SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 35
. 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA RELIGIÃO 
A HISTÓRIA DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO 
Trabalho a ser apresentado no Departamento de Ciência da 
Religião da PUC-SP Segundo Semestre de 2014 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 1
 INÍCIO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA C.R 
 REFERENCIA, PERIÓDICOS E 
CONGRESSOS 
 FORMAÇÃO DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO 
• ESTUDOS FILOLÓGICOS NA EUROPA 
• INSTITUCIONALIZAÇÃO DA C. DA 
RELIGIÃO 
• MAX MÜLLER A CONSOLIDAÇÃO DA C.R 
 ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO DA C.R 
 ATUALIDADE DA CIENCIA DA RELIGIÃO 
 O CASO BRASILEIRO 
 HISTORIA INACANBADA DA CIENCIA DA 
RELIGIAO 
Sumário 
 INTRODUÇÃO 
 HISTÓRIA DAS RELIGIÕES: 
• ANTIGUIDADE GREGA; 
• IDADE MEDIA (SEC. V – XV); 
• EXPANSÃO EUROPEIA (SEC. XV E XV); 
• SEC. XVIII AO SEC. XIX ( R. FRANCESA 
E INDUSTRIAL). 
 ESTATUDO IDEAL DA CIÊNCIA DA RELIGIAO 
 TENDÊNCIAS CONSTITUTIVAS PARA A 
FORMACAO DA C.R. 
 NITIDEZ NA NOMENCLATURA 
 M. MULER E A CONSOLIDAÇÃO DA C. 
RELIGIÃO 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 2
Introdução 
• A Ciência da Religião fundamenta-se na investigação empírica 
e sistemática das religiões, segundo seu desenvolvimento e 
características essenciais. 
• O estatuto atual da Ciência da Religião resulta de um longo 
percurso que se inicia com a História das Religiões (...) 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 3
A HISTÓRIA DAS RELIGIÕES 
A abordagem histórica das religiões é tão velha quanto a própria história 
da humanidade. Os primeiros registos encontram-se primeiramente: 
Antiguidade grega: 
• Heródote, Parménides, Empédocles, Platão, Aristóteles, 
Teofrasto, Berose e Magaste, são os mais significativos. 
Cristianismo “Patrística sec. II a VII” 
• Elaboração doutrinal das verdades de fé. 
Historia das Religiões (Eduardo bastos Albuquerque) pag. 21,22,23,24 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 4
Idade Média (sec. V – XV) 
• A Igreja Católica dominava o cenário religioso, mas as reflexões mais 
significativas foram realizados pelos Árabes. 
Expansão europeia (sec. XV) 
I. Fim do período de encerramento europeu em si mesmo; 
II. Conquista do além-mar (colonialismo) 
III. Contato com as culturas africanas, asiáticas, americanas 
(influência mutua) 
Historia das Religiões (Eduardo bastos Albuquerque) pag. 21,22,23,24 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 5
Sec. XVI 
I. Maior conhecimento das religiões (descrição dos missionários 
católicos e protestantes e relatórios de militares). 
II. Ruptura interna do Cristianismo e a consolidação do 
protestantismo. 
III. Negação do pressuposto que a Bíblia seria o mais antigo 
repositório teológico de discursos sagrados da 
humanidade. 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 6
Sec. XVIII ao sec. XIX ( R. Francesa e Industrial) 
I. Novas mudanças políticas, sociais e econômicas; 
II. Publicação do “Sacred Book of the East”, coleção de 
clássicos literários, filosóficos e religiosos chineses, 
indianos e islâmicos; 
III. Predomínio das ideologias naturalistas e positivistas 
propagadoras de um evolucionismo biológico e social; 
IV. Divisão no campo das ciências históricas, originando 
novas abordagens (Sociológica, Antropológica, Etnológica 
Econômica e Psicológica). 
Historia das Religiões (Eduardo bastos Albuquerque) pag. 21,22,23,24 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 7
A H.R. e básica para as outras vertentes da Ciência da Religião, 
uma vez que, para interpretar o fato religioso é preciso conhece-lo. 
Ela é: 
• DESCRITIVA (mostra fatos religiosos concretos transmitidos pelos 
seres humanos), podendo abranger monumentos, ritos, as obras 
de arte, textos... 
• ANALÍTICA (analisa as causas das manifestações religiosas, seu 
contexto cultural e influencias sobre acontecimentos) 
• COMPARATIVA - Comparar com outras religiões (ciência 
comparada) 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 8
O STATUS IDEAL DA C.R. COMO REFERÊNCIA 
A C.R. e um empreendimento acadêmico que interessa pelo 
conhecimento, orientado por teorias específicas e dedica-se de maneira 
não normativa ao estudo histórico e sistemático das religiões e suas 
manifestações. 
• Seu objeto se encontra no mundo empírico (investiga elementos 
religiosos empiricamente acessíveis); 
• Não instrumentaliza seu objeto em prol de uma apologia; 
• Defende uma postura epistemológica comprometido com o ideal da “ 
indiferença” (ateísmo metodológico” ou agnosticismo metodológico”; 
• O objetivo do cientista não e estabelecer uma verdade última 
Esses elementos apontam para uma ciência paradigmaticamente 
homogênea. 
In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pág. 51 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 9
TENDÊNCIAS CONSTITUTIVAS PARA A 
FORMACÃO DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO 
Ao longo da sua formação e institucionalização a C.R passou por 
duas tendências interacionadas 
• Crescente conhecimento sobre outras culturas e suas 
caraterísticas religiosas 
• Crescente submissão dos estudo das religiões ao 
pensamento científico contraria as abordagens apologéticas. 
In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pág. 52 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 10
O crescente do saber sobre outras religiões. 
Em paralelo com o conhecimento sobre aspetos de outras religiões 
“judaico-cristã”, autores Gregos, Chineses, e Muçulmanos produziram 
relatos interessantes 
• Estudos primordiais de Heródoto (484-425 a. C) foram feitas na 
Grécia antiga com descrições sobre costumes religiosos do Egito, 
Babilônia e Pérsia. 
• O Chinês Fa-Hien (337-422 d.C) publicou seu relato sobre países 
budistas com informações e anotações de dados históricos sobre 
rotinas da comunidade budista. 
In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pãg. 52, 53, 54 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 11
• Hieun-Tsiang (603-664 d.C) jovem viajante chinês que 
coletou manuscritos e artefatos budistas para o 
conhecimento dos chineses; 
• Al Biruni (972-1050) informou seus leitores sobre as 
crenças e praticas na Índia e pérsia; 
• Ibn Hazmn (994-1064) colecionou informações sobre o 
Judaísmo e o Cristianismo; 
• Sharastani (1086-1153), historiador Persa que fez uma 
descrição sistemática de todas as religiões ate então 
conhecidas. 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 12
• Estudos filológicos na Europa (sec. XVII) representam um 
salto no conhecimento de outras religiões. 
• Foram decifrados hieróglifos* egípcios de caráter 
cuneiformes mesopotâmicos. 
• Elaboraram dicionários e gramáticas de línguas orientais 
(árabe, chinês e malaio, persa, pali e sânscrito) 
* A escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos sumérios, sendo a designação geral dada a certos tipos 
de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios, o 
mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado pelos sumérios por volta de 3500 a.C. Inicialmente a 
escrita representava formas do mundo (pictogramas), mas por praticidade as formas foram se tornando mais 
simples e abstratas. 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 13
Esses estudos culminaram com a primeira publicação completa 
dos quatro clássicos confucionistas por Francisco Noel (1651- 
1729) para o Latim em 1711. 
• Sessenta anos mais tarde Abraham Hyacin (1731-1085) lançou 
um estudo com cerca de 180 manuscritos avésticos em Surat. 
• Charles Wilkins (1749-1836) publicou a primeira tradução de 
bhagavad Gita para inglês. 
• Eugene Burnof (1840-1847) lançou os três volumes da sua 
tradução francesa do Bhagavad Purana. 
• Michael Viggo (1821-1908) ofereceu a tradução latina do 
Dhammapada, texto budista escrito em pali. 
Nos sec. XIX e XX foram feitos estudos arqueológicos com escavações 
em Troia, Creta, Turquia e Egito bem como as descobertas rupestres no 
sul da Franca 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 14
NITIDEZ NA NOMENCLATURA 
Na segunda metade do sec. XIX os sinais de uma consciência 
disciplinar ficou mais consolidada. 
• Deixa de ser uma nomenclatura vaga e assume uma 
denotação especifica apontado para uma matéria 
acadêmica especifica 
• Nesse processo Max Muller (1823-1900) foi decisivo para 
que a disciplina ganhasse o estatuto de ciência autônoma. 
In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pãg. 56 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 15
MAX MULLER E A CONSOLIDAÇÃO DA C. RELIGIÃO 
Muller foi professor da Universidade de Oxford e no prefacio do 
seu livro Chips from German Workshop (1867) introduziu o termo 
Ciência da Religião como disciplina própria. 
• Segundo ele a CR (religionswisseschaft), tinha que ser uma 
disciplina comparativa. 
• Ele é considerado um dos mais importantes pioneiros da CR que 
além de ter insistido no status da disciplina, despertou polêmicas, 
o interesse público pela CR e incentivou o uso de fontes como 
bases obrigatórias para o trabalho cientifico com religiões. 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 16
INÍCIO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO 
DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO 
Os desenvolvimentos subsequentes provaram a pertinência da 
visão de Muller 
• 1873 – fundação da primeira Cátedra em Historia Geral da 
Religião na Universidade de Genebra; 
• 1877 - surgiram quatro Cátedras nas Universidades holandesas 
de Amsterdã; 
• 1879 – inauguração da primeira cátedra de Historia das Religiões 
na França ; 
• 1884 - primeira cátedra de H.R em Bruxelas e Roma que dois 
anos mais tarde foi transformada em Historia do Cristianismo. 
In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pág.. 56 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 17
Em Grã-Bretanha a CR ganhou autonomia em1904 e na Itália 
aconteceu apenas em 1924. 
• As últimas três décadas do sec. XIX foram decisivas para a CR 
e para várias das suas “ disciplinas de referência”, entre elas a 
Sociologia e a Psicologia. 
• Apesar de matérias ainda heterogêneas a C.R. ganhou 
apoio institucional devido a fundação de Cátedras na Suíça, 
Holanda, Bélgica, Franca, Inglaterra, Alemanha e Itália. 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 18
REFERÊNCIA, PERIÓDICOS E CONGRESSOS 
• Na virada do sec. XIX para o XX os pesquisadores usavam 
Enciclopédias e Compêndios como referências comuns. 
• Uma das enciclopédias mais importantes foi o Die Religion in Geschischte und 
Geenwart (Religião Passado e Presente) cujos cinco volumes foram lançados 
entre 1900-1913. 
• Também foram fundados periódicos dedicados as divulgação de 
pesquisas na área. 
• Entre os mais importantes encontram-se, a Revue de L’histoire de religions 
(1880) Archive fur Religionswissenchaft(1899), Antrhopos (1904) 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 19
• Foram organizados os primeiros congressos associados a 
Ciência da Religião. 
• O primeiro encontro aconteceu em 1897 em Estocolmo; 
• O segundo aconteceu em 1900 numa exposicao Mundial em 
Paris; 
• Outros encontros aconteceram em Basileia (1904), Osford 
(1908), e em Leiden (1912). 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 20
ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO DA C.R. 
Essa preocupação tem gerado discussões e 
questionamentos sobre a respeitabilidade acadêmica 
da disciplina. 
• Procura-se respostas para questões tais como: 
• O que permite dizer que a CR e uma ciência? 
• Trata-se de uma ciência, ou varias ciências? 
• É uma disciplina autônoma que merece lugar na academia? 
• Seu objeto e único, original, ou e múltiplo e derivado? 
• Como se diferencia de outras disciplinas? 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 21
O debate não tem trazido consenso sobre todos os 
pormenores, porém, contribui para verificar unanimidade em 
alguns aspetos: 
• Encontra-se uma variedade de nomenclaturas (Ciências da 
Religião, Ciência da Religião, Ciência das Religiões e 
Ciências das Religiões), mas não atinge o consenso sobre a 
estrutura interna 
• Tal pluridade interna não e sintoma de falta de reflexão 
metateórica sobre a disciplina 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 22
• A CR mostra sua competência em lidar com essa riqueza 
fenomenológica uma vez que, atua como uma ciência 
integral das religiões 
• A prosperidade da CR depende não apenas da dinâmica 
entre ela e as ciências auxiliares, mas também sua abertura 
aos discursos inovadores 
• A riqueza material promovido pelos esforços 
interdisciplinares requer do cientista a disponibilidade de 
submeter seu trabalho a uma dinâmica coletiva de acordo 
com especialidades individuais na produção do 
conhecimento 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 23
ATUALIDADE DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO 
Atualmente a CR e uma disciplina autônoma que baseia em 
pesquisas empírica, e sistemática da religião e religiões. 
• Abrange uma diversidade de disciplinas que analisam o fenômeno 
religioso sob aspetos específicos. 
• Tradicionalmente distingue-se: 
• Ciência da Religião Histórica (história das Religiões) 
Análise histórica particular das religiões através de descrições 
diacrônicas 
• Ciência da Religião sistemática (Sistemática da Religião) 
procura evidenciar, o típico, na forma de descrições sincrônicas 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 24
As duas vertentes estão em estreita relação: 
• A Ciência da Religião desenvolve suas tipologias com base 
no material empírico disponibilizado pela pesquisa Histórica 
das Religiões 
• A História das Religiões aproveita dos critérios e 
categorias da Ciência da Religião para o registo ordenado 
da diversidade histórica. 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 25
• O objetivo é inventariar de forma abrangente, fatos do mundo 
religioso investigando suas inter-relações com outras áreas, a 
partir do estudo de fenômenos religiosos concretos. 
• Ela tem uma estrutura multidisciplinar, ou seja, é um campo de 
intersecção de várias disciplinas. 
• As mais referidas são: 
• A História da Religião, a Sociologia da Religião e a 
Psicologia da Religião, a Antropologia da Religião e 
Filosofia da Religião. 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 26
• História da Religião – Aborda o fenômeno religioso a partir 
de uma perspectiva Histórica e Antropológica no tempo e no 
espaço. 
• A Sociologia da Religião - Ciência Moderna, produto de 
grandes transformações ocorridas na Europa (sec. XVI e XVII), 
cujos fundadores foram: 
• Karl Marx (1818-1883), Émile Durkheim (1858 – 1917), Max Weber (1864 - 
de 1920) 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 27
• Psicologia da Religião - aplica princípios e métodos da 
psicologia ao estudo científico do comportamento 
religioso do homem. 
• Antropologia da Religião – análise cientifica do 
fenômeno religioso advindas das diferentes culturas 
desfazendo preconceitos. 
• Filosofia da Religião – é chamada a mostrar os 
fundamentos e o sentido da religião. 
Obs. Fazem parte desse grupo outras disciplinas como. Goografia, 
estetica, economia etc. 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 28
O CASO BRASILEIRO 
Ainda que o estudo da religião esteja bem estabelecida o mesmo 
não se pode dizer dos programas de Pós-graduação em Ciências 
da Religião. 
• Os que existem desde 1970 são alvos de críticas, 
principalmente por Antônio Flávio Pierucci na década de 1990. 
• Levantava a preocupação de que a maioria dos pesquisadores pertenciam aos 
programas eram oriundos do clero católico e protestante, o que impedia uma 
abordagem cientifica no estudo da religião . 
Estatuto Epistemológico da Ciência da Religião. Pág. 45 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 29
• Essa crítica nos remete para as dificuldades epistemológicas 
em estabelecer o dialogo com outras disciplinas. De um lado a 
Teologia e a filosofia (com viés apologista) e por outro lado as 
Ciências Sociais. 
• Essa situação decorre de controvérsias epistemológicas mal 
apresentadas e mal conduzidas. 
A relevância acadêmica no Brasil está ligado a um trabalho 
epistemológico ainda por se fazer no esclarecimento da disciplina 
face a Teologia. 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 30
HISTÓRIA INACANBADA DA 
CIÊRNCIA DA RELIGIÃO 
• Um olhar atual revela a existência de muitos cursos 
institucionalizados e associações que coordenam interesses 
dos cientistas da religião no âmbito Nacional e Internacional. 
• De destacar a Internacional Association for the History of Religion 
(1950) visando promover atividades de todos os membros (42 
associações nacionais e 6 regionais (2012) contribuem para o estudo 
comparado das religiões. 
• A internacionalização da CR e dos seus resultados varia de pais 
para pais dependendo de fatores extra acadêmicos. 
In Historia da Ciência da Religião pag. 59 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 31
• No Japão foi decisivo a abertura do pais para o Ocidente e suas 
tradições intelectuais a partir do sec. XIX . 
• Foi fundada a Japone Associatin for Religion Studies (1930) 
• No Leste Europeu criou-se um novo horizonte para o estudo da 
religião, com a criação de Departamentos de CR na 
• Ucrânia (1991); 
• Bucareste (2003); 
• Budapeste (2005). 
• Na Austrália a CR se beneficiou como uma onda de 
institucionalização (1970) que culminou com a criação da 
• Autralian Association for the study of Religion (1970) 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 32
• Três anos mais tarde surgiram: 
• Association for the Study of Religion in Southerm África (atua a 
nível Sub-regional) 
• Nigerian Association for the Study of Religion (Nacional) 
• African Association for the Study of Religions (Regional) 
• Association Latina para el Estudio de Las Religiones 
• A nível Nacional temos: 
• Associação Brasileira de Historia das Religiões (1999) 
• Associação de Pós-graduação e pesquisa em Teologia e C.R (2008) 
Esses exemplos comprovam a dinâmica da CR na busca de identidade tentando 
conciliar as exigências disciplinares originalmente formuladas por eruditos 
europeus nos finais do séc. XIX. 
In Historia da Ciência da Religião pag. 60 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 33
CONCLUSÃO 
 É um emprendimento recente que vem ganhando importância 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 
34 
no meio acadêmico e social; 
 A institucionalização da C.R tem contribuído para que se torne 
uma ciência paradigmaticamente homogênea; 
 A prática da C.R implica um afastamento do objeto de estudo. 
 No Brasil esta na fase de consolidacão, porém, ainda é preciso 
desmistificar supostas ligações com a Teologia.
BIBLIOGRAFIA 
• Compêndio da Ciênciada Religião (Joao Décio Passos. Frank Usarski (orgs) 
– Sao Paulo: Paulinas: Oaulus, 2013. 
• O Espetro Disciplinar da Ciência da religião / Frank Usarski (Org). – Sao 
Paulo: Paulinas, 2007 – Coleção Pansadores da religião. 
• SARSKI, Frank / Constituintes da Ciência da Religião: Cinco Ensaios em 
Prol de uma Disciplina Autônoma / Frank Usarski – Sao Paulo, 2006 
Coleção Pensadores da Religiôo 
• RERIM, Aldo Natale. Introducao ao Estudo Comparado das religiões / Aldo 
Natale terim, Traduçao Jiuseppe Bertazzo. – Sao Paulo, 2013 (Coleção 
Religião e Cultura) 
ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 35

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Aula 08 - Filosofia Contemporânea
Aula 08 - Filosofia ContemporâneaAula 08 - Filosofia Contemporânea
Aula 08 - Filosofia ContemporâneaAnderson Favaro
 
A história da igreja cristã
A história da igreja cristãA história da igreja cristã
A história da igreja cristãFilipe
 
Filosofia das religiões aulas 1 e 2
Filosofia das religiões aulas 1 e 2Filosofia das religiões aulas 1 e 2
Filosofia das religiões aulas 1 e 2Keiler Vasconcelos
 
Historia da igreja i aula 1
Historia da igreja i  aula 1Historia da igreja i  aula 1
Historia da igreja i aula 1Moisés Sampaio
 
Antropologia da religião 4 mito, rito, magia,
Antropologia da religião 4 mito, rito, magia,Antropologia da religião 4 mito, rito, magia,
Antropologia da religião 4 mito, rito, magia,Salomao Lucio Dos Santos
 
Quadro visualização de religião ampliada
Quadro visualização de religião ampliadaQuadro visualização de religião ampliada
Quadro visualização de religião ampliadaIsaias Christal
 
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média CristãAula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média CristãAdriano Pascoa
 
Aula 2 - Segundo Período - A Igreja Perseguida
Aula 2 - Segundo Período - A Igreja PerseguidaAula 2 - Segundo Período - A Igreja Perseguida
Aula 2 - Segundo Período - A Igreja PerseguidaAdriano Pascoa
 
Historia da igreja I aula 2
Historia da igreja I  aula 2Historia da igreja I  aula 2
Historia da igreja I aula 2Moisés Sampaio
 

Was ist angesagt? (20)

Aula 08 - Filosofia Contemporânea
Aula 08 - Filosofia ContemporâneaAula 08 - Filosofia Contemporânea
Aula 08 - Filosofia Contemporânea
 
A história da igreja cristã
A história da igreja cristãA história da igreja cristã
A história da igreja cristã
 
O Cristianismo
O CristianismoO Cristianismo
O Cristianismo
 
Filosofia das religiões aulas 1 e 2
Filosofia das religiões aulas 1 e 2Filosofia das religiões aulas 1 e 2
Filosofia das religiões aulas 1 e 2
 
TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
TESTEMUNHAS DE JEOVÁTESTEMUNHAS DE JEOVÁ
TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
 
Historia da igreja i aula 1
Historia da igreja i  aula 1Historia da igreja i  aula 1
Historia da igreja i aula 1
 
Etnocentrismo
EtnocentrismoEtnocentrismo
Etnocentrismo
 
Antropologia da religião 4 mito, rito, magia,
Antropologia da religião 4 mito, rito, magia,Antropologia da religião 4 mito, rito, magia,
Antropologia da religião 4 mito, rito, magia,
 
História da igreja i
História da igreja iHistória da igreja i
História da igreja i
 
Introdução à filosofia
Introdução à filosofiaIntrodução à filosofia
Introdução à filosofia
 
Teologia Patristica
Teologia PatristicaTeologia Patristica
Teologia Patristica
 
Antropologia: conceitos basicos
 Antropologia: conceitos basicos Antropologia: conceitos basicos
Antropologia: conceitos basicos
 
Quadro visualização de religião ampliada
Quadro visualização de religião ampliadaQuadro visualização de religião ampliada
Quadro visualização de religião ampliada
 
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média CristãAula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
 
6- Patristica.pptx
6- Patristica.pptx6- Patristica.pptx
6- Patristica.pptx
 
Reforma Protestante
Reforma ProtestanteReforma Protestante
Reforma Protestante
 
Aula 2 - Segundo Período - A Igreja Perseguida
Aula 2 - Segundo Período - A Igreja PerseguidaAula 2 - Segundo Período - A Igreja Perseguida
Aula 2 - Segundo Período - A Igreja Perseguida
 
Historia da igreja I aula 2
Historia da igreja I  aula 2Historia da igreja I  aula 2
Historia da igreja I aula 2
 
Seitas e heresias
Seitas e heresiasSeitas e heresias
Seitas e heresias
 
Filosofia
Filosofia Filosofia
Filosofia
 

Ähnlich wie A Historia da Ciência da Religião.

História da filosofia 2 idade media
História da filosofia 2 idade mediaHistória da filosofia 2 idade media
História da filosofia 2 idade mediaFelipe Souza
 
7º hist -_guia_estudos__1º_cl
7º hist -_guia_estudos__1º_cl7º hist -_guia_estudos__1º_cl
7º hist -_guia_estudos__1º_clemalfredocastro
 
O renascimento e a filosofia pdf
O renascimento e a filosofia pdfO renascimento e a filosofia pdf
O renascimento e a filosofia pdfRobertino Lopes
 
02 erika - arqueologia em perspectiva
02 erika - arqueologia em perspectiva02 erika - arqueologia em perspectiva
02 erika - arqueologia em perspectivaMauro Sousa
 
A classificacao do conhecimento2
A classificacao do conhecimento2A classificacao do conhecimento2
A classificacao do conhecimento2luci_mar
 
[Resumex Já Entendi] Filosofia Idade Média
[Resumex Já Entendi] Filosofia Idade Média[Resumex Já Entendi] Filosofia Idade Média
[Resumex Já Entendi] Filosofia Idade MédiaJá Entendi
 
Idade média hist e filos da educação 2
Idade média hist e filos da educação 2Idade média hist e filos da educação 2
Idade média hist e filos da educação 2Alt Bandeira
 
16435 63575-1-pb RENASCIMENTO DA REFORMA
16435 63575-1-pb RENASCIMENTO DA REFORMA16435 63575-1-pb RENASCIMENTO DA REFORMA
16435 63575-1-pb RENASCIMENTO DA REFORMApresley bryan
 
16435 63575-1-pb TEOLOGIA DA REFORMA
16435 63575-1-pb   TEOLOGIA DA REFORMA16435 63575-1-pb   TEOLOGIA DA REFORMA
16435 63575-1-pb TEOLOGIA DA REFORMApresley bryan
 
Revisão Geral da História da Filosofia
Revisão Geral da História da FilosofiaRevisão Geral da História da Filosofia
Revisão Geral da História da FilosofiaAlan
 
História da Educação na Antiguidade Cristã
História da Educação na Antiguidade CristãHistória da Educação na Antiguidade Cristã
História da Educação na Antiguidade CristãInovelead Marketing
 
O Darwinismo e o Sagrado na Segunda Metade do Século XIX (Juanma Sánchez Arte...
O Darwinismo e o Sagrado na Segunda Metade do Século XIX (Juanma Sánchez Arte...O Darwinismo e o Sagrado na Segunda Metade do Século XIX (Juanma Sánchez Arte...
O Darwinismo e o Sagrado na Segunda Metade do Século XIX (Juanma Sánchez Arte...Jerbialdo
 
Reflexões teóricas e históricas sobre o espiritualismo de 1850 a 1930
Reflexões teóricas e históricas sobre o espiritualismo de 1850 a 1930Reflexões teóricas e históricas sobre o espiritualismo de 1850 a 1930
Reflexões teóricas e históricas sobre o espiritualismo de 1850 a 1930ceakimb
 
Aula 2apartepatristica-120404143143-phpapp02
Aula 2apartepatristica-120404143143-phpapp02Aula 2apartepatristica-120404143143-phpapp02
Aula 2apartepatristica-120404143143-phpapp02Mário Oliveira
 

Ähnlich wie A Historia da Ciência da Religião. (20)

Filosofia medieval 25tp
Filosofia medieval 25tpFilosofia medieval 25tp
Filosofia medieval 25tp
 
FILOSOFIA DA RELIGIÃO - [PAINE, Scott Randall]
FILOSOFIA DA RELIGIÃO - [PAINE, Scott Randall]FILOSOFIA DA RELIGIÃO - [PAINE, Scott Randall]
FILOSOFIA DA RELIGIÃO - [PAINE, Scott Randall]
 
História da filosofia 2 idade media
História da filosofia 2 idade mediaHistória da filosofia 2 idade media
História da filosofia 2 idade media
 
O Renascimento
O RenascimentoO Renascimento
O Renascimento
 
7º hist -_guia_estudos__1º_cl
7º hist -_guia_estudos__1º_cl7º hist -_guia_estudos__1º_cl
7º hist -_guia_estudos__1º_cl
 
O renascimento e a filosofia pdf
O renascimento e a filosofia pdfO renascimento e a filosofia pdf
O renascimento e a filosofia pdf
 
02 erika - arqueologia em perspectiva
02 erika - arqueologia em perspectiva02 erika - arqueologia em perspectiva
02 erika - arqueologia em perspectiva
 
A classificacao do conhecimento2
A classificacao do conhecimento2A classificacao do conhecimento2
A classificacao do conhecimento2
 
Cap 8 O Advento da Escolástica
Cap 8   O Advento da EscolásticaCap 8   O Advento da Escolástica
Cap 8 O Advento da Escolástica
 
[Resumex Já Entendi] Filosofia Idade Média
[Resumex Já Entendi] Filosofia Idade Média[Resumex Já Entendi] Filosofia Idade Média
[Resumex Já Entendi] Filosofia Idade Média
 
Idade média hist e filos da educação 2
Idade média hist e filos da educação 2Idade média hist e filos da educação 2
Idade média hist e filos da educação 2
 
16435 63575-1-pb RENASCIMENTO DA REFORMA
16435 63575-1-pb RENASCIMENTO DA REFORMA16435 63575-1-pb RENASCIMENTO DA REFORMA
16435 63575-1-pb RENASCIMENTO DA REFORMA
 
16435 63575-1-pb TEOLOGIA DA REFORMA
16435 63575-1-pb   TEOLOGIA DA REFORMA16435 63575-1-pb   TEOLOGIA DA REFORMA
16435 63575-1-pb TEOLOGIA DA REFORMA
 
Revisão Geral da História da Filosofia
Revisão Geral da História da FilosofiaRevisão Geral da História da Filosofia
Revisão Geral da História da Filosofia
 
História da Educação na Antiguidade Cristã
História da Educação na Antiguidade CristãHistória da Educação na Antiguidade Cristã
História da Educação na Antiguidade Cristã
 
O Darwinismo e o Sagrado na Segunda Metade do Século XIX (Juanma Sánchez Arte...
O Darwinismo e o Sagrado na Segunda Metade do Século XIX (Juanma Sánchez Arte...O Darwinismo e o Sagrado na Segunda Metade do Século XIX (Juanma Sánchez Arte...
O Darwinismo e o Sagrado na Segunda Metade do Século XIX (Juanma Sánchez Arte...
 
Filosofia medieval
Filosofia medievalFilosofia medieval
Filosofia medieval
 
Reflexões teóricas e históricas sobre o espiritualismo de 1850 a 1930
Reflexões teóricas e históricas sobre o espiritualismo de 1850 a 1930Reflexões teóricas e históricas sobre o espiritualismo de 1850 a 1930
Reflexões teóricas e históricas sobre o espiritualismo de 1850 a 1930
 
HISTORIA DA CIENCIA
HISTORIA DA CIENCIAHISTORIA DA CIENCIA
HISTORIA DA CIENCIA
 
Aula 2apartepatristica-120404143143-phpapp02
Aula 2apartepatristica-120404143143-phpapp02Aula 2apartepatristica-120404143143-phpapp02
Aula 2apartepatristica-120404143143-phpapp02
 

Mehr von Arlindo Nascimento Rocha - "Oficina Acadêmica"

Mehr von Arlindo Nascimento Rocha - "Oficina Acadêmica" (20)

PPT: A RELIGIÃO DO HOMEM DECAÍDO EM BUSCA DO DEUSABSCONDITUS EM BLAISE PASCAL...
PPT: A RELIGIÃO DO HOMEM DECAÍDO EM BUSCA DO DEUSABSCONDITUS EM BLAISE PASCAL...PPT: A RELIGIÃO DO HOMEM DECAÍDO EM BUSCA DO DEUSABSCONDITUS EM BLAISE PASCAL...
PPT: A RELIGIÃO DO HOMEM DECAÍDO EM BUSCA DO DEUSABSCONDITUS EM BLAISE PASCAL...
 
MODELOS E PRÁTICAS DO ENSINO RELIGIOSO E DIVERSIDADE RELIGIOSA EM SALA DE AUL...
MODELOS E PRÁTICAS DO ENSINO RELIGIOSO E DIVERSIDADE RELIGIOSA EM SALA DE AUL...MODELOS E PRÁTICAS DO ENSINO RELIGIOSO E DIVERSIDADE RELIGIOSA EM SALA DE AUL...
MODELOS E PRÁTICAS DO ENSINO RELIGIOSO E DIVERSIDADE RELIGIOSA EM SALA DE AUL...
 
Mobilidade humana nacional e internacional: problemas e soluções
Mobilidade humana nacional e internacional: problemas e soluçõesMobilidade humana nacional e internacional: problemas e soluções
Mobilidade humana nacional e internacional: problemas e soluções
 
Aprendizagem na atualidade: dos saberes às práticas
Aprendizagem na atualidade: dos saberes às práticasAprendizagem na atualidade: dos saberes às práticas
Aprendizagem na atualidade: dos saberes às práticas
 
Entretextos: coletânea de textos acadêmicos
Entretextos: coletânea de textos acadêmicos Entretextos: coletânea de textos acadêmicos
Entretextos: coletânea de textos acadêmicos
 
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS DENTRO E FORA DAS ESCOLAS
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS DENTRO E FORA DAS ESCOLASRELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS DENTRO E FORA DAS ESCOLAS
RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS DENTRO E FORA DAS ESCOLAS
 
Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...
Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...
Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...
 
Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...
Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...
Uma leitura atual sobre a construção política e social na filosofia de Blaise...
 
BLAISE PASCAL: DESEJO E DIVERTIMENTO COMO FUGA DE SI MESMO NA ANTROPOLOGIA PA...
BLAISE PASCAL: DESEJO E DIVERTIMENTO COMO FUGA DE SI MESMO NA ANTROPOLOGIA PA...BLAISE PASCAL: DESEJO E DIVERTIMENTO COMO FUGA DE SI MESMO NA ANTROPOLOGIA PA...
BLAISE PASCAL: DESEJO E DIVERTIMENTO COMO FUGA DE SI MESMO NA ANTROPOLOGIA PA...
 
PEDRO SIQUEIRA: O ESCOLHIDO PARA FALAR COM SANTOS, ANJOS E NOSSA SENHORA
PEDRO SIQUEIRA: O ESCOLHIDO PARA FALAR COM SANTOS, ANJOS E NOSSA SENHORAPEDRO SIQUEIRA: O ESCOLHIDO PARA FALAR COM SANTOS, ANJOS E NOSSA SENHORA
PEDRO SIQUEIRA: O ESCOLHIDO PARA FALAR COM SANTOS, ANJOS E NOSSA SENHORA
 
SER JUDEU: UMA HERANÇA GENÉTICA TRANSMITIDA UNICAMENTE PELO SANGUE?
SER JUDEU: UMA HERANÇA GENÉTICA TRANSMITIDA UNICAMENTE PELO SANGUE?SER JUDEU: UMA HERANÇA GENÉTICA TRANSMITIDA UNICAMENTE PELO SANGUE?
SER JUDEU: UMA HERANÇA GENÉTICA TRANSMITIDA UNICAMENTE PELO SANGUE?
 
A FRAQUEZA DA RAZÃO E A INCERTEZA DO CONHECIMENTO DA VERDADE EM BLAISE PASCAL
A FRAQUEZA DA RAZÃO E A INCERTEZA DO CONHECIMENTO DA VERDADE EM BLAISE PASCALA FRAQUEZA DA RAZÃO E A INCERTEZA DO CONHECIMENTO DA VERDADE EM BLAISE PASCAL
A FRAQUEZA DA RAZÃO E A INCERTEZA DO CONHECIMENTO DA VERDADE EM BLAISE PASCAL
 
O PROBLEMA DO MAL E A OCULTAÇÃO DE DEUS: UMA ANÁLISE SOBREO PECADO ORIGINAL C...
O PROBLEMA DO MAL E A OCULTAÇÃO DE DEUS: UMA ANÁLISE SOBREO PECADO ORIGINAL C...O PROBLEMA DO MAL E A OCULTAÇÃO DE DEUS: UMA ANÁLISE SOBREO PECADO ORIGINAL C...
O PROBLEMA DO MAL E A OCULTAÇÃO DE DEUS: UMA ANÁLISE SOBREO PECADO ORIGINAL C...
 
Idas e Vindas do Sagrado - Danièle Hervieu-Léger
Idas e Vindas do Sagrado - Danièle Hervieu-LégerIdas e Vindas do Sagrado - Danièle Hervieu-Léger
Idas e Vindas do Sagrado - Danièle Hervieu-Léger
 
Conhecimento Religioso
Conhecimento ReligiosoConhecimento Religioso
Conhecimento Religioso
 
Desafios da gestão democrática na escola pública: Emergência de um novo parad...
Desafios da gestão democrática na escola pública: Emergência de um novo parad...Desafios da gestão democrática na escola pública: Emergência de um novo parad...
Desafios da gestão democrática na escola pública: Emergência de um novo parad...
 
Dimensôes da condição humana no judaísmo: lutando contra Deus num mundo imper...
Dimensôes da condição humana no judaísmo: lutando contra Deus num mundo imper...Dimensôes da condição humana no judaísmo: lutando contra Deus num mundo imper...
Dimensôes da condição humana no judaísmo: lutando contra Deus num mundo imper...
 
Os Cinco Pilares do Islã
Os Cinco Pilares do IslãOs Cinco Pilares do Islã
Os Cinco Pilares do Islã
 
O Rig Veda
O Rig VedaO Rig Veda
O Rig Veda
 
Judeus e não Judeus na família.
Judeus e não Judeus na família. Judeus e não Judeus na família.
Judeus e não Judeus na família.
 

Kürzlich hochgeladen

02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 

Kürzlich hochgeladen (20)

02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 

A Historia da Ciência da Religião.

  • 1. . DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA RELIGIÃO A HISTÓRIA DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO Trabalho a ser apresentado no Departamento de Ciência da Religião da PUC-SP Segundo Semestre de 2014 ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 1
  • 2.  INÍCIO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA C.R  REFERENCIA, PERIÓDICOS E CONGRESSOS  FORMAÇÃO DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO • ESTUDOS FILOLÓGICOS NA EUROPA • INSTITUCIONALIZAÇÃO DA C. DA RELIGIÃO • MAX MÜLLER A CONSOLIDAÇÃO DA C.R  ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO DA C.R  ATUALIDADE DA CIENCIA DA RELIGIÃO  O CASO BRASILEIRO  HISTORIA INACANBADA DA CIENCIA DA RELIGIAO Sumário  INTRODUÇÃO  HISTÓRIA DAS RELIGIÕES: • ANTIGUIDADE GREGA; • IDADE MEDIA (SEC. V – XV); • EXPANSÃO EUROPEIA (SEC. XV E XV); • SEC. XVIII AO SEC. XIX ( R. FRANCESA E INDUSTRIAL).  ESTATUDO IDEAL DA CIÊNCIA DA RELIGIAO  TENDÊNCIAS CONSTITUTIVAS PARA A FORMACAO DA C.R.  NITIDEZ NA NOMENCLATURA  M. MULER E A CONSOLIDAÇÃO DA C. RELIGIÃO ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 2
  • 3. Introdução • A Ciência da Religião fundamenta-se na investigação empírica e sistemática das religiões, segundo seu desenvolvimento e características essenciais. • O estatuto atual da Ciência da Religião resulta de um longo percurso que se inicia com a História das Religiões (...) ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 3
  • 4. A HISTÓRIA DAS RELIGIÕES A abordagem histórica das religiões é tão velha quanto a própria história da humanidade. Os primeiros registos encontram-se primeiramente: Antiguidade grega: • Heródote, Parménides, Empédocles, Platão, Aristóteles, Teofrasto, Berose e Magaste, são os mais significativos. Cristianismo “Patrística sec. II a VII” • Elaboração doutrinal das verdades de fé. Historia das Religiões (Eduardo bastos Albuquerque) pag. 21,22,23,24 ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 4
  • 5. Idade Média (sec. V – XV) • A Igreja Católica dominava o cenário religioso, mas as reflexões mais significativas foram realizados pelos Árabes. Expansão europeia (sec. XV) I. Fim do período de encerramento europeu em si mesmo; II. Conquista do além-mar (colonialismo) III. Contato com as culturas africanas, asiáticas, americanas (influência mutua) Historia das Religiões (Eduardo bastos Albuquerque) pag. 21,22,23,24 ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 5
  • 6. Sec. XVI I. Maior conhecimento das religiões (descrição dos missionários católicos e protestantes e relatórios de militares). II. Ruptura interna do Cristianismo e a consolidação do protestantismo. III. Negação do pressuposto que a Bíblia seria o mais antigo repositório teológico de discursos sagrados da humanidade. ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 6
  • 7. Sec. XVIII ao sec. XIX ( R. Francesa e Industrial) I. Novas mudanças políticas, sociais e econômicas; II. Publicação do “Sacred Book of the East”, coleção de clássicos literários, filosóficos e religiosos chineses, indianos e islâmicos; III. Predomínio das ideologias naturalistas e positivistas propagadoras de um evolucionismo biológico e social; IV. Divisão no campo das ciências históricas, originando novas abordagens (Sociológica, Antropológica, Etnológica Econômica e Psicológica). Historia das Religiões (Eduardo bastos Albuquerque) pag. 21,22,23,24 ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 7
  • 8. A H.R. e básica para as outras vertentes da Ciência da Religião, uma vez que, para interpretar o fato religioso é preciso conhece-lo. Ela é: • DESCRITIVA (mostra fatos religiosos concretos transmitidos pelos seres humanos), podendo abranger monumentos, ritos, as obras de arte, textos... • ANALÍTICA (analisa as causas das manifestações religiosas, seu contexto cultural e influencias sobre acontecimentos) • COMPARATIVA - Comparar com outras religiões (ciência comparada) ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 8
  • 9. O STATUS IDEAL DA C.R. COMO REFERÊNCIA A C.R. e um empreendimento acadêmico que interessa pelo conhecimento, orientado por teorias específicas e dedica-se de maneira não normativa ao estudo histórico e sistemático das religiões e suas manifestações. • Seu objeto se encontra no mundo empírico (investiga elementos religiosos empiricamente acessíveis); • Não instrumentaliza seu objeto em prol de uma apologia; • Defende uma postura epistemológica comprometido com o ideal da “ indiferença” (ateísmo metodológico” ou agnosticismo metodológico”; • O objetivo do cientista não e estabelecer uma verdade última Esses elementos apontam para uma ciência paradigmaticamente homogênea. In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pág. 51 ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 9
  • 10. TENDÊNCIAS CONSTITUTIVAS PARA A FORMACÃO DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO Ao longo da sua formação e institucionalização a C.R passou por duas tendências interacionadas • Crescente conhecimento sobre outras culturas e suas caraterísticas religiosas • Crescente submissão dos estudo das religiões ao pensamento científico contraria as abordagens apologéticas. In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pág. 52 ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 10
  • 11. O crescente do saber sobre outras religiões. Em paralelo com o conhecimento sobre aspetos de outras religiões “judaico-cristã”, autores Gregos, Chineses, e Muçulmanos produziram relatos interessantes • Estudos primordiais de Heródoto (484-425 a. C) foram feitas na Grécia antiga com descrições sobre costumes religiosos do Egito, Babilônia e Pérsia. • O Chinês Fa-Hien (337-422 d.C) publicou seu relato sobre países budistas com informações e anotações de dados históricos sobre rotinas da comunidade budista. In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pãg. 52, 53, 54 ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 11
  • 12. • Hieun-Tsiang (603-664 d.C) jovem viajante chinês que coletou manuscritos e artefatos budistas para o conhecimento dos chineses; • Al Biruni (972-1050) informou seus leitores sobre as crenças e praticas na Índia e pérsia; • Ibn Hazmn (994-1064) colecionou informações sobre o Judaísmo e o Cristianismo; • Sharastani (1086-1153), historiador Persa que fez uma descrição sistemática de todas as religiões ate então conhecidas. ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 12
  • 13. • Estudos filológicos na Europa (sec. XVII) representam um salto no conhecimento de outras religiões. • Foram decifrados hieróglifos* egípcios de caráter cuneiformes mesopotâmicos. • Elaboraram dicionários e gramáticas de línguas orientais (árabe, chinês e malaio, persa, pali e sânscrito) * A escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos sumérios, sendo a designação geral dada a certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios, o mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado pelos sumérios por volta de 3500 a.C. Inicialmente a escrita representava formas do mundo (pictogramas), mas por praticidade as formas foram se tornando mais simples e abstratas. ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 13
  • 14. Esses estudos culminaram com a primeira publicação completa dos quatro clássicos confucionistas por Francisco Noel (1651- 1729) para o Latim em 1711. • Sessenta anos mais tarde Abraham Hyacin (1731-1085) lançou um estudo com cerca de 180 manuscritos avésticos em Surat. • Charles Wilkins (1749-1836) publicou a primeira tradução de bhagavad Gita para inglês. • Eugene Burnof (1840-1847) lançou os três volumes da sua tradução francesa do Bhagavad Purana. • Michael Viggo (1821-1908) ofereceu a tradução latina do Dhammapada, texto budista escrito em pali. Nos sec. XIX e XX foram feitos estudos arqueológicos com escavações em Troia, Creta, Turquia e Egito bem como as descobertas rupestres no sul da Franca ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 14
  • 15. NITIDEZ NA NOMENCLATURA Na segunda metade do sec. XIX os sinais de uma consciência disciplinar ficou mais consolidada. • Deixa de ser uma nomenclatura vaga e assume uma denotação especifica apontado para uma matéria acadêmica especifica • Nesse processo Max Muller (1823-1900) foi decisivo para que a disciplina ganhasse o estatuto de ciência autônoma. In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pãg. 56 ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 15
  • 16. MAX MULLER E A CONSOLIDAÇÃO DA C. RELIGIÃO Muller foi professor da Universidade de Oxford e no prefacio do seu livro Chips from German Workshop (1867) introduziu o termo Ciência da Religião como disciplina própria. • Segundo ele a CR (religionswisseschaft), tinha que ser uma disciplina comparativa. • Ele é considerado um dos mais importantes pioneiros da CR que além de ter insistido no status da disciplina, despertou polêmicas, o interesse público pela CR e incentivou o uso de fontes como bases obrigatórias para o trabalho cientifico com religiões. ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 16
  • 17. INÍCIO DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO Os desenvolvimentos subsequentes provaram a pertinência da visão de Muller • 1873 – fundação da primeira Cátedra em Historia Geral da Religião na Universidade de Genebra; • 1877 - surgiram quatro Cátedras nas Universidades holandesas de Amsterdã; • 1879 – inauguração da primeira cátedra de Historia das Religiões na França ; • 1884 - primeira cátedra de H.R em Bruxelas e Roma que dois anos mais tarde foi transformada em Historia do Cristianismo. In História da Ciência da Religião (Frank Usarski) pág.. 56 ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 17
  • 18. Em Grã-Bretanha a CR ganhou autonomia em1904 e na Itália aconteceu apenas em 1924. • As últimas três décadas do sec. XIX foram decisivas para a CR e para várias das suas “ disciplinas de referência”, entre elas a Sociologia e a Psicologia. • Apesar de matérias ainda heterogêneas a C.R. ganhou apoio institucional devido a fundação de Cátedras na Suíça, Holanda, Bélgica, Franca, Inglaterra, Alemanha e Itália. ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 18
  • 19. REFERÊNCIA, PERIÓDICOS E CONGRESSOS • Na virada do sec. XIX para o XX os pesquisadores usavam Enciclopédias e Compêndios como referências comuns. • Uma das enciclopédias mais importantes foi o Die Religion in Geschischte und Geenwart (Religião Passado e Presente) cujos cinco volumes foram lançados entre 1900-1913. • Também foram fundados periódicos dedicados as divulgação de pesquisas na área. • Entre os mais importantes encontram-se, a Revue de L’histoire de religions (1880) Archive fur Religionswissenchaft(1899), Antrhopos (1904) ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 19
  • 20. • Foram organizados os primeiros congressos associados a Ciência da Religião. • O primeiro encontro aconteceu em 1897 em Estocolmo; • O segundo aconteceu em 1900 numa exposicao Mundial em Paris; • Outros encontros aconteceram em Basileia (1904), Osford (1908), e em Leiden (1912). ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 20
  • 21. ESTATUTO EPISTEMOLÓGICO DA C.R. Essa preocupação tem gerado discussões e questionamentos sobre a respeitabilidade acadêmica da disciplina. • Procura-se respostas para questões tais como: • O que permite dizer que a CR e uma ciência? • Trata-se de uma ciência, ou varias ciências? • É uma disciplina autônoma que merece lugar na academia? • Seu objeto e único, original, ou e múltiplo e derivado? • Como se diferencia de outras disciplinas? ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 21
  • 22. O debate não tem trazido consenso sobre todos os pormenores, porém, contribui para verificar unanimidade em alguns aspetos: • Encontra-se uma variedade de nomenclaturas (Ciências da Religião, Ciência da Religião, Ciência das Religiões e Ciências das Religiões), mas não atinge o consenso sobre a estrutura interna • Tal pluridade interna não e sintoma de falta de reflexão metateórica sobre a disciplina ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 22
  • 23. • A CR mostra sua competência em lidar com essa riqueza fenomenológica uma vez que, atua como uma ciência integral das religiões • A prosperidade da CR depende não apenas da dinâmica entre ela e as ciências auxiliares, mas também sua abertura aos discursos inovadores • A riqueza material promovido pelos esforços interdisciplinares requer do cientista a disponibilidade de submeter seu trabalho a uma dinâmica coletiva de acordo com especialidades individuais na produção do conhecimento ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 23
  • 24. ATUALIDADE DA CIÊNCIA DA RELIGIÃO Atualmente a CR e uma disciplina autônoma que baseia em pesquisas empírica, e sistemática da religião e religiões. • Abrange uma diversidade de disciplinas que analisam o fenômeno religioso sob aspetos específicos. • Tradicionalmente distingue-se: • Ciência da Religião Histórica (história das Religiões) Análise histórica particular das religiões através de descrições diacrônicas • Ciência da Religião sistemática (Sistemática da Religião) procura evidenciar, o típico, na forma de descrições sincrônicas ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIËNCIA DA RELIGIAO - PUC-SP 24
  • 25. As duas vertentes estão em estreita relação: • A Ciência da Religião desenvolve suas tipologias com base no material empírico disponibilizado pela pesquisa Histórica das Religiões • A História das Religiões aproveita dos critérios e categorias da Ciência da Religião para o registo ordenado da diversidade histórica. ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 25
  • 26. • O objetivo é inventariar de forma abrangente, fatos do mundo religioso investigando suas inter-relações com outras áreas, a partir do estudo de fenômenos religiosos concretos. • Ela tem uma estrutura multidisciplinar, ou seja, é um campo de intersecção de várias disciplinas. • As mais referidas são: • A História da Religião, a Sociologia da Religião e a Psicologia da Religião, a Antropologia da Religião e Filosofia da Religião. ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 26
  • 27. • História da Religião – Aborda o fenômeno religioso a partir de uma perspectiva Histórica e Antropológica no tempo e no espaço. • A Sociologia da Religião - Ciência Moderna, produto de grandes transformações ocorridas na Europa (sec. XVI e XVII), cujos fundadores foram: • Karl Marx (1818-1883), Émile Durkheim (1858 – 1917), Max Weber (1864 - de 1920) ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 27
  • 28. • Psicologia da Religião - aplica princípios e métodos da psicologia ao estudo científico do comportamento religioso do homem. • Antropologia da Religião – análise cientifica do fenômeno religioso advindas das diferentes culturas desfazendo preconceitos. • Filosofia da Religião – é chamada a mostrar os fundamentos e o sentido da religião. Obs. Fazem parte desse grupo outras disciplinas como. Goografia, estetica, economia etc. ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 28
  • 29. O CASO BRASILEIRO Ainda que o estudo da religião esteja bem estabelecida o mesmo não se pode dizer dos programas de Pós-graduação em Ciências da Religião. • Os que existem desde 1970 são alvos de críticas, principalmente por Antônio Flávio Pierucci na década de 1990. • Levantava a preocupação de que a maioria dos pesquisadores pertenciam aos programas eram oriundos do clero católico e protestante, o que impedia uma abordagem cientifica no estudo da religião . Estatuto Epistemológico da Ciência da Religião. Pág. 45 ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 29
  • 30. • Essa crítica nos remete para as dificuldades epistemológicas em estabelecer o dialogo com outras disciplinas. De um lado a Teologia e a filosofia (com viés apologista) e por outro lado as Ciências Sociais. • Essa situação decorre de controvérsias epistemológicas mal apresentadas e mal conduzidas. A relevância acadêmica no Brasil está ligado a um trabalho epistemológico ainda por se fazer no esclarecimento da disciplina face a Teologia. ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 30
  • 31. HISTÓRIA INACANBADA DA CIÊRNCIA DA RELIGIÃO • Um olhar atual revela a existência de muitos cursos institucionalizados e associações que coordenam interesses dos cientistas da religião no âmbito Nacional e Internacional. • De destacar a Internacional Association for the History of Religion (1950) visando promover atividades de todos os membros (42 associações nacionais e 6 regionais (2012) contribuem para o estudo comparado das religiões. • A internacionalização da CR e dos seus resultados varia de pais para pais dependendo de fatores extra acadêmicos. In Historia da Ciência da Religião pag. 59 ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 31
  • 32. • No Japão foi decisivo a abertura do pais para o Ocidente e suas tradições intelectuais a partir do sec. XIX . • Foi fundada a Japone Associatin for Religion Studies (1930) • No Leste Europeu criou-se um novo horizonte para o estudo da religião, com a criação de Departamentos de CR na • Ucrânia (1991); • Bucareste (2003); • Budapeste (2005). • Na Austrália a CR se beneficiou como uma onda de institucionalização (1970) que culminou com a criação da • Autralian Association for the study of Religion (1970) ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 32
  • 33. • Três anos mais tarde surgiram: • Association for the Study of Religion in Southerm África (atua a nível Sub-regional) • Nigerian Association for the Study of Religion (Nacional) • African Association for the Study of Religions (Regional) • Association Latina para el Estudio de Las Religiones • A nível Nacional temos: • Associação Brasileira de Historia das Religiões (1999) • Associação de Pós-graduação e pesquisa em Teologia e C.R (2008) Esses exemplos comprovam a dinâmica da CR na busca de identidade tentando conciliar as exigências disciplinares originalmente formuladas por eruditos europeus nos finais do séc. XIX. In Historia da Ciência da Religião pag. 60 ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 33
  • 34. CONCLUSÃO  É um emprendimento recente que vem ganhando importância ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 34 no meio acadêmico e social;  A institucionalização da C.R tem contribuído para que se torne uma ciência paradigmaticamente homogênea;  A prática da C.R implica um afastamento do objeto de estudo.  No Brasil esta na fase de consolidacão, porém, ainda é preciso desmistificar supostas ligações com a Teologia.
  • 35. BIBLIOGRAFIA • Compêndio da Ciênciada Religião (Joao Décio Passos. Frank Usarski (orgs) – Sao Paulo: Paulinas: Oaulus, 2013. • O Espetro Disciplinar da Ciência da religião / Frank Usarski (Org). – Sao Paulo: Paulinas, 2007 – Coleção Pansadores da religião. • SARSKI, Frank / Constituintes da Ciência da Religião: Cinco Ensaios em Prol de uma Disciplina Autônoma / Frank Usarski – Sao Paulo, 2006 Coleção Pensadores da Religiôo • RERIM, Aldo Natale. Introducao ao Estudo Comparado das religiões / Aldo Natale terim, Traduçao Jiuseppe Bertazzo. – Sao Paulo, 2013 (Coleção Religião e Cultura) ARLINDO ROCHA - MESTRANDO EM CIÊNCIA DA RELIGIÃO - PUC-SP 35