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Profa. Karen Olivan
No que o homem se torne coisal
– corrompem-se nele
os veios comuns do entendimento.
Um subtexto se aloja.
Instala-se uma agramaticalidade
quase insana, que
empoema o sentido das palavras.
Aflora uma linguagem de defloramentos, um
inauguramento de falas.
Coisa tão velha como andar a pé
esses vareios do dizer.
BARROS, Manoel. O guardador de águas. RJ: Record, 1998.
Observe que a temática do poema toca justamente na
questão da formação de palavras relacionadas à arte
literária.
Muito coerentemente com a ideia expressa, temos o
termo “inauguramento” (no lugar de “inauguração”), que
rima com “defloramentos”.
As palavras “coisal” e “empoema” são criações do
autor.
“empoema” é um verbo gerado a partir do substantivo
“poema”.
“Empoemar o sentido das palavras” seria dar a elas
características de poema, torná-las artísticas, especiais,
nesse caso, estranhas ao uso comum.
O poeta explora o processo de formação de palavras.
Temos “subtexto” (palavra formada com acréscimo de
prefixo); “agramaticalidade” (nesse caso, gerou-se
primeiro o substantivo “gramaticalidade”, ou seja,
qualidade do que é gramatical – que está conforme a
gramática e, depois, acrescentou-se o prefixo –a para
negar.
Finalmente, então, temos a ideia de que se instala essa
qualidade (“quase insana”), algo que não está conforme
a gramática.
Convém mencionar que se amarra à expressão
“agramaticalidade quase insana” o último verso
“esses vareios do dizer”, sendo que vareios significa
“delírio”).
Veja ainda o jogo criado em “A ora uma linguagem de
defloramentos”, em que temos palavras cognatas, cuja
raiz é or.
A orar nos remete a “nascer a flor”, “surgir”, “mostrar-se”
e de orar é “destruir as ores”, “arrancá-las”, “violentá-
las”.
Pense em como é interessante o sentido aí gerado.
Trata-se de uma violência linguística, por isso nos gera
estranhamento.
Derivação é quando se acrescentam afixos a palavras
primitivas e, assim, surgem novas palavras:
valor → valorizar → desvalorização
sapato → sapataria → sapateiro
governo → governador → desgovernado
Derivação prefixal (ou prefixação)
É o acréscimo de prefixo ao radical, exemplos: infeliz,
descontente, antebraço, impuro, prever, rever, anormal.
Derivação sufixal (ou sufixação)
É o acréscimo de sufixo ao radical, exemplos: facada,
Obs.: há casos em que uma palavra possui prefixo e
sufixo, ou seja, após se obter uma palavra por sufixação,
outra se forma por prefixação ou vice-versa, por
exemplo:
igual → igualdade → desigualdade. feliz
→ felizmente → infelizmente
Atenção: nesses casos, temos derivação prefixal e
sufixal. Não se deve confundir com a derivação
parassintética.
Derivação parassintética (ou parassíntese)
É o acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra
primitiva.
Os derivados parassintéticos não subsistem à retirada
de um dos afixos.
Veja estes exemplos: entardecer e enveredar. Se
retirarmos algum dos afixos, teremos: entarde, tardecer,
envereda, veredar, ou seja, palavras que não existem.
Derivação regressiva (ou deverbal)
Retira-se a parte final da palavra primitiva (geralmente
um verbo), obtendo-se, a partir dessa redução, uma
nova palavra (geralmente um substantivo que indica
ação).
ajudar → ajuda
atacar → ataque
buscar → busca
Derivação imprópria
Não ocorre nenhuma mudança na forma da palavra
primitiva.
Nada é acrescentado nem suprimido, porém ela muda
de classe gramatical.
É um recurso muito utilizado no nosso discurso cotidiano
e, principalmente, em textos literários.
Composição
Se uma palavra é formada por um radical, temos
derivação.
Se uma palavra é formada por dois ou mais radicais,
temos composição.
Composição por justaposição
Os dois radicais que formam o composto são postos
lado a lado, sem que haja alteração fonética neles:
arranha-céu, guarda-roupa, pé de moleque, girassol.
Composição por aglutinação
É quando ao menos uma das palavras primitivas sofre
queda ou substituição de fonema: aguardente (água +
ardente), planalto (plano + alto), vinagre (vinho + acre).
Outros processos de formação de palavras
Abreviação ou redução
Consiste na eliminação de um segmento de uma palavra
a m de se obter uma forma reduzida.
Siglonimização
É um processo de formação de siglas. Trata-se da
combinação das letras iniciais de uma sequência de
palavras.
Onomatopeia
Forma-se nova palavra por meio da imitação de sons –
nhein ... nheinhein... renheinhein...
Neologismo
Trata-se do acréscimo de significados a determinadas
palavras sem que elas passem por qualquer processo de
modificação formal.
Empréstimos linguísticos
Trata-se da incorporação de palavras provindas de
línguas estrangeiras. (arroz  árabe).
Hibridismo
É a combinação entre elementos de línguas diferentes
para formar palavras. (automóvel).
Profa. Karen Olivan

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Processos de formação de palavras - parte 2

  • 2. No que o homem se torne coisal – corrompem-se nele os veios comuns do entendimento. Um subtexto se aloja. Instala-se uma agramaticalidade quase insana, que empoema o sentido das palavras. Aflora uma linguagem de defloramentos, um inauguramento de falas. Coisa tão velha como andar a pé esses vareios do dizer. BARROS, Manoel. O guardador de águas. RJ: Record, 1998.
  • 3. Observe que a temática do poema toca justamente na questão da formação de palavras relacionadas à arte literária. Muito coerentemente com a ideia expressa, temos o termo “inauguramento” (no lugar de “inauguração”), que rima com “defloramentos”. As palavras “coisal” e “empoema” são criações do autor.
  • 4. “empoema” é um verbo gerado a partir do substantivo “poema”. “Empoemar o sentido das palavras” seria dar a elas características de poema, torná-las artísticas, especiais, nesse caso, estranhas ao uso comum. O poeta explora o processo de formação de palavras.
  • 5. Temos “subtexto” (palavra formada com acréscimo de prefixo); “agramaticalidade” (nesse caso, gerou-se primeiro o substantivo “gramaticalidade”, ou seja, qualidade do que é gramatical – que está conforme a gramática e, depois, acrescentou-se o prefixo –a para negar. Finalmente, então, temos a ideia de que se instala essa qualidade (“quase insana”), algo que não está conforme a gramática.
  • 6. Convém mencionar que se amarra à expressão “agramaticalidade quase insana” o último verso “esses vareios do dizer”, sendo que vareios significa “delírio”). Veja ainda o jogo criado em “A ora uma linguagem de defloramentos”, em que temos palavras cognatas, cuja raiz é or. A orar nos remete a “nascer a flor”, “surgir”, “mostrar-se” e de orar é “destruir as ores”, “arrancá-las”, “violentá- las”.
  • 7. Pense em como é interessante o sentido aí gerado. Trata-se de uma violência linguística, por isso nos gera estranhamento.
  • 8. Derivação é quando se acrescentam afixos a palavras primitivas e, assim, surgem novas palavras: valor → valorizar → desvalorização sapato → sapataria → sapateiro governo → governador → desgovernado
  • 9. Derivação prefixal (ou prefixação) É o acréscimo de prefixo ao radical, exemplos: infeliz, descontente, antebraço, impuro, prever, rever, anormal. Derivação sufixal (ou sufixação) É o acréscimo de sufixo ao radical, exemplos: facada,
  • 10. Obs.: há casos em que uma palavra possui prefixo e sufixo, ou seja, após se obter uma palavra por sufixação, outra se forma por prefixação ou vice-versa, por exemplo: igual → igualdade → desigualdade. feliz → felizmente → infelizmente Atenção: nesses casos, temos derivação prefixal e sufixal. Não se deve confundir com a derivação parassintética.
  • 11. Derivação parassintética (ou parassíntese) É o acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Os derivados parassintéticos não subsistem à retirada de um dos afixos. Veja estes exemplos: entardecer e enveredar. Se retirarmos algum dos afixos, teremos: entarde, tardecer, envereda, veredar, ou seja, palavras que não existem.
  • 12. Derivação regressiva (ou deverbal) Retira-se a parte final da palavra primitiva (geralmente um verbo), obtendo-se, a partir dessa redução, uma nova palavra (geralmente um substantivo que indica ação). ajudar → ajuda atacar → ataque buscar → busca
  • 13. Derivação imprópria Não ocorre nenhuma mudança na forma da palavra primitiva. Nada é acrescentado nem suprimido, porém ela muda de classe gramatical. É um recurso muito utilizado no nosso discurso cotidiano e, principalmente, em textos literários.
  • 14. Composição Se uma palavra é formada por um radical, temos derivação. Se uma palavra é formada por dois ou mais radicais, temos composição.
  • 15. Composição por justaposição Os dois radicais que formam o composto são postos lado a lado, sem que haja alteração fonética neles: arranha-céu, guarda-roupa, pé de moleque, girassol. Composição por aglutinação É quando ao menos uma das palavras primitivas sofre queda ou substituição de fonema: aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto), vinagre (vinho + acre).
  • 16. Outros processos de formação de palavras Abreviação ou redução Consiste na eliminação de um segmento de uma palavra a m de se obter uma forma reduzida. Siglonimização É um processo de formação de siglas. Trata-se da combinação das letras iniciais de uma sequência de palavras.
  • 17. Onomatopeia Forma-se nova palavra por meio da imitação de sons – nhein ... nheinhein... renheinhein... Neologismo Trata-se do acréscimo de significados a determinadas palavras sem que elas passem por qualquer processo de modificação formal.
  • 18. Empréstimos linguísticos Trata-se da incorporação de palavras provindas de línguas estrangeiras. (arroz  árabe). Hibridismo É a combinação entre elementos de línguas diferentes para formar palavras. (automóvel).