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Liturgia na Idade 
Contemporânea 
Movimento Litúrgico
O Vídeo 1
Introdução 
O Nos últimos séculos, principalmente nos séculos XIX e XX, os 
estudos, pesquisas, reflexões sobre a liturgia foram particularmente 
numerosos, ampliando o conhecimento do passado e abrindo 
perspectivas de novos horizontes para o futuro. 
O A história da Igreja e da sociedade civil, o influxo das culturas dos 
povos nas quais nossa liturgia se formou e foi celebrada, as 
situações psicológicas e espirituais de tantas épocas deixaram 
seus traços que estão semidestinados a germinar no cominho de 
Mudança e de enculturação traçado pelo Vaticano II. 
O É a base para constituir o futuro que, como sempre na história da 
liturgia, exige uma sã leitura das situações do presente inspirada e 
sustentada por um bom conhecimento da experiência dos Padres. 
Conhecimento da história e sensibilidade ao presente se 
entrelaçam profundamente na vida da sociedade e da Igreja.” (Pe. 
Burkhard Neunheuser, OSB)
A restauração no século XIX 
O O século XIX reafirma o princípio da revelação, do 
dogma e da tradição, assim como o respeito devido 
à hierarquia, em reação a uma religião confinada aos 
limites da pura razão. 
O Esta valorização da Tradição tem o seu reflexo na 
liturgia: o gosto pelas orações latinas, pelas 
cerimônias e rubricas, bem como o entusiasmo pela 
música gregoriana caracterizam essa época da 
Restauração. 
O Mesmo com esta restauração, o movimento ainda 
não favorece a participação do povo na ação 
litúrgica; o culto cristão chega a ser considerado 
como realidade intangível e misteriosa, obra 
perfeitíssima do Espírito, ao abrigo de toda evolução 
histórica, envolto pelo halo protetor da língua 
sagrada: a língua latina.
O Neste contexto, surge a figura, sob tantos 
aspectos importante, do abade Próspero 
Gueranger (1805-1875). Adversário acérrimo 
das “liturgias neogalicanas” surgidas no século 
anterior, Gueranger exige um retorno 
incondicional aos livros autênticos da liturgia 
romana pura.
O Autor de grandes obras como Institutions 
liturgiques e L’année liturgique, D. 
Gueranger, no entanto, é partidário de 
uma explicação completa dos textos e 
cerimônias do culto diante do povo; 
segundo ele, o culto deve manter-se 
sempre encoberto para o povo cristão 
pelo véu de mistério.
O O pensamento de Gueranger pode ser resumida 
nas seguintes teses: 
a liturgia é por excelência a oração do Espírito na 
Igreja, é a voz do corpo de Cristo, da esposa orante 
do Espírito; há na liturgia uma presença privilegiada 
da graça; nela se encontra a mais genuína 
expressão da igreja e de sua tradição; a chave de 
inteligência da liturgia é a leitura cristã do Antigo 
Testamento, bem como a do Novo apoiada no 
Antigo. A Igreja como corpo e esposa de Cristo 
contrasta com a piedade individualista pós-tridentina 
que Guéranger critica.
Movimento Litúrgico 
O O movimento litúrgico do séc. XIX foi 
autônomo, mais controlado do que 
auxiliado pelos organismos hierárquicos. 
Não foi assim o do séc. XX. Nele 
podemos distinguir a atuação dos papas e 
a ação dos teólogos e dos pastores.
O O Motu proprio Tra le sollecitudini (Entre 
as preo-cupações) de Pio X, do dia 22 de 
novembro de 1903, revela a preocupação 
por “uma participação ativa nos sagrados 
mistérios e na oração pública e solene da 
Igreja”. Pode-se dizer que esta afirmação 
estabelece os fundamentos para o início 
da verdadeira fase pastoral do Movimento 
Litúrgico.
O O beneditino belga Lambert Beaudouin 
(†1960) fez dela o lema do seu trabalho 
litúrgico-pastoral. Ele dizia: “É necessário 
democratizar a liturgia”. 
O Em 1920, J. Seitz, reeditando o Manual de 
Teologia Pastoral de J. E. von Pruner, usa 
pela primeira vez o termo “Pastoral 
Litúrgica”.
O em 1924, o monge Athanasius Wintersig 
retoma esta expressão e diz que uma 
disciplina com o referido nome é necessária 
ao lado da história da liturgia e da ciência 
litúrgica sistemática. Seu objetivo é descobrir 
o significado da liturgia para o conjunto da 
pastoral e como se pode alimentar a vida das 
comunidades através dela. Em 1956, J. 
Jungmann, colocou a pastoral como chave de 
interpretação da história da liturgia.
O A expansão do movimento litúrgico ficou um 
tanto paralisada no decorrer das duas 
guerras mundiais, voltando a propagar-se 
com mais vigor nos respectivos períodos pós-guerra. 
Contribuíram para essa difusão 
pastoral, na Bélgica, além da abadia de 
Monte César, a de Santo André: na França, o 
Centro Nacional de Pastoral Litúrgica de Paris 
(1943), ao qual estiveram vinculados além de 
Dom Lamberto Beaudoin, Dom Bernard Botte, 
Roguet, Martimort, Pierre Gy, Jounel, etc.
O Movimento Litúrgico 
Clássico 
O O movimento Litúrgico Clássico se trata de 
uma época histórica para a Igreja Católica e 
para a história da liturgia, esta época tem 
uma precisa identidade e fecunda em 
resultados felizes. 
O NEUNHEUSER diz em seu livro a História da 
liturgia que esta época viu o surgimento 
daquele movimento descrito por Pio XII com 
palavras que mais tarde serão retomadas na 
Constituição Sacrosanctum concilium do 
vaticano II:
O “O movimento Litúrgico surgiu como sinal das 
disposições providenciais de Deus sobre o 
nosso tempo, como uma passagem do 
Espirito Santo na Igreja, para reaproximar 
mais os homens dos mistérios da fé e das 
riquezas da graça, que derivam da 
participação ativa dos fieis na vida litúrgica… 
a liturgia confere à vida da igreja e mesmo a 
cada atitude religiosa de hoje uma marca 
característica. (Discurso na conclusão do 
Congresso de Assis, 22 de setembro de 1956: 
DP II, p. 46 e 58.)”
O O movimento Litúrgico foi dividido em 4 
períodos: 
O 1° Período:1909 a 1914 
O 2° Período: 1914 a 1918; 1939 a 1943 
O 3° Período 1943 a 1951; 1951 a 1955 
O 4° Período: 1951 a 1959
1° Período do Movimento 
Litúrgico Clássico 
O este período tem como precedentes e como 
acompanhamento alguns documentos basilares 
de Pio X: 
O Motu próprio Tra le sollecitudini(22/11/1903), sobre 
a reforma da música sacra 
O Decreto da Cong. Do Concílio Sacra Tridentina 
Synodus (02/12/1905) sobre a comunhão 
frequente e cotidiana. 
O Constituição Apostólica Divino Afflantu 
(01/11/1911) sobre a reforma do Saltério do 
Breviario Romano. 
O Motu próprio Abhinc duos anos (23/10/1913) sobre 
a reforma do calendário e do Breviário.
O Mas quando nos adentramos profundamente 
na história da liturgia podemos notar que o 
apelo de Pio X a respeito da participação 
ativa nos mistérios litúrgicos, como fonte de 
vida autentica cristã, contida no Motu próprio 
Tra le sollecitudini no numero 3. Era quase 
desconhecido. Somente mais tarde se deu o 
verdadeiro valor. O decreto sobre a 
comunhão frequente também não conseguiu 
exercer verdadeira influencia…
2° Período do Movimento 
Litúrgico Clássico 
O O segundo período se da devido a influência do 
impulso original dado na Bélgica. Neste período 
vamos ver uma continuidade dada por Maria Laach 
onde se dedica principalmente à formação do 
ambiente universitário, dos professores e do clero. 
O Neste período um fator de grande importância e 
decisivo foi constituído pelos movimentos da 
Juventude católica, como a união dos Jovens 
Católicos, com L. Wölker. e o Quickborn, com R. 
Guardini. 
O Na Itália temos um trabalho intense com a revista 
Liturgica de Finalpia, os pequenos missais e a obra 
Liber Sacramentorum do abade, arcebispo de Milão, 
I. Shuster.
3° período do Movimento 
Litúrgico Clássico 
O Neste período vemos um interesse nos 
trabalhos científicos na França até a segunda 
guerra mundial, Neunheuser cita como 
exemplo o DACL de F. Cabrol e H. Leclercq. 
O Uma grande mudança decisiva de grande 
importância durante a guerra foi a fundação 
do Centre de Pastorale Liturgique, com 
muitas publicações, uma destas publicações 
foi a revista La Maison-Dieu e a coleção Lex 
Orandi.
O Temos a conclusão deste período com a encíclica 
Mediator Dei de Pio XII, em 1947. Neunheuser em 
seu livro interpreta que o papa parece querer 
convidar a considerar os fundamentos doutrinais e 
espirituais e as convicções que deverão assimilar 
a base do longo caminho de reforma a que se 
dedica a Igreja. 
O A Encíclica Mediator Dei é de fundamental 
importância para entendermos o verdadeiro 
sentido da liturgia, e compreendermos a 
Sacrosanctum concilium e a continuidade da 
Tradição Apostólica no concílio Vaticano II.
4° Período do Movimento 
Litúrgico Clássico 
O Com a Encíclica Mediator Dei tivemos um grande 
impulso de forma mais visível nos grandes 
congressos internacionais, dentre os muitos aqui 
quero citar o grande congresso Mundial de Assis em 
1956. 
O Pio XII lança seu ultimo documento. a Encíclica 
Musicae sacra disciplina, dedicada à musica sacra. 
Podemos assim dizer que é um documento que abre 
um novo discurso à época da reforma eclesial. Logo 
em seguida temos a instrução da congregação dos 
Ritos De Musica Sacra et sacra Liturgie. 
O Com a necessidade da reforma geral da liturgia Pio 
XII em 1947 nomeia uma comissão para a reforma 
litúrgica (comissão formada de 7 pessoas) limitada 
ao ambiente da Cúria Romana.
O As principais realizações desta comissão 
foram: 
O A restauração da Vigília Pascal (1° de 
fevereiro de 1951); 
O A restauração de toda a Semana Santa (16 
de novembro de 1955); 
O A simplificação das rublicas (23 de março de 
1955); 
O O códex rubricarum (26 de Julho de 1960) 
O Secunda pars pontificalis romani emendata 
(13 de Abril de 1961).
O Olhando para a história da liturgia neste 
período temos muitos elementos e com o 
amadurecimento do ambiente cientifico, 
pastoral e espiritual, vamos ver de forma mais 
clara no Concilio Vaticano II com os trabalhos 
de deram origem a Sacrosactum Conciliulium 
e com os resultados do Vaticano II podemos 
afirmar que O movimento litúrgico foi 
verdadeiramente “uma passagem do espirito 
Santo pela Igreja” (Pio XII).
O Vídeo 2
Liturgia no Concílio 
Vaticano II 
O No 25 de janeiro de 1959, João XXIII, 
manifestou aos seu desejo de convocar 
um concílio. Como ninguém estava 
preparado para tal noticia, os Cardeais 
ficaram surpresos. Normalmente os 
concílios são convocados para resolver 
problemas de ordem doutrinal (heresias, 
etc) e não de ordem pastoral.
O Vídeo 3
O Falando aos assistentes da Ação Católica Italiana, 
no dia 09/08/59, ele diz: “A ideia do concílio não 
amadureceu como um fruto de prolongada 
consideração, mas como uma flor de inesperada 
primavera”. No motu próprio de 05/06/60, diz: 
“Consideramos inspiração do Altíssimo a ideia de 
convocar um Concílio Ecumênico, que desde o início 
de nosso pontificado se apresentou à nossa mente 
como flor de inesperada primavera”. No dia 25/12/61, 
na solene bula de indicção Humanae Salutis, 
exprime-se nestas palavras: “Acolhendo como vinda 
do alto uma voz íntima no nosso espírito, julgamos 
estar maduro o tempo para oferecermos à Igreja 
Católica e ao mundo o dom de um novo Concílio 
Ecumênico”.
O Sem duvidas o campo mais bem 
preparados era certamente a Liturgia. 
Sessenta anos de movimento litúrgico 
não haviam sido em vão. Com a 
experiência de uma renovação eficaz de 
toda liturgia, ligada à reforma de Pio XII e 
de João XXIII, agora sim poderiam se 
transformar em uma realidade.

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Liturgia na idade contemporânea

  • 1. Liturgia na Idade Contemporânea Movimento Litúrgico
  • 3. Introdução O Nos últimos séculos, principalmente nos séculos XIX e XX, os estudos, pesquisas, reflexões sobre a liturgia foram particularmente numerosos, ampliando o conhecimento do passado e abrindo perspectivas de novos horizontes para o futuro. O A história da Igreja e da sociedade civil, o influxo das culturas dos povos nas quais nossa liturgia se formou e foi celebrada, as situações psicológicas e espirituais de tantas épocas deixaram seus traços que estão semidestinados a germinar no cominho de Mudança e de enculturação traçado pelo Vaticano II. O É a base para constituir o futuro que, como sempre na história da liturgia, exige uma sã leitura das situações do presente inspirada e sustentada por um bom conhecimento da experiência dos Padres. Conhecimento da história e sensibilidade ao presente se entrelaçam profundamente na vida da sociedade e da Igreja.” (Pe. Burkhard Neunheuser, OSB)
  • 4. A restauração no século XIX O O século XIX reafirma o princípio da revelação, do dogma e da tradição, assim como o respeito devido à hierarquia, em reação a uma religião confinada aos limites da pura razão. O Esta valorização da Tradição tem o seu reflexo na liturgia: o gosto pelas orações latinas, pelas cerimônias e rubricas, bem como o entusiasmo pela música gregoriana caracterizam essa época da Restauração. O Mesmo com esta restauração, o movimento ainda não favorece a participação do povo na ação litúrgica; o culto cristão chega a ser considerado como realidade intangível e misteriosa, obra perfeitíssima do Espírito, ao abrigo de toda evolução histórica, envolto pelo halo protetor da língua sagrada: a língua latina.
  • 5. O Neste contexto, surge a figura, sob tantos aspectos importante, do abade Próspero Gueranger (1805-1875). Adversário acérrimo das “liturgias neogalicanas” surgidas no século anterior, Gueranger exige um retorno incondicional aos livros autênticos da liturgia romana pura.
  • 6. O Autor de grandes obras como Institutions liturgiques e L’année liturgique, D. Gueranger, no entanto, é partidário de uma explicação completa dos textos e cerimônias do culto diante do povo; segundo ele, o culto deve manter-se sempre encoberto para o povo cristão pelo véu de mistério.
  • 7. O O pensamento de Gueranger pode ser resumida nas seguintes teses: a liturgia é por excelência a oração do Espírito na Igreja, é a voz do corpo de Cristo, da esposa orante do Espírito; há na liturgia uma presença privilegiada da graça; nela se encontra a mais genuína expressão da igreja e de sua tradição; a chave de inteligência da liturgia é a leitura cristã do Antigo Testamento, bem como a do Novo apoiada no Antigo. A Igreja como corpo e esposa de Cristo contrasta com a piedade individualista pós-tridentina que Guéranger critica.
  • 8. Movimento Litúrgico O O movimento litúrgico do séc. XIX foi autônomo, mais controlado do que auxiliado pelos organismos hierárquicos. Não foi assim o do séc. XX. Nele podemos distinguir a atuação dos papas e a ação dos teólogos e dos pastores.
  • 9. O O Motu proprio Tra le sollecitudini (Entre as preo-cupações) de Pio X, do dia 22 de novembro de 1903, revela a preocupação por “uma participação ativa nos sagrados mistérios e na oração pública e solene da Igreja”. Pode-se dizer que esta afirmação estabelece os fundamentos para o início da verdadeira fase pastoral do Movimento Litúrgico.
  • 10. O O beneditino belga Lambert Beaudouin (†1960) fez dela o lema do seu trabalho litúrgico-pastoral. Ele dizia: “É necessário democratizar a liturgia”. O Em 1920, J. Seitz, reeditando o Manual de Teologia Pastoral de J. E. von Pruner, usa pela primeira vez o termo “Pastoral Litúrgica”.
  • 11. O em 1924, o monge Athanasius Wintersig retoma esta expressão e diz que uma disciplina com o referido nome é necessária ao lado da história da liturgia e da ciência litúrgica sistemática. Seu objetivo é descobrir o significado da liturgia para o conjunto da pastoral e como se pode alimentar a vida das comunidades através dela. Em 1956, J. Jungmann, colocou a pastoral como chave de interpretação da história da liturgia.
  • 12. O A expansão do movimento litúrgico ficou um tanto paralisada no decorrer das duas guerras mundiais, voltando a propagar-se com mais vigor nos respectivos períodos pós-guerra. Contribuíram para essa difusão pastoral, na Bélgica, além da abadia de Monte César, a de Santo André: na França, o Centro Nacional de Pastoral Litúrgica de Paris (1943), ao qual estiveram vinculados além de Dom Lamberto Beaudoin, Dom Bernard Botte, Roguet, Martimort, Pierre Gy, Jounel, etc.
  • 13. O Movimento Litúrgico Clássico O O movimento Litúrgico Clássico se trata de uma época histórica para a Igreja Católica e para a história da liturgia, esta época tem uma precisa identidade e fecunda em resultados felizes. O NEUNHEUSER diz em seu livro a História da liturgia que esta época viu o surgimento daquele movimento descrito por Pio XII com palavras que mais tarde serão retomadas na Constituição Sacrosanctum concilium do vaticano II:
  • 14. O “O movimento Litúrgico surgiu como sinal das disposições providenciais de Deus sobre o nosso tempo, como uma passagem do Espirito Santo na Igreja, para reaproximar mais os homens dos mistérios da fé e das riquezas da graça, que derivam da participação ativa dos fieis na vida litúrgica… a liturgia confere à vida da igreja e mesmo a cada atitude religiosa de hoje uma marca característica. (Discurso na conclusão do Congresso de Assis, 22 de setembro de 1956: DP II, p. 46 e 58.)”
  • 15. O O movimento Litúrgico foi dividido em 4 períodos: O 1° Período:1909 a 1914 O 2° Período: 1914 a 1918; 1939 a 1943 O 3° Período 1943 a 1951; 1951 a 1955 O 4° Período: 1951 a 1959
  • 16. 1° Período do Movimento Litúrgico Clássico O este período tem como precedentes e como acompanhamento alguns documentos basilares de Pio X: O Motu próprio Tra le sollecitudini(22/11/1903), sobre a reforma da música sacra O Decreto da Cong. Do Concílio Sacra Tridentina Synodus (02/12/1905) sobre a comunhão frequente e cotidiana. O Constituição Apostólica Divino Afflantu (01/11/1911) sobre a reforma do Saltério do Breviario Romano. O Motu próprio Abhinc duos anos (23/10/1913) sobre a reforma do calendário e do Breviário.
  • 17. O Mas quando nos adentramos profundamente na história da liturgia podemos notar que o apelo de Pio X a respeito da participação ativa nos mistérios litúrgicos, como fonte de vida autentica cristã, contida no Motu próprio Tra le sollecitudini no numero 3. Era quase desconhecido. Somente mais tarde se deu o verdadeiro valor. O decreto sobre a comunhão frequente também não conseguiu exercer verdadeira influencia…
  • 18. 2° Período do Movimento Litúrgico Clássico O O segundo período se da devido a influência do impulso original dado na Bélgica. Neste período vamos ver uma continuidade dada por Maria Laach onde se dedica principalmente à formação do ambiente universitário, dos professores e do clero. O Neste período um fator de grande importância e decisivo foi constituído pelos movimentos da Juventude católica, como a união dos Jovens Católicos, com L. Wölker. e o Quickborn, com R. Guardini. O Na Itália temos um trabalho intense com a revista Liturgica de Finalpia, os pequenos missais e a obra Liber Sacramentorum do abade, arcebispo de Milão, I. Shuster.
  • 19. 3° período do Movimento Litúrgico Clássico O Neste período vemos um interesse nos trabalhos científicos na França até a segunda guerra mundial, Neunheuser cita como exemplo o DACL de F. Cabrol e H. Leclercq. O Uma grande mudança decisiva de grande importância durante a guerra foi a fundação do Centre de Pastorale Liturgique, com muitas publicações, uma destas publicações foi a revista La Maison-Dieu e a coleção Lex Orandi.
  • 20. O Temos a conclusão deste período com a encíclica Mediator Dei de Pio XII, em 1947. Neunheuser em seu livro interpreta que o papa parece querer convidar a considerar os fundamentos doutrinais e espirituais e as convicções que deverão assimilar a base do longo caminho de reforma a que se dedica a Igreja. O A Encíclica Mediator Dei é de fundamental importância para entendermos o verdadeiro sentido da liturgia, e compreendermos a Sacrosanctum concilium e a continuidade da Tradição Apostólica no concílio Vaticano II.
  • 21. 4° Período do Movimento Litúrgico Clássico O Com a Encíclica Mediator Dei tivemos um grande impulso de forma mais visível nos grandes congressos internacionais, dentre os muitos aqui quero citar o grande congresso Mundial de Assis em 1956. O Pio XII lança seu ultimo documento. a Encíclica Musicae sacra disciplina, dedicada à musica sacra. Podemos assim dizer que é um documento que abre um novo discurso à época da reforma eclesial. Logo em seguida temos a instrução da congregação dos Ritos De Musica Sacra et sacra Liturgie. O Com a necessidade da reforma geral da liturgia Pio XII em 1947 nomeia uma comissão para a reforma litúrgica (comissão formada de 7 pessoas) limitada ao ambiente da Cúria Romana.
  • 22. O As principais realizações desta comissão foram: O A restauração da Vigília Pascal (1° de fevereiro de 1951); O A restauração de toda a Semana Santa (16 de novembro de 1955); O A simplificação das rublicas (23 de março de 1955); O O códex rubricarum (26 de Julho de 1960) O Secunda pars pontificalis romani emendata (13 de Abril de 1961).
  • 23. O Olhando para a história da liturgia neste período temos muitos elementos e com o amadurecimento do ambiente cientifico, pastoral e espiritual, vamos ver de forma mais clara no Concilio Vaticano II com os trabalhos de deram origem a Sacrosactum Conciliulium e com os resultados do Vaticano II podemos afirmar que O movimento litúrgico foi verdadeiramente “uma passagem do espirito Santo pela Igreja” (Pio XII).
  • 25. Liturgia no Concílio Vaticano II O No 25 de janeiro de 1959, João XXIII, manifestou aos seu desejo de convocar um concílio. Como ninguém estava preparado para tal noticia, os Cardeais ficaram surpresos. Normalmente os concílios são convocados para resolver problemas de ordem doutrinal (heresias, etc) e não de ordem pastoral.
  • 27. O Falando aos assistentes da Ação Católica Italiana, no dia 09/08/59, ele diz: “A ideia do concílio não amadureceu como um fruto de prolongada consideração, mas como uma flor de inesperada primavera”. No motu próprio de 05/06/60, diz: “Consideramos inspiração do Altíssimo a ideia de convocar um Concílio Ecumênico, que desde o início de nosso pontificado se apresentou à nossa mente como flor de inesperada primavera”. No dia 25/12/61, na solene bula de indicção Humanae Salutis, exprime-se nestas palavras: “Acolhendo como vinda do alto uma voz íntima no nosso espírito, julgamos estar maduro o tempo para oferecermos à Igreja Católica e ao mundo o dom de um novo Concílio Ecumênico”.
  • 28. O Sem duvidas o campo mais bem preparados era certamente a Liturgia. Sessenta anos de movimento litúrgico não haviam sido em vão. Com a experiência de uma renovação eficaz de toda liturgia, ligada à reforma de Pio XII e de João XXIII, agora sim poderiam se transformar em uma realidade.