As Cruzadas começaram no século XI como uma campanha militar convocada pelo Papa Urbano II para retomar Jerusalém do domínio muçulmano. Ao longo de 200 anos, oito cruzadas foram lançadas, resultando em pilhagens, massacres e a conquista temporária de Jerusalém. As Cruzadas também levaram ao Renascimento Comercial na Europa e ao fortalecimento das cidades de Veneza e Gênova como centros do comércio.
1. Aulas 9 e 10: A Baixa Idade Média
As Cruzadas – Entre a Fé e a Espada
2. Baixa Idade Média
Viagens: estradas inseguras;
motivações religiosas
Peregrinações Roma; Santiago de
Compostela, Jerusalém. (relíquias de
santos)
Jerusalém Cidade Santa
domínio islâmico turcos
sedjúcidas: inimigos do
cristianismo (cobrança de
impostos para entrada na cidade)
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4. Europa em transformação
Séc. XI: Estabilidade Paz de Deus:
fim de invasões e guerras estradas
mais seguras, inovações tecnológicas,
melhor alimentação, aumento da
população e maior expectativa de vida
1095: Concílio de Clermont: Papa Urbano II prega a conquista da Terra
Santa por seus proprietários de direito: Perdão dos pecados
Superpopulação: Oriente fé e
melhoria da situação econômica;
"Deixai os que outrora estavam a se baterem, impiedosamente contra os fiéis, em guerras
particulares, lutarem contra os infiéis (...). Deixai os que até aqui foram ladrões tornarem-se
soldados. Deixai aqueles que outrora se bateram contra seus irmãos e parentes lutarem agora
contra os bárbaros como devem. Deixai os que outrora foram mercenários, a baixos salários,
receberem agora a recompensa eterna.
Uma vez que a terra que vós habitais, fechada por todos os lados pelo mar e circundada por
picos e montanhas, é demasiadamente pequena para vossa grande população: a sua riqueza
não abunda, mal fornece o alimento necessário aos seus cultivadores (...). Tomai o caminho do
Santo Sepulcro; arrebatai aquela terra à raça perversa e submetei-a a vós mesmos (...)."
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6. As Cruzadas
Ocidente CIVILIZADOS; retomada
do prestígio e áreas de controle
8 Cruzadas oficiais: assaltos/pilhagens/ massacres: 200 anos de
conflito Quarta Cruzada: Pilhagem de Constantinopla
Os primeiros voluntários escolheram como
símbolo da expedição uma cruz costurada nas
suas roupas, daí o nome Cruzadas para esse
movimento.
Colocaram seus símbolos e a cruz sobre suas vestes (Sl: 74:4), homens e mulheres que
tinham a intenção de peregrinar até o túmulo de seu salvador se multiplicaram como
gafanhotos sobre a terra, homens e mulheres e crianças [...] E ao passarem pelos lugares
onde viviam os judeus, disseram uns aos outros: eis que vamos a um lugar longínquo
procurar defender os nossos lugares santos e vingar-nos dos ismaelitas enquanto os
judeus estão aqui entre nós, e seus antepassados mataram e crucificaram Cristo em vão.
Vinguemo-nos antes e os destruamos como povo para que o nome de Israel não seja mais
lembrado (Sl. 83:5) ou para que reconheçam e aceitem a nossa fé. Kidush Hashem:
Crônicas Hebraicas sobre as Cruzadas, Nachman Falbel
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8. “(…) Lutar para libertar o Santo Sepulcro é
merecer a glória eterna.”
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17. Tão logo os cruzados conseguiram entrar na cidade começaram a realizar um
massacre no qual morreram quase todos os habitantes de Jerusalém. O massacre
se prolongou durante a tarde, noite e na manhã do dia seguinte. Foram
massacrados muçulmanos, judeus, e inclusive alguns cristãos num cenário de
violência indiscriminada. Muitos muçulmanos buscaram refúgio na mesquita de Al-
Aqsa onde, segundo um famoso relato da Gesta Francorum¹, "... a carnificina foi
tão grande que nossos homens andavam com sangue na altura dos joelhos..." Um
dos homens que participou daquele massacre deixou um relato para a posteridade
que fala por si só:
"Maravilhosos espetáculos alegravam nossos olhos. Alguns de nós, os mais
piedosos, cortaram as cabeças dos muçulmanos; outros foram alvos de suas
flechas; outros foram mais longe e os arrastaram para as fogueiras. Nas ruas e
praças de Jerusalém não se viam mais que montes de cabeças, mãos e pés. Foi
derramado tanto sangue na mesquita edificada sobre o templo de Salomão, que os
cadáveres flutuavam nela e em muitos lugares o sangue nos chegava até os
joelhos. Quando não havia mais muçulmanos para matar, os chefes do exército se
dirigiram em procissão até a Igreja do Santo Sepulcro para a cerimônia de ação de
graças."
A crônica de Ibn al-Qalanisi conta que os defensores judeus buscaram refúgio em
sua sinagoga, mas que os Francos (os cruzados) incendiaram o templo com eles
dentro, matando a todos em seu interior. Também diz que os cruzados davam
voltas no prédio em chamas enquanto cantavam "Cristo, Te Adoramos!”
25. Consequências das Cruzadas
Criação de entrepostos comerciais
entre a Europa e o Oriente.
Rotas marítimas e terrestres de
comércio europeu.
Gênova e Veneza tornam-se os
principais centros comerciais da
Europa.
Renascimento Comercial e Urbano
Refinamento de hábitos e costumes:
desejo por especiarias do Oriente
27. O Renascimento Comercial e
Urbano
As rotas marítimas
Marcelha, Lisboa, Flandres.
Liga Hanseática
As rotas terrestres
Os burgos
A rota de Champagne
As feiras medievais
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30. Transformações sociais
O surgimento da burguesia
O retorno da vida urbana
As organizações burguesas
Guildas
Corporações de Ofício
Hansas
Bancos
As cartas de franquia e as comunas
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32. As transformações
culturais
Alta Idade Média (séc.V-X)
Românico
Patrística
Baixa Idade média (séc. X – XV)
Gótico
Escolástica
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36. Falar do Mal era
uma maneira de
reforçar a imagem
de Deus
37. Santo Agostinho: A Cidade de Deus:
Sociedade dos homens eleitos: boas
ações. Felicidade eterna de Deus
Cidade dos Homens: atormentada por
Satanás.