre
Crises prolongadas > 24 horas, clônicas
unilaterais
Tratamento: seguimento clínico. Se edema grave
pode ser usado um antagonista do receptor
nmda. 2/3 podem evoluir com epilepsia
refratária após um período de acalmia.
19. Encefalite com status epiléptico multifocal que evolui
para uma epilepcia crônica, refratária, focal com
deterioração cognitica e comportamental
Não há agente etiológico, metabólico ou genético
identificado
É resistente a qualquer tratamento
Tem 3 fases:
◦ 1 - CF simples
◦ 2 – Convulsões recorrentes ou status epiléptico refratário
sem febre e sem lesão neurológica adicional
◦ 3 – Fase crônica – epilepsia refratária
Faz diagnóstico diferencial com encefalite
viral, encefalomielite, encefalite de
Rasmussen, anormalidades estruturais e transtornos
metabólicos
20. Inicia como uma enfermidade febril
Pleocitose no LCR
Assemelha clinicamente com síndrome de
Dravet
Não há evidência de canalopatia