1) O descarte inadequado de resíduos tóxicos como mercúrio, chumbo e cádmio encontrados em pilhas, baterias e eletroeletrônicos gera sérios problemas ambientais e de saúde pública nas grandes cidades brasileiras.
2) A maioria dos municípios brasileiros não possui aterros sanitários adequados, fazendo com que 96% dos resíduos urbanos sejam descartados de forma irregular no meio ambiente.
3) Substâncias tóxicas como mercúrio, chumbo
2. INTRODUÇÃO
O PROBLEMA DO LIXO NAS GRANDES CIDADES
O crescimento populacional desordenado nos últimos
tempos, trouxe consigo vários tipos de problemas,
inclusive para o meio ambiente.
Como a geração de lixo em grandes quantidades e a
falta de controle no descarte de resíduos tóxicos.
Segundo dados do Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(IPT) cerca de 1% do lixo das cidades é constituído por
resíduos sólidos urbanos, contendo elementos de alta
toxidade e metais pesados como:
3. INTRODUÇÃO
O PROBLEMA DO LIXO NAS GRANDES CIDADES
mercúrio, chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, ní-
quel e lítio. Esses resíduos estão presentes em objetos
como: latas de tintas e inseticidas, termômetros, lâm-
padas fluorescentes, baterias, pilhas, etc. Todos os dias,
milhares desses produtos são jogados no lixo pela
população, que na maior parte das vezes, desconhece as
consequências da presença desses elementos no meio
ambiente, ou não encontra uma alternativa mais
adequada para o descarte dos mesmos.
5. ÍTENS PRODUZIDOS EM 2009:
SOMENTE OS CELULARES
No Brasil há 86,67 linhas a cada cem habitantes.
Brasil supera 166 milhões de linhas móveis em setembro
Isso aconteceu em setembro de 2009 (166,1 milhões de
linhas móveis do Serviço Móvel Pessoal - SMP).
Fonte: Folha Online. Data: 2009-10-22. ANATEL (Agência Nacional de
Telecomunicações).
ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).
6. ÍTENS PRODUZIDOS EM 2009:
2%
98%
SMP Outros
Serviço móvel pessoal = 98%
Outros (via terminais de dados (3G): modens de
notebooks, máquinas de débito e cartões de crédito) = 2%
7. DADOS DA CONTAMINAÇÃO
Todos os anos no Brasil são desperdiçados R$ 4,6
bilhões porque não se recicla tudo o que poderia.
Somente a cidade de São Paulo produz mais de 12.000
ton. de lixo por dia, com este lixo, em uma semana dá
para encher um estádio para 80.000 pessoas.
60% dos municípios do país não têm aterro sanitário.
96% dos resíduos produzidos vão para o meio ambiente
sem nenhum cuidado.
8. DADOS DA CONTAMINAÇÃO
1% do lixo urbano é composto de
elementos tóxicos e metais pesados.
Deve-se lembrar que uma só pilha
contamina o solo durante 50 anos.
65% das doenças no Brasil são devido à má gestão dos
resíduos lançados no meio ambiente diariamente.
Fonte: Laboratório de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal
de Viçosa (UFV) – MG.
IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).
CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
9. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
CLASSE 1 - Resíduos Perigosos:
São os que apresentam periculosidade ou
uma das seguintes características:
• Inflamabilidade,
• Corrosividade,
• Reatividade,
• Toxidade ou
• Patogenicidade.
10. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
CLASSE 2 - Resíduos Não Inertes:
• São os que podem ter propriedades tais como:
Combustibilidade,
• Biodegradabilidade ou
Solubilidade em água.
Os resíduos domésticos são assim classificados.
11. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
CLASSE 3 - Resíduos Inertes:
São aqueles que submetidos a um contato estático ou
dinâmico com a água destilada ou desionizada, à
temperatura ambiente, não têm nenhum de seus
componentes solubilizados em concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água.
12. TIPOS DE ATERROS
ATERRO INDUSTRIAL (Resíduos de Classe I)
Maior exigência de controle ambiental.
Capas impermeabilizantes mais fortes e seguras.
Compartimentalização e dreno sentinela.
Não pode emanar gases nem produzir chorume.
Drenagem superficial da água.
19. TIPOS DE ATERROS
ATERRO SANITÁRIO (Resíduos de Classe II)
Também chamado aterro simples, a curto prazo, é o
mais barato. Já o aterro sanitário, acompanhado do
tratamento e reciclagem, é uma das mais corretas e
lucrativas formas de se resolver o problema. Exige
tratamento do chorume e monitoramento permanente.
21. TIPOS DE ATERROS
DISPOSIÇÃO A CÉU ABERTO (LIXÃO)
Esse modelo está presente em 60% das cidades do
Brasil. Recebendo diariamente 96% das 200.000 ton. de
resíduos domésticos produzidos no país. Sem receber
nenhum cuidado ou tratamento especial, são lançados
a céu aberto. O lixão compromete dessa forma a saúde
pública, relacionados com a proliferação de vetores de
doenças.
22. TIPOS DE ATERROS
A maioria dos municípios do Brasil possui grandes áreas
comprometidas por causa dessa prática. Segundo o
Laboratório de Engenharia Sanitária e Ambiental da
Universidade Federal de Viçosa (UFV) - MG, a má gestão
destes resíduos é responsável por 65% das doenças no
Brasil.
Fonte: CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
UFV (Universidade Federal de Viçosa).
26. OS MAIORES PRODUTORES
DE RESÍDUOS TÓXICOS
• Metalúrgicas
• Indústrias de eletro-eletrônicos
• Fundições
• Indústria química
• Indústria de couro
• Indústria de borracha
27. O CONAMA
Nossas leis federais e estaduais estabelecem o
princípio do poluidor-pagador, ou seja, quem gera o
problema é também responsável por sua solução.
O CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente)
estabeleceu uma resolução que entrou em vigor no dia
11 de setembro de 2008 (Resolução n° 257/99). Que
determina aos comerciantes que façam a coleta.
Definiu que até 2010, todos os pontos de venda de
pilhas e baterias do país devem ter postos de coleta
para receber os produtos usados pelos consumidores.
28. O CONAMA
No entanto, a resolução 257/99 do CONAMA libera o
descarte de pilhas comuns em aterros sanitários
licenciados. Embora proíba lançar estes mesmos
resíduos “in natura” (a céu aberto); em corpos
d’água, praias, manguezais, terrenos
baldios, poços, cavidades subterrâneas, redes de
drenagem de águas pluviais, esgotos, eletricidade ou
telefone, além de queimá-los a céu aberto ou em
recipientes não adequados (art. 8º).
29. O CONAMA
Entretanto, o art. 13º permite que se joguem as pilhas e
baterias que atenderem aos limites previstos no art. 6º
junto ao lixo doméstico, em aterros sanitários
licenciados.
A resolução não considera que 60% dos municípios do
país não têm aterro sanitário e que 96% dos resíduos
produzidos diariamente vão para o meio ambiente sem
nenhum cuidado.
30. O CONAMA
As atuais empresas que compõem o Grupo Técnico de
Pilhas da ABINEE (Associação Brasileira da Indústria
Elétrica e Eletrônica). Formado pelas marcas:
Duracell, Energizer, Eveready, Kodak, Panasonic, Philips,
Rayovac e Varta.
31. O CONAMA
Elementos químicos liberados:
0,010% em peso de mercúrio
0,015 em peso de cádmio
0,200% em peso de chumbo
32. DOENÇAS CAUSADAS
ELEMENTO PROBLEMAS CAUSADOS ONDE ESTÃO PAÍSES
MERCÚRIO Distúrbios renais e neuroló- Utilizadas em pilhas Américas
Hg gicos (irritabilidade, timidez secas (comuns), Ásia,
e problema de memória), produção de gás, cloro, África,
mutações genéticas, e soda cáustica, Oceania
alterações no metabolismo e termômetros, e Europa.
deficiências nos órgãos amálgamas dentárias,
sensoriais (tremores, instrumentos de
distorções da visão e da navegação, aparelhos de
audição), pode prejudicar o instrumentação e
fígado, o desenvolvimento controle (são pilhas
de fetos e causar vários especiais que não são
distúrbios encontradas no
neuropsiquiátricos. comércio
33. DOENÇAS CAUSADAS
ELEMENTO PROBLEMAS CAUSADOS ONDE ESTÃO PAÍSES
CÁDMIO Agente cancerígeno, Pilhas e baterias Países
Cd teratogênico (provoca industrializa
mutações genéticas), causa -dos: EUA,
danos aos pulmões, sistema Japão,
nervoso e reprodutivo. Se Bélgica,
acumula, principalmente, Alemanha,
nos rins, fígado e nos ossos; Grã-
provoca dores reumáticas e Bretanha e
miálgicas, distúrbios França. Eles
metabólicos que levam à representa
osteoporose, disfunção renal m cerca de
e câncer. 80% do
consumo
mundial.
34. DOENÇAS CAUSADAS
ELEMENTO PROBLEMAS CAUSADOS ONDE ESTÃO PAÍSES
CHUMBO Gera perda de memória, dor Pilhas, reatores, Américas
Pb de cabeça, irritabilidade, transformadores e Ásia,
tremores musculares, baterias África,
lentidão de raciocínio, Oceania
alucinação, anemia, e Europa.
depressão, insônia, paralisia,
salivação, náuseas, vômitos,
cólicas, perda do tônus
muscular, atrofia e
perturbações visuais, e
hiperatividade.
35. DOENÇAS CAUSADAS
ELEMENTO PROBLEMAS CAUSADOS ONDE ESTÃO PAÍSES
LÍTIO Afeta o sistema nervoso Utilizadas em celulares, Américas
Li central, gerando visão turva, notebooks, Ásia,
ruídos nos ouvidos, equipamentos África,
vertigens, debilidade e fotográficos, agendas Oceania
tremores. eletrônicas, e Europa.
calculadoras, filmadoras,
relógios, computadores,
videocassetes, sistemas
de segurança e alarmes.
36. DOENÇAS CAUSADAS
ELEMENTO PROBLEMAS CAUSADOS ONDE ESTÃO PAÍSES
NÍQUEL Provoca dermatites, Utilizadas por celulares, Américas
Ni distúrbios respiratórios, telefones sem fio, Ásia,
gengivites, sabor metálico, filmadoras, notebooks, África,
“sarna de níquel”, efeitos para aplicações Oceania
carcinogênicos, cirrose e industriais e propulsão. e Europa.
insuficiência renal.
37. DOENÇAS CAUSADAS
ELEMENTO PROBLEMAS CAUSADOS ONDE ESTÃO PAÍSES
ZINCO Provoca vômitos, diarréias, Utilizadas em aparelhos Américas
Zn tosse, fraqueza, dor auditivos, rádios e Ásia,
generalizada, febre, náusea, relógios. África,
promove alterações no Oceania
quadro sangüíneo (ferritina) e Europa.
e problemas pulmonares.
38. DOENÇAS CAUSADAS
ELEMENTO PROBLEMAS CAUSADOS ONDE ESTÃO PAÍSES
COBALTO Existentes na bateria de lítio, Baterias de relógios, Américas
E SEUS causam a “sarna do cobalto”, alarmes e em pequenas Ásia,
COMPOS- além de conjuntivite, peças de placas de vídeo África,
TOS bronquite e asma. Oceania
Co e Europa.
39. DOENÇAS CAUSADAS
ELEMENTO PROBLEMAS CAUSADOS ONDE ESTÃO PAÍSES
BIÓXIDO DE Usado nas pilhas alcalinas, Pilhas e baterias Américas
MANGANÊS provoca anemia, dores Ásia,
Mn abdominais, vômitos, crises África,
nervosas, dores de cabeça, Oceania
seborréia, impotência, e Europa.
tremor nas mãos,
perturbação
40. CUIDADOS COM AS PILHAS
O MANUSEIO
Pilhas novas: Cuidado com o
uso correto dos polos (negativo
e positivo), todos os
aparelhos, jogos, brinquedos, et
c., devem conter a informação
do fabri-cante nesse sentido.
Não usar ou guardar pilhas
velhas com pilhas novas ou de
sistema e-letroquímicos
diferentes (alcali-nas c/ pilhas
comuns).
41. CUIDADOS COM AS PILHAS
O MANUSEIO
Não remover o invólucro
das pilhas (parte metálica
protetora). Evite deixar as
pilhas dentro dos
equipamentos por muito
tempo. Caso não esteja
utilizando-as, guarde-as
em local separado e fora
do alcance de crianças.
42. CUIDADOS COM AS PILHAS
PARA O DESCARTE
Antes de depositar suas pilhas
nas caixas de coleta, deve-se
isolar o lado negativo do
positivo com uma fita isolante.
Se a bateria estiver com algum
vazamento, é só envolve-la com
um papel, colocá-la dentro de
um plástico e por fim isolá-la
(se possível, utilize luvas e
óculos de proteção).
43. CUIDADOS COM AS PILHAS
PARA O DESCARTE
Logo após, lave as mãos com
água abundante; se ocorrer
irritação procure um médico
imediatamente.
44. RECICLAGEM
PROCESSO
A reciclagem é um processo industrial que converte o
lixo descartado (matéria-prima secundária) em
produto semelhante ao inicial, ou serve de matéria
prima para a confecção de novos. A reciclagem poupa
energia, recursos naturais e traz de volta ao ciclo
produtivo o que é jogado fora.
45. RECICLAGEM
BENEFÍCIOS:
* Contribui para diminuir a poluição do solo, água e ar.
* Melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida
da população.
* Prolonga a vida útil de aterros sanitários.
* Melhora a produção de compostos orgânicos.
* Gera empregos para a população menos qualificada.
46. RECICLAGEM
BENEFÍCIOS:
* Gera receita com a comercialização dos recicláveis.
* Estimula a concorrência, uma vez que produtos
gerados a partir dos reciclados são comercializados em
paralelo àqueles gerados a partir de matérias-primas
virgens.
* Contribui para a valorização da limpeza pública e
para formar uma consciência ecológica.
48. RECICLAGEM
Metais Pesados: retirados das
pilhas e baterias, os sais e óxidos
metálicos podem ser utilizados
nas indústrias de
refratários, tintas para
pisos, pigmentos, vasos, cerâmic
as e nas indústrias químicas em
geral.
Plástico dos celulares:
Reaproveitado na indústria
plástica.
49. RECICLAGEM
Pra onde vão os materiais?
Suzaquim – Indústrias
Químicas Ltda. Suzano - SP
Única empresa do Brasil que
recicla pilhas e baterias de
celulares. Atuando a mais de
nove anos no ramo, a Suzaquim
tem capacidade para reciclar 250
ton./mês de pilhas, celulares e
baterias.
50. RECICLAGEM
Órgão fiscalizadores e controladores nacionais:
CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente).
IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).
ABINEE (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e
Eletrônica). Fiscaliza e gerencia as indústrias do
segmento.
51. RECICLAGEM
ANATEL (Assosciação Nacional de Telefonia).
OSCIP (Organização de Sociedade Civil de Interesse
Público).
ABNT NBR10004 (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).
MT (Ministério do Trabalho), através das NRs (Normas
Regulamentadoras).
52. COMO VOCÊ PODE AJUDAR?
Reúna pilhas, baterias, celulares
velhos, latas de tinta, produtos
químicos, vasilhames de inseticidas,
separando-os adequadamente para
serem recolhidos ou entregues no
local de compra (vide Lei).
53. COMO VOCÊ PODE AJUDAR?
Caso sua cidade não tenha uma
equipe de coleta, busque ajuda,
tenha você mesmo a iniciativa.
Converse com o Secretário do Meio
Ambiente de sua cidade. A natureza
precisa de você!
54. COMO VOCÊ PODE AJUDAR?
Se você acessou esse
link por um dos nosso
impressos (tiras c/
endereço). Estaremos
recolhendo as pilhas,
celulares e baterias
(apenas) no seu próprio
colégio/facul., durante a
data divulgada:
Sexta-feira, dia 13/11/09