SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 44
ICS – A46 – A98 Imunologia Básica 2010 - 2
Esta disciplina é de responsabilidade da Divisão de Imunologia do  Departamento de Ciências de Biointeração do ICS - UFBA A Secretaria do Departamento funciona na sala 218 do segundo andar do ICS. Os professores podem ser encontrados no Setor de Extensão (térreo) ou no Setor de Pesquisa (acesso pelo segundo andar) ‏ do Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular.
A Divisão de Imunologia atua no ensino, na  pesquisa e na extensão, tendo como apoio o Laboratório de Imunologia  e Biologia Molecular.
No ensino de graduação, oferece-se três disciplinas: -Imunologia I - Imunologia Básica - Fundamentos de Biotecnologia Aplicados à Saúde
No ensino de pós-graduação, a Divisão de Imunologia é a principal responsável pelo Programa de Pós-Graduação em Imunologia da UFBA (PPGIm –UFBA), o qual oferece Mestrado e Doutorado “ stricto sensu” .  www.ppgimics.ufba.br
Na pesquisa, desenvolve-se linhas na área da saúde humana e animal, com apoio das diversas agências nacionais de fomento.
Na extensão, o Laboratório de Imunologia executa exames sorológicos e de  biolo- gia molecular (em 2009, realizou cerca de 300.000 exames) ‏ exclusivamente para  pacientes do SUS
A nossa página na Internet: www.labimuno.org.br
Os membros* da Divisão Imunologia
O sistema imune: uma visão geral 08 / 10.03.2010
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral O sistema imune atua  através de dois grandes grupos de mecanismos, bastante interligados,  denominados  Imunidade Inata  e  Imunidade Adaptativa.
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral A imunidade inata: ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Os mecanismos inatos foram os primeiros a surgir. São também os primeiros a aparecer em qualquer  nova resposta imunológica.
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral A imunidade na escala evolutiva: Danilova, N., MIT Open Course Ware, 2005
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Os mecanismos inatos são iniciados em geral a partir da interação do antígeno [particularmente aqueles de patógenos (PAMP)]  com alguns receptores presentes na membrana plasmática  de algumas células, designados como  “ pattern recognition receptors” (PRR)...
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral ...tais como TLR 1 , NLR 2 , RLH 3 , CLR 4  etc. 1 – receptores tipo “toll”; 2 – receptores tipo “NOD”; 3 – helicases tipo “RIG”; 4 – receptores de lectina tipo C
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral A descoberta dos receptores tipo “toll” O'Neill, Scientific American, 292:32, 2005.  Na primeira metade do século XX, um embrio- logista alemão constatou que drosófilas bizarras ( toll,  em alemão) geral- mente morriam infecta- das por fungos. O avanço nas pesquisas demonstrou que estas drosófilas eram deficien- tes em receptores que se assemelhavam aos recep- tores de Il-1. Observou-se depois que estes recepto- res estavam presentes  na superfície de fagócitos e células apresentadoras de antigenos. Foram de- nominados  toll like  receptors  (TLR).
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Os receptores TLR estão  principalmente nas membranas de células  mononucleares fagocíticas e são estimulados por diferentes frações / componentes antigênicos: O'Neill, Scientific American, 292:32, 2005.
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Defranco, A et al – In Immunity, p. 74-5, 2007 Mais de 10 TLRs são conhecidos,  capazes de reco- nhecer diferentes ligantes:
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Como já afirmado, a ativação celular a partir de receptores PRR leva à produção de citocinas e de outras moléculas  que desencadeiam mecanismos como a  fagocitose, a ativação de células NK, do complemento, a produção de proteínas de fase aguda etc., tornando plenos os mecanismos inatos.
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral A ativação gerada pelos TLR  induzem mecanismos inatos e, a seguir, mecanismos adaptativos:
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Os mecanismos adaptativos -são específicos -apresentam tipicamente  uma resposta primária fraca e de curta duração, seguida,  após novo contato, por uma  resposta bem mais intensa e duradoura, fruto da geração de uma memória imunológica no primeiro momento.
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Resposta adaptativa primária e secundária:
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Assim, a ativação de células como macrófagos e células dendríticas culmina com a geração de mecanismos de resposta adaptativa: eg
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Assim, a resposta imune adaptativa é  gerada principalmente pela ação de células mononucleares fagocíticas e linfócitos.  Existem três populações principais de linfócitos: - os linfócitos T, com três padrões fenotípicos e funcionais básicos:  - o  linfócito CD4+,  conhecido como linfócito T auxiliar tem papel central na regulação da resposta imune e funciona através da produção de citocinas [são divididos, com base nas citocinas que pro-  duzem, em linfócito T auxiliar 1, 2, 17 e regulatório (este último tem fenótipo CD4+, CD25+ e  função regulatória)].
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Th17 Treg Th1, Th2,
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral - o  CD8+,  conhecido como linfócito T citotóxico – tem atividade citolítica espe- cífica para, por exemplo, células infectadas por vírus, células tumorais etc. - o  CD4+ ou CD4-/CD8- , conhecido como linfócito NKT, com funções comuns  às imunidades inata e adaptativa. Assim, pode apresentar ação citotóxica ines- pecífica, mas pode também reconhecer especificamente  antígenos glicídicos / lipídicos e produzir citocinas  que  estimulam  a  resposta  adaptativa  celular e humoral.
Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral - o linfócito B, com duas atividades principais: - produção de anticorpos,  particularmente após se diferenciarem em plasmócitos.  - apresentação de antígenos. Os linfócitos B endocitam, processam e apresentam antígenos para os linfócitos T.
A organização do  tecido linfóide 15-17/03/2010
o tecido linfóide: linfócitos e  os diferentes tipos de fagócitos  mononucleares, aí  incluindo as diversas  populações  de  células  apresentado- ras de antígeno,  estão compondo o  tecido linfóide, que pode ser  frouxo, denso  e  nodular. Veja: frouxo denso mais células mono- nuleares fagocíticas, menos linfócitos bastante linfócitos, menos células mono- nucleares fagocíticas nodular nódulo em formação nódulo bem desenvolvido, evidenciando o manto e o centro germinativo o nodular tem celula- ridade do denso, or- ganizado, porém, em nódulos (= folículos) frouxo denso centro germinativo manto
O principal cenário dos mecanismos  de defesa:  os órgãos linfóides
órgãos linfóides primários ou centrais:  . medula óssea, timo e bursa órgãos linfóides secundários ou periféricos: . linfonodos, baço e MALT
órgãos linfóides A medula óssea  hematogênica no indivíduo adulto é encontrada nas cristas ilíacas e  no esterno O timo A medula óssea Linfonodos  Uma cadeia  como exemplo. O baço “ MALT”: apêndice, placas de Peyer,  tonsilas... GRANT, 1993
[object Object],[object Object],[object Object],A medula é uma estrutura reticular semelhante a uma  esponja, localizada entre  longas trabéculas. TRABÉCULA órgãos linfóides primários: a medula óssea
[object Object],[object Object],órgãos linfóides primários: o timo Localização e estrutura do timo
veja a estrutura histológica do timo com mais detalhes: - novamente o lóbulo tímico córtex  medula córtex medula córtex: tecido linfóide denso medula: tecido linfóide frouxo corpúsculo de Hassall células reticulares epiteliais  linfócitos
A Bursa de Fabricius está  presente  nas aves. Está localizada na parede do intes- tino  grosso,  na  cloaca. É  responsável pela maturação dos linfócitos B. A Bursa de Fabricius possui estrutura histológica semelhante ao Timo. Tam- bém é dividida em  lóbulos  (nódulos,  para alguns autores). órgãos linfóides  primários: a bursa Luz intestinal Epitélio intestinal Lóbulo Córtex Medula
o caminho da linfa e do sangue nos linfonodos órgãos linfóides secundários: linfonodos
uma visão histológica geral: Cortical externa Cortical interna Medular
os nódulos ou folículos, como já afirmado, são áreas de  linfócitos  B. Eles se formam  a partir da presença de antígenos, apresentados pelas células dendríticas, do tipo folicular, aí presentes. a camada  paracortical apresenta um predomínio de linfócitos T. Nesta camada são observadas numerosas vênulas de endotélio alto, que são os locais de chegada de linfócitos para este órgão.
.  o  baço  é  irrigado pela  artéria esplênica, que penetra no  hilo e se divide em ramos progressivamente  menores (cápsula, septos, parênquima).  Veja: C: cápsula; T: trabéculas; WP: polpa branca; RP: polpa vermelha. órgãos linfóides secundários: o baço
Polpa branca, polpa vermelha e distribuição das células imunocompetentes o baço é dividido nas polpas branca e vermelha polpa branca polpa vermelha área deLinfócitos B área de Linfócitos T área de células reti- culares/macrófagos hemácias
“ MALT” – tecido linfóide associado às mucosas –  Tonsilas : palatina lingual faríngea órgãos linfóides secundários: o “MALT”
ainda “MALT”: placas de Peyer e apêndice cecal placas de Peyer epitélio sobre as placas de Peyer apêndice cecal Sobota, Histologia, 5a. ed., 1997, Ed. Guanabara Koogan.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

ICS A46 - Imunologia Basica - Apresentação
ICS A46 - Imunologia Basica - ApresentaçãoICS A46 - Imunologia Basica - Apresentação
ICS A46 - Imunologia Basica - ApresentaçãoLABIMUNO UFBA
 
Introducao Imunobiotecnologia
Introducao ImunobiotecnologiaIntroducao Imunobiotecnologia
Introducao ImunobiotecnologiaLABIMUNO UFBA
 
Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02
Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02
Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02Guilherme Wendel
 
Sistema imunitário Biologia 12ºano
Sistema imunitário Biologia 12ºanoSistema imunitário Biologia 12ºano
Sistema imunitário Biologia 12ºanoCátia Teixeira
 
Células do Sistema Imune
Células do Sistema ImuneCélulas do Sistema Imune
Células do Sistema ImuneLys Duarte
 
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaRicardo Portela
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Gildo Crispim
 
Imunologia thaís benetti
Imunologia thaís benettiImunologia thaís benetti
Imunologia thaís benettiThais Benetti
 
Sistema imunologico fisiologia
Sistema imunologico   fisiologiaSistema imunologico   fisiologia
Sistema imunologico fisiologiaMalu Correia
 
Introducao Ao Sistema Imune
Introducao Ao Sistema ImuneIntroducao Ao Sistema Imune
Introducao Ao Sistema ImuneLABIMUNO UFBA
 
Imunologia microbiologia
Imunologia   microbiologiaImunologia   microbiologia
Imunologia microbiologiaCrismontalvao
 
Sistema imunológico
Sistema imunológicoSistema imunológico
Sistema imunológicoErnesto Silva
 
Sistema imunitário ppt
Sistema imunitário pptSistema imunitário ppt
Sistema imunitário pptanabela
 

Mais procurados (20)

ICS A46 - Imunologia Basica - Apresentação
ICS A46 - Imunologia Basica - ApresentaçãoICS A46 - Imunologia Basica - Apresentação
ICS A46 - Imunologia Basica - Apresentação
 
Imunologia
ImunologiaImunologia
Imunologia
 
Imunologia I
Imunologia IImunologia I
Imunologia I
 
Introducao Imunobiotecnologia
Introducao ImunobiotecnologiaIntroducao Imunobiotecnologia
Introducao Imunobiotecnologia
 
Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02
Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02
Sistemaimunolgico 120618081705-phpapp02
 
Sistema imunitário Biologia 12ºano
Sistema imunitário Biologia 12ºanoSistema imunitário Biologia 12ºano
Sistema imunitário Biologia 12ºano
 
Células do Sistema Imune
Células do Sistema ImuneCélulas do Sistema Imune
Células do Sistema Imune
 
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em ImunologiaICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
ICSA17 - Introdução e Conceitos Básicos em Imunologia
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]
 
Imunologia thaís benetti
Imunologia thaís benettiImunologia thaís benetti
Imunologia thaís benetti
 
Sistema imunologico fisiologia
Sistema imunologico   fisiologiaSistema imunologico   fisiologia
Sistema imunologico fisiologia
 
Slide imuno
Slide imunoSlide imuno
Slide imuno
 
Introducao Ao Sistema Imune
Introducao Ao Sistema ImuneIntroducao Ao Sistema Imune
Introducao Ao Sistema Imune
 
Sistema imune
Sistema imuneSistema imune
Sistema imune
 
Imuno 3
Imuno 3Imuno 3
Imuno 3
 
Imunologia microbiologia
Imunologia   microbiologiaImunologia   microbiologia
Imunologia microbiologia
 
Sistema imunológico
Sistema imunológicoSistema imunológico
Sistema imunológico
 
IMUNIDADE III
IMUNIDADE IIIIMUNIDADE III
IMUNIDADE III
 
Sistema imunológico
Sistema imunológicoSistema imunológico
Sistema imunológico
 
Sistema imunitário ppt
Sistema imunitário pptSistema imunitário ppt
Sistema imunitário ppt
 

Destaque

Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologiaMessias Miranda
 
Resposta imune infecções
Resposta imune infecçõesResposta imune infecções
Resposta imune infecçõesLABIMUNO UFBA
 
Imunidade Inata Adaptativa
Imunidade Inata AdaptativaImunidade Inata Adaptativa
Imunidade Inata AdaptativaLABIMUNO UFBA
 
Aspectos da resposta imune a tumores
Aspectos da resposta imune a tumoresAspectos da resposta imune a tumores
Aspectos da resposta imune a tumoresLABIMUNO UFBA
 
Hipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo ILABIMUNO UFBA
 
Ativação das células T
Ativação das células TAtivação das células T
Ativação das células TLABIMUNO UFBA
 
Hipersensibilidade II ,III e IV
Hipersensibilidade II ,III e IVHipersensibilidade II ,III e IV
Hipersensibilidade II ,III e IVLABIMUNO UFBA
 
Processamento antigênico células apresentadoras de antígenos
Processamento antigênico células apresentadoras de antígenosProcessamento antigênico células apresentadoras de antígenos
Processamento antigênico células apresentadoras de antígenosLABIMUNO UFBA
 
Imunidades das mucosas
Imunidades das mucosasImunidades das mucosas
Imunidades das mucosasLABIMUNO UFBA
 

Destaque (20)

Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologia
 
Resposta inata
Resposta inataResposta inata
Resposta inata
 
Resposta imune infecções
Resposta imune infecçõesResposta imune infecções
Resposta imune infecções
 
Vacinas
VacinasVacinas
Vacinas
 
Imunidade Inata Adaptativa
Imunidade Inata AdaptativaImunidade Inata Adaptativa
Imunidade Inata Adaptativa
 
Imunologia
ImunologiaImunologia
Imunologia
 
Sistema complemento
Sistema complementoSistema complemento
Sistema complemento
 
Tolerância
TolerânciaTolerância
Tolerância
 
Ri virus helmintos
Ri virus helmintosRi virus helmintos
Ri virus helmintos
 
Imunofluorescencia
ImunofluorescenciaImunofluorescencia
Imunofluorescencia
 
Aspectos da resposta imune a tumores
Aspectos da resposta imune a tumoresAspectos da resposta imune a tumores
Aspectos da resposta imune a tumores
 
Hipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo IHipersensibilidade tipo I
Hipersensibilidade tipo I
 
Ativação das células T
Ativação das células TAtivação das células T
Ativação das células T
 
Órgãos linfóides
Órgãos linfóidesÓrgãos linfóides
Órgãos linfóides
 
Hipersensibilidade II ,III e IV
Hipersensibilidade II ,III e IVHipersensibilidade II ,III e IV
Hipersensibilidade II ,III e IV
 
Linfócitos B
Linfócitos BLinfócitos B
Linfócitos B
 
Infecções
InfecçõesInfecções
Infecções
 
Vacinas
VacinasVacinas
Vacinas
 
Processamento antigênico células apresentadoras de antígenos
Processamento antigênico células apresentadoras de antígenosProcessamento antigênico células apresentadoras de antígenos
Processamento antigênico células apresentadoras de antígenos
 
Imunidades das mucosas
Imunidades das mucosasImunidades das mucosas
Imunidades das mucosas
 

Semelhante a Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral

Ap1 - Sistema LinfóIde os orgãos linfóIdes primários
Ap1 - Sistema LinfóIde os orgãos linfóIdes primáriosAp1 - Sistema LinfóIde os orgãos linfóIdes primários
Ap1 - Sistema LinfóIde os orgãos linfóIdes primáriosLABIMUNO UFBA
 
Células, tecidos e órgãos linfóides aula ii
Células, tecidos e órgãos linfóides aula iiCélulas, tecidos e órgãos linfóides aula ii
Células, tecidos e órgãos linfóides aula iiBila Bernardes
 
Cap1 imunologia
Cap1 imunologiaCap1 imunologia
Cap1 imunologiaphilhote
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Gildo Crispim
 
Sistema imunologico
Sistema imunologicoSistema imunologico
Sistema imunologicoGelma Rocha
 
ICSA17 - Células e Tecidos do Sistema Imune
ICSA17 - Células e Tecidos do Sistema ImuneICSA17 - Células e Tecidos do Sistema Imune
ICSA17 - Células e Tecidos do Sistema ImuneRicardo Portela
 
Sistema imunológico
Sistema imunológicoSistema imunológico
Sistema imunológicoURCA
 
clulasetecidos-131031144549-phpapp01.pdf
clulasetecidos-131031144549-phpapp01.pdfclulasetecidos-131031144549-phpapp01.pdf
clulasetecidos-131031144549-phpapp01.pdfFadaPoderosa
 
Imunologia i completa - arlindo
Imunologia i   completa - arlindoImunologia i   completa - arlindo
Imunologia i completa - arlindo00net
 
Sistema imunitário
Sistema imunitárioSistema imunitário
Sistema imunitárioBriefCase
 
Resumo histologia veterinária sistema imunológico
Resumo histologia veterinária sistema imunológicoResumo histologia veterinária sistema imunológico
Resumo histologia veterinária sistema imunológicoMonique Colombo
 

Semelhante a Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral (20)

Ap1 - Sistema LinfóIde os orgãos linfóIdes primários
Ap1 - Sistema LinfóIde os orgãos linfóIdes primáriosAp1 - Sistema LinfóIde os orgãos linfóIdes primários
Ap1 - Sistema LinfóIde os orgãos linfóIdes primários
 
Células, tecidos e órgãos linfóides aula ii
Células, tecidos e órgãos linfóides aula iiCélulas, tecidos e órgãos linfóides aula ii
Células, tecidos e órgãos linfóides aula ii
 
Sistema imune
Sistema imuneSistema imune
Sistema imune
 
Células e Tecidos
Células e TecidosCélulas e Tecidos
Células e Tecidos
 
Cap1 imunologia
Cap1 imunologiaCap1 imunologia
Cap1 imunologia
 
Imuno basica
Imuno basicaImuno basica
Imuno basica
 
Anticorpos Função
Anticorpos FunçãoAnticorpos Função
Anticorpos Função
 
Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]Celulas do sistema imunológico[1]
Celulas do sistema imunológico[1]
 
O que é imunologia
O que é imunologiaO que é imunologia
O que é imunologia
 
Sistema imunologico
Sistema imunologicoSistema imunologico
Sistema imunologico
 
Imunologia fiocruz
Imunologia fiocruzImunologia fiocruz
Imunologia fiocruz
 
Aula 1 geral hq
Aula 1 geral hqAula 1 geral hq
Aula 1 geral hq
 
4. Imunidade.pdf
4. Imunidade.pdf4. Imunidade.pdf
4. Imunidade.pdf
 
ICSA17 - Células e Tecidos do Sistema Imune
ICSA17 - Células e Tecidos do Sistema ImuneICSA17 - Células e Tecidos do Sistema Imune
ICSA17 - Células e Tecidos do Sistema Imune
 
Sistema imunológico
Sistema imunológicoSistema imunológico
Sistema imunológico
 
clulasetecidos-131031144549-phpapp01.pdf
clulasetecidos-131031144549-phpapp01.pdfclulasetecidos-131031144549-phpapp01.pdf
clulasetecidos-131031144549-phpapp01.pdf
 
Imunologia i completa - arlindo
Imunologia i   completa - arlindoImunologia i   completa - arlindo
Imunologia i completa - arlindo
 
Sistema imunitário
Sistema imunitárioSistema imunitário
Sistema imunitário
 
Medresumos 2016 mad ii
Medresumos 2016   mad iiMedresumos 2016   mad ii
Medresumos 2016 mad ii
 
Resumo histologia veterinária sistema imunológico
Resumo histologia veterinária sistema imunológicoResumo histologia veterinária sistema imunológico
Resumo histologia veterinária sistema imunológico
 

Mais de LABIMUNO UFBA

Mais de LABIMUNO UFBA (11)

Critérios de Validação
Critérios de ValidaçãoCritérios de Validação
Critérios de Validação
 
Citometria de fluxo
Citometria de fluxoCitometria de fluxo
Citometria de fluxo
 
Autoimunidade
AutoimunidadeAutoimunidade
Autoimunidade
 
Resposta imune celular
Resposta imune celularResposta imune celular
Resposta imune celular
 
MHC
MHCMHC
MHC
 
Anticorpos
AnticorposAnticorpos
Anticorpos
 
Antígenos
AntígenosAntígenos
Antígenos
 
Orgãos Linfóides Primários e Secundários
Orgãos Linfóides Primários e SecundáriosOrgãos Linfóides Primários e Secundários
Orgãos Linfóides Primários e Secundários
 
Imunoterapia
ImunoterapiaImunoterapia
Imunoterapia
 
Auto imunidade
Auto imunidadeAuto imunidade
Auto imunidade
 
Tolerância
TolerânciaTolerância
Tolerância
 

Último

Assistencia de enfermagem no pos anestesico
Assistencia de enfermagem no pos anestesicoAssistencia de enfermagem no pos anestesico
Assistencia de enfermagem no pos anestesicoWilliamdaCostaMoreir
 
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃOeMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃOMayaraDayube
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgeryCarlos D A Bersot
 
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCCAmamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCCProf. Marcus Renato de Carvalho
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfGustavoWallaceAlvesd
 
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjdMedicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjdClivyFache
 

Último (6)

Assistencia de enfermagem no pos anestesico
Assistencia de enfermagem no pos anestesicoAssistencia de enfermagem no pos anestesico
Assistencia de enfermagem no pos anestesico
 
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃOeMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
eMulti_Estratégia APRRESENTAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
 
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery  after surgery in neurosurgeryEnhanced recovery  after surgery in neurosurgery
Enhanced recovery after surgery in neurosurgery
 
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCCAmamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
Amamentação: motricidade oral e repercussões sistêmicas - TCC
 
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdfSistema endocrino anatomia humana slide.pdf
Sistema endocrino anatomia humana slide.pdf
 
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjdMedicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
Medicina Legal.pdf jajahhjsjdjskdhdkdjdjdjd
 

Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral

  • 1. ICS – A46 – A98 Imunologia Básica 2010 - 2
  • 2. Esta disciplina é de responsabilidade da Divisão de Imunologia do Departamento de Ciências de Biointeração do ICS - UFBA A Secretaria do Departamento funciona na sala 218 do segundo andar do ICS. Os professores podem ser encontrados no Setor de Extensão (térreo) ou no Setor de Pesquisa (acesso pelo segundo andar) ‏ do Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular.
  • 3. A Divisão de Imunologia atua no ensino, na pesquisa e na extensão, tendo como apoio o Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular.
  • 4. No ensino de graduação, oferece-se três disciplinas: -Imunologia I - Imunologia Básica - Fundamentos de Biotecnologia Aplicados à Saúde
  • 5. No ensino de pós-graduação, a Divisão de Imunologia é a principal responsável pelo Programa de Pós-Graduação em Imunologia da UFBA (PPGIm –UFBA), o qual oferece Mestrado e Doutorado “ stricto sensu” . www.ppgimics.ufba.br
  • 6. Na pesquisa, desenvolve-se linhas na área da saúde humana e animal, com apoio das diversas agências nacionais de fomento.
  • 7. Na extensão, o Laboratório de Imunologia executa exames sorológicos e de biolo- gia molecular (em 2009, realizou cerca de 300.000 exames) ‏ exclusivamente para pacientes do SUS
  • 8. A nossa página na Internet: www.labimuno.org.br
  • 9. Os membros* da Divisão Imunologia
  • 10. O sistema imune: uma visão geral 08 / 10.03.2010
  • 11. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral O sistema imune atua através de dois grandes grupos de mecanismos, bastante interligados, denominados Imunidade Inata e Imunidade Adaptativa.
  • 12.
  • 13. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Os mecanismos inatos foram os primeiros a surgir. São também os primeiros a aparecer em qualquer nova resposta imunológica.
  • 14. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral A imunidade na escala evolutiva: Danilova, N., MIT Open Course Ware, 2005
  • 15. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Os mecanismos inatos são iniciados em geral a partir da interação do antígeno [particularmente aqueles de patógenos (PAMP)] com alguns receptores presentes na membrana plasmática de algumas células, designados como “ pattern recognition receptors” (PRR)...
  • 16. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral ...tais como TLR 1 , NLR 2 , RLH 3 , CLR 4 etc. 1 – receptores tipo “toll”; 2 – receptores tipo “NOD”; 3 – helicases tipo “RIG”; 4 – receptores de lectina tipo C
  • 17. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral A descoberta dos receptores tipo “toll” O'Neill, Scientific American, 292:32, 2005. Na primeira metade do século XX, um embrio- logista alemão constatou que drosófilas bizarras ( toll, em alemão) geral- mente morriam infecta- das por fungos. O avanço nas pesquisas demonstrou que estas drosófilas eram deficien- tes em receptores que se assemelhavam aos recep- tores de Il-1. Observou-se depois que estes recepto- res estavam presentes na superfície de fagócitos e células apresentadoras de antigenos. Foram de- nominados toll like receptors (TLR).
  • 18. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Os receptores TLR estão principalmente nas membranas de células mononucleares fagocíticas e são estimulados por diferentes frações / componentes antigênicos: O'Neill, Scientific American, 292:32, 2005.
  • 19. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Defranco, A et al – In Immunity, p. 74-5, 2007 Mais de 10 TLRs são conhecidos, capazes de reco- nhecer diferentes ligantes:
  • 20. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Como já afirmado, a ativação celular a partir de receptores PRR leva à produção de citocinas e de outras moléculas que desencadeiam mecanismos como a fagocitose, a ativação de células NK, do complemento, a produção de proteínas de fase aguda etc., tornando plenos os mecanismos inatos.
  • 21. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral A ativação gerada pelos TLR induzem mecanismos inatos e, a seguir, mecanismos adaptativos:
  • 22. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Os mecanismos adaptativos -são específicos -apresentam tipicamente uma resposta primária fraca e de curta duração, seguida, após novo contato, por uma resposta bem mais intensa e duradoura, fruto da geração de uma memória imunológica no primeiro momento.
  • 23. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Resposta adaptativa primária e secundária:
  • 24. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Assim, a ativação de células como macrófagos e células dendríticas culmina com a geração de mecanismos de resposta adaptativa: eg
  • 25. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Assim, a resposta imune adaptativa é gerada principalmente pela ação de células mononucleares fagocíticas e linfócitos. Existem três populações principais de linfócitos: - os linfócitos T, com três padrões fenotípicos e funcionais básicos: - o linfócito CD4+, conhecido como linfócito T auxiliar tem papel central na regulação da resposta imune e funciona através da produção de citocinas [são divididos, com base nas citocinas que pro- duzem, em linfócito T auxiliar 1, 2, 17 e regulatório (este último tem fenótipo CD4+, CD25+ e função regulatória)].
  • 26. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral Th17 Treg Th1, Th2,
  • 27. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral - o CD8+, conhecido como linfócito T citotóxico – tem atividade citolítica espe- cífica para, por exemplo, células infectadas por vírus, células tumorais etc. - o CD4+ ou CD4-/CD8- , conhecido como linfócito NKT, com funções comuns às imunidades inata e adaptativa. Assim, pode apresentar ação citotóxica ines- pecífica, mas pode também reconhecer especificamente antígenos glicídicos / lipídicos e produzir citocinas que estimulam a resposta adaptativa celular e humoral.
  • 28. Imunidade inata e adaptativa: uma visão geral - o linfócito B, com duas atividades principais: - produção de anticorpos, particularmente após se diferenciarem em plasmócitos. - apresentação de antígenos. Os linfócitos B endocitam, processam e apresentam antígenos para os linfócitos T.
  • 29. A organização do tecido linfóide 15-17/03/2010
  • 30. o tecido linfóide: linfócitos e os diferentes tipos de fagócitos mononucleares, aí incluindo as diversas populações de células apresentado- ras de antígeno, estão compondo o tecido linfóide, que pode ser frouxo, denso e nodular. Veja: frouxo denso mais células mono- nuleares fagocíticas, menos linfócitos bastante linfócitos, menos células mono- nucleares fagocíticas nodular nódulo em formação nódulo bem desenvolvido, evidenciando o manto e o centro germinativo o nodular tem celula- ridade do denso, or- ganizado, porém, em nódulos (= folículos) frouxo denso centro germinativo manto
  • 31. O principal cenário dos mecanismos de defesa: os órgãos linfóides
  • 32. órgãos linfóides primários ou centrais: . medula óssea, timo e bursa órgãos linfóides secundários ou periféricos: . linfonodos, baço e MALT
  • 33. órgãos linfóides A medula óssea hematogênica no indivíduo adulto é encontrada nas cristas ilíacas e no esterno O timo A medula óssea Linfonodos Uma cadeia como exemplo. O baço “ MALT”: apêndice, placas de Peyer, tonsilas... GRANT, 1993
  • 34.
  • 35.
  • 36. veja a estrutura histológica do timo com mais detalhes: - novamente o lóbulo tímico córtex medula córtex medula córtex: tecido linfóide denso medula: tecido linfóide frouxo corpúsculo de Hassall células reticulares epiteliais linfócitos
  • 37. A Bursa de Fabricius está presente nas aves. Está localizada na parede do intes- tino grosso, na cloaca. É responsável pela maturação dos linfócitos B. A Bursa de Fabricius possui estrutura histológica semelhante ao Timo. Tam- bém é dividida em lóbulos (nódulos, para alguns autores). órgãos linfóides primários: a bursa Luz intestinal Epitélio intestinal Lóbulo Córtex Medula
  • 38. o caminho da linfa e do sangue nos linfonodos órgãos linfóides secundários: linfonodos
  • 39. uma visão histológica geral: Cortical externa Cortical interna Medular
  • 40. os nódulos ou folículos, como já afirmado, são áreas de linfócitos B. Eles se formam a partir da presença de antígenos, apresentados pelas células dendríticas, do tipo folicular, aí presentes. a camada paracortical apresenta um predomínio de linfócitos T. Nesta camada são observadas numerosas vênulas de endotélio alto, que são os locais de chegada de linfócitos para este órgão.
  • 41. . o baço é irrigado pela artéria esplênica, que penetra no hilo e se divide em ramos progressivamente menores (cápsula, septos, parênquima). Veja: C: cápsula; T: trabéculas; WP: polpa branca; RP: polpa vermelha. órgãos linfóides secundários: o baço
  • 42. Polpa branca, polpa vermelha e distribuição das células imunocompetentes o baço é dividido nas polpas branca e vermelha polpa branca polpa vermelha área deLinfócitos B área de Linfócitos T área de células reti- culares/macrófagos hemácias
  • 43. “ MALT” – tecido linfóide associado às mucosas – Tonsilas : palatina lingual faríngea órgãos linfóides secundários: o “MALT”
  • 44. ainda “MALT”: placas de Peyer e apêndice cecal placas de Peyer epitélio sobre as placas de Peyer apêndice cecal Sobota, Histologia, 5a. ed., 1997, Ed. Guanabara Koogan.