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E C ONOMIA ,
DE S E NVOLVIME NTO
E A S MUDA NC A S
C LIMÁTIC A S
AGENDA

• Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento
• Considerações Finais
Principais Atividades Antropogênicas responsáveis por emissões de GEE
E volução his tórica no cons umo de
E nergia
E volução global das emis s ões e indicadores econômicos
Evolução da intensidade energética (-33%) mais do que compensada pelo efeito combinado
                    crescimento da renda (+77%) e população (+69%)
Emissões de toneladas de CO2-eq de países e regiões
E mis s ões de C O2 permanec e na atmos fera por longo tempo
Emissões de toneladas de CO2 (combustíveis fósseis) de países e regiões
Emissões de Carbono per capita (combustíveis fósseis) 2007 e acumulado
Emissões de toneladas de CO2-eq per capita de diferentes regiões




                                              Distribuição no ano de 2004 das
                                              emissões regionais de gases de
                                              efeito estufa per capita (todos
                                              os gases de Quioto, inclusive os
                                              provenientes do uso da terra)
                                              da população de diferentes
                                              agrupamentos de países. As
                                              porcentagens nas barras
                                              indicam a participação das
                                              regiões nas emissões globais
                                              de gases de efeito estufa
Emissões de toneladas de CO2-eq por riqueza produzida



                                         Distribuição no ano de 2004
                                         das emissões regionais de
                                         gases de efeito estufa (todos
                                         os gases de Quioto, inclusive
                                         os provenientes do uso da
                                         terra) por US$ de PIBppc do
                                         PIBppc de diferentes
                                         agrupamentos de países. As
                                         porcentagens nas barras
                                         indicam a participação das
                                         regiões nas emissões globais
                                         de gases de efeito estufa
Indic adores de E mis s ões de C O2 do B ras il e país es s elec ionados
A Matriz E nergética B ras ileira é uma das mais limpas do planeta (? !)
AGENDA

• Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento
• Considerações Finais
Conceito de Desenvolvimento Sustentável
Índice de Desenvolvimento Humano



IDH - é uma medida comparativa de
riqueza, alfabetização, educação,
esperança média de vida, natalidade
e outros fatores. É uma maneira
padronizada de avaliação e medida
do bem-estar de uma população,
especialmente o bem-estar infantil.
Vem sendo usado desde 1993 pelo
Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento no seu relatório
anual. Todo ano, os países membros
da ONU são classificados de acordo
com essas medidas.
Índice de Desenvolvimento Humano (Mundo)
Índice de Desenvolvimento Humano (Brasil)
Coeficiente de Gini (Desigualdade dentro das sociedades)
Relação entre IDH e consumo per capita de energia
Relação entre Mortalidade Infantil e Consumo per capita de Energia
Relação entre Espectativa de Vida e consumo per capita de energia
AGENDA

• Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento
• Considerações Finais
Contração e Convergência
Convergência dentro da União Européia
AGENDA

• Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento
• Considerações Finais
C omo s e avalia os impactos das Mudanças C limáticas devido às emis s ões de
GE E ?
Vários pas s os : de emis s ões a res pos tas c limáticas
Emissões de toneladas de CO2-eq de países e regiões
C omponentes do Forçamento Radiativo Natural e A ntrópic o
E mis s ões de C O2 permanec e na atmos fera por longo tempo

  Métricas para Mudanças “Perigosas”
Extermínio de Espécies Animais & Vegetais
  1. Extinção de Espécies Polares e Alpinas
  2. Taxas Insustentáveis de Migração

Desintegração Camada de Gelo: Nível Global dos Mares
  1. Mudanças de Longo Prazo de Dados Paleoclimáticos
  2. Tempo de Resposta de Camadas de Gelo

Regional Climate Disruptions
  1. Aumento de Eventos Extremos
  2. Mudanças de Zonas/Escassez de Água Doce
E mis s ões de C O2 permanec e na atmos fera por longo tempo


                   Meta CO2:

               < 350 ppm
  Para preservar a criação, o planeta
        em que a civilização se
             desenvolveu
Nível de     Aumento de Temp.      Ano em que         Ano em que              Redução nas
es tabilização     Global Média        emissões globais   emissões globais de    emissões globais
(ppm C O2-eq)     em equilíbrio (ºC)   de CO2 precisam    CO2 precisam voltar   de CO2 em 2050
                                       parar de crescer   ao nível de 2000      comparada a 2000

 445 – 490           2.0 – 2.4           2000 - 2015         2000- 2030            -85 to -50

 490 – 535           2.4 – 2.8           2000 - 2020         2000- 2040            -60 to -30

 535 – 590           2.8 – 3.2           2010 - 2030         2020- 2060            -30 to +5

 590 – 710           3.2 – 4.0           2020 - 2060         2050- 2100           +10 to +60

 710 – 855           4.0 – 4.9           2050 - 2080                              +25 to +85

855 – 1130           4.9 – 6.1           2060 - 2090                              +90 to +140
C orrelação entre níveis de conc entraç ão de G E E e temperatura
global
Principais impactos como função do aumento da temperatura global média
Principais impactos como função do aumento da temperatura global média
Principais impactos como função do aumento da temperatura global média
AGENDA

• Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento
• Considerações Finais
O que são Cenários ?

•   A noção de longo prazo é intrínseca ao debate do conceito de sustentabilidade, as
    análises do significado do conceito e as implicações do desenvolvimento sustentável
    requerem uma visão para muitas gerações futuras.
•   Projeções de tendências baseadas em complexos modelos matemáticos que envolvem
    muitas variáveis acabam tendo sua aplicabilidade restrita à previsões de curto prazo,
    quando expandidas do horizonte de meses e anos para décadas e gerações.
•   A metodologia de cenários vai além de previsões, os cenários são compostos por
    estórias sobre o futuro baseados em sequencias lógicas e na narrativa do criador
    possibilitando a inclusão de variáveis qualitativas, sendo assim a formulação de
    cenários faz uma uma análise mais global, sem ter como objetivo a busca por resposta
    mas sim várias possibilidades de futuros, servindo como guia para tomadas de
    decisões no presente.
•   Mas apesar do caráter mais global dos cenários, eles possuem limitações devido as
    incetezas que são sempre introduzidas a análises de longo prazo tanto pelo limitado
    conhecimento dos processos humanos e ecológicos quanto pela complexa
    indeterminação intrínseca a dinâmica do sistema.
Quais as principais diferenças entre métodos de previsão e a metodologia de cenários ?




•   O método de previsão consiste em saber com certeza como será uma determinada
    ocorrência no futuro, partindo de um presente específico. Ao contrário do cenário, o
    método de previsão se utiliza de complexos modelos matemáticos para a
    análise, como há muitas variáveis envolvidas, o tempo é um revés deste método
    pois torna a análise mais complexa, restringindo a sua aplicabilidade à previsão de
    curto prazo.

•   Já o cenário, este compõe estórias em sequências lógicas, baseadas algumas
    características selecionadas. Não tem o objetivo de encontrar a resposta, mas várias
    possibilidades de futuros. Este método é particularmente interessante pois envolve
    variáveis qualitativas de difíceis quantificações, particularmente envolvendo os
    seres humanos, indicando as suas inter-relações no desdobramento da estória.
Como é feito a Modelagem de Cenários ?

Serviços Ambientais: O sistema mundial pode ser considerado como um sistema sócio-ecológico
constituído de subsistemas: ambiental - humano e suas interações conforme esquema:
Cenários da Trajetória da Sociedade no Século XXI (SEI)
Cenários da Trajetória da Sociedade no Século XXI (SEI)
C enários de aumento de temperatura global (IPC C )
Médias Multimodelos e Intervalos Avaliados para o Aquecimento Superficial
C enários de des envolvimento do IPC C
•   A1. O contexto e a família de cenários A1 descrevem um mundo futuro de
    crescimento econômico muito rápido, com a população global atingindo um pico
    em meados do século e declinando em seguida e a rápida introdução de
    tecnologias novas e mais eficientes. As principais questões subjacentes são a
    convergência entre as regiões, a capacitação e o aumento das interações culturais e
    sociais, com uma redução substancial das diferenças regionais na renda per
    capita. A família de cenários A1 se desdobra em três grupos que descrevem
    direções alternativas da mudança tecnológica no sistema energético. Os três grupos
    A1 distinguem-se por sua ênfase tecnológica: intensiva no uso de combustíveis
    fósseis (A1FI), fontes energéticas não-fósseis (A1T) ou um equilíbrio entre
    todas as fontes (A1B) (em que o equilíbrio é definido como uma dependência não
    muito forte de uma determinada fonte de energia, supondo-se que taxas similares de
    aperfeiçoamento apliquem-se a todas as tecnologias de oferta de energia e uso
    final).
C enários de des envolvimento global do IPC C
     (c ont.)
•   A2. O contexto e a família de cenários A2 descrevem um mundo muito
    heterogêneo. O tema subjacente é a auto-suficiência e a preservação das
    identidades locais. Os padrões de fertilidade entre as regiões convergem muito
    lentamente, o que acarreta um aumento crescente da população. O
    desenvolvimento econômico é orientado primeiramente para a região e o
    crescimento econômico per capita e a mudança tecnológica são mais
    fragmentados e mais lentos do que nos outros contextos.
Cenários de desenvolvimento global do IPCC (cont.)

•   B1. O contexto e a família de cenários B1 descrevem um mundo convergente com a
    mesma população global, que atinge o pico em meados do século e declina em seguida,
    como no contexto A1, mas com uma mudança rápida nas estruturas econômicas em
    direção a uma economia de serviços e informações, com reduções da intensidade
    material e a introdução de tecnologias limpas e eficientes em relação ao uso dos
    recursos. A ênfase está nas soluções globais para a sustentabilidade econômica,
    social e ambiental, inclusive a melhoria da eqüidade, mas sem iniciativas adicionais
    relacionadas com o clima.


•   B2. O contexto e família de cenários B2 descrevem um mundo em que a ênfase está nas
    soluções locais para a sustentabilidade econômica, social e ambiental. É um mundo
    em que a população global aumenta continuamente, a uma taxa inferior à do A2, com
    níveis intermediários de desenvolvimento econômico e mudança tecnológica menos
    rápida e mais diversa do que nos contextos B1 e A1. O cenário também está orientado
    para a proteção ambiental e a eqüidade social, mas seu foco são os níveis local e
    regional.
AGENDA

•   Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB)
•   Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia
•   Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
•   Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
•   A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
•   Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
•   Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento
•   Considerações Finais
S oluções para Mitigar as E mis s ões de GE E
Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
E mis s ões de gas es de efeito es tufa podem s er
evitadas !
Medidas de mitigaç ão não pos s uem um preço
irrealis ticamente alto
Todos os s etores e regiões têm o potenc ial para contribuir
C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? Oferta de
      energia
Tecnologias de mitigação                Tecnologias de mitigação
chaves e práticas                       chaves e práticas projetadas
correntemente disponíveis               para estarem comercialmente
comercialmente                          disponíveis antes de 2030

•   Eficiência                          •   CCS para gás
•   Substituição de combustíveis        •   Plantas de geração de energia
•   Energia nuclear                          elétrica a partir de biomassa e
•   Renováveis (hidro, solar, eólica,        carvão
    geotérmica e bioenergia)            •   Renováveis avançados (energia
•   Cogeração                               das marés e das ondas, solar
•   Aplicações iniciais de captura e        concentrador, solar fotovoltaico)
    armazenamento de CO2 (CCS)
C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? Trans porte
Tecnologias de mitigação                Tecnologias de mitigação
chaves e práticas                       chaves e práticas projetadas
correntemente disponíveis               para estarem comercialmente
comercialmente                          disponíveis antes de 2030

•   Veículos mas eficientes no uso de   •   Biocombustíveis 2a geração
    combustíveis                        •   Aviões mais eficientes
•   Veículos híbridos                   •   Veículos elétricos e híbridos
•   Biocombustíveis                         avançados com baterias mais
•   Mudanças de modal de transporte         potentes e mais confiáveis
    rodoviário para ferroviário e
    sistemas de transporte público
•   Ciclismo, caminhada
•   Planejamento do uso da terra
C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? Indús tria
Tecnologias de mitigação             Tecnologias de mitigação
chaves e práticas                    chaves e práticas projetadas
correntemente disponíveis            para estarem comercialmente
comercialmente                       disponíveis antes de 2030

•   Equipamentos elétricos mais      •   Eficiência energética avançada
    eficientes                       •   CCS para a produção de cimento,
•   Recuperação de calor e de            amônia e de ferro
    eletricidade                     •   Eletrodos inertes para a
•   Reciclagem de materiais
                                         produção de alumínio
•   Controle de emissões de gases
    não-CO2
C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? E dific aç ões
Tecnologias de mitigação                 Tecnologias de mitigação chaves
chaves e práticas                        e práticas projetadas para
correntemente disponíveis                estarem comercialmente
comercialmente                           disponíveis antes de 2030

•   Iluminação eficiente                 •   Projetos integrados de
•   Equipamentos elétricos e                 edificações comerciais incluindo
    condicionadores de ar eficientes         tecnologias tais como medidores
•   Isolamentos melhorados                   inteligentes capazes de
•   Aquecimento e resfriamento solar         proporcionar retroalimentações e
•   Alternativas para o uso de gases à       controle
    base de flúor em isolamento e em     •   Solar fotovoltaico integrado nas
    equipamentos elétricos
                                             edificações
C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? A gricultura
Tecnologias de mitigação                Tecnologias de mitigação chaves
chaves e práticas                       e práticas projetadas para
correntemente disponíveis
                                        estarem comercialmente
comercialmente
                                        disponíveis antes de 2030
•   Gestão melhorada do solo
                                        •   Rendimentos agrícolas melhorados
•   Restoração de solos turfosos
    cultivados e de terras degradadas
•   Tecnologias melhoradas de cultivo
    de arroz
•   Gerenciamento melhorado de
    rebanhos e de dejetos animais
•   Aplicação melhorada de
    fertilizantes nitrogenados
    (+ culturas para biocomtustíveis)
C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? Flores tas
Tecnologias de mitigação                Tecnologias de mitigação chaves
chaves e práticas                       e práticas projetadas para
correntemente disponíveis               estarem comercialmente
comercialmente                          disponíveis antes de 2030

•   Forestamento e reflorestamento      •   Melhoramento de espécias
•   Manejo florestal                        arbóreas
•   Redução de desmatamento             •   Tecnologias melhoradas de
•   Manejo de silvicultural                 sensoriamento remoto para
    (+ culturas para biocombustíveis)       mapeamento, mudanças no uso
                                            do solo e potencial de seqüestro
                                            de carbono
C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? Mudanças de padrão de
cons umo
 Tecnologias de mitigação chaves e práticas
 correntemente disponíveis comercialmente

 •   Consumidores mudam seu comportamento através da escolha de suas
     opções de estilo de vida
 •   Incentivos aos trabalhadores encorajam mudanças das práticas no
     ambiente de trabalho
 •   Donos de automóveis passam a adotar um estilo de direção mais eficiente
     no uso de combustível, com acelerações e frenagens menos bruscas
 •   Uso mais reduzido do automóvel através da mudança para outros modais
     de transporte
Precificar o carbono pode viabilizar mitigação significativa em todos os setores

 •   Políticas tais como regulação, restringindo a quantidade de emissões produzidas, e
     instrumentos econômicos tais como taxa de carbono ou alocação certificados
     comercializáveis de emissão tornam mais cara a emissão de gases
 •   Os custos extras resultantes para as indústrias e para os consumidores podem
     encorajar investimentos em tecnologias não baseadas em carbono
 •   Para se obter uma estabilização em torno de 550ppm (partes por milhão), preços
     de carbono em termos de CO2 equivalente devem atingir US$20-80 por tCO2 eq em
     2030
 •   A estes preços, grandes mudanças para investimentos em tecnologias de baixo
     carbono podem ser esperadas
Quais s ão os c us tos mac roec onômicos em 2030?

•   Custos macro-econômicos são médias globais para abordagens de menor custo a
    partir de modelos top-down. Custos não incluem benefícios de danos evitados por
    mudanças climáticas.
•   O impacto financeiro – mesmo que medidas duras sejam adotadas para se reduzir
    as emissões
•   Para a trajetória mais severa para se atingir a estabilização dos gases de efeito
    estufa na atmosfera e assim se estabilizar a temperatura global, o efeito na
    economia global seria inferior a 3% em 2030. Uma perda de 3% no PIB significa
    que um país atingiria o mesmo nível de riqueza um ano mais tarde


Trajetórias para níveis                                          Redução média da taxa
   de estabilisação       Redução Média   Faixa de redução do
                                                                anual de crescimento do
     (ppm CO2-eq)           de PIB (%)          PIB (%)
                                                                PIB (pontos percentuais)

        590-710                0.2             -0.6 a 1.2                <0.06

        535-590                0.6             0.2 a 2.5                 <0.1

       445-535                N.D.                <3                     <0.12
Ilustração dos números de custo de mitigação de emissões de GEE
Impactos nas Decisões de Investimento

•   Decisões de investimento em infraestrutura energética (20
    trilhões de US$ até 2030) terão impactos de longo prazo
    sobre as emissões de GEE

•   A difusão disseminada de tecnologias de baixo carbono
    pode demorar várias décadas, mesmo que investimentos
    nestas tecnologias no curto prazo se tornem atrativos
A importância de políticas tecnológicas

•   Quanto mais baixo os níveis de estabilização, tão mais cedo as
    emissões globais de CO2 terão que atingir seu pico


•   Suporte governamental é importante para um desenvolvimento
    tecnológico, inovação e aplicação prática efetivos

•   MAS, financiamento público para a maioria dos programas de
    pesquisa energética tem declinado por quase duas décadas;
    atualmente cerca de metade do nível verificado em 1980
Políticas, medidas e instrumentos



•   Há um vasto espectro de políticas e instrumentos para governos criarem incentivos
    para ações de mitigação

•   Circunstâncias nacionais determinarão escolhas
     – Integração de políticas climáticas em políticas mais amplas de desenvolvimento
     – Regulamentações e padrões
     – Taxação
     – Certificados comercializáveis
     – Incentivos financeiros
     – Acordos voluntários
     – Informação
     – PD&A
Exemplo da Eficácia de Esquema de Cota e Crédito (Cap and Trade)

Benchmarking Air Emissions of the 100 Largest Electric Power Producers in the United States

 •    Relatório mostra a evolução das emissões de dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx)
      e dióxido de carbono (CO2) das usinas elétricas em função dos programas regulatórios de redução
      da poluição, criados pelas emendas de 1990 ao Clean Air Act. Em 2006, as emissões foram:

     SO2: 40% menores do que em 1990
     NOx: 46% inferiores a 1990
     CO2: 29% superiores neste período (emissões não foram sujeitas ao Clean Air Act)

 •    O setor elétrico no EUA é o maior emissor de CO2 de toda a economia do país e ainda é
      responsável por 70% das emissões de SO2; 20% de NOx; e 40% de CO2, além de contribuir com
      68% da poluição aérea por mercúrio.

 •    As 100 maiores produtoras de eletricidade estudadas no relatório produziram 85% da eletricidade
      total gerada nos EUA em 2006
Desenvolvimento sustentável e mitigação



• Tornar o desenvolvimento mais sustentável pela alteração das trajetórias de
  desenvolvimento pode oferecer uma imensa contribuição à mitigação

• Emissão de gases de efeito estufa é influenciada, mas não rigidamente
  ligada, ao crescimento econômico. Há grandes margens de manobra

• Enfrentar o problema das mudanças climáticas não significa frear o
  desenvolvimento dos países

• “Não enfrentar o problema é condenar os países a se des-desenvolverem se
  desenvolvidos, e a não se desenvolverem se ainda em desenvolvimento”
UM PLA NO B PA RA RE DUZIR E MIS S ÕE S DE C A RB ONO E M 80% A TÉ 2020




                                                             Fonte: EPI
O papel dos Mercados e dos Governos para uma economia de baixo carbono

•A redução das emissões de carbono é uma prioridade social que transcende o mandato de
governos individuais
•A escala do desafio é enorme: é preciso inovação tecnológica e mudança de
comportamento para obtenção de cortes maciços em todos os setores econômicos
•Mercados trabalham bem quando entregam bens e serviços que são valorizados pelos
consumidores (p.ex., telefones móveis)
•No entanto, mercados não trabalham tão bem para entregar bens e serviços que possuem
alto valor para a sociedade, mas de pouco valor individual (p.ex., redução de carbono)
•Assim o papel do Governo deve ser de montar um arcabouço de políticas de longo prazo
nos quais os mercados confiam e que diminua os riscos de investimento
•Para nos transformarmos numa economia de baixo carbono e atender às metas de
redução de carbono, precisamos de um aumento dramático na escala de suporte de
inovação em tecnologias de baixo carbono

                                                                    Fonte: Carbon Trust
Como continuar crescendo e reduzir as emissões ?
O que poderíamos fazer com a ração diária de emissões per capita hoje ?
Qual a velocidade necessária para aumentar a produtividade de carbono ?
AGENDA

• Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento
• Considerações Finais
O Grande Debate entre E conomia Neo-C lás s ica e E conomia E cológica




Funç ão Produç ão:
(Variante S olow-S tiglitz
                              K = estoque de capital
da função C obb-
Douglas )
                              R = fluxo de recursos naturais
        onde:
                              L = oferta de trabalho


 “Se for fácil substituir recursos naturais por outros fatores, então, em princípio, não há
 “problema”. O mundo pode, para todos os efeitos, se “virar” sem recursos naturais”

 Robert Solow – Prêmio Nobel de Economia
As Relações entre Economia e Meio Ambiente
C omo s urgiu es ta Vis ão “ Mecanicis ta” da E conomia ?

•A Ciência Econômica desenvolveu seu caráter mecanicista à partir da Física
Clássica, newtoniana, que ainda dominava o cenário cientifico de meados do século
XIX, quando foram criadas as fundações da primeira como uma ciência moderna.
•Da mesma forma como a Mecânica Clássica se focaliza apenas no movimento,
considerando-o previsível, reversível e sem qualidades intrínsecas, a Economia criou
o que o autor definiu como a ficção do homo oeconomicus, onde o comportamento do
ser humano é previsível, mecânico, onde as variáveis culturais são desconsideradas.
•Da mesma forma que a Mecânica Clássica, a Economia não leva em consideração a
existência de mudanças qualitativas contínuas da natureza. Marx compartilha da visão
estreita do papel da natureza (como provedora de recursos infinitos e num patamar
abaixo do Homem.)
•Ironicamente, as bases teóricas da Economia moderna foram fundadas justamente
quando os dogmas mecanicistas da Física começaram a ser colocados em cheque.
•Mesmo teóricos econômicos em pleno século XX ainda pregavam a forte
identificação da Economia com a Mecânica, uma ciência “irmã”.
O Grande Debate entre Economia Neo-Clássica e Economia Ecológica



                                          Herman Daly, citando
                                          Nordhaus et Tobin

                                          Ecological Economics 22
                                          (1997), pag. 261-265

                                          Forum: Georgescu-Roegen
                                          vs. Solow/Stiglitz
Crescimento da Economia (PIB) traz Desenvolvimento ?



  Primeiro, um ponto preliminar. O verbo “crescer" absorveu tantas
  conotações positivas, que esquecemos sua denotação literal no
  dicionário, especificamente, “levantar e desenvolver até a maturidade."
  Assim, a própria noção de crescimento inclui alguns conceitos de
  maturidade ou suficiência, além do qual o acúmulo físico dá lugar à
  manutenção física; istoé, crescimento dá lugar a um estado
  estacionário. É importante lembrar que “crescimento” não é sinônimo
  de “melhoria”.

Herman Daly – Steady State Economics
Crescimento da Economia (PIB) traz Desenvolvimento ?


O Conselho de Assessores Econômicos do Presidente (EUA) afirmou: “Se existe
consenso que produção econômica é uma coisa boa, por definição decorre que não
existe tal coisa como o suficiente disso” (Economic Report of the President, 1971, p.
92) (…) Em outro ponto do mesmo documento, o conselho admite que “o crescimento
do PIB tem seus custos e, além de algum ponto, não vale a pena pagar por eles" (p.
88). (…) “As propensões existentes da população e das políticas do governo exercem
pressão no PIB que só pode ser satisfeito por rápido crescimento econômico" (…)
Crescimento no PIB deveria cessar quando os benefícios marginais decrescentes se
igualarem aos custos marginais crescentes. Mas não há séries estatísticas que
tentam medir os custos do PIB. Isto é Mania de Crescimento, literalmente não
levando em conta os custos do crescimento.


Herman Daly (ex-Economista Chefe do Bano Mundial)
Crescimento da Economia traz Desenvolvimento ?

“A questão é se mais crescimento no PIB vai de fato nos fazer mais ricos. Pode
muito bem nos fazer mais pobres. Como poderemos saber se não é o caso, já que não
nos damos ao trabalho de medir os custos e até contar muitos custos reais como
benefícios? Se benefícios marginais de crescimento físico declinam enquanto custos
marginais crescem (como qualquer teoria econômica elementar indicaria), vai haver uma
interseção a partir do qual o crescimento é anti-econômico. Quanto mais rica é uma
sociedade (quanto mais ela cresceu no passado), mais provável que os benefícios
marginais sejam menores do que os custos marginais e que mais crescimento é
anti-econômico. A diminuição dos benefícios marginais decorre do simples fato que
pessoas sensatas satisfazem suas necessidades mais básicas primeiro, seja nos usos
alternativos de uma única commodity ou em usos alternativos de renda. Que os custos
marginais aumentam decorre do fato que pessoas sensatas primeiro exploram a terra e
os minérios mais acessíveis por eles conhecido, e que quando sacrifícios são impostos
pelo aumento de uma atividade específica, pessoas sensatas irão sacrificar primeiro as
atividades alternativas (menos importantes). “
Crescimento da Economia traz Desenvolvimento? O caso da China

•Nos últimos 50 anos, cerca de 50% dos ecossistemas costeiros desapareceram por causa
dos excessivos aterros nas zonas úmidas junto ao mar.

•No mesmo período, cerca de 80% dos recifes de corais e manguezais desapareceram.

•145 mil km2 de águas rasas ao longo da costa da China está fora dos padrões de proteção
ambiental aceitáveis, sendo que destes, 29 mil km2 foram considerados “severamente”
poluídos.

•As águas dos estuários dos rios Amarelo, Yangtze e Zhujiang também estão comprometidas.
Nitrogênio inorgânico e fosfato são os principais químicos poluentes encontrados na águas
contaminadas.

•A poluição do ar custa US$ 25 bilhões de dólares a cada ano para a economia da China em
gastos com saúde e perda de produtividade (Banco Mundial, 2004)
É possível todos terem o mesmo padrão de vida dos desenvolvidos ?
[O subsídio de alimentos, água e combustíveis de sociedades com a dos EUA e China]
perturba alguns economistas que eram céticos quanto às premissas dos "Limites ao
Crescimento." Há 30 anos atrás, o então jovem economista Joseph Stiglitz afirmou
categoricamente: “Não há evidências convincentes de que nós estejamos com um
problema de exaustão de nossos recursos no curto ou médio prazo."
Hoje, o prêmio Nobel está preocupado que o petróleo está sub-precificado com relação
aos custos das emissões de carbono, e que recursos-chave tais como água são
frequentemente providos gratuitamente. “Na ausência de sinais de mercado, não tem
como o mercado resolver estes problemas," diz ele. “Como fazer com que pessoas que
conseguem algo grátis comecem a pagar por elas? É muito difícil. Se nossos padrões de
vida, nossos padrões de consumo são imitados, como outros se esforçam em conseguir,
o mundo provavelmente não é viável.“ (…) Mas Mr. Stiglitz pondera que consumidores
eventualmente terão que mudar seu comportamento ainda mais do que após os choques
de petróleo dos anos 1970s. Ele afirma que as definições e medidas gobais tradicionais
de progresso econômico - baseado numa produção e consumo sempre em
crescimento – talvez tenha que ser repensado.            Fonte: Wall Street Journal, 24-3-2008
AGENDA

• Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB)
• Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia
• Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões?
• Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos
• A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras
• Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos
• Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento
• Considerações Finais
Porque Economizar Energia ?


•Energia é o recurso mestre da civilização – quase todas as civilizações que
ruíram foi devido à falta de recursos energéticos

•E.R.O.I. (Energia de retorno sobre Energia Investida) de recursos fósseis está
diminuindo – Nos EUA, EROI de GN e petróleo era 25:1 em 1970, agora é 15:1.
Areias betuminosas do Canadá -> 4:1

•O único combustível abundante no planeta é o carvão! Energia de estoque é
muito maior do que energia de fluxo.

•Se não houver mitigação das emissões de GEE, o impacto em 2100 será de 20%
do PIB mundial (Relatório Stern, 2006)
Existe forte Aumento na Demanda por Recursos Naturais
Conflitos Geopolíticos na Busca por Recursos Naturais
•Os EUA mantém duas esquadras no Estreito de Ormuz (Golfo Pérsico) para garantir fluxo
ininterrupto de petróleo. Um novo comando militar (Africom) está em vias de ser criado.
•China tem realizado grandes investimentos (econômicos e políticos) na África, em busca de
recursos – petróleo, madeira, minérios, terras -> alimentos.
•India, antigo defensor do movimento democrático em Mianmar, fechou acordos comerciais
com este país (rico em recursos naturais).
• EUA, UE, Russia e China estão disputando acesso às reservas de GN e petróleo na Ásia
Central. EUA nomeou um “coordenador especial de energia, que dedicará especialmente
todo o seu tempo à região da Ásia Central e do mar Cáspio” (Condoleeza Rice)
•Uma seca recorde no Sudeste dos EUA intensificou uma disputa entre Alabama, Georgia e
Florida a respeito de água de um reservatório federal próximo a Atlanta.
•Disputa por direitos de água no Rio Cauvery, entre os estados de Karnataka e Tamil Nadu
resultou em 25 mortes em 1991.
•Economistas detectaram que declínio de chuvas está associado à guerras civis na África
sub-Sahariana. Serra Leoa, por example, que sofreu forte queda de chuvas em 1990, entrou
em guerra civil em 1991.
É Preciso Quebrar o Modelo de Produção, Consumo e Desperdício
Reduzir, Reutilizar e Reciclar
O Mundo está condenado à Miséria e a Fome?




A verdadeira lição do Thomas Malthus, um economista inglês que faleceu em 1834,
não é que o mundo está condenado, mas que a preservação da vida humana
requer análise e ações decisivas. Dada a história da Inglaterra, com epidemias e
carestias, Malthus tinha boa razão em especular se a sociedade estava condenada
a uma perpétua oscilação entre felicidade e miséria. Ele e o seu período se
destacaram do passado inglês justamente pela capacidade de analisar esta
"perpétua oscilação". E esta capacidade de entender e responder é que tornou o
mundo menos Malthusiano a partir dele.
Produto Interno B ruto (PIB ) ou Felicidade Interna B ruta (FIB )?
OBRIGADO!




Alberto Villela – Pesquisador COPPE/UFRJ
alberto.villela@superig.com.br

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Energia, Mudanças Climáticas e Desenvolvimento

  • 1. E C ONOMIA , DE S E NVOLVIME NTO E A S MUDA NC A S C LIMÁTIC A S
  • 2. AGENDA • Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB) • Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia • Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões? • Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos • A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras • Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos • Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento • Considerações Finais
  • 3. Principais Atividades Antropogênicas responsáveis por emissões de GEE
  • 4. E volução his tórica no cons umo de E nergia
  • 5. E volução global das emis s ões e indicadores econômicos Evolução da intensidade energética (-33%) mais do que compensada pelo efeito combinado crescimento da renda (+77%) e população (+69%)
  • 6. Emissões de toneladas de CO2-eq de países e regiões
  • 7. E mis s ões de C O2 permanec e na atmos fera por longo tempo
  • 8. Emissões de toneladas de CO2 (combustíveis fósseis) de países e regiões
  • 9. Emissões de Carbono per capita (combustíveis fósseis) 2007 e acumulado
  • 10. Emissões de toneladas de CO2-eq per capita de diferentes regiões Distribuição no ano de 2004 das emissões regionais de gases de efeito estufa per capita (todos os gases de Quioto, inclusive os provenientes do uso da terra) da população de diferentes agrupamentos de países. As porcentagens nas barras indicam a participação das regiões nas emissões globais de gases de efeito estufa
  • 11. Emissões de toneladas de CO2-eq por riqueza produzida Distribuição no ano de 2004 das emissões regionais de gases de efeito estufa (todos os gases de Quioto, inclusive os provenientes do uso da terra) por US$ de PIBppc do PIBppc de diferentes agrupamentos de países. As porcentagens nas barras indicam a participação das regiões nas emissões globais de gases de efeito estufa
  • 12. Indic adores de E mis s ões de C O2 do B ras il e país es s elec ionados
  • 13. A Matriz E nergética B ras ileira é uma das mais limpas do planeta (? !)
  • 14. AGENDA • Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB) • Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia • Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões? • Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos • A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras • Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos • Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento • Considerações Finais
  • 16. Índice de Desenvolvimento Humano IDH - é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança média de vida, natalidade e outros fatores. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente o bem-estar infantil. Vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual. Todo ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas.
  • 17. Índice de Desenvolvimento Humano (Mundo)
  • 18. Índice de Desenvolvimento Humano (Brasil)
  • 19. Coeficiente de Gini (Desigualdade dentro das sociedades)
  • 20. Relação entre IDH e consumo per capita de energia
  • 21. Relação entre Mortalidade Infantil e Consumo per capita de Energia
  • 22. Relação entre Espectativa de Vida e consumo per capita de energia
  • 23. AGENDA • Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB) • Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia • Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões? • Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos • A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras • Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos • Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento • Considerações Finais
  • 25. Convergência dentro da União Européia
  • 26. AGENDA • Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB) • Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia • Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões? • Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos • A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras • Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos • Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento • Considerações Finais
  • 27. C omo s e avalia os impactos das Mudanças C limáticas devido às emis s ões de GE E ?
  • 28. Vários pas s os : de emis s ões a res pos tas c limáticas
  • 29. Emissões de toneladas de CO2-eq de países e regiões
  • 30. C omponentes do Forçamento Radiativo Natural e A ntrópic o
  • 31. E mis s ões de C O2 permanec e na atmos fera por longo tempo Métricas para Mudanças “Perigosas” Extermínio de Espécies Animais & Vegetais 1. Extinção de Espécies Polares e Alpinas 2. Taxas Insustentáveis de Migração Desintegração Camada de Gelo: Nível Global dos Mares 1. Mudanças de Longo Prazo de Dados Paleoclimáticos 2. Tempo de Resposta de Camadas de Gelo Regional Climate Disruptions 1. Aumento de Eventos Extremos 2. Mudanças de Zonas/Escassez de Água Doce
  • 32. E mis s ões de C O2 permanec e na atmos fera por longo tempo Meta CO2: < 350 ppm Para preservar a criação, o planeta em que a civilização se desenvolveu
  • 33. Nível de Aumento de Temp. Ano em que Ano em que Redução nas es tabilização Global Média emissões globais emissões globais de emissões globais (ppm C O2-eq) em equilíbrio (ºC) de CO2 precisam CO2 precisam voltar de CO2 em 2050 parar de crescer ao nível de 2000 comparada a 2000 445 – 490 2.0 – 2.4 2000 - 2015 2000- 2030 -85 to -50 490 – 535 2.4 – 2.8 2000 - 2020 2000- 2040 -60 to -30 535 – 590 2.8 – 3.2 2010 - 2030 2020- 2060 -30 to +5 590 – 710 3.2 – 4.0 2020 - 2060 2050- 2100 +10 to +60 710 – 855 4.0 – 4.9 2050 - 2080 +25 to +85 855 – 1130 4.9 – 6.1 2060 - 2090 +90 to +140
  • 34. C orrelação entre níveis de conc entraç ão de G E E e temperatura global
  • 35. Principais impactos como função do aumento da temperatura global média
  • 36. Principais impactos como função do aumento da temperatura global média
  • 37. Principais impactos como função do aumento da temperatura global média
  • 38. AGENDA • Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB) • Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia • Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões? • Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos • A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras • Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos • Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento • Considerações Finais
  • 39. O que são Cenários ? • A noção de longo prazo é intrínseca ao debate do conceito de sustentabilidade, as análises do significado do conceito e as implicações do desenvolvimento sustentável requerem uma visão para muitas gerações futuras. • Projeções de tendências baseadas em complexos modelos matemáticos que envolvem muitas variáveis acabam tendo sua aplicabilidade restrita à previsões de curto prazo, quando expandidas do horizonte de meses e anos para décadas e gerações. • A metodologia de cenários vai além de previsões, os cenários são compostos por estórias sobre o futuro baseados em sequencias lógicas e na narrativa do criador possibilitando a inclusão de variáveis qualitativas, sendo assim a formulação de cenários faz uma uma análise mais global, sem ter como objetivo a busca por resposta mas sim várias possibilidades de futuros, servindo como guia para tomadas de decisões no presente. • Mas apesar do caráter mais global dos cenários, eles possuem limitações devido as incetezas que são sempre introduzidas a análises de longo prazo tanto pelo limitado conhecimento dos processos humanos e ecológicos quanto pela complexa indeterminação intrínseca a dinâmica do sistema.
  • 40. Quais as principais diferenças entre métodos de previsão e a metodologia de cenários ? • O método de previsão consiste em saber com certeza como será uma determinada ocorrência no futuro, partindo de um presente específico. Ao contrário do cenário, o método de previsão se utiliza de complexos modelos matemáticos para a análise, como há muitas variáveis envolvidas, o tempo é um revés deste método pois torna a análise mais complexa, restringindo a sua aplicabilidade à previsão de curto prazo. • Já o cenário, este compõe estórias em sequências lógicas, baseadas algumas características selecionadas. Não tem o objetivo de encontrar a resposta, mas várias possibilidades de futuros. Este método é particularmente interessante pois envolve variáveis qualitativas de difíceis quantificações, particularmente envolvendo os seres humanos, indicando as suas inter-relações no desdobramento da estória.
  • 41. Como é feito a Modelagem de Cenários ? Serviços Ambientais: O sistema mundial pode ser considerado como um sistema sócio-ecológico constituído de subsistemas: ambiental - humano e suas interações conforme esquema:
  • 42. Cenários da Trajetória da Sociedade no Século XXI (SEI)
  • 43. Cenários da Trajetória da Sociedade no Século XXI (SEI)
  • 44. C enários de aumento de temperatura global (IPC C ) Médias Multimodelos e Intervalos Avaliados para o Aquecimento Superficial
  • 45. C enários de des envolvimento do IPC C • A1. O contexto e a família de cenários A1 descrevem um mundo futuro de crescimento econômico muito rápido, com a população global atingindo um pico em meados do século e declinando em seguida e a rápida introdução de tecnologias novas e mais eficientes. As principais questões subjacentes são a convergência entre as regiões, a capacitação e o aumento das interações culturais e sociais, com uma redução substancial das diferenças regionais na renda per capita. A família de cenários A1 se desdobra em três grupos que descrevem direções alternativas da mudança tecnológica no sistema energético. Os três grupos A1 distinguem-se por sua ênfase tecnológica: intensiva no uso de combustíveis fósseis (A1FI), fontes energéticas não-fósseis (A1T) ou um equilíbrio entre todas as fontes (A1B) (em que o equilíbrio é definido como uma dependência não muito forte de uma determinada fonte de energia, supondo-se que taxas similares de aperfeiçoamento apliquem-se a todas as tecnologias de oferta de energia e uso final).
  • 46. C enários de des envolvimento global do IPC C (c ont.) • A2. O contexto e a família de cenários A2 descrevem um mundo muito heterogêneo. O tema subjacente é a auto-suficiência e a preservação das identidades locais. Os padrões de fertilidade entre as regiões convergem muito lentamente, o que acarreta um aumento crescente da população. O desenvolvimento econômico é orientado primeiramente para a região e o crescimento econômico per capita e a mudança tecnológica são mais fragmentados e mais lentos do que nos outros contextos.
  • 47. Cenários de desenvolvimento global do IPCC (cont.) • B1. O contexto e a família de cenários B1 descrevem um mundo convergente com a mesma população global, que atinge o pico em meados do século e declina em seguida, como no contexto A1, mas com uma mudança rápida nas estruturas econômicas em direção a uma economia de serviços e informações, com reduções da intensidade material e a introdução de tecnologias limpas e eficientes em relação ao uso dos recursos. A ênfase está nas soluções globais para a sustentabilidade econômica, social e ambiental, inclusive a melhoria da eqüidade, mas sem iniciativas adicionais relacionadas com o clima. • B2. O contexto e família de cenários B2 descrevem um mundo em que a ênfase está nas soluções locais para a sustentabilidade econômica, social e ambiental. É um mundo em que a população global aumenta continuamente, a uma taxa inferior à do A2, com níveis intermediários de desenvolvimento econômico e mudança tecnológica menos rápida e mais diversa do que nos contextos B1 e A1. O cenário também está orientado para a proteção ambiental e a eqüidade social, mas seu foco são os níveis local e regional.
  • 48. AGENDA • Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB) • Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia • Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões? • Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos • A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras • Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos • Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento • Considerações Finais
  • 49. S oluções para Mitigar as E mis s ões de GE E
  • 50. Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
  • 51. Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
  • 52. Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
  • 53. Soluções para Mitigar as Emissões de GEE
  • 54. E mis s ões de gas es de efeito es tufa podem s er evitadas !
  • 55. Medidas de mitigaç ão não pos s uem um preço irrealis ticamente alto
  • 56. Todos os s etores e regiões têm o potenc ial para contribuir
  • 57. C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? Oferta de energia Tecnologias de mitigação Tecnologias de mitigação chaves e práticas chaves e práticas projetadas correntemente disponíveis para estarem comercialmente comercialmente disponíveis antes de 2030 • Eficiência • CCS para gás • Substituição de combustíveis • Plantas de geração de energia • Energia nuclear elétrica a partir de biomassa e • Renováveis (hidro, solar, eólica, carvão geotérmica e bioenergia) • Renováveis avançados (energia • Cogeração das marés e das ondas, solar • Aplicações iniciais de captura e concentrador, solar fotovoltaico) armazenamento de CO2 (CCS)
  • 58. C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? Trans porte Tecnologias de mitigação Tecnologias de mitigação chaves e práticas chaves e práticas projetadas correntemente disponíveis para estarem comercialmente comercialmente disponíveis antes de 2030 • Veículos mas eficientes no uso de • Biocombustíveis 2a geração combustíveis • Aviões mais eficientes • Veículos híbridos • Veículos elétricos e híbridos • Biocombustíveis avançados com baterias mais • Mudanças de modal de transporte potentes e mais confiáveis rodoviário para ferroviário e sistemas de transporte público • Ciclismo, caminhada • Planejamento do uso da terra
  • 59. C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? Indús tria Tecnologias de mitigação Tecnologias de mitigação chaves e práticas chaves e práticas projetadas correntemente disponíveis para estarem comercialmente comercialmente disponíveis antes de 2030 • Equipamentos elétricos mais • Eficiência energética avançada eficientes • CCS para a produção de cimento, • Recuperação de calor e de amônia e de ferro eletricidade • Eletrodos inertes para a • Reciclagem de materiais produção de alumínio • Controle de emissões de gases não-CO2
  • 60. C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? E dific aç ões Tecnologias de mitigação Tecnologias de mitigação chaves chaves e práticas e práticas projetadas para correntemente disponíveis estarem comercialmente comercialmente disponíveis antes de 2030 • Iluminação eficiente • Projetos integrados de • Equipamentos elétricos e edificações comerciais incluindo condicionadores de ar eficientes tecnologias tais como medidores • Isolamentos melhorados inteligentes capazes de • Aquecimento e resfriamento solar proporcionar retroalimentações e • Alternativas para o uso de gases à controle base de flúor em isolamento e em • Solar fotovoltaico integrado nas equipamentos elétricos edificações
  • 61. C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? A gricultura Tecnologias de mitigação Tecnologias de mitigação chaves chaves e práticas e práticas projetadas para correntemente disponíveis estarem comercialmente comercialmente disponíveis antes de 2030 • Gestão melhorada do solo • Rendimentos agrícolas melhorados • Restoração de solos turfosos cultivados e de terras degradadas • Tecnologias melhoradas de cultivo de arroz • Gerenciamento melhorado de rebanhos e de dejetos animais • Aplicação melhorada de fertilizantes nitrogenados (+ culturas para biocomtustíveis)
  • 62. C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? Flores tas Tecnologias de mitigação Tecnologias de mitigação chaves chaves e práticas e práticas projetadas para correntemente disponíveis estarem comercialmente comercialmente disponíveis antes de 2030 • Forestamento e reflorestamento • Melhoramento de espécias • Manejo florestal arbóreas • Redução de desmatamento • Tecnologias melhoradas de • Manejo de silvicultural sensoriamento remoto para (+ culturas para biocombustíveis) mapeamento, mudanças no uso do solo e potencial de seqüestro de carbono
  • 63. C omo podem as emis s ões s erem reduzidas ? Mudanças de padrão de cons umo Tecnologias de mitigação chaves e práticas correntemente disponíveis comercialmente • Consumidores mudam seu comportamento através da escolha de suas opções de estilo de vida • Incentivos aos trabalhadores encorajam mudanças das práticas no ambiente de trabalho • Donos de automóveis passam a adotar um estilo de direção mais eficiente no uso de combustível, com acelerações e frenagens menos bruscas • Uso mais reduzido do automóvel através da mudança para outros modais de transporte
  • 64. Precificar o carbono pode viabilizar mitigação significativa em todos os setores • Políticas tais como regulação, restringindo a quantidade de emissões produzidas, e instrumentos econômicos tais como taxa de carbono ou alocação certificados comercializáveis de emissão tornam mais cara a emissão de gases • Os custos extras resultantes para as indústrias e para os consumidores podem encorajar investimentos em tecnologias não baseadas em carbono • Para se obter uma estabilização em torno de 550ppm (partes por milhão), preços de carbono em termos de CO2 equivalente devem atingir US$20-80 por tCO2 eq em 2030 • A estes preços, grandes mudanças para investimentos em tecnologias de baixo carbono podem ser esperadas
  • 65. Quais s ão os c us tos mac roec onômicos em 2030? • Custos macro-econômicos são médias globais para abordagens de menor custo a partir de modelos top-down. Custos não incluem benefícios de danos evitados por mudanças climáticas. • O impacto financeiro – mesmo que medidas duras sejam adotadas para se reduzir as emissões • Para a trajetória mais severa para se atingir a estabilização dos gases de efeito estufa na atmosfera e assim se estabilizar a temperatura global, o efeito na economia global seria inferior a 3% em 2030. Uma perda de 3% no PIB significa que um país atingiria o mesmo nível de riqueza um ano mais tarde Trajetórias para níveis Redução média da taxa de estabilisação Redução Média Faixa de redução do anual de crescimento do (ppm CO2-eq) de PIB (%) PIB (%) PIB (pontos percentuais) 590-710 0.2 -0.6 a 1.2 <0.06 535-590 0.6 0.2 a 2.5 <0.1 445-535 N.D. <3 <0.12
  • 66. Ilustração dos números de custo de mitigação de emissões de GEE
  • 67. Impactos nas Decisões de Investimento • Decisões de investimento em infraestrutura energética (20 trilhões de US$ até 2030) terão impactos de longo prazo sobre as emissões de GEE • A difusão disseminada de tecnologias de baixo carbono pode demorar várias décadas, mesmo que investimentos nestas tecnologias no curto prazo se tornem atrativos
  • 68. A importância de políticas tecnológicas • Quanto mais baixo os níveis de estabilização, tão mais cedo as emissões globais de CO2 terão que atingir seu pico • Suporte governamental é importante para um desenvolvimento tecnológico, inovação e aplicação prática efetivos • MAS, financiamento público para a maioria dos programas de pesquisa energética tem declinado por quase duas décadas; atualmente cerca de metade do nível verificado em 1980
  • 69. Políticas, medidas e instrumentos • Há um vasto espectro de políticas e instrumentos para governos criarem incentivos para ações de mitigação • Circunstâncias nacionais determinarão escolhas – Integração de políticas climáticas em políticas mais amplas de desenvolvimento – Regulamentações e padrões – Taxação – Certificados comercializáveis – Incentivos financeiros – Acordos voluntários – Informação – PD&A
  • 70. Exemplo da Eficácia de Esquema de Cota e Crédito (Cap and Trade) Benchmarking Air Emissions of the 100 Largest Electric Power Producers in the United States • Relatório mostra a evolução das emissões de dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e dióxido de carbono (CO2) das usinas elétricas em função dos programas regulatórios de redução da poluição, criados pelas emendas de 1990 ao Clean Air Act. Em 2006, as emissões foram:  SO2: 40% menores do que em 1990  NOx: 46% inferiores a 1990  CO2: 29% superiores neste período (emissões não foram sujeitas ao Clean Air Act) • O setor elétrico no EUA é o maior emissor de CO2 de toda a economia do país e ainda é responsável por 70% das emissões de SO2; 20% de NOx; e 40% de CO2, além de contribuir com 68% da poluição aérea por mercúrio. • As 100 maiores produtoras de eletricidade estudadas no relatório produziram 85% da eletricidade total gerada nos EUA em 2006
  • 71. Desenvolvimento sustentável e mitigação • Tornar o desenvolvimento mais sustentável pela alteração das trajetórias de desenvolvimento pode oferecer uma imensa contribuição à mitigação • Emissão de gases de efeito estufa é influenciada, mas não rigidamente ligada, ao crescimento econômico. Há grandes margens de manobra • Enfrentar o problema das mudanças climáticas não significa frear o desenvolvimento dos países • “Não enfrentar o problema é condenar os países a se des-desenvolverem se desenvolvidos, e a não se desenvolverem se ainda em desenvolvimento”
  • 72. UM PLA NO B PA RA RE DUZIR E MIS S ÕE S DE C A RB ONO E M 80% A TÉ 2020 Fonte: EPI
  • 73. O papel dos Mercados e dos Governos para uma economia de baixo carbono •A redução das emissões de carbono é uma prioridade social que transcende o mandato de governos individuais •A escala do desafio é enorme: é preciso inovação tecnológica e mudança de comportamento para obtenção de cortes maciços em todos os setores econômicos •Mercados trabalham bem quando entregam bens e serviços que são valorizados pelos consumidores (p.ex., telefones móveis) •No entanto, mercados não trabalham tão bem para entregar bens e serviços que possuem alto valor para a sociedade, mas de pouco valor individual (p.ex., redução de carbono) •Assim o papel do Governo deve ser de montar um arcabouço de políticas de longo prazo nos quais os mercados confiam e que diminua os riscos de investimento •Para nos transformarmos numa economia de baixo carbono e atender às metas de redução de carbono, precisamos de um aumento dramático na escala de suporte de inovação em tecnologias de baixo carbono Fonte: Carbon Trust
  • 74. Como continuar crescendo e reduzir as emissões ?
  • 75. O que poderíamos fazer com a ração diária de emissões per capita hoje ?
  • 76. Qual a velocidade necessária para aumentar a produtividade de carbono ?
  • 77. AGENDA • Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB) • Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia • Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões? • Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos • A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras • Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos • Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento • Considerações Finais
  • 78. O Grande Debate entre E conomia Neo-C lás s ica e E conomia E cológica Funç ão Produç ão: (Variante S olow-S tiglitz K = estoque de capital da função C obb- Douglas ) R = fluxo de recursos naturais onde: L = oferta de trabalho “Se for fácil substituir recursos naturais por outros fatores, então, em princípio, não há “problema”. O mundo pode, para todos os efeitos, se “virar” sem recursos naturais” Robert Solow – Prêmio Nobel de Economia
  • 79. As Relações entre Economia e Meio Ambiente
  • 80. C omo s urgiu es ta Vis ão “ Mecanicis ta” da E conomia ? •A Ciência Econômica desenvolveu seu caráter mecanicista à partir da Física Clássica, newtoniana, que ainda dominava o cenário cientifico de meados do século XIX, quando foram criadas as fundações da primeira como uma ciência moderna. •Da mesma forma como a Mecânica Clássica se focaliza apenas no movimento, considerando-o previsível, reversível e sem qualidades intrínsecas, a Economia criou o que o autor definiu como a ficção do homo oeconomicus, onde o comportamento do ser humano é previsível, mecânico, onde as variáveis culturais são desconsideradas. •Da mesma forma que a Mecânica Clássica, a Economia não leva em consideração a existência de mudanças qualitativas contínuas da natureza. Marx compartilha da visão estreita do papel da natureza (como provedora de recursos infinitos e num patamar abaixo do Homem.) •Ironicamente, as bases teóricas da Economia moderna foram fundadas justamente quando os dogmas mecanicistas da Física começaram a ser colocados em cheque. •Mesmo teóricos econômicos em pleno século XX ainda pregavam a forte identificação da Economia com a Mecânica, uma ciência “irmã”.
  • 81. O Grande Debate entre Economia Neo-Clássica e Economia Ecológica Herman Daly, citando Nordhaus et Tobin Ecological Economics 22 (1997), pag. 261-265 Forum: Georgescu-Roegen vs. Solow/Stiglitz
  • 82. Crescimento da Economia (PIB) traz Desenvolvimento ? Primeiro, um ponto preliminar. O verbo “crescer" absorveu tantas conotações positivas, que esquecemos sua denotação literal no dicionário, especificamente, “levantar e desenvolver até a maturidade." Assim, a própria noção de crescimento inclui alguns conceitos de maturidade ou suficiência, além do qual o acúmulo físico dá lugar à manutenção física; istoé, crescimento dá lugar a um estado estacionário. É importante lembrar que “crescimento” não é sinônimo de “melhoria”. Herman Daly – Steady State Economics
  • 83. Crescimento da Economia (PIB) traz Desenvolvimento ? O Conselho de Assessores Econômicos do Presidente (EUA) afirmou: “Se existe consenso que produção econômica é uma coisa boa, por definição decorre que não existe tal coisa como o suficiente disso” (Economic Report of the President, 1971, p. 92) (…) Em outro ponto do mesmo documento, o conselho admite que “o crescimento do PIB tem seus custos e, além de algum ponto, não vale a pena pagar por eles" (p. 88). (…) “As propensões existentes da população e das políticas do governo exercem pressão no PIB que só pode ser satisfeito por rápido crescimento econômico" (…) Crescimento no PIB deveria cessar quando os benefícios marginais decrescentes se igualarem aos custos marginais crescentes. Mas não há séries estatísticas que tentam medir os custos do PIB. Isto é Mania de Crescimento, literalmente não levando em conta os custos do crescimento. Herman Daly (ex-Economista Chefe do Bano Mundial)
  • 84. Crescimento da Economia traz Desenvolvimento ? “A questão é se mais crescimento no PIB vai de fato nos fazer mais ricos. Pode muito bem nos fazer mais pobres. Como poderemos saber se não é o caso, já que não nos damos ao trabalho de medir os custos e até contar muitos custos reais como benefícios? Se benefícios marginais de crescimento físico declinam enquanto custos marginais crescem (como qualquer teoria econômica elementar indicaria), vai haver uma interseção a partir do qual o crescimento é anti-econômico. Quanto mais rica é uma sociedade (quanto mais ela cresceu no passado), mais provável que os benefícios marginais sejam menores do que os custos marginais e que mais crescimento é anti-econômico. A diminuição dos benefícios marginais decorre do simples fato que pessoas sensatas satisfazem suas necessidades mais básicas primeiro, seja nos usos alternativos de uma única commodity ou em usos alternativos de renda. Que os custos marginais aumentam decorre do fato que pessoas sensatas primeiro exploram a terra e os minérios mais acessíveis por eles conhecido, e que quando sacrifícios são impostos pelo aumento de uma atividade específica, pessoas sensatas irão sacrificar primeiro as atividades alternativas (menos importantes). “
  • 85. Crescimento da Economia traz Desenvolvimento? O caso da China •Nos últimos 50 anos, cerca de 50% dos ecossistemas costeiros desapareceram por causa dos excessivos aterros nas zonas úmidas junto ao mar. •No mesmo período, cerca de 80% dos recifes de corais e manguezais desapareceram. •145 mil km2 de águas rasas ao longo da costa da China está fora dos padrões de proteção ambiental aceitáveis, sendo que destes, 29 mil km2 foram considerados “severamente” poluídos. •As águas dos estuários dos rios Amarelo, Yangtze e Zhujiang também estão comprometidas. Nitrogênio inorgânico e fosfato são os principais químicos poluentes encontrados na águas contaminadas. •A poluição do ar custa US$ 25 bilhões de dólares a cada ano para a economia da China em gastos com saúde e perda de produtividade (Banco Mundial, 2004)
  • 86. É possível todos terem o mesmo padrão de vida dos desenvolvidos ? [O subsídio de alimentos, água e combustíveis de sociedades com a dos EUA e China] perturba alguns economistas que eram céticos quanto às premissas dos "Limites ao Crescimento." Há 30 anos atrás, o então jovem economista Joseph Stiglitz afirmou categoricamente: “Não há evidências convincentes de que nós estejamos com um problema de exaustão de nossos recursos no curto ou médio prazo." Hoje, o prêmio Nobel está preocupado que o petróleo está sub-precificado com relação aos custos das emissões de carbono, e que recursos-chave tais como água são frequentemente providos gratuitamente. “Na ausência de sinais de mercado, não tem como o mercado resolver estes problemas," diz ele. “Como fazer com que pessoas que conseguem algo grátis comecem a pagar por elas? É muito difícil. Se nossos padrões de vida, nossos padrões de consumo são imitados, como outros se esforçam em conseguir, o mundo provavelmente não é viável.“ (…) Mas Mr. Stiglitz pondera que consumidores eventualmente terão que mudar seu comportamento ainda mais do que após os choques de petróleo dos anos 1970s. Ele afirma que as definições e medidas gobais tradicionais de progresso econômico - baseado numa produção e consumo sempre em crescimento – talvez tenha que ser repensado. Fonte: Wall Street Journal, 24-3-2008
  • 87. AGENDA • Energia  Emissões GEE  Crescimento Econômico (PIB) • Desenvolvimento Sustentável, IDH  Consumo de Energia • Contração e Convergência: Solução para eqüidade nas emissões? • Limites Perigosos de Concentrações de GEE e seus Impactos • A Utilização de Cenários para Projetar Emissões Futuras • Soluções Técnicas para Mitigar as Emissões de GEE e seus Custos • Produção Econômica  Recursos Naturais  Desenvolvimento • Considerações Finais
  • 88. Porque Economizar Energia ? •Energia é o recurso mestre da civilização – quase todas as civilizações que ruíram foi devido à falta de recursos energéticos •E.R.O.I. (Energia de retorno sobre Energia Investida) de recursos fósseis está diminuindo – Nos EUA, EROI de GN e petróleo era 25:1 em 1970, agora é 15:1. Areias betuminosas do Canadá -> 4:1 •O único combustível abundante no planeta é o carvão! Energia de estoque é muito maior do que energia de fluxo. •Se não houver mitigação das emissões de GEE, o impacto em 2100 será de 20% do PIB mundial (Relatório Stern, 2006)
  • 89. Existe forte Aumento na Demanda por Recursos Naturais
  • 90. Conflitos Geopolíticos na Busca por Recursos Naturais •Os EUA mantém duas esquadras no Estreito de Ormuz (Golfo Pérsico) para garantir fluxo ininterrupto de petróleo. Um novo comando militar (Africom) está em vias de ser criado. •China tem realizado grandes investimentos (econômicos e políticos) na África, em busca de recursos – petróleo, madeira, minérios, terras -> alimentos. •India, antigo defensor do movimento democrático em Mianmar, fechou acordos comerciais com este país (rico em recursos naturais). • EUA, UE, Russia e China estão disputando acesso às reservas de GN e petróleo na Ásia Central. EUA nomeou um “coordenador especial de energia, que dedicará especialmente todo o seu tempo à região da Ásia Central e do mar Cáspio” (Condoleeza Rice) •Uma seca recorde no Sudeste dos EUA intensificou uma disputa entre Alabama, Georgia e Florida a respeito de água de um reservatório federal próximo a Atlanta. •Disputa por direitos de água no Rio Cauvery, entre os estados de Karnataka e Tamil Nadu resultou em 25 mortes em 1991. •Economistas detectaram que declínio de chuvas está associado à guerras civis na África sub-Sahariana. Serra Leoa, por example, que sofreu forte queda de chuvas em 1990, entrou em guerra civil em 1991.
  • 91. É Preciso Quebrar o Modelo de Produção, Consumo e Desperdício
  • 93. O Mundo está condenado à Miséria e a Fome? A verdadeira lição do Thomas Malthus, um economista inglês que faleceu em 1834, não é que o mundo está condenado, mas que a preservação da vida humana requer análise e ações decisivas. Dada a história da Inglaterra, com epidemias e carestias, Malthus tinha boa razão em especular se a sociedade estava condenada a uma perpétua oscilação entre felicidade e miséria. Ele e o seu período se destacaram do passado inglês justamente pela capacidade de analisar esta "perpétua oscilação". E esta capacidade de entender e responder é que tornou o mundo menos Malthusiano a partir dele.
  • 94. Produto Interno B ruto (PIB ) ou Felicidade Interna B ruta (FIB )?
  • 95. OBRIGADO! Alberto Villela – Pesquisador COPPE/UFRJ alberto.villela@superig.com.br