SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
Baixar para ler offline
An´lise de Sensibilidade
      a

       Alexandre Salles da Cunha


         DCC-UFMG, Abril 2010




Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                              a
Par primal-dual

      min        c ′x
                                                       max                p ′b
             Ax = b
                                                                   p′A ≤ c ′
               x ≥0

An´lise de sensibilidade envolver´ avaliar o impacto nas solu¸˜es ´timas
     a                            a                          co o
x ∗ , p ∗ do par primal-dual quando houver:

    Adi¸˜o, remo¸˜o de uma nova vari´vel.
       ca       ca                  a
    Adi¸˜o de uma restri¸˜o de desigualdade e igualdade.
       ca               ca
    Modifica¸˜es nos vetores b, c.
           co
    Modifica¸˜es em colunas b´sicas e n˜o b´sicas Aj .
           co               a         a a

A id´ia da an´lise de sensibilidade consiste em tentar restaurar a
    e        a
otimalidade diante das perturba¸˜es acima, sem resolver o PL ”do zero”.
                                 co

                   Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Adi¸˜o de uma nova vari´vel
   ca                  a

Vamos supor que uma nova vari´vel xn+1 com custo cn+1 e coluna
                                a
tecnol´gica An+1 seja inserida no PL.
      o
    Claramente dispor de uma nova vari´vel n˜o altera a viabilidade da
                                        a      a
    solu¸˜o b´sica corrente. Em particular, (x ∗ , 0) ´ uma solu¸˜o b´sica
        ca a                                          e         ca a
    vi´vel para o novo programa linear.
      a
    Assim sendo, a solu¸˜o x ∗ continuar´ b´sica ´tima se a restri¸˜o dual
                       ca                 a a      o              ca
    associada ` nova vari´vel for satisfeita pela base B associada a x ∗ .
              a          a

Condi¸˜o a verificar
     ca
Diante da introdu¸˜o de xn+1 x ∗ permanece ´tima se
                  ca                       o
c n+1 = cn+1 − cB B −1 An+1 ≥ 0.
    Caso c n+1 < 0, continuamos o m´todo Simplex tendo como base
                                     e
    inicial avan¸ada a base ´tima do programa anterior.
                c           o


                   Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Adi¸˜o de nova vari´vel - exemplo
   ca              a

Problema Original                               cuja solu¸˜o ´tima ´ (2, 2, 0, 0) e o
                                                         ca o      e
                                                quadro ´timo ´:
                                                        o     e
min   −5x1 − x2 + 12x3                                                     x1   x2   x3   x4
         3x1 + 2x2 + x3 = 10                         w=          12        0    0     2    7
         5x1 + 3x2 + x4 = 16                         x1 =         2        1    0    -3    2
                                                     x2 =         2        0    1     5   -3
           x1 . . . x4 ≥ 0

Introduzindo a vari´vel x5 com custo c5 = −1 e A5 = (1 1)′ , e notando
                   a
                 −1 ´ dada pelas duas ultimas colunas no Tableau
que neste caso B e                    ´
anterior, temos o novo quadro:

                                       x1      x2   x3      x4      x5
                    w=         12      0       0     2       7      -4
                    x1 =        2      1       0    -3       2      -1
                    x2 =        2      0       1     5      -3       2
                   Alexandre Salles da Cunha    An´lise de Sensibilidade
                                                  a
Adi¸˜o de nova vari´vel - exemplo
   ca              a

Fazendo o pivoteamento correspondente a entrada de x5 e sa´ de x2 ,
                                                          ıda
temos:
Quadro original
                                      x1      x2     x3      x4       x5
                   w=         12      0       0       2       7       -4
                   x1 =        2      1       0      -3       2       -1
                   x2 =        2      0       1       5      -3        2

Quadro ´timo resultante
       o
                                   x1      x2        x3         x4          x5
                  w=       16      0        2        12          1          0
                  x1 =      3      1       0.5      -0.5        0.5         0
                  x5 =      1      0       0.5       2.5       -1.5         1


                  Alexandre Salles da Cunha      An´lise de Sensibilidade
                                                   a
Adi¸˜o de uma restri¸˜o - desigualdade
   ca               ca
                         ′
    Vamos assumir que am+1 x ≥ bm+1 seja inserida no PL.
    Introduzimos uma vari´vel de folga xn+1 , reescrevemos a restri¸˜o
                           a                                         ca
     ′
    am+1 x − xn+1 = bm+1 para obter um problema novamente na forma
    padr˜o, definido pelo poliedro P = {x ∈ Rn+1 : Ax = b} onde:
         a                                     +
               A  0              b
    A=       ′          ,b =
           am+1 −1              bm+1
    Se B denota a base ´tima do programa anterior, a base associada ao
                        o
                                         B 0
    novo programa, B ´ dada por B =
                      e                             , onde a′ ´ o vetor de
                                                               e
                                         a′ −1
    m entradas de am+1 correspondente aos ´  ındices das colunas b´sicas
                                                                    a
                                                −1        B −1     0
    que definem B. N˜o ´ dif´ verificar que B =
                     a e ıcil
                                                         a′ B −1 −1
    O novo vetor de custos reduzidos ´ dado por
                                       e
            ′ 0 − c′              B −1    0           A     0
    c= c               B 0                                       =
                                 a′ B −1 −1         ′
                                                   am+1 −1
                                                −1
      (c ′ − cB B −1 A) 0
              ′                 ≥ 0, logo B          ´ dual vi´vel.
                                                     e        a
                   Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Introdu¸˜o de uma desigualdade - exemplo
       ca
Introduzindo a restri¸˜o x1 + x2 ≥ 5 no PL do exemplo anterior:
                     ca

Problema Original
                                                Quadro ´timo:
                                                       o
min   −5x1 − x2 + 12x3                                                       x1   x2   x3   x4
                                                      w=           12        0    0     2    7
         3x1 + 2x2 + x3 = 10
                                                      x1 =          2        1    0    -3    2
         5x1 + 3x2 + x4 = 16                          x2 =          2        0    1     5   -3
            x1 . . . x4 ≥ 0

Quadro dual vi´vel, de partida para o Dual Simplex
              a
                                        x1      x2    x3      x4        x5
                      w=         12     0       0      2       7        0
                      x1 =        2     1       0     -3       2        0
                      x2 =        2     0       1      5      -3        0
                      x5 =       -1     0       0      2      -1        1

                    Alexandre Salles da Cunha    An´lise de Sensibilidade
                                                   a
Introdu¸˜o de uma desigualdade - exemplo
       ca

Quadro dual vi´vel, de partida para o Dual Simplex
              a
                                        x1       x2       x3      x4      x5
                     w=          12     0        0         2       7      0
                     x1 =         2     1        0        -3       2      0
                     x2 =         2     0        1         5      -3      0
                     x5 =        -1     0        0         2      -1      1

Sai da base: x5 , entra na base: x4
Quadro final resultante
                                       x1       x2       x3       x4      x5
                     w=          5     0        0        16       0        0
                     x1 =        0     1        0         1       0        0
                     x2 =        8     0        1       -15       0        0
                     x4 =        1     0        0        -2       1       -1

                    Alexandre Salles da Cunha        An´lise de Sensibilidade
                                                       a
Introdu¸˜o de restri¸˜o de igualdade
       ca           ca
                    ca ′
Adicionamos a restri¸˜o am+1 x = bm+1 , violada pela solu¸˜o ´tima do PL
                                                         ca o
anterior.
Novo dual

                  max               p ′ b + pm+1 bm+1
                            p ′ A + pm+1 am+1 ≤ c ′

    Se p ∗ denota a solu¸˜o b´sica ´tima do dual anterior, (p ∗ , 0) ´ uma
                        ca a       o                                 e
    solu¸˜o vi´vel para o novo dual.
        ca    a
    Sendo p ∗ b´sica, temos que m das restri¸˜es duais p ′ A ≤ c ′ s˜o
                a                             co                     a
    linearmente independentes e ativas.
    Entretanto, para o novo ponto dual (p ∗ , 0), n˜o temos a garantia de
                                                   a
                                           ′A + p                ′
    que m + 1 restri¸˜es duais li dentre p
                    co                            m+1 am+1 ≤ c ser˜o a
    justas. Assim sendo, n˜o podemos garantir que (p
                           a                            ∗ , 0) ´ uma solu¸˜o
                                                               e         ca
    b´sica para o novo poliedro dual.
      a
                   Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Introdu¸˜o de restri¸˜o de igualdade
       ca           ca
Assumimos que am+1 x ∗ > bm+1 e M suficientemente grande e
                ′

introduzimos o PL auxiliar:
                 min             c ′ + Mxn+1
                                              Ax = b
                              ′
                             am+1 x     − xn+1 = bm+1
                          x ≥ 0, xn+1 ≥ 0


    Uma base inicial vi´vel para o PL acima ´ obtida usando-se as
                       a                    e
    colunas b´sicas que definiem x ∗ e a coluna associada a xn+1 . A
             a
                                    B 0
    matriz b´sica resultante B =
            a                                 ´ vi´vel para o PL auxiliar.
                                              e a
                                    a′ −1
    Por este motivo, reotimizamos com o Simplex Primal aplicado
    partindo da base vi´vel B.
                       a
    Se na solu¸˜o do PL otimizado, M for suficientemente grande e o
              ca
    programa for vi´vel, teremos xn+1 = 0.
                   a
                  Alexandre Salles da Cunha    An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Modifica¸˜es no vetor de fatores b
       co

Desejamos avaliar as modifica¸˜es implicadas por alterar b para b + δei :
                            co
    Se B −1 (b + δei ) ≥ 0, a otimalidade da solu¸˜o b´sica anterior ´
                                                 ca a                e
    garantida (nada mudou no dual).

Avaliando condi¸˜es para B −1 (b + δei ) ≥ 0
               co
    Seja g = (β1i , β2i , . . . , βmi ) a i -´sima coluna de B −1 .
                                             e
    Ent˜o B −1 (b + δei ) ≥ 0 implica que:
       a

                                    xB + δg ≥ 0                 ou
                               xB(j) + δβji ≥ 0 j = 1, . . . , m.

    Equivalentemente:
                 xB(j )
       ◮   δ≥−    βji ,     se βji > 0
                 xB(j
       ◮   δ≤   − βji ) ,   se βji < 0


                            Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                          a
Modifica¸˜es no vetor de fatores b - exemplo
       co


                                                    ´
Vamos considerar modificar b1 para b1 + δ no Tableau Otimo dado por:

                                          x1    x2      x3      x4
                       w=         12      0     0        2       7
                       x1 =        2      1     0       -3       2
                       x2 =        2      0     1        5      -3


Observe que g = (−3 5) e ent˜o temos:
                            a
    x1 = 2 − 3δ ≥ 0 → δ ≤ 2 .
                          3
    x2 = 2 + 5δ ≥ 0 → δ ≥ − 2
                            5




                  Alexandre Salles da Cunha    An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Modifica¸˜es no vetor de custos c
       co



Vamos considerar as implica¸˜es decorrentes de modificar cj para cj + δ, o
                           co
custo de uma vari´vel n˜o b´sica j:
                 a     a a


    A modifica¸˜o n˜o afeta a viabilidade primal, apenas a viabilidade
              ca a
    dual (otimalidade dual).
    Se cj + δ − cB B −1 Aj ≥ 0 ou seja se δ ≥ −c j a base anterior continua
    o
    ´tima. Caso esta condi¸˜o n˜o se verifique, aplicamos o primal
                            ca a
    simplex, introduzindo a vari´vel xj na base.
                                a




                   Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Modifica¸˜es no custo de uma vari´vel b´sica
       co                       a     a



   Vamos considerar as implica¸˜es decorrentes de modificar cj para
                               co
   cj + δ, o custo de uma vari´vel b´sica j.
                              a     a
   Vamos assumir que j seja a vari´vel b´sica associada ` l −´sima linha
                                    a    a              a e
   do Tableau, isto ´ j = B(l ) e ent˜o cB = cB + δel .
                    e                 a
   Temos que assegurar que (cB + δel )B −1 Ai ≤ ci , ∀i = j, uma vez que
   todos os custos reduzidos, exceto c j s˜o afetados pela modifica¸˜o.
                                          a                        ca
   Definindo qli como a l -´sima entrada do vetor B −1 Ai temos que
                          e
   δqli ≤ c i , ∀i = j.




                 Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                               a
Exemplo - modifica¸˜es nos custos
                 co
Para o exemplo anterior:

                                               x1    x2      x3      x4
                            w=         12      0     0        2       7
                            x1 =        2      1     0       -3       2
                            x2 =        2      0     1        5      -3

Modifica¸˜es admiss´
         co           ıveis (que ainda preservam a otimalidade da base
atual) nas vari´veis:
               a
     N˜o b´sicas:
       a a
       ◮   δ3 ≥ −c 3 = −2
       ◮   δ4 ≥ −c 4 = −7
    B´sicas: adicionando δ1 a c1 , temos para j = 1, B(1) = 1,
     a
    q12 = 0, q13 = −3, q14 = 2.
       ◮   δ1 q12 ≤ c2 , triv. satisfeita.
                                    2
       ◮   δ1 q13 ≤ c3 → δ1 ≥ − 3
                                  7
       ◮   δ1 q14 ≤ c4 → δ1 ≥ 2
                       Alexandre Salles da Cunha    An´lise de Sensibilidade
                                                      a
Mudan¸as no vetor tecnol´gico Aj
     c                  o

Caso 1: j ´ uma vari´vel n˜o b´sica:
          e         a     a a


    A viabilidade da base ´tima (em rela¸˜o ao primal) n˜o ´ afetada.
                          o             ca              a e
    ´
    E necess´rio verificar se a otimalidade (viab. dual) ´ afetada, atrav´s
            a                                           e               e
    da n˜o negatividade do custo reduzido c j .
        a

    Vamos considerar que a entrada aij de A foi alterada para aij + δ.
    Ent˜o precisamos garantir que cj − p ′ (Aj + δei ) ≥ 0 ou
       a
    equivalentemente c j − δpi ≥ 0, onde p ′ = cB B −1 .
                                                 ′


    Caso a condi¸˜o acima seja violada, j deve entrar na base (Primal
                ca
    Simplex).



                   Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Mudan¸as no vetor tecnol´gico Aj
     c                  o
Caso 2: j ´ uma vari´vel b´sica:
          e         a     a

    A viabilidade da base ´tima pode ser afetada, tanto no primal quanto
                          o
    no dual.
    Assumindo que aij seja alterado para aij + δ, o conjunto de valores
    admiss´ıveis para a varia¸˜o resultar ainda em uma base ´tima ´ um
                             ca                             o     e
    intervalo (assim como nos casos anteriores).
    Assumindo solu¸˜o primal e dual ´timas n˜o dengeradas dadas por
                      ca               o       a
    x ∗ , p, se a coluna Aj for modificada para Aj + δei temos que:
                          c ′ x(δ) = c ′ x ∗ − δxj∗ pi + O(δ2 )

    Interpreta¸˜o em termos do problema da dieta: se aij aumenta em δ,
               ca
    ganhamos de gra¸a, δ unidades do nutriente i por unidade do
                      c
    alimento j. Uma vez que pi denota o custo marginal do nutriente i ,
    δpi xj∗ denota a redu¸˜o de custo esperada.
                         ca
                   Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Dependˆncia da otimalidade em fun¸˜o de b
      e                          ca

   Reescrevendo a regi˜o de viabilidade primal para deixar expl´
                      a                                        ıcita a
   dependˆncia do vetor b, temos que
          e

                          P(b) = {x : Ax = b, x ≥ 0}



   Vamos definir S = {b : P(b) = ∅}.

   Observe ent˜o que S pode ser reescrito como S = {Ax : x ≥ 0} que ´
              a                                                     e
   um conjunto convexo.

   Para qualquer vetor b ∈ S, vamos redefinir o custo ´timo do
                                                     o
   Problema primal como:

                                F (b) = minx∈P(b) c ′ x


                 Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                               a
Dependˆncia da otimalidade em fun¸˜o de b
      e                          ca



   Vamos assumir que o espa¸o dual p ′ A ≤ c ′ seja n˜o vazio.
                           c                         a

   Por dualidade, temos que F (b) > ∞, ∀b ∈ S, isto ´, o problema
                                                    e
   primal admite ´timo finito para todo b.
                 o

   Vamos tentar compreender a estrutura da fun¸˜o F (b), b ∈ S. Para
                                              ca
   tanto, vamos nos fixar em um determinado b ∗ ∈ S.

   Vamos supor que o objetivo ´timo F (b ∗ ) ´ dada por uma base ´tima
                               o             e                   o
   B associada a uma solu¸˜o b´sica xB = B −1 b ∗ n˜o degenerada e que
                          ca a                      a
   o correspondente vetor de custos reduzidos seja n˜o negativo.
                                                    a




                 Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                               a
Dependˆncia da otimalidade em fun¸˜o de b
      e                          ca


    Sendo n˜o denenerada, podemos modificar b ∗ para b e desde que
             a
    b ∗ − b seja suficientemente pequena B −1 b ≥ 0 ser´ uma solu¸˜o
                                                      a         ca
    b´sica vi´vel ´tima para o problema perturbado.
     a       a o

    Logo, para b suficientemente pr´ximo de b ∗ , F (b) = cB B −1 b = p ′ b.
                                  o                       ′


    Isto ´, nas vizinhan¸as de b ∗ , F (b) ´ uma fun¸˜o linear de b e seu
         e              c                  e        ca
    gradiente ´ dado por p.
               e


Teorema
O custo ´timo F (b) ´ uma fun¸˜o convexa de b no conjunto S.
        o           e        ca




                   Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Estrutura de F (b)

Teorema
O custo ´timo F (b) ´ uma fun¸˜o convexa de b no conjunto S.
        o           e        ca

Prova
    Tomemos b 1 , b 2 ∈ S e seja x i : i = 1, 2 as correspondentes solu¸˜es
                                                                       co
    que minimizam F (b   1 ), F (b 2 ), respectivamente.

    Tome um escalar λ ∈ [0, 1] e defina y = λx 1 + (1 − λ)x 2 :
        ◮   y ∈ P(λb 1 + (1 − λ)b 2 ) → y ´ vi´vel.
                                          e a
    Observe que:

                F (λb 1 + (1 − λ)b 2 ) ≤             c ′y
                                       =  λc ′ x 1 + (1 − λ)c ′ x 2

                                       = λF (b 1 ) + (1 − λ)F (b 2 )



                       Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                     a
Elaborando melhor o Teorema anterior

Vamos elaborar o Teorema, avaliando agora o dual abaixo, que assumimos
ser vi´vel:
      a

                            max                 p′b
                                       p′A ≤ c ′



    Por dualidade, para todo b ∈ S, F (b) = ′b para algum p.

    Sendo A uma matriz de posto m (completo), o poliedro dual possui
    pelo menos um ponto extremo.

    Sejam p 1 , . . . , p N os pontos extremos do poliedro dual.

    Ent˜o temos que F (b) = maxi =1,...,N (p i )′ b, b ∈ S
       a


                    Alexandre Salles da Cunha    An´lise de Sensibilidade
                                                   a
Interpretando F (b) = maxi=1,...,N (p i )′b, b ∈ S
    F ´ dado pelo m´ximo de uma cole¸˜o finita de fun¸˜es lineares.
       e              a                  ca              co
    F ´ ent˜o dado pelo envelope superior de um conjunto finito de
       e    a
    fun¸˜es lineares, sendo ent˜o linear por partes e convexa (prova
        co                     a
    alternativa do teorema anterior).




                  Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                a
Sobre a diferenciabilidade de F (b) em rela¸˜o a b
                                           ca


    Para alguns valores de b (nos pontos onde duas fun¸˜es lineares
                                                               co
    (p i )′ b e (p j )′ b se encontram), F (b) n˜o ´ diferenci´vel.
                                                a e           a

    Nestes pontos, o programa dual admite mais de uma solu¸˜o otima.
                                                             ca ´
    Para tais valores de b, qualquer combina¸˜o linear convexa de p i e p j
                                            ca
    fornecem um vetor dual ´timo (subgradiente de F (b) em b !).
                             o

    Consequentemente, para estes valores de b a solu¸˜o primal ´
                                                    ca         e
    degenerada. Vimos que para uma solu¸˜o primal n˜o degenerada,
                                          ca         a
    F (b) ´ localmente linear com b, n˜o podendo ser associada a um
          e                           a
    ponto n˜o diferenci´vel de F (b).
             a         a



                   Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Comportamento de F (b)
   Vamos avaliar o comportamento de F (b) quando um determinado
   tipo de modifica c˜o ocorre em b ∗ .
                     a
   Vamos verificar o que ocorre com F (b) quando, para b ∗ e d fixos,
   b = b ∗ + θd, para θ um escalar.
   Pela defini¸˜o de F (b) temos que:
              ca
        F (b(θ)) = F (θ) = maxi =1,...,N (p i )′ (b ∗ + θd), b ∗ + θd ∈ S




                  Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                a
O conjunto de solu¸˜es duais ´timas
                  co         o


Defini¸˜o - subgradiente
     ca
Seja F uma fun¸˜o convexa definida em um conjunto convexo S. Seja b ∗
              ca
um elemento de S. Dizemos que um vetor p ´ um subgradiente de F em
                                                  e
b ∗ se:
                  F (b ∗ ) + p ′ (b − b ∗ ) ≤ F (b), ∀b ∈ S



    Para a defini¸˜o do subgradiente, n˜o ´ feita nenhuma hip´tese de
                  ca                  a e                   o
    diferenciabilidade de F .
    Observe que o subgradiente generaliza o conceito de gradiente para
    uma fun¸˜o convexa diferenci´vel definida em um conjunto convexo.
           ca                   a



                  Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                a
Subgradientes de F (b)
    Quando b ∗ ´ um ponto para o qual (p i )′ b ∗ = (p j )′ b ∗ , isto ´ b ∗ define
               e                                                       e
    uma quina de F (b), existem v´rios subgradientes.
                                  a
    Quando F (b) ´ linear nas vizinhan¸as de b ∗ h´ apenas um
                  e                   c            a
    subgradiente.




                    Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                  a
O conjunto de solu¸˜es duais ´timas
                  co         o


Teorema
Assuma que o problema min c ′ x, x ∈ P(b ∗ ) assuma custo ´timo finito.
                                                          o
Ent˜o o vetor p ´ uma solu¸˜o ´tima para o problema dual associado se e
   a            e         ca o
somente se p for um subgradiente de F (b) em b ∗ .

Prova: →
    Por dualidade forte temos p ′ b ∗ = F (b ∗ ).
    Tome b ∈ S e x ∈ P(b). Por dualidade fraca temos p ′ b ≤ c ′ x.
               ınimo em x temos que p ′ b ≤ F (b).
    Tomando o m´
    Ent˜o p ′ b − p ′ b ∗ ≤ F (b) − F (b ∗ ) que implica que
        a
    F (b ∗ ) + p ′ (b − b ∗ ) ≤ F (b) e logo p ´ um subgradiente de F em b ∗ .
                                               e



                    Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                  a
O conjunto de solu¸˜es duais ´timas
                  co         o
Prova: ←
   Hip´tese: F (b ∗ ) + p ′ (b − b ∗ ) ≤ F (b) (p ´ subgradiente).
      o                                           e
   Tome x ≥ 0, seja b = Ax e observe que x ∈ P(b).
   Por dualidade fraca F (b) ≤ c ′ x.
   Ent˜o temos:
      a
                         p ′ Ax     =           p ′b
                                    ≤ F (b) − F (b ∗ ) + p ′ b ∗
                                    ≤ c ′ x − F (b ∗ ) + p ′ b ∗

   Uma vez que p ′ Ax ≤ c ′ x − F (b ∗ ) + p ′ b ∗ deve valer para qualquer x e
   que −F (b ∗ )p ′ b ∗ ´ um valor que independe de x, p ′ A ≤ c ′ . Logo p ′ ´
                        e                                                     e
   dual vi´vel.
          a
   Em particular para x = 0 temos F (b ∗ ) ≤ p ′ b ∗ . Por dualidade fraca
   temos que toda solu¸˜o dual vi´vel q satisfaz q ′ b ≤ F (b ∗ ) ≤ p ′ b ∗ .
                       ca        a
         ∗ ´ ´tima para o dual.
   Logo p e o
                   Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Avalia¸˜o da otimalidade em fun¸˜o de c
      ca                       ca


   Vamos desenvolver racioc´ an´logo para a dependˆncia da
                           ınio a                   e
   otimalidade em fun¸˜o de modifica¸˜es no vetor de custos c.
                     ca            co
   Manteremos A e b fixos e perturbaremos c.
   Para tanto, vamos considerar o espa¸o de viabiliade dual p ′ A ≤ c ′ .
                                      c
   Vamos definir Q(c) = {p : p ′ A ≤ c ′ } e T = {c : Q(c) = ∅}.
   Dados c 1 , c 2 ∈ T , existem p 1 , p 2 (respectivamente) tais que
   (p i )′ A ≤ c ′ . Para qualquer escalar λ ∈ [0, 1], temos
   (λ(p 1 )′ + (1 − λ)(p 2 )′ )A ≤ λ(c 1 )′ + (1 − λ)(c 2 )′ e portanto
   λ(p 1 )′ + (1 − λ)(p 2 )′ ∈ T .
   Consequentemente T ´ convexo.
                      e




                   Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Avalia¸˜o da otimalidade em fun¸˜o de c
      ca                       ca


   Tomando c ∈ T (dual invi´vel), o problema primal ´ ilimitado. Por
                             a                      e
   outro lado, se c ∈ T o custo primal ´ finito.
                                       e
   Ent˜o vamos assumir que c ∈ T e vamos denotar o custo primal
      a
   o
   ´timo por G (c).
   Vamos denotar por x 1 , . . . , x N as solu¸˜es b´sicas do poliedro
                                              co    a
         n : Ax = b}. Assim sendo, temos que
   {x ∈ R+

                               G (c) = mini =1,...,N c ′ x i

   e G (c) corresponde ao envelope inferior de uma cole¸˜o de fun¸˜es ´
                                                       ca        co e
   lineares, sendo uma fun¸˜o linear por partes concava.
                          ca




                  Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                a
Avalia¸˜o da otimalidade em fun¸˜o de c
      ca                       ca




   Se para um valor c ∗ o programa primal admite uma unica solu¸˜o
                                                                ´         ca
   ´tima x i , ent˜o temos que (c ∗ )′ x i < (c ∗ )′ x j : ∀j = i .
   o                a
   Para todo c suficientemente pr´ximo a c ∗ , (c ∗ )′ x i < (c ∗ )′ x j : ∀j = i
                                    o
   deve continuar valendo. Desta forma, para solu¸˜es primais unicas
                                                           co          ´
   G (c) = c ∗ x i .
   Para o caso de solu¸˜o primal m´ltipla, o correspondente valor de c
                        ca             u
   deve ser induzir uma quina de G (c).
                   Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                 a
Em s´
    ıntese




Teorema
 1   O conjunto T de todos os valores de c para os quais o custo ´timo ´
                                                                 o     e
     finito ´ convexo.
           e
 2   A fun¸˜o custo ´timo G (c) ´ uma fun¸˜o concava de c em T .
          ca        o           e        ca
 3   Se para um determinado valor c, a solu¸˜o primal ´tima ´ unica,
                                            ca         o      e´
     ent˜o G ´ linear nas vizinhan¸as de c e seu gradiente ´ dado por x ∗ .
        a     e                   c                        e




                    Alexandre Salles da Cunha   An´lise de Sensibilidade
                                                  a

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Redes Neurais: Estimação de Densidades
Redes Neurais: Estimação de DensidadesRedes Neurais: Estimação de Densidades
Redes Neurais: Estimação de DensidadesRenato Vicente
 
Redes Neurais: Técnicas Bayesianas
Redes Neurais: Técnicas BayesianasRedes Neurais: Técnicas Bayesianas
Redes Neurais: Técnicas BayesianasRenato Vicente
 
Cálculo Diferencial em R
Cálculo Diferencial em RCálculo Diferencial em R
Cálculo Diferencial em Rtintintest
 
Redes Neurais: classificação e regressão
Redes Neurais: classificação e regressãoRedes Neurais: classificação e regressão
Redes Neurais: classificação e regressãoRenato Vicente
 
Revisao prevupe-so-exercicios
Revisao prevupe-so-exerciciosRevisao prevupe-so-exercicios
Revisao prevupe-so-exerciciosld3p
 
Redes Neurais: Processos Gaussianos
Redes Neurais: Processos GaussianosRedes Neurais: Processos Gaussianos
Redes Neurais: Processos GaussianosRenato Vicente
 
Risco de Crédito 3: KMV
Risco de Crédito 3: KMVRisco de Crédito 3: KMV
Risco de Crédito 3: KMVRenato Vicente
 
Redes neurais com matlab
Redes neurais com matlabRedes neurais com matlab
Redes neurais com matlabRenato Vicente
 
Lista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - CálculoLista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - CálculoCarlos Campani
 
Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Carlos Campani
 
Lista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - CálculoLista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - CálculoCarlos Campani
 
Anatomia Comparativa de Modelos de Risco de Crédito
Anatomia Comparativa de Modelos de Risco de CréditoAnatomia Comparativa de Modelos de Risco de Crédito
Anatomia Comparativa de Modelos de Risco de CréditoRenato Vicente
 

Mais procurados (19)

Redes Neurais: Estimação de Densidades
Redes Neurais: Estimação de DensidadesRedes Neurais: Estimação de Densidades
Redes Neurais: Estimação de Densidades
 
Redes Neurais: Técnicas Bayesianas
Redes Neurais: Técnicas BayesianasRedes Neurais: Técnicas Bayesianas
Redes Neurais: Técnicas Bayesianas
 
V@R Não-Linear
V@R Não-LinearV@R Não-Linear
V@R Não-Linear
 
Cálculo Diferencial em R
Cálculo Diferencial em RCálculo Diferencial em R
Cálculo Diferencial em R
 
Ex algebra (8)
Ex algebra  (8)Ex algebra  (8)
Ex algebra (8)
 
Redes Neurais: classificação e regressão
Redes Neurais: classificação e regressãoRedes Neurais: classificação e regressão
Redes Neurais: classificação e regressão
 
Revisao prevupe-so-exercicios
Revisao prevupe-so-exerciciosRevisao prevupe-so-exercicios
Revisao prevupe-so-exercicios
 
Redes Neurais: Processos Gaussianos
Redes Neurais: Processos GaussianosRedes Neurais: Processos Gaussianos
Redes Neurais: Processos Gaussianos
 
Risco de Crédito 3: KMV
Risco de Crédito 3: KMVRisco de Crédito 3: KMV
Risco de Crédito 3: KMV
 
Formulário - Estatística
Formulário - EstatísticaFormulário - Estatística
Formulário - Estatística
 
Esboço - Gráfico de Função
Esboço - Gráfico de FunçãoEsboço - Gráfico de Função
Esboço - Gráfico de Função
 
Redes neurais com matlab
Redes neurais com matlabRedes neurais com matlab
Redes neurais com matlab
 
Lista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - CálculoLista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - Cálculo
 
Calculo1 aula04
Calculo1 aula04Calculo1 aula04
Calculo1 aula04
 
Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8
 
Lista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - CálculoLista de exercícios 3 - Cálculo
Lista de exercícios 3 - Cálculo
 
Anatomia Comparativa de Modelos de Risco de Crédito
Anatomia Comparativa de Modelos de Risco de CréditoAnatomia Comparativa de Modelos de Risco de Crédito
Anatomia Comparativa de Modelos de Risco de Crédito
 
Limites2
Limites2Limites2
Limites2
 
Calculo1 aula16
Calculo1 aula16Calculo1 aula16
Calculo1 aula16
 

Destaque

Analise de Sensibilidade
Analise de SensibilidadeAnalise de Sensibilidade
Analise de SensibilidadeVivi Basilio
 
Aula10 problema-transporte
Aula10 problema-transporteAula10 problema-transporte
Aula10 problema-transporteLorran Mol
 
Introdução à pesquisa operacional
Introdução à pesquisa operacionalIntrodução à pesquisa operacional
Introdução à pesquisa operacionalklivermoreira
 
Análise de sensibilidade po
Análise de sensibilidade poAnálise de sensibilidade po
Análise de sensibilidade poValter Mello
 
Problema de Transporte - Modelos de Tomada de Decisão
Problema de Transporte - Modelos de Tomada de DecisãoProblema de Transporte - Modelos de Tomada de Decisão
Problema de Transporte - Modelos de Tomada de DecisãoAlessandro Ranulfo Lima Nery
 
Pesquisa Operacional 1_ Aula 1
Pesquisa Operacional 1_ Aula 1Pesquisa Operacional 1_ Aula 1
Pesquisa Operacional 1_ Aula 1Joabe Amaral
 
Pesquisa Operacional - Definição e Origem
Pesquisa Operacional - Definição e OrigemPesquisa Operacional - Definição e Origem
Pesquisa Operacional - Definição e OrigemAdriano Maranhão
 
MINIMIZAR METODO SIMPLEX
MINIMIZAR METODO SIMPLEXMINIMIZAR METODO SIMPLEX
MINIMIZAR METODO SIMPLEXcabriales
 
Cap 8 2ª vinda de cristo
Cap 8   2ª vinda de cristoCap 8   2ª vinda de cristo
Cap 8 2ª vinda de cristoE. M. Silva
 
1ª lista de exercícios de pesquisa operacional com gabarito
1ª lista de exercícios de pesquisa operacional   com gabarito1ª lista de exercícios de pesquisa operacional   com gabarito
1ª lista de exercícios de pesquisa operacional com gabaritoAntonio Rodrigues
 
Pesquisa operacional - Aula 04 - Programação Linear III (Método da solução gr...
Pesquisa operacional - Aula 04 - Programação Linear III (Método da solução gr...Pesquisa operacional - Aula 04 - Programação Linear III (Método da solução gr...
Pesquisa operacional - Aula 04 - Programação Linear III (Método da solução gr...Leinylson Fontinele
 
Pesquisa Operacional 1_Aula 2
Pesquisa Operacional 1_Aula 2Pesquisa Operacional 1_Aula 2
Pesquisa Operacional 1_Aula 2Joabe Amaral
 
Gestão da Produção e logística Projeto da Capacidade Produtiva
Gestão da Produção e logística   Projeto da Capacidade ProdutivaGestão da Produção e logística   Projeto da Capacidade Produtiva
Gestão da Produção e logística Projeto da Capacidade ProdutivaWilian Gatti Jr
 
Pesquisas qualitativa e quantitativa
Pesquisas qualitativa e quantitativaPesquisas qualitativa e quantitativa
Pesquisas qualitativa e quantitativaTaïs Bressane
 
Método Simplex Caso de Maximización
Método Simplex Caso de MaximizaciónMétodo Simplex Caso de Maximización
Método Simplex Caso de MaximizaciónLuis Guerrero
 
Pesquisa qualitativa
Pesquisa qualitativaPesquisa qualitativa
Pesquisa qualitativavamcris
 

Destaque (20)

Analise de Sensibilidade
Analise de SensibilidadeAnalise de Sensibilidade
Analise de Sensibilidade
 
Aula10 problema-transporte
Aula10 problema-transporteAula10 problema-transporte
Aula10 problema-transporte
 
Introdução à pesquisa operacional
Introdução à pesquisa operacionalIntrodução à pesquisa operacional
Introdução à pesquisa operacional
 
O Problema de Transporte - Pesquisa Operacional
O Problema de Transporte - Pesquisa OperacionalO Problema de Transporte - Pesquisa Operacional
O Problema de Transporte - Pesquisa Operacional
 
Análise de sensibilidade po
Análise de sensibilidade poAnálise de sensibilidade po
Análise de sensibilidade po
 
Atps comp..
Atps comp..Atps comp..
Atps comp..
 
Problema de Transporte - Modelos de Tomada de Decisão
Problema de Transporte - Modelos de Tomada de DecisãoProblema de Transporte - Modelos de Tomada de Decisão
Problema de Transporte - Modelos de Tomada de Decisão
 
Atps pesquisa operacional
Atps pesquisa operacionalAtps pesquisa operacional
Atps pesquisa operacional
 
Pesquisa Operacional 1_ Aula 1
Pesquisa Operacional 1_ Aula 1Pesquisa Operacional 1_ Aula 1
Pesquisa Operacional 1_ Aula 1
 
Pesquisa Operacional - Definição e Origem
Pesquisa Operacional - Definição e OrigemPesquisa Operacional - Definição e Origem
Pesquisa Operacional - Definição e Origem
 
GP4US - Pesquisa Operacional - Introdução à Tomada de Decisão
GP4US - Pesquisa Operacional - Introdução à Tomada de DecisãoGP4US - Pesquisa Operacional - Introdução à Tomada de Decisão
GP4US - Pesquisa Operacional - Introdução à Tomada de Decisão
 
MINIMIZAR METODO SIMPLEX
MINIMIZAR METODO SIMPLEXMINIMIZAR METODO SIMPLEX
MINIMIZAR METODO SIMPLEX
 
Cap 8 2ª vinda de cristo
Cap 8   2ª vinda de cristoCap 8   2ª vinda de cristo
Cap 8 2ª vinda de cristo
 
1ª lista de exercícios de pesquisa operacional com gabarito
1ª lista de exercícios de pesquisa operacional   com gabarito1ª lista de exercícios de pesquisa operacional   com gabarito
1ª lista de exercícios de pesquisa operacional com gabarito
 
Pesquisa operacional - Aula 04 - Programação Linear III (Método da solução gr...
Pesquisa operacional - Aula 04 - Programação Linear III (Método da solução gr...Pesquisa operacional - Aula 04 - Programação Linear III (Método da solução gr...
Pesquisa operacional - Aula 04 - Programação Linear III (Método da solução gr...
 
Pesquisa Operacional 1_Aula 2
Pesquisa Operacional 1_Aula 2Pesquisa Operacional 1_Aula 2
Pesquisa Operacional 1_Aula 2
 
Gestão da Produção e logística Projeto da Capacidade Produtiva
Gestão da Produção e logística   Projeto da Capacidade ProdutivaGestão da Produção e logística   Projeto da Capacidade Produtiva
Gestão da Produção e logística Projeto da Capacidade Produtiva
 
Pesquisas qualitativa e quantitativa
Pesquisas qualitativa e quantitativaPesquisas qualitativa e quantitativa
Pesquisas qualitativa e quantitativa
 
Método Simplex Caso de Maximización
Método Simplex Caso de MaximizaciónMétodo Simplex Caso de Maximización
Método Simplex Caso de Maximización
 
Pesquisa qualitativa
Pesquisa qualitativaPesquisa qualitativa
Pesquisa qualitativa
 

Semelhante a [Robson] 5. Análise de Sensibilidade

Teorema de Bhaskara
Teorema de BhaskaraTeorema de Bhaskara
Teorema de Bhaskaraeduardomm10
 
Solução de Equações Polinomiais
Solução de Equações PolinomiaisSolução de Equações Polinomiais
Solução de Equações PolinomiaisCarlos Campani
 
Equação do primeiro e segundo grau1
Equação do primeiro e segundo grau1Equação do primeiro e segundo grau1
Equação do primeiro e segundo grau1Alexandre Bonifácio
 
EquaçõEs De 2º Grau,Sistema E Problema Autor Antonio Carlos
EquaçõEs De 2º Grau,Sistema E Problema Autor Antonio CarlosEquaçõEs De 2º Grau,Sistema E Problema Autor Antonio Carlos
EquaçõEs De 2º Grau,Sistema E Problema Autor Antonio CarlosAntonio Carneiro
 
EquaçãO Do 2º Grau Autor Antonio Carlos C Barroso
EquaçãO Do 2º Grau Autor Antonio Carlos C BarrosoEquaçãO Do 2º Grau Autor Antonio Carlos C Barroso
EquaçãO Do 2º Grau Autor Antonio Carlos C BarrosoAntonio Carneiro
 
Equações polinomiais
Equações polinomiaisEquações polinomiais
Equações polinomiaisCarlos Campani
 
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br - Matemática - Função Exponêncial
 www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  - Matemática -  Função Exponêncial www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  - Matemática -  Função Exponêncial
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br - Matemática - Função ExponêncialClarice Leclaire
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Equação Exponêncial
www.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática -  Equação Exponêncialwww.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática -  Equação Exponêncial
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Equação ExponêncialAulas De Matemática Apoio
 
www.AulaParticularApoio.Com.Br - Matemática - Equação Exponêncial
www.AulaParticularApoio.Com.Br - Matemática -  Equação Exponêncialwww.AulaParticularApoio.Com.Br - Matemática -  Equação Exponêncial
www.AulaParticularApoio.Com.Br - Matemática - Equação ExponêncialApoioAulaParticular
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Equação Exponêncial
 www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Equação Exponêncial www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Equação Exponêncial
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Equação ExponêncialBeatriz Góes
 
Função Quadrática
Função QuadráticaFunção Quadrática
Função QuadráticaAab2507
 
Matemática 6 9 apresent
Matemática 6 9 apresentMatemática 6 9 apresent
Matemática 6 9 apresentRoseny90
 

Semelhante a [Robson] 5. Análise de Sensibilidade (20)

Teorema de Bhaskara
Teorema de BhaskaraTeorema de Bhaskara
Teorema de Bhaskara
 
Mat74a
Mat74aMat74a
Mat74a
 
Atividades smte2012
Atividades smte2012Atividades smte2012
Atividades smte2012
 
Solução de Equações Polinomiais
Solução de Equações PolinomiaisSolução de Equações Polinomiais
Solução de Equações Polinomiais
 
Equação do primeiro e segundo grau1
Equação do primeiro e segundo grau1Equação do primeiro e segundo grau1
Equação do primeiro e segundo grau1
 
EquaçõEs De 2º Grau,Sistema E Problema Autor Antonio Carlos
EquaçõEs De 2º Grau,Sistema E Problema Autor Antonio CarlosEquaçõEs De 2º Grau,Sistema E Problema Autor Antonio Carlos
EquaçõEs De 2º Grau,Sistema E Problema Autor Antonio Carlos
 
EquaçAo Do 2º Grau
EquaçAo Do 2º GrauEquaçAo Do 2º Grau
EquaçAo Do 2º Grau
 
Funcoes Exponenciais
Funcoes ExponenciaisFuncoes Exponenciais
Funcoes Exponenciais
 
EquaçãO Do 2º Grau Autor Antonio Carlos C Barroso
EquaçãO Do 2º Grau Autor Antonio Carlos C BarrosoEquaçãO Do 2º Grau Autor Antonio Carlos C Barroso
EquaçãO Do 2º Grau Autor Antonio Carlos C Barroso
 
Equações polinomiais
Equações polinomiaisEquações polinomiais
Equações polinomiais
 
Apostila3
Apostila3Apostila3
Apostila3
 
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br - Matemática - Função Exponêncial
 www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  - Matemática -  Função Exponêncial www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br  - Matemática -  Função Exponêncial
www.AulasDeMatematicanoRJ.Com.Br - Matemática - Função Exponêncial
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Equação Exponêncial
www.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática -  Equação Exponêncialwww.AulasDeMatematicaApoio.com  - Matemática -  Equação Exponêncial
www.AulasDeMatematicaApoio.com - Matemática - Equação Exponêncial
 
www.AulaParticularApoio.Com.Br - Matemática - Equação Exponêncial
www.AulaParticularApoio.Com.Br - Matemática -  Equação Exponêncialwww.AulaParticularApoio.Com.Br - Matemática -  Equação Exponêncial
www.AulaParticularApoio.Com.Br - Matemática - Equação Exponêncial
 
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Equação Exponêncial
 www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Equação Exponêncial www.AulasDeMatematicaApoio.com.br  - Matemática - Equação Exponêncial
www.AulasDeMatematicaApoio.com.br - Matemática - Equação Exponêncial
 
P3 calculo i_ (3)
P3 calculo i_ (3)P3 calculo i_ (3)
P3 calculo i_ (3)
 
Função Quadrática
Função QuadráticaFunção Quadrática
Função Quadrática
 
Função do 1º grau
Função do 1º grauFunção do 1º grau
Função do 1º grau
 
Função Quadrática
Função QuadráticaFunção Quadrática
Função Quadrática
 
Matemática 6 9 apresent
Matemática 6 9 apresentMatemática 6 9 apresent
Matemática 6 9 apresent
 

[Robson] 5. Análise de Sensibilidade

  • 1. An´lise de Sensibilidade a Alexandre Salles da Cunha DCC-UFMG, Abril 2010 Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 2. Par primal-dual min c ′x max p ′b Ax = b p′A ≤ c ′ x ≥0 An´lise de sensibilidade envolver´ avaliar o impacto nas solu¸˜es ´timas a a co o x ∗ , p ∗ do par primal-dual quando houver: Adi¸˜o, remo¸˜o de uma nova vari´vel. ca ca a Adi¸˜o de uma restri¸˜o de desigualdade e igualdade. ca ca Modifica¸˜es nos vetores b, c. co Modifica¸˜es em colunas b´sicas e n˜o b´sicas Aj . co a a a A id´ia da an´lise de sensibilidade consiste em tentar restaurar a e a otimalidade diante das perturba¸˜es acima, sem resolver o PL ”do zero”. co Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 3. Adi¸˜o de uma nova vari´vel ca a Vamos supor que uma nova vari´vel xn+1 com custo cn+1 e coluna a tecnol´gica An+1 seja inserida no PL. o Claramente dispor de uma nova vari´vel n˜o altera a viabilidade da a a solu¸˜o b´sica corrente. Em particular, (x ∗ , 0) ´ uma solu¸˜o b´sica ca a e ca a vi´vel para o novo programa linear. a Assim sendo, a solu¸˜o x ∗ continuar´ b´sica ´tima se a restri¸˜o dual ca a a o ca associada ` nova vari´vel for satisfeita pela base B associada a x ∗ . a a Condi¸˜o a verificar ca Diante da introdu¸˜o de xn+1 x ∗ permanece ´tima se ca o c n+1 = cn+1 − cB B −1 An+1 ≥ 0. Caso c n+1 < 0, continuamos o m´todo Simplex tendo como base e inicial avan¸ada a base ´tima do programa anterior. c o Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 4. Adi¸˜o de nova vari´vel - exemplo ca a Problema Original cuja solu¸˜o ´tima ´ (2, 2, 0, 0) e o ca o e quadro ´timo ´: o e min −5x1 − x2 + 12x3 x1 x2 x3 x4 3x1 + 2x2 + x3 = 10 w= 12 0 0 2 7 5x1 + 3x2 + x4 = 16 x1 = 2 1 0 -3 2 x2 = 2 0 1 5 -3 x1 . . . x4 ≥ 0 Introduzindo a vari´vel x5 com custo c5 = −1 e A5 = (1 1)′ , e notando a −1 ´ dada pelas duas ultimas colunas no Tableau que neste caso B e ´ anterior, temos o novo quadro: x1 x2 x3 x4 x5 w= 12 0 0 2 7 -4 x1 = 2 1 0 -3 2 -1 x2 = 2 0 1 5 -3 2 Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 5. Adi¸˜o de nova vari´vel - exemplo ca a Fazendo o pivoteamento correspondente a entrada de x5 e sa´ de x2 , ıda temos: Quadro original x1 x2 x3 x4 x5 w= 12 0 0 2 7 -4 x1 = 2 1 0 -3 2 -1 x2 = 2 0 1 5 -3 2 Quadro ´timo resultante o x1 x2 x3 x4 x5 w= 16 0 2 12 1 0 x1 = 3 1 0.5 -0.5 0.5 0 x5 = 1 0 0.5 2.5 -1.5 1 Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 6. Adi¸˜o de uma restri¸˜o - desigualdade ca ca ′ Vamos assumir que am+1 x ≥ bm+1 seja inserida no PL. Introduzimos uma vari´vel de folga xn+1 , reescrevemos a restri¸˜o a ca ′ am+1 x − xn+1 = bm+1 para obter um problema novamente na forma padr˜o, definido pelo poliedro P = {x ∈ Rn+1 : Ax = b} onde: a + A 0 b A= ′ ,b = am+1 −1 bm+1 Se B denota a base ´tima do programa anterior, a base associada ao o B 0 novo programa, B ´ dada por B = e , onde a′ ´ o vetor de e a′ −1 m entradas de am+1 correspondente aos ´ ındices das colunas b´sicas a −1 B −1 0 que definem B. N˜o ´ dif´ verificar que B = a e ıcil a′ B −1 −1 O novo vetor de custos reduzidos ´ dado por e ′ 0 − c′ B −1 0 A 0 c= c B 0 = a′ B −1 −1 ′ am+1 −1 −1 (c ′ − cB B −1 A) 0 ′ ≥ 0, logo B ´ dual vi´vel. e a Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 7. Introdu¸˜o de uma desigualdade - exemplo ca Introduzindo a restri¸˜o x1 + x2 ≥ 5 no PL do exemplo anterior: ca Problema Original Quadro ´timo: o min −5x1 − x2 + 12x3 x1 x2 x3 x4 w= 12 0 0 2 7 3x1 + 2x2 + x3 = 10 x1 = 2 1 0 -3 2 5x1 + 3x2 + x4 = 16 x2 = 2 0 1 5 -3 x1 . . . x4 ≥ 0 Quadro dual vi´vel, de partida para o Dual Simplex a x1 x2 x3 x4 x5 w= 12 0 0 2 7 0 x1 = 2 1 0 -3 2 0 x2 = 2 0 1 5 -3 0 x5 = -1 0 0 2 -1 1 Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 8. Introdu¸˜o de uma desigualdade - exemplo ca Quadro dual vi´vel, de partida para o Dual Simplex a x1 x2 x3 x4 x5 w= 12 0 0 2 7 0 x1 = 2 1 0 -3 2 0 x2 = 2 0 1 5 -3 0 x5 = -1 0 0 2 -1 1 Sai da base: x5 , entra na base: x4 Quadro final resultante x1 x2 x3 x4 x5 w= 5 0 0 16 0 0 x1 = 0 1 0 1 0 0 x2 = 8 0 1 -15 0 0 x4 = 1 0 0 -2 1 -1 Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 9. Introdu¸˜o de restri¸˜o de igualdade ca ca ca ′ Adicionamos a restri¸˜o am+1 x = bm+1 , violada pela solu¸˜o ´tima do PL ca o anterior. Novo dual max p ′ b + pm+1 bm+1 p ′ A + pm+1 am+1 ≤ c ′ Se p ∗ denota a solu¸˜o b´sica ´tima do dual anterior, (p ∗ , 0) ´ uma ca a o e solu¸˜o vi´vel para o novo dual. ca a Sendo p ∗ b´sica, temos que m das restri¸˜es duais p ′ A ≤ c ′ s˜o a co a linearmente independentes e ativas. Entretanto, para o novo ponto dual (p ∗ , 0), n˜o temos a garantia de a ′A + p ′ que m + 1 restri¸˜es duais li dentre p co m+1 am+1 ≤ c ser˜o a justas. Assim sendo, n˜o podemos garantir que (p a ∗ , 0) ´ uma solu¸˜o e ca b´sica para o novo poliedro dual. a Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 10. Introdu¸˜o de restri¸˜o de igualdade ca ca Assumimos que am+1 x ∗ > bm+1 e M suficientemente grande e ′ introduzimos o PL auxiliar: min c ′ + Mxn+1 Ax = b ′ am+1 x − xn+1 = bm+1 x ≥ 0, xn+1 ≥ 0 Uma base inicial vi´vel para o PL acima ´ obtida usando-se as a e colunas b´sicas que definiem x ∗ e a coluna associada a xn+1 . A a B 0 matriz b´sica resultante B = a ´ vi´vel para o PL auxiliar. e a a′ −1 Por este motivo, reotimizamos com o Simplex Primal aplicado partindo da base vi´vel B. a Se na solu¸˜o do PL otimizado, M for suficientemente grande e o ca programa for vi´vel, teremos xn+1 = 0. a Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 11. Modifica¸˜es no vetor de fatores b co Desejamos avaliar as modifica¸˜es implicadas por alterar b para b + δei : co Se B −1 (b + δei ) ≥ 0, a otimalidade da solu¸˜o b´sica anterior ´ ca a e garantida (nada mudou no dual). Avaliando condi¸˜es para B −1 (b + δei ) ≥ 0 co Seja g = (β1i , β2i , . . . , βmi ) a i -´sima coluna de B −1 . e Ent˜o B −1 (b + δei ) ≥ 0 implica que: a xB + δg ≥ 0 ou xB(j) + δβji ≥ 0 j = 1, . . . , m. Equivalentemente: xB(j ) ◮ δ≥− βji , se βji > 0 xB(j ◮ δ≤ − βji ) , se βji < 0 Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 12. Modifica¸˜es no vetor de fatores b - exemplo co ´ Vamos considerar modificar b1 para b1 + δ no Tableau Otimo dado por: x1 x2 x3 x4 w= 12 0 0 2 7 x1 = 2 1 0 -3 2 x2 = 2 0 1 5 -3 Observe que g = (−3 5) e ent˜o temos: a x1 = 2 − 3δ ≥ 0 → δ ≤ 2 . 3 x2 = 2 + 5δ ≥ 0 → δ ≥ − 2 5 Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 13. Modifica¸˜es no vetor de custos c co Vamos considerar as implica¸˜es decorrentes de modificar cj para cj + δ, o co custo de uma vari´vel n˜o b´sica j: a a a A modifica¸˜o n˜o afeta a viabilidade primal, apenas a viabilidade ca a dual (otimalidade dual). Se cj + δ − cB B −1 Aj ≥ 0 ou seja se δ ≥ −c j a base anterior continua o ´tima. Caso esta condi¸˜o n˜o se verifique, aplicamos o primal ca a simplex, introduzindo a vari´vel xj na base. a Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 14. Modifica¸˜es no custo de uma vari´vel b´sica co a a Vamos considerar as implica¸˜es decorrentes de modificar cj para co cj + δ, o custo de uma vari´vel b´sica j. a a Vamos assumir que j seja a vari´vel b´sica associada ` l −´sima linha a a a e do Tableau, isto ´ j = B(l ) e ent˜o cB = cB + δel . e a Temos que assegurar que (cB + δel )B −1 Ai ≤ ci , ∀i = j, uma vez que todos os custos reduzidos, exceto c j s˜o afetados pela modifica¸˜o. a ca Definindo qli como a l -´sima entrada do vetor B −1 Ai temos que e δqli ≤ c i , ∀i = j. Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 15. Exemplo - modifica¸˜es nos custos co Para o exemplo anterior: x1 x2 x3 x4 w= 12 0 0 2 7 x1 = 2 1 0 -3 2 x2 = 2 0 1 5 -3 Modifica¸˜es admiss´ co ıveis (que ainda preservam a otimalidade da base atual) nas vari´veis: a N˜o b´sicas: a a ◮ δ3 ≥ −c 3 = −2 ◮ δ4 ≥ −c 4 = −7 B´sicas: adicionando δ1 a c1 , temos para j = 1, B(1) = 1, a q12 = 0, q13 = −3, q14 = 2. ◮ δ1 q12 ≤ c2 , triv. satisfeita. 2 ◮ δ1 q13 ≤ c3 → δ1 ≥ − 3 7 ◮ δ1 q14 ≤ c4 → δ1 ≥ 2 Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 16. Mudan¸as no vetor tecnol´gico Aj c o Caso 1: j ´ uma vari´vel n˜o b´sica: e a a a A viabilidade da base ´tima (em rela¸˜o ao primal) n˜o ´ afetada. o ca a e ´ E necess´rio verificar se a otimalidade (viab. dual) ´ afetada, atrav´s a e e da n˜o negatividade do custo reduzido c j . a Vamos considerar que a entrada aij de A foi alterada para aij + δ. Ent˜o precisamos garantir que cj − p ′ (Aj + δei ) ≥ 0 ou a equivalentemente c j − δpi ≥ 0, onde p ′ = cB B −1 . ′ Caso a condi¸˜o acima seja violada, j deve entrar na base (Primal ca Simplex). Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 17. Mudan¸as no vetor tecnol´gico Aj c o Caso 2: j ´ uma vari´vel b´sica: e a a A viabilidade da base ´tima pode ser afetada, tanto no primal quanto o no dual. Assumindo que aij seja alterado para aij + δ, o conjunto de valores admiss´ıveis para a varia¸˜o resultar ainda em uma base ´tima ´ um ca o e intervalo (assim como nos casos anteriores). Assumindo solu¸˜o primal e dual ´timas n˜o dengeradas dadas por ca o a x ∗ , p, se a coluna Aj for modificada para Aj + δei temos que: c ′ x(δ) = c ′ x ∗ − δxj∗ pi + O(δ2 ) Interpreta¸˜o em termos do problema da dieta: se aij aumenta em δ, ca ganhamos de gra¸a, δ unidades do nutriente i por unidade do c alimento j. Uma vez que pi denota o custo marginal do nutriente i , δpi xj∗ denota a redu¸˜o de custo esperada. ca Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 18. Dependˆncia da otimalidade em fun¸˜o de b e ca Reescrevendo a regi˜o de viabilidade primal para deixar expl´ a ıcita a dependˆncia do vetor b, temos que e P(b) = {x : Ax = b, x ≥ 0} Vamos definir S = {b : P(b) = ∅}. Observe ent˜o que S pode ser reescrito como S = {Ax : x ≥ 0} que ´ a e um conjunto convexo. Para qualquer vetor b ∈ S, vamos redefinir o custo ´timo do o Problema primal como: F (b) = minx∈P(b) c ′ x Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 19. Dependˆncia da otimalidade em fun¸˜o de b e ca Vamos assumir que o espa¸o dual p ′ A ≤ c ′ seja n˜o vazio. c a Por dualidade, temos que F (b) > ∞, ∀b ∈ S, isto ´, o problema e primal admite ´timo finito para todo b. o Vamos tentar compreender a estrutura da fun¸˜o F (b), b ∈ S. Para ca tanto, vamos nos fixar em um determinado b ∗ ∈ S. Vamos supor que o objetivo ´timo F (b ∗ ) ´ dada por uma base ´tima o e o B associada a uma solu¸˜o b´sica xB = B −1 b ∗ n˜o degenerada e que ca a a o correspondente vetor de custos reduzidos seja n˜o negativo. a Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 20. Dependˆncia da otimalidade em fun¸˜o de b e ca Sendo n˜o denenerada, podemos modificar b ∗ para b e desde que a b ∗ − b seja suficientemente pequena B −1 b ≥ 0 ser´ uma solu¸˜o a ca b´sica vi´vel ´tima para o problema perturbado. a a o Logo, para b suficientemente pr´ximo de b ∗ , F (b) = cB B −1 b = p ′ b. o ′ Isto ´, nas vizinhan¸as de b ∗ , F (b) ´ uma fun¸˜o linear de b e seu e c e ca gradiente ´ dado por p. e Teorema O custo ´timo F (b) ´ uma fun¸˜o convexa de b no conjunto S. o e ca Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 21. Estrutura de F (b) Teorema O custo ´timo F (b) ´ uma fun¸˜o convexa de b no conjunto S. o e ca Prova Tomemos b 1 , b 2 ∈ S e seja x i : i = 1, 2 as correspondentes solu¸˜es co que minimizam F (b 1 ), F (b 2 ), respectivamente. Tome um escalar λ ∈ [0, 1] e defina y = λx 1 + (1 − λ)x 2 : ◮ y ∈ P(λb 1 + (1 − λ)b 2 ) → y ´ vi´vel. e a Observe que: F (λb 1 + (1 − λ)b 2 ) ≤ c ′y = λc ′ x 1 + (1 − λ)c ′ x 2 = λF (b 1 ) + (1 − λ)F (b 2 ) Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 22. Elaborando melhor o Teorema anterior Vamos elaborar o Teorema, avaliando agora o dual abaixo, que assumimos ser vi´vel: a max p′b p′A ≤ c ′ Por dualidade, para todo b ∈ S, F (b) = ′b para algum p. Sendo A uma matriz de posto m (completo), o poliedro dual possui pelo menos um ponto extremo. Sejam p 1 , . . . , p N os pontos extremos do poliedro dual. Ent˜o temos que F (b) = maxi =1,...,N (p i )′ b, b ∈ S a Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 23. Interpretando F (b) = maxi=1,...,N (p i )′b, b ∈ S F ´ dado pelo m´ximo de uma cole¸˜o finita de fun¸˜es lineares. e a ca co F ´ ent˜o dado pelo envelope superior de um conjunto finito de e a fun¸˜es lineares, sendo ent˜o linear por partes e convexa (prova co a alternativa do teorema anterior). Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 24. Sobre a diferenciabilidade de F (b) em rela¸˜o a b ca Para alguns valores de b (nos pontos onde duas fun¸˜es lineares co (p i )′ b e (p j )′ b se encontram), F (b) n˜o ´ diferenci´vel. a e a Nestes pontos, o programa dual admite mais de uma solu¸˜o otima. ca ´ Para tais valores de b, qualquer combina¸˜o linear convexa de p i e p j ca fornecem um vetor dual ´timo (subgradiente de F (b) em b !). o Consequentemente, para estes valores de b a solu¸˜o primal ´ ca e degenerada. Vimos que para uma solu¸˜o primal n˜o degenerada, ca a F (b) ´ localmente linear com b, n˜o podendo ser associada a um e a ponto n˜o diferenci´vel de F (b). a a Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 25. Comportamento de F (b) Vamos avaliar o comportamento de F (b) quando um determinado tipo de modifica c˜o ocorre em b ∗ . a Vamos verificar o que ocorre com F (b) quando, para b ∗ e d fixos, b = b ∗ + θd, para θ um escalar. Pela defini¸˜o de F (b) temos que: ca F (b(θ)) = F (θ) = maxi =1,...,N (p i )′ (b ∗ + θd), b ∗ + θd ∈ S Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 26. O conjunto de solu¸˜es duais ´timas co o Defini¸˜o - subgradiente ca Seja F uma fun¸˜o convexa definida em um conjunto convexo S. Seja b ∗ ca um elemento de S. Dizemos que um vetor p ´ um subgradiente de F em e b ∗ se: F (b ∗ ) + p ′ (b − b ∗ ) ≤ F (b), ∀b ∈ S Para a defini¸˜o do subgradiente, n˜o ´ feita nenhuma hip´tese de ca a e o diferenciabilidade de F . Observe que o subgradiente generaliza o conceito de gradiente para uma fun¸˜o convexa diferenci´vel definida em um conjunto convexo. ca a Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 27. Subgradientes de F (b) Quando b ∗ ´ um ponto para o qual (p i )′ b ∗ = (p j )′ b ∗ , isto ´ b ∗ define e e uma quina de F (b), existem v´rios subgradientes. a Quando F (b) ´ linear nas vizinhan¸as de b ∗ h´ apenas um e c a subgradiente. Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 28. O conjunto de solu¸˜es duais ´timas co o Teorema Assuma que o problema min c ′ x, x ∈ P(b ∗ ) assuma custo ´timo finito. o Ent˜o o vetor p ´ uma solu¸˜o ´tima para o problema dual associado se e a e ca o somente se p for um subgradiente de F (b) em b ∗ . Prova: → Por dualidade forte temos p ′ b ∗ = F (b ∗ ). Tome b ∈ S e x ∈ P(b). Por dualidade fraca temos p ′ b ≤ c ′ x. ınimo em x temos que p ′ b ≤ F (b). Tomando o m´ Ent˜o p ′ b − p ′ b ∗ ≤ F (b) − F (b ∗ ) que implica que a F (b ∗ ) + p ′ (b − b ∗ ) ≤ F (b) e logo p ´ um subgradiente de F em b ∗ . e Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 29. O conjunto de solu¸˜es duais ´timas co o Prova: ← Hip´tese: F (b ∗ ) + p ′ (b − b ∗ ) ≤ F (b) (p ´ subgradiente). o e Tome x ≥ 0, seja b = Ax e observe que x ∈ P(b). Por dualidade fraca F (b) ≤ c ′ x. Ent˜o temos: a p ′ Ax = p ′b ≤ F (b) − F (b ∗ ) + p ′ b ∗ ≤ c ′ x − F (b ∗ ) + p ′ b ∗ Uma vez que p ′ Ax ≤ c ′ x − F (b ∗ ) + p ′ b ∗ deve valer para qualquer x e que −F (b ∗ )p ′ b ∗ ´ um valor que independe de x, p ′ A ≤ c ′ . Logo p ′ ´ e e dual vi´vel. a Em particular para x = 0 temos F (b ∗ ) ≤ p ′ b ∗ . Por dualidade fraca temos que toda solu¸˜o dual vi´vel q satisfaz q ′ b ≤ F (b ∗ ) ≤ p ′ b ∗ . ca a ∗ ´ ´tima para o dual. Logo p e o Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 30. Avalia¸˜o da otimalidade em fun¸˜o de c ca ca Vamos desenvolver racioc´ an´logo para a dependˆncia da ınio a e otimalidade em fun¸˜o de modifica¸˜es no vetor de custos c. ca co Manteremos A e b fixos e perturbaremos c. Para tanto, vamos considerar o espa¸o de viabiliade dual p ′ A ≤ c ′ . c Vamos definir Q(c) = {p : p ′ A ≤ c ′ } e T = {c : Q(c) = ∅}. Dados c 1 , c 2 ∈ T , existem p 1 , p 2 (respectivamente) tais que (p i )′ A ≤ c ′ . Para qualquer escalar λ ∈ [0, 1], temos (λ(p 1 )′ + (1 − λ)(p 2 )′ )A ≤ λ(c 1 )′ + (1 − λ)(c 2 )′ e portanto λ(p 1 )′ + (1 − λ)(p 2 )′ ∈ T . Consequentemente T ´ convexo. e Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 31. Avalia¸˜o da otimalidade em fun¸˜o de c ca ca Tomando c ∈ T (dual invi´vel), o problema primal ´ ilimitado. Por a e outro lado, se c ∈ T o custo primal ´ finito. e Ent˜o vamos assumir que c ∈ T e vamos denotar o custo primal a o ´timo por G (c). Vamos denotar por x 1 , . . . , x N as solu¸˜es b´sicas do poliedro co a n : Ax = b}. Assim sendo, temos que {x ∈ R+ G (c) = mini =1,...,N c ′ x i e G (c) corresponde ao envelope inferior de uma cole¸˜o de fun¸˜es ´ ca co e lineares, sendo uma fun¸˜o linear por partes concava. ca Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 32. Avalia¸˜o da otimalidade em fun¸˜o de c ca ca Se para um valor c ∗ o programa primal admite uma unica solu¸˜o ´ ca ´tima x i , ent˜o temos que (c ∗ )′ x i < (c ∗ )′ x j : ∀j = i . o a Para todo c suficientemente pr´ximo a c ∗ , (c ∗ )′ x i < (c ∗ )′ x j : ∀j = i o deve continuar valendo. Desta forma, para solu¸˜es primais unicas co ´ G (c) = c ∗ x i . Para o caso de solu¸˜o primal m´ltipla, o correspondente valor de c ca u deve ser induzir uma quina de G (c). Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a
  • 33. Em s´ ıntese Teorema 1 O conjunto T de todos os valores de c para os quais o custo ´timo ´ o e finito ´ convexo. e 2 A fun¸˜o custo ´timo G (c) ´ uma fun¸˜o concava de c em T . ca o e ca 3 Se para um determinado valor c, a solu¸˜o primal ´tima ´ unica, ca o e´ ent˜o G ´ linear nas vizinhan¸as de c e seu gradiente ´ dado por x ∗ . a e c e Alexandre Salles da Cunha An´lise de Sensibilidade a