Seminário: "Apresentação do tema "História da Ciência da Religião"enquadrado na disciplina "Introdução a Pesquisa em Ciências da Religião I" - PUC-SP (Segundo semestre - 2014).
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
A Historia da Ciência da Religião.
1. .
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA RELIGIÃO
A HISTÓRIA DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO
Trabalho a ser apresentado no Departamento de Ciência da
Religião da PUC-SP Segundo Semestre de 2014
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 1
2. INÍCIO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA C.R
REFERENCIA, PERIÓDICOS E
CONGRESSOS
FORMAÇÃO DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO
• ESTUDOS FILOLÓGICOS NA EUROPA
• INSTITUCIONALIZAÇÃO DA C. DA
RELIGIÃO
• MAX MÜLLER A CONSOLIDAÇÃO DA C.R
ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO DA C.R
ATUALIDADE DA CIENCIA DA RELIGIÃO
O CASO BRASILEIRO
HISTORIA INACANBADA DA CIENCIA DA
RELIGIAO
Sumário
INTRODUÇÃO
HISTÓRIA DAS RELIGIÕES:
• ANTIGUIDADE GREGA;
• IDADE MEDIA (SEC. V – XV);
• EXPANSÃO EUROPEIA (SEC. XV E XV);
• SEC. XVIII AO SEC. XIX ( R. FRANCESA
E INDUSTRIAL).
ESTATUDO IDEAL DA CIÊNCIA DA RELIGIAO
TENDÊNCIAS CONSTITUTIVAS PARA A
FORMACAO DA C.R.
NITIDEZ NA NOMENCLATURA
M. MULER E A CONSOLIDAÇÃO DA C.
RELIGIÃO
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3. Introdução
• A Ciência da Religião fundamenta-se na investigação empírica
e sistemática das religiões, segundo seu desenvolvimento e
características essenciais.
• O estatuto atual da Ciência da Religião resulta de um longo
percurso que se inicia com a História das Religiões (...)
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4. A HISTÓRIA DAS RELIGIÕES
A abordagem histórica das religiões é tão velha quanto a própria história
da humanidade. Os primeiros registos encontram-se primeiramente:
Antiguidade grega:
• Heródote, Parménides, Empédocles, Platão, Aristóteles,
Teofrasto, Berose e Magaste, são os mais significativos.
Cristianismo “Patrística sec. II a VII”
• Elaboração doutrinal das verdades de fé.
Historia das Religiões (Eduardo bastos Albuquerque) pag. 21,22,23,24
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5. Idade Média (sec. V – XV)
• A Igreja Católica dominava o cenário religioso, mas as reflexões mais
significativas foram realizados pelos Árabes.
Expansão europeia (sec. XV)
I. Fim do período de encerramento europeu em si mesmo;
II. Conquista do além-mar (colonialismo)
III. Contato com as culturas africanas, asiáticas, americanas
(influência mutua)
Historia das Religiões (Eduardo bastos Albuquerque) pag. 21,22,23,24
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6. Sec. XVI
I. Maior conhecimento das religiões (descrição dos missionários
católicos e protestantes e relatórios de militares).
II. Ruptura interna do Cristianismo e a consolidação do
protestantismo.
III. Negação do pressuposto que a Bíblia seria o mais antigo
repositório teológico de discursos sagrados da
humanidade.
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7. Sec. XVIII ao sec. XIX ( R. Francesa e Industrial)
I. Novas mudanças políticas, sociais e econômicas;
II. Publicação do “Sacred Book of the East”, coleção de
clássicos literários, filosóficos e religiosos chineses,
indianos e islâmicos;
III. Predomínio das ideologias naturalistas e positivistas
propagadoras de um evolucionismo biológico e social;
IV. Divisão no campo das ciências históricas, originando
novas abordagens (Sociológica, Antropológica, Etnológica
Econômica e Psicológica).
Historia das Religiões (Eduardo bastos Albuquerque) pag. 21,22,23,24
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8. A H.R. e básica para as outras vertentes da Ciência da Religião,
uma vez que, para interpretar o fato religioso é preciso conhece-lo.
Ela é:
• DESCRITIVA (mostra fatos religiosos concretos transmitidos pelos
seres humanos), podendo abranger monumentos, ritos, as obras
de arte, textos...
• ANALÍTICA (analisa as causas das manifestações religiosas, seu
contexto cultural e influencias sobre acontecimentos)
• COMPARATIVA - Comparar com outras religiões (ciência
comparada)
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9. O STATUS IDEAL DA C.R. COMO REFERÊNCIA
A C.R. e um empreendimento acadêmico que interessa pelo
conhecimento, orientado por teorias específicas e dedica-se de maneira
não normativa ao estudo histórico e sistemático das religiões e suas
manifestações.
• Seu objeto se encontra no mundo empírico (investiga elementos
religiosos empiricamente acessíveis);
• Não instrumentaliza seu objeto em prol de uma apologia;
• Defende uma postura epistemológica comprometido com o ideal da “
indiferença” (ateísmo metodológico” ou agnosticismo metodológico”;
• O objetivo do cientista não e estabelecer uma verdade última
Esses elementos apontam para uma ciência paradigmaticamente
homogênea.
In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pág. 51
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10. TENDÊNCIAS CONSTITUTIVAS PARA A
FORMACÃO DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO
Ao longo da sua formação e institucionalização a C.R passou por
duas tendências interacionadas
• Crescente conhecimento sobre outras culturas e suas
caraterísticas religiosas
• Crescente submissão dos estudo das religiões ao
pensamento científico contraria as abordagens apologéticas.
In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pág. 52
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11. O crescente do saber sobre outras religiões.
Em paralelo com o conhecimento sobre aspetos de outras religiões
“judaico-cristã”, autores Gregos, Chineses, e Muçulmanos produziram
relatos interessantes
• Estudos primordiais de Heródoto (484-425 a. C) foram feitas na
Grécia antiga com descrições sobre costumes religiosos do Egito,
Babilônia e Pérsia.
• O Chinês Fa-Hien (337-422 d.C) publicou seu relato sobre países
budistas com informações e anotações de dados históricos sobre
rotinas da comunidade budista.
In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pãg. 52, 53, 54
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12. • Hieun-Tsiang (603-664 d.C) jovem viajante chinês que
coletou manuscritos e artefatos budistas para o
conhecimento dos chineses;
• Al Biruni (972-1050) informou seus leitores sobre as
crenças e praticas na Índia e pérsia;
• Ibn Hazmn (994-1064) colecionou informações sobre o
Judaísmo e o Cristianismo;
• Sharastani (1086-1153), historiador Persa que fez uma
descrição sistemática de todas as religiões ate então
conhecidas.
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13. • Estudos filológicos na Europa (sec. XVII) representam um
salto no conhecimento de outras religiões.
• Foram decifrados hieróglifos* egípcios de caráter
cuneiformes mesopotâmicos.
• Elaboraram dicionários e gramáticas de línguas orientais
(árabe, chinês e malaio, persa, pali e sânscrito)
* A escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos sumérios, sendo a designação geral dada a certos tipos
de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios, o
mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado pelos sumérios por volta de 3500 a.C. Inicialmente a
escrita representava formas do mundo (pictogramas), mas por praticidade as formas foram se tornando mais
simples e abstratas.
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14. Esses estudos culminaram com a primeira publicação completa
dos quatro clássicos confucionistas por Francisco Noel (1651-
1729) para o Latim em 1711.
• Sessenta anos mais tarde Abraham Hyacin (1731-1085) lançou
um estudo com cerca de 180 manuscritos avésticos em Surat.
• Charles Wilkins (1749-1836) publicou a primeira tradução de
bhagavad Gita para inglês.
• Eugene Burnof (1840-1847) lançou os três volumes da sua
tradução francesa do Bhagavad Purana.
• Michael Viggo (1821-1908) ofereceu a tradução latina do
Dhammapada, texto budista escrito em pali.
Nos sec. XIX e XX foram feitos estudos arqueológicos com escavações
em Troia, Creta, Turquia e Egito bem como as descobertas rupestres no
sul da Franca
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 14
15. NITIDEZ NA NOMENCLATURA
Na segunda metade do sec. XIX os sinais de uma consciência
disciplinar ficou mais consolidada.
• Deixa de ser uma nomenclatura vaga e assume uma
denotação especifica apontado para uma matéria
acadêmica especifica
• Nesse processo Max Muller (1823-1900) foi decisivo para
que a disciplina ganhasse o estatuto de ciência autônoma.
In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pãg. 56
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16. MAX MULLER E A CONSOLIDAÇÃO DA C. RELIGIÃO
Muller foi professor da Universidade de Oxford e no prefacio do
seu livro Chips from German Workshop (1867) introduziu o termo
Ciência da Religião como disciplina própria.
• Segundo ele a CR (religionswisseschaft), tinha que ser uma
disciplina comparativa.
• Ele é considerado um dos mais importantes pioneiros da CR que
além de ter insistido no status da disciplina, despertou polêmicas,
o interesse público pela CR e incentivou o uso de fontes como
bases obrigatórias para o trabalho cientifico com religiões.
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 16
17. INÍCIO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO
DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO
Os desenvolvimentos subsequentes provaram a pertinência da
visão de Muller
• 1873 – fundação da primeira Cátedra em Historia Geral da
Religião na Universidade de Genebra;
• 1877 - surgiram quatro Cátedras nas Universidades holandesas
de Amsterdã;
• 1879 – inauguração da primeira cátedra de Historia das Religiões
na França ;
• 1884 - primeira cátedra de H.R em Bruxelas e Roma que dois
anos mais tarde foi transformada em Historia do Cristianismo.
In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pág.. 56
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 17
18. Em Grã-Bretanha a CR ganhou autonomia em1904 e na Itália
aconteceu apenas em 1924.
• As últimas três décadas do sec. XIX foram decisivas para a CR
e para várias das suas “ disciplinas de referência”, entre elas a
Sociologia e a Psicologia.
• Apesar de matérias ainda heterogêneas a C.R. ganhou
apoio institucional devido a fundação de Cátedras na Suíça,
Holanda, Bélgica, Franca, Inglaterra, Alemanha e Itália.
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 18
19. REFERÊNCIA, PERIÓDICOS E CONGRESSOS
• Na virada do sec. XIX para o XX os pesquisadores usavam
Enciclopédias e Compêndios como referências comuns.
• Uma das enciclopédias mais importantes foi o Die Religion in Geschischte und
Geenwart (Religião Passado e Presente) cujos cinco volumes foram lançados
entre 1900-1913.
• Também foram fundados periódicos dedicados as divulgação de
pesquisas na área.
• Entre os mais importantes encontram-se, a Revue de L’histoire de religions
(1880) Archive fur Religionswissenchaft(1899), Antrhopos (1904)
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20. • Foram organizados os primeiros congressos associados a
Ciência da Religião.
• O primeiro encontro aconteceu em 1897 em Estocolmo;
• O segundo aconteceu em 1900 numa exposicao Mundial em
Paris;
• Outros encontros aconteceram em Basileia (1904), Osford
(1908), e em Leiden (1912).
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21. ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO DA C.R.
Essa preocupação tem gerado discussões e
questionamentos sobre a respeitabilidade acadêmica
da disciplina.
• Procura-se respostas para questões tais como:
• O que permite dizer que a CR e uma ciência?
• Trata-se de uma ciência, ou varias ciências?
• É uma disciplina autônoma que merece lugar na academia?
• Seu objeto e único, original, ou e múltiplo e derivado?
• Como se diferencia de outras disciplinas?
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22. O debate não tem trazido consenso sobre todos os
pormenores, porém, contribui para verificar unanimidade em
alguns aspetos:
• Encontra-se uma variedade de nomenclaturas (Ciências da
Religião, Ciência da Religião, Ciência das Religiões e
Ciências das Religiões), mas não atinge o consenso sobre a
estrutura interna
• Tal pluridade interna não e sintoma de falta de reflexão
metateórica sobre a disciplina
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 22
23. • A CR mostra sua competência em lidar com essa riqueza
fenomenológica uma vez que, atua como uma ciência
integral das religiões
• A prosperidade da CR depende não apenas da dinâmica
entre ela e as ciências auxiliares, mas também sua abertura
aos discursos inovadores
• A riqueza material promovido pelos esforços
interdisciplinares requer do cientista a disponibilidade de
submeter seu trabalho a uma dinâmica coletiva de acordo
com especialidades individuais na produção do
conhecimento
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24. ATUALIDADE DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO
Atualmente a CR e uma disciplina autônoma que baseia em
pesquisas empírica, e sistemática da religião e religiões.
• Abrange uma diversidade de disciplinas que analisam o fenômeno
religioso sob aspetos específicos.
• Tradicionalmente distingue-se:
• Ciência da Religião Histórica (história das Religiões)
Análise histórica particular das religiões através de descrições
diacrônicas
• Ciência da Religião sistemática (Sistemática da Religião)
procura evidenciar, o típico, na forma de descrições sincrônicas
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25. As duas vertentes estão em estreita relação:
• A Ciência da Religião desenvolve suas tipologias com base
no material empírico disponibilizado pela pesquisa Histórica
das Religiões
• A História das Religiões aproveita dos critérios e
categorias da Ciência da Religião para o registo ordenado
da diversidade histórica.
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 25
26. • O objetivo é inventariar de forma abrangente, fatos do mundo
religioso investigando suas inter-relações com outras áreas, a
partir do estudo de fenômenos religiosos concretos.
• Ela tem uma estrutura multidisciplinar, ou seja, é um campo de
intersecção de várias disciplinas.
• As mais referidas são:
• A História da Religião, a Sociologia da Religião e a
Psicologia da Religião, a Antropologia da Religião e
Filosofia da Religião.
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27. • História da Religião – Aborda o fenômeno religioso a partir
de uma perspectiva Histórica e Antropológica no tempo e no
espaço.
• A Sociologia da Religião - Ciência Moderna, produto de
grandes transformações ocorridas na Europa (sec. XVI e XVII),
cujos fundadores foram:
• Karl Marx (1818-1883), Émile Durkheim (1858 – 1917), Max Weber (1864 -
de 1920)
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28. • Psicologia da Religião - aplica princípios e métodos da
psicologia ao estudo científico do comportamento
religioso do homem.
• Antropologia da Religião – análise cientifica do
fenômeno religioso advindas das diferentes culturas
desfazendo preconceitos.
• Filosofia da Religião – é chamada a mostrar os
fundamentos e o sentido da religião.
Obs. Fazem parte desse grupo outras disciplinas como. Goografia,
estetica, economia etc.
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29. O CASO BRASILEIRO
Ainda que o estudo da religião esteja bem estabelecida o mesmo
não se pode dizer dos programas de Pós-graduação em Ciências
da Religião.
• Os que existem desde 1970 são alvos de críticas,
principalmente por Antônio Flávio Pierucci na década de 1990.
• Levantava a preocupação de que a maioria dos pesquisadores pertenciam aos
programas eram oriundos do clero católico e protestante, o que impedia uma
abordagem cientifica no estudo da religião .
Estatuto Epistemológico da Ciência da Religião. Pág. 45
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30. • Essa crítica nos remete para as dificuldades epistemológicas
em estabelecer o dialogo com outras disciplinas. De um lado a
Teologia e a filosofia (com viés apologista) e por outro lado as
Ciências Sociais.
• Essa situação decorre de controvérsias epistemológicas mal
apresentadas e mal conduzidas.
A relevância acadêmica no Brasil está ligado a um trabalho
epistemológico ainda por se fazer no esclarecimento da disciplina
face a Teologia.
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31. HISTÓRIA INACANBADA DA
CIÊRNCIA DA RELIGIÃO
• Um olhar atual revela a existência de muitos cursos
institucionalizados e associações que coordenam interesses
dos cientistas da religião no âmbito Nacional e Internacional.
• De destacar a Internacional Association for the History of Religion
(1950) visando promover atividades de todos os membros (42
associações nacionais e 6 regionais (2012) contribuem para o estudo
comparado das religiões.
• A internacionalização da CR e dos seus resultados varia de pais
para pais dependendo de fatores extra acadêmicos.
In Historia da Ciência da Religião pag. 59
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32. • No Japão foi decisivo a abertura do pais para o Ocidente e suas
tradições intelectuais a partir do sec. XIX .
• Foi fundada a Japone Associatin for Religion Studies (1930)
• No Leste Europeu criou-se um novo horizonte para o estudo da
religião, com a criação de Departamentos de CR na
• Ucrânia (1991);
• Bucareste (2003);
• Budapeste (2005).
• Na Austrália a CR se beneficiou como uma onda de
institucionalização (1970) que culminou com a criação da
• Autralian Association for the study of Religion (1970)
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33. • Três anos mais tarde surgiram:
• Association for the Study of Religion in Southerm África (atua a
nível Sub-regional)
• Nigerian Association for the Study of Religion (Nacional)
• African Association for the Study of Religions (Regional)
• Association Latina para el Estudio de Las Religiones
• A nível Nacional temos:
• Associação Brasileira de Historia das Religiões (1999)
• Associação de Pós-graduação e pesquisa em Teologia e C.R (2008)
Esses exemplos comprovam a dinâmica da CR na busca de identidade tentando
conciliar as exigências disciplinares originalmente formuladas por eruditos
europeus nos finais do séc. XIX.
In Historia da Ciência da Religião pag. 60
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34. CONCLUSÃO
É um emprendimento recente que vem ganhando importância
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no meio acadêmico e social;
A institucionalização da C.R tem contribuído para que se torne
uma ciência paradigmaticamente homogênea;
A prática da C.R implica um afastamento do objeto de estudo.
No Brasil esta na fase de consolidacão, porém, ainda é preciso
desmistificar supostas ligações com a Teologia.
35. BIBLIOGRAFIA
• Compêndio da Ciênciada Religião (Joao Décio Passos. Frank Usarski (orgs)
– Sao Paulo: Paulinas: Oaulus, 2013.
• O Espetro Disciplinar da Ciência da religião / Frank Usarski (Org). – Sao
Paulo: Paulinas, 2007 – Coleção Pansadores da religião.
• SARSKI, Frank / Constituintes da Ciência da Religião: Cinco Ensaios em
Prol de uma Disciplina Autônoma / Frank Usarski – Sao Paulo, 2006
Coleção Pensadores da Religiôo
• RERIM, Aldo Natale. Introducao ao Estudo Comparado das religiões / Aldo
Natale terim, Traduçao Jiuseppe Bertazzo. – Sao Paulo, 2013 (Coleção
Religião e Cultura)
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