Biologia da conservação seminário sobre história natural e auto-ecologia escas.09 a 17 de junho-2014
1. HISTÓRIA NATURAL E AUTO-ECOLOGIA
SEMINÁRIO BIOLOGIA DA
CONSERVAÇÃO
Profº Drº Cláudio Pádua
Manoel dos Santos
Mestrando em Cons. Da Biodiv. e Des. Sustentável/ESCAS
Uruçuca/Serra Grande-Ba, 13.06.2014
2. O QUE É HISTÓRIA NATURAL E AUTO-ECOLOGIA?
“É a solução para proteger e manejar uma espécie rara ou
ameaçada na busca do entendimento da sua relação
biológica com o seu ambiente e a situação atual de sua
população”, (PRIMACK; RODRIGUES, 2001, p. 151), podendo
ser denominada também de ecologia das espécies.
E auto-ecologia quando se ocupa do estudo de espécies
individuais.
Manejo de conservação de espécies e identificação de
fatores que provocam risco de extinção;
3. O planejamento e implementação de políticas de conservação
em nível de população depende das características das espécies:
Ambiente: relaciona-se com os tipos de habitat, espécies
encontradas, total de áreas disponíveis, variação de ambiente e
afetação de sua integridade;
Distribuição: localização de encontro da espécie; deslocamento
ou não entre habitat e periodicidade e adaptação em novos
habitats.
O QUE É HISTÓRIA NATURAL E AUTO-ECOLOGIA?
4. Interações bióticas: envolvem tipos de alimentos e outros recursos
que as espécies necessitam, competição entre espécies pelos
mesmos recursos, existência de predadores, pestes e parasitas que as
afetam;
Morfologia: está relacionada às características físicas das espécies
para a sua existência;
Fisiologia: quantidade de recursos que a espécie precisa para
sobreviver, crescer e se reproduzir, resiliência a condições climáticas
extremas (demografia, comportamento, genética);
O QUE É HISTÓRIA NATURAL E AUTO-ECOLOGIA?
5. COLETA DE INFORMAÇÕES SOBRE A HISTÓRIA
NATURAL
Grupos
especializados
Relatórios
Restrição de estudos
e variação de
lugares
6. MONITORANDO AS POPULAÇÕES
É uma espécie de senso realizado no campo, monitoramento
de sua população para conhecer a situação das espécies raras
e de interesse do pesquisador;
O monitoramento é eficaz para mostrar a resposta de uma
população às mudanças em seu ambiente, devendo-se observar
após a fragmentação de florestas e sua incidência no aumento
de mortalidade de espécies, (PRIMACK; RODRIGUES, 2001, p.
153).
7. Inventário
• É uma contagem do número de indivíduos de uma população e
informa estabilidade, aumento ou diminuição de número destes
indivíduos.
Levantamento de População
• Faz a estimativa da densidade de uma espécie em uma comunidade.
Uma área pode ser dividida em parcelas de amostras e contado o
número de indivíduos de cada parcela.
Estudos Demográficos
• Ocupam-se de indivíduos conhecidos de uma população para
determinar suas taxas de crescimento, reprodução e sobrevivência.
• A técnicas usadas para fazer um estudo de população varia e depende
das características da espécie estudada e do objetivo do estudo.
8. ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO
A AVP é um método que permite examinar uma série de
exigências que uma espécie teme os recursos disponíveis em
seu ambiente, a fim de identificar estágios vulneráveis de
sua história natural, (GILPIN; SOLÉ, 1986, apud PRIMACK;
RODRIGUES, 2001, p. 158).
Quando a AVP pode ser útil?
9. Degradação de habitat
Perda de habitat Fragmentação de habitatCompreensãodosefeitosda...
Examinadadosdasespécies
10. METAPOPULAÇÕES
Representa aglomerado de populações temporárias ou
flutuantes que estão ligadas pela migração, podem ser
reveladas por estudos demográficos.
Três populações independentes Metapopulação de três
populações em iteração
11. As populações nas áreas satélites podem se tornar extintas
em anos desfavoráveis, mas as áreas são recolonizadas por
migrantes da população central quando as condições se
tornarem favoráveis, (PRIMACK; RODRIGUES, 2001, p. 162).
Metapopulação
com interações
complexas
Metapopulação
com uma grande
população central
e três populações
satélites.
A extinção de habitat
das populações centrais
impacta na extinção
das populações
satélites.
O manejo eficaz de espécies exige a compreensão destas
dinâmicas de metapopulações.
12. MONITORAMENTO A LONGO PRAZO DE
ESPÉCIES E ECOSSISTEMAS
O monitoramento na conservação integrada e em projetos de
desenvolvimento tem como objetivo a proteção da
diversidade biológica.
Estes efeitos podem ser retardados por muitos anos em suas
causas iniciais.
Brasil: existem duas estações de pesquisas científicas que
monitoram as mudanças ecológicas: uma na Amazônia e outra
na Mata Atlântica.
13. ESTABELECIMENTO DE NOVAS POPULAÇÕES
Considerar os fatores que levam ao declínio das populações
silvestres originais para serem eliminados e controlados,
(CAMPBEL, 1980, apud RODRIGUES; PRIMACK, 2001),
1.Programa de Reintrodução: “solta-se indivíduos retirados do
ambiente selvagem ou criados em cativeiros em seu habitat
histórico”, para criar uma nova população no ambiente original
e aumentar o fluxo gênico entre os fragmentos, (KLEIMAN,
1996);
14. 2.Programa de Acréscimo: libera-se indivíduos em uma
população existente para aumentar o seu tamanho e o seu pool
genético.
3.Programa de Introdução: transporta-se animais e plantas
para habitats fora de sua extensão original para estabelecer
novas populações, por causa da deterioração do ambiente
original ou por presença de fatores que geram declínio neste
habitat original.
ESTABELECIMENTO DE NOVAS POPULAÇÕES
15. Comportamento Social e de Animais Soltos:
Os programas bem sucedidos de reintrodução, acréscimo e introdução
devem considerar a organização social e o comportamento dos animais
que serão libertados e as relações sociais entre animais selvagens e
criados em cativeiros;
ESTABELECIMENTO DE NOVAS POPULAÇÕES
Estabelecimento de Novas Populações de
Plantas:
Requer um micro-ambiente favorável para a sobrevivência das plantas,
exigindo cuidados para as plantas passarem por seu estágio frágil de
plântula antes que sejam transplantadas para o campo.
Relatórios de pessoas, organizações de conservação e agências não governamentais.
“Somente em campo o estado de conservação de uma espécie e suas relações com o ambiente biológico e físico podem ser determinados, p. 153.
Os tipos comuns de monitoramento são inventários e estudos de populações demográficas representando 40%; e estudos sobre levantamento representando 20%;
EXEMPLO: a chuva ácida, a mudança climática global, a sucessão de vegetação, a disposição de nitrogênio, invasões de espécies exóticas são exemplos de processos que causam alterações a longo prazo mas podem passar despercebidos a curto prazo. P. 165
Em um Programa de reintrodução deve-se considerar os aspectos de organização, de território e de grupo destas populações, bem como, as habilidades aprendidas destes animais introduzidos, tais como manipulação de alimentos, a fuga de predadores, competição por fêmeas, etc.